@Art in the Electronic Age(2)

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Art in the Electronic Age/ Margot Lovejoy (pte 2) — net art: perspectiv... http://netart.incubadora.fapesp.br/portal/Members/doassis/lovejoy02 1 of 2 27/3/2006 11:22 Fonte Pequena Fonte Normal Fonte Grande Art in the Electronic Age/ Margot Lovejoy (pte 2) Fichamento para aula Art in the Electronic Age Margot Lovejoy Cap. 7 - Transaesthetics A autora introduz no capitulo a discussao sobre as tensoes entre os pontos de vista de cientistras, criticos culturais e artistas em torno da tecnologia. “Cada um duvida do outro”. Os primeiros manifestam uma fe no progresso e nas novas oportunidades abertas por novos conhecimentos; os segundos aponta que a pesquisa cientifica tem pouca autonomia e preocupacao com as consequencias da tecnologia. Cabe aristas “negociar esse dilema”. “Os artitstas que trabalham nesse meio encontram desafios particulares. Primeiro, muitos criticos culturais sao avessos a reconhecer as suas obras. Eles desconfiam tanto da tecnoloogia e das perdas que ela trara no futuro que frequentemente nao querem sequer olhar para uma arte que a emprega como meio de representacao. Por outro lado, eles tem de lidar com o otimismo dos cientistas que muitas vezes nao abre espaco para ceticisimo, critica e a complexidade filosofica necessaria a criacao de arte contemporanea.” (p.273) Mudancas no paradigma da representacao (“o tornar visivel dos produtos da imaginacao): com o digital, nao ha mais uma perspectiva espacial fixa... a realidade pode ser simulada, virtualizada, digitalizada... crise da verossimilhanca da representacao. Tecnologias digitais propiciaram uma reorganizacao do olhar. As imagens se tornaram inteiramente mediadas. Sua aparencia dependera da resolucao da imagem ou das caracteristicas tecnicas do meio onde esta sendo exibida. Pode haver distorcoes, manipulacao, sobreposicao de objetos, manipulacoes e, em ultima instancia, criacao de realidades. “Estamos mais proximos dos processos imageticos da imaginacao (...) Com a realidade virtual, entramos em um mundo de simulacao completa movido por uma nova perspectiva e novos tipos de formas construidas [o que leva a] desestabilizacao da imagem, do objeto da arte e da funcao da arte na vida diaria”. (p. 275) “Se a representacao tenha mudado ou nao, a cultura em que ela opera mudou” (p. 276) O fim da arte ou mudancas de perspectiva sobre o seu papel: toda vez que novos paradigmas surgem surge a questao “o que e’ arte?”. Estamos outra vez neste momento. (Ecoando o pensamento benjaminiano) a questao nao e’ se a arte morreu mas como a necessidade dela foi transformada pela tecnologia. Tecnologia como meio (midia) ou ferramenta: com o digital, cameras e computadores podem ser pensados como meiospor si so. Quando artistas usam essas ferramentas eu produto final e’ um sistema completo integrando producao com afirmacao. Por outro lado, ha artistas que usam a tecnologia apenas como ferramenta para trabalhar imagens que surgiram de outros meios nao digitais (fotografia, pintura, escultura etc.) Crise do artista moderno, como um individuo unico e genial. Digital permite ampliar as possiblidades de representacao (contornando questoes de habilidade),mas ao mesmo tempo nao pode deixar de questionar “as condicoes contemporaneas de dominacao da midia usando as proprias ferramentas que lhe conferem poder” (p.279)

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    1 of 2 27/3/2006 11:22

    Fonte PequenaFonte NormalFonte Grande

    Art in the Electronic Age/ Margot Lovejoy (pte 2)

    Fichamento para aula

    Art in the Electronic Age Margot Lovejoy

    Cap. 7 - Transaesthetics

    A autora introduz no capitulo a discussao sobre as tensoes entre os pontos de vista de cientistras,criticos culturais e artistas em torno da tecnologia. Cada um duvida do outro. Os primeirosmanifestam uma fe no progresso e nas novas oportunidades abertas por novos conhecimentos; ossegundos aponta que a pesquisa cientifica tem pouca autonomia e preocupacao com as consequenciasda tecnologia. Cabe aristas negociar esse dilema.

    Os artitstas que trabalham nesse meio encontram desafios particulares. Primeiro, muitos criticosculturais sao avessos a reconhecer as suas obras. Eles desconfiam tanto da tecnoloogia e das perdasque ela trara no futuro que frequentemente nao querem sequer olhar para uma arte que a empregacomo meio de representacao. Por outro lado, eles tem de lidar com o otimismo dos cientistas quemuitas vezes nao abre espaco para ceticisimo, critica e a complexidade filosofica necessaria a criacaode arte contemporanea. (p.273)

    Mudancas no paradigma da representacao (o tornar visivel dos produtos da imaginacao): com odigital, nao ha mais uma perspectiva espacial fixa... a realidade pode ser simulada, virtualizada,digitalizada... crise da verossimilhanca da representacao. Tecnologias digitais propiciaram umareorganizacao do olhar. As imagens se tornaram inteiramente mediadas. Sua aparencia dependera daresolucao da imagem ou das caracteristicas tecnicas do meio onde esta sendo exibida. Pode haverdistorcoes, manipulacao, sobreposicao de objetos, manipulacoes e, em ultima instancia, criacao derealidades.

    Estamos mais proximos dos processos imageticos da imaginacao (...) Com a realidade virtual,entramos em um mundo de simulacao completa movido por uma nova perspectiva e novos tipos deformas construidas [o que leva a] desestabilizacao da imagem, do objeto da arte e da funcao da arte navida diaria. (p. 275)

    Se a representacao tenha mudado ou nao, a cultura em que ela opera mudou (p. 276)

    O fim da arte ou mudancas de perspectiva sobre o seu papel: toda vez que novos paradigmas surgemsurge a questao o que e arte?. Estamos outra vez neste momento. (Ecoando o pensamentobenjaminiano) a questao nao e se a arte morreu mas como a necessidade dela foi transformada pelatecnologia.

    Tecnologia como meio (midia) ou ferramenta: com o digital, cameras e computadores podem serpensados como meiospor si so. Quando artistas usam essas ferramentas eu produto final e umsistema completo integrando producao com afirmacao. Por outro lado, ha artistas que usam atecnologia apenas como ferramenta para trabalhar imagens que surgiram de outros meios nao digitais(fotografia, pintura, escultura etc.)

    Crise do artista moderno, como um individuo unico e genial. Digital permite ampliar as possiblidadesde representacao (contornando questoes de habilidade),mas ao mesmo tempo nao pode deixar dequestionar as condicoes contemporaneas de dominacao da midia usando as proprias ferramentasque lhe conferem poder (p.279)

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    Ou ainda: artistas podem penetrar no coracao do processo inventivo tornando-se disponiveis paraajudar a elaborar, humanizar e desenvolver novas formas culturais (p. 280).

    Ferramentas tecnologias podem confundir as fronteiras entre producao de belas artes e a producao de design comercial. Ha uma desestabilizacao do status ontologico da imagem como a conhecemos, uma extensao de sua desmaterializacao. Crise do artista-criador.

    O papel do artista: devido a dificuldade de acesso a tecnologia, artistas podem ter de fazer concessoes politicas e estilisticas para obter financiamento para seus projetos ao governo ou corporacoes (p. 282)

    Cabe ao artista: profetizar sobre o futuro da sociedade? servir como uma voz dissidente dos marginalizados? incorporar o intelectual e refletir filosoficamente sobre as coisas?

    Para Celeste Olaquiaga: o mundo em que vivemos hoje requer artistas treinados para trazerperspectivas unicas a tarefa de interpretar e reformatar a cultura. Artitstas contemporaneos devem seengajar na auto-revisao; devem se envolver em pesquisas, ter uma capacidadde de empatia ecompaixao; uma necessidade de explorar o nao-familiar e se confortar com a incerteza. Acima detudo, devem ter nocao do poder de criar trabalhos que sejam requisitados tanto como interpretacoesda contemporaneidade e que sirvam como testemunhos (p. 283)

    Educacao dos artistas: escolas devem se adequar para ensinar (e humanizar, segundo Don Foresta),as novas tecnologias. Mas nao so: artistas devem estar cientes da historia artistica, filosofica ecientifica do seculo 20.

    O exemplo da Documenta 11: comandada pelo nigeriano Okwui Enwezor, em 2002, sob a proposta deque nao servisse como meros formadores de gosto mas como produtores de conhecimento, naoapenas da arte, mas do mundo em que ela e produzida. Criou-se uma plataforma multidisciplinarcom artistas, historiadores, cientistas sociais, antropologos, escritores e cineastas. Exploracao dequestoes contemporaneas transnacionais sobre migracao e deslocamento de populacoes ao redor domundo. Do mundo da arte contemporanea para o mundo das ideias contemporaneas (p. 286-7)

    The outside is the new inside

    Arte + ciencia: a versao artistica (da reflexao sobre a) natureza pode fraturar fronteiras rigidas entreas disciplinas cientificas de modo aberto ao formular diferentes questoes, expandindo criativamenteos campos de inquirimento (p. 294)

    Avancos da biogenetica: o irreal nao emais produto de sonhos ou de nossas fantasias, mas asemelhanca alucinatoria do real ele mesmo. Lovejoy faz essa citacao lembrando Blade Runner, de1982. Cabe aqui perfeitamente uma atualizacao com o anime Ghost in the Shell 2, que tocaexatamente na mesma ferida: quanto mais realistas se tornam nossos ciborgues, a nocao de real eartificial se confunde em nos proprios.

    Conclusoes: translocal, transcultural, transnacional. A estrutura desse tipo de crise e familiar. Hauma recorrencia na perda, no deslocamento na mudanca de consciencia similiar aos efeitos da culturadas maquinas e da representacao fotografica. Estamos evoluindo do sistema cultural centralizado,hierarquico do modernismo para um mais descentralizado e distribuido. O endereco de IP esta setornando mais importante do que o endereco da rua (p. 311).