Análise da Identidade em Sites Sociais

Docentes: Daniela Melaré Vieira Barros e Lúcia AmaranteDiscente: Natália Sarmento

Os media digitais facilitam aos jovens a formação da sua identidade, pela agilidade e velocidade com que se criam relações com os outros e com anonimato.

De acordo com os autores Goldman, S.; Brooker, A., & McDermott, M. (2008) em Mixing the Digital, Social, and Cultural: "O uso diário dos media digitais pelos jovens aproxima o mundo formal do mundo informal, permitindo-lhes afirmar as suas identidades face às políticas que os afectam."

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O objectivo deste estudo centralizou-se unicamente em caracterizar a utilização social dos media digitais pelos jovens e a sua relação com o processo pessoal de construção de identidade e socialização.

Assim, para recolha de informação foram realizadas e analisadas entrevistas a 2 jovens alunos que frequentam o 12º ano de escolaridade, ambos com 17 anos e da Escola Secundária de Alfena.

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1. Perfil dos 2 Entrevistados:

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Ambos utilizam as seguintes tecnologias:

Segundo Erikson, a construção da identidade é a tarefa mais importante da adolescência (p.107).

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2. Utilização Computador /Internet

Ambos têm acesso ao computador com internet, um com 4 e outro com 3 PC’s em casa, a jovem aluna só acede ao computador de 1 a 3 horas e o aluno de 5 a 7 horas, mas este sem controlo pelos pais e a aluna com controlo.

Quanto à frequência de utilização da internet a inquirida respondeu regularmente e o inquirido muitas vezes.

Ambos utilizam a Internet para:- Pesquisam da informação;- Envio de emails;- Acesso a redes sociais;- Download e upload de ficheiros- Jogos online;- Vídeos

Sendo que existe uma diferença entre o rapaz e a rapariga nomeadamente, o rapaz que utiliza a música e a rapariga não.

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Citando a colega Teresa Kuffer do Forum A3, “os jovens utilizam as ferramentas online quase que diariamente, aprendem sozinhos ou com os seus pares as bases e com todas as ferramentas que vão encontrando online e trocando entre si estão em constante construção e mudança. As suas páginas são o reflexo de si mesmas.”

3. Telemóveis

Ambos com 1 telemóvel onde passam em média o aluno 7 horas e a aluna 5 horas diárias.

Utilizam o telemóvel nas aulas, para ir ao Messenger e usam-no para ouvir música tirar fotos e como despertador.

Segundo os autores Goldman, Booker e McDermott (2008) os telemóveis são “everyday digital media” e Stald cita: "The young users like to take photos with their mobiles, but rather than sending them, they show them to one another on the physical devices or save them on their computer via infrared or Bluetooth and share them via email, Messenger or chat rooms."

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Ambos conhecem e utilizam o Facebook .

A inquirida nunca coloca conteúdo pessoal, ao passo que, o inquirido por vezes coloca alguma informação pessoal.

Aspectos positivos:▪ Partilha de fotos com amigos;▪ Permite falar com amigos

que estão longe.

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Ellison, N. B., Steinfield, C., & Lampe, C. (2007) sugerem que “o Facebook é utilizado para a manutenção ou solidificação de relações de amizade, e não para se conhecerem novos amigos.”

4. Redes Sociais

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Conforme a psicopedagoga Felice (1996), a adolescência é a fase de trocas, mas isto não implica na ausência de limites, que são necessários e fundamentais para trazer segurança. O que deve ser estabelecido é a diferença entre autoridade e autoritarismo.

6. Tendências

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Inquirido Inquirida

Nunca realizou uma compra online.

Nunca realizou uma compra online.

Jogos online gratuitos Jogos online gratuitos, com nickname

7 horas nos jogos 1 hora nos jogos

Não conhece o termo cyberbullying

Conhece o termo cyberbullying

Informações da Internet fidedignas

Informações da Internet não seguras

Competências por ele próprio Competências adquiridas nas Aulas

Não prescinde nem do PC’s nem do telemóvel

Prescinde do telemóvel

A conclusão mais clara através desta pequena amostra para este estudo, é que os jovens consideram que a internet é um local de liberdade, e nem todos os pais têm de saber o que eles fazem diariamente no mundo digital.

Todos os jovens usam os media digitais.

Um dado interessante em relação ao facto da rapariga ser mais cuidadosa e o rapaz estar muito mais tempo no computador e ser mais autónomo.

Para o autor Erikson, os adolescentes procuram criar uma identidade que lhes permita participar no mundo adulto.

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Goldman, S.; Booker, A., & McDermott, M. (2008). Mixing the Digital, Social, and Cultural: Learning, Identity, and Agency in Youth Participation. In Youth, Identity, and Digital Media:185- 206.

Schoen-Ferreira, T.; Aznar-Faria, M.; Silvares, E. (2003). A construção da identidade em adolescentes: Um estudo exploratório. In Estudos de Psicologia, 8 (1), 107-115.

Ellison, N. B., Steinfield, C., & Lampe, C. (2007). The benefits of Facebook "friends:" Social capital and college students' use of online social network sites. Journal of Computer-Mediated Communication, 12(4), article 1. http://jcmc.indiana.edu/vol12/issue4/ellison.html

Buckingham, David. “Introducing Identity." Youth, Identity, and Digital Media . Edited by David Buckingham. The John D. and Catherine T. MacArthur Foundation Series on Digital Media and Learning. Cambridge, MA: The MIT Press, 2008. 1–24.

STERN, Susannah – Producing sites, exploring identities. Youth online authorship.

Weber, S.; Mitchell, C. (2008). Imaging, Keyboarding, and Posting Identities: Young People and New Media Technologies. In Youth, Identity, and Digital Media: 25-47.

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