Apresentação 1 redes de atenção
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Redes de Atenção à Saúde
Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde” Ministério da Saúde
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Conceitos e Definições
Começando a Conversa...
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A aposta em estruturas vivas e democráticas:
redes como superação da fragmentação
“Rede é um conjunto de nós interconectados. Nó é o ponto no qual uma curva se entrecorta. Concretamente, o que um nó é depende do tipo de redes concretas de que falamos” (CASTELLS, 2000, p. 498).
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A aposta em estruturas vivas e democráticas: redes como superação
da fragmentaçãoO A instituição de Redes de Atenção à Saúde
(RAS) pretende demarcar a possibilidade de criar estruturas que viabilizem a saúde como direito de cidadania, sob responsabilidade estatal, garantindo integralidade, acesso e qualidade da assistência prestada e que sejam uma proposição para superar a fragmentação do modelo de cuidado e também a fragmentação decorrente da descentralização do SUS. (Silva e Magalhães Jr, 2011)
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Redes como superação da fragmentação
“ [...] a rede que interessa para um projeto de ampliação da democracia e de qualificação da gestão e da atenção do SUS não pode se reduzir a articulação de serviços de um entorno funcional, mas valorizar o entorno territorial” (Righi, 2010).
As redes devem assegurar a flexibilidade necessária para adaptação a realidade de cada território, ser capazes de responder às necessidades de saúde e possam ser geridas de forma democrática e participativa possibilitando o diálogo real com a população adscrita. (Righi, 2010)
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Redes como superação da fragmentação
A definição de redes de atenção à saúde pode ser dada pela descrição de
pontos que se interconectam formando uma malha de serviços e
estabelecimentos de saúde, num determinado território, organizados de forma
sistêmica para que os diferentes níveis e densidades tecnológicas estejam
articulados e adequados para responder às demandas de saúde daquele
território. (Silva e Magalhães Jr, 2011)
Para Mendes, as redes de atenção à saúde são organizações poliárquicas de
conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por
objetivos comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que
permitem ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população,
coordenada pela atenção primária à saúde - prestada no tempo certo, no lugar
certo, com o custo certo, com a qualidade certa e de forma humanizada e com
responsabilidades sanitárias e econômicas por esta população. (Mendes, 2010)
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Redes como superação da fragmentação
O desafio parece estar na construção de uma rede integrada que, respeitando a autonomia de cada município, torne possível articular suas práticas e serviços em âmbito regional, visando garantir qualidade na atenção e boas práticas administrativas.
[...] uma rede de organizações que presta, ou faz esforços para prestar, serviços de saúde equitativos e integrais a uma população definida, e que está disposta a prestar contas por seus resultados clínicos e econômicos e pelo estado de saúde da população a que serve. (Righi apud OPAS, 2010).
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Redes como superação da fragmentação
O No entanto, cabe ainda destacar a necessidade de compreender que estes pontos não devem ser homogeneizados em estruturas semelhantes, numa rede definida e terminada. A proposição mais coerente é a de rede flexível, adaptada a cada contexto de cada lugar e que seja capaz de responder às necessidades de cada realidade (Righi, 2010).
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Territórios de saúdeO Idealmente a estruturação das RAS partiriam
do processo de territorialização sob responsabilidade da atenção primária numa sequencia de momentos que descrevem e classificam a situação de saúde de uma determinada população e que inclui o cadastramento das famílias; a classificação por vulnerabilidade sociossanitária; a vinculação das famílias à equipe de atenção primária à saúde; a identificação de subpopulações com fatores de riscos, com condições de saúde estabelecidas por graus de riscos e/ou com condições de saúde muito complexas. (Mendes, 2010)
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Territórios de saúdeMas além das redes, antes das redes, apesar das redes, depois das redes, com as redes, há o espaço banal, o espaço de todos, todos os espaços, porque as redes constituem apenas uma parte do espaço e o espaço de alguns. [...] (Faria e Bortolozzi, 2009)
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Centralidade na Atenção Básica
O Nesta compreensão de redes como estruturas móveis e em mudança, a proposição do Ministério da Saúde é de que a organização da rede se dê a partir da Atenção Básica, menor unidade-fração do território sanitário de onde partem e se organizam necessidades e demandas de saúde. (Righi, 2010)
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Centralidade na Atenção Básica
Política Nacional de Atenção BásicaA Atenção Básica em saúde deve estar caracterizada pelas funções de garantir universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social, o sujeito em sua singularidade, na complexidade. Buscando a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. (Brasil, 2012)
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Centralidade na Atenção Básica
A Atenção Básica deve ser capaz de estabelecer a territorialização com adscrição de clientela; a organização do trabalho com base no perfil epidemiológico da população adscrita; acolhimento do usuário com garantia de atendimento à demanda espontânea; análise de risco nos processos assistenciais; e utilização de dispositivos diversos de gestão do cuidado em saúde, visando garantir a integração das práticas e a continuidade assistencial. (Mendes, 2010)
Parece unanimidade entre os estudiosos do tema a relevância de colocar a organização das redes de atenção à saúde como função da APS juntamente com a coordenação do cuidado.
Destaque-se a necessidade de fortalecer a APS para que esta seja resolutiva, garanta qualidade no cuidado em saúde e seja capaz de identificar e reduzir as iniquidades dentro de uma rede de cuidado em saúde. (Mendes, 2010)
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O tema Redes de Atenção à Saúde também é aprofundado
no caso Sérgio. Não deixe de ver!
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Bibliografia
OBrasil. Ministério da Saúde. Política nacional e Atenção Básica, 2012.OCASTELS, M. O poder da identidade. Tradução: Klauss Brandini Gerhardt. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.OFaria, R. M.; Bortolozzi, A. Espaço, território e saúde: contribuições de Milton Santos para o tema da Geografia da Saúde no Brasil. R. RA´E GA, Editora UFPR: Curitiba, n. 17, p. 31-41, 2009. OMendes, EV. As redes de atenção à saúde.Ciência & Saúde Coletiva, 15(5):2297-2305, 2010ORighi, L. Redes de Saúde: Uma reflexão sobre formas de Gestão e fortalecimento da Atenção Básica. In Cadernos HumanizaSUS, vol 2 /Atenção Básica. Brasil, Ministério da Saúde, 2010OSilva, SF ;Magalhães Jr, HM. Redes de Atenção à Saúde: importância e conceitos. In Silva (org). Redes de Atenção à Saúde no SUS. Editora Saberes: Campinas – SP, 2011. Pp 69-87.