Apresentação economia e desenvolvimento av
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ECONOMIA, DESENVOLVIMENTO E AS MUDANCAS CLIMÁTICAS
AGENDA
• Energia Emissões GEE Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica Recursos Naturais Desenvolvimento
• Considerações Finais
Principais Atividades Antropogênicas responsáveis por emissões de GEE
Evolução histórica no consumo de Energia
Evolução global das emissões e indicadores econômicos
Evolução da intensidade energética (-33%) mais do que compensada pelo efeito combinado crescimento da renda (+77%) e população (+69%)
Emissões de toneladas de CO2-eq de países e regiões
Emissões de CO2 permanece na atmosfera por longo tempo
Emissões de toneladas de CO2 (combustíveis fósseis) de países e regiões
Emissões de Carbono per capita (combustíveis fósseis) 2007 e acumulado
Emissões de toneladas de CO2-eq per capita de diferentes regiões
Distribuição no ano de 2004 das
emissões regionais de gases de
efeito estufa per capita (todos
os gases de Quioto, inclusive os
provenientes do uso da terra)
da população de diferentes
agrupamentos de países. As
porcentagens nas barras
indicam a participação das
regiões nas emissões globais
de gases de efeito estufa
Emissões de toneladas de CO2-eq por riqueza produzida
Distribuição no ano de 2004
das emissões regionais de
gases de efeito estufa (todos
os gases de Quioto, inclusive
os provenientes do uso da
terra) por US$ de PIBppc do
PIBppc de diferentes
agrupamentos de países. As
porcentagens nas barras
indicam a participação das
regiões nas emissões globais
de gases de efeito estufa
Indicadores de Emissões de CO2 do Brasil e países selecionados
A Matriz Energética Brasileira é uma das mais limpas do planeta (?!)
AGENDA
• Energia Emissões GEE Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica Recursos Naturais Desenvolvimento
• Considerações Finais
Conceito de Desenvolvimento Sustentável
Índice de Desenvolvimento Humano
IDH - é uma medida comparativa de
riqueza, alfabetização, educação,
esperança média de vida, natalidade
e outros fatores. É uma maneira
padronizada de avaliação e medida
do bem-estar de uma população,
especialmente o bem-estar infantil.
Vem sendo usado desde 1993 pelo
Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento no seu relatório
anual. Todo ano, os países membros
da ONU são classificados de acordo
com essas medidas.
Índice de Desenvolvimento Humano (Mundo)
Índice de Desenvolvimento Humano (Brasil)
Coeficiente de Gini (Desigualdade dentro das sociedades)
Relação entre IDH e consumo per capita de energia
Relação entre Mortalidade Infantil e Consumo per capita de Energia
Relação entre Espectativa de Vida e consumo per capita de energia
AGENDA
• Energia Emissões GEE Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica Recursos Naturais Desenvolvimento
• Considerações Finais
Contração e Convergência
Convergência dentro da União Européia
AGENDA
• Energia Emissões GEE Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica Recursos Naturais Desenvolvimento
• Considerações Finais
Como se avalia os impactos das Mudanças Climáticas devido às emissões de GEE ?
Vários passos: de emissões a respostas climáticas
Emissões de toneladas de CO2-eq de países e regiões
Componentes do Forçamento Radiativo Natural e Antrópico
Emissões de CO2 permanece na atmosfera por longo tempo
Métricas para Mudanças “Perigosas”
Extermínio de Espécies Animais & Vegetais1. Extinção de Espécies Polares e Alpinas2. Taxas Insustentáveis de Migração
Desintegração Camada de Gelo: Nível Global dos Mares1. Mudanças de Longo Prazo de Dados Paleoclimáticos2. Tempo de Resposta de Camadas de Gelo
Regional Climate Disruptions1. Aumento de Eventos Extremos2. Mudanças de Zonas/Escassez de Água Doce
Emissões de CO2 permanece na atmosfera por longo tempo
Meta CO2:
< 350 ppm Para preservar a criação, o planeta
em que a civilização se desenvolveu
Nível de estabilização (ppm CO2-eq)
Aumento de Temp. Global Média
em equilíbrio (ºC)
Ano em que emissões globais de CO2 precisam parar de crescer
Ano em que emissões globais de CO2 precisam voltar ao nível de 2000
Redução nas emissões globais de CO2 em 2050 comparada a 2000
445 – 490 2.0 – 2.4 2000 - 2015 2000- 2030 -85 to -50
490 – 535 2.4 – 2.8 2000 - 2020 2000- 2040 -60 to -30
535 – 590 2.8 – 3.2 2010 - 2030 2020- 2060 -30 to +5
590 – 710 3.2 – 4.0 2020 - 2060 2050- 2100 +10 to +60
710 – 855 4.0 – 4.9 2050 - 2080 +25 to +85
855 – 1130 4.9 – 6.1 2060 - 2090 +90 to +140
Correlação entre níveis de concentração de GEE e temperatura global
Principais impactos como função do aumento da temperatura global média
Principais impactos como função do aumento da temperatura global média
Principais impactos como função do aumento da temperatura global média
AGENDA
• Energia Emissões GEE Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica Recursos Naturais Desenvolvimento
• Considerações Finais
O que são Cenários ?
• A noção de longo prazo é intrínseca ao debate do conceito de sustentabilidade, as análises do significado do conceito e as implicações do desenvolvimento sustentável requerem uma visão para muitas gerações futuras.
• Projeções de tendências baseadas em complexos modelos matemáticos que envolvem muitas variáveis acabam tendo sua aplicabilidade restrita à previsões de curto prazo, quando expandidas do horizonte de meses e anos para décadas e gerações.
• A metodologia de cenários vai além de previsões, os cenários são compostos por estórias sobre o futuro baseados em sequencias lógicas e na narrativa do criador possibilitando a inclusão de variáveis qualitativas, sendo assim a formulação de cenários faz uma uma análise mais global, sem ter como objetivo a busca por resposta mas sim várias possibilidades de futuros, servindo como guia para tomadas de decisões no presente.
• Mas apesar do caráter mais global dos cenários, eles possuem limitações devido as incetezas que são sempre introduzidas a análises de longo prazo tanto pelo limitado conhecimento dos processos humanos e ecológicos quanto pela complexa indeterminação intrínseca a dinâmica do sistema.
Quais as principais diferenças entre métodos de previsão e a metodologia de cenários ?
• O método de previsão consiste em saber com certeza como será uma determinada ocorrência no futuro, partindo de um presente específico. Ao contrário do cenário, o método de previsão se utiliza de complexos modelos matemáticos para a análise, como há muitas variáveis envolvidas, o tempo é um revés deste método pois torna a análise mais complexa, restringindo a sua aplicabilidade à previsão de curto prazo.
• Já o cenário, este compõe estórias em sequências lógicas, baseadas algumas características selecionadas. Não tem o objetivo de encontrar a resposta, mas várias possibilidades de futuros. Este método é particularmente interessante pois envolve variáveis qualitativas de difíceis quantificações, particularmente envolvendo os seres humanos, indicando as suas inter-relações no desdobramento da estória.
Como é feito a Modelagem de Cenários ?
Serviços Ambientais: O sistema mundial pode ser considerado como um sistema sócio-ecológico constituído de subsistemas: ambiental - humano e suas interações conforme esquema:
Cenários da Trajetória da Sociedade no Século XXI (SEI)
Cenários da Trajetória da Sociedade no Século XXI (SEI)
Cenários de aumento de temperatura global (IPCC)
Médias Multimodelos e Intervalos Avaliados para o Aquecimento Superficial
Cenários de desenvolvimento do IPCC
• A1. O contexto e a família de cenários A1 descrevem um mundo futuro de
crescimento econômico muito rápido, com a população global atingindo um pico
em meados do século e declinando em seguida e a rápida introdução de
tecnologias novas e mais eficientes. As principais questões subjacentes são a
convergência entre as regiões, a capacitação e o aumento das interações culturais e
sociais, com uma redução substancial das diferenças regionais na renda per
capita. A família de cenários A1 se desdobra em três grupos que descrevem
direções alternativas da mudança tecnológica no sistema energético. Os três grupos
A1 distinguem-se por sua ênfase tecnológica: intensiva no uso de combustíveis
fósseis (A1FI), fontes energéticas não-fósseis (A1T) ou um equilíbrio entre
todas as fontes (A1B) (em que o equilíbrio é definido como uma dependência não
muito forte de uma determinada fonte de energia, supondo-se que taxas similares de
aperfeiçoamento apliquem-se a todas as tecnologias de oferta de energia e uso
final).
Cenários de desenvolvimento global do IPCC (cont.)
• A2. O contexto e a família de cenários A2 descrevem um mundo muito
heterogêneo. O tema subjacente é a auto-suficiência e a preservação das
identidades locais. Os padrões de fertilidade entre as regiões convergem muito
lentamente, o que acarreta um aumento crescente da população. O
desenvolvimento econômico é orientado primeiramente para a região e o
crescimento econômico per capita e a mudança tecnológica são mais
fragmentados e mais lentos do que nos outros contextos.
Cenários de desenvolvimento global do IPCC (cont.)
• B1. O contexto e a família de cenários B1 descrevem um mundo convergente com a
mesma população global, que atinge o pico em meados do século e declina em seguida,
como no contexto A1, mas com uma mudança rápida nas estruturas econômicas em
direção a uma economia de serviços e informações, com reduções da intensidade
material e a introdução de tecnologias limpas e eficientes em relação ao uso dos
recursos. A ênfase está nas soluções globais para a sustentabilidade econômica,
social e ambiental, inclusive a melhoria da eqüidade, mas sem iniciativas adicionais
relacionadas com o clima.
• B2. O contexto e família de cenários B2 descrevem um mundo em que a ênfase está nas
soluções locais para a sustentabilidade econômica, social e ambiental. É um mundo
em que a população global aumenta continuamente, a uma taxa inferior à do A2, com
níveis intermediários de desenvolvimento econômico e mudança tecnológica menos
rápida e mais diversa do que nos contextos B1 e A1. O cenário também está orientado
para a proteção ambiental e a eqüidade social, mas seu foco são os níveis local e
regional.
AGENDA
• Energia Emissões GEE Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica Recursos Naturais Desenvolvimento
• Considerações Finais
Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
Emissões de gases de efeito estufa podem ser evitadas !
Medidas de mitigação não possuem um preço irrealisticamente alto
Todos os setores e regiões têm o potencial para contribuir
Como podem as emissões serem reduzidas ? Oferta de energia
Tecnologias de mitigaçãochaves e práticascorrentemente disponíveis comercialmente
• Eficiência• Substituição de combustíveis• Energia nuclear• Renováveis (hidro, solar, eólica,
geotérmica e bioenergia) • Cogeração• Aplicações iniciais de captura e
armazenamento de CO2 (CCS)
Tecnologias de mitigação chaves e práticas projetadas para estarem comercialmente disponíveis antes de 2030
• CCS para gás • Plantas de geração de energia
elétrica a partir de biomassa e
carvão• Renováveis avançados (energia
das marés e das ondas, solar
concentrador, solar fotovoltaico)
Como podem as emissões serem reduzidas ? Transporte
Tecnologias de mitigaçãochaves e práticascorrentemente disponíveis comercialmente
• Veículos mas eficientes no uso de combustíveis
• Veículos híbridos• Biocombustíveis• Mudanças de modal de transporte
rodoviário para ferroviário e sistemas de transporte público
• Ciclismo, caminhada• Planejamento do uso da terra
Tecnologias de mitigação chaves e práticas projetadas para estarem comercialmente disponíveis antes de 2030
• Biocombustíveis 2a geração• Aviões mais eficientes• Veículos elétricos e híbridos
avançados com baterias mais
potentes e mais confiáveis
Como podem as emissões serem reduzidas ? Indústria
Tecnologias de mitigaçãochaves e práticascorrentemente disponíveis comercialmente
• Equipamentos elétricos mais eficientes
• Recuperação de calor e de eletricidade
• Reciclagem de materiais• Controle de emissões de gases
não-CO2
Tecnologias de mitigação chaves e práticas projetadas para estarem comercialmente disponíveis antes de 2030
• Eficiência energética avançada• CCS para a produção de cimento,
amônia e de ferro• Eletrodos inertes para a
produção de alumínio
Como podem as emissões serem reduzidas ? Edificações
Tecnologias de mitigaçãochaves e práticascorrentemente disponíveis comercialmente
• Iluminação eficiente• Equipamentos elétricos e
condicionadores de ar eficientes• Isolamentos melhorados• Aquecimento e resfriamento solar• Alternativas para o uso de gases à
base de flúor em isolamento e em equipamentos elétricos
Tecnologias de mitigação chaves e práticas projetadas para estarem comercialmente disponíveis antes de 2030
• Projetos integrados de
edificações comerciais incluindo
tecnologias tais como medidores
inteligentes capazes de
proporcionar retroalimentações e
controle• Solar fotovoltaico integrado nas
edificações
Como podem as emissões serem reduzidas ? Agricultura
Tecnologias de mitigaçãochaves e práticascorrentemente disponíveis comercialmente
• Gestão melhorada do solo• Restoração de solos turfosos
cultivados e de terras degradadas• Tecnologias melhoradas de cultivo
de arroz• Gerenciamento melhorado de
rebanhos e de dejetos animais• Aplicação melhorada de
fertilizantes nitrogenados(+ culturas para biocomtustíveis)
Tecnologias de mitigação chaves e práticas projetadas para estarem comercialmente disponíveis antes de 2030
• Rendimentos agrícolas melhorados
Como podem as emissões serem reduzidas ? Florestas
Tecnologias de mitigaçãochaves e práticascorrentemente disponíveis comercialmente
• Forestamento e reflorestamento• Manejo florestal • Redução de desmatamento• Manejo de silvicultural
(+ culturas para biocombustíveis)
Tecnologias de mitigação chaves e práticas projetadas para estarem comercialmente disponíveis antes de 2030
• Melhoramento de espécias
arbóreas• Tecnologias melhoradas de
sensoriamento remoto para
mapeamento, mudanças no uso
do solo e potencial de seqüestro
de carbono
Como podem as emissões serem reduzidas ? Mudanças de padrão de consumo
Tecnologias de mitigação chaves e práticascorrentemente disponíveis comercialmente
• Consumidores mudam seu comportamento através da escolha de suas opções de estilo de vida
• Incentivos aos trabalhadores encorajam mudanças das práticas no ambiente de trabalho
• Donos de automóveis passam a adotar um estilo de direção mais eficiente no uso de combustível, com acelerações e frenagens menos bruscas
• Uso mais reduzido do automóvel através da mudança para outros modais de transporte
Precificar o carbono pode viabilizar mitigação significativa em todos os setores
• Políticas tais como regulação, restringindo a quantidade de emissões produzidas, e instrumentos econômicos tais como taxa de carbono ou alocação certificados comercializáveis de emissão tornam mais cara a emissão de gases
• Os custos extras resultantes para as indústrias e para os consumidores podem encorajar investimentos em tecnologias não baseadas em carbono
• Para se obter uma estabilização em torno de 550ppm (partes por milhão), preços de carbono em termos de CO2 equivalente devem atingir US$20-80 por tCO2 eq em 2030
• A estes preços, grandes mudanças para investimentos em tecnologias de baixo carbono podem ser esperadas
Quais são os custos macroeconômicos em 2030?
• Custos macro-econômicos são médias globais para abordagens de menor custo a partir de modelos top-down. Custos não incluem benefícios de danos evitados por mudanças climáticas.
• O impacto financeiro – mesmo que medidas duras sejam adotadas para se reduzir as emissões
• Para a trajetória mais severa para se atingir a estabilização dos gases de efeito estufa na atmosfera e assim se estabilizar a temperatura global, o efeito na economia global seria inferior a 3% em 2030. Uma perda de 3% no PIB significa que um país atingiria o mesmo nível de riqueza um ano mais tarde
Trajetórias para níveis de estabilisação
(ppm CO2-eq)
Redução Média de PIB (%)
Faixa de redução do PIB (%)
Redução média da taxa anual de crescimento do PIB (pontos percentuais)
590-710 0.2 -0.6 a 1.2 <0.06
535-590 0.6 0.2 a 2.5 <0.1
445-535 N.D. <3 <0.12
Ilustração dos números de custo de mitigação de emissões de GEE
Impactos nas Decisões de Investimento
• Decisões de investimento em infraestrutura energética (20 trilhões de US$ até 2030) terão impactos de longo prazo sobre as emissões de GEE
• A difusão disseminada de tecnologias de baixo carbono pode demorar várias décadas, mesmo que investimentos nestas tecnologias no curto prazo se tornem atrativos
A importância de políticas tecnológicas
• Quanto mais baixo os níveis de estabilização, tão mais cedo as emissões globais de CO2 terão que atingir seu pico
• Suporte governamental é importante para um desenvolvimento tecnológico, inovação e aplicação prática efetivos
• MAS, financiamento público para a maioria dos programas de pesquisa energética tem declinado por quase duas décadas; atualmente cerca de metade do nível verificado em 1980
Políticas, medidas e instrumentos
• Há um vasto espectro de políticas e instrumentos para governos criarem incentivos para ações de mitigação
• Circunstâncias nacionais determinarão escolhas– Integração de políticas climáticas em políticas mais amplas de desenvolvimento– Regulamentações e padrões– Taxação– Certificados comercializáveis– Incentivos financeiros– Acordos voluntários– Informação– PD&A
Exemplo da Eficácia de Esquema de Cota e Crédito (Cap and Trade)
• Relatório mostra a evolução das emissões de dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e dióxido de carbono (CO2) das usinas elétricas em função dos programas regulatórios de redução da poluição, criados pelas emendas de 1990 ao Clean Air Act. Em 2006, as emissões foram:
SO2: 40% menores do que em 1990 NOx: 46% inferiores a 1990 CO2: 29% superiores neste período (emissões não foram sujeitas ao Clean Air Act)
• O setor elétrico no EUA é o maior emissor de CO2 de toda a economia do país e ainda é responsável por 70% das emissões de SO2; 20% de NOx; e 40% de CO2, além de contribuir com 68% da poluição aérea por mercúrio.
• As 100 maiores produtoras de eletricidade estudadas no relatório produziram 85% da eletricidade total gerada nos EUA em 2006
Benchmarking Air Emissions of the 100 Largest Electric Power Producers in the United States
Desenvolvimento sustentável e mitigação
• Tornar o desenvolvimento mais sustentável pela alteração das trajetórias de desenvolvimento pode oferecer uma imensa contribuição à mitigação
• Emissão de gases de efeito estufa é influenciada, mas não rigidamente ligada, ao crescimento econômico. Há grandes margens de manobra
• Enfrentar o problema das mudanças climáticas não significa frear o desenvolvimento dos países
• “Não enfrentar o problema é condenar os países a se des-desenvolverem se desenvolvidos, e a não se desenvolverem se ainda em desenvolvimento”
UM PLANO B PARA REDUZIR EMISSÕES DE CARBONO EM 80% ATÉ 2020
Fonte: EPI
O papel dos Mercados e dos Governos para uma economia de baixo carbono
Fonte: Carbon Trust
•A redução das emissões de carbono é uma prioridade social que transcende o mandato de governos individuais
•A escala do desafio é enorme: é preciso inovação tecnológica e mudança de comportamento para obtenção de cortes maciços em todos os setores econômicos
•Mercados trabalham bem quando entregam bens e serviços que são valorizados pelos consumidores (p.ex., telefones móveis)
•No entanto, mercados não trabalham tão bem para entregar bens e serviços que possuem alto valor para a sociedade, mas de pouco valor individual (p.ex., redução de carbono)
•Assim o papel do Governo deve ser de montar um arcabouço de políticas de longo prazo nos quais os mercados confiam e que diminua os riscos de investimento
•Para nos transformarmos numa economia de baixo carbono e atender às metas de redução de carbono, precisamos de um aumento dramático na escala de suporte de inovação em tecnologias de baixo carbono
Como continuar crescendo e reduzir as emissões ?
O que poderíamos fazer com a ração diária de emissões per capita hoje ?
Qual a velocidade necessária para aumentar a produtividade de carbono ?
AGENDA
• Energia Emissões GEE Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica Recursos Naturais Desenvolvimento
• Considerações Finais
O Grande Debate entre Economia Neo-Clássica e Economia Ecológica
Função Produção:
(Variante Solow-Stiglitz da função Cobb-Douglas)
onde:
K = estoque de capital
R = fluxo de recursos naturais
L = oferta de trabalho
“Se for fácil substituir recursos naturais por outros fatores, então, em princípio, não há “problema”. O mundo pode, para todos os efeitos, se “virar” sem recursos naturais”
Robert Solow – Prêmio Nobel de Economia
As Relações entre Economia e Meio Ambiente
Como surgiu esta Visão “Mecanicista” da Economia ?
•A Ciência Econômica desenvolveu seu caráter mecanicista à partir da Física Clássica, newtoniana, que ainda dominava o cenário cientifico de meados do século XIX, quando foram criadas as fundações da primeira como uma ciência moderna.
•Da mesma forma como a Mecânica Clássica se focaliza apenas no movimento, considerando-o previsível, reversível e sem qualidades intrínsecas, a Economia criou o que o autor definiu como a ficção do homo oeconomicus, onde o comportamento do ser humano é previsível, mecânico, onde as variáveis culturais são desconsideradas.
•Da mesma forma que a Mecânica Clássica, a Economia não leva em consideração a existência de mudanças qualitativas contínuas da natureza. Marx compartilha da visão estreita do papel da natureza (como provedora de recursos infinitos e num patamar abaixo do Homem.)
•Ironicamente, as bases teóricas da Economia moderna foram fundadas justamente quando os dogmas mecanicistas da Física começaram a ser colocados em cheque.
•Mesmo teóricos econômicos em pleno século XX ainda pregavam a forte identificação da Economia com a Mecânica, uma ciência “irmã”.
O Grande Debate entre Economia Neo-Clássica e Economia Ecológica
Herman Daly, citando Nordhaus et Tobin
Ecological Economics 22 (1997), pag. 261-265
Forum: Georgescu-Roegen vs. Solow/Stiglitz
Crescimento da Economia (PIB) traz Desenvolvimento ?
Primeiro, um ponto preliminar. O verbo “crescer" absorveu tantas
conotações positivas, que esquecemos sua denotação literal no
dicionário, especificamente, “levantar e desenvolver até a maturidade."
Assim, a própria noção de crescimento inclui alguns conceitos de
maturidade ou suficiência, além do qual o acúmulo físico dá lugar à
manutenção física; istoé, crescimento dá lugar a um estado
estacionário. É importante lembrar que “crescimento” não é sinônimo
de “melhoria”.
Herman Daly – Steady State Economics
Crescimento da Economia (PIB) traz Desenvolvimento ?
O Conselho de Assessores Econômicos do Presidente (EUA) afirmou: “Se existe
consenso que produção econômica é uma coisa boa, por definição decorre que não
existe tal coisa como o suficiente disso” (Economic Report of the President, 1971, p.
92) (…) Em outro ponto do mesmo documento, o conselho admite que “o crescimento
do PIB tem seus custos e, além de algum ponto, não vale a pena pagar por eles" (p.
88). (…) “As propensões existentes da população e das políticas do governo exercem
pressão no PIB que só pode ser satisfeito por rápido crescimento econômico" (…)
Crescimento no PIB deveria cessar quando os benefícios marginais decrescentes se
igualarem aos custos marginais crescentes. Mas não há séries estatísticas que
tentam medir os custos do PIB. Isto é Mania de Crescimento, literalmente não
levando em conta os custos do crescimento.
Herman Daly (ex-Economista Chefe do Bano Mundial)
Crescimento da Economia traz Desenvolvimento ?
“A questão é se mais crescimento no PIB vai de fato nos fazer mais ricos. Pode
muito bem nos fazer mais pobres. Como poderemos saber se não é o caso, já que não
nos damos ao trabalho de medir os custos e até contar muitos custos reais como
benefícios? Se benefícios marginais de crescimento físico declinam enquanto custos
marginais crescem (como qualquer teoria econômica elementar indicaria), vai haver uma
interseção a partir do qual o crescimento é anti-econômico. Quanto mais rica é uma
sociedade (quanto mais ela cresceu no passado), mais provável que os benefícios
marginais sejam menores do que os custos marginais e que mais crescimento é
anti-econômico. A diminuição dos benefícios marginais decorre do simples fato que
pessoas sensatas satisfazem suas necessidades mais básicas primeiro, seja nos usos
alternativos de uma única commodity ou em usos alternativos de renda. Que os custos
marginais aumentam decorre do fato que pessoas sensatas primeiro exploram a terra e
os minérios mais acessíveis por eles conhecido, e que quando sacrifícios são impostos
pelo aumento de uma atividade específica, pessoas sensatas irão sacrificar primeiro as
atividades alternativas (menos importantes). “
Crescimento da Economia traz Desenvolvimento? O caso da China
•Nos últimos 50 anos, cerca de 50% dos ecossistemas costeiros desapareceram por causa dos excessivos aterros nas zonas úmidas junto ao mar.
•No mesmo período, cerca de 80% dos recifes de corais e manguezais desapareceram.
•145 mil km2 de águas rasas ao longo da costa da China está fora dos padrões de proteção ambiental aceitáveis, sendo que destes, 29 mil km2 foram considerados “severamente” poluídos.
•As águas dos estuários dos rios Amarelo, Yangtze e Zhujiang também estão comprometidas. Nitrogênio inorgânico e fosfato são os principais químicos poluentes encontrados na águas contaminadas.
•A poluição do ar custa US$ 25 bilhões de dólares a cada ano para a economia da China em gastos com saúde e perda de produtividade (Banco Mundial, 2004)
É possível todos terem o mesmo padrão de vida dos desenvolvidos ?
[O subsídio de alimentos, água e combustíveis de sociedades com a dos EUA e China]
perturba alguns economistas que eram céticos quanto às premissas dos "Limites ao
Crescimento." Há 30 anos atrás, o então jovem economista Joseph Stiglitz afirmou
categoricamente: “Não há evidências convincentes de que nós estejamos com um
problema de exaustão de nossos recursos no curto ou médio prazo."
Hoje, o prêmio Nobel está preocupado que o petróleo está sub-precificado com relação
aos custos das emissões de carbono, e que recursos-chave tais como água são
frequentemente providos gratuitamente. “Na ausência de sinais de mercado, não tem
como o mercado resolver estes problemas," diz ele. “Como fazer com que pessoas que
conseguem algo grátis comecem a pagar por elas? É muito difícil. Se nossos padrões de
vida, nossos padrões de consumo são imitados, como outros se esforçam em conseguir,
o mundo provavelmente não é viável.“ (…) Mas Mr. Stiglitz pondera que consumidores
eventualmente terão que mudar seu comportamento ainda mais do que após os choques
de petróleo dos anos 1970s. Ele afirma que as definições e medidas gobais tradicionais
de progresso econômico - baseado numa produção e consumo sempre em
crescimento – talvez tenha que ser repensado. Fonte: Wall Street Journal, 24-3-2008
AGENDA
• Energia Emissões GEE Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica Recursos Naturais Desenvolvimento
• Considerações Finais
Porque Economizar Energia ?
•Energia é o recurso mestre da civilização – quase todas as civilizações que ruíram foi devido à falta de recursos energéticos
•E.R.O.I. (Energia de retorno sobre Energia Investida) de recursos fósseis está diminuindo – Nos EUA, EROI de GN e petróleo era 25:1 em 1970, agora é 15:1. Areias betuminosas do Canadá -> 4:1
•O único combustível abundante no planeta é o carvão! Energia de estoque é muito maior do que energia de fluxo.
•Se não houver mitigação das emissões de GEE, o impacto em 2100 será de 20% do PIB mundial (Relatório Stern, 2006)
Existe forte Aumento na Demanda por Recursos Naturais
Conflitos Geopolíticos na Busca por Recursos Naturais
•Os EUA mantém duas esquadras no Estreito de Ormuz (Golfo Pérsico) para garantir fluxo ininterrupto de petróleo. Um novo comando militar (Africom) está em vias de ser criado.
•China tem realizado grandes investimentos (econômicos e políticos) na África, em busca de recursos – petróleo, madeira, minérios, terras -> alimentos.
•India, antigo defensor do movimento democrático em Mianmar, fechou acordos comerciais com este país (rico em recursos naturais).
• EUA, UE, Russia e China estão disputando acesso às reservas de GN e petróleo na Ásia Central. EUA nomeou um “coordenador especial de energia, que dedicará especialmente todo o seu tempo à região da Ásia Central e do mar Cáspio” (Condoleeza Rice)
•Uma seca recorde no Sudeste dos EUA intensificou uma disputa entre Alabama, Georgia e Florida a respeito de água de um reservatório federal próximo a Atlanta.
•Disputa por direitos de água no Rio Cauvery, entre os estados de Karnataka e Tamil Nadu resultou em 25 mortes em 1991.
•Economistas detectaram que declínio de chuvas está associado à guerras civis na África sub-Sahariana. Serra Leoa, por example, que sofreu forte queda de chuvas em 1990, entrou em guerra civil em 1991.
É Preciso Quebrar o Modelo de Produção, Consumo e Desperdício
Reduzir, Reutilizar e Reciclar
O Mundo está condenado à Miséria e a Fome?
A verdadeira lição do Thomas Malthus, um economista inglês que faleceu em 1834, não é que o mundo está condenado, mas que a preservação da vida humana requer análise e ações decisivas. Dada a história da Inglaterra, com epidemias e carestias, Malthus tinha boa razão em especular se a sociedade estava condenada a uma perpétua oscilação entre felicidade e miséria. Ele e o seu período se destacaram do passado inglês justamente pela capacidade de analisar esta "perpétua oscilação". E esta capacidade de entender e responder é que tornou o mundo menos Malthusiano a partir dele.
Produto Interno Bruto (PIB) ou Felicidade Interna Bruta (FIB)?
OBRIGADO!
Alberto Villela – Pesquisador COPPE/[email protected]