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    Universidade Federal de Minas Gerais

    Instituto de Ciências Agrárias

    Insetário G.W.G. de Moraes 

    PRAGAS DO ARROZ

    Germano Leão Demolin Leite

    Verônica Alves Mota

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    Bom dia pessoal! Hoje nós iremos falar de uma cultura que está no prato de todo

    brasileiro, o arroz. O arroz é uma das culturas mais cultivadas no mundo, sendo a china

    o maior produtor mundial. O Brasil está como nono colocado produzindo 13 milhões de

    toneladas por ano. Os estados brasileiros que mais produzem arroz são Santa Catarina,

    Mato Grosso, Maranhão, Pará, Tocantins e Goiás.

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    Portanto, amigo para manter toda a produção, se faz necessário à aplicação de táticas de

    controle para prevenção das pragas que atingem o arroz, tanto no plantio de sequeiro

    quanto no plantio de várzea ou de tabuleiro, ou seja, os dois últimos inundados.

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    Ou seja, no final desta aula vocês serão capazes de identificar as principais pragas e

    danos no arroz, como amostrar para ver se é necessário fazer um controle bem como as

    principais táticas de controle.

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    Amigos, nós vamos iniciar falando sobre as principais pragas que atacam o arroz de

    sequeiro, ou seja, não inundado. Pessoal, nós temos os cupins ou formigas brancas, que

    são insetos que vivem debaixo do solo.

    Os cupins atacam as raízes das plantas do arroz que foi semeado, reduzindo o número

    de plantas por hectare, ou seja, o campo fica apresentando falhas, reduzindo a

    produtividade.

    Amigos, quando o cupim ataca, a planta fica com aspecto seco e desprende-se do solo

    facilmente.

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    Pessoal, nas horas mais quentes do dia elas murcham. Nós vamos ter mais problemas

    com cupins quando plantamos arroz em áreas antes plantadas com pastagens,

    principalmente.

    Amigos, outro inseto que atrapalha o desenvolvimento do arroz de sequeiro pessoal

    é a lagarta elasmo ou broca do colo, que é uma lagarta que pode atacar de 5 a 10 colmos

    de plantas jovens, comprometendo bastante a cultura.

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    O sintoma principal do ataque desta praga sobre plantas de arroz é o coração morto,

    pois a lagarta perfura o colmo, e rasga a folha central que desprende e dá origem ao

    sintoma, que solta a folha central com facilidade quando é puxada.

    Quando a gente transplanta o arroz, é o período mais crítico, pois o ataque da lagarta

    elamos pode ocasionar muitas falhas no campo, sendo necessário o replantio nas áreas

    falhadas.

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    Amigos, outra praga que ataca o nosso arroz de sequeiro é o bicho bolo, ou cascudo

    preto ou pão – de – galinha.

    Este besouro coloca seus ovos no solo. As larvas nascem e causam os problemas na

    cultura do arroz, pois elas se alimentam das raízes e causam amarelecimento e

    definhamento da planta e até a morte das plantas.

    Amigos, o ataque do bicho bolo também pode ocasionar falhas na lavoura de arroz,

    reduzindo a produtividade.

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    Amigos, ainda nós temos uma outra praga que fica no solo, chamada por larva arame. A

    larva arame são larvas claras, com cabeça vermelha, e tem hábito de ficarem no solo.

    Os adultos da larva arame, são besouros de cores variadas, mas o principal é pardo com

    manchas pretas nas costas. Para o arroz de sequeiro, o que importa é o ataque da larva,

    que destrói as raízes e deixa as folhas amarelas, ocorrendo morte da planta. O sintoma

    que caracteriza a larva arame é que as touceiras soltarem-se facilmente, parecido com o

    ataque de cupim, não é mesmo?

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    Pessoal, nós agora vamos falar de algumas pragas que atacam tanto o arroz de sequeiro

    como os inundados. Isso acontece por atacarem as partes aéreas. O primeiro e mais

    importante é um grupo de percevejos, chamados de percevejos dos grãos de arroz. Essa

    praga suga o grão de arroz.

    Pessoal, quando os grãos de arroz estão na fase leitosa, os percevejos podem sugar tanto

    os grãos que os deixam completamente vazios, chochos, ou muito atrofiados. É fácil

    perceber isto no campo, pois teremos pendões de arroz para baixo, os que estão cheios e

    alguns ficam para cima, por estarem leves, vazios.

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    Outro problema dos percevejos dos grãos, amigos, é que quando o grão de arroz já está

    mais desenvolvido e é atacado por esta praga, o local da picada desta praga fica branco

    leitoso, conhecido como grão de barriga branca, o que reduz a qualidade, pois na hora

    do beneficiamento o grão se parte, além de uma pequena perda de peso devido ao

    percevejo também sugar este grão.

    Amigos, em grãos mais desenvolvidos formam pontos escuros na casca. Os grãos ficam

    com menor peso e murchos.

    Grão de arroz manchado pelo ataque do percevejo

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    Outro percevejo que ataca o arroz, tanto de sequeiro como o inundado, é o percevejo do

    colmo.

    São percevejos marrons e pequenos, sugam os colmos das plantas, tornando as

    panículas chochas e introduzem na planta tóxinas.

    Sintoma do ataque do percevejo do colmo

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    Pessoal, o ataque do percevejo do colmo leva a planta ao definhamento e chochamento

    das panículas pela ação tóxica das substâncias introduzidas.

    Amigos, ainda não acabou, nós temos ainda algumas pragas que atacam o arroz de

    sequeiro e o inundado. Nós temos algumas lagartas desfolhadores, ou seja, comem as

    folhas do arroz, reduzindo a sua produtividade.

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    O problema destas lagartas é quando a planta está na sua fase vegetativa, que é a fase

    que a planta expande suas folhas, aí vêm às lagartas e comem tudo. Essas lagartas

    ocorrem muito em lavouras de milho e em pastagem, portanto, devemos evitar o plantio

    de arroz, principalmente o de sequeiro, próximos às pastagens ou lavouras de milho,

    pois estas pragas podem sair do pasto ou do milho e ir atacar o arroz.

    Amigos, nós temos uma outra lagarta que ataca as plantas de arroz de sequeiro e o

    inundado, sendo conhecida como a broca da cana.

    Adulto da broca da cana

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    Pessoal, o problema é que a broca da cana coloca também os seus ovos nas plantas de

    arroz.

    Destes ovos vão sair lagartas, que são lagartas lentas, branco-amareladas, com pontos

    escuros no corpo.

    Lagarta broca da cana.

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    Amigos, a lagarta da broca da cana ataca as plantas novas, causando sintoma conhecido

    por coração morto. Nos grãos, ataca a base da panícula provocando o sintoma panícula

    branca que é caracterizada pela ocorrência parcial ou total de grãos chochos. A broca da

    cana, como pelo próprio nome, é praga severa em cana de açúcar. Ou seja pessoal,

    devemos evitar o plantio de arroz próximo a lavoura de cana.

    Pessoal, nós também temos as cigarrinhas das pastagens, que também ataca milho e

    arroz.

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    Amigos, as cigarrinhas das pastagens sugam as plantas de arroz, tanto os adultos como

    os seus filhotes, introduzem toxinas, deixando as plantas amarelas e necrosadas.

    Arroz atacado por cigarrinhas

    Nós ainda temos uma cigarrinha conhecida como Tagosodes orizicolus, ou seja, ataca

    preferencialmente o arroz.

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    Pessoal, tanto a forma jovem como a adulta da cigarrinha injetam toxinas nas plantas de

    arroz.

    Então amigos, devido a injeção de toxinas nas plantas de arroz, as plantas ficamamareladas e necrosadas posteriormente.

    Arroz atacado por Tagossodes.

    Gente, agora vamos falar das pragas que atacam o arroz no sistema alagado ou

    inundado, de tabuleiro ou de várzea.

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    Amigos, além das pragas que atacam a parte aérea, falado anteriormente, nós temos as

    que atacam as raízes do arroz inundados, ocasionando muito prejuízo, sendo conhecidas

    como bicheira da raiz.

    Amigos, a bicheira do arroz ou gorgulho aquático é um inseto típico de arroz irrigado. A

    bicheira ataca em reboleira, ou seja, atacam plantas umas pertos das outras. Os adultos

    são besouros castanhos e alimentam de folhas novas.

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    Pessoa, no entanto as larvas são claras com cabeça amarela e pêlos ralos sobre o corpo.

    Amigos, as larvas da bicheira do arroz inundado são mais prejudiciais, pois comem as

    raízes, causando amarelecimento e murchamento das folhas podendo provocar a

    destruição total da cultura.

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    Pessoal, nós conhecemos então as principais pragas do arroz de sequeiro e do inundado

    e seus danos. Agora nós vamos ensinar a vocês como contar as pragas, ou seja, como

    fazer amostragem nas suas lavouras de arroz de quatro em quatro dias. Pessoal, para

    avaliarmos todas as pragas, temos primeiro que dividir a nossa lavoura de arroz de

    sequeiro ou inundado em talhões. Geralmente um talhão tem 10 hectares. Pessoal,

    nesses talhões vamos, em cinco pontos bem espalhados no talhão, avaliar as plantas de

    arroz presentes em um metro quadrado.

    Área de 10 ha. Área de 10 ha com 5 pontos escolhidos

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    No caso de pragas de solo, que atacam o arroz de sequeiro, como os cupins, larva

    arame, bicho bolo e lagarta elasmo, vamos contar a percentagem de plantas com

    sintomas dos seus ataques. Ou seja, se em um ponto temos cinco plantas de arroz e uma

    tiver com sintoma, nós teremos 20% de ataque de pragas de solo neste ponto. Mas

    temos que avaliar os outros quatro pontos presentes a cada 10 hectares. Amigos, para

    coletarmos os nossos dados, ou seja, a quantidade de ataque das pragas, nós vamos

    caminhar em ziquezaque dentro de cada talhão.

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    Nestes mesmos pontos de amostragem, vamos avaliar também, com o uso de uma rede

    de varredura, passando a rede sobre as plantas de arroz, os percevejos do grão,

    percevejo do colmo e cigarrinhas.

    Rede de varredura

    No caso das lagartas desfolhadoras nas mesmas plantas avaliadas anteriormente nos

    mesmos pontos, fazemos visualmente a avaliação, dando uma percentagem de folhas

    desfolhadas. Como exemplo, digamos que todas as cinco plantas de arroz ou mais em

    um metro quadrado por ponto tenham cada uma 10 folhas e destas 10 folhas cinco estão

    comidas por lagartas, nós vamos ter 50% de desfolha naquele ponto. Lembrando que

    nós temos que avaliar os outros quatro pontos a cada 10 hectares. O bom que os pontos

    amostrados servem para todas as pragas, assim ganhamos tempo!

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    Amigos, no caso da bicheira do arroz, vamos fazer um levantamento através da

    verificação das raízes com uma peneira nas plantas presentes em um metro quadrado em

    cinco pontos a cada 10 hectares, como fizemos para as pragas acima. Mas agora

    retiramos as plantas e peneiramos as raízes para contar o número de larvas da bicheira.

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    Pois bem amigos, já contamos as pragas, mas qual o número de pragas encontrados que

    nós devemos ou não entrar com uma tática de controle? Amigos, no caso de pragas de

    solo, ou seja, lagarta elasmo, larva arame, cupins e bicho bolo, se tivermos 5% das

    plantas atacadas temos que controlar nos pontos com sintomas de ataque. Uma outra

    coisa que podemos fazer em relação às pragas de solo é quando no plantio anterior, de

    qualquer cultura, a área antiga tiver sido danificada com 10% da área total, podemos já

    fazer o tratamento preventivo com inseticida sistêmico, mas neste caso procurem um

    extensionista da EMATER ou agrônomo para lhe passarem maiores informações.

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    Ainda em relação a estas pragas de solo, podemos também fazer uma pré-amostragem,

    o que é isto?

    Covas com sementes de milho.

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    Podemos para fazer a pré-amostragem para pragas de solo colocando, novamente em

    cinco pontos a cada 10 hectares, em covas abertas no solo 200 grãos de milho, tampa

    com terra. Cinco dias depois abrimos os buracos e contamos as pragas de solo presente

    comendo estes grãos. Se encontrarmos duas ou mais larvas destas pragas, qualquer uma

    delas, teremos que usar inseticida sistêmico no plantio do arroz de sequeiro.

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    Pessoal, no caso dos percevejos do colmo, percevejos dos grãos e das cigarrinhas das

    pastagens, se encontrarmos, em média, dois percevejos do colmo, ou dois percevejos

    dos grãos ou duas cigarrinhas na rede, ou seja, já que avaliamos cinco pontos, isto daria

    um total de 10 percevejos do colmo, 10 percevejos dos grãos ou 10 cigarrinhas a cada

    10 hectares nos nossos pontos amostrais, também temos que entrar com o controle na

    praga que tenha alcançado este número.

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    Amigos, já para as lagartas desfolhadoras, se encontrarmos 20 % das plantas com

    desfolha também temos que fazer o controle.

    No caso da bicheira do arroz em arroz inundado se encontrarmos 10 larvas nas cinco

    amostras a cada 10 hectares nós temos que controlar esta praga.

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    Amigos, com a amostragem a gente somente pulveriza com inseticida se for realmente

    necessário, o que vamos evitar gastar dinheiro à toa. Ou seja, com a amostragem a gente

    economiza dinheiro.

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    Se for o caso de usar inseticidas, consultar um extensionista da EMATER ou um

    agrônomo, para lhe recomendar o mais adequado. Além disso, nós devemos usar

    inseticidas seletivos, ou seja, que mata a praga e preserva os inimigos naturais. Lembre

    sempre de respeitar o período de carência do produto, ou seja, são os dias que tem que

    dar da última pulverização até a colheita, para não fazer mal para quem está colhendo

    como também para quem está consumindo o produto. Usando inseticida, não se esqueça

    de usar equipamento de proteção individual.

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    Amigos, nós agora vamos falar de algumas táticas que nos ajudam a evitar que as

    pragas atinjam uma população alta ou que servem para controlar as pragas. Nós

    devemos evitar plantios de arroz próximos de outras gramíneas como pastagem, milho,

    sorgo, cana de açúcar, pois as cigarrinhas das pastagens, as lagartas desfolhadoras e a

    broca da cana também são pragas destas culturas, ou seja, uma lavoura fica fornecendo

    praga para a outra.

    Canavial

    Milharal Pasta

     

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    Não devemos plantar arroz logo após termos plantado arroz, ou seja, nós temos que

    fazer rotação de cultura, como feijão. Isso se deve ao fato de se plantar novamente

    arroz, as pragas tendem a aumentar. Lembrando que na rotação de cultura não podemos

    usar outra gramínea, pois as pragas são basicamente as mesmas do milho, cana e sorgo.

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    Fazer uma boa aração e gradagem, pois assim expomos as pragas de solo à ação do sol e

    servem de alimentos a pássaros. Além disso, quando se ara e gradeia, mata muita praga,

    não somente as de solo, mas também de lagartas desfolhadoras que vão até o solo para

    se tornarem adultas.

    Após a aração e gradagem, deixar 15 dias o solo nu, em repouso, isto mata muita praga,

    principalmente as pragas de solo, por falta de comida.

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    Utilizar a adubação recomendada evitando excessos com adubação nitrogenada. Pois

    quando se aduba exageradamente com nitrogênio, a planta fica mais favorável ao ataque

    de pragas.

    Amigos, nós temos sempre que destruir os restos culturais, incorporando ao solo, logo

    após colher a lavoura de arroz, pois assim reduz bastante as pragas por não terem o que

    comer ou onde abrigar dos seus inimigos naturais e dos fatores climáticos como a chuva

    e o sol.

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    No caso do arroz inundado, eliminar depressões do terreno de tal forma que a camada

    de água fique baixo e uniforme. Isso vai facilitar o controle da bicheira do arroz.

    Quando se é necessário o controle da bicheira do arroz, basta retirar a água do tabuleiro

    por dois dias, assim mata a bicheira.

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    Nós podemos criar peixes junto com arroz de tabuleiro, inundado. Em algumas regiões

    do país, como o Rio Grande do Sul, está sendo utilizada a rizipsicultura, que é a

    consorciação de plantios de arroz pré-germinados irrigado juntamente com a criação de

    peixes. Além de ser outra atividade lucrativa os peixes controlam a bicheira do arroz,

    comendo as suas larvas, bem como também comem as plantas daninhas que aparecem

    no arroz inundado. É muito vantajoso está pratica, pois o uso de herbicidas e inseticidas

    em arroz inundado não são eficientes e ainda podem contaminar rios, lagos, lençóis

    freáticos.

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    Amigos, nós devemos manter as florestas nas nossas propriedades, pois assim

    aumentamos o número de inimigos naturais e, portanto, reduz a incidência de pragas no

    arroz.

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    Nós devemos manter ou aumentar o controle biológico natural ou mesmo fazer

    liberações de inimigos naturais.

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    Os inimigos naturais são os nossos melhores amigos no combate ás pragas! Quando

    usamos inseticidas continuadamente para controlar as pragas, também acabamos agindo

    nos animais considerados benéficos.

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    Amigos, por isto nós temos que amostrar as pragas e somente aplicar defensivos se for

    necessário, usando os inseticidas seletivos, ou seja, que mata a praga e preserva os

    inimigos naturais. Nós agora vamos apresentar a vocês alguns inimigos naturais

    importantes para vocês conhecerem e saberem preservá-los.

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    Nós temos insetos que são predadores de pragas. Como exemplo nós temos as

     joaninhas, tesourinhas e os bicho lixeiro que comem ovos de mariposas e borboletas.

    Adulto de tesourinha 

    Adulto de joaninha Adulto de bicho lixeiro

    Amigos, as vespas predadoras comem lagartas.

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    Também nós temos percevejos que comem lagartas e besouros, além das aranhas que

    comem diversos insetos pragas.

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    Pessoal, nós também temos algumas vespas que colocam os seus ovos dentro de ovos de

    mariposas e borboletas ou dentro da lagarta e também em ovos de percevejos. Assim,

    nós não teremos pragas, pois as formas jovens das vespas parasitóides vão comer os

    ovos ou as lagartas.

    Vespa

    colocando ovos dentro da lagarta

    Vespinha parasitando ovos

    de percevejos

    Vespinha colocando ovos dentro dos ovos da mariposa

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    Amigos, a mais famosa parasitóide de ovos de mariposas e borboletas

    pragas do mundo é o Trichogramma.

    Trichogramma parasitando ovo de mariposa

    Amigos, quando percebemos adultos das mariposas desfolhadoras na nossa lavoura de

    arroz ou massas de seus ovos, nós podemos liberar esta vespinha, assim nós não vamos

    ter lagartas na lavoura. Bastam três cartelas comerciais de Trichogramma para combater

    as mariposas e borboletas em uma área de um hectare.

    Cartela com vespinhas Trichogramma

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    Essas vespinhas, o Trichogramma, são vendidas por empresas no Brasil, consultar um

    extensionista da EMATER ou um engenheiro agrônomo para lhe indicar as empresas.

    Mas lembre-se novamente que essa vespinha parasita ovos. Portanto, devemos liberar as

    vespinhas no início do plantio, quando se detectam os primeiros adultos de mariposas e

    seus ovos!

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     Amigos, nós ainda temos alguns fungos e bactérias que causam doenças em insetos

    pragas, pois os insetos também ficam doentes. A bactéria se chama Bacillus, sendo

    vendidas por empresas no Brasil.

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    Contudo, temos que pulverizar a nossa lavoura com esta bactéria no final do dia, pois os

    raios ultra violetas do sol da manhã mata esta bactéria, reduzindo a sua eficiência. Não

    se preocupem esta bactéria é completamente inofensiva para as aves, os mamíferos,

    incluindo o homem, e para as plantas, além de não ter efeito poluente no ambiente.

    Mata apenas as lagartas quando pequenas.

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    Amigos, alguns fungos também matam insetos.

    Esses fungos são produzidos no Brasil, lembrando que deve ser pulverizado no fim do

    dia por causa dos raios ultra violeta do sol da manhã bem como em períodos de alta

    umidade relativa do ar para que o fungo germine e mate as lagartas.

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    Amigos, as lagartas morrem duras e em geral brancas.

    Pessoal, estamos terminando a nossa aula. Nós vamos fazer uma pequena revisão do

    que foi visto e depois vocês irão responder algumas questões. Nós vimos hoje as

    principais pragas do arroz, como os percevejos do colmo e dos grãos e a bicheira da

    raiz.

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    Vocês aprenderam como fazer a amostragem e tomar a decisão de controlar ou não as

    pragas. O importante de se fazer há amostragem é que reduz o número de pulverizações,

    economizando dinheiro e afetando menos o ambiente e a nossa saúde.

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    Vocês foram apresentados aos inimigos naturais, como o trichogramma, que parasita

    ovos de mariposas e borboletas, dentre outros.

    Vespinha colocando ovos dentro dos ovos da mariposa

    Vespinha parasitando ovos de percevejos

    Vespa colocando ovos dentro da lagarta

    Adulto de tesourinha

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    Aprenderam também outras táticas de controle, como exemplo e muito importante, que

    não se deve plantar arroz perto de pastos, milharal, sorgo ou canavial. Que nós temos

    que fazer rotação de cultura, mas nunca com outra gramínea, como o milho. Que nós

    devemos eliminar os restos culturais para eliminar as pragas logo após a colheita. E

    mais importante, que o manejo integrado de pragas, com várias práticas integradas e não

    isoladas, nos ajudam a reduzir as pragas nas culturas.

    Canavial

    Milharal Pasta

     

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    Pessoal, agora vocês irão fazer uma pequena prova. Boa sorte!

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    TESTE

    Questão 1- Quantos pontos amostrais a gente deve avaliar a cada 10 hectares de arroz?

    a) quatro

    b) cinco

    c) dez

    d) vinte

    Questão 2- Qual ou quais as vantagens de se fazer a amostragem de pragas na lavoura

    de arroz?

    a) Economiza dinheiro, pois somente aplica inseticida quando necessário.

    b) Ajuda a preservar o meio ambiente.

    c) Ajuda a preservar a nossa saúde.

    d) Todas as questões acima.

    Questão 3- Qual o inimigo natural mais utilizado no mundo que parasita ovos de

    mariposas e borboletas?

    a) Joaninhas

    b) Trichograma

    c) Bicho lixeiro

    d) Tesourinhas

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    GABARITO

    QUESTÃO RESPOSTA1 B

    2 D

    3 B

  • 8/19/2019 Arroz m

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    Referências consultadas ou indicadas

    GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. Ed. Agronômica Ceres. São Paulo,

    2002. 920p. 

    PICANÇO 2000. Apostila Didática. UFV- Viçosa, 308p. 

    Acesse os seguintes sites e procure saber mais sobre a atividade da rizipsicultura e sobre

    o plantio de arroz.

    www.embrapa.br

    www.embrapa.br/arrozefeijão

    http://www.emater.tche.br/docs/agroeco/revista/n4/05-relato.htm  

    www.ciat.cgiar.org/riceweb/esp/mas_noticias.htm  

    www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-8478200400...  

    Literatura Indicada para crianças que aborda pragas e como combatê-las:

     

    Demolin, G. A grande Guerra. Ed. Armazém de Idéias, Belo Horizonte, 2006.80p.  Demolin, G. Um conto no Velho Chico. Ed. Armazém de Idéias, Belo

    Horizonte, 2003. 40p.