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APRENDA TOCAR VIOLÃO
Autor: Adenilton Santana
Sou músico (violonista e Contrabaixista), Compositor e Empreendedor
Digital na Internet!
Site: http://www.musicatotal3.webnode.com
01 – Intróito 07
02 – Recomendações Iniciais 08
03 – Partes do Violão 09
04 – Posição do Violão 11
05 – Posição da Mão Direita 12
06 – Posição da Mão Esquerda 13
07 – Pulsação 14
08 – Pulsação Sem Apoio 15
09 – Pulsação Com Apoio 15
10 – Maneiras de Pulsar as Cordas 15
11 – Pulsação Com a Polpa e Unha 15
12 – Como Pulsar os Acordes 16
13 – Dedo Polegar da Mão Direita 16
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14 – Explicação dos Sinais 16
15 – Outros Sinais 18
16 – A Pestana 18
17 – Afinação do Violão 19
18 – Tablatura 20
19 – Dedos 1 e 2 22
20 – Dedos 2 e 3 23
21 – Como Tocar os Acordes na Tablatura 24
22 – Diagrama Vertical 25
23 – Acordes no Diagrama 27
24 – Acordes Maiores 27
25 – Acordes Menores 27
26 – Dedos 3 e 4 28
27 – 1º Exercício Sobre Uma Corda 28
28 – Sequências de Acordes 29
29 – Acompanhamento de Canções 30
30 – Nesta Rua 31
31 – Campo Harmônico 32
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32 – Exercícios na Tablatura 34
33 – Estudo das Escalas 36
34 – Escalas Maiores 38
35 – Escalas Menores 40
36 – Parabéns 43
37 – Mais Sequências de Acordes 43
38 – Acordes Consonantes 45
39 – Acordes Dissonantes 46
40 – Acordes Móveis 47
41 – Exercício Com Quatro Dedos 47
42 – Tons Relativos 47
43 – Acidentes ou Alterações 48
44 – Tons Vizinhos 49
45 – Escalas Em Posições Sucessivas 49
46 – Folhas de Outono 51
47 – Exercícios Sobre Uma Corda 52
48 – Mais Sequências de Acordes 53
49 – Medo da Chuva 55
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50 – Arpejos 56
51 – O Trem das Sete 64
52 – Exercícios Com Pestana 65
53 – Meu Amigo do Mar 68
54 – Independência dos Dedos 70
55 – Casinha Branca 76
56 – Trêmulo 77
57 – Estou Apaixonado 79
58 – Notações na Tablatura 81
59 – Prece ao Vento 84
60 – Formação de Acordes 84
61 – Inversão de Acordes 87
62 – Índia 90
63 – Cadência Harmônica 91
64 – Maluco Beleza 93
65 – Acordes de Empréstimo Modal (AEM) 94
66 – Função Harmônica dos Acordes 94
67 – Qualidade Funcional dos Acordes 95
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68 – Acordes Não Diatônicos 95
69 – Ligaduras Mistas 96
70 – Progressões Harmônicas 97
71 – Mais Acordes 98
72 – Origem do Violão 99
73 – Considerações Finais 100
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INTRÓITO
Dentre as pessoas que se dispõem ao estudo e à prática do violão, muitas
não conseguem um desempenho favorável e eficiente, por lhes faltarem
paciência, perseverança e boa vontade, tanto na parte prática bem como na
teórica. Não basta ter apenas o desejo! É preciso agir com garra, afinco e
interesse!
Portanto, se desejas aprender a tocar violão, não penses que você vai
tornar-se em um grande violonista de um dia para o outro. Devemos prestar
atenção nos exemplos dos grandes mestres. Eles sofreram pacientemente,
até atingir os seus ideais nobilitantes.
Este curso se destina não apenas para principiantes, mas também para
aqueles que já tocam há mais tempo e querem, cada vez mais, se
aperfeiçoarem! Se você seguir todas as lições e colocar em prática o que
aprender, com certeza não serás apenas um violonista medíocre!
“A natureza não dá saltos. A planta desenvolve-se paulatinamente; a
estrada mais longa foi construída palmo a palmo.”
Desde o limiar do curso, você notará que as lições foram escritas de uma
maneira simples e objetiva, evitando assim os grandes discursos e
palavreados técnicos, que muitas vezes servem não para esclarecer o aluno,
mas sim, para embaraçá-lo. Desde o início, serão ministrados exercícios
fáceis, para, mais adiante, passarmos aos exercícios mais complexos.
Ninguém sobe uma escada começando do quarto degrau, mas sim, do
primeiro! Se não tiver paciência e boa vontade, os resultados positivos
nunca virão.
Não desconheça a força criativa e poderosa que reside dentro de você.
Jamais diga que não conseguirá tal coisa! Coloca-te acima da matéria e não
esta acima de ti.
O estudo da música, como de qualquer ciência ou arte, exige dedicação,
perseverança e sacrifício. Por outro lado, a perfeição pede tempo, trabalho
e uma vontade duradoura!
Todo aquele que possua o desejo manifesto de aprender a tocar violão,
encontrará neste curso, meios de colocar em prática os seus anseios. As
lições lhe proporcionarão uma distração agradável, como também lhe darão
a oportunidade de iniciar numa arte que lhe dará prazer em poder pulsar as
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cordas de uma das mais interessantes invenções do homem, um
instrumento tão nosso como é o violão!
Estude com amor e paciência e você conseguirá!
Adenilton Santana
“O violão é um dos instrumentos mais difundidos no mundo,
atingindo todas as camadas sociais”
RECOMENDAÇÕES INICIAIS
01 – Leia cada texto com bastante atenção, para depois praticar algum
exercício;
02 – Nunca queira fazer o curso saltando lições ou exercícios;
03 – Lembre-se da posição correta do violão, bem como das posições da
mão direita e esquerda;
04 – Procure estudar pelo menos uma hora por dia e num mesmo local de
estudo; se for possível, deverá realizar seus estudos na mesma hora, todos
os dias.
05 – Lembre-se que a pessoa mais importante do curso é você! É preciso
ter força de vontade, perseverança e dedicação: Praticar, praticar e
praticar... É preciso acreditar neste objetivo sempre!
06 – Assim como temos o hábito de escovar os dentes todos os dias, você
deverá gostar de estudar e isto se tornará um costume tão natural quanto
tomar banho, ir ao trabalho ou assistir ao futebol.
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07 – O seu local de estudos deverá ser um lugar tranqüilo, onde ninguém
possa tirar a sua concentração;
08 – Organize um plano de estudos: dia e horário; mantenha a calma e não
leia os textos com pressa, pois procedendo assim, você não vai esquecer o
que estudou.
09 – Tome notas de pontos importantes e procure sempre recapitular a
aula anterior;
10 – No caso de dúvidas, pergunte ao seu professor. Terei o imenso prazer
em esclarecer suas dúvidas.
PARTES DO VIOLÃO
Vamos conhecer agora as partes do violão:
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As Cravelhas ou tarraxas, são peças mecânicas com um eixo e um botão
plástico e servem para apertarem ou desapertarem as cordas, usadas
portanto, para afinar o violão.
O Capotraste, pestana ou osso superior, é um pequeno pedaço de plástico
ou osso, com pequenas fendas por onde passam as cordas.
Ele serve de guia para as cordas, mantendo a distância entre elas. Além
disso, regula a altura das cordas em relação ao braço do violão, juntamente
com o rastilho, que fica no lado oposto, além de manter as cordas no lugar,
através das ranhuras.
A Cabeça ou mão é a parte de madeira acima do Capotraste, onde são
instaladas as tarraxas ou Cravelhas.
Os Tastes ou barrinhas de metal, dividem o braço do violão em casas.
São pequenas peças metálicas semelhantes a trilhos, que são fixadas no
braço do violão em sua parte frontal. Esta divisão serve para se obter as
diversas notas musicais.
As Casas são as divisões que se encontram entre os trastes, no braço do
instrumento.
A Ilharga é a parte lateral do violão; aquela que é formada por curvas.
O Tampo Harmônico, é a parte da frente do violão.
Na parte inferior do braço, junto ao corpo do violão, temos o Tróculo, que
fixa o braço à lateral do violão. Na verdade, tróculo e braço formam uma
só peça.
A Roseta é o desenho que enfeita a boca do violão.
As Marcações são aquelas bolinhas brancas ou pontinhos que se
encontram tanto na parte frontal do braço do violão ou em sua parte
superior, e servem para orientar o violonista no posicionamento de certos
acordes ou notas.
A Boca do violão é a responsável por “captar” a vibração das cordas e
devolver o som produzido no interior do corpo.
Assim como o Capotraste, o Rastilho também é uma peça removível e se
fixa no Cavalete ou ponte; é uma peça de plástico na qual as cordas passam
por cima. Ele tem também a função de manter as cordas numa determinada
altura, em relação ao corpo e ao braço do violão.
O Cavalete ou ponte é colado ao tampo do violão. Como estas partes do
violão têm contato com as cordas, há diferença de qualidade sonora entre
peças de osso ou plástico.
O corpo do violão, também conhecido como Bojo, é formado pelo Tampo
Harmônico, Ilharga e fundo.
As Cordas em um violão tradicional, são seis. De nylon ou de aço. Cada
corda tem um diâmetro diferente, sendo que as três mais grossas produzem
sons mais graves e as três mais finas sons mais agudos.
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As cordas quando afinadas adequadamente, devem soar as seguintes notas:
- Corda 6 (A mais grossa) = E (Mi)
- Corda 5 = A (Lá)
- Corda 4 = D (Ré)
- Corda 3 = G (Sol)
- Corda 2 = B (Si)
- Corda 1 (A mais fina) = E (Mi) Duas oitavas acima da Corda 6.
POSIÇÃO DO VIOLÃO
Antes de iniciarmos a parte prática do nosso curso, é indispensável que
estudemos com muita atenção a parte teórica; é necessário, por exemplo,
que o aluno ou aluna aprenda a segurar corretamente o seu instrumento,
bem como a colocar as mãos nas posições corretas.
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Sente-se numa cadeira, deixe o peito pender um pouco para frente, coloque
o pé esquerdo em cima de um banquinho de uns 15 centímetros mais ou
menos de altura e afaste o joelho direito o quanto for preciso para recostar a
parte externa da curva maior do violão, ao lado interno da coxa direita.
Apóie a parte côncova do violão sobre a perna esquerda: abrace-o contra o
peito na direção do coração, ficando o tampo harmônico perpendicular ao
chão e a extremidade da Cabeça do violão à altura do ombro esquerdo.
Quanto à posição feminina, a mulher pode cruzar as pernas, caso não
queira tocar na posição masculina. Existem muitas mulheres que adotam a
mesma posição masculina. A dita posição feminina, na verdade, é muito
desconfortável!
POSIÇÃO DA MÃO DIREITA
Com a parte interna do terço superior do antebraço apoiada sobre a quina
da curva maior da caixa do violão, como se estivesse inanimada, coloque as
pontas dos dedos indicador, médio e anelar, sobre as quatro primeiras
cordas, como mostra a figura. O dedo polegar se projeta ao lado do
indicador e os outros ficam um pouco arqueados.
A mão direita é de extrema importância; dela depende a qualidade e
robustez do som e isto é o necessário para lhe darmos toda a nossa atenção.
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Os dedos da mão direita, deverão pulsar as cordas alternadamente, exceto
em certas passagens, onde é empregado o dedo polegar. Nas escalas de
uma corda à outra, tenha a cautela de alternar a dedilhação, isto é, não
tocar com um mesmo dedo.
POSIÇÃO DA MÃO ESQUERDA
Uma vez colocado o violão na posição correta, leva-se a mão esquerda ao
braço do mesmo, arqueando os dedos sobre as cordas, de maneira que suas
pontas caiam sobre elas uniformemente.
A falangeta do dedo polegar esquerdo, deverá apoiar-se nas costas do braço
do violão. Tenha-se o cuidado de projetar o pulso para frente, pois que,
assim procedendo, o dedo polegar não sairá de sua posição natural de
apoio. Veja a ilustração:
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PULSAÇÃO
Pulsar significa agitar, ferir, bater, etc.
Existem duas maneiras de pulsar as cordas do violão, para obter efeitos de
diferentes matizes.
Existem, pois, a pulsação com apoio e a pulsação sem apoio.
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Pulsação Sem Apoio
Na pulsação sem apoio, os dedos que pulsam as cordas não apóiam na
corda seguinte; fazem assim um movimento em direção à palma da mão,
ficando arqueados e afastados das cordas.
Pulsação Com Apoio
Neste caso, toca-se a corda com a ponta do dedo, puxando-se de baixo para
cima, e, neste movimento, o dedo irá apartar-se da corda pulsada e irá à
corda seguinte, na qual se apoiará.
É aconselhável que no transcurso de seus estudos, o aluno pratique os dois
tipos de pulsação, devendo eles serem executados com o máximo rigor e
procurando sempre tirar dos mesmos o maior proveito possível.
Maneiras de Pulsar as Cordas
Existem várias maneiras de se pulsar as cordas. O Som pode ser produzido
com a unha, com a polpa do dedo ou com a polpa e unha ao mesmo
tempo.
A pulsação com a unha somente é reservada para efeitos especiais.
A pulsação com a polpa, serve, como evidente, para ferir as cordas com a
polpa do dedo, devendo-se para isso, cortar as unhas e lixá-las bem, de
modo que as extremidades das mesmas coincidem com as pontas dos
dedos, a fim de que não rocem as cordas ao tocarem as notas e que os sons
sejam produzidos apenas com a polpa dos dedos, tornando-se impossível a
pulsação com as unhas, evidentemente.
Pulsação Com a Polpa e Unha
Neste caso, deve-se cortar as unhas arredondadas, acompanhando a borda
do dedo, sobressaindo apenas o necessário para tocar à corda. Assenta-se a
ponta do dedo sobre a corda e faz-se deslizá-la até que a corda é
movimentada pela unha.
Em qualquer das duas maneiras de ferir as cordas do violão, a mão direita
deve manter-se flexível e os dedos curvos.
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Quando se tem unhas defeituosas ou arqueadas, deve-se usar a pulsação
com a polpa. Fora destes casos, aconselho a pulsar as cordas com a polpa e
unha, porque os recursos e benefícios que com estas se conseguem, não os
oferece a pulsação com a polpa. Os melhores violonistas empregam a
pulsação mista e tocam o violão com a polpa e com a unha.
Como Pulsar os Acordes
Pulsam-se os acordes, com um só movimento dos dedos (exceto quando for
um dedilhado), ao mesmo tempo. O Indicador, o médio e o anelar,
movimentam-se movendo-se as falanginhas e falangetas, em direção à
palma da mão, e o polegar fará seu movimento natural, não em direção à
palma da mão, mas sim, no sentido de cruzar-se com o indicador.
Dedo Polegar da Mão Direita
O dedo polegar pulsará “sem” a unha, salvo casos especiais.
Para este dedo não existem regras rígidas e fixas quanto à pulsação.
Algumas vezes pulsamos sem apoio, e outras, com apoio. Seu movimento é
realizado algumas vezes flexionando a última falange, e outras vezes,
movimenta-se o dedo rìgidamente.
EXPLICAÇÃO DOS SINAIS
Mão Direita
P – Indica dedo polegar
i – Indica dedo indicador
m – Indica dedo médio
a – Indica dedo anelar
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Mão Esquerda
1 - Dedo indicador (diz-se dedo 1)
2 - Dedo médio
3 - Dedo anelar
4 - Dedo mínimo
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OUTROS SINAIS
(0) – Indica corda solta (Corda sem ser pressionada pelos dedos)
(1) – Indica a primeira corda (a mais fina)
(2) – Indica a segunda corda
(3) – Indica a terceira corda
(4) – Indica a quarta corda
(5) – Indica a quinta corda
(6) – Indica a sexta corda (a mais grossa)
A PESTANA
A pestana é formada pelo dedo indicador da mão esquerda, colocando-o
estendido sobre as cordas, para facilitar determinadas posições. A pestana é
designada por um “C”, que se coloca acima da Pauta Musical.
Coloca-se o dedo sobre as seis cordas do violão apertando-as por igual e
com o polegar esquerdo colocado nas costas do braço do violão, de modo
que as cordas ao serem pulsadas, produzam sons claros e agradáveis.
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Esta é, portanto, a pestana completa. Porém existe casos em que é
necessário apenas apertar as três primeiras cordas ou até a quarta ou
quinta, passa a se chamar Meia-Pestana e é designada um . O sinal de
pestana geralmente vem acompanhado de um número para indicar a casa
onde a mesma deverá ser feita e, naturalmente, se usa uma linha reta para
indicar até onde se conserva a pestana. Com estas informações
preliminares, você já pode iniciar na parte prática.
AFINAÇÃO DO VIOLÃO
Para afinar o instrumento, de início, para aqueles que não entendem música
e nunca lidaram com qualquer outro instrumento, é uma tarefa algo difícil,
porque o ouvido ainda não está acostumado a distinguir o que se chama
Altura do Som (se mais grave ou agudo), porém isto não é motivo de
desânimo, pois mais tarde isto será feito com muita facilidade. Você poderá
afinar o seu violão usando um diapasão ou afinador eletrônico, mas
vamos ver como se afina o instrumento sem precisar usar estes acessórios.
Virando para a esquerda ou direita, a Cravelha correspondente à 6ª corda
(a mais grossa), dê-lhe uma tensão mais ou menos, de maneira que ela não
fique muito esticada e nem muito frouxa ou bamba, e, ao ser pulsada,
produza um som claro e límpido. Uma vez conseguido isto, aperte agora
com força, com o dedo 1 da mão esquerda, a 5ª casa da sexta corda;
pulsando essa corda produzir-se-á um som que corresponde em altura, ao
que deverá ter a 5ª corda solta. Então, vai apertando devagar a tarraxa da 5ª
corda até igualar o som desta corda com o som da 6ª corda apertada na
quinta casa. Repita esta operação algumas vezes, afrouxando e apertando a
5ª corda até que o ouvido acostume e você vai treinando a perceber, qual o
momento em que esses dois sons (o da 6ª corda apertada na quinta casa e o
da 5ª corda solta), são iguais ou idênticos. Para afinar as outras cordas,
proceda-se de modo idêntico, conforme você pode ver abaixo:
A 6ª corda apertada na quinta casa, dá o som para a 5ª corda solta.
A 5ª corda apertada na quinta casa, dá o som para a 4ª corda solta.
A 4ª corda apertada na quinta casa, dá o som para a 3ª corda solta.
A 3ª corda apertada na quarta casa, dá o som para a 2ª corda solta.
A 2ª corda apertada na quinta casa, dá o som para a 1ª corda solta.
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Notamos que todas as cordas são apertadas na quinta casa, para afinar a
corda seguinte mais fina, com exceção apenas da 3ª corda que é apertada
na quarta casa, para que produza o som correspondente ao que deve ter a
2ª corda solta. Procure usar cordas de Nylon, por serem mais indicadas;
não arrebentam com facilidade e nem estragam os dedos.
TABLATURA
A Tablatura é uma representação do braço do violão, que indica qual
corda e a casa que você deve tocar. As linhas horizontais representam as
cordas e, sobre as linhas, são colocados números que representam a casa
onde a nota se encontra.
Na Tablatura, a linha superior representa a primeira corda do violão (a
mais fina) e a última linha inferior, representa a sexta corda ( a mais
grossa).
As letras colocadas à esquerda da Tablatura, indicam os nomes das notas
de cada corda do violão, a saber: E= Mi, B=Si, G=Sol, D=Ré, A=Lá e
E=Mi novamente.
Veja o significado de cada letra em relação às notas musicais:
A é igual a Lá.
B é igual a Si
C é igual a Dó
D é igual a Ré
E é igual a Mi
F é igual a Fá
G é igual a Sol.
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Vamos, então, ver um exemplo de como se toca as notas seguindo os
números colocados na Tablatura.
Observe a Tablatura abaixo:
Observamos primeiramente que só temos números sobre a linha inferior da
Tablatura, que é a linha que representa a sexta corda do violão.
Observamos os números 0 (zero), 1, 3 e 1 novamente. Pois bem; Quando
temos o zero (0) sobre uma linha, significa que devemos tocar a corda
livremente, solta, isto é, sem apertá-la com algum dedo da mão esquerda.
Depois, em seguida, vem o número 1 e isto significa que devemos tocar a
sexta corda apertada com o dedo 1 na primeira casa do braço do violão.
Vide figura acima.
Quanto ao número 3, devemos apertar com o dedo 3 na terceira casa do
braço do violão e voltamos, então, a apertar a primeira casa novamente
com o dedo 1.
Veja a imagem do braço do violão, para ficar mais claro:
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Observe que a primeira casa, localiza-se ao lado do Capotraste ou Osso
Superior.
A Tablatura é lida da esquerda para a direita, como fazemos quando lemos
algum texto!
Agora é pra valer mesmo!
Este é o seu primeiro exercício que deverá ser tocado, no mínimo, 100
vezes. Claro que você irá praticá-lo pelo menos umas 10 vezes por dia.
Ao prender a corda com o dedo 1 da mão esquerda você deverá tocá-la com
o dedo indicador (i) da mão direita; e, ao prender a corda com o dedo 2 da
mão esquerda, pulse esta corda com o dedo médio (m) da mão direita.
Entendido?
DEDOS 1 e 2
i m
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Outra recomendação: Ao chegar na sexta corda, quando você pulsar com o
dedo 2 prendendo-a, avance uma casa na direção da boca do violão e desça
pulsando da sexta corda em direção à primeira corda. Neste instante, o
dedo 1 ocupará a casa 2 e o dedo 2 ocupará a casa 3. Ou seja, você deverá
fazer os movimentos iniciais (aqueles das casas primeira e segunda) em
toda a extensão do braço do violão, até chegar à 12ª Casa.
Procure manter o mesmo intervalo de tempo ao mudar de um dedo para
outro, bem como ao mudar de uma corda para outra. Por exemplo: 1
segundo em cada nota pulsada. Pratique devagar; não corra! Quando for
adquirindo mais familiaridade com o movimento, aí você pode acelerar o
exercício.
Como você viu, uma casa no violão é a distância de um traste ao outro.
Lembre-se que traste é o ferrinho que divide o braço do violão em diversas
partes.
DEDOS 2 e 3
i m
Neste exercício, você deverá proceder como no primeiro, porém, irá usar,
conforme a Tablatura pede, os dedos 2 e 3, pulsando as cordas com os
dedos indicador (i) e médio (m) respectivamente. Veja que agora, você
colocará o dedo 2 na segunda casa e o dedo 3 na terceira casa! Lembre-se
de “caminhar” na escala do braço do violão até a 12ª casa.
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COMO TOCAR OS ACORDES NA TABLATURA
Nesta aula, vamos ver como se formam os acordes na Tablatura e a
maneira de tocá-los.
Olhando a figura abaixo, temos um 0 (zero) na quinta corda e isto
significa que devemos tocá-la livremente, sem apertar com algum dedo da
mão esquerda, como você já sabe.
Acima desta nota, temos o número 1 na segunda corda, significando que
devemos apertar esta corda na primeira casa. Pois bem; quando uma ou
mais notas surgem formando uma coluna na Tablatura, isto significa que
devemos pulsar estas notas simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo!
Então, no primeiro exemplo, devemos tocar a quinta corda com o polegar
(p) e a segunda corda com o dedo médio (m).
No segundo exemplo, nesta mesma Tablatura, temos o acorde de Dó
Maior, que deve ser tocado em um só movimento, com o dedo polegar, por
exemplo. Entendido?
Vamos, então, praticar o seguinte exercício:
Observe que as notas da sexta e da quinta cordas, são tocadas pelo dedo
polegar; as outras notas são tocadas com os dedos indicador (i), médio (m)
e anelar (a). Veja também, que você toca primeiramente a nota do baixo (a
quinta corda solta), para depois tocar duas vezes as notas da terceira,
segunda e primeira cordas. Ou seja, o baixo (nota grave), por não formar
uma coluna com as demais notas, deve ser tocado sozinho, para, em
seguida, tocar as outras notas do acorde.
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Treine bastante, pois iremos executar muitas seqüências de acordes de
agora em diante! Ao executar o exercício, você notará que ele é formado
em tempo de valsa, ou seja, em compasso de 3 tempos.
DIAGRAMA VERTICAL
Você pode observar que a Tablatura é um Diagrama Horizontal, pois as
linhas que representam as cordas do violão, são colocadas horizontalmente!
No Diagrama Vertical, estas linhas se encontram verticalmente.
Precisamos aprender a identificar os acordes neste diagrama, tornando-se
mais fácil a sua visualização.
Observe com muita atenção a figura acima!
1º - As 6 linhas verticais representam as 6 cordas do violão, sendo a
primeira corda, a mais fina, a que se encontra ao lado direito do Diagrama.
2º - No lado esquerdo do Diagrama, encontra-se a sexta corda, a mais
grossa.
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3º - As linhas horizontais indicam os Trastes ou barrinhas de metal, que
se encontram na escala do violão.
4º - Entre duas divisões de metal, encontram-se as casas, indicadas pelos
números colocados à esquerda do Diagrama. Nota-se que a primeira casa,
localiza-se bem pertinho do Osso Superior ou Capotraste.
5º - A letra “A” colocada sobre o Diagrama, representa o acorde de Lá
Maior.
6º - Os pontinhos pretos inseridos também acima da figura, indicam as
cordas a serem tocadas. Quando uma ou mais cordas não vem com sinal,
não se deve usá-la!
7º - Os números 1, 2 e 3 colocados, respectivamente, nas cordas 4ª, 3ª e 2ª,
representam os dedos da mão esquerda. Observe que estes dedos estão
todos na segunda casa!
Neste diagrama, as casas seguem a ordem natural, iniciando-se logo após o
Osso Superior, mas acontece de precisarmos colocar um acorde na sétima
casa, por exemplo; é necessário, porém, inserir números à esquerda do
Diagrama, para indicar a casa onde o acorde será feito. Veja a figura,
abaixo:
Veja que o acorde foi construído iniciando-se na 7ª casa, onde se ver uma
seta que representa a pestana, feita pelo dedo 1 da mão esquerda. O “B” no
alto da figura, indica que o acorde é de Si Maior.
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ACORDES NO DIAGRAMA
Certo de ter entendido o Diagrama Vertical, conheça agora os acordes
maiores e menores.
ACORDES MAIORES
ACORDES MENORES
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DEDOS 3 e 4
Faça este exercício como o primeiro exercício prático; observe a digitação
para ambas as mãos, ou seja, da mão esquerda você usará os dedos 3 e 4 e
pulsará respectivamente com os dedos indicador (i) e médio (m) da mão
direita. Procure “caminhar” ao longo do braço do violão, até atingir a 12ª
casa.
i m
1º EXERCÍCIO SOBRE UMA CORDA
Faça este exercício pulsando cada nota com o dedo Polegar (P).
P
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Procure fazer todos estes exercícios com calma; quando estiver mais seguro
nos movimentos, procure acelerar gradativamente!
SEQUÊNCIAS DE ACORDES
1º EXERCÍCIO
C G C Dm G C
2º EXERCÍCIO
C G Am Dm G C
Pratique estes exercícios, dando 4 batidas para baixo com o Polegar em
todos os acordes; procure manter o mesmo ritmo ao mudar de um acorde
para outro. Treine bastante, pois nas próximas aulas iremos iniciar o
acompanhamento de algumas canções fáceis.
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ACOMPANHAMENTO DE CANÇÕES
Conforme prometi na aula anterior, hoje vamos estudar o acompanhamento
de uma canção, por suposto, todos conhecem. Trata-se da canção “Nesta
Rua”. O acompanhamento será no tom de Lá Menor (Am). Cante ou peça
a alguém para cantar, pronunciando a primeira palavra da letra, isto é
“NES-TA”, em tom que corresponda ao da primeira corda solta. Esse
modo de fazer é para dar correspondência, entre a Tonalidade a ser
cantada e a tonalidade que vai ser acompanhada a canção, ao violão.
Observe na letra da canção que no início ao falar a palavra “Rua” se toca a
nota Lá (a quinta corda solta) simultaneamente; devendo, pois, a palavra
“Nesta” ser cantada antes do início do acompanhamento. Pulse o baixo
(corda grossa) com o dedo polegar e as outras notas dos acordes com os
dedos indicador (i), Médio (m) e anelar (a) da mão direita. Isto deve ser
feito pulsando as três cordas ao mesmo tempo, após tocar a nota mais
grave do acorde. Entendido? Para melhor entendimento, onde estiver o “P”
toque com o polegar e onde tiver o “a” toque as três notas do acorde com
os dedos indicador, médio e anelar da mão direita, conforme está
indicado abaixo da letra da canção. Então, vamos à música.
- 30 -
NESTA RUA Am E7
Se esta rua, se esta rua fosse minha
P a p a p a p
Am
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
a p a p a p a p
Dm
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes
a p a p a p a p
E7 Am Para o meu, para o meu amor passar
a p a p a p a p
E7
Nesta rua, nesta rua tem um bosque
a p a p a p a p
Am
Que se chama, que se chama solidão
a p a p a p a p
Dm
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
a p a p a p a p
E7 Am Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque, é porque te quero bem
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque, é porque te quero bem.
- 31 -
Você pode variar o baixo quando tocar a nota lá (quinta corda solta) e, logo
após tocar o acorde, toque a nota mi (quarta corda apertada na 2ª casa
com o dedo 2 da mão esquerda); o mesmo pode ser feito quando for
executar o acorde de Mi Maior Com Sétima (E7); ao tocar a sexta corda
solta e executar as notas do acorde com os dedos indicador, médio e anelar
da mão esquerda, toque a no Si (quinta corda apertada na 2ª casa com o
dedo 2).
Observe que os acordes estão logo acima da letra da canção e a digitação
(polegar e acorde), na parte inferior. A terceira parte da canção, não
possue indicação, para que você vá acostumando acompanhar sem ela, mas
a terceira parte é igual à primeira.
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