Apresentaçao Fundamentos do Programa de Leitura Fome de Ler
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A leitura é uma atividade humana que consiste em atribuir sentido às mais diversas formas de manifestação do
homem e da natureza. É um processo de apreensão de significados, do qual o leitor participa ativamente a partir do diálogo que estabelece com o objeto
lido, conforme suas experiências existenciais. Toda a sociedade, nas suas
diferentes etapas evolutivas, produz uma memória cultural e a leitura vem a
ser um dos instrumentos para conhecimento e transformação dessa
memória, isto é, das idéias, instrumentos e técnicas produzidos e conservados pelo homem. Por isso
mesmo, o processo de leitura apresenta-se como uma atividade que possibilita a
participação do homem na vida em sociedade, em termos de compreensão do presente e do passado e em termos
de transformação cultural futura.
Ser leitor significa participar de uma problemática inseparável de um
posicionamento no mundo e sobre ele tal como a escrita, em todas as suas formas, o teoriza. Exatamente nesse ponto entra em jogo o princípio de exclusão do não
leitor, não em virtude de sua impossibilidade técnica, sua falta de
interesse ou desejo de ler, mas porque ele não está implicado na experiência
social, nas preocupações e nos modos de análise que geram a produção de
escritos.
A todo momento, o número de leitores e número de atores sociais se superpõem. Assim, a democratização da leitura – ou,
se se quiser, o aumento maciço do número de indivíduos engajados em
redes de comunicação escrita – inscreve-se precisamente nesta alternativa: ou os atuais excluídos assumem a maneira de
ver, sentir, pensar da minoria que produz e consome a escrita, ou criam os novos escritos, correspondentes à sua
abordagem do mundo, à sua experiência e ao poder que neles adquirem.
Nesse modo de ver (proposto inteligentemente por Foucambert na
obra A leitura em questão), a mediação dos educadores torna-se ainda mais complexa, pois somente a adoção de
políticas de sedução do livro não contempla o grupo social que precisa ser incluído no circuito da leitura. Para esse grupo também se transformar em autor, outros deverão serão os protocolos, as
formas de ler, os acervos, não bastando somente estarmos do lado de cá como
sujeitos leitores e apropriados do mundo da escrita. As soluções e as mudanças
de comportamento, então, não poderão vir do segmento letrado, sendo essencial
a participação dos segmentos não letrados através da sua consciência do
processo e vontade de vencer os entraves criados por uma sociedade
excludente a partir da criação de novos/próprios modelos de ler e de escrever.
Os mediadores de leitura das comunidades e sua eficácia – e nesses
se inclui obviamente o sistema educacional – são vitais para o
desenvolvimento de sua capacidade leitora em níveis cada vez mais
elevados. Não só o espaço escolar institucionalizado, mas outras instâncias
mediadoras – a família, o local de trabalho, a biblioteca pública, a rádio
local, o clube, a associação de moradores, a livraria, a igreja, o cinema,
as atividades artísticas – podem ser eficientes na construção de uma
comunidade letrada. Quando inexiste uma tradição cultural letrada na
comunidade, a iniciação escolar e/ou familiar pode tornar-se ineficiente.
Amantes da fantasia Fonte: A psicanálise da Terra do Nunca, Diana e
Mário Corso
Quando reflete sobre si, o homem comum se vê como alguém racional, lúcido, com os pés no
chão, mas que às vezes é tomado pela fantasia. Os psicanalistas acreditam no contrário: o
homem sonha a maior parte do tempo, e em certos momentos, acorda. Passamos um terço da
vida dormindo, portanto sonhando, e quando estamos despertos nossos devaneios ocupam um
lugar muito maior do que imaginamos.
Subestimamos a fantasia, sobretudo porque a julgamos acessória, ela não passaria de um
escape, um desvio da rota do prumo da realidade. Quando muito, admitimos que a fantasia serviria de consolo, nos ajudaria a
suportar os fatos reais da vida, mas raramente acreditamos que ela nos constitui, nos molda e
faz parte da arquitetura da nossa personalidade.
Programas de Leitura são importantes pela sua grande abrangência e significativo papel social em uma área vital para o desenvolvimento da cidadania – a leitura – onde investimentos qualitativos em todo o processo – obra, leitor, mediador – fazem a diferença e operam resultados visíveis.
É um Programa de Leitura desenvolvido
pelo Curso de Letras ULBRA/Guaíba e
Canoas, dirigido a comunidades
urbanas e rurais de 20 municípios do
Rio Grande do Sul.
Incentiva a formação de
mediadores de leitura e articula ações
de letramento, envolvendo escritores
brasileiros, acadêmicos da
Universidade, educadores e alunos das
comunidades escolares de cada
município.
PROGRAMA DE LEITURA
FOME DE LER
PROPOSTA
FOME DE LER é um programa de leitura que tem como foco o contato pessoal dos alunos da rede estadual , municipal e privada com escritores brasileiros e o diálogo com suas produções.
OBJETIVOS
A apropriação do livro como objeto cultural dos educadores, dos alunos e da comunidade em geral dos municípios participantes
METAS
•Promover a leitura e a formação de mediadores de leitura.
•Incentivar a desescolarização da leitura, aproximando a cidade como um todo das ações de leitura.
•Aproximar os alunos de pessoas que produzem textos (não só literários), desmistificando a figura do escritor e tornando familiar a circulação de livros no seu contexto social.
•Promover atividades e ações na escola tendo como centro um autor
•Desencadear situações significativas de diálogo real com o autor
•Estabelecer trocas entre alunos dos Cursos de Letras de Guaíba e Canoas com os professores das escolas da Ulbra e de escolas municipais e estaduais dos municípios da região dos campi, através do estudo de autores e criação de projetos de leitura
ETAPAS • Lançamento oficial do Programa:
Seminário Regional de Políticas de Leitura – Abertura do Programa de Leitura Fome de Ler 201
• Processo de inscrição das escolas e escolha do escritor
• Encontros Fome de Ler no período de agosto a outubro
• Elaboração de um projeto de leitura com as obras do autor escolhido
• Desenvolvimento de múltiplas ações com a leitura das obras do escritor escolhido
• Visita do escritor à escola
MUNICÍPIOSPARTICIPANTES
• ARROIO DOS RATOS• BARRA DO RIBEIRO• CACHOEIRA DO SUL• CACHOEIRINHA• CAMAQUÕ CANDELÁRIA• CANOAS• CERRO GRANDE DO SUL• DOM FELICIANO• ELDORADO DO SUL• ESTEIO• GUAÍBA
MUNICÍPIOSPARTICIPANTES
• MINAS DO LEÃ0• NOVA SANTA RITA• PORTO ALEGRE• SAPUCAIA• SERTÃO SANTANA• SENTINELA DO SUL• TAPES
ESCRITORES2003 a 2010
• ALCY CHEUICHE• ANDRÉ NEVES• ANNA CLAUDIA RAMOS• ANTONIO HOHLFELDT• CAIO RITER• CARLOS URBIM• CELSO GUTFREIND• CELSO SISTO• CHARLES KIEFER• CHRISTINA DIAS• CLAUDIO LEVITAN• DILAN CAMARGO• ELIANA MARTINS• ERICO VERISSIMO
ESCRITORES2003 a 2010
• ERNANI SSÓ• FABRÍCIO CARPINEJAR• GLÁUCIA DE SOUZA• HELO BACICHETTE• HERMES BERNARDI JR.• JANE TUTIKIAN• JONAS RIBEIRO• JORGE FERNANDO DOS
SANTOS• JOSÉ PAULO PAES• JOSUÉ GUIMARÃES• JÚLIO EMÍLIO BRAZ
ESCRITORES2003 a 2010
• JOSÉ PAULO PAES• KALUNGA• LAIS CHAFFE• LEIA CASSOL• LENICE GOMES• LEO CUNHA• LUIS DILL• LUIS FERNANDO VERISSIMO• LUIZ RAUL MACHADO• MÁRIO PIRATA• MÁRIO QUINTANA• MÁRCIO VASSALO• MARÔ BARBIERI• MOACYR SCLIAR
ESCRITORES2003 a 2010
• MONICA PAPESCU• PAULA MASTROBERTI• PAULO BENTANCUR• ROGER MELLO• ROSA AMANDA STRAUSZ• ROSANE RIOS• ROGÉRIO ANDRADE
BARBOSA• SANDRA PINA• SILVANA SALERNO• SIMONE SAUERESSIG• SÉRGIO NAPP• STELLA MARIS REZENDE• TIAGO DE MELO ANDRADE• VALESCA DE ASSIS
RECEPÇÃO CARINHOSA
LEITURAS CRIATIVAS
MAQUETES COLORIDAS
MAQUETES QUE TEMATIZAM AS
OBRAS
BRINCADEIRAS
LIVROS NA MÃ0 DAS CRIANÇAS
TEATRALIZAÇÃO
DECLAMAR, CANTAR...
EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS