Aqui Vou Postar Algumas Folhas de Alguns Orixás

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Aqui vou postar algumas folhas de alguns Orixás: Folhas Litúrgicas no Candomblé Èsù Odun-dun - Folha-da-costa Teté - Bredo sem espinhos Orim-rim - Alfavaquinha Pepé - Malmequer bravo Labre - Tiririca Kanan-kanan - Folha de bobó Kan-kan - Cansanção de porco Inã - Cansanção branco de leite Aberê - Picão-da-praia, carrapicho-de-agulha Ògún Mariwô Folha de palmeira de dendê Ìróko Folha-de-loko Pepé Malmequer bravo Teterégún Canela-de-macaco Monam Parietária Aferê Mutamba Piperégún Nativo Obô Rama de leite Eregê Erva-tostão, graminha Ibin Folha-de-bicho Afoman Erva-de-passarinho Omun Bredo Orin-rin Alfavaquinha

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Candomblé

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Aqui vou postar algumas folhas de alguns Orixás:

Folhas Litúrgicas no Candomblé 

Èsù 

Odun-dun - Folha-da-costa Teté - Bredo sem espinhos 

Orim-rim - Alfavaquinha 

Pepé - Malmequer bravo 

Labre - Tiririca Kanan-kanan - Folha de bobó Kan-kan - Cansanção de porco Inã - Cansanção branco de leite Aberê - Picão-da-praia, carrapicho-de-agulha 

Ògún 

Mariwô Folha de palmeira de dendê Ìróko Folha-de-loko 

Pepé Malmequer bravo 

Teterégún Canela-de-macaco 

Monam Parietária 

Aferê Mutamba 

Piperégún Nativo 

Obô Rama de leite 

Eregê Erva-tostão, graminha 

Ibin Folha-de-bicho 

Afoman Erva-de-passarinho 

Omun Bredo 

Orin-rin Alfavaquinha 

Odun-dun Folha-da-costa (saião) 

Teté Bredo sem espinhos 

Já Capeba 

Anó-peipa Cipó-chumbo 

Odé 

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Teté - Bredo sem espinhos 

Orin-rin - Alfavaquinha 

Odun-dun - Folha-da-costa 

Jacomijé - Jarrinha 

Irekê-omin - Dandá do brejo 

Piperégún - Nativo 

Junçá - Espada de Ògún 

Ìróko - Folha de loko 

Mariwô - Folha de dendezêiro 

Irum-perlêmin - Capim cabeludo 

Akoko 

Fitiba - Cana-fita 

Monam - Parietária 

Òsányín 

Ganucô - Língua de galinha 

Obô - Rama de leite 

Aferé - Mutamba 

Tolu-tolu - Papinho-de-peru 

Monam - Parietária 

Jamin - Cajá 

Bala - Taioba 

Teterégún - Canela-de-macaco 

Timim - Folha de neve branca, cana-do-brejo 

Pepé - Malmequer bravo 

Mariwô - Folha de dendezeiro 

Awô-pupa - Cipó-chumbo 

Junçá - Espada de Ògún 

Piperégún - Nativo 

Arê-agê - Tostão 

Simim-simim - Vassourinha 

Afoman - Erva-de-passarinho 

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Omim - Alfavaquinha 

Teté - Bredo sem espinho 

Odum-dum - Folha-da-Costa 

Òsùmàrè 

Ìróko - Folha de Ìróko 

Monan - Parietária, brotozinho 

Bala - Taioba 

Jamin - Cajá 

Aberê-ejó - Pente de Òsúmarè 

Aferê - Mutamba 

Obô - Rama de leite 

Exibatá - Golfo redondo do monam 

Jacomijé - Jarrinha 

Tinim - Folha da neve branca, cana-de-brejo 

Peculé - Mariazinha 

Tolu-tolu - Papinho-de-peru 

Sòngó 

Teté - Bredo sem espinhos 

Orin-rin - Alfavaquinha 

Odum-dum - Folha da costa 

Jacomijé - Jarrinha 

Bamba - Folha de mibamba 

Alapá - Folha de capitão 

Pepê - Folha de loko 

Oicô - Folha de caruru 

Xerê-obá - Chocalho de xangô 

Oxé-obá - Birreiro 

Monan - Parietária 

Aferé - Mutamba 

Obô - Rama de Leite 

Odidí - Bico-de-papagaio 

Obaya - Beti-cheiroso - macho ou fêmea 

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Oyá 

Teté - Bredo sem espinho 

Orim-rim - Alfavaquinha 

Odum-dum - Folha-da-costa 

Jacomijé - Jarrinha 

Afomam - Erva-de-passarinho 

Abauba - Folha de imbaúba 

Tepola - Pega pinto 

Eregê - Erva-tostão 

Já - Capeba Obayá - Beti-cheiroso 

Piperégún - Nativo 

Ìróko - Folha de loko 

Pepé - Malmequer 

Teterégún - Canela-de-macaco 

Junça - Espada de Ògún 

Adimum-ade-run - Folha de fogo 

Obe-cemi-oia - Espada de Oyámésèèsán rosa 

Monan - Parietária 

Bala - Taioba 

Jamim - Cajá 

Aferé - Mutamba 

Gunoco - Língua-de-galinha 

Obô - Rama de leite 

Òsún 

Teté - Bredo sem espinhos 

Orim-rim - Alfavaquinha 

Odum-dum - Folha da costa 

Efim - Malva branca 

Omim - Beldroega 

Já - Capeba 

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Ìróko - Folha de loko 

Pepe - Malmequer branco 

Teterégún - Canela de macaco 

Monan - Parietária 

Jamin - Cajá 

Tolu-tolu - Papinho de peru 

Aferé - Mutamba 

Eim-dum-dum - Folha da fortuna 

Obô - Rama de leite 

Omin-ojú - Golfo branco 

Ilerin - Folha de vintém 

Yemonjà 

Teté - Bredo sem espinhos 

Orim-rim - Alfavaquinha 

Odum-dum - Folha da costa 

Efim - Malva branca 

Omin-ojú - Golfo branco 

Jacomijé - Jarrinha 

Ibin - Folha de bicho 

Já - Capeba 

Obaya - Beti-cheiroso 

Ìróko - Folha de loko 

Tinin - Folha de neve branca, cana-do-brejo 

Ereximominpala - Golfo de baronesa 

Teterégún - Canela de macaco 

Monam - Parietária 

Jamim - Cajá 

Obô - Rama de leite 

Obàlúwàiyé 

Monam Parietária - brotozinho 

Bala - Taioba 

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Jamim - Cajá 

Aferé - Mutamba 

Obó - Rama de leite 

Exibatá - Ovo redondo de monãn 

Jakomijé - Jarrinha 

Afoxian - Erva de passarinho 

Já - Capeba 

Turin - Folha de neve branca 

Pekulé - Mariazinha 

Tolu-tolu - Papinho de peru 

Nàná 

Teté - Bredo sem espinhos 

Orim-rim - Alfavaquinha 

Odum-dum - Folha da costa 

Exibatá - Golfo redondo de manam 

Jacomijé - Jarrinha 

Afoman - Erva de passarinho 

Já - Capeba 

Timim - Folha de neve branca, cana-do-brejo 

Peculé - Parioba 

Bala - Taioba 

Jamim - Cajá 

Aferé - Mutamba 

Obô - Rama de leite 

Òòsààlà 

Teté - Bredo sem espinhos 

Orim-rim - Alfavaquinha 

Odum-dum - Folha-da-costa 

Ibim - Folha de bicho 

Efim - Malva branca 

Ilerim - Folha de vintém 

Omim - Beldroega 

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Omim-ojú - Golfo branco 

Jacomijé - Jarrinha 

Tinin - Folha de neve branca, cana-do-brejo 

Pachorô - Folha da costa branca 

Monam - Parietária 

Peculé - Parioba 

Bala - Taioba 

Jamim - Cajá 

Ori-dum-dum - Folha da fortuna 

Aferê - Mutamba 

Obô - Rama de leite 

Omim-ibá-ojú - Folha de leite 

AXÉ: A FORÇA SAGRADA“NO DIA EM QUE UM HOMEM ENGOLIR UMA GALINHA INTEIRA, VIVA, SEM TIRAR AS PENAS, O SANGUE E AS VISCERAS; NO DIA EM QUE UM PARTO NÃO SANGRAR E A ÁGUA NÃO VERTER SOBRE A TERRA, NESTE DIA EU DEIXO DE CORTAR PARA O ORIXÁ.” PAI CIDO 

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O singnificado do sangue

“... o conteúdo mais precioso do terreiro é o axé. É a força que assegura a existência dinâmica, que permite o acontecer e o devir. sem axé a existência estaria paralisada, desprovida de toda a possibilidade de realização. é o princípio que torna possível o processo vital.”                                             juana elbein dos santos

sacrifícios_

sacrifício não é assassinato, relacionado que está ligado à rituais sagrados, visando, no candomblé, ampliar, acumular e distribuir a força vital e sagrada que é o axé. boa parte das religiões utilizava o sacrifício em seus rituais. entre os cristãos, por exemplo, a extinção do sacrifício (em termos reais) justifica-se pela morte de jesus cristo; que teria morrido para salvar a humanidade no mais importante sacrifício que o mundo assistiu. ocorre que jesus morreu pelos cristãos, e não pelo candomblé, isso significa, na realidade, que os ritos processados em outra doutrina religiosa não fazem nenhum sentido para nossos orixás; da mesma forma que os rituais de candomblé fogem à compreensão da igreja católica.

Em outras palavras, o candomblé só se explica pelo candomblé, não adiantando recorrer á bíblia para explicar e muito menos para condenar as práticas da religião dos orixás.

o sangue é de importância vital para os orixás, pois está ligado à concepção, à fertilidade, ao nascimento e a todas as etapas da vida. sem sangue não há axé. ninguém nasce sem sangue. quando deixar de haver sacrifícios, o candomblé deixará de existir.

Não se derrama do sangue dos animais por maldade, por crueldade, muito menos para fazer mal a alguém. o sacrificíco é a condição para que a vida continue, e não apenas no candomblé. todos se alimentam, seja de carne ou de vegetal, e um boi pode ser comido em bifes. ou seja, em partes e depois de morto; uma alface ao ser desconectada de sua raiz, também é morta.  então, por que não se pode atribuir um significado religioso a um ato essencial para a sobrevivência humana?

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  o ritual macrabro não está nos candomblés, e sim nos matadouros, onde os animais são submetidos a inúmeras crueldades e morrem com muito sofrimento. imaginem um animal ainda vivo tendo sua pele totalmente arrancada: isso é um exemplo do que ocorre nos matadouros. é por isso que a carne que será consumida pelo iniciado deve ser sacralizada por meio de rituais específicos; a carne de um animal que morreu com sofrimento não faz bem a ninguém.

  é um absurdo acusar o candomblé de realizar sacrifícios humanos como tem feito algumas igrejas. o candomblé não é uma religião hipócrita e assume o que faz. são sacrificados, sim, bois, bodes, galinhas, patos e muitos outros animais, que depois servem de alimentos à comunidade, mas nunca seres humanos, pois o orixá vive no homem e atravéz do homem.

lembren-se que jesus foi condenado à morte por pessoas que viriam a santificá-lo mais tarde, fazendo o sinal da cruz, adorando sua imagem ensanguentada. pois que fique bem claro: não somos contra o homem jesus, mas contra os homens que mataram jesus. nós não matamos nossos orixás, nós os amamos com todos os seus defeitos e qualidades.

sangue_ as três fontes de axé

para o candomblé tudo que a natureza produz é sangue, pois o que define o sangue é a força que detém, ou seja, o axé. o sacrifício requer a utilização de varios tipos de sangue, vindo das mais variadas fontes da natureza, atribuindo vida e sentido ao orixá, aos homens e à própria existência.

sangue vermelho

o sangue divide-se em três categorias: o sangue vermelho, o preto eo branco. Os elementos detentores desse axé são encontrados nos reinos animal, vegetal e mineral, configurando a parte material, visível e palpável da força vital.

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o sangue vermelho do reino animal é representado pelo fluxo menstrual, pelo sangue dos animais e pelo sangue humano. portanto todas as pessoas são portadoras de axé.  no reino vegetal, o sangue vermelho é representado pelo azeite-de-dendê, o òsún (semente) e o mel extraídos da flor, são os melhores exemplos. osmetais como bronze e o cobre são portadores do sangue vermelho proveniente do reino mineral.o sangue vermelho está mais diretamente relacionado às coisas quentes, ao movimento e ao fogo, razão pela qual os orixás que exigem uma quantidade maior desses elementos, dominam exatamente esse aspecto da natureza, como exú, xangô e iansã.

sangue preto

no reino animal o sangue preto é encontrado principalmente nas cinzas de animais sacrificados. sendo a cor verde variação da cor preta, assim como o azul, o sumo das folhas, o pó azul chamdo wàji e extraído das árvores, são exemplos de sangue preto no reino vegetal. já o reino mineral, encontramos o carvão e o ferro.a esses elementos relacionan-se mais diretamente os orixás da terra, como ogum, oxossi, ossaim e muitos outros. isso não quer dizer que deuses ligados a outros elemnetos não os utilizem.

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sangue branco

o sêmem, a saliva, o halito, as secreções e o plasma, são considerados os portadores de sangue branco no reino animal. o caracol sacrificado a oxalá é um bom exemplo de animal de sangue branco.  no reino vegetal, está o sumo das plantas leitosas, e das bebidas alcoólicas extraídas das palmeiras e de outros vegetais. também está no ìyèrosùn ( pó utilizado pelos sacerdotes no opelê ifá) e no orí ( banha vegetal). no reino mineral temos o sal e o efun ( uma espécie de giz), a prata e o chumbo.

todos esses elementos são portadores de axé e combinados reforçam, ampliam e restabelecem a relação entre os homens e os deuses. o axé é uma força vital que pode ser acumulada e aumentada; e o sacrifício, com a utilização das mais variadas fontes de axé, provenientes de todos os reinos da natureza, é que fortalece o poder do orixá e dos candomblés.

OGUM – A MAIOR CELEBRIDADE AFRO-BRASILEIRA

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Ogum é, sem dúvida, o orixá masculino mais reverenciado no Brasil. Tanto pelos adeptos ao candomblé, quanto por cidadãos comuns. Sendo assim, ma atrevo a dizer que Ogum é o mais “brasileiro” dos orixás. Isso graças a sua popularidade nos mais diversos meios sócio-culturais. Seu sincretismo à imagem de São Jorge, o santo guerreiro, fez com que Ogum se tornasse popularmente conhecido como “o vencedor de demandas”.

Ogum guerreiro, é o protetor dos soldados, das forças armadas. Porém, não deixa de ser o orixá protetor dos oprimidos, dos excluídos. Essa característica torna-se nitidamente visível no dia 23 de abril, dia de São Jorge, onde em todo o Brasil é comemorado as festividades ao “vencedor de demandas”.

Por isso, Ogum passou a ser a “celebridade” do panteão Afro-brasileiro. Ele é reverenciado como padroeiro de diversificados “grupos” sociais. Tais como, Escolas de samba, times de futebol, forças armadas, comunidades entre outras. Grandes nomes da MPB já homenagearam Ogum em suas canções, como Alcione, Jorge Bem , Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho entre outros. Este último, além de homenagear seu orixá com uma bela canção, anualmente, no dia 23 de abril, ele serve um almoço, em seu sítio no Rio de Janeiro, para crianças carentes dessa comunidade, no que é distribuído presentes. Segundo o artista, ele realiza esse ato em forma de agradecimento a Ogum, a tudo que este orixá lhe proporcionou e continua proporcionando. Segundo ele, um dia ele foi uma daquelas crianças carentes e foi Ogum que o transformou no renomado e mais popular sambista brasileiro.

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Dentro do candomblé, essa reverência a Ogum não se torna tão diferente, pelo contrário, é praticamente impossível cultuar os orixás sem a energia de Ogum.

Ele é o primeiro a ser saudado depois que Exú é despachado. Quando Ogum se manifesta no corpo em transe de seus iniciados, dança com ar marcial, agitando sua espada e procurando um adversário para golpear. É, então, saudado com gritos de “ Ogum Ieee!!” (Olá, Ogum!). É sempre Ogum quem desfila à frente “abrindo caminhos” para os demais orixás. Quando eles entram no barracão nos dias de festa, manifestados e vestidos com roupas simbólicas.

O Adarrum é o ritmo característico de Ogum. É um ritmo “quente”, rápido e contínuo, que lembra um galope frenético de um cavalo. É um ritmo executado apenas pelos atabaques, sem canto. Ogum dança vestido com roupas azul profundo (Azulão – sua cor), de capacete e empunhando sua espada, numa dança cheia de movimentos rápidos, “abrindo caminhos” e “guerreando” com vigor.

As comidas cerimoniais, a ele oferecidas, costumam ser simples, preferencialmente secas, sem molhos elaborados, feitas com mínimo de ingredientes para estar prontas rapidamente, sem necessidade de empregados ou panelas – comida de soldado viajante. Seu prato por excelência é o inhame assado acompanhado de feijão fradinho torrado diretamente no fogo. Terça-Feira é o dia da semana que lhe é consagrado, seu número é o sete (7) e seus múltiplos. Seu nome é sempre mencionado por ocasião de sacrifícios dedicados aos demais orixás, no momento em que o animal é sacrificado com a faca, o obé no qual lhe pertence.

Marcelinhu D’Xangô

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Sobre Ogum :

Saudação: Ogum ye patacori jaci jaci! Ou apenas; Patacori Ogum ye!!

Cor: Azulão ( azul marinho) ;

Dia da semana: terça-feira ( Ketu e Angola)

Ferramenta: Espada e o Obé (faca)

Comida: Inhame assado e a tradicional feijoada;

Fruta: Manga espada

Kizila de Ogum: Mentira; Roubo e a fruta cajá.

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Temperamento: Brutalidade, mas um bom coração.

Elemento: Terra;

Pedra: Sodalita. Minério de ferro e a Pirita.

Partes do corpo: Mãos, braços e sangue.

Ave: Galo vermelho

Quatro patas : Bode escuro e em alguns casos rajado com preto.

Animal sagrado: Cachorro ( no Brasil)

Folhas: Macumbe (Pau-pombo), Arueira branca, espada de Ogum e a caiçara.

Local para entregas: Sempre ao ar livre, nas estradas, entradas de matas, encruzilhadas, ferrovias entre outros.

Postado por Marcelinhu D'Xangô às 08:52 Nenhum comentário:

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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Axogun – “O mão-de-faca”

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Axogun 

Assentamento de Ogum

Como dissemos anteriormente, Ogum é o orixá do ferro, o ferreiro do panteão Afro-Brasileiro. Sendo assim, é atribuído a ele o “título” de “dono do Obé (Faca). Portanto, nada é possível, dentro dos Ilês (casas de nação), sem a energia ou o axé de Ogum. Ou seja, sem a faca de Ogum nada seria possível na realização da feitura dos orixás, entre outras obrigações importantes para a realização do axé.

No candomblé, existem vários rituais, dentre estes a “matança” de animais. A cerimônia de “derrubada” (matança), é a mais importante dentro do culto aos orixás. Para esta, são exigidos inúmeros requisitos a quem a pratica.

O Babalorixá ou Yalorixá ; é a pessoa responsável ou especializada para a realização desta cerimônia. Contudo, isso não lhe impede de receber o auxílio do Axogun; que é um filho da casa cuidadosamente escolhido e preparado para exercer esse “cargo”.

O “mão-de-faca” (Axogun), além de executar o corte, possui inúmeras atribuições. E dele depende o êxito do sacrifício, a aceitação por parte dos orixás, do animal sacrificado. Uma matança mal feita é rejeitada. Muitas vezes o orixá, a quem se destina a obrigação, cobra em dobro caso essa seja executada erroneamente. Assim se pode avaliar a responsabilidade do seu executor, seja ele o Babalorixá ou o Axogun.

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Ao preparar o Axogun, o Babalorixá deverá ter o máximo de cuidado, tanto na escolha do iyawô (que é determinado pelo Orixá dono do Ilê), quanto na sua feitura. Afim de torná-lo apto para o bom desempenho de sua tarefa. Só poderá ser Axogun uma pessoa “feita” no santo, independente do seu orixá de cabeça, sendo que, em sua feitura, lhe seja passado os conhecimentos necessários para a execução desse cargo. No caso, Axogun.

Cabe ao Axogun, conhecer o modo pelo qual deverá executar o corte para qual quer orixá. É indispensável que saiba o animal que compete para cada orixá, bem como, sua cor e o sexo correspondente, além de ter que saber o orô, a reza a ser invocada durante a realização da “feitura” ou da obrigação.

Muita gente pensa que, pelo fato de ter assistido uma matança, já está apta a sair por aí realizando sacrifícios. Não é bem assim! Como esclarecemos, só está apto a realizar sacrifícios aquele que recebeu sua “mão-de-faça”, aquele que foi inciado para isso. Seja ele um Babalorixá ou Axogun. Quem ainda não recebeu esse axé, em hipótese alguma poderá executar sacrifícios, muito menos dar “mão-de-faca” a alguém. Afinal, quem poderá dar o que não tem?

Todos que necessitarem completar suas obrigações, com a finalidade de se tornar sacerdotes, terão que receber, indispensavelmente, a sua “mão-de-faca” ou “axé-de-faca; pois sem este nunca poderá trabalhar satisfatoriamente.

Marcelinhu D’xangô

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Postado por Marcelinhu D'Xangô às 18:32 Um comentário:

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BATUQUE

(Peji/Quarto-de-santo/ no Batuque)

Batuque

Batuque, como sabemos, é uma religião Afro-Brasileira de culto aos orixás, predominante no Rio Grande do Sul; de onde se estendeu para países vizinhos, como Uruguai e Argentina.

O Batuque é o fruto de religiões dos povos da costa da Guiné e da Nigéria, com as nações Jêje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô. Sendo assim, o Batuque se diferencia (quase que totalmente) dos principais cultos Afro-Brasileiros, Ketu e Angola, em sua forma de cultuar os orixás. Porém, as nações que formam o Batuque assemelham-se entre si.

Portanto, nesse blog, abordaremos as principais características do Batuque, dentro de cada pauta. Ou seja, cada assunto, que foi ou será, discutido aqui faremos uma breve demonstração desses fundamentos sobre o tema em questão.

Marcelinhu D’xangô

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Ogum no Batuque

Na religião do batuque, Ogum é o “dono” do ferro e de todos os seus derivados, como armas e ferramentas. Também é o “dono” da bebida alcoólica. Considerado o senhor da guerra. Esposo de Iansã, que o traiu com Xangô após embebedá-lo com uma bebida denominada Atã.

Também é considerado o “dono” do Obé (faca). Sem ele não tem como ser feito os outros orixás. Qualquer sacerdote do orixá, obrigatoriamente, tem que ter Ogum em seus assentamentos, pois este é o dono do “axé das facas”. Por ser dono das armas, é invocado para vencer as demandas. Pela mesma razão é o protetor dos policiais e dos soldados.

Na nação Ijexá, também são cultuados Ogum Avagã , Ogum Onira e Ogum Adjolá, qualidades de Ogum que só existem no batuque. Este último é um guerreiro guardião que trabalha na beira da água, a mando de Oxum, Iemanjá e Oxalá. Ogum Avagã tem seu assentamento junto ao Bará Lodê ( ver capitulo Exú) , Oyá Timboá ou Dirã.

Particularidades de Ogum no Batuque

Saudação: Ogunhê!

Dia da semana: segunda-feira para Avagã e quinta-feira para os demais Oguns.

Número: 7 e seus múltiplos.

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Cor: Vermelho e Verde escuro

Guia: Vermelho e verde

Aves: Galo vermelho escuro

Quatro pés: Cabrito escuro, menos preto.

Adjuntós: Avagã com Oyá Timboá ou Oyá Dirã;

Onira com Oyá;

Olobedê com Iansã;

Adiolá com Oxum Pandá ou Iemanjá Boci.

Sincretismo:

Ogum Avagã: São Paulo

Ogum Onira, Olobedê e Adiolá: São Jorge

Postado por Marcelinhu D'Xangô às 12:43 Nenhum comentário:

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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Previsões para 2012 – Edição especialOdu  Ifá – A energia que vem dos números.

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O ano de 2012 será regido pelo odu Ôxê; que é a soma de todos ao números que compõem a data. Ou seja, 2+0+1+2 = 5 . Portanto o número que corresponde o ano é o número 5. Este número é representado pelo Odu Ôxê, que é um odú que representa Iemanjá e Oxum.

Sob a energia deste Odu, podemos observar que o ano de 2012 será um ano de muitas transformações, muito ativo nas questões profissionais e financeiras. Será ainda um ano de muitas conquistas e também de grandes crises econômicas. Para o Brasil, poderá haver muitas disputas coletivas e violências tumultuosas, já que será um ano eleitoral.

É um ano que merece atenção nos aspectos pessoais, pois ficar na dúvida, em cima do muro, não dará certo. Quem se “vender” ou se deixar corromper por ambição poderá se dar muito mal, segundo Ôxê.

Na saúde, o odu destaca atenção às energias voltadas aos órgãos sexuais e também à cabeça. Portanto, as doenças relacionadas aos órgãos reprodutores terão aumento significativo como: Câncer de útero, de mama, próstata e também disfunções no sistema endócrino serão relevantes, pois esse Odu rege com grande influência esses pontos. 2012 será regido pela energia do determinismo e força de vontade. Mudanças alimentares e de hábitos ajudarão a manter o equilíbrio. “mente sã, corpo são.”

No amor, será também um ano de grande proveito. Isso para aqueles que conseguirem deixar para trás as dores das relações que não deram certo. Para quem ainda não encontrou sua alma gêmea, Ôxê diz que você precisa olhar em sua volta, pois seu grande amor pode estar ao seu lado e você ainda não percebeu.

Ainda no campo afetivo, 2012, revela a energia negativa onde nota-se que não será um ano para perder tempo com rancor, mágoa ou frustrações; assim, correrá o risco de não amar, tampouco conhecer o amor. Aos ciumentos, cuidado! Poderão pôr tudo a perder.

Em geral, será o ano de grandes descobertas, tanto no ponto-de-vista social, quanto no pessoal. Coisas escondidas, segredos ou até mesmo traições, poderão vir à tona. Bom ano para iniciar novos caminhos ou novos empreendimentos.

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Domingo – A vibração deste dia.

O ano de 2012 começa num domingo sob a energia de Oxalufã, o criador de tudo e de todos. Apesar deste ser um orixá do efum (branco), ser o orixá da paciência, da harmonia e da paz; isso NÃO torna o ano de 2012 menos conturbado, pelo contrário, será um ano das decisões, das disputas.

Após o terceiro mês, é que poderemos sentir a total energia emanada por Oxalufã ; antes ainda estaremos sob a influência de Oxum, como um processo transitório, mas esta não terá participação ativa na regência do ano. Quem exercerá o comando, ao lado de Oxalufã, será Iemanjá, sua esposa.

Será um ano de julgamentos, de sentenças, acerto de contas, resgates do Karma. Tudo que plantamos nos anos anteriores, será colhido em 2012. Porém, se tratando da regência de oxalá, também será o ano do arrependimento e do perdão.

O ano contará também com a influência de Ogum, já que este é o guardião do reino de Oxalá. Isso fará com que 2012 seja o ano das disputas em geral, tanto no campo sócio-econômico, quanto no campo afetivo.

Haverá ainda, considerada, participação de Xangô no ano de 2012, já que o número 12 corresponde a este orixá. Sendo assim, será um ano propício para iniciar projetos, comprar ou vender imóveis e ainda iniciar um novo relacionamento amoroso. Casamentos poderão ser desfeitos, dando espaço a novas aventuras amorosas. Ogum e Xangô apresentam-se em 2012 como executores das divinas ordens de Oxalufã, mas o ano será governado diretamente por Oxalá e Iemanjá.

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A influência de Iemanjá em 2012, trará um aspecto de “INQUIETUDE” espiritual. Onde ela anuncia mudanças que poderão não estar sob nosso desejo nem controle. Serão mudanças conseqüenciais, ou seja, o retorno de nossas próprias atitudes e princípios, em anos anteriores.

Iemanjá trás grandes oportunidades sociais e econômicas. Porém, devemos ter cuidado, muita atenção; para sabermos eleger sábias escolhas, dentre essas oportunidades. Contudo, segundo Iemanjá, essas oportunidades surgirão para aqueles que não estão apegados ao passado.

Flexibilidade e disponibilidade, são os conselhos de Iemanjá para 2012; quem segui-los terá diante de si essas oportunidades de mudança. Isso serve para o material e o afetivo. As mudanças estão distribuídas  como, mudanças de endereço, cidade, país; mudanças de relações sociais, sentimentais e familiares.

Apesar das mudanças serem impostas pelo destino de cada um, e pelas pessoas ao seu entorno. Este ano de 2012 pode ser um ano interessante e construtivo, mas devemos cuidar para não cair em demasiado estresse, já que a regência de Oxalá nos deixará mais sensíveis, com os nervos a flor da pele.

O grande ápse, causador das mudanças anunciadas por Iemanjá, é a força da inquietação e impaciência que habita em cada ser. Que conduz à inconformidade e, por conseqüência, ao desejo de mudança. Mas lembre-se: “A sabedoria abre muito mais portas que pressionadas pela impaciência”.

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Xoroke ou Soroke – Este é o nome dado a Ogum por sua condição extrovertida: sro= falar, ke= mais alto. Xorokê é um Ogum que tende a confundir-se com Exú, por ser agitado, instável e perigoso. Conta a lenda que um vulcão entrou em erupção e Xorokê pulou dentro dele, em forma de fogo.

É o senhor da noite, vive nos cantos das encruzilhadas. É o orixá da vingança, pois seu temperamento é muito forte. Tem que ser assentado junto com Exú, fora do Barracão. Tudo para ele tem que ser duplo, aves, oferendas, qualquer oferta deve ser dupla, sendo um escuro e outro claro. Ex: se ele quer um galo, ofereça um galo preto e um galo vermelho.

Segundo Olga Cacciatore ,(museóloga e dicionarista brasileira), Ogum Xorokê, também chamado de Xogum , é um Ogum feroz e briguento, tão bravio que termina por tornar-se em um Exú .

Aspectos positivos em Xorokê: Bravura sem igual, dedicado e corajoso. Carrega todas as virtudes de Ogum e de Exú.

Aspectos negativos em Xorokê: Voraz, ganancioso, sanguinário, perigoso, vingativo e malvado.

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Seus filhos carregam em si esses aspectos, tanto os positivos quanto os negativos. Os Babalorixás, quando possuem um filho de Xorokê, sabem que podem contar com ele para qualquer coisa, dentro ou não da religião, mesmo sabendo que este Omo-orixá (yawo), vez em quando some do Barracão, mas sempre acaba voltando. Isso ocorre porque Xorokê está sempre a flor da pele, e seus filhos se tornam precipitados.

Xorokê é considerado o orixá do impossível, pois não há o que ele não consiga vencer.Porém,é necessário muito cuidado ao lidar com Xogum. Não vacile! Pois Xorokê te dá tudo, mas também é capaz de lhe tirar tudo,até o que ele não lhe deu.

Postado por Marcelinhu D'Xangô às 22:33 Nenhum comentário:

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Ogum na umbanda

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Ogum na umbanda

Mais uma vez os arquétipos de Ogum e Exú, irmãos, se cruzam em grande semelhança. Pois se o orixá Exú é, equivocadamente, confundido com os Kiumbas (exu de umbanda); com Ogum não é muito diferente.

A umbanda é, sem dúvida, uma religião que sincretiza vários elementos, inclusive de outras religiões como catolicismo, Kardecismo e o Candomblé. Em relação a o orixá Ogum na umbanda podemos afirmar que ele é uma das divindades que trabalham nas “sete linhas de umbanda”; ou seja, é um chefe de falange ( posto hierárquico).

Sendo assim, Ogum é um dos orixás mais importantes dentro da umbanda e responde por uma linhagem de espíritos (falange), seus caboclos. Porém, esses falangeiros de Ogum costumam apresentar-se como soldados, uma linhagem marcial, bélica; diferentes de outras falanges que, em geral, se apresentam como espíritos indígenas, dentre outros.

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Falangeiros de Ogum

1 – Ogum Beira-Mar: Atua na ronda da calunga grande (Mar); é mensageiro de Ogum e Iemanjá. É chefe de falange de Ogum 7 ondas e também de exu Maré e exu do lodo.

2 – Ogum Rompe-Mato: Mensageiro de Ogum e Oxossi; chefe de falange de Ogum das Matas e Ogum das pedreiras.

3 – Ogum Megê: Trabalha na calunga pequena (cemitério), comanda diretamente as almas e alguns exus de cemitério.

4 – Ogum Naruê: Atua nos cruzeiros que cercam os cemitérios e as calçadas, trabalha basicamente no “desmanche” da magia negra, domina as almas quimbandeiras.

5 – Ogum Matinata: Mensageiro de Ogum e Oxalá, atua em campos abertos e floridos.

6 – Ogum Iara: Trabalha para Ogum e Oxum, atua nos rio,lagos e cachoeiras.

7 – Ogum Dele ( ou de Lei): Traz consigo a pura vibração de Ogum, é o próprio ogum em si, dificilmente há médiuns que incorporem este por sua vibração ser muito forte. Este é a própria lei regendo os reajustes dos caminhos. Seu nome significa “aquele que toca o solo”. Atua nas encruzilhadas em geral.

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Postado por Marcelinhu D'Xangô às 20:45 Nenhum comentário:

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Qualidades de Ogum

Qualidades de Ogum

O número sete (7) é associado a Ogum em função de uma lenda sobre a conquista de Irê, onde ele teria se dividido em sete (7) partes para conquistar e administrar as sete (7) aldeias que cercavam a cidade de Irê ( reino). Por isso, os fetiches (símbolos) do orixá guerreiro são sempre constituídos por instrumentos de metais presos em uma haste, também de metal, em números de sete ou seus múltiplos.

Cada uma dessas sete divisões (ou encarnações) de Ogum, originou um nome específico, de acordo com a função exercida por ele, como estratégia de tomar o reino de Irê.

As sete qualidades ou encarnações de Ogum são :

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Ògún Meje – ou Mejejê- é o que toma conta das sete entradas de Irê, ligado a Exú, é o guardião das casas de Ketu e Angola ;

Ògún Jé Ajá _ Ou Ogunjá (como ficou conhecido) Esse nome origina-se em razão da preferência de Ogum em receber cães em suas oferendas (somente na África). Tem ligação com Oxaguiãn e Iemanjá;

Ògún Àméné – Ou Ominí – É cultuado em Ijejá (reino de Oxum), onde era seu esposo;

Ògún Alágbédé – É Ogun dos ferros, o ferreiro, da ancestralidade, tem ligação com Iemanjá também;

Ògún Akoró – É o Ogum que usa o Mariwó como coroa, sua veste é toda de mariwó, toma da casa de Oxalá, muito ligado a Oxossi, não aceita o mel;

Ògún Onire _ É o título de Ogun, após a tomada da cidade de Irê, O Rei de Irê. O esposo de Oyá (Iansã) ;

Ógun Wari- É o ferreiro dos metas dourados, ligado a Oxum, ligado ao ar, por isso é o mais requintado dentre todos os Oguns.

Postado por Marcelinhu D'Xangô às 19:06 Nenhum comentário:

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Filhos de Ogum_

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Intransigentes e obstinados, podendo ser brigões. Porém, os filhos de Ogum são inflexíveis e radicais. Usa uma “Lei” para si e outra para os outros. É vaidoso, não gostam de ser contrariados em suas opiniões, raramente “arreda pé” de sua posição, mesmo quando não dá certo. Quer sempre fazer prevalecer seu ponto de vista. Não recua nenhuma vez em suas decisões. Tem sempre tendência a resolver as coisas para o seu lado, de qualquer forma. A mulher, filha de Ogum, é mais belicosa e de atitudes extremadas. É excelente Mãe de família, porém, coitado do filho que não “andar na linha”. Ela é do tipo que bate para depois ver onde está o erro.

Os filhos de Ogum, de modo geral, são francos, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas. São incapazes de perdoar, pois possuem um conceito de honra próprio. São desgarrados materialmente de qualquer coisa. Pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade de se concentrar num objetivo a ser conquistado. Quando não estão presos ao excesso de raiva, são grandes amigos e companheiros. ( isso vale para o lado afetivo também).

Sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo, sem se preocupar como e quando vai terminar. Está sempre em busca do considerado impossível. Ama o desafio.

Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Quando “inimigos”, são frios, calculistas e estrategistas. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior virtude é que sempre, SEJA PELO CAMINHO QUE FOR, será um vencedor.

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Pesquisa.

Postado por Marcelinhu D'Xangô às 06:24 Nenhum comentário:

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Sincretismo e Arquétipo de Ogum

Bastante cultuado no Brasil, Ogum é, sem dúvida, associado à luta e a conquista. É o orixá que, depois de Exú, está mais próximo dos seres humanos. É sincretisado com São Jorge (quase todo o Brasil) e St° Antonio (na Bahia).

A associação de Ogum com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, quanto da sua figura de “comandante” supremo dos iorubas. Reza a lenda que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras ( de conhecimento dos iniciados), Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porém, se elas (palavras) forem pronunciadas em vão, Ogum vira-se em ira contra quem o evocou.

É o orixá das contendas, deus da guerra. Seu nome traduzido para a língua portuguesa significa luta, batalha, briga. É filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exú e Oxossi. Por esse último nutre um sentimento muito forte e verdadeiro, um amor fraternal, na verdade foi Ogum quem deu as armas de caça a Oxossi. O sangue que corre em nosso corpo é regido por Ogum. Considerado como um orixá impetuoso e cruel, temível guerreiro, ele até pode passar essa imagem, mas também sabe ser dócil e amável. É a vida em sua plenitude.

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A violência e a energia, porém não explicam Ogum totalmente. Ele não é do tipo austero, embora sério e dramático, nunca contidamente grave . Quando irado, é implacável , apaixonadamente destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sensualidade não se contenta em esperar nem aceita a rejeição. Ogum sempre ataca pela frente, de peito aberto, como o clássico guerreiro.

Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas, ao mesmo tempo é figura imparcial, com a capacidade de calmamente exercer (executar) a justiça ditada por Xangô. É muito mais paixão do razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão; aos inimigos: a cólera mais implacável, a saga destruidora mais forte.

Ogum é símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão, da busca por novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria expansão. Sendo assim, além da ajuda que nos proporciona em nossas”guerras” individuais(demandas), e em qualquer tipo de luta, Ogum é o representante no panteão africano não só do conquistador mas também do trabalhador manual, do operário que transforma matéria-prima em produto acabado.

Ogum também é o dono das estradas de ferro e protege as portas das casas e templos (Um símbolo sempre visível é o mariwó { mariô} _ folhas do dendezeiro { Ige Opê} desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé anunciando a proteção de Ogum).

Uma frase muito dita no candomblé, e que agrada muito a Ogum é a seguinte : “ BI OMOLÉ BA DA ILÉ, KI O MÁ SE DA ÒGUN” ( Uma pessoa pode trair tudo na terra, só não pode trair Ogum).

Em toda a África negra Ogum é conhecido, pois soube conquistar cada pedaço daquele continente com sua bravura. Matou muita gente, mas também matou a fome de muita gente, por isso antes de ser temido Ogum é amado.

O campo de atuação de Ogum é a linha divisória entre a razão e a emoção. Fisicamente, seus filhos (na maioria das vezes) são magros, com musculatura e formas bem definidas. Assim como os “filhos de Exú”, gostam de lugares onde há grande concentração de pessoas, como festas, e conversas infindáveis. Possuem tendência a brigas e desavenças. Compram brigas pelas pessoas que estimam (amigos e colegas).

Sexualmente, são muito viris e potentes, trocam de parceiros com grande facilidade, porém quando amam é de forma intensa e arrebatadora. São batalhadores e não medem esforços

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para atingir seus objetivos. E mesmo contrariando a lógica,lutam insistentemente e vencem. Não se prendem a riqueza. O que ganham hoje, gastam amanhã. Gostam apenas de se destacar, de comandar e são líderes nato.

Pesquisado por: Marcelinhu D'xangô

Postado por Marcelinhu D'Xangô às 04:14 Nenhum comentário:

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Ogum – O Deus da evolução Ogum – O Deus da evolução

Ogum é o eborá que personifica o homem pré-histórico em sua evolução. Por isso, é um dos Orixás mais cultuados nos territórios iorubá.

Foi Oxaguian quem lhe ensinou a dominar o fogo, a lutar e a trabalhar com o ferro e a agricultura. Mas foi Ogum quem entregou os segredos dessa cultura aos homens. Por isso ele é chamado de Ogum Alagbedé , o ferreiro.

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Ogum, assim como seu irmão Exú , também é um orixá do fogo. Contudo, a maior ligação é que este orixá foi o primeiro a dominar o fogo e suas propriedades, utilizando-os de forma “construtiva”, ou seja, beneficiou-se do poder do fogo para manipular (ou forjar) os metais da época, que eram o ferro e o cobre (este o mais valioso até então). Foi Ogum quem ensinou os homens de “seu tempo” a criar suas ferramentas e armas. Tais como : Espada , lança, enxada, facão (faca), bigorna, martelo e o arado ...

A partir desse conhecimento, me atrevo a dizer que, Ogum é o Deus do progresso; o Deus da tecnologia, do fogo, do ferro e de tudo que se origina através do metal. Afinal, foi Ogum quem usou sua faca (obé) e desbravou as matas fechadas, criando, literalmente, as estradas e os caminhos. Portanto, Ogum é o dono dos caminhos e Exú, seu irmão, é o responsável pelo “ir e vir” desses caminhos. Exú é o guardião dos caminhos de Ogum.

Segundo o Babalorixá Pai Nilo D’ Xangô ( Meu Babá) :

“- Ogum empurra a faca e abre nossos caminhos. “

Texto : Marcelinhu D'Xangô

Postado por Marcelinhu D'Xangô às 00:50 Nenhum comentário:

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ogum : O temperamental senhor da guerra. Ogum

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Ogum é apontado como o filho mais velho de Odudua, o fundador de Ifé (cidade da Nigéria,considerada a capital religiosa dos Iorubas). Segundo essa linha de pesquisa, era um homem extremamente belicoso, cuja principal função era a de chefiar o exército de sua cidade-estado em costumeiras invasões aos reinos vizinhos, saqueando os estados derrotados e ampliando a área de poder de sua linhagem. Por isso Ogum é o orixá da guerra, do combate e da competição.

Sendo irmão de Exú, Ogum tem muita coisa em comum com ele. Além do caráter instável e arrebatado, Ogum também tem ascendência sobre os caminhos. Se Exú é o dono das encruzilhadas, assumindo a responsabilidade do “tráfego”, de determinar o que pode ou não passar, Ogum é o dono dos caminhos em si, das ligações que se estabelecem entre os diferentes locais.

Por Tradição, é um orixá bastante respeitado dentro dos cultos. Falar algo em nome de Ogum concede uma grande firmeza e afirmação, envolve um conceito de honra inabalável a garantir a veracidade do fato, algo comparável ao “ jurar por Deus” dos católicos. Porém, para Ogum, a justiça, a verdade, a retidão são importantes; mas sua ocupação não é determinar o que é certo ou errado , e sim apenas fazer prevalecer o que julga certo. É, conseqüentemente justiceiro, mas sem a gravidade mais contida de Xangô, nem sua autoridade quase legal. Ao contrário, Ogum é o que faz a justiça com as próprias mãos, empreendedor e decidido, jamais deixando para os outros o que julga ser problema seu.

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Em todas as suas encarnações, segundo as diferentes crenças, Ogum é impetuoso e de espírito marcial. Ele também está relacionado com o sangue e, por esse motivo, muitas vezes é chamado para curar doenças sanguíneas., em especial a anemia ferropriva, pois acredita-se que a deficiência de ferro no organismo humano, seja a falta da energia de Ogum.

No culto dos orixás, ele aparece com outras identidades, tais como Ogum Akirum, Ogum

Alagbede, Ogum Alara, Ogum Elemona,Ogum Ikole, Ogun Meji, Ogum Oloola, Ogum

Onigbajamo, Ogum Onire, Ogun-un e Onile, sendo este último uma encarnação feminina.

Postado por Marcelinhu D'Xangô às 00:14 Nenhum comentário:

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pambu Niijila - A Face feminina de Exu Pambu Njiila

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Adualidade a respeito do orixá Exú se estende mais uma vez quando o assunto é Pomba Gira. Portanto, palavra "pombagira" na verdade e uma pronuncia "abrasileirada" da lingua bantu africana pombogira Pampu Nijila que por ser uma porçao mais feminina do mesmo exu africano se confindiu com a entidade feminina de exu na umbanda. Mas não são as mesma divindade.

Pampu Njiila, para a maioria do "Povo do Santo",é a porção feminina do Exú, que não deixa de ser uma divindade masculina, pelo contrário, Exú é o mais viril dos Orixas. Pampu Njiila é uma divindade Bantu, está ligada diretamente aos caminhos, estradas, fronteiras, ruas, vielas, becos, encruzilhadas, atalhos, subidas, descidas, enfim... essa Divindade está em todos os movimentos de ligação de ir e vir, de mudanças, novos rumos, recomeços e etc...

É o Senhor dos Caminos (Ngana Pambu Njila), tendo muita importância nos rumos que escolhemos para nossas vidas. Na língua KIMBUNDU, a palavra PAMBU, tem o significado de encruzilhada, atalho, fronteira e a palavra NJILA, significa caminho, estrada.Ele é o intermediário é quem faz a ligação entre os seres humanos e os outras Divindades de nossas nações religiosas. Essa Divindade masculina, atua na musculatura, no tônus muscular, na potência e vigor do físico; E também no psicológico,sentimental de cada ser humano. Pampu Njiila, por se tratar de uma das "faces" do orixá Exú, também não incorpora em seus filhos.

Pombagira - o Exú Mulher

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Assim como no Candomblé, a Umbanda também possui uma versão feminina de exú, é, também, um espírito de diversos níveis de luz que incorporam nos médiuns.Há diversas manifestações de inúmeras falanges dessas entidades, que costumam auxiliar seus médiuns nos terreiros de Umbanda, como por exemplo: Maria Padilha, Rosa dos Ventos, Rainha das 7 Encruzilhadas, Pombagira da Calunga, Pombagira das Almas, Pombagira Cigana, Pombagira Maria Mulambo, Rosa Vermelha e etc...

Geralmente essas entidades, apresentam um arquétipo de mulheres profanas, sensuais. São muito misteriosas e, ao mesmo tempo, charmosas. Na maioria das vezes, trazem consigo, uma alegria irradiante, contagiando todo o terreiro. Exercem um "papel" fundamental nas casas religiosas e, assim como os exús, devem ser sempre as primeiras a receberem seus padês.

Sem dúvida,Pombagira, é o personagem mais famoso das religiões Afro-brasileiras, isso graças a sua irreverência e astúcia ao lidar com os mais íntimos sentimentos humanos, principalmente o amor, que é sua especialidade. Portanto, Pombagira e Exú se polarizam, pois se Exú é vitalidade, Pombagira é fator de estímulo e desejo em todos os sentidos da vida.

Pombagira é um espírito de luz que ,assim como exú, serve de ligação entre o mundo astral e humano. Grande defensora das mulheres, dos assuntos sentimentais (em geral), também estão ligadas a fertilidade e sensualidade. Seus fiéis, na maioria da vezes, já afirmaram ter visto os seus desejos concretizados através deste tipo de entidade, ao passo que outras viram todo o tipo de alterações milagrosas suceder na sua vida.Envolve-se na vida dos seres humanos, tem um "grande coração" com que agrada e respeita, mas se mostra vingativa com aqueles que à desafiam. Vive em busca de alegria, aventura, festas e sexo.

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As oferendas são inúmeras, sempre acompanhadas de champagne de boa qualidade, bons vinhos, bebidas fortes como o gim, Bourbon e, em isolados casos, a pinga. A elas são oferecidos cigarrilhas e cigarros de filtro branco, rosas vermelhas, sempre em numero ímpar, mel, licor de anis (uma de suas bebidas preferidas), espelhos, enfeites, jóias, bijuterias, batons, perfumes, enfim, todo o aparato que toda mulher gosta e preza. Oferendas com produtos caros ou jóias de ouro são fruto dos excessos do médium e não um pedido das entidades.

Postado por Marcelinhu D'Xangô às 14:11 Nenhum comentário:

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Exú na Umbanda -

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Como esclarecemos anteriormente, Exú é,indiscutivelmente, um orixá. Porém, no Brasil, há uma outra definição,complementar, a respeito de Exú.Como se sabe, a Umbanda é uma religião formada dentro da cultura religiosa brasileira que sincretiza vários elementos, inclusive de outras religiões como o catolicismo, o espiritismo e as religiões afro-brasileiras. A palavra umbanda deriva de m'banda, que em quimbundo significa "sacerdote" ou "curandeiro".Partindo por esse conceito, de acordo com a Umbanda, exús são são espíritos de diversos níveis de luz que incorporam nos médiuns . Ao contrário dos candomblés de Ketu e Jeje onde não há incorporação desses espíritos oficialmente, já nos candomblés de Angola podem-se encontrar casas que adotem a incorporação de exus, pomba-giras, boiadeiros,marinheiros e caboclos. Porém, o exu, cultuado somente no candomblé, não incorpora para dar consultas, diferentemente do exu de umbanda, considerado uma entidade.Na umbanda não se manifesta o próprio Orixá Exu, o que se manifesta por meio da incorporação chama-se Ekurun, que seria o falangeiro do Orixá Exu. Quando incorporam, se caracterizam alguns com capas, cartolas, bengalas (masculinos), e saias rodadas, brincos, pulseiras, perfumes, rosas (femininos, também chamados de Pombo-giras).Observa-se que, muitas vezes, os médiuns dos terreiros de umbanda - e mesmo de candomblé - não têm uma idéia muito clara da natureza da(s) entidade(s), quase sempre, por falta de estudo da religião. Na verdade, essa entidade não deve ser confundida com o (obsessores), apesar de transitar na mesma Linha das Almas, sendo o seu dia a segunda-feira, ficando sob o seu controle e comandando os espíritos atrasadíssimos na evolução e que são orientados pelos exus para que consigam evoluir através de trabalhos espirituais feitos para o bem.O poder de comunicar e ligar confere a ele também o oposto, a possibilidade de desligar e comprometer qualquer comunicação. Se possibilita a construção, também permite a destruição. Esse poder foi traduzido mitologicamente no fato de Exu habitar as encruzilhadas, cemitérios, passagens, os diferentes e vários cruzamentos entre caminhos e rotas, e ser o senhor das porteiras, portas de entradas e saídas.

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A umbanda considera os exus não como deuses, mas como entidades em evolução que buscam, através da caridade, a evolução. Em síntese, o grande agente mágico do equilíbrio universal. Também é o guardião dos trabalhos de magia, onde opera com forças do astral. E também são considerados como "policiais", "sentinelas", "seguranças" que agem pela Lei, no submundo do "crime" organizado e principalmente policiando o Médium no seu dia-a-dia. As "equipes" de Exus sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela.

Esses espíritos utilizam-se de energias mais "densas" (materiais). Nota-se que essas entidades podem realizar trabalhos benignos, como curas, orientação em todos os setores da vida pessoal dos consulentes e praticar a caridade em geral.

O verdadeiro exu não faz mal a ninguém, seu objetivo é auxiliar as pessoas com fé e respeito. Alguns exus foram pessoas como políticos, médicos, advogados, trabalhadores, pessoas comuns, padres etc., que cometeram alguma falha e escolheram - ou foram escolhidos para - vir nessa forma a fim de redimir seus erros passados. Outros são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e orientando as pessoas, e combatendo o mal. Em seus trabalhos de magia, Exu corta demandas, desfaz trabalhos malignos, feitiços e magia negra, feitos por espíritos obscuros, sem luz (Kiumbas). Ajudam a limpar, retirando os espíritos obsessores e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.

Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exu com espíritos zombeteiros, mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a denominação de Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os presentes, usando nomes de "Guias".

Para evitar essa confusão, não damos aos chamados "exus pagãos" a denominação de "exu", classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos para os ditos "exus batizados" a denominação de "exu".

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Postado por Marcelinhu D'Xangô às 20:26 Nenhum comentário:

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As múltiplas faces de ExúExú - Um orixá africano-Também conhecido com: Esu, Eshu, Bara, Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú.Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento.Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, mundo material e espiritual, seja plenamente realizada.Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um absurdo dentro da construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do Mal.Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou mesmo entidades encarregadas única e exclusivamente por coisas ruins como fazem as religiões cristãs, estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso, pelo contrário na mitologia yoruba, bem como no candomblé cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele.

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No entanto, como tudo no universo, possui de um modo geral dois lados, ou seja: positivo e negativo. Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes.Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”.E assim é Exu, o orixá que faz: O erro virar acerto e o acerto virar erro.Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê).A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador.Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda.pois os exus de umbanda sao entidades de pessoas desencarnadas que por motivos de evoluçao espiritual retornaram a terra para cumprir essa missao junto ao seus seguidores . essas entidades sao confundidas com esu ou exu do candonble devido a proximidade que exu tem com os homens,mas na verdade nao sao considerados orixas como o esu(exu)e sim quiumbas que sao conhecedores das vontades dos homens e mulheres no plano terrestre por teren vivido em epocas diferentes mas com os mesmos problemas desejos e sonhos. No candomble de angola (naçao bantu,congo moxicongo)cultuamos as entidades de exu e pombagiras como ancestrais que por motivos espirituais nos trazem recados,cantigas,avisos,mas totalmente distinto do orixa esu ou ate mesmo de (pambu njila) que e a porçao feminina de esu no angola. por varios nomes podemos reconhecer os quiumbas exus de umbanda,exu tiriri,tranca ruas,exu veludo,exu gira mundo,capa preta,pinga fogo,veludo tata caveira ... a palavra "pombagira" na verdade e um pronuncia "abrasileirada" do lingua bantu africana pombogira Pampu Nijila que por ser uma porçao mais feminina do mesmo exu africano se confindiu com a entidade feminina de exu na umbanda. ex:maria molambo pombogira muito conhecida no nordeste rio de janeiro,por suas graças e gracejos por suas palavras fortes e caracteristica de mulher revolucionaria guerreira tem seus devotos fiesis ,Maria Padilha,conhecida assim como Maria Molambo tambem tem seus seguidores sao as mais conhecidas nos candomblés de angola

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     Filhos de Exú

O preconceito manifestado,por muitos, sobre a misteriosa figura do orixá Exú se revela no pequeno número de pessoas que são consagradas a ele como filhos. Em geral, existe uma postura diferente entre os filhos de Exú e os filhos dos outros orixás. Enquanto estes revelam grande orgulho de trazerem em sí as características de uma divindade a quem aprovam, os filhos de Exú geralmente são apontados como sofredores,"gente que carrega um pesado fardo".

Finalmente, o receio do que Exú pode fazer com a cabeça de um ser humano é tão grande que muitos de seus filhos,ao invés de assim serem iniciados,são raspados como filhos de Ogum,depois de cerimônias em que Exú é fixado (isto é,"emprestado" por um prazo limitado a Exú), e acalmado. Essa transferência só é possível dada a boa relação que existe entre Exú e Ogum,irmãos ,igualmente donos de caráter violento e agressivos.

Porém essa regra, de que há preconceito em se iniciar filhos de Exú, é quebrada aqui no Rio Grande do Sul., nos BATUQUES,assim também conhecido. Nessa região do Brasil, Exú é muito reverenciado e exaltado, a tal ponto de ser sincretizado com São Pedro católico. Conhecido pelo nome de Bará,suas atribuições e personalidade são exatamente iguais as de Exú nos candomblés do restante do Brasil.

                         Arquétipo do Orixá Exú

Seus filhos são sensuais, dominadores e inteligentes. Gostam da vida cercada de barulho, muitas pessoas e romances de todo tipo. Adoram festas e não se prendem a ninguém, são muito impulsivos. Mas se amam alguém, dão sua vida se for preciso, sem pensar em nada. Gostam de ajudar e trabalhar, mas podem se tornar vingativos e extremamente cruéis. 

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Exú - Deus da dualidade.                                              o controvertido e incompreedido                                                                   EXÚ

Exú é,indiscutivelmente, o "personagem" mais polêmico do panteão Afro-brasileiro: não existe se quer um consenso sobre se ele é ou não um orixá.A crendice popular trata-o com o "Diabo dos Cristãos", enquanto que aqui, no Rio Grande do Sul, ele chega a ser sicretizado com São Pedro. Tal disparidade de interpretações mostra claramente a incompreensão de que Exú é "vítima" no Brasil, onde se ignoram quase que por completo  as suas inúmeras e importantíssimas funções.Exú é,sem dúvida, a figura mais controvertida do candomblé. Para alguns,uma figura bricalhona, associada à imagem de um menino irresponsável, divertindo-se com as confusões que consegue armar entre os seres humanos e entre os próprios orixás; para outros,  uma figura temível,perigosa, voltada exclusivamente para o mal. Apartir dessa dificuldade em se definir Exú de maneira mais rígida, Pierre Verger** afirma que "Exú revela-se o mais humano dos orixás,nem completamente mau,nem completamente bom".Parte dessa contradição toda não vem das crenças iorubas. A identificação de Exú com o mal é mais clara no Brasil,principalmente quando os cultos se distanciam do candomblé tradicional. Na Umbanda,por exemplo,onde o sincretismo religioso corresponde à propria base da religião,Exú e o demônio Cristão são quase indistintamente a mesma figura. Isso deve-se à tragica tentativa de catequização aos "negros pagãos",por parte da igreja católica, na época do Brasil colonial.

Afastando-se,porém, do conceito diabólico,as funções de Exú são bastante definidas no candomblé tradicional. Dentre os orixás,é o primeiro a ser citado,o primeiro a ser lembrado no terreiro,a quem se pede licença para que todas as oferendas aos outros orixás possam ser

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feitas,isso depois de arriadas as suas; em suma,é sempre o primeiro. Portanto,sem Exú nada se concretiza nos ritos do candomblé.

Postado por Marcelinhu D'Xangô   às 12:07 3 comentários:  

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domingo, 6 de novembro de 2011

O Reencontro com a criação.               

                     Feitura do orixáO processo de iniciação ao candomblé varia de "nação" para "nação" e, até mesmo de Ilê para Ilê. Portanto, devemos sempre respeitar os fundamentos de cada casa,bem como,sua forma de "praticar" o culto aos orixás.Por ser um assunto complexo,a Feitura do orixá, exige, de nós escritores, um profundo conhecimento e cuidado para que não sejamos inconvenientes ao tratar desse tema. Isso envolve inúmeras pesquisas e grande discernimento para garantir a integridade moral da nossa religião,que "anda" tão denegrida.

Por: Marcelinhu D'Xangô

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                                              O  Reencontro com a criação.

A iniciação é um rito de passagem, uma morte simbólica que transforma um homem comum em um instrumento do Orixá, em um "elegun", pessoa sujeita ao transe de possessão, a emprestar seu corpo para que Orixá viva entre nós mais uma vez, por um período de horas ou dias. O "iniciando" passa por ritos complexos, de isolamento e segregação, de silencio absoluto,simbolizando uma volta ao útero da Mãe Terra, de onde renascerá, não um homem comum, mas o instrumento de um Orixa, que por sua boca e seu corpo falará e se manifestará, aumentando assim seu conhecimento e o de todos os outros crentes.Por várias vezes o neófito é apresentado ao povo, vestido e pintado com cores próprias do Orixá ao qual é consagrado, ao som dos tambores e de ritmos e cantigas tão antigos quanto a vida dos homens neste mundo. E a cada troca de roupas, mais o Axé se espalha pelo Templo, culminando com a vinda dos Orixá, que vêm brincar e falar com seus filhos, demonstrando sua satisfação por mais uma etapa cumprida.A melhor roupa vestida pelo "iniciando", por sua família, e por todos os presentes, demonstram o respeito e o apreço pelo Orixá. Como se fossem se apresentar frente a reis, nada menos que o melhor é permitido.Isto se estende aos alimentos e bebidas,às contas para a confecção de colares, e a todos objetos que compõem o ebó.Por muitos dias o iaô ficará resguardado do cotidiano urbano, simbolizando seu amor, devoção e sujeição ao Orixá. Neste período também cumprirá resguardo sexual, porque esta energia não pode ser desperdiçada, toda sua força energética deve estar centrada em Orixá. Comerá comidas especiais, dormirá no chão, em uma esteira, aprenderá com os mais velhos as orações e cânticos de seu Orixá. É um tempo de amor, dedicação e aprendizado, um reaprender a viver, uma inserção do sagrado no cotidiano, uma experiência que não pode ser descrita, mas sim vivida. E a possessão faz parte de tudo isso, um ser dominado; um compartilhar corpo e espírito com Orixá;" um ser o "Deus e voltar a ser o homem"; sem a menor possibilidade de interferência, em que a perda de vontade própria e a submissão são aprendidos sem que se ensine ou aprenda, por instinto e memória ancestral. Algo de tribal, algo de divino, algo de humano, algo de fantástico. Ser para saber.

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E, ao fim de tudo, o elegun reaprende os atos do dia a dia, retoma sua vida diária, mas para ele estará em primeiro lugar e sempre o Orixá. E, viverá melhor sendo um "omo awo", filho do segredo, do que sendo tão somente um ser humano.

Postado por Marcelinhu D'Xangô   às 23:23 Nenhum comentário:  

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sábado, 5 de novembro de 2011

As Múltiplas formas de um mesmo arquétipo

Segundo o sociólogo francês, Roger Bastide (estudou durante muitos anos as Religiões Afro-brasileiras tornando-se um iniciado no candomblé.), em sua principal obra,"O Candomblé da Bahia", Sustenta que, ao contrário dos preconceitos ocidentais,a religiosidade africana se baseia na pluralidade,numa divisão muito mais rica do que um deus- um povo,pois o culto aos orixás individualiza o rito, a partir do momento em que cada pessoa tenta, antes de mais nada, entrar em contato com seu próprio orixá, seu "EU" interior, diferente de qualquer outro, se bem que participante de uma linhagem.

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Sem dúvida,um filho de Ogum terá semelhanças com outros filhos de Ogum. Mas essas semelhanças não implicam massificação. Em primeiro lugar, a combinação de um Ogum como santo-de-cabeça com todos os outros orixás (femininos) que podem ser o ajuntó da pessoa em questão estabelece uma serie de diferenças, já que são muitas as combinações possíveis. Além disso, cada orixá corresponde a um arquétipo de comportamento, que tem nuances diferentes...

A busca do equilíbrio

Dentro desse tipo de interpretação, Bastide sustenta que toda a vida é suscetível de codificação por cada um dos orixás que se manisfestam num jogo de búzio,por exemplo. " Os deuses se tornam assim o princípio de classificação dos acontecimentos: cada um governa um 'acontecimento'-típico."O destino, dentro dessa concepção, não é uma coisa imutável,fatalidade que se abaterá implacavelmente sobre o ser humano. No entanto,há situações da qual não existe escapatória. Como, porém, nem todos os percalços da vida possuem peso tão dramático, a pessoa que tem contato com o culto aos orixás pode influir na maior parte das questões que lhe são importantes, desde que não prejudique terceiros, praticando o que é recomendado no jogo, ou qualquer outra forma de contato com as divindades.

Postado por Marcelinhu D'Xangô   às 09:54 Nenhum comentário:  

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Contato com as divindades

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No Brasil, cada pessoa tem dois orixás. Um deles mantém o status de principal: é o chamadoorixá da cabeça( Ori),que faz seu filho próprias características de maneira marcante. O segundo orixá,ou Ajuntó, apesar de distinção hierárquica, também tem uma relação de poder muito forte e marca seu filho, mas de maneira mais sutil.Uma seria a personalidade mais visível exteriormente, assim como o corpo de cada pessoa, enquanto o outro seria a face oculta de sua personalidade, menos visível aos que conhecem a pessoa superficialmente, e às potencialidades físicas menos aparentes.

Dessa maneira, um filho de Ogum teria características psicológicas próprias do seu orixá (combatividade, agressividade,resistência às disputas e às situações árduas em geral,coragem, determinação e virilidade), bem como sinais físicos (Corpo ágil e firme,definido e esguio). Esse mesmo filho, tendo como  ajuntó (orixá do corpo), Iansã, seria mais entusiasmado e, até certo ponto, imprudente e alegre, mais solto em seus movimentos e ainda mais decidido em suas ações.Obs: Esses exemplos sitados à cima, não são regra geral. Os orixás influenciam a personalidade de cada um, porém não podemos esquecer que os fatores que mais definem essa personalidade são os princípios  e valores de cada um, dentro de suaindividualidade.Como sabemos quem é nosso orixá? São os próprios orixás que se manisfestam para o Babalorixa, através do jogo de búzio, sobre a "propriedade" que têm sobre um ser humano. No jogo são revelados o orixá de cabeça (Ori) e o orixá do corpo (Ajuntó) de cada um.Apesar de se dividirem entre masculino e feminino, ( distinção que não existe no caso de Olorum),Tanto homens como mulheres podem ser filhos de um orixá feminino ou masculino,indistintamente. Tal fato não implica a tendência a homossexualismo por parte de uma mulher ser filha de Xangô, por exemplo,ou de um homem ser filho de Iansã. Tal conceito, igualmente, não garante a heterossexualidade para uma filha de Oxum ou um filho de Ogum. Apesar disso, tal preconceito é bastante difundido.

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Os meios de contato entre os homens e os Deuses

Como qualquer outra religião do mundo, o candomblé possui cerimoniais específicos para seus adeptos. No seu caso particular, porém, esses ritos mostram singularidades especialíssimas _ Como a leitura de búzios (um primeiro e oracular contato com os orixás), a preparação e entrega dos alimentos para cada uma das entidades ou as complexas e prolongadas iniciações dos filhos-de-santo. Através da observância desses procedimentos é que o candomblé religa os humanos aos seres astrais, proporcionando àqueles o equilíbrio desejado na existência.

Os orixás são divindades dentro de uma estrutura mítico-litúrgica de interpretação do mundo. Assim como em outras religiões, existem aspectos cerimoniais já estabelecidos que regulam o relacionamento entre os homens com essas divindades.Essas regras são muitas, numa espécie de quebra-cabeças montado com interpretações simbólicas dos mitos que envolvem os orixás, e constituem uma grande rede interligada de deveres e direitos, obrigações e possibilidades, extremamente complexa e cheia de nuances.

Postado por Marcelinhu D'Xangô   às 23:51 Nenhum comentário:  

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Orixás - Os Regentes do Mundo Terrestre.

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Quem são os orixás? As definições a seu respeito são várias,mas coincidem em alguns pontos básicos: Orixás são divindades intermediárias entre o Deus supremo e o mundo terrestre, encarregadas de administrar a Criação e que se comunicam com os homens através de vistosos e complexos rituais.As "estórias"(Mitos) sobre eles falam-nos de seres profundamente humanos em seu comportamento - arquétipos que encontram correspondência com várias mitologias, entre elas a greco-romana.

Orixás - São divindades intermediárias entre o Deus supremo- Olorum - e os homens. Na África, eram cerca de 600. Para o Brasil vieram talvez uns 50,que estão reduzidos hoje em 16, na maioria das "Casas" de Candomblé em nosso país.Como dissemos,na postagem anterior, o Candomblé é uma religião monoteísta ( Há apenas um Deus supremo), apesar de cultuar várias divindades. A partir daí, é que fica estabelecido a Hierarquia entre os orixás.

Arquétipos dos orixás - Os orixás são profundamente humanos, na mesma linha dos deuses gregos do Olimpo. Ao contrário do onipresente Deus católico e dos santos, cujo comportamento moral é ,pelo menos em parte da vida, irrepreensível, os orixás têm defeitos, cometem deslizes,alguns incorporados à sua maneira de ser. Assim, aslendas apontam para traições, trocas conjugais, rivalidades intransponíveis e  até golpes.Os arquétipos vive no inconsciente coletivo da raça. Os orixás,então, se revelariam como manifestações desse inconsciente, tipos que se manisfestam de maneiras semelhante em pessoas diferentes. Dois fatos específicos facilitam essa interpretação no candomblé do Brasil: Cada orixá não se manifesta apenas de uma maneira básica, mas sim em diferentes "versões",que dependeriam da idade (mais velhos ou mais novos) e de outras características secundárias ( mais ou menos ativos e passivos,guerreiros ou diplomáticos,etc...).

Obs: Neste Blog, não haverá postagens de Lendas dos orixás. Por ser muito complexo este é um assunto no qual não me considero o "mais" indicado a discutir. Portanto,aqui você encontrará a definição de cada orixá e suas principais características....

Postado por Marcelinhu D'Xangô   às 16:14 Nenhum comentário:  

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A História e o Candomblé - Onde tudo começou.

Page 54: Aqui Vou Postar Algumas Folhas de Alguns Orixás

 

Candomblé é uma religião derivada do animismo africano [1]  onde se cultuam

os orixás, Voduns, Nkisis dependendo da nação. Sendo de origem totêmica e familiar, é uma

das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo,

mas também em outros países

como Uruguai,Argentina, Venezuela, Colômbia, Panamá, México, Alemanha, Itália, Portugal e 

Espanha.

Cada nação africana tem como base o culto a um único orixá. A junção dos cultos é um

fenômeno brasileiro em decorrência da importação de escravos onde, agrupados

nas senzalas nomeavam um zelador de santo também conhecido como babalorixá no caso dos

homens e yalorixá no caso das mulheres.

A religião que tem por base a anima (alma) da Natureza, sendo portanto chamada de anímica,

foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos  que foram

escravizados e trazidos da África para o Brasil, juntamente com seus Orixás/Inquices/Voduns,

sua cultura, e seu idioma, entre 1549 e1888.

Diz Clarival do Prado Valladares em seu artigo «A Iconologia Africana no Brasil», na Revista

Brasileira de Cultura (MEC e Conselho Federal de Cultura), ano I, Julho-Setembro 1999, p. 37,

que o «surgimento dos candomblés com posse de terra na periferia das cidades e com

agremiação de crentes e prática de calendário verifica-se incidentalmente em documentos e

crônicas a partir do século XVIII». O autor considera difícil para «qualquer historiador descobrir

documentos do período anterior diretamente relacionados à prática permitida, ou subreptícia,

de rituais africanos». O documento mais remoto, segundo ele, seria de autoria de D. Frei

Antônio de Guadalupe, Bispo visitador de Minas Gerais em 1726, divulgado nos

«Mandamentos ou Capítulos da visita».

Embora confinado originalmente à população de negros escravizados, proibido pela igreja

católica, e criminalizado mesmo por alguns governos, o candomblé prosperou nos quatro

séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. Estabeleceu-se

com seguidores de várias classes sociais e dezenas de milhares de templos. Em

levantamentos recentes, aproximadamente 3 milhões de brasileiros (1,5% da população total)

Page 55: Aqui Vou Postar Algumas Folhas de Alguns Orixás

declararam o candomblé como sua religião.[2] Na cidade de Salvador existem

2.230 terreiros registrados na Federação Baiana de Cultos Afro-brasileiros e catalogado pelo

Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, (Universidade Federal da Bahia) Mapeamento dos

Terreiros de Candomblé de Salvador.

Entretanto, na cultura brasileira as religiões não são vistas como mutuamente exclusivas, e

muitos povos de outras crenças religiosas — até 70 milhões, de acordo com algumas

organizações culturais Afro-Brasileiras — participam em rituais do candomblé, regularmente ou

ocasionalmente.[3] Orixás do Candomblé, os rituais, e as festas são agora uma parte integrante

da cultura e uma parte do folclore brasileiro.

O Candomblé não deve ser confundido com Umbanda, Macumba e/ou Omoloko,

outras religiões afro-brasileirascom similar origem; e com religiões afro-americanas similares

em outros países do Novo Mundo, como o Vodou haitiano, a Santeria cubana, e o Obeah,

em Trinidade e Tobago, os Shangos (similar ao Tchamba[4][5] africano,Xambá e ao Xangô do

Nordeste do Brasil) o Ourisha, de origem yorubá, os quais foram desenvolvidas

independentemente do Candomblé e são virtualmente desconhecidos no Brasil.

Fonte: Wikipédia

 Nações 

Os negros escravizados no Brasil pertenciam a diversos grupos étnicos, incluindo os yoruba,

os ewe, os fon, e osbantu. Como a religião se tornou semi-independente em regiões diferentes

do país, entre grupos étnicos diferentes evoluíram diversas "divisões" ou nações, que se

distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (música)

e a língua sagrada usada nos rituais.

A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das principais nações e sub-nações, de

suas regiões de origem, e de suas línguas sagradas:

Nagô  ou Iorubá

Ketu  ou Queto (Bahia) e quase todos os estados - Língua

Yoruba (Iorubá ou Nagô em Português)

Page 56: Aqui Vou Postar Algumas Folhas de Alguns Orixás

Efan  na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo

Ijexá  principalmente na Bahia

Nagô Egbá  ou Xangô do Nordeste no Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio de

Janeiro e São Paulo

Mina-nagô  ou Tambor de Mina no Maranhão

Xambá  em Alagoas e Pernambuco (quase extinto).

Bantu , Angola e Congo (Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas

Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul), mistura de

línguas Bantu, Kikongo e Kimbundo.

Candomblé de Caboclo  (entidades nativas índios)

Jeje  A palavra Jeje vem do yoruba adjeje que significa estrangeiro, forasteiro. Nunca

existiu nenhuma nação Jeje na África. O que é chamado de nação Jeje é o candomblé

formado pelos povos fons vindo da região de Dahomey e pelos povos Mahis ou Mahins.

Jeje era o nome dado de forma pejorativa pelos yorubas para as pessoas que habitavam o

leste, porque os mahis eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou povos Savalu do lado sul.

O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savé" que era o lugar onde se cultuava

Nanã. Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um

filho de Oduduá, que é o fundador de Savé (tendo neste caso a ver com os povos fons).

O Abomey ficava no oeste, enquanto Ashantis era a tribo do norte. Todas essas tribos

eram de povos Jeje,[6](Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo) - língua ewe e língua fon (Jeje)

Crenças

Candomblé é uma religião "monoteísta",[7][8] embora alguns defendam a ideia que são

cultuados vários deuses, o deus único para a Nação Ketu é Olorum, para a

Nação Bantu [9]  é Nzambi e para a Nação Jeje é Mawu, são nações independentes na prática

diária e em virtude do sincretismo existente no Brasil a maioria dos participantes consideram

como sendo o mesmo Deus da Igreja Católica.

Os Orixás/Inquices/Voduns recebem homenagens regulares, com oferendas de

animais, vegetais e minerais,cânticos, danças e roupas especiais. Mesmo quando há na

mitologia referência a uma divindade criadora, essa divindade tem muita importância no dia-a-

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dia dos membros do terreiro, mas não são cultuados em templo exclusivo, é louvado em todos

os preceitos e muitas vezes é confundido com o Deus cristão.

O Candomblé cultua, entre todas as nações, umas cinquenta das centenas deidades ainda

cultuadas na África. Mas, na maioria dos terreiros das grandes cidades, são doze as mais

cultuadas. O que acontece é que algumas divindades têm "qualidades", que podem ser

cultuadas como um diferente Orixá/Inquice/Vodun em um ou outro terreiro. Então, a lista de

divindades das diferentes nações é grande, e muitos Orixás do Ketu podem ser "identificados"

com os Voduns do Jejé e Inquices dos Bantu em suas características, mas na realidade não

são os mesmos; seus cultos, rituais e toques são totalmente diferentes.

 Os Orixás

Orixás têm individuais personalidades, habilidades e preferências rituais, e são conectados ao

fenômeno natural específico (um conceito não muito diferente do Kami do japonês Xintoísmo).

Toda pessoa é escolhida no nascimento por um ou vários "patronos" Orixás, que um babalorixá

identificará. Alguns Orixás são "incorporados" por pessoas iniciadas durante o ritual do

candomblé, outros Orixás não, apenas são cultuados em árvores pela coletividade. Alguns

Orixás chamados Funfun (branco), que fizeram parte da criação do mundo, também não são

incorporados.

Iroko/ Loko/ Kitembo (Tempo)

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Iroko/ Loko/ Tempo 

Iroko representa o tempo. É a árvore primordial. A primeira dádiva da terra (Oduduwa) aos homens.

Existe desde o princípio dos tempos e a tudo assistiu, a tudo resistiu, a tudo resistirá.

Iroko é a essência da vida reprodutiva. Do poder da terra. Alguns mitos dizem que Iroko é o cajado de

Oduduwa, a Terra, que através dele ensina aos homens o sentido da vida.

É também a permanência dentro da impermanência e impermanência na permanência. O ciclo vital,

que não muda com o transcorrer da eternidade. A infinita e generosa oferta que a natureza nos faz,

desde que saibamos reverencia-la e louvá-la. É também conhecido, nos candomblés como "Tempo",

embora esta seja uma designação própria do rito angola. 

Senhor do dia, da tarde e da noite. Este Orixá está sempre em movimento, se assemelhando à

Exú neste aspecto, pois ambos são dinâmicos.

Irôko está ligado às árvores e aos quatro elementos da natureza (ar, terra, água e fogo). Por

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isso representa as estações do ano.

Em seu arquétipo podemos dizer que é um orixá:Temperamental, dominador, intransigente, farto, generoso, sábio, emocional e dedicado.

Iroko é um Orixá muito antigo. Iroko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Orixás desceram à Terra. Iroko é a própria representação da dimensão Tempo. Iroko é o comandante de todas as árvores sagradas, o vanguardeiro, os demais Osa Iggi devem-lhe obediência porque só ele é Iggi Olórun, a árvore do Senhor do Céu.

Iroko, Iroco ou Roko (do iorubá Íròkò) é um orixá cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje. Corresponde ao Inquice Tempo na nação Angola ou Congo.

Em todas as reuniões dos Orixás está sempre presente Iroko, calado num canto, anotando todas as decisões que implicam diretamente na sua ação eterna. É um Orixá pouco conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer. Toda a criação está nos seus desígnios. É o Orixá Iroko, implacável e inexorável, que governa o Tempo e o Espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo. É o Tempo também das mudanças climáticas, as variações do tempo-clima. Guardião das florestas centenárias é o coletivo das árvores grandiosas, guardião da ancestralidade.

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Em África, a sua morada é a árvore iroko, Milicia excelsa (antes classificada como Chlorophora excelsa), chamada “amoreira africana” na África de língua portuguesa. É uma árvore majestosa, encontrada da Serra Leoa à Tanzânia, que atinge 45 metros de altura e até 2,7 metros de diâmetro.

No Brasil, onde essa árvore não existe, diz-se que Iroko habita a gameleira branca, Ficus gomelleira ou Ficus doliaria (também chamada figueira-branca, guapoí, ibapoí, figueira-brava e gameleira-branca-de-purga). Nos terreiros, costuma-se manter uma dessas árvores como morada de Iroko, assinalada por um “ojá” (laço de pano branco) ao seu redor.

Iroko representa a ancestralidade, os nossos antepassados, pais, avós, bisavós, etc., representa também o seio da natureza, a morada dos Orixás. Desrespeitar Iroko (a grande e suntuosa árvore) é o mesmo que desrespeitar a sua dinastia, os seus avós, o seu sangue… Iroko representa a história do Ilê (casa), assim como do seu povo… protegendo-o sempre das tempestades.

Ao contrário da maioria dos orixás, este não costuma “baixar” nas festas de santo. É reverenciado por meio de oferendas à árvore que o representa. Os animais a ele consagrados são a tartaruga e o papagaio.

Iroko é um Orixá pouco cultuado tanto no Brasil como em Portugal, e os seus filhos também são muito raros. Os seus filhos, no entanto, são sempre muito protegidos pelo seu Orixá.

Mitologia

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As mulheres da aldeia não engravidavam e tiveram a ideia de recorrer aos poderes de Iroco. Juntaram-se em círculo ao redor da árvore sagrada, tendo o cuidado de manter as costas voltadas para o tronco. Não ousavam olhar a grande planta, pois, os que olhavam Iroco de frente enlouqueciam e morriam. 

Suplicaram-lhe filhos e ele quis saber o que teria em troca. Cada uma prometia o que o marido tinha para dar: milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros. Uma delas, chamada Olurombi, era a mulher do entalhador e seu marido não tinha nada daquilo para oferecer. Desesperada, prometeu dar a Iroco o primeiro filho que tivesse.

 Nove meses depois a aldeia alegrou-se com o choro de muitos recém-nascidos e as mães foram levar a Iroco suas oferendas. Olurombi contou a história ao marido, mas não pôde cumprir sua promessa. Ela e o marido apegaram-se demais ao menino prometido. No dia da oferenda, Olurombi ficou de longe, segurando nos braços trémulos, temerosa, o filhinho tão querido. 

O tempo passou e ela mantinha a criança longe da árvore. Mas um belo dia, passava Olurombi pelas imediações do Iroco, quando, no meio da estrada, bem na sua frente, saltou o temível espírito da árvore. Disse Iroco: “Tu me prometeste o menino e não cumpriste a palavra dada. Transformo-te então num pássaro, para que vivas sempre aprisionada em minha copa.” Transformou Olurombi num pássaro que voou para a copa de Iroco para ali viver para sempre. 

O entalhador a procurou, em vão, por toda parte. Todos os que passavam perto da árvore ouviam um pássaro que cantava, dizendo o nome de cada oferenda feita a Iroco. Até que um dia, quando o artesão passava perto dali, ele próprio escutou o tal pássaro, que cantava assim: “Uma prometeu milho e deu o milho; Outra prometeu inhame e trouxe inhames; Uma prometeu frutas e entregou as frutas; Outra deu o cabrito e outra, o carneiro, sempre conforme a promessa que foi feita. Só quem prometeu a criança não cumpriu o prometido.” Ouvindo o relato de uma história que julgava esquecida, o marido de Olurombi entendeu. Sim, só podia ser Olurombi, enfeitiçada por Iroco.

 Ele tinha que salvar sua mulher! Mas como, se amava tanto seu pequeno filho? Foi à floresta, escolheu o mais belo lenho de Iroco, levou-o para casa e começou a entalhar. Da madeira entalhada fez uma cópia do rebento, o mais perfeito boneco que jamais havia esculpido, com os doces traços do filho, sempre alegre, sempre sorridente. Poliu e pintou o boneco com esmero, preparando-o com a água perfumada das ervas sagradas. Vestiu a figura de pau com as melhores roupas do menino e a enfeitou com ricas jóias de família e raros adornos. Quando pronto, ele levou o menino de pau a Iroco e o depositou aos pés da árvore sagrada. 

Iroco gostou muito do presente, o menino que tanto esperava! Sorria sempre, jamais se assustava quando seus olhos se cruzavam. Não fugia como os demais mortais, não gritava de pavor e nem lhe dava as costas, com medo de o olhar de frente. Embalando a criança, seu

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pequeno menino de pau, batia ritmadamente com os pés no solo e cantava animadamente. Devolveu a Olurombi a forma de mulher que, aliviada e feliz, voltou para casa e para o marido artesão e o filho, já crescido e livre da promessa.

 Dias depois, os três levaram para Iroco muitas oferendas. Levaram ebós de milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros, laços de tecido de estampas coloridas para adornar o tronco da árvore. Eram presentes oferecidos por todos os membros da aldeia, felizes e contentes com o retorno de Olurombi. Até hoje todos levam oferendas a Iroco. Porque Iroco dá o que as pessoas pedem. E todos dão para Iroco o prometido.

                                   **************************************

Tem um dito que diz "O tempo dá, o tempo tira, o tempo passa e a folha vira", muitas vezes precisamos que o tempo nos seja favorável, e outras não, quero dizer, precisamos de tempo curto ou longo, com o bom uso do tempo, muitas coisas se modificam, ou podemos modificar. 

( Marcelinhu D'Xangô)

Nkise Kitembo 

Kitembo

É o Nkisi das transformações o que guia o seu povo nômade através da sua bandeira branca, assim todos, por longe que esteja pode se unir ao líder, por que o mastro da sua bandeira é tão

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alto que pode ser visto de qualquer lugar. O que não deixa os caçadores perdidos (pois os Nkisis são, em sua natureza primeira todos caçadores e guerreiros, pois assim a aldeia e seus descendentes estariam garantidos). Nzara Ndembu (gloria ao tempo) ou Zaratempô.

 Ligado à ancestralidade, devido a sua ligação com Kaviungo. Este é o menos sincretizado, embora muitos o concebam como Irôko/Loko, da mitologia Jeje/Nagô. É representado, nas casas Angola e Congo, por um mastro com uma bandeira branca, também chamada de Bandeira de Tempo.

Kitembo é um nkisi raro com poucos filhos. Associado com o Iroko Yorubá é também visto como a Gameleira Branca, árvore sagrada. O sociólogo Reginaldo Prandi (Mitologia dos Orixás, 1998) afirma que o fato de ser um inquice das florestas fizeram com que seu culto diminuisse e contribuisse para a diminuição do número de seus filhos de santo.

Kitembo é irmão de Kafundegi, Katendê e Hongolo, respectivamente associados com Obaluaiyê, Ossaim e Oxumarê. Segundo o candomblé Bantu, Kitembo tem uma forte ligação com Kafundegi, sendo que os filhos de Kitembo e deste Nkisi se parecem. Os quatro são os (inquices monstros), filhos imperfeitos de Nzumbarandá (associada com Nanã dos Yorubá) que foram depois recolhidos por NKaiala (Iemanjá) e encantados por Lembarenganga (Oxalá).

Características dos filhos de Iroko

Os filhos de Iroko são tidos como eloquentes, ciumentos, camaradas, inteligentes, competentes, teimosos, turrões e generosos.

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Gostam de diversão: dançar e cozinhar; comer e beber bem.

Apaixonam-se com facilidade e gostam de liderar.

Dotados de senso de justiça, são amigos queridos, mas também podem ser inimigos terríveis, no entanto, reconciliam-se facilmente.

Um defeito grande, é o fato de não conseguirem guardar segredos.

Dia da Semana: Terça-feira.

Cores: Branco, Verde (ou Cinza)castanho

Símbolo: tronco

Domínios: Ancestralidade

Saudação: Iroko Issó! Eró!Iroko Kissilé.(Keto)

Saudação: Kitembo Iô!! (Angola/Congo) 

Ritmo: Bravum 

                                

Oração à Kitembo 

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Postado por Marcelinhu D'Xangô   às 12:34 Nenhum comentário:   Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Geledê - Ìyámí - O poder feminino

Gelede é originalmente uma forma de sociedade secreta feminina de caráter religioso existente

nas sociedades tradicionais iorubas. Expressa o poder feminino sobre a fertilidade da terra, a

procriação e o bem estar da comunidade.

Gelede é um festival anual homenageando "nossas mães" (awon iya wa), não tanto pela sua

maternidade, mas como ancião feminino. Ela ocorre durante a época seca (março-maio) entre

os Yorubas do sudoeste da Nigéria e o vizinho Benin.

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A máscara (ou adorno de cabeça, uma vez que não cobrem o rosto) é um par de um conjunto

usado pelos homens vestidos como mulheres mascaradas para divertir, e aplacar as mães que

são consideradas muito poderosas, e podem usar os seus poderes para o bem ou como

feitiçaria de efeitos destrutivos.

Ao contrário do culto à Egum gum, os ancestrais femininos são cultuados de forma coletiva.

Ou seja, as  ÌYÁMÌ são representadas e cultuadas como um único ser e poder e, por isso,

representam a força do mundo, já que as mulheres possuem o "dom" da fertilidade. 

Abordo esse tema, justamente após a matéria de Obá e Oxumaré, porque esses dois orixás

possuem estreita ligação com a representatividade das  ÌYÁMÌ dentro do culto aos orixás.

Primeiro Oxumaré, que está ligado à transformação e a continuidade (Ancestralidade).

Segundo Obá, está ligada as  ÌYÁMÌ pois representa a mulher ativa, guerreira e feiticeira. Obá

é a mulher que enfrenta e vence qualquer homem, sem piedade e, por isso, expressa bem o

significado do poder das  ÌYÁMÌ. De acordo com alguns mitos Obá seria "fundadora" do culto

Geledê, na Nigéria; isso logo após ser rejeitada por Xangô, seu esposo. 

Para compreender melhor esse universo pouco explorado, porém importante, escolhi alguns

textos que considerei interessantes. Espero que gostem!

Marcelinhu D'Xangô

 

CULTO GELEDE E AS MÃES ANCESTRAIS

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"Segundo os mitos da tradição afro-descendente, já que o mito é o discurso em que se fundamentam todas as justificativas da ordem e da contra-ordem social negra, a luta pela supremacia entre os sexos é constante, simbolizada na ìgbá-dù (cabaça da criação), já que o òrì s à Y e m o ja Odùa, princípio feminino de onde tudo se cria - representação coletiva das Ìyámí ou mães ancestrais, é a metade inferior da cabaça e Obatálá ou Òòsààlà, princípio masculino, a metade superior. A relação Odùa/Obatalá, entendida simbolicamente, não representa uma simples relação de acasalamento do princípio feminino com o masculino. 

Há um princípio de completude do outro, de que a vida se constrói de mãos dadas e de que cada um de nós à medida em que estabelece esta relação, estabelece um elo mais completo com as coisas que estão à volta. 

Significa todo um processo de equilíbrio e de harmonia. Para se entender bem tal relação, se faz necessário situar as mulheres do ritual G È L È D È , que representam o culto às ÌYÁMÌ, as grandes mães ancestrais, encabeçadas por:Nàná ,Y e m o ja Odùa, Òs un Ijimu, Òs un Ìyánlá,Yewa, Oya e Obá. ODÙA simboliza a grande representante do princípio feminino, sendo o elemento responsável por todo o poder criador, do poder das mulheres, liderando o movimento das ÌYÁMÌ, grandes mães ancestrais, que tudo criaram, transformaram e transmutaram desde o princípio dos princípios da formação do universo. 

A sociedade G È L È D È S, que já existiu no Brasil, é um ritual de mulheres que vestem panos coloridos - diferentes panos mostrando diferentes procedências. São as diferentes raízes que as pessoas podem ter na maternidade. A máscara ÈFÉ -GÈL ÈDÈ que cobre a cabeça da mulher vai representar o mistério, o maravilhoso, na cultura negra. O uso da máscara significa o símbolo de outro espaço, um espaço vivo, um espaço invisível que não se conhece, mas sente-se! 

No Brasil esta sociedade existiu, sua ultima sacerdotisa suprema foi O m ó ník é Ìyálóde-Erelú que tinha o nome católico Maria Julia Figueiredo, uma das Ìyálà se do Il è Ìyá-Nàsó , com sua morte cessaram-se as festividades , que eram realizadas no bairro da Boa Viagem. O propósito da sociedade G È L È D È é propiciar os poderes míticos das mulheres, cuja a boa vontade deve ser cultivada porque é essencial a continuidade da vida para esta sociedade.

Sem o poder feminino, sem o princípio de criação não brotam plantas, os animais não se reproduzem, a humanidade não tem continuidade. Assim, o princípio feminino é o princípio da criação e preservação do mundo: sem a mulher não existe vida, sendo, segundo os mitos, ser reverenciada e respeitada pelos orixás e pelos homens. 

As G È L È D È e suas máscaras se tornam uma metáfora, sendo uma linguagem para a mãe natureza. O G È L È é um símbolo das G È L È D È porque personifica o útero, pois ele carrega as crianças e as protege. Através das Ìyámì (mães ancestrais) a arte das máscaras é usada para aglutinar as pessoas que se relacionam como filhos de uma mesma mãe, fazendo com que o espírito se manifeste através desta máscara, seguindo e alimentando o espírito humano. Representam o não uso da violência para resolver questões. Nas culturas negras a mulher está presente em todos os lugares. 

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As máscaras tem grande importância na vida religiosa, social e política da comunidade, mostrando as diferentes categorias de mulher:

- mulher secreta - ligada ao divino, serve como passagem e receptáculo do sagrado no mundo dos vivos, por gerar frutos. 

-mulher símbolo político - não usa violência para resolver as questões, aglutinando as pessoas, vivendo o cotidiano. 

- mulher sagrada - símbolo de todos os tempos, pois está virada para o futuro, sempre vulnerável e frágil, mas é aquela que abre o céu ( Ò run) e deixa lugar para a mudança, o futuro, e para a transformação."

A sexualidade da mulher negra faz parte da sua essência de princípio feminino, sendo muitos os mitos que representam a função e o papel mulher vista como útero fecundado, cabaça que contem e é contida, responsável pela continuidade da espécie e pela sobrevivência da comunidade. Não se encontra pecado nesta sexualidade. 

Através das ÌYÁ as comunidades - terreiros se constituam num verdadeiro sistema de alianças. Desde a simples condição de irmão de santo até a mais complexa organização hierárquica, há o estabelecimento de um parentesco comunitário, como uma recriação das linhagens e da família extensiva africana. Os laços de sangue são substituídos pelos de participação na comunidade, de acordo com a antigüidade, as obrigações e a linhagem iniciática. Todos estão unidos por laços de iniciação às divindades cultuadas, aos demais iniciados, às autoridades, aos antepassados e aos ancestrais da comunidade. 

Através do rito se tem todo um sentido de manifestação das mulheres do grupo: rodando, dançando, se integrando com o cosmos, mostrando que temos consciência de que somos elementos dinâmicos, de que o movimento da roda - já que as mulheres são os elementos que dançam em círculo - representa o altar da criação, da vida, já que a terra está em movimento, o universo está em movimento e só se conseguirá estar em sintonia com o universo através do movimento. 

G È L È D È é originalmente uma forma de sociedade secreta feminina de caráter religioso, existente nas sociedades tradicionais yorubás , que expressam o poder feminino sobre a fertilidade da terra, a procriação e o bem estar da comunidade. 

O culto Gèlèdè visa apaziguar e reverenciar as mães ancestrais para assegurar o equilíbrio do mundo. As principais representações do culto também nos fala um itòn de òséyèkú, que obàtálá e odù logbojé são uma única coisa e no culto a Obàtálá, Ò s òrongà é diretamente participante , o próprio it ò n nos fala: "tudo aquilo que o homem vier a conseguir na terra, o

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será através das mãos das mulheres . esta é uma tradição do culto a Obàtálá, pela relação direta de Y e m o ja Odùa. - ìtòn òsá méjì ( o mito da roupa de Éégún)- quanto ao culto È f é -G è l è d è , os homens participam , até nas chamadas "incorporações"- dàpò sòkan - e uma das principais diferenças, estão nas próprias danças rituais, quando "feminina" e lenta e nobre, quando "a masculina" é firme e agressiva, e cabe aos òsò de Òò s ààlà' esta função.- Seja ako, baká, mundiá, tetedè, okunriu, onilu e "às outras" . 

Mas quando se trata da essência da filosofia, na relação Obàtálá (símbolo da ancestralidade masculina) e, Y e m o ja Odùa - (Ò s òròngà - símbolo da ancestralidade feminina) como uma relação perfeita, trazida por Òsé-òyèkú , e também pela relação de ambos com Ikú. 

O culto anual de È f é -G è l è d è , originário da cidade de Ketu no décimo quarto século, é organizado no começo da estação agricultural exatamente por uma importante questão dentro da cultura Yorùbá - a Fertilidade. Este culto se organiza da seguinte forma- sua parte diurna é exatamente G è l è d è e sua parte noturna é È f é ( o pássaro ). Os dançarinos são homens, contudo representam homens e mulheres em suas representações. 

Na dança feminina G è l è d è é poderosa e contida, entretanto, na dança masculina é violenta e agressiva.Os nomes citados são os próprios nomes das 9 principais G è l è d è em sua ordem de entrada na praça do mercado, pois este culto , e na verdade todos de acordo com a direção da cabaça de Odù que vai ser desperta( òséyèkú) deveriam ser feitos ao livre como nos ensina o antigo culto à Olòrun. Akò,Baká,Mundiá,Tetedè,Okunriu,Onilu,Isa-orò,Alopajanja-eledè e Woogbáwoobaarsan ) 

Sendo assim, é exatamente no conhecimento deste culto que podemos perceber que os homens principalmente os "òsò" participam de toda uma enorme variedade de fundamentos do culto na sociedade Ò s òròngà, pois se assim não o fosse, como explicar o tabu de que as mulheres não podem olhar Odù ( ìtòn irètégbè ), como entender que são os Bàbáláwo - filhos

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de Òrúnmílá que entregam as cabaças com os pássaros as mulheres iniciadas no culto à Ò s òròngà ( itòn irèté méjì ) 

“ È f é “são as máscaras rituais que simbolizam o espírito das ancestrais femininas e os diferentes aspectos de seu poder sobre a terra simbolizados pelos pássaros. 

As orixás femininas cultuadas nos candomblés brasileiros representam aspectos socializados deste poder conforme a visão de mundo negro africana segundo a qual homens e mulheres se equivalem e controlam determinadas forças da natureza Porém a continuidade da vida sobre a terra, atributo eminentemente feminino nesta tradição é reverenciado de modo especial. 

Por isso Obarìsà, o grande ancestral masculino, canta: 

“E kúnl è o, e Kúnl è f’obinrin o 

E obinrin l’ó bí wa, k’àwa tó d’enia 

Ogbon àiyé t’obinrin ni, e kúnl è f’obinrin 

E obinrin l’o bí wa o, k’àwa tó d’enia” 

(Ajoelhem-se para as mulheres.A mulher nos colocou no mundo,nós somos seres humanos 

A mulher é a inteligência da terra. A mulher nos colocou no mundo,nós somos seres humanos). 

ÌYÁMÍ Ò S ÒRÒNGÀ 

O f ó ( Encantamento) 

Mo júbà ènyin ÌYÁMÍ ÒSÒRÒNGÀ. 

(Meus Respeitos a Vós Minha Mãe OXORONGA!) 

Mo júbà è nyin Ìyámí Òsòròngà 

O T ò n ó n È j è e nun 

O T òo k ó n è j è è d ò 

Mo júbà è nyin Ìyámí Ò s òròngà 

O T ò n ó n È j è e nun 

O T òo k ó n è j è è d ò 

È j è ó yè ní Kál è o 

Ó yíyè, yíyè, yèyé kòkò 

È j è ó yè ní Kál è o 

Ó yíyè, yíyè, yèyé kòkò (Meus respeitos a vós minha mãe Oxoronga) 

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Vós que seguíeis os rastros do Sangue interior. 

Vós que seguíeis os rastros do sangue do coração e do sangue do fígado. 

Meus respeitos a vós minha mãe Oxoronga 

Vós que seguíeis os rastros sangue interior 

Vós que seguíeis os rastros do sangue do coração e do fígado 

O sangue vivo que é recolhido pela terra cobre-se de fungos,e ele sobrevive, sobrevive ó mãe muito velha o Sangue vivo que é recolhido pela terra cobre-se de fungos e ele sobrevive,ó mãe muito velha) 

Ìyámì Òsòròngá não é um orixá, mas sim uma energia ancestral coletiva feminina, cultuada pelas GÈLÈDÈ; sociedade feminina fechada da Ìyámì Eléeye (minha mãe senhora dos pássaros), representada pela máscara dos pássaros. A sociedade Òsòròngá congrega as àjé–feiticeiras que têm poderes de se 

transformarem em determindos pássaros èhurù, e luùlú,àtióro,àgbìgbò e ò s òròngà ,este ultimo refere-se ao próprio som que a ave emite e da nome a Sociedade. Exercem sua força máxima nos horários mais críticos – meio-dia e meia-noite – ocasiões em que é preciso muita cautela para que elas não pousem na cabeça de ninguém. 

Suas cerimônias são realizadas no início da 

estação do plantio relacionado à fertilidade. 

Estas cerimônias tiveram início na região de Ketú, dividindo-se em duas partes a diurna e anoturna. Segundo nos conta um ìtàn do Odù Ogbé Ò sá , diz que quando as Ìyámìs chegaram do Ò run pousaram em sete árvores. 

4a parte 

Segundo um Ìtòn as 7 ávores das Ìyámìs seriam: 

Orobo - Garcinea Cola 

Àjànrèré - Ficus Elegans 

Iroko - Chlorophora Excelsis 

Orò - Antiaris Africana 

Ogun Bereké - Delonex Régia 

Arere - Triplochiton Nigericum 

Igi ope - Elaeis Guineensis 

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Porém outra ìtàn nos da outra apresenta uma relação diferente das sete árvores estas seria as árvores sagradas das Mães Ancestrais: 

Ose - Adansanonia Digitalia 

Iroko - Chlorophora Excelsis 

Ìyá - Daniellia Olivieri 

Asunrin - Erythrophelum Guineense 

Obobo - Não identificada 

Iwó - Não identificada 

Arere - Triplochiton Nigericum 

A contrario do que se pensa aqui no Brasil existe sim a presença masculina no culto a ìyámí. 

São detentoras de poderes terríveis,consideradas as donas da barriga(por onde circularia a energia vital do corpo) Ninguém pode com seus E b o,dos quais, o Òjijì (sombra) é o mais fatal.São ligadas diretamente ao ODU ÒYEKU MEJI, são 

propiciadoras para a alteração do destino de uma pessoa. Seus poderes são tamanhos que só se consegue no máximo apaziguá-las,vence-las jamais.Relacionam-se com as ìyámìs Òs un Ijumu e Òs un Ìyánlá a quem estão ligadas pela ancestralidade feminina, bem como a Y e m o ja Odúa, considerada fundadora do culto G È L È D È. 

Deve-se lembrar portanto, que "òsò" é um título de quem trás o Égan (símbolo de È s ù o qual 

foi dado através das mãos de Òsòròngà( itònò séòtúrá )e mesmo assim se foi iniciado no tradicional culto de `Obàtálá /Y e m o ja Odùa e ainda tiver profunda relação com Ikú,através de algumas se suas principais ònifás,como Òyèkú méjì,Òbàrà méjì,Òtúrúpòn méjì e algumas outras poucas.O sangue( è j è )não é de nenhum Òrì s à a não ser de Ò s òròngà como vemos no Oriki ( èjè ó yè ní kál è o - o sangue fresco que recolhe na terra cobre-se de fungos ) 

Afirma a tradição que as Ìyámí segue o rastro do sangue do fígado e do coração, isto se deve por os chamados Àse das oferendas são de Òsòròngà! estes orgãos se classificam em comportamentos Ofú (aqueles que produzem a fazem circular a energia no corpo) estômago, 

bexiga,vesícula biliar,intestino grosso e o intestino delgado,como também em comportamentos Osa (coração,pulmões,rins, 

fígado e baço - pâncreas) Estes detalhes são importantíssimos no culto à Òsòrongà e principalmente no culto È f é -G è l è d è ainda mais se falamos do sacrifício de elédé (porco ) 

Relacionam -se com Òsòròngà: 

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Èsù : somente com sua ajuda é que conseguimos a comunicação com as Ìyámí,além de ser a prova viva do poder das Ìyámís. 

Ògún: o senhor da cabaça de èédú (carvão) - onà iwó oòrùn (caminho do oeste) é bem mais íntimo de Ò s òròngà,se não fosse ele o senhor do sagrado ato da oferenda de animais, 

juntamente com È s ù e Ò s òròngà . 

Y e m o ja Odùa* :(Yemòwo) Grande Ìyá, Senhora do ìgbá- e y e (cabaça dos pássaros) é a Ìyá'nlá seu nome é modificação da palavra Odù Logboje, a mulher primordial, também denominada E l e yinjú E g é ,a dona dos olhos delicados fazendo parte das divindades geradoras representada pelo Preto, fundadora do culto e sociedade G è l è d è. 

Òsun :Grande protetora da gestação, é a Ìyámí-Àkókó, mãe ancestral suprema. 

Òsun Ìjimu e Ìyánla:A duas mais velhas Òs un, são as duas ancestrais das mulheres. 

Nàná: patrona da lama e dos primórdios da criação do Àiyé,é a O m o Àtìóro oké O fa. 

Oya e Yewa:são todas Ìyá- E l é y e possuidoras da cabaça com pássaro símbolo do poder 

feminino. 

Olórí ìyá-àgbà Àjé E l é y e ,chefe supremo de nossas mães ancestrais possuidoras d pássaros. 

Ògágun ati Ò gájùlo ninu awon ìyámí  osòròngà.chefe supremo,comandante entre todas as Ìyámí. 

Òrúnmìlà:Este foi o único òrìsà que quando as ìyámí estavam zangadas conseguiu apaziguar sua fúria e desta forma salvou o àiyé e 

restabeleceu a Harmonia,entre os Homens e Mulheres. 

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ÌYÁMÍ ÒSÒRÒNGÀ 

Toda mulher é uma Ajé,porque as Ìyámí 

controlam o sangue menstrual elas representamos poderes místicos das mulheres no seu aspecto mais perigoso.São as Avós,as mães em cólera que em sua boa vontade a 

própria vida na terra não teria continuidade 

Ìtàn do Odù Ò sá Méjì 

* Odùa TORNA-SE Ìyámí * 

Nos primórdios da criação,Olódùmarè, o Ser Supremo que vive no Ò run,mandou vir ao àiyé (universo conhecido) três divindades:Ògún (senhor do ferro),O barì s à (senhor da criação dos homens) (2 -Um dos òrìsà funfun, sto é,òrì s à que têm como principal preceito o uso do branco nos ritos e nas oferendas) e Odùa(Y e m o ja), a única mulher entre eles.Todos eles 

tinham poderes,menos ela, que se queixou então a Olódúnmarè. 

Este lhe outorgou o poder do pássaro contido numa cabaça (ìgbá e l é y e ) e ela se tornou então,através do poder emanado de Olódùmarè, Iyá Won,nossa mãe para eternidade (também chamada de Ìyámí Ò s òròngà,minha mãe Òshòròngà) 

Mas Olódùmarè a preveniu de que deveria usar este grande poder com cautela sob pena de ele mesmo repreendê-la. 

" Olódùmarè diz qual é o seu poder? 

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Ele diz: você será chamada para sempre de Mãe de todos. 

Ele diz:você dará continuidade. 

Olódùmarè lhe entrega o poder. 

Ele entrega o poder de eléiye para ela. 

Ela recebe,o pássaro de Olódùmarè. 

Ela,recebe,então,o poder que utilizara com ele. 

Ele diz:utilize com calma o poder que eu dei a você. 

Se você utilizar com violência,ele o retomara. 

Porque aquela que recebeu o poder se chama Odù. 

O homem não poderá fazer nada sozinho na 

ausência da mulher" 

"Lati ìgbá náà ni Olódùmarè ti fun obirin l'à se" 

(Desde aquela época,Olódùmarè outorgou axé as mulheres) 

Elas exerciam todas as atividades secretas: 

"O mú Éégún jáde 

O mú Orò jáde 

Gbogbo nkan,kò si ohun ti ki se nigba náà" 

(Ela conduz Egun 

Ela conduz Orò 

todas as coisas,não ha nada que ela não faça nesse tempo) 

Mas ela abusou do poder do pássaro.Preocupado e humilhado,O barì s à foi até Òrúnmìlà fazer o jogo de Ifá,e ele o ensinou como conquistar 

apaziguar e vencer Odùa,através de sacrifícios,oferendas( e b o com ìgbín e pas ò n Haste de Àtòrì) e astúcia. 

Ele lhe oferta e ela negligentemente, aceita,a carne dos ìgbín. 

"Odù náà gba omi ìgbín,o mu ú 

Nigbati Odù mu omi ìgbín tán ,inú Odù nr ò di e di e " 

(Odù recebe a água de caracol para beber, 

quando odù bebeu,o ventre de Odù se 

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apaziguou) 

O barì s à e Odùa foram viver juntos.Ele então lhe revelou seus segredos e,após algum tempo, 

ela lhe contou os seus, inclusive que cultuava 

Éégún.Mostrou-lhe a roupa de Éégún,o qual não tinha corpo,rosto nem tampouco falava.Juntos eles cultuaram Éégún. 

Aproveitando um dia quando Odùa saiu de casa, ele modificou e vestiu a roupa de Egúngún.Com um bastão na mão (opa),O barì s à foi à cidade (o fato de Éégún carregar um bastão revela toda a sua ira) e falou com todas as pessoas. 

Quando Odùa viu Éégún andando e falando, 

percebeu que foi O barì s à quem tornou isto possível. Ela reverenciou e prestou homenagem a Éégún e a O barì s à,conformando-se com a vitória dos homens e aceitando para si a derrota. Ela mandou então seu poderoso pássaro pousar em Éégún, e lhe outorgou o poder: tudo o que Éégún disser acontecerá.Odùa retirou-se para sempre do culto de Egúngún, e partiu para partir o culto G è l è d è .Só e l é iy e , indicara seu poder e marcara a relação entre Egúngún e Ìyámí. 

" Gbogbo agbára ti Egúngún si nlò agbára e l é iy e ni." 

(Todo o poder que utilizara Egúngún é o poder do pássaro) 

O conjunto homem-mulher dá vida a Egúngún (ancestralidade) mas restringe seu culto aos 

homens,os quais, todavia, prestam homenagem às mulheres, castigadas por Olódúnmarè através dos abusos de Odùa. 

Também por esta razão é que as mulheres mortas são cultuadas coletivamente e somente os homens têm direito à individualidade,através do culto de Egúngún. 

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AS SENHORAS DO PÁSSARO DA NOITE 

Iyami Oshorongá é o termo que designa as terríveis ajés, feiticeiras africanas, uma vez que ninguém as conhece por seus nomes. As Iyami representam o aspecto sombrio das coisas: a inveja, o ciúme, o poder pelo poder, a ambição, a fome, o caos o descontrole. No entanto, elas são capazes de realizar grandes feitos quando devidamente agradadas. Pode-se usar os ciúmes e a ambição das Iyami em favor próprio, embora não seja recomendável lidar com elas. 

O poder de Iyami é atribuído às mulheres velhas, mas pensa-se que, em certos casos, ele pode pertencer igualmente a moças muito jovens, que o recebem como herança de sua mãe ou uma de suas avós. 

Uma mulher de qualquer idade poderia também adquiri-lo, voluntariamente ou sem que o saiba, depois de um trabalho feito por alguma Iyami empenhada em fazer proselitismo. 

Existem também feiticeiros entre os homens, os oxô, porém seriam infinitamente menos virulentos e cruéis que as ajé (feiticeiras). 

Ao que se diz, ambos são capazes de matar, mas os primeiros jamais atacam membros de sua família, enquanto as segundas não hesitam em matar seus próprios filhos. As Iyami são tenazes, vingativas e atacam em segredo. Dizer seu nome em voz alta é perigoso, pois elas ouvem e se aproximam pra ver quem fala delas, trazendo sua influência. 

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Iyami é freqüentemente denominada eleyé, dona do pássaro. O pássaro é o poder da feiticeira; é recebendo-o que ela se torna ajé. É ao mesmo tempo o espírito e o pássaro que vão fazer os trabalhos maléficos. 

Durante as expedições do pássaro, o corpo da feiticeira permanece em casa, inerte na cama até o momento do retorno da ave. Para combater uma ajé, bastaria, ao que se diz, esfregar pimenta vermelha no corpo deitado e indefeso. Quando o espírito voltasse não poderia mais ocupar o corpo maculado por seu interdito. 

Iyami possui uma cabaça e um pássaro. A coruja é um de seus pássaros. É este pássaro quem leva os feitiços até seus destinos. Ele é pássaro bonito e elegante, pousa suavemente nos tetos das casas, e é silencioso. 

"Se ela diz que é pra matar, eles matam, se ela diz pra levar os intestinos de alguém, levarão". 

Ela envia pesadelos, fraqueza nos corpos, doenças, dor de barriga, levam embora os olhos e os pulmões das pessoas, dá dores de cabeça e febre, não deixa que as mulheres engravidem e não deixa as grávidas darem à luz. 

As Iyami costumam se reunir e beber juntas o sangue de suas vítimas. Toda Iyami deve levar uma vítima ou o sangue de uma pessoa à reunião das feiticeiras. Mas elas têm seus protegidos, e uma Iyami não pode atacar os protegidos de outra Iyami. 

Iyami Oshorongá está sempre encolerizada e sempre pronta a desencadear sua ira contra os seres humanos. Está sempre irritada, seja ou não maltratada, esteja em companhia numerosa ou solitária, quer se fale bem ou mal dela, ou até mesmo que não se fale, deixando-a assim num esquecimento desprovido de glória. Tudo é pretexto para que Iyami se sinta ofendida. 

Iyami é muito astuciosa; para justificar sua cólera, ela institui proibições. Não as dá a conhecer voluntariamente, pois assim poderá alegar que os homens as transgridem e poderá punir com rigor, mesmo que as proibições não sejam violadas. Iyami fica ofendida se alguém leva uma vida muito 

virtuosa, se alguém é muito feliz nos negócios e junta uma fortuna honesta, se uma pessoa é por demais bela ou agradável, se goza de muito boa saúde, se tem muitos filhos, e se essa pessoa não pensa em acalmar os sentimentos de ciúme dela com oferendas em segredo. É preciso muito cuidado com elas. 

E só Orunmilá consegue acalmá-la. 

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O que melhor simboliza as Iyami 

Fragmentos sobre o culto Gelede e textos de: 

Pierre F.Verger - do livro " As Senhoras do Pássaro da noite" e do art.publicado em 1965 no "Journal de la Societe des Africanisters" 

..."Grandeur et decadence du culte de Iyami Osoronga " 

Organização e tradução-Carlos Eugenio M.de Moura. 

Postado por Marcelinhu D'Xangô   às 23:18 Nenhum comentário:  

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

OXUMARÊ - Deus da Transformação

OXUMARÊ 

Visão Antropológica .

Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mai s afastados do Candomblé tradicional africano como a Umbanda. A confusão começa a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome do Orixá feminino Oxum, a senhora da água doce. Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no Candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada.São divindades distintas, inclusive quanto aos cultos e à origem.

Em relação a Oxumarê, qualquer definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode nem dizer que seja um Orixá masculino ou feminino, pois ele é as duas coisas ao mesmo tempo; metade do ano é macho, a outra metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado a seus mitos e a seu arquétipo. 

Essa dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo, etc…

Nos seis meses em que é uma divindade masculina, é representado pelo arco-íris que, segundo algumas lendas é a ponte que possibilita que as águas de Oxum sejam levadas ao castelo no céu de Xangô. Por essa lenda, é atribuído a Oxumarê o poder de regular as chuvas

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e as secas, já que, enquanto o arco-íris brilha, não pode chover. Ao mesmo tempo, a própria existência do arco-íris é a prova de que a água está sendo levada para os céus em forma de vapor, onde então se aglutinará em forma de nuvem, passará por nova transformação química recuperando o estado líquido e voltará à terra sob essa forma, recomeçando tudo de novo: a evaporação da água, novas nuvens, novas chuvas, etc..

Nos seis meses subseqüentes, o Orixá assume forma feminina e se aproxima de todos os opostos do que representou no semestre anterior. É então, uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para viver sempre junto ao chão, perdendo em transcendência e ganhando em materialismo. Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê encarna sua figura mais negativa, provocando tudo que é mau e perigoso.

Uma interpretação antropológica mais cuidadosa, porém, pode questionar a validade dessas lendas. Não podemos nos esquecer de que tanto na África, como especialmente no Brasil, a população negra, que trazia consigo todos esses mitos,foi continuamente assediada pela colonização branca. Uma das formas mais utilizadas por jesuítas para convencer os negros, era a repressão física, mas para alguns, não bastava o medo de apanhar. Eles queriam a crença verdadeira e, para isso, tentaram explicar e codificar a religião do Orixás segundo pontos de vista cristãos, adaptando divindades, introduzindo a noção de que os Orixás, seriam santos como os da Igreja Católica, etc… Essa busca objetiva do sincretismo sem dúvida foi esbarrar em Oxumarê e na cobra – e não há animal mais peçonhento, perigoso e pecador do que ela na mitologia católica (recordar os mitos de Adão e Eva, a maçã, a concepção de pecado original, etc…). Por isso, não seria difícil para um jesuíta que acreditasse sinceramente nos símbolos de sua visão teológica. Reconhecer na cobra mais um sinal da presença dos símbolos católicos na religião do Orixás e nele reconhecer uma figura que só poderia trazer o mal. Essa , pelo menos, é uma das interpretações feitas por pesquisadores que compararam diferentes versões dos mesmos mitos que não encontraram uma divisão absoluta entre bem / arco-íris (ou masculino) e mal / cobra (ou feminino). Na verdade, o que se pode abstrair de contradições como as que apresenta Oxumarê é que este é o Orixá do movimento, da ação, da eterna transformação, do contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana. É o Orixá da tese e da antítese. Por isso, seu domínio se estende a todos os movimentos regulares, que não podem parar, como a alternância entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo.

Conta-se sobre ele que, como cobra, pode ser bastante agressivo e violento, o que o leva a morder a própria cauda. Isso gera um movimento moto-contínuo pois, enquanto não largar o próprio rabo, não parará de girar, sem controle. Esse movimento representa a rotação da Terra, seu translado em torno do Sol, sempre repetitivo- todos os movimentos dos planetas e astros do universo, regulados pela força da gravidade e por princípios que fazem esses processos parecerem imutáveis, eternos, ou pelo menos muito duradouros se comparados com o tempo de vida médio da criatura humana sobre a terra, não só em termos de espécie, mas principalmente em termos da existência de uma só pessoa. Se essa ação terminasse de repente, o universo como o entendemos deixaria de existir, sendo substituído imediatamente pelo caos. Esse mesmo conceito justifica um preceito tradicional do Candomblé que diz que é necessário alimentar e cuidar de Oxumarê muito bem pois, se ele perder suas forças e morrer, a conseqüência será nada menos que o fim da vida no mundo.

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Enquanto o arco-íris traz a boa notícia do fim da tempestade, da volta do sol, da possibilidade de movimentação livre e confortável, a cobra é particularmente perigosa para uma civilização das selvas, já que ela está em seu hábitat característico, podendo realizar rápidas incertas.

Outra fonte de indefinição a respeito do Orixá vem das contradições existentes em suas lendas no Brasil e na própria África. Oxumarê é uma divindade originária da cultura do Daomé, região centro-norte da África. Há séculos tal civilização foi dominada pelos iorubas, povo mais primitivo no sentido de organização social e visão religiosa, mas, em compensação, mais poderoso em termos de organização militar. Como aconteceu com Roma e Grécia, a dominação de uma sociedade menos rica em produções culturais ou no terreno da superestrutura em geral fizeram com que os mitos dos daomeanos não fossem apenas reprimidos, pelo contrário, os iorubas não tentaram impor sua cultura ao povo dominado. Ficaram na verdade impressionados com sua cosmologia e tentaram assimilá-la, principalmente nas figuras que não fossem formas semelhantes a divindades que também possuíssem. Oxumarê foi um desses casos. O princípio da dualidade dos iorubas fazia parte dos Orixás-crianças (Ibeji) – A dualidade que eles representam, porém, é mais próxima do comportamento contraditório e irresponsável em termos ético das crianças, ainda não reprimidas pela codificação social. Já a dualidade de Oxumarê é mais abrangente e até mesmo metafísica, pois representa os ciclos que não estão ao alcance do ser humano.

Oxumarê, Iroco, Omolu, Obaluaê e Nanã, os Orixás do Daomé mais conhecidos e cultuados, castigam quando dispostos ou provocados, mas raramente se arrependem e não possuem as falhas humanas, visíveis e humanizadoras das figura do panteão ioruba.

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CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXUMARÊ

Como é comum a todas as divindades originárias do Daomé (cultura jeje) é relativamente difícil

estabelecer um arquétipo específico de comportamento associado ao Orixá, já que ele é

misterioso e cheio de sombras e mitos. Os filhos de Oxumarê são bem mais difíceis de serem

reconhecidos dos os guerreiros filhos de Iansã, os calmos e sábios filhos de Oxalá e os

maternais e familiares filhos de Iemanjá, por exemplo. Mesmo assim, algumas características

básicas podem ser listadas. Há, porém, divergências em relação às suas características ao

consultarmos autores diferente. Para o renomado pesquisador Pierre Verger, por exemplo,

Oxumarê pode ser associado à riqueza: Oxumarê é o arquétipo das pessoas que desejam ser

ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem

sacrifícios para atingir seus objetivos.

Já Monique Augras, segundo sua visão a respeito dos filhos de Oxumarê, eles costumam

possuir o dom da vidência. Quando vivia na terra, Oxumarê previa tudo, adivinhava o que ia

acontecer, a tal ponto que não era mais possível viver. Os deuses então decidiram mantê-lo

afastado dos homens, pois a clarividência total acaba transformando-se em maldição. A Seu

pedido, Oxumarê obteve a autorização de descer na terra de três em três anos.

Verger acrescenta que Oxumarê está associado ao misterioso, a tudo que implica o conceito

de determinação além dos poderes dos homens, do destino, enfim: É o senhor de tudo o que é

alongado. O cordão umbilical, que está sob seu controle, é enterrado geralmente com a

placenta,sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá

da boa conservação dessa árvore.

Assim, ao arquétipo de comportamento associado à figura desse Orixá complexo está a

tendência à renovação, a compulsividade à mudança. Seus filhos estão entre aquelas pessoas

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que, de tempos em tempos, mudam tudo em sua vida: mudam de casa, de amigos, de

emprego, como se ciclos se sucedessem sempre, obrigatoriamente, exigindo e provocando

rompimento com o passado e iniciando diuturnamente a busca de um novo equilíbrio que

deverá persistir até num novo momento de ruptura, desintegração e substituição. Mutabilidade,

reinício é seu princípio básico, aproximando-o dos mitos ocidentais referentes ao planeta

Plutão, o astro da morte, da destruição, da revolução como forma de renascimento e

ressurreição.

Também são apontados nos filhos de Oxumarê certos traços de orgulho e de ostentação, algo

que os aproxima do clichê do novo-rico, exibicionista, quando surge um grave problema para

alguém de sua amizade, e que precisa efetivamente da sua ajuda. A androginia do Orixá, por

vezes é estendida a seus filhos. Estes, segundo algumas correntes, seriam bissexuais em

potencial, mas essa interpretação não é aceita universalmente.

Fisicamente, os filhos de Oxumarê tendem a se movimentar extremamente leve, pouco

levantando os pés do chão. Têm em comum com a cobra a facilidade em serem silenciosos,

armarem seus botes na vida sem que as pessoas em torno se apercebam disso e só atacando

seus inimigos quando têm plena certeza da vitória, que a vítima está encurralada num território

que não é o seu.

Outros conceitos sobre Oxumarê

Oxumaré (Òsùmàrè) é o orixá de todos os movimentos, de todos os ciclos.

Se um dia Oxumaré perder suas forças o mundo acabará, porque o

universo é dinâmico e a Terra também se encontra em constante

movimento. Imaginem só o planeta Terra sem os movimentos de

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translação e rotação; imaginem uma estação do ano permanente, uma

noite permanente, um dia permanente. É preciso que a Terra não deixe de

se movimentar, que após o dia venha a noite, que as estações do não se

alterem, que o vapor das águas suba aos céus e caia novamente sobre a

Terra em forma de chuva. Oxumaré não pode ser esquecido, pois o fim dos

ciclos é o fim do mundo.

Oxumaré mora no céu e vem à Terra visitar-nos através do arco-íris. Ele é

uma grande cobra que envolve a Terra e o céu e assegura a unidade e a

renovação do universo.

Filho de Nanã Buruku, Oxumaré é originário de Mahi, no antigo Daomé,

onde é conhecido como Dan. Na região de Ifé é chamado de Ajé Sàlugá,

aquele que proporciona a riqueza aos homens. Teria sido um dos

companheiros de Odudua por ocasião de sua chegada a Ifé.

Dizem que Oxumaré seria homem e mulher, mas, na verdade, este é mais

um ciclo que ele representa: o ciclo da vida, pois da junção entre

masculino e feminino é que a vida se perpetua. Oxumaré é um Orixá

masculino.

Oxumaré é um deus ambíguo, duplo, que pertence à água e à terra, que é

macho e fêmea. Ele exprime a união de opostos, que se atraem e

proporcionam a manutenção do universo e da vida. Sintetiza a duplicidade

de todo o ser: mortal (no corpo) e imortal (no espírito). Oxumaré mostra a

necessidade do movimento da transformação.

Omulú é o irmão mais velho de Oxumaré, mas foi abandonado por sua mãe

por ter nascido com o corpo coberto de chagas. Em tempo, não se pode

condenar Nanã por esse acto, já que era um costume, quase uma

obrigação ritual da época, que se abandonassem as crianças nascidas com

alguma deformidade. O deus do destino disse a Nanã que ela teria outro

filho, belíssimo, tão bonito quanto o arco-íris, mas que jamais ficaria junto

dela. Ele viveria no alto, percorreria o mundo sem parar. Nasceu Oxumaré.

Oxumaré que fica no céu

Controla a chuva que cai sobre a terra.

Chega à floresta e respira como o vento.

Pai venha até nós para que cresçamos e tenhamos longa vida.

Características dos filhos de Oxumaré

São pessoas que tendem à renovação e à mudança. Periodicamente

mudam tudo na sua vida (de maneira radical): mudam de casa, de amigos,

de religião, de emprego; vivem rompendo com o passado e buscando

novas alternativas para o futuro, para cumprir seu ciclo de vida: mutável,

incerto, de substituições constantes.

São magras. Como as cobras possuem olhos atentos, salientes, difíceis de

encarar, mas ‘não enxergam’. São pessoas que se prendem a valores

materiais e adoram ostentar suas riquezas; São orgulhosas, exibicionistas,

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mas também generosas e desprendidas quando se trata de ajudar alguém.

Extremamente activas e ágeis, estão sempre em movimento e acção, não

podem parar.

São pessoas pacientes e obstinadas na luta pelos seus objectivos e não

medem sacrifícios para alcançá-los. A dualidade do orixá também se

manifesta nos seus filhos, principalmente no que se refere às guinadas

que dão nas suas vidas, que chegam a ser de 180 graus, indo de um

extremo a outro sem a menor dificuldade. Mudam de repente da água

para o vinho, assim como Oxumaré, o Grande Deus do Movimento.

Um lindo Itan sobre esse grande Orixá:

“A grande Divindade do Arco-Íris era um reconhecido Babalawo (Pai do Segredo).

Diante de sua sapiência, prestava serviços somente ao Rei da cidade de Ifé, que de

certa maneira o explorava de forma contumaz. Para o Rei de Ifé, o fato de

Òsùmàrè ser o seu Babalawo pessoal já era o grande pagamento pelos serviços

que ele lhe prestara, afinal ele era o Rei e, muitos queriam estar no lugar de

Òsùmàrè, razão pela qual dava pequenas esmolas ao sábio Babalawo, que em nada

ajudavam em seu sustento.

Assim, mesmo sendo o Babalawo do Rei, Òsùmàrè estava passando por grandes

dificuldades e já não conseguia sustentar a sua família. Dessa forma, resolveu

consultar Ifá (o oráculo sagrado) para outras pessoas e não somente para o Rei,

assim ele conseguiria novamente poder oferecer uma vida melhor à sua esposa e

filhos. Contudo, o Rei de Ifé não aprovou o que Òsùmàrè estava fazendo e,

solicitou que fosse ao seu palácio. O Rei disse a Òsùmàrè que ele poderia estar

feliz consultando Ifá para as outras pessoas, mas ele o Rei, estava insatisfeito e,

por isso, não iria mais lhe “pagar” e não queria mais que ele fosse o seu

Babalawo. Òsùmàrè ficou desesperado, pois ele sabia que bastava uma ordem do

Rei e ninguém iria procurar pelos seus serviços.

No mesmo dia a Divindade da Riqueza e Prosperidade Olokun Seniade, ordenou

que todos os Babalawos da cidade fossem até o seu reino, para saber o que

deveria fazer para ter filhos. Apesar da grande experiência dos Babalawos que lá

estavam, nenhum conseguiu responder à Olokun Seniade aquilo que tanto lhe

tirava o sono. No entanto, alguém lhe disse que Òsùmàrè, o Babalawo pessoal do

Rei de Ifé não estava presente, recomendando-lhe que procurasse a ajuda dele por

desencargo de consciência.

Assim Olokun Seniade o fez, ordenou à um mensageiro que fosse buscar Òsùmàrè

no palácio do Rei de Ifé. Chegando lá, o Rei afirmou que havia dispensado os

serviços de Òsùmàrè, pois ele não lhe servia mais. O mensageiro de Olokun

Seniade percorreu às ruas de Ifé, perguntando por Òsùmàrè, até que finalmente

ele o encontrou, o levando até o palácio de Olokun.

Chegando lá, Òsùmàrè consultou Ifá e disse para Olokun que teria filhos bonitos e

fortes, mas que para isso, seria necessário realizar uma determinada oferenda.

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Como forma de gratidão e agradecimento, Olokun convidou Òsùmàrè para ser o

Babalawo do seu palácio, que ele seria reconhecido e valorizado pelo seu grande

conhecimento. Olokun presenteou Òsùmàrè com aquilo que tinha de mais

precioso, as sementes do dinheiro (Owo Eyo – Búzios) e com um pano colorido.

Olokun Seniade disse à Òsùmàrè que, sempre que ele usasse aquele pano, as suas

cores refletiriam no céu, nascendo dessa forma, o Arco-Íris.

Essa linda história ilustra algumas importantes lições, seja sobre nossas vidas,

seja sobe as Divindades. Mostra que apesar das dificuldades que parecem

insolúveis, sempre existe a possibilidade de uma reviravolta em nossas vidas.

Mostra ainda a razão de o Arco-Íris representar o nosso Pai Òsùmàrè, bem como, a

razão da utilização dos búzios por ele e seus filhos, um grande presente de

Olokun.”

Oxumarê em nosso cotidiano 

Oxumarê  é o Arco Íris, sinal de bons tempos, de bonança. É o Orixá da riqueza, do dinheiro, chamando carinhosamente de “ o banqueiro dos Orixás”. É a cobra sagrada Dan. Orixá da prosperidade, da fartura, do lucro.

O homem, que vive atrás do dinheiro, que trabalha para ganhar seu sustento, não pode imaginas, às vezes, que tem esta força da Natureza diariamente ao seu lado. Oxumarê  esta presente praticamente em todos os momentos de nossa vida, pois tudo gira em torno do dinheiro.

Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento de contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares onde se manuseia dinheiro.

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Oxumarê é o perde/ganha do homem. É a felicidade de receber uma quantia e a tristeza de perder outra. É o elemento das grandes negociações, da aposta. Seu encanto está no tilintar das moedas.

É também o Orixá das prosperidades, da fartura, da abundância. É por isso que aqueles regidos por Oxumarê sempre estão bem e vida. Para eles o dinheiro não e problema. Gastam e ganham demais e estão sempre com os bolsos cheios.

Oxumarê é aquele que sabe fazer negócios. Quando se vai fechar um contrato, fazer uma compra, uma proposta, vender algo invocamos Oxumarê para nos orientar, pois ele é o Orixá que sabe negociar. É ele que sabe pechinchar, tratar, comprar e vender.

Oxumarê também é a beleza das cores. É o arco-íris, que vai colorir o céu, anunciando coisas boas. É o fenômeno  que vai gerar o colorido do céus. É a beleza da cor, a hipnose da cobra, a felicidade do lucro.

CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-íris                      

SÍMBOLOS: Ebiri, serpente, círculo, bradjá.

ELEMENTOS: Céu e terra

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DOMÍNIOS: Riqueza, vida longa, ciclos, movimentos constantes.

SAUDAÇÃO: A Run Boboi!!!                                                                                            

DIA: Terça-feira

Igba Osùmaré 

Igba oxumare, assentamento de oxumare

Dentro de um alguidá ou cuscuzeiro "de pé", são dispostos vários apetrechos, dependendo da qualidade deste misterioso e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios, pérola de agua doce e salgada, moedas antigas de prata, vários tipos de sementes como aridan olho de boi, orobô, miniatura de serpente em quantidade de quatorze (14) confirmando sua ligação com os odus iká e uma argamassa com variado tipo de folha sagrada, em especial duas plantas chamadas gervão e Kunkundukunku, onde é fixado um caduceu e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.

Geralmente uma talha ou um pote bem grande é ornada com grande quantidade de conchas e búzios, contendo o líquido mais precioso

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do universo denominado de Omim preferencialmente de chuva, serve de suporte para este precioso igba orixa.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.