APRESENTAÇÃO - Mato Grossobom Projeto Político Pedagógico dá segurança à escola. Escolhem-se...

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EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico APRESENTAÇÃO Pensar o papel político e pedagógico que a escola cumpre no interior de uma sociedade historicamente situada, dividida em classes sociais, dentro de um modo de produção capitalista, implica em reconhecer a educação como um ato político, que possui uma intencionalidade e, contraditoriamente, vem contribuindo, ou para reforçar o modelo de sociedade, a sua ideologia, a cultura e os saberes, que são considerados relevantes para os grupos que possuem maior poder, ou para desvelar a própria forma como a escola se articula com a sociedade e seu projeto político, constituindo-se num espaço emancipatório, de construção de uma contra-ideologia, onde a cultura e os saberes dos grupos sociais que historicamente têm sua história negada, silenciada, distorcida, esteja em diálogo permanente com os saberes historicamente acumulados e sistematizados na história da humanidade. Neste sentido, podemos afirmar que a educação como trabalho, não material, é necessariamente intencional. Vincula-se a uma concepção de sociedade, de mulher e homem, de cultura, de conhecimento. Para VIEIRA PINTO (2000), a educação é necessariamente intencional. Não se pode pretender formar um homem sem um prévio conceito ideal de homem. Este modelo, contudo, é um dado de consciência e, portanto, pertence à consciência de alguém. Na construção do projeto educacional nos deparamos, portanto com a necessidade de respondermos: Para que queremos a escola? Que cidadão e que sociedade queremos formar? O que a escola vai trabalhar? Como será o seu trabalho pedagógico? Estas perguntas nos levam à assunção das concepções que temos da sociedade, da mulher e do homem, da educação. Elas nos fazem assumir uma clara direção de projeto de sociedade que queremos construir, dos sujeitos que queremos formar, a partir de uma clara proposta pedagógica. Fazem-nos tomar posição sobre como queremos que seja nossa escola, quais conhecimentos e qual cultura ela vai valorizar no seu trabalho educativo, como ela vai trabalhar com o saber de experiência construído pelos educandos e educadores, que relação ela vai estabelecer com a comunidade onde se insere e como os diferentes atores sociais vão participar da construção e organização do trabalho pedagógico escolar. O projeto político-pedagógico da escola pode ser entendido como um processo de mudança e de definição de um rumo, que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Sua dimensão político-pedagógica pressupõe uma construção

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EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

APRESENTAÇÃO

Pensar o papel político e pedagógico que a escola cumpre no interior de uma

sociedade historicamente situada, dividida em classes sociais, dentro de um modo de

produção capitalista, implica em reconhecer a educação como um ato político, que

possui uma intencionalidade e, contraditoriamente, vem contribuindo, ou para reforçar o

modelo de sociedade, a sua ideologia, a cultura e os saberes, que são considerados

relevantes para os grupos que possuem maior poder, ou para desvelar a própria forma

como a escola se articula com a sociedade e seu projeto político, constituindo-se num

espaço emancipatório, de construção de uma contra-ideologia, onde a cultura e os

saberes dos grupos sociais que historicamente têm sua história negada, silenciada,

distorcida, esteja em diálogo permanente com os saberes historicamente acumulados e

sistematizados na história da humanidade.

Neste sentido, podemos afirmar que a educação como trabalho, não material, é

necessariamente intencional. Vincula-se a uma concepção de sociedade, de mulher e

homem, de cultura, de conhecimento. Para VIEIRA PINTO (2000), a educação é

necessariamente intencional. Não se pode pretender formar um homem sem um prévio

conceito ideal de homem. Este modelo, contudo, é um dado de consciência e, portanto,

pertence à consciência de alguém.

Na construção do projeto educacional nos deparamos, portanto com a

necessidade de respondermos: Para que queremos a escola? Que cidadão e que

sociedade queremos formar? O que a escola vai trabalhar? Como será o seu trabalho

pedagógico? Estas perguntas nos levam à assunção das concepções que temos da

sociedade, da mulher e do homem, da educação. Elas nos fazem assumir uma clara

direção de projeto de sociedade que queremos construir, dos sujeitos que queremos

formar, a partir de uma clara proposta pedagógica. Fazem-nos tomar posição sobre

como queremos que seja nossa escola, quais conhecimentos e qual cultura ela vai

valorizar no seu trabalho educativo, como ela vai trabalhar com o saber de experiência

construído pelos educandos e educadores, que relação ela vai estabelecer com a

comunidade onde se insere e como os diferentes atores sociais vão participar da

construção e organização do trabalho pedagógico escolar.

O projeto político-pedagógico da escola pode ser entendido como um processo

de mudança e de definição de um rumo, que estabelece princípios, diretrizes e propostas

de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela

escola como um todo. Sua dimensão político-pedagógica pressupõe uma construção

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participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares e a própria

comunidade onde a escola se insere.

Portanto, a relevância de um projeto escolar consiste no planejamento que, evita

improvisação, serviço malfeito, perda de tempo e de dinheiro. Com planejamento, fica

bem claro o que se pretende e o que deve ser feito para se chegar aonde se quer. Um

bom Projeto Político Pedagógico dá segurança à escola. Escolhem-se as melhores

estratégias o que facilita seu trabalho, pois o mesmo está fundamentado no Projeto que

norteia toda Unidade Escolar. Isso se faz imprescindível para se ter um rumo, visando

obtenção de resultados de forma mais eficiente, intensa, rápida e segura.

O projeto é então um meio que permite potencializar o trabalho colaborativo e o

compromisso com objetivos comuns, rompendo assim com a atual organização do

trabalho e o funcionamento das instituições educativas.

1. IDENTIFICAÇÃO

A Escola Rita Caldas Castrillon, foi criada pelo Decreto nº 1.394/85 e está

situada na Rua Progresso, s/nº, no Bairro Coophamil, Comunidade São Benedito, em

Cuiabá-MT. É mantida pela Prefeitura Municipal de Cuiabá - Secretaria Municipal de

Educação.

Iniciou seu funcionamento em 03/03/1986 e logo foram implantadas as séries

iniciais (1ª a 4ª) do Ensino Fundamental. Atualmente a escola oferece o Ensino

Fundamental completo.

2. JUSTIFICATIVA

Assumindo o grande desafio de construir uma educação de qualidade, a Escola

Municipal de Educação Básica “Profª. Rita Caldas Castrillon”, tem como proposta

embarcar no novo milênio, no mundo técnico-informacional, educando, sobretudo, para

a vida e o trabalho.

O conceito de trabalho aqui empregado é o de Marx (1980) que afirma que o

trabalho é a relação do homem com a natureza. É um processo de que participam o

homem e a natureza, em que o ser humano com sua própria ação, impulsiona, regula e

controla seu intercâmbio material com a natureza. Salienta que o processo de trabalho é

a atividade dirigida com o fim de criar valores de uso, cuja finalidade é o atendimento

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às necessidades humanas úteis e necessárias; é condição natural e eterna da vida

humana, sendo comum a todas as formas de vida social.

Em A ideologia alemã, enfatizando a condição histórica dos homens, Marx e

Engels (1999) afirmam que os homens devem estar em condições de viver para poder

fazer história e, para viver, devem trabalhar e ter os meios que permitam a produção da

própria vida material, condição fundamental de toda a história.

Cabe aqui esclarecer que não se trata de alienação do trabalho, fato que se dá em

dois aspectos: na relação do trabalhador com o produto do seu trabalho e também no

próprio processo produtivo. Para Marx o trabalho alienado transforma a vida universal

em vida individual, fato extremamente nocivo às sociedades que buscam sistemas

sociais calcados na solidariedade humana.

Sabe-se que a escola se estabeleceu na modernidade como instrumento de

formação de trabalhadores aptos a realizar as atividades mecânicas exigidas pela

Revolução Industrial. Este projeto não visa reivindicar hoje em dia escola como meio

para a aquisição das habilidades necessárias para o mundo eletrônico, fato que não lhe

acrescentará nenhuma novidade.

O ser humano tem a necessidade de idealizar em sua mente a forma que terá o

seu trabalho. A concepção de sua intenção resulta em ato criativo, através da definição

de seus objetivos na materialidade dos objetos, que atende a suas necessidades e

desejos. A proposta de uma vida cheia de sentido implica indiscutivelmente numa outra

organização societária, em que o ato de trabalhar não seja de adoecimento e morte, mas

sim de uma ação saudável, um espaço de criação e liberdade para os trabalhadores.

Cabe ao profissional docente despertar as potencialidades do indivíduo aprendiz,

equilibrando suas habilidades e preparando-o para a mais importante atividade humana:

o trabalho, de forma em que vive, diminuindo as injustiças sociais e as desigualdades.

É importante salientar que, o processo educativo deve se concentrar na formação

plena (dimensão física, intelectual e moral), que não separe o saber do saber fazer, isto

é, que não se fundamente na divisão entre ação e pensamento (trabalho braçal e

intelectual). Para que consiga atingir esse objetivo, o educador deve ser crítico dos

conteúdos, dos programas e instituições oficiais, da sociedade e de todas as esferas de

reprodução de formas de opressão e, inclusive, de si mesmo.

A Escola acredita no investimento educacional do ser humano, nos valores

familiares, na organização de uma proposta pedagógica como instrumento intencional

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que nos levou à reflexão da sociedade que temos para, a partir dela, projetarmos a

sociedade que queremos. Esta proposta estabelece um rumo, uma direção, um sentido

explícito, com compromisso definido coletivamente e constituirá um processo

permanente de reflexão e discussão, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua

intencionalidade.

A proposta da Escola Rita Caldas Castrillon baseia-se na realidade e é

respaldada no imenso desafio de fazer uma educação efetivamente de qualidade, em

conformidade com os princípios da Constituição Federal. Organiza-se de forma que o

atual quadro da equipe de funcionários seja permanente, pois através de um trabalho

seqüenciado e contínuo, que serão alcançados os objetivos propostos, haja vista que os

recursos humanos se constituem nos verdadeiros pilares que irão sustentar toda a

proposta educacional ora traçada.

O presente Projeto propõe mudanças fundamentais na estrutura educacional da

escola. Analisando dados coletados na comunidade escolar, verificando angústias e

preocupações de todos os atores envolvidos no processo ensino-aprendizagem e,

fundamentalmente, a mudança nos resultados que obrigatoriamente, devem advir do

trabalho da educação e da função da escola como um todo na sociedade contemporânea.

Para assegurar a escola que todos querem é fundamental que se trabalhe com

uma carga horária compatível com aquilo que se deseja, ou seja, trabalhar com uma

carga horária mínima de 800 horas inviabilizaria alcançar os melhores resultados. Por

entender dessa forma, a Lei Federal 9394/96, nos seus artigos 24 e 34, exposto a seguir

o artigo 24 da LDBEN, estabelece o seguinte, no inciso I:

“Art. 24 – A educação básica, nos níveis, fundamental e médio, será organizada

de acordo com as seguintes regras comuns: I – a carga horária mínima anual será de

oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho

escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;”

De acordo com o Artigo 12 da LDB que fixa a responsabilidade das escolas, ela

dá à instituição de ensino responsabilidade de administrar seu pessoal. Incluindo-se aí,

evidentemente, o pessoal docente, cabe à escola administrar seu pessoal da forma que

melhor atenda o cumprimento de sua Proposta Pedagógica, inclusive para cumprimento

dos dias letivos e da carga horária previstos no inciso I do artigo da LDB.

Com base na lei máxima brasileira, a Escola Rita Caldas, ancorada nos anseios

de toda a comunidade escolar, estabelece a carga horária de 880 horas, contemplando as

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disciplinas de Literatura, que já vem sendo trabalhada na unidade escolar, Língua

Estrangeira (Inglês) também no 4º e 5º Ano, bem como a Educação Física, que

desenvolve trabalho extraclasse, principalmente em eventos culturais e esportivos

destinados aos alunos, visando fundamentalmente trabalhar sua auto-estima, bem como

promovê-los na sociedade.

3. OBJETIVOS

A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que "todos têm o direito à

educação" (Artigo 26). Todos esses anos se passaram e o objetivo continua o mesmo:

dar a todos a chance de aprender e prosperar a partir da educação básica - não por acaso

ou circunstancialmente, não como privilégio, mas como um DIREITO. Pensando assim,

a escola Rita Caldas elencou como seus principais objetivos:

Oferecer uma educação de acordo com o que estabelece a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional e legislação conseqüente, oriundas do poder

público federal e, especialmente, do Município de Cuiabá, procurando

nortear suas ações pedagógicas;

Ministrar o Ensino Fundamental, proporcionando o desenvolvimento integral

de crianças e adolescentes, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e

social;

Possibilitar que os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos

sejam interpretados e utilizados para o desenvolvimento global da pessoa

humana, ensejando a descoberta da verdade e dos caminhos para o exercício

consciente da cidadania inerente a cada um, com ênfase na percepção dos

valores;

Desenvolver no educando o pensamento reflexivo e crítico e ajudá-lo a

descobrir-se como um ser em interação com os outros, com o lugar onde

vive e com o mundo.

Propiciar o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem do aluno, com

vistas à aquisição de conhecimento e habilidades e à formação de atitudes e

valores;

Preparar o aluno para a convivência social, o trabalho e a cidadania;

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Desenvolver no educando a atitude experimental, o pensamento reflexivo e o

espírito de cooperação recriando o ambiente familiar;

4. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

Durante o primeiro ano de atividades, em 1986, a escola Rita Caldas foi

administrada por três diretoras indicadas pela Prefeitura Municipal de Cuiabá, sendo

elas:

Maria Bezerra da Silva;

Francelina Expedita de Andrade;

Eliete de Souza Crespo Anastácio.

Durante os dois primeiros anos a Escola sofreu alteração na estrutura seus

cursos, implantando o Supletivo de 1ª à 4ª série, 5ª e 6ª séries noturnas e pré-escola,

porém não passou por nenhuma alteração física.

Em 1987, a Prefeitura Municipal ofereceu seu primeiro concurso para a área de

Educação. Neste mesmo ano foi implantada a Gestão Democrática com a eleição para

diretores e a criação do Conselho Escolar Comunitário. Assim o processo democrático

teve seu início logo após a lotação dos professores concursados, implementando

legalmente a eleição de diretores em maio de 1988.

Para que o processo se conduzisse, foi afastada a direção anterior por três meses,

assumindo interinamente a professora Eulália Vieira de Andrade que conduziu através

de uma comissão eleitoral o processo eletivo.

A eleição ocorreu através do voto direto em maio de 1988 onde participaram

todos os segmentos da Escola. Foi eleita a professora Lurdi Haas com aprovação por

unanimidade. Permaneceu no cargo durante o governo da época e foi indicada no

governo seguinte, quando o processo de eleição foi interrompido. O processo de eleição

volta em 1992 e foi eleita novamente e por várias vezes permanecendo no cargo até

2007. No ano de 1988 havia sido encaminhado um projeto de melhoria para ampliação

do prédio escolar, uma vez que o espaço era reduzido para o número de alunos. A

solicitação foi prontamente atendida e assim as instalações foram ampliadas.

Em 1992 foram construídas duas salas de aula e uma cozinha provisória. Em

1998, a escola foi contemplada novamente com as obras de construção da cobertura da

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quadra de esportes e da cozinha, cuja inauguração ocorreu em novembro do mesmo ano

por ocasião das olimpíadas escolares.

Inserida no contexto da gestão democrática a escola convoca a comunidade a

participar do processo pedagógico e administrativo, melhorando sensivelmente suas

ações de aprendizagem e operacionais.

Diante do exposto, cabe destacar que essas mulheres que estiveram a frente

dessa escola, levaram uma perspectiva de vida mais digna para uma comunidade que

não dispunha de escola para seus filhos. As crianças precisavam se deslocar para as

escolas dos bairros vizinhos e só após muita luta dos moradores é que conseguiram

finalmente a tão sonhada escola.

Isso representou uma grande vitória da comunidade São Benedito. As pessoas

que participaram da construção se dedicaram bastante, movidas pela esperança de

darem novos rumos para a vida de seus filhos. Hoje a escola Rita Caldas é uma

referência na comunidade. Muitas pessoas que já construíram suas famílias já passaram

por esta escola e hoje enfrentam os desafios na sociedade com mais preparo e

dignidade.

A comunidade acompanha os trabalhos e projetos desenvolvidos pela escola.

Projetos esses que visam principalmente promover os alunos, tornando-os mais seguros,

dispostos e disciplinados, elevando assim a sua autoestima.

Dentre os trabalhos e projetos realizados pela escola envolvendo os alunos e a

comunidade, destacam a Festa Junina; Festa da Primavera; Olimpíadas; Halloween;

Homenagem às Mães; Homenagem aos Pais; palestras; campeonatos esportivos;

viagens com os formandos da 8ª série; PROERD; Mais Educação; Planeta Azul; dentre

outros. Cabe também destacar o apoio da comunidade aos projetos da escola, com a

participação dos pais e mães e o acompanhamento que dão aos seus filhos.

A escola Rita Caldas é um espaço de reunião dos jovens. É onde criam suas

expectativas, são estimulados e motivados para buscarem seus sonhos. Dessa forma,

entende-se que é de fundamental importância o trabalho dos inúmeros professores e

funcionários que marcaram sua passagem pela escola através da dedicação, do altruísmo

e perseverança, transformando sonhos em realidade, construindo cidadania e

fortalecendo o grupo social em contexto.

A equipe gestora é formada por uma diretora, uma coordenadora pedagógica e

um secretário com dedicação exclusiva. A seleção para esses cargos está regida de

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acordo com a Lei da Gestão Democrática nº 4120/2001. A composição do quadro de

professores advém de concurso público, sendo sua maioria efetiva.

Os outros segmentos também exercem funções essenciais de educadores e se

envolvem igualmente no projeto de melhoria da qualidade de atendimento aos alunos

aos pais e comunidade, que são: Técnico em Manutenção e Infra Estrutura (Vigilantes e

Auxiliares de Serviços Gerais) e Técnico em Nutrição Escolar e Técnico Multimeio

Didático que são selecionados via concurso público, sendo a maioria efetiva. A escola

também está receptiva aos cidadãos que desejam contribuir desenvolvendo algum tipo

de projeto ou trabalho com os alunos.

Na falta de lazer na comunidade, a quadra de esportes da escola Rita Caldas

passa a ser bastante concorrida nos finais de semana. Os projetos esportivos visam

aproveitar as habilidades dos alunos no sentido de direcioná-los para práticas saudáveis,

livre da violência urbana e da indisciplina. Cabe salientar que a falta de perspectivas em

muitos alunos é um elemento dificultador no processo de ensino-aprendizagem. Os

demais projetos visam enfrentar essas dificuldades e corrigir a defasagem.

Dessa forma a Escola Rita Caldas Castrillon tem marcado o seu trabalho ao

longo dos últimos 26 anos participando efetivamente do cotidiano da comunidade,

repensando, atualizando e reestruturando suas ações com vistas à melhor atender os

jovens desse grupo social.

4.1. Patrono da Escola

A Professora Rita Caldas Castrillon nasceu em Cuiabá a 22 de maio de 1915. Foi

casada com Modesto Castrillon, espanhol radicado na cidade de Cáceres. Concluiu seus

estudos na Escola Normal Pedro Celestino em Cuiabá, a única em Mato Grosso que

diplomava professores. Por haver carência de profissionais formados foi trabalhar em

Cáceres. Saiu da casa de seus pais ainda jovem, tomando um navio no porto de Cuiabá

viajando pelas águas do Cuiabá e Paraguai.

Chegando a cidade de Cáceres foi lecionar no Grupo Escolar Espiridião

Marques. Com dedicação aos seus alunos, fato que lhe era peculiar, se mostrava capaz e

eficiente no cumprimento do dever, participando e dirigindo muitas vezes as atividades

lítero-musicais da escola quando havia necessidade, em atividades extracurriculares.

Retornando à sua terra natal, Cuiabá, com toda a sua família, foi lotada no Grupo

Escolar Senador Azeredo, exercendo o cargo de professora por um período de 10 anos.

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Mais tarde transferiu-se para a Escola Modelo Barão de Melgaço onde aposentou após

35 anos de serviços prestados à educação.

Professora responsável e amiga de seus alunos e preocupada com o bom

desempenho dos meninos convidava-os muitas vezes a ir até sua casa para tirar dúvidas,

recuperando os que tinham mais dificuldades, privando-se muitas vezes de merecido

descanso, sem que isso lhe custasse nenhuma compensação financeira. Muitos homens

ilustres que dirigiram e ainda dirigem os destinos desta cidade ou deste estado foram

alfabetizados por ela.

Teve nove filhos e três enteados que bem educou. Falecida a 27 de janeiro de

1978 com 63 anos de idade, pôde em vida ser homenageada. Por seus incontáveis feitos,

teve a grata satisfação de ver o seu nome lembrado para identificar esta escola, onde

pequenos grandes homens e mulheres são preparados para o futuro.

4.2. Localização e caracterização da área

A Escola Rita Caldas Castrillon está localizada no setor oeste do município de

Cuiabá, bairro Coophamil1, na Comunidade São Benedito. Limita-se com a Avenida

Miguel Sutil a leste, com o bairro Novo Terceiro ao norte e com o rio Cuiabá a oeste.

Mais de seis mil moradores residem no bairro, que conta apenas com duas escolas

públicas municipais.

O bairro dispõe de três associações de moradores: Coophamil, Jardim Beira Rio

e São Benedito.

4.3. A Comunidade São Benedito

A Comunidade São Benedito surgiu por volta de 1950, quando algumas famílias

se instalaram na região e construíram suas casas. Muitas, de forma improvisada, sem a

regularização dos lotes, traçado de ruas e infraestrutura. Isso só aconteceu algum tempo

depois quando a prefeitura de Cuiabá regularizou a área e vendeu os lotes para as

pessoas que ali estavam.

Nessa demarcação definiu-se o nome da área como Loteamento Jardim Ubatã,

parte integrante do Bairro Coophamil, fato este que causou insatisfação em alguns

moradores que preferiam o nome “São Benedito”. Muitos moradores não aceitaram o

1 De acordo com o Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano – IPDU - sistema de

abairramento Perfil Socioeconômico de Cuiabá, p. 202, 2007.

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fato da comunidade integrar o Bairro Coophamil, pois entendem que são muito fortes as

diferenças culturais. Embora estejam muito próximas, é possível notar as diferenças que

há entre as duas comunidades. Enquanto o Bairro Coophamil é constituído por muitos

migrantes de outros estados brasileiros, principalmente das regiões Sul e Sudeste, na

Comunidade “São Benedito” grande parte dos moradores nasceu em Cuiabá ou saiu da

zona rural de cidades como Poconé, Jangada, Acorizal, Barra do Bugres, Alto Garças e

Rondonópolis. Poucos são de outros estados brasileiros como São Paulo e alguns

estados nordestinos.

Uma grande parcela da população da comunidade saiu da zona rural em busca de

melhores condições de vida na capital mato-grossense, já que o campo não oferecia

boas perspectivas. Embora tenham passado por muitas dificuldades e decepções, muitos

moradores gostam de morar em Cuiabá, e, principalmente no “São Benedito”. Sentem-

se satisfeitos e orgulhosos por fazer parte da história de construção do “bairro”.

É notável na comunidade o espírito de união entre os moradores, firmado pelos

laços culturais e pela luta que encamparam para a melhoria da comunidade. O centro

comunitário e a igreja levam o nome de “São Benedito”, demonstrando a devoção desse

povo pelo santo que é considerado um dos mais populares do Brasil.

Aos poucos foram chegando o asfalto, as redes de água e esgoto, iluminação

pública e a numeração das casas que não havia. As ruas receberam nomes de antigos e

importantes moradores como Tertuliana do Espírito Santo; Luís de Souza (O Padeiro),

Florentino Leite da Silva e Cirilo Pinto de Moraes, por iniciativa da própria comunidade

que após várias reuniões tomaram essa decisão.

A comunidade possui um comércio pequeno, o que faz com que os moradores se

desloquem para outros bairros a fim de realizarem suas compras, é o caso da Cidade

Alta e Coophamil. O comércio pesado está voltado para a Avenida Miguel Sultil e que

atende pouco essa população.

O cargo de Presidente do Bairro é até a presente data do senhor Pedro Corrêa de

Moraes, o seu Pedrinho.

5. REFLEXÃO

5.1. Visão de futuro

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Temos convicção de nossa responsabilidade diante da sociedade ao qual estamos

inseridos. Dessa forma, assumimos o compromisso de buscarmos uma posição de

referência na rede municipal de educação de Cuiabá, assegurando uma gestão

efetivamente democrática como ponto de apoio. Para isso uniremos esforços para

possibilitar o desenvolvimento cognitivo de nosso aluno, visando sua formação como

indivíduo mais participativo, mais solidário, crítico e responsável pelas transformações

em si mesmo e na comunidade.

5.2 Nossa missão

Nossa missão é:

Construir uma estrutura de qualidade com o objetivo de garantir a formação de uma

consciência crítica em nossos alunos, tornando-os agentes transformadores da

sociedade como de si mesmos.

Procurar fazer uma escola que est imula o gosto pelo conhecimento e o

entusiasmo pelo trabalho através de um currículo o mais coerente

possível com o contexto, que aborda as várias disciplinas em separado e

em perspect iva interdisciplinar, contemplando temas e projetos.

Oferecer aos discentes condições de se t ornarem pessoas independentes,

preparadas para lidar com a diversidade e para a part icipação social

competente, digna e responsável.

5.3. Filosofia da escola

A Escola Rita Caldas Castrillon tem como filosofia:

Proporcionar uma educação de qualidade a partir da ação colet iva,

pois se queremos mudar a sociedade distorcida e corrompida na qual

vivemos devemos começar então mudando as pessoas. E isso só é

possível através de uma educação efet ivamente voltada para o

correto desenvolvimento mental, social e psicológico do aluno.

5.4. Nossos valores

A Escola Rita Caldas entende a importância de se trabalhar valores fundamentais

para a formação do indivíduo na sua vida em sociedade.

O grande desafio é resgatar valores como:

Compreensão

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Fraternidade

Gratidão

Generosidade

Alegria

Justiça

Ética

Disciplina

Flexibilidade

Honestidade

Paz

Integridade

Responsabilidade

Parceria

Amor...

6. A ESCOLA RITA CALDAS CASTRILLON

6.1. Organização

A Escola Rita Caldas oferece o ensino fundamental completo do 1º ao 9º ano,

atendendo em dois períodos diferentes: matutino (Das sete às doze horas) e vespertino

(Das treze às dezessete horas). No período matutino o intervalo é feito entre 9h e 9h15 e

no vespertino é entre às 15h e 15h15.

O regime de ensino adotado é o modo seriado. Cabe mencionar que a escola já

experimentou outro modelo como o ensino organizado em ciclos de aprendizagem,

porém, a partir de uma ampla reflexão e após muitas discussões entre os profissionais,

alunos e pais, decidiram-se pelo modelo ora vigente. Cabe ressaltar que todas as

decisões, inclusive no âmbito pedagógico, partem sempre de um processo efetivamente

participativo, em conformidade com os princípios da gestão democrática.

6.2. Recursos disponíveis: humanos, técnicos e didáticos

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6.2.1 Humanos

Os recursos humanos desta unidade de ensino são constituídos por todos os

profissionais que trabalham na escola: professores; funcionários e equipe gestora.

O Corpo Docente é formado por 21 professores. 18 funcionários estão

distribuídos entre Técnicos em Manutenção da Infraestrutura (Auxiliar de Serviços

Gerais e Vigilância), Técnicos em Nutrição Escolar e Técnico em Multimeio Didático.

A Equipe Gestora é constituída pela Diretora, Coordenadora Pedagógica e

Secretário.

Os pais são colaboradores da escola no processo da construção do conhecimento

e se propõem a atender os objetivos formalmente, assinando um Termo de

Concordância no ato da matrícula.

6.2.2 Técnicos e Didáticos

Em todos os anos de existência da escola Rita Caldas, muitos foram os esforços

para se buscar os recursos técnicos e didáticos para o aperfeiçoamento do trabalho do

professor em sala de aula. Porém, em face à violência e insegurança que assolam nossa

sociedade, muitos desses recursos se tornaram objeto de roubo. Lamentavelmente esta

comunidade convive com esta triste situação que se tornou crônica nos últimos anos.

Poucos são os esforços e investimentos voltados para a proteção do patrimônio da

escola. Diante deste problema não cabe aqui elencar tais recursos porque poderão ser

subtraídos a qualquer momento por ladrões que se acostumaram a almejar as escolas

públicas municipais pela facilidade que encontram.

Vale destacar que, esses materiais nunca são repostos. As escolas se viram como

podem para conseguir driblar as dificuldades após cada roubo.

6.3 Condições físicas

O espaço físico da escola Rita Caldas é constituído por 16 Cômodos sendo:

Seis salas de aula;

Uma sala de Apoio Pedagógico;

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Uma sala de professores;

Uma cozinha com despensa;

Um depósito de produtos de limpeza, vassouras, baldes e ferramentas;

Um depósito de materiais pedagógicos e documentos;

Uma secretaria com uma pequena sala para o computador e

fotocopiadora;

Uma sala de informática;

Um banheiro para os profissionais da escola;

Dois banheiros para os alunos (masculino e feminino).

Contém ainda uma quadra de esportes com cobertura, um parquinho e um pátio

que permitem maior liberdade para as crianças brincarem.

6.4 Problemas específicos

Ao longo dos seus mais de vinte anos de existência muito já foi realizado nessa

escola, de maneira que vários problemas de outrora hoje não existem mais. Porém novas

necessidades vão surgindo de forma que as estruturas vão se tornando obsoletas. Diante

de tantos problemas estruturais é possível então elencar aqueles que mais afligem esta

unidade de ensino:

Rede elétrica danificada e inadequada;

Inexistência de um refeitório;

Inexistência de uma biblioteca;

Salas de aula muito quentes e abafadas comprometendo sensivelmente a

aprendizagem devido ao desvio de atenção por parte dos alunos em

virtude do calor excessivo;

Uma estrutura física frágil que possibilita a ação de ladrões, situação esta

que causa muita indignação à comunidade escolar por ter frequentemente

seus equipamentos subtraídos desta unidade.

Falta de continuidade dos projetos desenvolvidos na escola devido à

dependência da mesma em relação às decisões tomadas pela Secretaria

Municipal de Educação

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6.5 Organização administrativa

A administração da escola Rita Caldas se baseia nos serviços da secretaria,

realizados pelo secretário da escola e pela direção.

6.5.1 A direção

A direção é o órgão que coordena, planeja, executa e avalia, junto à comunidade

escolar, as atividades técnico-administrativas desenvolvidas na escola, gerenciando,

acompanhando, executando todas as questões administrativas, pedagógicas, políticas,

disciplinares e financeiras da unidade escolar.

A direção é constituída por um diretor (a) eleito pela comunidade escolar que,

possui efetividade no cargo de professor, esteja atuando na unidade escolar com no

mínim três (3) anos de exercício, ter curso de licenciatura plena comprovada, ser

avaliado anualmente pelo grupo ocupacional do magistério, Coordenador, Conselho

Escolar Comunitário, Secretário Escolar e Assessor Pedagógico segundo normativa

expedida pela Secretaria Municipal de Educação.

Na ausência do Diretor (a) fica responsável pela direção o Coordenador

Pedagógico que assume as atribuições que lhe forem conferidas e na ausência dele o

Secretário Escolar, ainda na ausência da equipe será indicado pelo Conselho Escolar

Comunitário um professor.

De acordo com o Regimento Interno da escola Rita Caldas, cabe ao diretor (a):

Coordenar a elaboração e a execução do plano de desenvolvimento de modo

a garantir a conservação dos objetos do processo escolar;

Estimular e possibilitar o aprimoramento contínuo do pessoal docente

técnico e administrativo do estabelecimento;

Promover o intercâmbio escola-comunidade;

Cumprir e fazer cumprir as disposições legais relativas à organização

didática administrativa e disciplinar da escola e, as normas, diretrizes

emanadas das autoridades superiores;

Apresentar periodicamente ao departamento de educação relatório das

atividades executadas;

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16

Receber e fazer expedir documentos, assinar todos os atos escolares;

Aplicar medidas disciplinares a todos os funcionários, corpo docente e

discente do estabelecimento;

Convocar e conduzir reuniões administrativas com o pessoal da escola, pais

e mestres;

Zelar e fazer zelar pela conservação do prédio escolar e de todos os materiais

e equipamentos nele existentes;

Participar sempre que for solicitado, a reuniões, palestras, seminários,

festividades promovidas pela municipalidade e outros órgãos;

Assistir tecnicamente o Coordenador Pedagógico para solucionar problemas

na elaboração e execução do Projeto Político Pedagógico.

O preenchimento da função do diretor escolar se dá através de eleição, com

mandato de 03 (três) anos, findo os quais pode submeter-se novamente à reeleição

conforme legislação.

6.5.2 O (A) Coordenador Pedagógico (a)

A coordenação pedagógica é o serviço de assessoramento ao corpo docente,

das ações técnicas e pedagógicas inerentes ao processo ensino-aprendizagem.

A coordenação pedagógica tem por objetivo dinamizar as atividades técnicas,

políticas e pedagógicas, visando melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem e a

competência profissional dos professores.

A coordenação pedagógica será constituída de:

Um professor efetivo com formação de licenciatura plena preferencialmente com

habilitação em pedagogia;

Ter participado do processo de atribuição de classe e/ou aulas da unidade escolar onde

pretende atuar como coordenador.

A coordenação escolar tem como meta acompanhar, avaliar e dar subsídios a todas as

atividades pedagógicas.

O serviço pedagógico é constituído por um coordenador responsável pelo apoio

didático que tem por objetivo planejar, organizar, coordenar, controlar e avaliar as

atividades pedagógicas da escola visando à melhoria do processo ensino-aprendizagem,

assegurando à escola a necessária flexibilidade didática, incentivando lhe a

originalidade e criatividade e mediando o processo político-pedagógico.

A coordenação pedagógica fica sob a responsabilidade de um coordenador com

habilitação em Pedagogia, e de Licenciatura Plena independente da área de habilitação.

É avaliado anualmente pela direção, secretário escolar, professores, conselho escolar

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17

comunitário e assessor pedagógico segundo normativa expedida pela Secretaria

Municipal.

O coordenador está diretamente ligado ao diretor.

De acordo com o Regimento Interno da escola Rita Caldas, cabe ao (a)

Coordenador Pedagógico (a):

Investigar o processo de construção de conhecimento e desenvolvimento do

educando;

Crias estratégias de atendimento educacional complementar e integrado às

atividades desenvolvidas na turma;

Proporcionar diferentes vivências visando o resgate da autoestima, a integração

no ambiente escolar e a construção dos conhecimentos onde os alunos

apresentam dificuldades;

Participar de reuniões pedagógicas planejando, junto com os demais

professores, as intervenções necessárias a cada grupo de aluno, bem como as

reuniões com pais e conselho de classe;

Coordenar o planejamento e a execução das ações pedagógicas da unidade

escolar;

Articular a elaboração participativa do Projeto Pedagógico da Escola;

Acompanhar o processo de implantação das diretrizes da Secretaria Municipal

de Educação, relativas à avaliação da aprendizagem e ao currículo, orientado e

intervindo junto aos professores e alunos quando solicitado e/ou necessário;

Coletar, analisar e divulgar os resultados de desempenho dos alunos, visando à

correção e intervenção no planejamento pedagógico;

Desenvolver e coordenar sessões de estudos nos horários de hora-atividade,

viabilizando a atualização pedagógica em serviço;

Coordenar e acompanhar as atividades nos horários de hora-atividade na

unidade escolar;

Analisar/avaliar junto aos professores as causas da evasão e repetência

propondo ações para superação;

Propor e planejar ações de atualização e aperfeiçoamento de professores e

técnicos visando à melhoria de desempenho profissional;

Divulgar e analisar, junto à comunidade escolar, documentos e diretrizes

emanadas pela Secretaria Municipal de Educação, e pelo Conselho Municipal

de Educação, buscando implementá-las na unidade escolar, atendendo às

peculiaridades regionais;

Propor e incentivar a realização de palestras, encontros e similares com grupos

de alunos e professores sobre temas relevantes para a formação integral e

desenvolvimento da cidadania;

Propor, em articulação com a direção, a implantação e implementação de

medidas e ações que contribuam para promover a melhoria da qualidade de

ensino e o sucesso escolar dos alunos;

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

18

6.5.3 O (a) Secretário (a)

O cargo de Secretário (a) deve ser ocupado por pessoa concursada, com

formação em nível médio ou superior, com experiência técnica/pedagógica, ter

conhecimento em informática, conhecimentos de legislação e legalmente credenciado

pelo órgão competente. O preenchimento da função de Secretário (a) Escolar se dá

através de prova de seleção periódica ou eleição, com mandato de 03 (três) anos, findo

os quais, pode submeter-se novamente à prova de seleção ou eleição.

Na ausência do (a) Secretário (a), responde pela secretaria um dos Auxiliares

Administrativos que deve ser indicado pelo diretor, levando em consideração o disposto

no Parágrafo Único do Art. 4º. O (a) Secretário (a) Escolar é responsável pelas questões

burocráticas no que se refere à escrituração. O (a) Secretário (a) tem os seguintes

serviços sob sua responsabilidade:

Serviço de escrituração e arquivo escolar;

Serviço de atendimento à comunidade escolar;

Serviço de atividade pessoal.

O (a) Secretário (a) Escolar é avaliado anualmente pela Direção da escola, pelo

Conselho Escolar Comunitário e pelo Coordenador Pedagógico segundo normativa

expedida pela Secretaria Municipal de Educação.

Conforme Regimento Interno da escola cabe ao (a) secretário (a) escolar:

Elaborar plano e cronograma de atividades da secretaria;

Coordenar e supervisionar todas as atividades da secretaria, distribuindo o

trabalho entre auxiliares que lhe forem postos à disposição;

Cumprir e fazer cumprir os despachos e determinações do diretor;

Organizar o arquivo, de modo a assegurar a preservação dos documentos

escolares e escrituração dos livros, fichas e demais documentos que se

referem à notas e/ou relatórios, efetuando na época legal os cálculos de

apuração e resultados;

Ter em dia a coleção de leis, regulamentos, instruções, circulares e

despachos que dizem respeito às atividades da escola;

Cumprir 08 horas de serviço;

Assinar juntamente com o diretor, documentos escolares, destinados aos

alunos;

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19

Conhecer a legislação vigente do ensino cumprindo e fazendo cumprir no

âmbito de suas abrangências as determinações legais;

Analisar e assinar prestações de contas;

Orientar a organização e controle do almoxarifado junto com os auxiliares

de administração;

Coordenar o estoque do material de expediente, da merenda escolar e o

cardápio elaborado;

Responder pela função com dedicação e carinho interagindo para melhor

relacionamento humano.

A secretaria

A secretaria é o órgão que tem a seu encargo os serviços de escrituração,

preparação da correspondência e demais serviços burocráticos da escola, objetivando

executar normas administrativas além de manter-se atualizada quanto à legislação de

ensino e auxiliar nas reuniões administrativas.

A secretaria escolar é constituída por um (a) secretário (a) escolar e auxiliares de

administração, conforme o lotacionograma aprovado pela Prefeitura Municipal de

Educação. A secretaria escolar tem a seu cargo:

Serviço de atividade de pessoal: compete o controle e registro de atividades

funcionais do pessoal lotado no estabelecimento.

Serviço de escrituração e arquivo escolar: compete organizar a escrituração,

protocolo e arquivo de modo a assegurar a preservação e autenticidade do

estabelecimento.

6.6 Organização pedagógica

Definir a linha pedagógica e os eixos estruturantes da Escola Rita Caldas implica

refletir sobre os objetivos e a intencionalidade político-pedagógica da ação educativa

social proposta. Não fazê-lo pode significar a permanência no âmbito do pensamento

espontâneo e do saber fazer desprovido de reflexão, impedindo a articulação da prática

com a teoria que lhe garante o sentido.

A proposta pedagógica é a identidade da escola: estabelece as diretrizes básicas e

a linha de ensino e de atuação na comunidade. Ela formaliza um compromisso assumido

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

20

por professores, funcionários, representantes de pais e alunos e líderes comunitários em

torno do mesmo projeto educacional. O planejamento é o plano de ação que, em um

determinado período, vai levar a escola a atingir suas metas. A Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional (LDB) de 1996 diz que a proposta pedagógica é um documento

de referência. Por meio dela, a comunidade escolar exerce sua autonomia financeira,

administrativa e pedagógica. Para que a proposta seja eficaz, ela deve:

Ser resultado da discussão de toda a comunidade escolar.

Conter princípios pedagógicos que correspondam ao contexto e à prática da

sala de aula dos professores.

Se adaptar sempre que houver mudanças no público, na realidade da

comunidade e, com isso, nos objetivos do ensino.

Cabe ressaltar que o projeto da escola Rita Caldas está em constante processo de

análise e de avaliação e, em conseqüência, tem os princípios norteadores de sua ação

reforçados ou transformados, levando-se em conta as necessidades históricas.

Desse modo, partindo de um processo amplamente democrático, a Comunidade

Escolar decidiu adotar o sistema seriado de ensino, por entender que o contexto

histórico contribuiu para o surgimento de novas concepções de ensino, porém, não são

essas concepções tão somente que farão uma educação de qualidade. Percebe-se um

grande equívoco entre os educadores que vêem a solução mágica para todos os

problemas do ensino público em uma determinada concepção de ensino.

Cabe mencionar que é necessário, fundamentalmente, o fortalecimento da gestão

como a primeira etapa para se alcançar os objetivos traçados por uma proposta

pedagógica. Sem gestão, é impossível se chegar aos bons resultados. A Escola Rita

Caldas, em mais de duas décadas de existência, vem se aperfeiçoando nesse aspecto,

fato que contribui sobremaneira para o sucesso de seus projetos.

Além de uma boa gestão é necessário manter um quadro de professores e

funcionários relativamente estável, assegurando assim a continuidade do processo

pedagógico. Conhecer a comunidade, vivenciar o modo de vida das pessoas e manter

um relacionamento próximo entre os profissionais, é fundamental para se atingir a

qualidade de ensino que se almeja. Por conseguir manter boa parte de seus profissionais

nos quadros da unidade, a escola vem alcançando excelentes resultados no processo

ensino-aprendizagem.

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

21

Não se assegura a qualidade apenas com boa gestão e um quadro permanente de

profissionais, é necessário também que haja o comprometimento dos mesmos. Ao longo

de sua existência a escola Rita Caldas foi muito bem sucedida neste aspecto. Excelentes

profissionais conseguiram fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Muitos homens e

mulheres da comunidade São Benedito já passaram por esta escola e conduziram suas

vidas de forma digna e responsável, respaldados pelo conhecimento e pelos valores tão

bem trabalhados por seus professores.

Quanto a isso, é possível perceber o reconhecimento da comunidade, quando

alunos se negam a transferir-se da escola, mesmo quando suas famílias se mudam para

outros bairros, tendo assim que se deslocarem por longas distâncias através de

transporte coletivo, mesmo dispondo de outra escola próxima à sua casa. Além disso,

nos últimos anos, muitos pais e mães passam a noite na porta da escola, em busca de

vaga para seus filhos no período de matrículas escolares por reconhecerem o bom

trabalho dos seus profissionais.

Os bons índices alcançados pelos alunos desta escola nas provas institucionais

nos últimos anos, Prova Brasil, Provinha Brasl, Olimpíada de Matemática e Língua

Portuguesa, Avaliação Institucional (realizada pela SME) também servem para selar a

qualidade do trabalho desenvolvido nesta unidade de ensino.

Diante disso, a Comunidade Escolar Rita Caldas entende que, mesmo com tantas

dificuldades, angústias e conflitos, ainda assim conseguiu avançar sobremaneira nesses

três aspectos:

Gestão;

Quadro de profissionais;

Comprometimento.

Vale destacar que quando a escola funciona bem e desenvolve um trabalho sério,

comprometido e responsável, a comunidade torna-se confiante e passa a participar mais

da vida escolar de seus filhos. É presente e participativa, o que contribui sensivelmente

para o processo pedagógico.

Diante disso cabe fazer aqui uma análise crítica quanto às políticas pedagógicas

que enaltecem algumas concepções de ensino, em detrimento do trabalho realizado in

loco. Ignora as ações desenvolvidas e bem sucedidas ao longo dos anos por

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

22

profissionais responsáveis, quando se apresenta de forma autoritária, longe dos

princípios da gestão democrática.

Quando optou-se pela seriação, já era sabido dos rótulos que caberiam à escola,

porém isso não foi o suficiente para impedir ou sufocar os ideais de educação ora

traçados pelos profissionais da escola Rita Caldas. O senso crítico sempre foi o ponto

forte do grupo que se recusou a adotar algo em que não crê. É ingênuo acreditar que o

sistema seriado é o causador do fracasso escolar, assim como que as novas concepções,

sejam a solução para todos os problemas.

A escola deve em seu conjunto ser analisada, e talvez assim, diante de mudanças

estruturais possa tratar o que entendemos por fracasso escolar: não só altas taxas de

evasão e repetência, mas a falta de cumprimento dessa instituição com a sua função

social. Ou seja, formar pessoas bem informadas, críticas, criativas e capazes de avaliar

sua condição socioeconômica, dimensionar sua participação histórica e atuar

decisivamente na sociedade e na economia. E isso só é possível quando se cumpri o

dever de ensinar os conteúdos curriculares, a começar por ler e escrever.

Entendendo o ato de ler e escrever como a função primeira da escola, o currículo

da escola Rita Caldas foi definido de forma a consolidar esses requisitos já nas séries

iniciais. No livro Escola e Cidadania, o sociólogo suíço Philippe Perrenoud, provoca:

“De que serve aprender princípios cívicos ou detalhes da organização do Estado quando

não se consegue ler o texto de uma lei?”. Para o educador, a formação da cidadania

passa pela “construção de meios intelectuais, de saberes e de competências que são

fontes de autonomia, de capacidade de se expressar, de negociar, de mudar o mundo”.

Partindo desse mesmo raciocínio a escola Rita Caldas estruturou sua proposta

curricular para atender o ensino fundamental seriado (1º ao 9º ano).

A participação das crianças e suas famílias é expressiva nas festividades como a

Festa Junina, a Festa da Primavera, a Homenagem ás Mães, Homenagem aos Pais,

Cerimônia de Formatura, bem como nos demais eventos onde a família é convidada a

participar com seus filhos, o que permite uma efetiva integração à escola.

A escola assina seu compromisso com a Resolução CNE/CEB nº 4/2009, que

institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na

Educação Básica, no art. 5º, o AEE – Atendimento Educacional Especializado – será

realizado prioritariamente na sala de recursos funcionais de nossa escola, no turno

inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns. A Educação

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

23

Especial fundamenta-se na Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da

Educação Inclusiva, que orienta a implantação de Salas Multifuncionais para atender

aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação.

A escola, pautando-se nas diretrizes das políticas nacionais e na proposta

pedagógica da Secretaria Municipal de Cuiabá desenvolve de modo articulado como as

etapas e modalidades da Educação Básica, Educação Infantil, Educação Especial,

ensino fundamental.

Por meio de Projeto Pedagógico, confirma-se a institucionalização, já em

- Matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola;

- Cronograma de atendimento dos alunos;

- Plano do AEE: identificação das necessidades especiais educacionais

específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem

desenvolvidas;

- Professores/as para o exercício da docência do AEE;

- Requisição de profissionais da educação de apoio: tradutores e intérprete de

Língua Brasileira de Sinais, guia e outros que atuem nas atividades de alimentação,

higiene e locomoção;

- Interpretação às redes de apoio no âmbito de atuação profissional, da formação,

do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, que

maximizem o AEE.

7 - Perfil da clientela

Os pais dos alunos moram em bairros próximos a escola Rita Caldas. Muitos são

empreendedores, apesar de sua condição social não atender a todas as suas necessidades.

Possuem vida social ativa e participam das festividades, bem como das reuniões

promovidas pela escola.

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24

Diante da intensa carga de trabalho, muitos pais ultrapassam o horário

estabelecido e por este motivo se atrasam para buscar seus filhos que dependem dos

mesmos para irem embora. Dessa forma a escola assume maior responsabilidade porque

tem que disponibilizar um funcionário após o horário de funcionamento para cuidar das

crianças enquanto seus pais não chegam para buscá-las.

8 O ENSINO FUNDAMENTAL (1º ao 9º ANO)

8.1. Objetivos do Ensino Fundamental

Objetivo geral

Proporcionar ao educando a formação básica, dando-lhe oportunidade de

desenvolver-se como pessoa livre e solidária, capacitada a interagir com o

meio social e físico em que vive e dotado de conhecimentos, habilidades,

valores e atitudes que contribuam para o desenvolvimento de condições que

resultem na melhoria de vida tanto individual quanto social.

Objetivos específicos

Desenvolver as atitudes que favoreçam o relacionamento com os seus

semelhantes em que se valorize a liberdade pessoal, o respeito ao outro e

solidariedade na construção do bem comum.

Aquisição de conhecimentos que permitam a compreensão do meio e da

cultura em que vivem.

Desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.

Fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de

tolerância recíproca.

Desenvolvimento de habilidades e/ou atitudes que favoreçam a integração na

sociedade como cidadão consciente e agente transformador.

Em conformidade com as estratégias previstas na LDB, esta unidade de

ensino tem como meta prioritária o desenvolvimento global dos alunos.

Diante da oportunidade oferecida pela Lei 9394/96, onde cada escola pode

organizar seu sistema de ensino de modo que atenda às necessidades e possibilidades,

organizamos uma Proposta Pedagógica que tem como seu maior objetivo a formação do

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

25

"Homem para o futuro" exercendo em sua plenitude o direito à cidadania e explorando

as suas potencialidades.

8.2. Propostas pedagógicas separadas por ano (1º ao 5º)

I) 1º Ano

Nessa fase da criança entende-se como sendo fundamental, proporcionar a elas o

acesso a diferentes textos, iniciando pelo nome, para uma melhor valorização de si, do

outro e do meio no qual se encontra inserido, partindo sempre de situações cotidianas,

propiciando assim, o melhor entendimento e compreensão por meio de atividades

escritas e de material concreto.

Espera-se que ao término do ano letivo o aluno identifique letras, palavras,

números e símbolos, que leia pequenos textos e produza no coletivo, através de folder,

bilhetes, convites, panfletos, dentre outros.

É fundamental que esse aluno reconheça seus pais, cidade e bairro no qual está

inserido, valorizando sempre as diferenças existentes. Nessa fase ela já consegue

resolver problemas que envolvam a adição e a subtração com unidades.

É natural que a criança tenha os primeiros contatos com a leitura em sua fase de

letramento iniciando pelo próprio nome, aumentando assim a sua autoestima.

II) 2º Ano

O desenvolvimento de capacidades cognitivas, lingüísticas e discursivas é

indispensável para que qualquer indivíduo possa ter em diferentes instâncias, uma plena

participação social como cidadão.

O ensino na área de Linguagem nas séries iniciais do ensino fundamental tem

um papel decisivo, especialmente porque é nesse momento que a maioria das crianças

inicia seu processo de apropriação da língua escrita, amplia suas capacidades de

expressão verbal, reflete sobre os usos sociais da língua e desenvolve um conjunto de

capacidades mentais mediadas pela linguagem e pela língua.

Do mesmo modo, o ensino de matemática interfere fortemente na formação de

capacidades intelectuais na estruturação do pensamento e no desenvolvimento do

raciocínio do aluno.

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

26

A plena participação do indivíduo na condição de cidadão dentro de uma

sociedade letrada acontece em função do domínio da linguagem possibilitando aos

alunos a realização de leituras críticas dos espaços, das culturas e das histórias de seu

cotidiano.

Compreende ainda a importância de intervir na realidade social, entendendo

como diferentes sociedades interagem com a natureza na construção de seu espaço, as

singularidades do lugar em que vivemos o que o diferencia e o aproxima de outros

lugares, assim, adquirimos uma consciência dos vínculos afetivos e de identidade que

estabelecemos com ele.

De forma geral pretende-se apresentar em uma linguagem simples, preocupando

com a exatidão das informações e dos conceitos empregados, conteúdos e

procedimentos que são esperados de um aluno do 2º ano para que seja capaz de atingir

os objetivos propostos na Matriz de Referência.

A avaliação será considerada desde o desenvolvimento das capacidades dos

alunos com relação à aprendizagem de conceitos, de procedimentos e de atitudes, até a

identificação de componentes comuns e diferentes em diversos ambientes, por meio de

observações diretas e indiretas.

A auto-avaliação também deverá ser parte integrante de todo o processo de

ensino-aprendizagem. Ela desenvolve a consciência crítica do aluno e ajuda a formar

um ser humano livre e responsável.

III) 3º Ano

Verificar o que os alunos conhecem acerca dos conteúdos é fundamental para

que possa planejar um trabalho e fazer com que todos avancem. Hoje é consenso que

aprender a ler é muito mais do que simplesmente aprender o valor sonoro das letras,

juntar as sílabas, palavras e frases. Aprender a ler envolve muitas habilidades que serão

aprendidas de toda a vida.

Para que os alunos avancem em sua aprendizagem é importante planejar

situações significativas de leitura, partindo do conhecimento prévio do aluno e

ampliando seu conhecimento a partir de informações novas utilizando-se textos

diversos.

É fato que diante de algumas situações o aluno enfrentará desafios de leitura que

poderá não ser capaz de realizar com autonomia. O ideal, inclusive, é que as propostas

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27

estejam sempre um pouco além do que já faz com facilidade, pois assim estará

caminhando em direção a saberes cada vez mais complexo.

IV) 4º ano

No 4º ano, o professor dará continuidade ao trabalho já realizado nas séries

anteriores de maneira a valorizar a aprendizagem já adquirida e superar as dificuldades

que eventualmente se tenham acumulado no período.

Na área de Linguagem, as práticas educativas são organizadas de maneira a

garantir progressivamente que o aluno possa compreender a leitura como instrumento

de comunicação, ação e reflexão.

Nesse processo, o professor terá o papel então de condutor, orientador e

estimulador oferecendo aos alunos um aprendizado de forma atraente, desafiador,

participativo, tendo em vista o relacionamento, a convivência, a solidariedade humana,

a formação de bons leitores.

Na prática da leitura será proporcionado ao aluno, contato e interação com

diferentes tipos de textos de tal modo que ele tenha oportunidade de perceber as funções

sociais da escrita que é ler por algum motivo ou para alguma coisa. A prática de ler ou

mesmo ouvir histórias ajuda a criança a se conscientizar das funções, formas e

convenções do texto. Em contato com a linguagem escrita, com textos que circulam

pelo seu meio, a criança vai adquirindo habilidades para analisar, refletir sobre relações

e os sentidos do texto, das palavras, como se constituem e se organizam na formação de

significados.

Na prática da escrita o aluno terá oportunidade de estar adquirindo um

instrumento social que o permitirá ter acesso aos bens sociais. A prática da leitura e da

escrita proporcionará o desenvolvimento e a inserção do indivíduo na sociedade como

cidadão, comunicando-se com os outros, pensando e agindo sobre a realidade.

Como instrumento de comunicação, a escrita é utilizada nas mais variadas

circunstâncias da vida em mensagens simples, complexas ou textos informativos. O

aluno poderá de forma sistemática começar a adquirir a habilidade de identificar e

produzir essas diferentes mensagens, pois numa sociedade como a nossa em que a

escrita tem diversas funções sociais não se usa o mesmo registro nos diferentes gêneros

textuais. Por isso para que os alunos tornem-se bons leitores e escritores devem estar em

contato com os mais variados gêneros textuais lendo, interpretando, pensando sobre

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28

conteúdos e formas, pois assim estarão sedimentados no caminho para tornarem

usuários e produtores críticos do discurso futuramente.

Na prática de interpretação os alunos terão oportunidade de observar os

elementos básicos que compõem o sentido do texto oferecido para a leitura buscando os

sentidos implícitos, a intertextualidade e a comparação com outros textos do mesmo

gênero ou mesma temática. Nestas atividades o aluno poderá aprender a ser um leitor

crítico compreendendo o valor da leitura.

Na prática da gramática a língua é estudada de maneira que permitirá ao aluno

construir o seu conhecimento gramatical a partir da observação da língua. Partindo do

uso concreto da linguagem, as atividades podem levar o aluno a entender a estrutura e as

noções gramaticais e através da construção de hipóteses sobre o sistema da língua

compreender o funcionamento da linguagem.

É importante ressaltar que a construção do conhecimento gramatical só é

significativa quando a serviço da produção de sentidos. O aluno estará em contato com

textos lendo, interpretando e produzindo. Essa prática os levará a explicitar a gramática

que fundamenta o uso das estruturas lingüísticas.

Na prática da produção de textos o aluno, a partir de leituras e discussões, terá

oportunidades de imaginar, pensar, transformar, dar sua opinião e depois escrever

diferentes tipos de textos.

Na área de Linguagem, as práticas estão interligadas umas às outras onde o

aluno lê, escreve, interpreta, produz, constrói seus conhecimentos gramaticais a partir de

textos usados pelo professor em sala de aula.

Nas Ciências Naturais e Matemática o aprendizado deverá ser propiciado de

forma significativa de acordo com o desenvolvimento cognitivo dos alunos sendo que

os temas serão retomados sempre que houver necessidade.

O conteúdo será trabalhado de forma gradual para o entendimento da

matemática como parte integrante da vida de cada um e como ciência, sendo que a

mesma deverá ser relacionada com as demais áreas do conhecimento.

O trabalho será feito através de situações concretas e significativas onde o aluno

terá oportunidade de compreender não só os conceitos, como as relações entre eles.

Ainda terão oportunidade de compreender através desse trabalho por que estudam a

matemática e a importância da mesma em sua vida.

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29

É essencial a observação do que o aluno faz, como pensa, como soluciona cada

situação e como interage com o grupo. Portanto, as atividades possibilitarão trabalho em

pequenos grupos, manuseio de objetos e materiais instrucionais, vivência de situações

que propiciem a reflexão sobre semelhanças, diferenças e regularidades, pois assim o

aluno terá condições de compreender e elaborar procedimentos e soluções diversas para

o que lhe for proposto. Durante esse processo sempre que necessário o professor

realizará uma intervenção didática que favoreça a construção do conhecimento. Essa

intervenção deve ser feita para que as próprias crianças, organizando suas idéias tenham

condições de construir conceitos, sistematizar procedimentos e estabelecer regras.

A criança será estimulada a comunicar suas descobertas por meio da linguagem

oral ou gestual, e fazer o registro por meio da linguagem escrita. O aluno terá

oportunidade de trabalhar em grupo, uma vez que favorece o relacionamento entre

alunos, assim como entre eles e o professor, além de ser um fator fundamental nas

relações de interação social.

As trocas de ponto de vista surgem quando se trabalha em grupo permitindo ao

aluno exercitar sua capacidade de discernir e desenvolver sua autonomia. O aluno terá

oportunidade ainda de desenvolver-se em trabalhos com jogos, pois além de

desenvolver o raciocínio lógico, esse recurso estimula as tomadas de decisões essenciais

para o desenvolvimento da autonomia, além de permitir aprimorar a compreensão das

regras e das normas de conduta, desenvolvendo o respeito ao outro e promovendo a

interação aluno-aluno e aluno-professor.

Em Ciências Humanas e Sociais a aprendizagem se dará no sentido de mostrar

que o conhecimento científico colabora com a compreensão que os alunos deverão

construir sobre o mundo e suas transformações, reconhecendo o ser humano como parte

do universo e como indivíduo participativo.

V) 5º Ano

A proposta da Linguagem é desenvolver na sala de aula a oportunidade de

aperfeiçoar seus conhecimentos lingüísticos. Em diferentes situações de fala, de escrita,

de expressão, de artes, as crianças passarão a conhecer e a identificar características,

normas, convenções ou modos de funcionamento da língua, indispensáveis para a

adequação do discurso oral, escrito, etc.

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30

São diversas as situações de ensino-aprendizagem a partir de variados contextos

linguísticos, de forma que o aluno passe a organizar e a construir seus próprios saberes e

a aplicá-los a outros contextos.

Nas situações propostas, o professor desempenha um papel de fundamental

importância:

Possibilitar que os alunos leiam ou escrevam do próprio jeito; observar a maneira pela

qual cada um deles resolve as questões formuladas; avaliar a adequação e a correção das

soluções encontradas; interferir e observar se o aluno lê e escreve, apresentando

modelos de leitura e de escrita; validar e valorizar os saberes construídos pelos alunos.

Desse modo, o professor passa a ser efetivamente um mediador da aprendizagem.

Já nas Ciências Naturais e Matemática, o aluno tem um papel ativo na

construção de seu conhecimento desenvolvendo potencialidades, conquistando

autonomia e desenvolvendo o espírito crítico, competências básicas necessárias a

formação da cidadania.

No seu cotidiano, a criança precisa adicionar, multiplicar, dividir, subtrair,

classificar, ordenar, etc.. Essas ações, aliadas ao ambiente escolar, criam condições

favoráveis que fazem com que os alunos sintam a necessidade de fazer matemática. É

importante propor ao aluno a construção de conceitos matemáticos por meio de

situações que estimulem sua curiosidade.

8.3. Propostas pedagógicas separadas por disciplinas (6º ao 9º Ano)

Do 6º ao 9º ano a matriz curricular é dividida por disciplinas sendo que cada

uma delas constará neste projeto com o devido registro de sua proposta para todo o

período.

I) Língua Portuguesa

O domínio da língua materna possibilita ao cidadão a plena participação social,

pois é por meio dela que o indivíduo se comunica, tem acesso à informação, expressa e

defende pontos de vistas, partilha ou constrói visões de mundo e produz conhecimento.

Desta forma, a finalidade do ensino da língua é a expansão das possibilidades do

uso das diferentes linguagens, cujas capacidades a serem desenvolvidas estão

relacionadas às quatro habilidades lingüísticas básicas que são o falar, o estudar, ler e

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31

escrever. Os conteúdos devem ser planejados e organizados a partir de dois eixos

norteadores: o uso da língua oral e escrita e a análise e reflexão sobre a língua bem

como sobre as diferentes variações linguísticas.

Tendo em vista uma sociedade como a nossa, marcada por intensa

movimentação de pessoas de diferentes culturas e diversos valores sociais convivendo

em um mesmo espaço social, necessário se faz levar ao conhecimento do aluno as

possibilidades de interação buscando adequar os recursos expressivos que a língua

oferece às diferentes situações comunicativas.

Assim, o objetivo geral da disciplina é sensibilizar o aluno de que palavras e

idéias inovadoras são capazes de transformar o mundo e que a língua é um instrumento

de comunicação, manipulação, persuasão e uma arma poderosa para, através de ações,

transformar a realidade na qual estamos inseridos de forma efetiva e concreta,

interagindo com seu semelhante por meio do uso funcional da língua.

Para tanto, apresentamos algumas ações específicas que se realizam nesse

espaço tão importante, em nossa escola.

Trabalho com o imaginário infanto-juvenil, por meio da literatura;

Ampliação do repertório vocabular;

Estabelecimento de uma ponte de apoio pedagógico ao conteúdo programático

desenvolvido em sala de aula;

Contato com situações de enriquecimentos cultural por meio de atividades de leitura e

pesquisa;

Desenvolvimento de postura adequada e de respeito aos materiais comuns;

Orientação aos alunos e professores para pesquisa, seleção e utilização de informações

disponíveis na internet.

A fim de atender ao programa escolar, as ações na Língua Portuguesa são

planejadas para criar um ambiente motivador de leitura, informação e auto expressão.

Em vista disso, a metodologia da equipe de trabalho da escola segue um esquema que

privilegia a boa utilização de todos os recursos disponíveis (material impresso e

digitalizado – livros, revistas, vídeos, softwares, data show, multimídia e internet), a

orientação dos professores aos alunos na localização do que procuram, assim como nas

regras de utilização desses materiais , estratégias de busca de informação nos softwares

e na internet, seleção de conteúdos, armazenamento em disco e impressão de material

relevante.

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32

Todo esse suporte dado aos alunos é fundamental na busca da autonomia de

estudante. No mundo atual, com a quantidade de informações disponíveis, mais do que

apresentar alguma delas, a escola deve ensinar a selecioná-las, lê-las, hierarquizá-las,

saber citá-las e reapresentá-las em forma de textos de autoria, entre outras ações e

procedimentos ligados ao aprender a aprender. Nesse sentido, é também um conteúdo

curricular da Escola Municipal de Ensino Básico Rita Caldas Castrillon, desde o 6º ano

ao 9º ano, sensibiliza o aluno de que palavras e ideias inovadoras são capazes de

transformar o mundo e que a língua é um instrumento de comunicação, manipulação

persuasão e uma arma poderosa para através de ações, transformarem a realidade na

qual estamos inseridos de forma efetiva e concreta interagindo com seu semelhante

por meio do uso da língua.

II) Matemática

A matemática moderna nasceu como um movimento educacional inscrito numa

política de modernização econômica e foi posta na linha de frente do ensino por se

considerar que juntamente com a área de ciências ela constituía uma veia de acesso

privilegiada para o pensamento científico e tecnológico. Para tanto se procurou

aprimorar a matemática desenvolvida na escola, da matemática como é vista pelos

estudiosos e pesquisadores.

Para dimensionar a matemática no currículo do ensino fundamental é importante

que se discuta sobre a natureza desse conhecimento e que se identifiquem suas

características principais e seus métodos particulares como base para a reflexão sobre o

papel que essa área desempenha no currículo, a fim de contribuir para a formação da

cidadania.

Situação-problema é o ponto de partida da atividade matemática e não a

definição. No processo de ensino e aprendizagem, conceitos, idéias e métodos

matemáticos devem ser abordados mediante a exploração de problemas, ou seja, de

situações em que os alunos precisem desenvolver algum tipo de estratégias para resolvê-

las, a resolução de problemas não é uma atividade para ser desenvolvida em paralelo ou

como aplicação da aprendizagem, mas orientação para a aprendizagem, pois

proporciona o contexto em que se podem aprender conceitos, procedimentos e atitudes

matemáticas.

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33

Conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para

que o professor construa sua prática. Dentre elas, destacam-se a história da matemática,

as tecnologias da comunicação e os jogos como recursos que podem fornecer os

contextos dos problemas, como também os instrumentos para a construção das

estratégias de resolução.

III) Geografia

O conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia é espaço geográfico,

entendido como espaço produzido (LEVEBVRE, 1974) e apropriado pela sociedade,

composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais,

políticas e econômicas) inter-relacionados (SANTOS, 1996).

De acordo com a concepção de espaço geográfico, torna-se necessário um

referencial teórico (conceitos geográficos) para se compreender as escolhas das

localizações e as relações políticas, sociais, culturais econômicas que as orientam.

Embora o espaço geográfico deva ser o objeto central de estudo, as categorias

paisagem, região, lugar, território, natureza e sociedade, devem ser sempre abordadas,

pois são conteúdos fundamentais da Geografia, ciência que tem a possibilidade

exclusiva de interpretar os fenômenos que ocorrem nessas categorias de espaço.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais apontam para a necessidade de a

Geografia pautar-se em explicações plurais que dialoguem com outras áreas do

conhecimento, trabalhando “tanto as relações socioculturais da paisagem como

elementos físicos e biológicos que dela fazem parte”, e as interações entre eles

estabelecidas.

E, para cumprir o que preconizam os fundamentos teórico-metodológicos da

Geografia quanto aos objetivos do seu ensino, além da seleção e organização de

conteúdos significativos e socialmente relevantes, como defende Cavalcanti (1998, p.

25), “a leitura do mundo do ponto de vista de sua espacialidade demanda a apropriação

(...) de um conjunto de instrumentos conceituais de interpretação e de questionamento

da realidade socioespacial”.

Portanto, a proposta da disciplina é possibilitar aos alunos uma compreensão

mais ampla da realidade, podendo nela interferir de maneira mais consciente e

propositiva. Dessa forma, é preciso que estejam instrumentalizados de conhecimentos,

domínio de categorias, conceitos e procedimentos básicos de modo não apenas

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34

compreender as relações socioculturais e o funcionamento da natureza às quais

historicamente pertence, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de

pensar sobre a realidade: o conhecimento geográfico.

Nessa perspectiva, tendo como meta a formação de um aluno consciente das

relações sócio-espaciais de seu tempo, define-se como diretrizes o quadro conceitual das

teorias críticas da Geografia, que incorporam, em suas construções conceituais, os

conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais e políticas que constituem o

espaço geográfico.

A partir dos anos 80 (no Brasil) com o movimento da Geografia crítica, o

conceito de paisagem foi aos poucos se alterando. O aspecto empírico da geografia

tradicional foi mantido entendendo a paisagem com “o domínio visível, aquilo que a

vista abarca. Não é formada apenas de volume, mas também de cores, movimentos,

dores, sons, etc” (SANTOS, 1988).

O conceito de região deve ser tratado a partir de determinações políticas e

econômicas que formam e definem a longevidade das regiões. Essa análise rompe com a

abordagem tradicional que apresenta aos alunos uma divisão regional cristalizada

muitas vezes ultrapassada, que não corresponde à dinâmica atual da constante (re)

organização dos espaços regionais. Os conceitos tradicionais serão propostos, porém

numa visão crítico-analítica, permitindo ao aluno uma compreensão maior dessas

transformações conceituais.

O lugar é o espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade

permanecem presentes. Ele revela especificidades, subjetividades, racionalidades

próprias do espaço local. Além disso, atualmente, as empresas negociam diretamente

com os lugares onde querem se instalar ou de onde vão se retirar, influenciando a

organização sócio-espacial.

Essa relação local-global traz, em suas contradições próprias, a possibilidade

tanto dos lugares tornarem-se reféns dos interesses hegemônicos, quanto de se

contraporem a eles, organizando-se e fortalecendo a idéia de política (relações de

poder).

Território é um conceito ligado à idéia de espaço e poder. É no território que

ocorre a normalização das ações, tanto globais, tanto locais. Enquanto a razão global

tenta criar um governo global (O FMI, o Banco Mundial), para intervir nos espaços

locais em benefício das grandes empresas, é no lugar e no território que os instrumentos

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

35

de regulação são constituídos. No território, portanto, seja ele nacional, regional, ou

local, é que acontecerá a relação dialética de associação e confronto entre o lugar e o

mundo (SANTOS, 1996).

Cabe à Geografia dos tempos atuais, abordar as relações de poder que

constituem territórios nas mais variadas escalas, desde as que delimitam os micro

espaços urbanos, como os territórios do tráfico, da prostituição ou da segregação sócio-

econômica, até os internacionais e globais.

É importante também destacar o conceito de natureza. É entendida como um

conjunto de elementos naturais que possui em sua origem uma dinâmica própria que

independe da ação humana, mas que, na atual fase histórica do capitalismo acaba sendo

apenas a idéia de recursos (MENDONÇA, 2002).

A escolha de lugares para instalação de empresas e centros produtivos, hoje, se

deve mais às condições técnicas e sociais do que à presença de recursos naturais. A

natureza, no atual período histórico, vem perdendo a importância que tinha nos

momentos iniciais do capitalismo em que os recursos naturais eram os grandes atrativos

dos interesses locacionais do capital (SANTOS, 1996).

A Geografia sempre deu importância também ao conceito de sociedade, e na sua

versão mais atualizada procura entendê-la em seus aspectos sociais, econômicos,

culturais e políticos e nas relações que estabelece com a natureza para a produção do

espaço geográfico. A sociedade é entendida como aquela que produz um intercâmbio

com a natureza, transformando-a em função de seus interesses econômicos e ao mesmo

tempo sendo influenciada por ela, criando desta forma, seus espaços de acordo com as

relação políticas e as manifestações culturais.

Cabe destacar a afirmação de Santos (1996, p. 271) de que “Não existe um

espaço global, mas apenas, espaços da globalização”. As ações globais são

desterritorializadas, mas o território faz a mediação entre o global e o local. E no

território está a “materialidade, esse componente imprescindível do espaço geográfico,

que é, ao mesmo tempo, uma condição para a ação; uma estrutura de controle, um limite

à ação; um convite à ação”.

Cabe lembrar que não existe neutralidade na elaboração de uma proposta

curricular uma vez que sua construção envolve elementos selecionados de saberes,

métodos e estratégias que norteiam os agentes, seus pensamentos, ações e reflexões.

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36

O ensino da Geografia deve subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente,

buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo (CALLAI, 2001),

cabendo assim, a esta ciência a função de preparar o aluno para uma leitura crítica da

produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem

passividade aos indivíduos.

A linha teórico-metodológica ora escolhida, a Geografia Crítica, possibilita o

ensino da Geografia com base na análise e na crítica das relações sócio-espaciais, nas

diversas escalas geográficas, do local ao global, retornando ao local. Busca também

compreender a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em

suas múltiplas relações; compreender o papel da sociedade na produção do espaço

geográfico; identificar e avaliar as ações humanas em sociedade e suas conseqüências

em diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem uma

participação propositiva e reativa nas questões ambientais.

A geografia é, portanto, uma ferramenta poderosa de desvendamento do mundo.

Compreender o impacto das novas tecnologias nos processos produtivos, se posicionar

frente a degradação do patrimônio ambiental e ao aprofundamento da exclusão social,

saber analisar o complexo jogo político que constrói e redefine territórios e nações,

entre outros tantos exemplos, são desafios fundamentais para as novas gerações.

Esta concepção é coerente com os conteúdos a serem trabalhados nos quatro

últimos anos do ensino fundamental.

IV) História

O ensino da História para o ensino fundamental enfoca os estudos comparativos

para a percepção das semelhanças e das diferenças, das permanências e das

transformações das vivências humanas no tempo, em um mesmo espaço, acrescentando

as caracterizações e distinções entre coletividade diferentes, pertencentes a outros

espaços.

Esta proposta baseia-se na idéia de que os conhecimentos históricos tornam-se

significativos para os alunos, como o saber escolar e o social, quando contribuem para

que eles reflitam sobre as vivências e as produções humanas, materializadas no seu

espaço de convívio direto, e nas organizações das sociedades de tempos e espaços

diferentes.

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

37

Nesse sentido, propõe-se para o ensino da História, conteúdos e situações de

aprendizagem que possibilitem aos alunos refletirem criticamente sobre as convivências

e a eras humanas, conheçam e debatam as contradições, os conflitos, as mudanças, as

permanências, as diferenças e as semelhanças existentes no interior das coletividades e

entre elas, de uma multiplicidade de acontecimentos (econômicas, sociais, políticas,

culturais, científicas, filosóficas) e de uma multiplicidade de legados históricos que

ficaram registrados por meio de escritos, desenhos, memórias, fotografias, fragmentos

de utensílios, estilos arquitetônicos e documentos diversos que são fundamentais como

fontes de informações a serem interpretadas, analisadas e comparadas.

A intenção é que os alunos não aceitem só as informações expostas, ou seja, que

construam atitudes questionadoras, que aprendam a comparar e a confrontar com

pesquisas, leitura de textos e documentos históricos, para a ampliação do repertório

cultural e histórico, que possam compreender as relações entre os homens, as suas

ações, as suas produções e as conseqüências delas para o crescimento humano.

V) Ciências naturais

As Ciências Naturais é uma das áreas em que se pode reconstruir a relação ser

humano-natureza, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência social e

planetária. O aluno deve poder ainda perceber a vida humana seu próprio corpo, como

um todo dinâmico,que interage com o meio em sentido amplo pois tanto a herança

biológica quanto às condições culturais, sociais e afetivas refletem-se no corpo.

É também essencial considerar o desenvolvimento cognitivos dos estudantes,

relacionando suas experiências , sua idade , sua identidade cultural e social , e os

diferentes significados e valores que as ciências naturais podem ter para eles, para que a

aprendizagem seja significativa.

O interesse e a curiosidade dos estudantes pelos meios de comunicação

favorecem o envolvimento e o clima de interação que precisa haver para o sucesso das

atividades. Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para a

coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e

informações.

Valorizar o trabalho em grupo,sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a

construção coletiva do conhecimento.

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VI) Língua Inglesa

Na concepção vygotskiana, o desenvolvimento humano ocorre por meio de uma

interação dialética entre o indivíduo e o meio, mundo físico e social, e suas dimensões

cultural e interpessoal, do qual faz parte desde o seu nascimento. "Nesse processo, o

indivíduo, ao mesmo tempo que internaliza as formas culturais, as transforma e

intervém em seu meio. É, portanto, na relação dialética com o mundo que o sujeito se

constitui e se liberta". Partindo dessa premissa e transportando-a para a educação, Moita

Lopes (2003) afirma que:

"Se a educação quer fazer pensar ou talvez pensar para transformar o

mundo de modo a se poder agir politicamente, é crucial que todo

professor e, na verdade todo cidadão entenda o mundo em que vive e, portanto, os processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e

culturais que estamos vivenciando. Não se pode transformar o que não

se entende. Sem a compreensão do que se vive, não há vida política".

Assim, embasada na abordagem sócio-interacionista de Vygotsky, o ensino-

aprendizagem de língua inglesa nas escolas públicas deve corroborar com esse

princípio. É imperativo que se estabeleça uma pedagogia mais realista, com objetivos

claros e possíveis de serem atingidos que, na opinião de Celani (1997), devem estar

atrelados à função social da língua estrangeira em relação aos alunos em questão, ou

seja, ao papel dessa língua estrangeira na construção da cidadania e como parte

integrante da formação global do indivíduo.

A educação contemporânea deve estar voltada para a formação de cidadãos

capazes de participar na construção de uma sociedade melhor, conscientes de seus

direitos e deveres e preparados para acompanhar as transformações do mercado de

trabalho e do mundo.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para a educação básica no Brasil surgiram

como uma provável resposta aos anseios do governo e da sociedade para uma educação

de melhor qualidade em nosso país. A palavra "parâmetro" já sinaliza que as sugestões

ali contidas levam em consideração variáveis diversas, muitas vezes difíceis de serem

transpostas. O documento vislumbra melhorias nas formas de ensinar de várias matérias

da grade curricular obrigatória, ao mesmo tempo em que pretende dar subsídios

suficientes a professores, educadores, e a todos aqueles envolvidos nas áreas de

educação para que possam promover uma revisão ampla em todo o processo de ensino-

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

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aprendizagem, buscando a satisfação de quem ensina e de quem aprende através de uma

melhor integração com o mundo pelo estudo.

A partir da elaboração dos PCN-LE e sugestões para o estudo de línguas

estrangeiras modernas nas escolas, o governo federal tenta preencher, de certa forma, o

desejo da sociedade em dar uma educação melhor aos seus filhos e a ela mesma, pois

até então somente os cursos livres de línguas se ocupavam da tarefa de ensinar de modo

mais competente aqueles que suas dependências buscavam:

"A sociedade brasileira reconhece um valor educacional formativo na

experiência de aprender outras línguas na escola. Reconhece esse bem cultural ao

garantir de alguma forma a presença da disciplina Língua Estrangeira no currículo e

mesmo quando duvida da eficácia do ensino escolar e leva seus filhos e a si mesma para

aprender línguas em escolas e institutos particulares de idiomas. O poder dos

governantes e administradores, por outro lado, tem expressado mal nos meandros de

suas decisões e atos, o valor de uma bem sucedida vivência educacional em outras

línguas".

"No âmbito da LDB, as Línguas Estrangeiras Modernas recuperam, de alguma

forma, a importância que durante muito tempo lhes foi negada. Consideradas, muitas

vezes e de maneira injustificada, como disciplina pouco relevante, elas adquirem, agora,

a configuração de disciplina tão importante como qualquer outra do currículo, do ponto

de vista da formação do indivíduo.

Assim, integradas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, as Línguas

Estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel do conjunto de

conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e,

conseqüentemente, propiciam sua integração num mundo globalizado".

O ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras nunca foi tratado com muito

respeito em nosso país, pelo menos no papel. Os PCN-LE surgem numa época em que o

mundo se comunica com a velocidade da internet e do telefone celular, e onde o acesso

aos mais diversos meios de comunicação se democratiza e faz com que pessoas das

mais diversas regiões de nosso país, e das mais variadas camadas sociais, procurem se

inteirar do que acontece ao redor.

Na definição dos objetivos deve-se levar em conta o aluno, o sistema

educacional e a função social da língua estrangeira em questão. Nos PCNs do ensino

fundamental os objetivos foram explicitados considerando-se o desenvolvimento de

EMEB PROFESSORA RITA CALDAS CASTRILLON Projeto Político Pedagógico

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capacidades em função das necessidades sociais, intelectuais, profissionais e interesses e

desejos dos alunos. Eles são decorrentes não apenas do papel formativo da língua

estrangeira no currículo, mas principalmente de uma reflexão sobre a função social da

língua estrangeira no país e sobre as limitações supostas sobre as condições de

aprendizagem.

Assim ao longo dos cinco últimos anos do ensino fundamental, espera-se com o

ensino de língua Inglesa que o aluno seja capaz de:

Identificar no universo que o cerca as línguas estrangeiras (aqui entenda-se o

Inglês) que cooperam nos sistemas de comunicação, percebendo-se como

parte integrante de um mundo plurilíngue.

Vivenciar uma experiência de comunicação humana, refletindo no seu dia a

dia, nos costumes e maneira de agir e interagir.

Reconhecer que o acesso desta língua ou mais línguas lhe possibilita acesso

a bem culturais da humanidade.

Construir conhecimento sistêmico sobre a organização textual e sobre como

e quando utilizar a linguagem, nas situações de comunicação, tendo como

base os conhecimentos da língua materna.

Construir consciência e consciência crítica dos usos que se fazem da língua

estrangeira que está aprendendo.

Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em

situações diversas.

Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a

como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados.

Ao proporcionar a reflexão sobre a realidade política, econômica, e social de

outros países, a aula de língua estrangeira pode ampliar o conhecimento de mundo do

aluno, não só no que diz respeito à informação, mais também a sua formação como

cidadão.

VII) Literatura

A descoberta do valor do livro acontece por meio do contato com bons textos

literários. Daí a importância crescente que educadores e teóricos têm dado à literatura

no Ensino Fundamental. “Bons autores formam bons leitores”.

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Entre alfabetizar-se e tornar-se leitor há uma distância, que pode ser percebida

pelo modo como o indivíduo relaciona-se com o livro. Tornar-se leitor é descobrir as

possibilidades de prazer, desenvolvimento e libertação escondidas entre as páginas

desse objeto que ganha vida justamente quando o lemos e, a partir de nossa visão de

mundo, dialogamos com ele.

É importante que o professor reflita sobre o tipo de leitor que deseja formar, e, a

partir dessa reflexão, elaborar um planejamento para alcançar seus objetivos. Estipular

metas é fundamental.

É possível formar leitores críticos, capazes de compreender o seu tempo,

interpretar o mundo à sua volta e transformá-lo. A leitura é um caminho para a

formação de cidadãos que sejam sujeitos da própria história, e não apenas repetidores de

padrões e fórmulas. Nesse sentido, a literatura infantil e juvenil brasileira conta com

autores respeitados mundialmente, por sua capacidade de entreter e, ao mesmo tempo,

fazer pensar.

Ao iniciar o trabalho com uma nova turma, é importante sondar em que nível de

leitura os alunos estão. Ler para eles ou promover uma leitura em grupo, pedindo que a

turma comente sobre o que entendeu ou não, possibilita avaliar se os alunos ainda estão

no nível denotativo, concreto, de leitura, ou se já compreendem metáforas e significados

subjacentes ao texto, ou seja, se já alcançaram o nível conotativo de compreensão.

A leitura realizada ou conduzida pelo professor na sala de aula, sempre seguida

de um bom bate-papo com a turma a respeito do que foi lido, funciona também como

incentivo, uma primeira experiência que deve deixar um gostinho de quero mais. Não se

trata, portanto, de procedimento burocrático, mas de o professor passar aos alunos a

própria paixão e entusiasmo com os livros.

Trabalhar textos de diferentes autores sobre um mesmo tema é uma maneira

interessante de desenvolver nos alunos uma visão crítica. Depois de travar

conhecimento com diversos pontos de vista e modos de tratar uma questão, e de debater

sobre eles com a turma, a criança reunirá mais condições de dar a própria opinião e

produzir os próprios textos sobre o assunto.

É preciso dar espaço para que as crianças comentem os livros que leram e

exponham suas dúvidas, digam por que gostaram ou não, como se sentiram, o que

aprenderam. Para isso, o livro proposto deve ser lido não só pelos alunos como pelo

professor. É importante que o professor conheça e valorize o acervo da escola.

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É verdade também que, muitas vezes, é difícil vencer a resistência do aluno em

se expressar. Nesse caso, trabalhar a auto-estima da criança pode fazer toda a diferença.

Pedir que os alunos leiam suas redações em voz alta, procurando sempre desmitificar o

erro é um caminho.

Outra dinâmica interessante para incentivar a expressão do aluno é pedir que ele

se coloque no papel de um vendedor que quer convencer os colegas a comprarem o

livro que ele leu. À medida que as crianças vão se soltando, a circulação dos livros

também vai aumentando, pois os comentários dos colegas acendem a curiosidade dos

outros pelas obras que eles mais gostaram ou não.

Vale mencionar que a escola Rita Caldas não possui uma biblioteca ou um

ambiente reservado para leitura, fato este que desfavorece sobremaneira os trabalhos

pedagógicos desenvolvidos com os alunos.

VIII) Educação Física

A Educação Física deve assumir a responsabilidade de formar um cidadão capaz

de posicionar-se criticamente diante das novas formas da cultura corporal de

movimento.

A Educação Física deve ainda, enquanto componente curricular da Educação

básica, assumir então uma outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal

de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,

instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança,

das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. “A

integração que possibilitará o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser plena

– é afetiva, social, cognitiva e motora. Vale dizer, é a integração de sua personalidade”

(Betti).

É tarefa da Educação Física é preparar o aluno para ser um praticante lúcido e

ativo, que incorpore o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida,

para deles tirar o melhor proveito possível. Tal ato implica também compreender a

organização institucional da cultura corporal em nossa sociedade; é preciso prepará-lo

para ser um consumidor do esporte-espetáculo, para o que deve possuir uma visão

crítica do sistema esportivo profissional.

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43

A Educação Física também propicia, como os outros componentes curriculares,

um certo tipo de conhecimento aos alunos. Mas não é um conhecimento que se possa

incorporar dissociado de uma vivência concreta.

A Educação Física deve, progressiva e cuidadosamente, conduzir o aluno a uma

reflexão crítica que o leve à autonomia no usufruto da cultura corporal de movimento.

IX) Ensino Religioso

Tudo que se refere ao Ensino Religioso, para ser significativo, deve partir da

experiência e levar a uma nova experiência. Assim, pode ser interessante partir de

pequenos fatos do dia-a-dia que possibilitem a reflexão sobre a nossa conduta e instigar

uma reflexão ética e suas implicações.

Esclarecer que a religião se faz presente em todas as culturas desde os

primórdios da humanidade, como manifestação da busca do ser humano pelas respostas

as perguntas sobre o sentido da vida. A religiosidade é uma dimensão do ser humano,

busca o sentido último de sua existência que muitos reconhecem como Deus, e da fé

que consiste sua adesão pessoal a Deus, como aquele que dá sentido a vida e ilumina os

valores e possibilita a abertura e o acolhimento das múltiplas manifestações da vida,

percebendo a relação humano-divina, mantendo a comunhão e o respeito às diferenças,

sentindo-se responsável pela construção de uma cultura de justiça, participação e

solidariedade.

X) Artes

No ensino formal, o lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais, em

1997 e 98, contribuiu para divulgar a proposta contemporânea.

O momento é de pesquisa e experimentação intensas. Dentro da diversidade de

propostas que estão sendo elaboradas, é importante destacar três pontos comuns.

Um ponto que distingue as propostas contemporâneas de ensino da arte das

concepções anteriores é um compromisso maior com a cultura e a história. Várias

disciplinas contribuíram para este desenvolvimento tais como as ciências humanas e

sociais, a educação, e o próprio campo da arte. Até recentemente, somente a arte erudita

era tida como fonte de prazer estético. O reconhecimento do caráter ideológico dos

padrões usados para definir qualidade estética acelerou o fenômeno do

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multiculturalismo, que defende a valorização e o intercâmbio entre diferentes grupos

culturais.

Um segundo ponto comum das novas propostas de educação através da arte é a

preocupação com o desenvolvimento da capacidade de apreciação de obras de arte.

Uma experiência plena com arte envolve uma série de atitudes e conhecimentos que

precisam ser cultivados. Abertura e flexibilidade para lidar com o desconhecido,

sensibilidade aguçada, domínio das linguagens artísticas, conhecimento de história, um

repertório de experiências artísticas, e o exercício contínuo da reflexão tornam a pessoa

mais apta para a fruição da arte.

Um terceiro aspecto presente nas propostas atuais é a ampliação do conceito de

criatividade. O aprofundamento do conhecimento sobre o processo criativo em arte está

substituindo uma visão ingênua e emocional sobre o fazer artístico. Paralelamente, a

originalidade deixou de ser a grande meta da arte, que colocou a reapropriação, a

reciclagem e a colagem na ordem do dia.

Os três pontos levantados acima representam novos paradigmas para o ensino da

arte. A visão da arte em uma perspectiva cultural, a valorização da bagagem cultural do

educando, a ênfase no respeito e no interesse por diferentes culturas, a proposta de

desenvolver a capacidade de leitura crítica e atenta de obras de arte e do mundo no qual

estão inseridas, a ampliação do conceito de criatividade, todos estes fatores significam

uma incrível ampliação do poder da arte de transformar potenciais em competências.

É fator de extrema importância também, equipar a escola com sala ambiente

para desenvolver as aulas de Arte, bem como criar espaço físico para a realização de

projetos. Há também a necessidade de realizar visitas a museus, galerias, ateliês, ensaios

de grupos de dança, peças teatrais, concertos e bandas musicais, apresentação de corais,

espetáculos e outros, no intuito de proporcionar vivências significativas no ensino de

arte.

Diante disso entende-se como os principais objetivos do ensino de arte:

Reconhecer a arte como área de conhecimento autêntico e autônomo,

respeitando o contexto sócio-cultural em que está inserida.

Apreciar a arte nas suas diversas formas de manifestação, considerando-a

elemento fundamental da estrutura da sociedade.

Compreender a arte no processo histórico, como fundamento da memória

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cultural, importante na formação do cidadão, agente integrante e

participativo nesses processos.

Proporcionar vivências significativas em arte, para que o aluno possa realizar

produções individuais e coletivas.

Conhecer e saber utilizar os diferentes procedimentos de arte, desenvolvendo

uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal, relacionando

a própria produção com a de outros.

Respeitar as diversas manifestações artísticas em suas múltiplas funções,

identificando, relacionando e compreendendo a arte como fato histórico

contextualizado nas diversas culturas.

Conhecer, respeitar e poder observar as produções presentes no entorno,

assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural,

identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos de

diferentes grupos culturais.

Conhecer a área de abrangência profissional da arte, considerando as

diferentes áreas de atuação e características de trabalho inerentes a cada uma.

No Ensino Fundamental, de acordo com os PCNs, o ensino de Arte deve

organizar-se de modo que os alunos sejam capazes de:

Experimentar e explorar as possibilidades de cada expressão artística;

Compreender e utilizar a arte como expressão, mantendo uma atitude de

busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a

emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir

produções artísticas;

Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos

diversos em arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), de modo que os

utilize nos trabalhos pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e

contextualize-os culturalmente;

Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e

conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas,

sabendo receber e elaborar críticas;

Identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico

contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo

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observar as produções presentes no entorno, assim como as demais do

patrimônio cultural e do universo natural, identificando a existência de

diferenças nos padrões artísticos e estéticos de diferentes grupos culturais;

Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,

indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a

sensibilidade, argumentando e apreciando arte de modo sensível;

Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, do trabalho

e da produção dos artistas;

Identificar, investigar e organizar informações sobre a arte, reconhecendo e

compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas

presentes na história das diferentes culturas e etnias;

Pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em contato com artistas,

obras de arte, fontes de comunicação e informação.

Assim sendo, no primeiro segmento do ensino fundamental, os alunos devem ter

se apropriado de questões básicas relativas ao conhecimento da arte. Já nos últimos

anos, poderão dominar com mais propriedade a expressão artística, realizando seus

trabalhos com mais autonomia e reconhecendo com mais clareza que existe

contextualização histórico-social e marca pessoal nos trabalhos artísticos. As

experiências de aprendizagem devem relacionar os conhecimentos já construídos com

as proposições estéticas pessoais e/ou coletivas.

O reconhecimento do conjunto de valores e da capacidade artística de indivíduos

e de grupos, incluídos o próprio aluno e seu grupo, leva à valorização e o respeito à

diversidade. Os conteúdos a serem trabalhados nos três eixos – o fazer, o apreciar e o

contextualizar - podem levar ao conhecimento da própria cultura, impulsionar a

descoberta da cultura do outro e relativizar as normas e valores da cultura de cada um.

9. OS PROJETOS EDUCACIONAIS

9.1. Olimpíadas

As ações pedagógicas são pautadas por dois aspectos imprescindíveis: o

interesse e o nível cognitivo característicos da infância, pré-adolescência e adolescência.

Considera-se a socialização e a cooperação fundamentais para os saberes. Ao unir esses

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aspectos, elege-se os jogos como forma eficiente e eficaz no desenvolvimento das

ações, e realiza atividades recreativas, culturais e jogos esportivos, integrando os alunos

da escola.

Considerando a afirmação de Negrini (2000) de que o jogo como importante

atividade da vida humana, possui um grande valor heurístico, ou seja, processo de

encaminhar o aluno a descobrir por si mesmo, a verdade, percebemos que valorizá-lo no

processo de desenvolvimento, contribui para uma compreensão da dimensão do

comportamento humano, e se busque diversas formas de intervenção como estratégia

favorecedora de todo o processo.

O jogo e sua importância nos vários contextos são reconhecidos por diversos

autores, que discutem suas características, elementos, semelhanças, valores, conceitos,

aplicações e implicações à atualidade. Seu valor educativo é considerado, ainda que não

necessariamente com os mesmos enfoques.

Diante disso, a Escola Rita Caldas desenvolve eventos esportivos que abarcam

os intuitos acima mencionados e organiza a “OLIMPÍADAS do Rita Caldas”, jogos

ocorridos anualmente, no período correspondente ao segundo ou terceiro bimestre do

calendário escolar, em que as equipes participantes contam com o envolvimento de toda

a comunidade escolar e circunvizinhança, tendo apoio de colaboradores e

patrocinadores, que possibilitam o acontecimento à dez anos consecutivos, guiados por

temáticas diversas a cada versão, porém sempre amparados nas possibilidades que os

jogos oferecem ao desenvolvimento de habilidades e competências na construção do

conhecimento sustentados pelos pilares dos saberes.

A sistematização e o desenvolvimento das habilidades cognitivas e das

competências, no decorrer do ensino fundamental objetiva um dos eixos pedagógicos

que constituem, em articulação com outras áreas do conhecimento, a construção da

investigação, como base filosófica das ações educativas desta unidade escolar.

Ao promover desafios cognitivos, fomentadores das habilidades de pensamento,

nós estamos oportunizando melhorias na qualidade de vida de todos os envolvidos no

processo educativo

Os jogos atuam como agente de transformação social através de experiências

que proporcionam a integração entre os indivíduos e a assimilação de conhecimentos.

Além disso, o jogo constitui um veículo educacional muito importante e de grande valor

espiritual e social, favorecendo o desenvolvimento corporal, estimulando a vida

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psíquica e a inteligência, contribuindo para a adaptação a grupo, preparando o aluno

para viver em sociedade, a partir de valores como respeito, fraternidade, perseverança,

honestidade, dentre outros.

O projeto OLIMPÍADAS DO RITA CALDAS, é acompanhado de vários

objetivos, extrapolando o momento da execução dos jogos, pois, os envolvidos trocam

aprendizado desde a elaboração do planejamento de cada versão, bem como após o

evento. Dessa forma, destacam-se como objetivos:

Promover o congraçamento entre alunos e educadores da escola;

Contribuir para a formação recreativa e social dos alunos;

Desenvolver o respeito, a cooperação e o autocontrole em meio a atividades

competitivas e culturais;

Incentivar o crescimento e o desenvolvimento da autonomia, autoconfiança e

espírito esportivo nos alunos;

Aperfeiçoar a execução das atividades realizadas nas olimpíadas anteriores;

Avaliar as atividades realizadas nas aulas de Educação Física;

Oportunizar a auto-avaliação docente educativa em relação aos conteúdos

procedimentais e atitudinais referenciados nas aulas;

Ampliar os conhecimentos gerais contemplados no tema escolhido a cada

ano, de forma interdisciplinar;

Pesquisar a cultura, esporte, geografia, história dos países participantes das

Olimpíadas;

Incentivar o acompanhamento das Olimpíadas pela mídia com o intuito de

enriquecimento cultural e valorização da cidadania brasileira.

As ações estão amparadas num conjunto de determinações para o bom

andamento das atividades, definindo quem serão os participantes, as disposições

preliminares, o desenvolvimento, a pontuação, as inscrições, o sorteio, a premiação, as

modalidades, que constam no Regulamento das Olimpíadas Rita Caldas. As atividades

contempladas no projeto são: voleibol, futsal, base 4, queimada, atletismo, bola ao

túnel, xadrez, damas, dominó, “sabe tudo sobre as olimpíadas”, judô, dança, sátira e

teatro.

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9.2. Mais Educação

Criado pela Portaria Interministerial nº 17/07 (englobando Educação,

Desenvolvimento Social e Combate á Fome, Ciência e Tecnologia, Esporte, Meio

Ambiente, Cultura e Juventude) O Projeto MAIS EDUCAÇÃO propicia formação

integral de crianças, adolescentes e jovens de escolas estaduais e municipais, localizadas

na capital e cidades das áreas metropolitanas com mais de 200.000 habitantes, com

baixo índice de desenvolvimento na Educação Básica e com mais de 99 matriculas

registradas no Censo escolar no ano anterior do INEP – Instituto Nacional de Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira.

A escola trabalha com um articulador, com 6 monitores que desenvolvem

diversas atividades organizadas em oficinas, como: letramento (matemática e português)

pré-requisito para a crianças participar de: Nas terças-feiras e quintas-feiras a criança

participa de horta e recreação, na quarta-feira e sexta-feira Flauta Doce e Judô. A

criança participa dessas oficinas no contra turno das aulas no ano de estudo que é

matriculada.

9.2.1 O Apoio Pedagógico

Ao longo de sua existência, a escola Rita Caldas sempre lutou contra a deficiência

na aprendizagem por parte de seus alunos. Percebeu-se então a necessidade de

contribuir de forma efetiva com o desenvolvimento do aluno que apresenta dificuldades

de acompanhamento da proposta referente à série/ano que está matriculado.

Visando a busca da melhoria da qualidade de ensino o projeto de Apoio

Pedagógico da Escola Rita Caldas busca implementar uma ação pedagógica para

enfrentamento dos problemas relacionados ao ensino da Língua Portuguesa e

Matemática e as dificuldades de aprendizagem identificadas nos alunos no que se refere

aos conteúdos de leitura, escrita e cálculo.

Entende-se como ações de apoio pedagógico aquelas que favorecem a

participação dos alunos no processo de desenvolvimento das competências leitora e

escritora, por meio de intervenções pedagógicas que assegurem a construção da leitura e

da escrita, na perspectiva da sua apropriação.

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Trata-se de modalidade de atendimento pedagógico a ser desenvolvida no ensino

regular, destinada aos alunos com dificuldades de aprendizagem daqueles alunos que

apresentam história de multirreprência, analfabetismo ou comportamento hiperativo.

O professor da sala de apoio pedagógico vai intervir como mediador, promovendo

atendimento grupal ou individual e utilizando recursos instrucionais de acordo com as

necessidades da cada aprendiz. Desenvolverá programas que favoreçam as funções

cognitivas, indispensáveis ao êxito acadêmico do alunado com dificuldade de aprender.

Diante disso, a Escola Rita Caldas, em nome de toda a sua comunidade escolar

entende que esse trabalho de apoio pedagógico deve ser oferecido em qualquer unidade

de ensino, independente do modo optante, por trazer resultados comprovados de

diminuição do fracasso escolar. A escola vem desenvolvendo esse projeto de forma

organizada e satisfatória. A superação do aluno com dificuldades de aprendizagem

numa sala com mais de 30 alunos, se torna impraticável. O aluno somente terá um

atendimento individualizado, adequado aos seus anseios e dificuldades num espaço

apropriado, com um professor preparado com metodologias específicas. De acordo com

Luck (2006), o fato de se ter turmas muito numerosas no Brasil de uma forma geral,

pode afetar sensivelmente o processo de alfabetização, necessitando posteriormente de

um professor- orientador e facilitador desse processo.

Esse atendimento deve acontecer numa sala organizada e equipada

especificamente para essa função, e denominada Sala de Apoio Pedagógico, que vem

sendo uma das alternativas de intervenção pedagógica, bem como em diferentes

ambientes educativos, tais como: sala de leitura, sala de informática, quadra esportiva,

pátio, e outros espaços além da unidade educacional. A ficha de acompanhamento dos

alunos em apoio é um método utilizado para registro das dificuldades, as causas

prováveis e as intervenções já utilizadas. O relatório de acompanhamento com os

procedimentos metodológicos utilizados e os avanços obtidos é bastante significativo,

por apresentar todo o histórico do desenvolvimento do aluno. A Literatura é um

importante recurso pedagógico no desenvolvimento dessas aulas.

O atendimento é dado em horário diferente da aula regular, em quatro horas-aula,

distribuídas nos dias da semana. A permanência dos alunos nas turmas estará

condicionada aos avanços por eles obtidos, analisados em conjunto com o professor de

apoio pedagógico, o professor da classe regular e o coordenador pedagógico, ao final de

cada bimestre. O acompanhamento dos pais, responsáveis pelo encaminhamento do

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aluno nas aulas de apoio, é imprescindível nesse processo. Estimular e controlar a

freqüência dos alunos é tarefa do professor da sala de apoio, porém quando houver

muitas ausências, há a necessidade da justificativa dada pelos pais que serão chamados à

unidade escolar.

O Projeto de Apoio Pedagógico da Escola Rita Caldas conta com 01(um)

professor de readaptação de função, efetivo do ensino fundamental da unidade de

ensino, com 20 horas, que é o responsável por esse atendimento pedagógico,

salvaguardado o seu momento de hora-atividade (4 horas), fundamental para o sucesso

do projeto, haja vista a necessidade de um momento em que o profissional docente irá

preparar suas aulas diferenciadas, imprescindíveis na superação das dificuldades de

aprendizagem do aluno. A escola não pode lotar um professor neste projeto porque não

adota o modelo escola organizada em Ciclos. A escola atende os alunos do 1º a 5º ano e

deseja estender a oferta aos alunos de 6º ao 9º ano do ensino fundamental,

independentemente do sistema educacional implantado.

É importante salientar que o projeto de apoio pedagógico não é exclusivo de

nenhum sistema específico de ensino. A escola deverá lançar mão dessa alternativa

assim que achar necessário, pois os dados comprovam com segurança que é um método

inovador que apresenta resultados satisfatórios e promove a inclusão do aluno com

dificuldades de aprendizagem no contexto educacional da escola.

A qualidade da mediação oferecida pelo professor é fator determinante no

processo de desenvolvimento dos alunos. Com base nisso temos como objetivo

promover aos alunos de apoio situações de aprendizagem para facilitar a construção do

conhecimento estimulando-o nas diversas áreas para o desenvolvimento individual e

coletivo.

Esse projeto deve ser considerado como avançado dentro de um novo contexto

educacional comprometido com a qualidade do ensino. A sala de apoio é vista pela

escola como um suporte pedagógico importante que garante a permanência desses

alunos na escola.

9.2.2 Informática

Considerando o momento atual que vivenciamos, percebemos como o mundo

digital permeia a vida de todos os cidadãos. Seja no supermercado verificando o preço

de um produto através do código de barras, ou fazendo um saque no caixa eletrônico, ou

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ainda nas movimentações financeiras feitas através de um computador portátil, enfim,

todos nós estamos inseridos no mundo virtual, sendo esta, uma viagem sem volta.

A educação deve estar embasada na informação, no conhecimento e no

aprendizado e a informática é mais uma ferramenta que favorece o caminho do saber,

representando um importante papel no cenário da educação, porém, não deve ter uma

finalidade em si mesma, e sim ser uma ferramenta auxiliar no processo de ensino-

aprendizagem. Cabe ressaltar que a informática propicia aos alunos conhecerem o

mundo tecnológico e avançado da sociedade em que se vive atualmente.

Para MARÇAL FLORES (1996) a Informática deve habilitar e dar oportunidade

ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem,

enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento

integral do indivíduo.

As profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão

exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas

formas de atuação (SANTOS VIEIRA)

De acordo com LEVY (1994), novas maneiras de pensar e de conviver estão

sendo elaboradas no mundo das comunicações e da Informática. As relações entre os

homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose

incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão,

audição, criação e aprendizagem são capturados por uma Informática cada vez mais

avançada.

Para finalizar, BORBA (2001) acrescenta que o acesso à Informática deve ser

visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve

poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo,

uma‘alfabetização tecnológica’. Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de

Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador

deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever,

compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. E,

nesse sentido, a Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à

cidadania.

No mundo globalizado em que a escola está inserida, é de extrema importância

que se tente substituir as idéias pedagógicas que não deram certo, ou seja, que se

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permita que as idéias tecnológicas façam parte do Projeto Político Pedagógico da

escola.

Para que estejamos preparados para lhe dar com essa nova realidade precisamos

aceitar o desafio de enfrentar toda essa parafernalha eletrônica tão necessária em nossos

dias. Dessa forma entende-se como sendo de fundamental importância possibilitar ao

nosso aluno o acesso a essa nova metodologia de aprendizagem contribuindo

sobremaneira para a sua formação intelectual, bem como para sua auto-estima, haja

vista que não estará em desvantagem em relação a outros jovens que possuem melhor

condição social e por conseqüência, amplo acesso ao mundo digital.

9.3 Judô

Integra o Programa MAIS EDUCAÇÃO. O Judô é uma arte marcial com prática

pedagógica desportiva de visão global, que estabelece estratégias de aprendizagem em

busca do desenvolvimento e da diminuição de defasagens psicomotoras. Tem como

principal objetivo trabalhar o desenvolvimento físico, psíquico e social de forma

integrada.

Com o Judô, através de sua técnica e disciplina, a escola pretende contribuir para

o estabelecimento de uma cultura de paz. Pretende também elevar a auto-estima das

crianças e adolescentes tornado-as mais dispostas às atividades escolares, e

consequentemente a melhora de seu rendimento escolar e a própria relação diária de

convivência.

Entende-se que a arte do judô, por si só, como outras atividades esportivas, traz

um maior equilíbrio físico e mental para que a criança possa conhecer seus limites e a

partir daí desenvolver a percepção, motricidade, espacialidade e desenvolvimento das

funções superiores.

Diante disso, o judô tem como proposta, trabalhar com disciplina, normas, regras

e responsabilidades, que serão modificadas e aumentadas de acordo com o

desenvolvimento da criança no esporte. O projeto de judô também trabalha outros

aspectos importantes para o desenvolvimento do ser humano, tais como a assiduidade, o

desempenho escolar, o respeito aos pais, à família, aos profissionais da educação e aos

colegas.

Também contribui muito para a coordenação motora, o controle emocional, a

auto-confiança, dentre outros aspectos.

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Este projeto busca atender todos os alunos de 1º ao 9º ano em horário oposto ao

que estuda.

Vale ressaltar a necessidade de se continuar o projeto que vem sendo bem

desenvolvido na Escola Rita Caldas. A descontinuidade dos projetos, como já

mencionado neste documento, é uma das grandes dificuldades enfrentadas por esta

unidade de ensino.

10 A AVALIAÇÃO

No campo educacional, o conceito de avaliação tem sido muito polêmico, pois é

o processo de apreciação da natureza e de julgamento de valor de um "objeto", com

base em alguns indicadores especialmente construídos. O processo realiza-se por meio

de procedimentos técnicos tais como observação sistemática, análise dos resultados e

sua interpretação.

A avaliação é objeto de constantes pesquisas voltadas para diferentes enfoques

os quais permitem de forma institucionalizada, sistemática, periódica, ampliar a

comunicação entre todos os segmentos, a fim de que se possa estar consciente dos

avanços, problemas e possibilidades enfrentados por professores e alunos.

Para Perrenoud, (1999) um processo de avaliação consta de amplo movimento

de comunicação presente no Projeto Pedagógico da escola embasada nos princípios de

que a avaliação não é um fim em si, mas um meio que permite compreender o processo

para redefinir ações. A função nuclear da avaliação é ajudar o aluno a aprender e ao

professor, ensinar determinando também quanto e em que nível os objetivos estão sendo

atingidos.

Para isso é necessário o uso de instrumentos e procedimentos de avaliação

adequados. (Libâneo, 1994, p.204).

No entender de Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e conservadora, a

avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do

avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”.

Saviani, (2000, p.41), afirma que o caminho do conhecimento “É perguntar

dentro da cotidianidade do aluno e na sua cultura; mais que ensinar e aprender um

conhecimento, é preciso concretizá-lo no cotidiano, questionando, respondendo,

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avaliando, num trabalho desenvolvido por grupos e indivíduos que constroem o seu

mundo e o fazem por si mesmos”.

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua

sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de

aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o

processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno, é o instrumento de

tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para

reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita

definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior

apoio (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997)

O modelo de avaliação precisa dar uma radiografia da turma, que visa a

mudança e ao aprendizado. A avaliação de privilegiar o diagnóstico da escola que

compreende três instâncias: os alunos, os professores e a comunidade.

É fundamental a utilização de diferentes códigos, como o verbal, o oral, o

escrito, o gráfico, o numérico, o pictórico, de forma a se considerar as diferentes

aptidões dos alunos. Por exemplo, muitas vezes o aluno não domina a escrita

suficientemente para expor um raciocínio mais complexo sobre como compreende um

fato histórico, mas pode fazê-lo perfeitamente bem em uma situação de intercâmbio

oral, como em diálogos, entrevistas ou debates. Considerando essas preocupações, o

professor pode realizar a avaliação por meio de:

Observação sistemática: acompanhamento do processo de aprendizagem dos

alunos, utilizando alguns instrumentos, como registro em tabelas, listas de

controle, diário de classe e outros;

Análise das produções dos alunos: considerar a variedade de produções

realizadas pelos alunos, para que se possa ter um quadro real das

aprendizagens conquistadas. Por exemplo: se a avaliação se dá sobre a

competência dos alunos na produção de textos, deve-se considerar a

totalidade dessa produção, que envolve desde os primeiros registros escritos,

no caderno de lição, até os registros das atividades de outras áreas e das

atividades realizadas especificamente para esse aprendizado, além do texto

produzido pelo aluno para os fins específicos desta avaliação;

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Atividades específicas para a avaliação: nestas, os alunos devem ter

objetividade ao expor sobre um tema, ao responder um questionário. Para

isso é importante, em primeiro lugar, garantir que sejam semelhantes às

situações de aprendizagem comumente estruturadas em sala de aula, isto é,

que não se diferenciem, em sua estrutura, das atividades que já foram

realizadas; em segundo lugar, deixar claro para os alunos o que se pretende

avaliar, pois, inevitavelmente, os alunos estarão mais atentos a esses

aspectos.

Quanto mais os alunos tenham clareza dos conteúdos e do grau de expectativa da

aprendizagem que se espera, mais terão condições de desenvolver, com a ajuda do

professor, estratégias pessoais e recursos para vencer dificuldades.

Nesse sentido, entendemos que a avaliação se dá através de dados quantitativos e

qualitativos acerca do progresso escolar dos alunos, da atuação de educadores e

administradores, da eficácia de currículos e da metodologia didática utilizada; da

utilização de instrumentos formais e informais; formulação de juízo de valor sobre os

dados colhidos, objetivando tomada de decisão que leve em consideração, não apenas o

que foi avaliado, mas, e principalmente, os fins a que se destinam os resultados, e

realimentação do processo, com vistas ao aprimoramento do "objeto" avaliado.

Cabe esclarecer que embora a Escola Rita Caldas Castrillon trabalhe no sistema

de seriação escolar, o corpo docente, junto à direção e coordenação pedagógica, vem

inserindo inovações em seu processo de avaliação. Embora haja a quantificação do

conhecimento do aluno, esta não é a única forma de avaliá-lo. O aluno é analisado na

sua integralidade e o conselho escolar é a oportunidade maior para essa avaliação

responsável e comprometida com a promoção desse indivíduo.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico ocorre continuamente no processo

da prática educativa registrando as observações que serão implementadas

posteriormente.

11 CONTEÚDOS

Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem uma mudança de enfoque em

relação aos conteúdos curriculares: ao invés de um ensino em que o conteúdo seja visto

como fim em si mesmo, o que se propõe é um ensino em que o conteúdo seja visto

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como meio para que os alunos desenvolvam as capacidades que lhes permitam produzir

e usufruir dos bens culturais, sociais e econômicos.

A tendência predominante na abordagem de conteúdos na educação escolar se

assenta no binômio transmissão-incorporação, considerando a incorporação de

conteúdos pelo aluno como a finalidade essencial do ensino. Existem, no entanto, outros

posicionamentos: há quem defenda a posição de indiferença em relação aos conteúdos

por considerá-los somente como suporte ao desenvolvimento cognitivo dos alunos e há

ainda quem acuse a determinação prévia de conteúdos como uma afronta às questões

sociais e políticas vivenciadas pelos diversos grupos.

No entanto, qualquer que seja a linha pedagógica, professores e alunos

trabalham, necessariamente, com conteúdos. O que diferencia radicalmente as propostas

é a função que se atribui aos conteúdos no contexto escolar e, em decorrência disso, as

diferentes concepções quanto à maneira como devem ser selecionados e tratados.

Diante disso, professores e equipe gestora entendem que devem seguir o

programa de conteúdos sugerido pelos PCNs.

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