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Apresentação: Érica Cruz Orientadora: Dra Evelyn Mirela Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF Brasília, 15 de agosto de 2012 www.paulomargotto.com.br Hiperbilirrubinemia Neonatal Paulo R. Margotto, Liu Campelo Porto Ana Maria C. Paula Hiperbilirrubinemia neonatal Autor(es): Paulo R. Margotto, Liu Campelo Porto, Ana Maria C. Paula

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Apresentação: Érica Cruz

Orientadora: Dra Evelyn Mirela

Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF

Brasília, 15 de agosto de 2012

www.paulomargotto.com.br

Hiperbilirrubinemia Neonatal Paulo R. Margotto, Liu Campelo Porto Ana Maria C. Paula

Hiperbilirrubinemia neonatalAutor(es): Paulo R. Margotto, Liu Campelo Porto, Ana

Maria C. Paula

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HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL:

• Icterícia é a coloração amarelada da pele, mucosas e escleróticas por uma elevação da concentração de bilirrubinas séricas em decorrência da incapacidade do fígado em conjugar toda bilirrubina produzida:

Apresenta etiologias diversas;É a manifestação clínica mais freqüente do período

neonatal;As conseqüências podem ser graves uma vez que pode

levar a lesão SNC.

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I) METABOLISMO DA BILIRRUBINA:

• A bilirrubina forma-se essencialmente pela degradação da hemoglobina: surge o heme que passa por um processo catabólico em 2 etapas resultado na bilirrubina.

• Cada 1g de hemoglobina forma 35 mg de bilirrubina.

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Derivados da Hemoglobina:

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METABOLISMO DA BILIRRUBINA:

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METABOLISMO DA BILIRRUBINA:

• A bilirrubina que chega à circulação - Bilirrubina Indireta - liga-se a albumina e não atravessa a BHE, mas a bilirrubina não ligada a albumina pode penetrar no SNC;

• Para ser excretada, a bilirrubina deve ser conjugada com o ácido glicurônico sob a ação da glicuroniltransferase formando o glicuronídio de bilirrubina.

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METABOLISMO DA BILIRRUBINA:

• O intestino do feto não funciona: a via de excreção da bilirrubina é a placenta - apenas 40 mg de bilirrubina é encontrada no mecônio.

• Normalmente, a BI resultante da destruição das hemácias fetais envelhecidas é depurada através da placenta para a circulação materna onde é conjugada no fígado da gestante. Para ser transportada através da placenta, a bilirrubina deve permanecer em sua forma não conjugada

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METABOLISMO DA BILIRRUBINA:

• O feto produz 2x mais bilirrubina que o adulto, em torno da 24.ª semana; a biliverdina é encontrada na vida fetal na 16.ª semana de vida.

• Não há interesse do organismo fetal em desenvolver o sistema de glicuronização: muitos bebês apresentam um acúmulo transitório de BI nos primeiros dias de vida.

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Etiopatogenia:

A. AUMENTO DA PRODUÇÃO :

Isoimunização Rh, ABO e subgrupos; Esferocitose hereditária; Deficiência enzimática do eritrócito: G6PD,

piruvatoquinase e outras; Hematomas; Policitemia; Drogas (Vitamina K 3)

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Etiopatogenia:

B. AUMENTO DA CIRCULAÇÃO ÊNTERO-HEPÁTICA:

Jejum prolongado; Sangue deglutido; Obstrução intestinal; Íleo paralítico.

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Etiopatogenia:

C. DIMINUIÇÃO DA CONJUGAÇÃO :

• Deficiência congênita da glucoronil-transferase; • Hipotireoidismo congênito; • Inibição enzimática; • Drogas e hormônios (novobiocina e pregnanediol)...

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Galactosemia; Síndrome de Lucey-Driscol; Leite humano; Recém-nascido de diabética; Prematuridade; Síndrome de Down.

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 II) CLASSIFICAÇÃO E FISIOPATOLOGIA :

A) ICTERÍCIA FISIOLÓGICA : Inicia-se após as 24 h de vida;

No RN a termo: 

                              - Níveis séricos até 13mg%;

                                - Pico entre 3º e 5º dias de vida;

                   - Duração de 1 semana...

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No RN pré-termo: 

      - Níveis séricos até 15 mg%;

      - Pico entre o 5º e 7º dia de vida;

      - Duração até 2 semanas. 

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 II) CLASSIFICAÇÃO E FISIOPATOLOGIA :

B) HEMOLÍTICA:

Características:

- Inicia-se antes de 24 horas de vida;

- Bilirrubina ultrapassa 13 mg% nos RN a termo e 15mg% nos RN pré-termo;

- Presença de formas eritrocitárias jovens (reticulócitos) e anormais (eliptócitos e esferócitos).

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II) CLASSIFICAÇÃO E FISIOPATOLOGIA : Tipos:

Anemias hemolíticas adquiridas:

Incompatibilidade materno-fetal (ABO, Rh, grupos

raros); Associadas a infecções.

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II) CLASSIFICAÇÃO E FISIOPATOLOGIA :

Outras Causas:

Icterícia  induzida pelo leite materno; Policitemia; Sangue no extravascular; Defeito de conjugação de bilirrubina; Patologias que retardam o trânsito intestinal.

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DOENÇA HEMOLÍTICAPOR INCOMPATIBILIDADE Rh:

DEFINIÇÃO:

• Doença hemolítica neonatal causada pela destruição precoce dos eritrócitos do neonato, conseqüente à

passagem transplacentária de anticorpos maternos ativos contra antígenos dos eritrócitos do neonato..

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DOENÇA HEMOLÍTICAPOR INCOMPATIBILIDADE Rh:

Epidemiologia:• A doença hemolítica por incompatibilidade Rh é particular por sua maior gravidade;

• A doença hemolítica por incompatibilidade ABO é particular por sua maior freqüência;

• A associação das incompatibilidades ABO e Rh em um mesmo binômio mãe-filho reduz o risco de incompatibilidade Rh de 16 para 2%.

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DOENÇA HEMOLÍTICAPOR INCOMPATIBILIDADE Rh:

Etiopatogenia:

• Quando o sangue fetal Rh-positivo (mais de 1ml) entra na circulação materna durante a gravidez, abortamento ou parto, a formação de anticorpos anti-D pode ser induzida nas gestantes Rh-negativas não-sensibilizadas;

• Uma vez ocorrida imunização, doses menores de antígeno estimulam um aumento do título de anticorpos.

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DOENÇA HEMOLÍTICAPOR INCOMPATIBILIDADE Rh:

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DOENÇA HEMOLÍTICAPOR INCOMPATIBILIDADE Rh:

Quadro Clínico:

• Dependem da intensidade da hemólise:

Leve: Anemia ausente ou muito leve; Níveis de Hb > que 12 - 13 e Bb < 3 - 3,5 mg/dL; Não é necessário ET; Ocorre em cerca de 50% dos casos.

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DOENÇA HEMOLÍTICAPOR INCOMPATIBILIDADE Rh:

Moderado:

Hiperbilirrubinemia intensa; Palidez discreta; Hepatoesplenomegalia; Bb em cordão umbilical indica ET imediata e/ou icterícia precoce com progressão rápida nas primeiras horas de vida; 25% dos casos.

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DOENÇA HEMOLÍTICAPOR INCOMPATIBILIDADE Rh:

Grave:

Anemia progressiva; Possibilidade de evolução para edema generalizado, caracterizando a hidropsia fetal; Hipoglicemia constitui um achado freqüente (hipertrofia e hiperplasia das Ilhotas de Langherans); Manifestações hemorrágicas costumam ocorrer, provavelmente devido a trombocitopenia.

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Impregnação de Bb no Parênquima Hepático:

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 III) QUADRO CLÍNICO:

• O RN deverá ser avaliado quanto à intensidade (expressa em cruzes) e a abrangência da icterícia (zona de Kramer). 

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III) QUADRO CLÍNICO:

Limites Limites

1 4,3-7,8 4,1-7,5

2 5,4-12,2 5 ,6-12,1

3 8,1-16,5 7,1-14,8

4 11,1-18,3 9,3-18,4

5 15 10,5

RN a termo: RN Bx Peso:

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IV) DIAGNÓSTICO:

• Dosagem de bilirrubinas (total e frações);

• Determinação de grupo sanguíneo e Rh maternos e do RN:

Teste de Coombs direto do sangue do RN; Determinação do hematócrito; Contagem de reticulócitos (caso hematócrito

normal ou baixo).

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IV) DIAGNÓSTICO: a)Preparar suspensão salina (5%) das hemácias; b)Colocar 2 gotas em 1 tubo de 12 x 75 mm, adicionar SF e centrifugar a 3.000 r.p.m. (1 min);c) Desprezar o sobrenadante ;d) Repetir a operação mais 2x. Na última, desprezar toda a solução salina. Sangue umbilical: lavar hemácias 8x;e)Adicionar duas gotas de soro de Coombs;f)Centrifugar à baixa rotação (1.000 r.p.m) por 15 s;g)Agitar levemente o tubo e observar se há aglutinção.

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V) CONTROLE LABORATORIAL:

• Nos casos de icterícia precoce e hemólise acentuada: dosagem de bilirrubinas e hematócrito de 6 em 6 horas;

• Nos casos de icterícia tardia, controlar de 12/12 horas ou de 24/24h conforme a gravidade do caso.

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 VI) TRATAMENTO:

• Promover diminuição da circulação enterohepática com aumento da ingesta enteral;

• Uso da fototerapia intensiva e exsanguineotransfusão.

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VI) TRATAMENTO:

• Quimioprevenção:

Diminuição da produção de bilirrubina; Prevenção da reabsorção da bilirrubina; Aumento da eliminação enteral da bilirrubina.

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VI) TRATAMENTO:

• Objetivo:

Prevenir Kernicterus: Todos os RN com bilirrubina total acima de 35mg% passaram a ter danos irreversíveis no cérebro.

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VI) TRATAMENTO:

A . FOTOTERAPIA:

Extensivamente usada como modalidade terapêutica de escolha para Hiperbilirrubinemia Indireta Neonatal

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A . FOTOTERAPIA:

Aplicação de luz de alta intensidade que promove transformação fotoquímica da bilirrubina nas áreas expostas a luz;

Essas reações alteram a estrutura da molécula de bilirrubina e permite que os fotoprodutos sejam eliminados pelos rins ou pelo fígado sem sofrerem modificações metabólicas.

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A . FOTOTERAPIA:

Somente a bilirrubina próxima da superfície da pele será afetada diretamente pela luz e a eficácia da fototerapia dependerá da quantidade de energia luminosa liberada no comprimento de onda de 400-500 nanômetros.

Fotoisomerização:  leva à transformação de bilirrubina em lumirrubina : solúvel em água, rapidamente excretada pela bile e urina sem necessidade de conjugação

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A . FOTOTERAPIA:

Eficácia:

Dose terapêutica mínima de irradiância: 4 µw/cm2/nm Ideal que a irradiância seja > que 16 µw/cm2/nm Irradiância do aparelho: energia luminosa emitida na

faixa de comprimento de onda entre 425 – 475: lâmpadas azuis são as que têm maior irradiância nesse comprimento de onda.  

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A . FOTOTERAPIA:

Nível sérico inicial de bilirrubina: quanto maior, mais rápida a queda. A eficácia é mínima com níveis < 5mg%; 

Superfície corporal exposta à luz: todo o corpo; Tipo de nutrição: livre demanda; Distância entre a fonte luminosa e o paciente; Características intrínsecas do recém nascido como

peso e patologias associadas.

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A . FOTOTERAPIA:

• TIPOS DE  APARELHO DE FOTOTERAPIA: 

FOTOTERAPIA COMUM: Aparelho com 6 a 7 lâmpadas fluorescentes brancas:

ideal é 7 a 8 lâmpadas;

Irradiância de 3-4 µw/cm2/nm, emitindo doses subterapêuticas.  

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A . FOTOTERAPIA:

FOTOTERAPIA COM LÂMPADAS AZUIS / VERDES: Maior irradiância no comprimento de onda ideal:

425-475 nm; Irradiância 2 a 3 vezes maior que lâmpadas brancas; Absorvida muito rapidamente; RN deve ser monitorizado com monitores cardíacos e

respiratórios, pois a avaliação da cianose é prejudicada.

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A . FOTOTERAPIA:

FOTOTERAPIA DE FIBRA ÓPTICA: Colchão de 13 x 10 cm, no qual a luz trafega em um

cabo de fibra óptica; Irradiância em torno de 35 µw/cm2/nm; Mais eficaz em RN pequenos, pois o tamanho do

colchão é um fator limitante para RN com peso maior que 2500g;

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A . FOTOTERAPIA:

BILI-BERÇO: Berço de acrílico com 5 lâmpadas fluorescentes

brancas no fundo. O RN deita-se sobre um colchão de silicone e são colocados filmes refletores nas paredes internas do berço e da cúpula curva que o cobre;

Irradiância: 19µw/cm2/nm.

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A . FOTOTERAPIA:

FOTOTERAPIA DO TIPO HALÓGENA: Foco luminoso contendo uma lâmpada halógena com um

filtro de vidro especial; Filtra raios infravermelhos que produzem aquecimento e

raios ultravioletas, lesivos a pele; Emite irradiância de 33 µw/cm2/nm quando colocada a

uma distância de 45cm do RN e de 25 a 30 µw/cm2/nm na distância de 50cm.

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A . FOTOTERAPIA:

BILITRON: Utiliza uma nova fonte de luz, chamada Super Led com

lâmpadas eletrônicas no espectro azul; Permite controlar a irradiância entre 4 até 50μw/cm2/nm

a uma distância central de 30 cm; A faixa de luz visível varia entre 400 – 550 nm com pico

do espectro em 450nm e grande atenuação de radiação ultravioleta e infravermelha;

A superfície corporal exposta à luz é maior do que a conseguida com a fototerapia halógena.

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A . FOTOTERAPIA:

• CUIDADOS COM O RN:

RN totalmente despido; Usar protetor ocular; Aumentar a ingesta, se possível, oral; Temperatura deverá ser medida de 4/4h; Proteção da genitália é discutível....

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...

As luzes fluorescentes devem ser colocadas a 10 cm do RN;

O RN deve estar em um berço e não em uma incubadora.

No uso de spot halógeno, estes não podem ficar posicionados muito próximos aos bebês, além do que é recomendado pelos fabricantes

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A . FOTOTERAPIA:

Como Melhorar a Eficácia:

Iniciar fototerapia com níveis séricos de bilirrubina mais elevados;

Envolver a fototerapia com pano branco: a  irradiância aumenta em 20% ;

Posicionar foto comum à distância de 30-35 cm do RN;Manter limpos os acrílicos da incubadora e do aparelho

de fototerapia.

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A . FOTOTERAPIA:

Verificar se todas as lâmpadas estão acesas; Trocar as lâmpadas quando  a irradiância medida por

for < 4 µw/cm2/nm ou após 2000h de uso ou a cada 3 meses;

Uso de superfícies refletoras colocadas abaixo ou lateralmente ao paciente aumentam em até 35% a área corporal iluminada;

A mudança de posição do RN não auxilia na eficácia da fototerapia. A queda dos níveis de bilirrubina foi maior nos RN em posição supina do que nos que eram mudados de posição em estudo israelense (2002).

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A . FOTOTERAPIA:

• INDICAÇÕES DE FOTOTERAPIA (RN A TERMO SAUDÁVEIS SEM  DOENÇA  HEMOLÍTICA):

 Na indicação do tratamento, considerar a bilirrubina total.

Para os RN com doença hemolítica, considerar a tabela de peso na faixa entre 2001-2500g.

RN com níveis de bilirrubina direta > 15-20% do valor de BT não serão colocados sob fototerapia.

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                HORAS DE VIDA                FOTOTERAPIA

                      24 – 48                       >15

                      > 48                       >18

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INDICAÇÃO DE FOTOTERAPIA EM RN COM PN < 2500 G:

Peso de nascimento

24 – 48 horas de vida

48 - 72 horas de vida

72 - 96 horas de vida

> 96 horas de vida

    <1500           6           8           8           8

  1501-2000           8           10           10           10

  2001-2500           12           14           14           14

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A . FOTOTERAPIA:Fatores de risco:

DH imune, deficiência de

G6PD), letargia , sepse, acidose,

asfixia, albumina < que

3g%

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A . FOTOTERAPIA:

• FOTOTERAPIA PROFILÁTICA:

• A fototerapia é eficaz na modificação das moléculas de bilirrubina que estão acumuladas no tecido subcutâneo, caracterizando a pele ictérica e níveis de bilirrubina indireta > 5-6 mg%. Se não há icterícia não há sentido em se fazer fototerapia profilática!!

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A . FOTOTERAPIA:

• FOTOTERAPIA PRECOCE:

Indicada em RN com peso de nascimento < 1000g e níveis séricos de bilirrubina indireta de 5-6 mg%. 

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A . FOTOTERAPIA:

• FOTOTERAPIA INTENSIVA:

 Se opção por fototerapia intensiva em RN com níveis

indicativos de ET, deve-se ter resultados de bilirrubinas nas próximas 6 horas e optar pela ET, caso os níveis ainda sejam indicativos. 

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A . FOTOTERAPIA:

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VI) TRATAMENTO:

B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

• ET é recomendada imediatamente se o recém-nascido mostra sinais de encefalopatia bilirrubínica (hipertonia, opistótono, febre e choro agudo);

• Fatores de risco: doença hemolítica isoimune, deficiência de G6PD, letargia significante, sepse, acidose, asfixia, instabilidade da temperatura, albumina menor que 3g%.

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:ET se RN tem

sinais de encefalopatia ou se o nível de Bb é > = 5mg% acima

das linhas

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

• O uso da relação B/A é uma opção clínica, não em substituição ao nível de BT, mas como um fator adicional na determinação da necessidade de exsanguineotransfusão;

• Há necessidade de interpretar a bilirrubina total no contexto da concentração de albumina sérica.

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

• Síndrome do Bebê Bronzeado: se a BT está no nível de fototerapia intensiva, considerar exsanguineotransfusão;

• A BD não deve ser subtraída da BT na tomada de decisão para realizar exsanguineotransfusão;

• Encefalopatia Bilirrubínica: ET independente do nível de bilirrubina total; Considerar uso de albumina 1g/kg: diminuição da

bilirrubina livre com 6 - 24 horas após seu uso.

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

• Para os RN internados, a ET é recomendada se os níveis de bilirrubina total aumentam a despeito da fototerapia intensiva;

• Para os RN readmitidos, se BT está > que o nível para ET,  repetir a BT cada 2 a 3 horas e considerar ET se permanecer após fototerapia intensiva por 6 horas;

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

• Na Isoimunização RH, o sangue usado na ET é tipo específico do paciente, RH negativo;

• Na Incompatibilidade ABO, o sangue usado na ET é O, RH do paciente.

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

• Eficácia:

Remoção de células com AC maternos remove a “bilirrubina potencial”;

O sangue que retorna ao paciente é Rh negativo: tempo de vida mais prolongado;

Melhora do hematócrito em pacientes anêmicos; A Hb fetal é substituída pela do adulto: menor afinidade pelo

oxigênio, aumentando a liberação da molécula aos tecidos.

 

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

• COMPLICAÇÕES:

Alterações dos níveis de antioxidantes e alteração do volume sanguíneo cerebral. 

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

• INDICAÇÃO:  RN saudáveis: bilirrubina indireta ≥ 22 mg%. Com

hemólise ou doente: 20 mg%;

Antes da indicação de ET, levar em consideração: Idade gestacional; Peso de nascimento; Aumento de permeabilidade da BHE (HIC, anóxia,

hipoalbuminemia, infecção, hipercapnia); Tempo de fototerapia.

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

•  ET MUITO PRECOCE:

Realizada até 12 h de vida nas seguintes condições: Hemoglobina < 12,5% Htc < 40% Coombs direto + Bilirubina total > 5 mg% no sangue de cordão Elevação dos níveis de bilirrubina total de 0,5 mg%/h, na

doença hemolítica pelo fator Rh 

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

• ET PRECOCE:

AUMENTO DA BILIRRUBINA TOTAL 0,5 mg%/h ou:

         HORAS DE VIDA      BI

                    <12                     <18                     <24

                   >10                     >12                    >14

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B) EXSANGUINEOTRANSFUSÃO:

• TARDIA: 

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VI) TRATAMENTO:

C) Globulina hiperimune:

•  Seu uso diminuiu a indicação de ET fototerapia, tanto na incompatibilidade Rh e ABO;

• Reduz a taxa de hemólise pelo bloqueio de receptores Fc dos macrófagos do sistema retículo-endotelial neonatal, sítio de destruição dos eritrócitos.

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C) Globulina hiperimune:

• Indicação:

Indicada em icterícia precoce/ anemia por incompatibilidade ABO/Rh com Coombs Direto + ;

DOSE: 0,5-1 g / kg  EV por 4 - 5 horas. Repetir a dose 24 - 48 horas após.

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Outras Possibilidades:

Fenobarbital e clofibrato aumentam a depuração hepática da bilirrubina!!

Fonte: Kernicterus, Bilirubin Induced Neurological Dysfunction and New Treatments for Unconjugated HyperbilirubinemiaDeirdre E. van Imhoff, Frans J.C. Cuperus, Peter H. Dijk, Claudio Tiribelli and Christian V. Hulzebos

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VI) MANUSEIO DA HIPERBILIRRUBINEMIA NO RNPT:

• RN de 35 - 37 semanas: ajustar os níveis de BT na linha de risco médio:

Pode-se intervir com BT menor para RN mais próximos de 35 semanas e maior para RN mais próximos de 37 semanas e 6 dias. 

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VI) MANUSEIO DA HIPERBILIRRUBINEMIA NO RNPT:

• Fatores de Risco:

HF de icterícia ou hemólise; Policitemia; Elevação de bilirrubina > 0,5 mg%/h; Nível sérico de albumina < 3.0 g%; Hemorragia interna ou externa, anemia hemolítica

isoimune, deficiência de G6PD, letargia significativa, sepse, acidose, asfixia, instabilidade da temperatura.

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IX) COMPLICAÇÕES DA HIPERBILIRUBINEMIA:

• HIDROPSIA FETAL :

Causada pela hipoalbuminemia: redução da capacidade de síntese do fígado pela distorção do cordão de células hepáticas.

A intensa hemólise resulta em aumento das ilhotas de eritropoiese que causam alteração da arquitetura hepática. 

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IX) COMPLICAÇÕES DA HIPERBILIRUBINEMIA:

• KERNICTERUS:

Apoptose baseada no nível de cálcio que é composto dentro da célula: A bilirrubina prejudica a homeostase do cálcio intracelular.

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KERNICTERUS:

 Mecanismos de defesa celular que o cérebro possui ajudam certa reversibilidades da encefalopatia:

Fatores anti-apoptóticos; Competidores da bilirrubina com a albumina: lactato,

piruvato, acetona, acetoacetado, betahidroxibutirato; Agentes estabilizadores: N-acetiltriptofano, caprilato de

sódio, mandelato de sódio.

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KERNICTERUS:

Clínica:

Morte; Encefalopatia aguda: convulsões, apnéia, hipertensão,

taquicardia, anormalidades eletrolíticas (SIADH); Alterações nas respostas auditivas do pedúnculo

cerebral.

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KERNICTERUS:

Apresenta-se em quatro fases:

Fase I: hipotonia, letargia e reflexo de sucção débil nos primeiros 2 a 3 dias;

Fase II: espasticidade, opistótono e febre; Fase III: aparente melhora, instalando-se no fim da

primeira semana, com diminuição da espasticidade; Fase IV: incide aos 2 a 3 meses de vida, com

sinais sugestivos de paralisia cerebral.

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Bilirrubina e audição:

• A bilirrubina tem uma predileção específica para as vias neurais auditivas;

• As mudanças nestas respostas induzidas pela bilirrubina progridem de uma prolongação reversível das latências absolutas das ondas III e V, para a perda da amplitude da onda até finalmente a inabilidade de detectar a onda.

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Bilirrubina e audição:

• A progressão anormal da resposta auditiva na 1ª sem de vida é associada ao grau de hiperbilirrubinemia, sendo melhor predita pela bilirrubina livre;

• Todo RN com níveis elevados de bilirrubina deveria ser submetido ao Potencial Evocado auditivo;

• No follow-up, estes RN têm neuropatia auditiva cuja característica é a  dificuldade de diferenciar entre sons e tons. Ao se tornarem adolescentes, parecem crianças com retardo do desenvolvimento.

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Bilirrubina e audição:

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Bilirrubina e visão:

• A bilirrubina pode entrar nos olhos dos pacientes ictéricos a partir do sangue ou pode ser produzida localmente;

• A barreira hemato-vítrea é mais permeável às proteínas do plasma do que a BHE: a BI pode estar em contato com as células retinianas;

• O Potencial Visual Evocado tem maior sensibilidade para a detecção de mudanças na dinâmica da Bb e deveria estar na avaliação da NTX nos RN ictéricos.

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Imagem:

• A RM evidencia lesão bilateral do globo pálido e os núcleos subtalâmicos podem também ser afetados;

• A lesão difere da lesão da hipóxico-isquêmica, pois esta afeta o tálamo, o córtex, a substância branca periventricular, o núcleo caudado e o putamen.

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Imagem:

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FIM!

O kernicterus é somente prevenível, mas severa hiperbilirrubinemia é prevenível

e tratável (Buthani VK, Johnson L, 2006).

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Para saber mais:

• Hydrops fetalis due to ABO incompatibilityMaura McDonnell, Simon Hannam, SP Devane

Department of Child Health Kings College Hospital Denmark Hill London SE5 9RS

Dr Simon Hannam.

• Clofibrate for unconjugated hyperbilirubinemia in neonates: A systematic review

Tao Xiong, Dapeng Chen, Zhoujin Duan, Yi Qu and Dezhi Mu

Indian Pediatrics, 2012, Volume 49, Number 1, Pages 35-41

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Para saber mais:

• Hearing deficits and neuropsicomotors alterations in jaundiced full-term infants treated by conventional

methodsMaria Cristina Korbage de AraújoI; Ida LichtigII; Maria Inês Vieira CoutoIII; Sílvia Roberta G.

MonteiroIV; José Lauro Araújo RamosV; Flávio Adolfo Costa VazVI\

• Prevalência de marcadores imuno-hematológicos em recém-nascidos ao nascimento e em suas respectivas

mães e incidência de doença hemolítica numa maternidade de São Paulo

Marco Antonio Cianciarullo; Maria Esther Jurfest Ceccon; Flávio Adolfo Costa Vaz

Hospital e Maternidade Santa Joana e Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, São Paulo, SP

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Consultem também:II Congresso Paraibano de Saúde Materno-Infantil(Campina Grande 30 de maio a 2 de junho de 2012):Icterícia no período neonatal-novos recursos terapêuticos (Kernicterus, ainda um desafio!)Autor(es): Paulo R. Margotto

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