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Curso de Estética FacialEletricista

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SUMÁRIO

1. NOÇÕES BÁSICAS DE ELETRICIDADE ...................................................................... 5

1.1 MEDIDORES DE ENERGIA ........................................................................................................................6

1.2 EXECUÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ..............................................................................................6

1.3 EMENDAS DE CONDUTORES ................................................................................................................. 11

1.4 CORES PARA FIOS E CABOS ELÉTRICOS ................................................................................................ 13

1.5 INTERRUPTORES DE COMANDO DOS CIRCUITOS ................................................................................... 14

2. ACESSÓRIOS DE COMANDO AUTOMÁTICO OU ECONÔMICO .................................. 17

2.1 Porteiro eletrônico ................................................................................................................................ 18

2.2 Ventilador de teto com lâmpada ............................................................................................................ 19

3. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO ................................................................................ 22

3.1 Aterramento ......................................................................................................................................... 23

3.2 Entrada de energia elétrica ................................................................................................................... 25

3.3 Notas importantes ................................................................................................................................ 26

4. ENTRADA DE SERVIÇO AEREA TRIFÁSICA ............................................................. 28

4.1 Tabela de potência para alguns eletrodomésticos ................................................................................. 38

5. SIMBOLOGIA TOMADAS E PONTOS DE UTILIZAÇÃO .............................................. 38

5.1 Simbologia eletrodutos e distribuição ................................................................................................... 39

5.2 Simbologia interruptores ...................................................................................................................... 40

5.3 Simbologia quadros de distribuição ...................................................................................................... 40

5.4 Simbologia luminárias .......................................................................................................................... 41

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6. EXTRA – EXTRA – EXTRA – EXTRA ....................................................................... 41

6.1 Instalações elétricas em baixa tensão ................................................................................................... 41

6.2 Dicas ................................................................................................................................................... 43

7. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 45

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Apresentação

Empresa

A sociedade moderna seja sob o prisma econômico, cultural ou social, só alcançara novos degraus competitivos, se investirem na intangibilidade dos seus ativos. Uma das formas e acelerar rumo à conquista de patamares aceitáveis, inovadores e desafi adores de conhecimento. E sobre esse trilho que esta direcionada a bussola estratégica de nossa empresa, a COMPLETA CURSOS. Missão COMPLETA

Assegurar a satisfação de nossos alunos com prestação de serviços de qualidade e excelência, ambiente agradável e equipe permanentemente motivada, para satisfazer suas mais exigentes expectativas profi ssionais. Valores COMPLETA

Nossos valores estão diretamente ligados com nossas crenças e cultura empresarial. Investimos na capacidade individual de cada colaborador compreendendo suas aspirações, desejos e necessidades, assim asseguramos a efetividade de sua metas. Convivemos em um ambiente informal, agradável e respeitosamente competitivo. Para que nossas ações sejam tangíveis zelamos pela ética, integridade, trabalho em equipe, inovação, reconhecimento de desempenho, respeito e zelo pela equipe, fornecedores, alunos e clientes.

Visão COMPLETA

Efetuar constantemente uma releitura no conceito de cursos profi ssionais, bem como proporcionar aos nossos parceiros a satisfação de ter efetuado um ótimo negocio, aquém dos disponibilizados no universo do Franchising dentro do seguimento de Educação e Treinamento. Ser completa é buscar a perfeição. Uma visão de excelência em tudo o que faz.

FOCO COMPLETA

Diminuir a distância entre a oportunidade e a empregabilidade.

Qualifi cação da Mão de Obra

A qualifi cação profi ssional, uma vertente da Educação é uma necessidade premente na sociedade. As exigências do mercado e o acelerado processo de inovação tecnológica estão entre os motivos que têm estimulado a necessidade de qualifi cação profi ssional e a busca pelo ensino profi ssionalizante. Quanto mais qualifi cado estiver o profi ssional, mais diferenciais ele poderá oferecer na hora da concorrência por uma vaga.

A Completa Cursos, preocupada com a qualifi cação profi ssional do cidadão brasileiro, investe em ensino de qualidade para lançar ao mercado pessoas qualifi cadas e capazes de assumir um compromisso com a sociedade. Nosso objetivo é a formação do capital humano com foco na capacitação profi ssional da mão de obra e na formação continuada, oferecendo a seus alunos um diferencial competitivo para gerarem novos produtos e conquistarem novos mercados.

O presente material dispõe de informações imprescindíveis aos participantes dos cursos “Completa Cursos” elaborado por profi ssionais especializados e com metodologia e didática voltada à uma educação de qualidade.

Adoniram Mendes

Diretor de Operações

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1. NOÇÕES BÁSICAS DE ELETRICIDADE

A Eletricidade é invisível. O que percebemos são seus efeitos, como: Luz (Lâmpadas), Calor (Aquecedores), Movimento (Motores), Choque Elétrico, etc. E esses efeitos são possíveis devido a:• Corrente Elétrica• Tensão Elétrica• Potência Elétrica

Corrente Elétrica: É o deslocamento de elétrons dentro de um condutor. Para haver corrente elétrica é preciso que tenha uma Diferença de Potencial entre dois pontos (DDP). A corrente elétrica é representada pela letra “I” e sua unidade é o Ampére “A”.

Tensão Elétrica: É a força que impulsiona os elétrons nos fi os. A essa força damos o nome de Diferença de Potencial (DDP) ou Tensão Elétrica que nos é dada em Volts “V”.

Potência Elétrica: É o trabalho realizado na unidade de tempo, ela é o Produto entre a Tensão e Corrente. A Potência elétrica é representada pela sua unidade Watts “W”. A Tensão X Corrente pode ser transformada em:• Potência Mecânica• Potência Térmica• Potência Luminosa

OBS.: Para haver Potência Elétrica Precisa haver Tensão e Corrente.

Potencia=Tensão X Corrente ou P = V x I // I = P // V = P

V I

Exercícios:

1. Calcule a Corrente gasta por um ferro de passar roupas. Potência = 1000W.

2. Calcule a Corrente gasta por um Chuveiro. Potência = 4400W.

3. Calcule a Corrente gasta por uma Geladeira Duplex. Potência = 500W.

Como a unidade Watt é, muitas vezes, pequena para exprimir os valores de um circuito, usamos o quilowatt (KW) ou o megawatt (MW):

1 KW = 1000 Watts e 1 MW = 1000000 Watts

Exemplo: 4400 W = 4.4 KW

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1.1 MEDIDORES DE ENERGIA

Os instrumentos que medem a energia elétrica têm a função de somar a potência consumida ao longo do tempo.Já sabemos que a energia é a potência dissipada ao longo do tempo, se o tempo considerado for de uma hora, a energia é expressa em watts x hora. Como esta é uma unidade muito pequena, na prática, usa-se a potência em quilowatts e a energia será em Kwh. O Kwh é a unidade de consumo de uma “conta de luz” que recebemos no fi nal do mês. Cada operadora tem um valor a ser pago pelo Kwh autorizado pelo Conselho Nacional de Distribuição de Energia.

Exemplo: Se em um residência a tensão é de 110 V, a corrente medida é de 10 ampéres, em oito horas, qual a energia consumida?

Solução: P = V X I // W = 110 x 10 = 1100 Watts // 1100 Watts X 8 horas = 8800 watts hora ou 8,8 Kwh

As companhias de eletricidade retiram mensalmente as leituras dos registradores de cada medidor e estas leituras devem ser subtraídas das leituras do mês anterior para se ter o consumo real do mês. Por exemplo, se no mês de fevereiro a leitura no fi m do mês for de 5240 e no fi nal de janeiro 5000, o consumo de energia terá sido de 240 Kwh.

Então, o Kwh é a unidade que exprime o consumo de energia em nossa residência. Por esta razão na “conta de luz” que recebemos no fi m do mês está registrado o número de Kwh que gastamos, o valor a ser pago dependendo do Kwh e de outras taxas que são incluídas na conta.

A ligação dos medidores deve obedecer à três modalidades de fornecimento de energia elétrica, conforme o numero de fases e fi os:

• Modalidade A: Geralmente é ligada com uma fase e um neutro através de 2 Fios.• Modalidade B: Geralmente é ligada com duas fases e um neutro (quando existir) através de 2 ou 3 Fios.• Modalidade C: Geralmente é ligada com três fases e um neutro (quando existir) através de 3 ou 4 Fios.

1.2 EXECUÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Eletrodutos: Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores isolados. O tamanho dos eletrodutos deve ser de um diâmetro tal que os condutores possam ser facilmente instalados ou retirados. Para tanto é obrigatório que os condutores não ocupem mais que 40% da área útil dos eletrodutos.

Não há trechos contínuos retilíneos de tubulação maior de 15m, sendo que nos trechos com curvas essa distância deve ser reduzida de 3m para cada curva de 90º.Em nenhum caso deve ser previsto curvas de defl exão maior que 90º.

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Eletroduto Rígido: Os eletrodutos rígidos são encontrados comercialmente em varas de 3m, com uma luva numa das extremidades ou rosca. Normalmente são de ferro esmaltado de preto, PVC rígido e cimento amianto, que não são sujeitos a corrosão, uma vantagem sobre os de ferro, que não poderá ser usado em ambiente agressivo. Os eletrodutos de PVC não podem ser utilizados em temperaturas acima de 50°C. Nas instalações embutidas em lajes é obrigatório o emprego de eletrodutos rígidos. As emendas em eletrodutos deverão ser feitas, abrindo-se nova rosca, retirando-se as rebarbas.

Curvas: Recomenda-se a utilização de curva apropriada e luva de emenda, porem poderão ser feitas curvas a frio nos eletrodutos rígidos, com o cuidado de não se reduzir a seção interna, somente até a bitola de 1”.

Caixas de Derivação: As caixas devem ser colocadas em lugares facilmente acessíveis e ser providas de tampas. As caixas que contiverem interruptores ou tomadas devem ser fechadas pelos espelhos que completam a instalação desses dispositivos. As caixas de saída para alimentação de equipamentos podem ser fechadas pelas placas destinadas à fi xação desses equipamentos.

Os condutores devem formar trechos contínuos entre as caixas de derivação, as emendas e derivações devem ser colocadas dentro das caixas. Condutores emendados ou cuja isolação tenha sido danifi cada e recomposta com fi ta isolante ou outro material, não devem ser enfi ados em eletrodutos.

Os eletrodutos embutidos em concreto armado devem ser colocados de modo a evitar a sua deformação durante

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a concretagem, devendo ainda ser fechadas as caixas e bocas de eletrodutos com peças apropriadas para impedir a entrada de argamassas ou concreto durante a concretagem.

Nas juntas de dilatação, os eletrodutos rígidos devem ser seccionados, devendo ser mantidas as características necessárias à sua utilização (por exemplo, no caso de eletrodutos metálicos, a continuidade elétrica deve ser mantida).

Só são admitidos em instalação aparente eletrodutos que não propaguem a chama.

Só são admitidos em instalação embutida os eletrodutos que suportem os esforços de eformação característicos do tipo de construção utilizado. Em Instalação embutida, os eletrodutos que possam propagar chamas devem ser totalmente envolvidos por materiais incombustíveis.

Molduras: Nas molduras só devem ser instalados condutores isolados. As ranhuras das molduras, rodapés e similares devem possuir dimensões tais que os cabos ou condutores possam alojar-se facilmente. Só é permitido passar em outra ranhura condutores ou cabos de um mesmo circuito.

As molduras não devem ser embutidas na alvenaria nem coberta por papéis de parede, tecido ou qualquer outro material, devendo sempre permanecer aparentes.

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Instalações Aparentes: Instalações aparentes, ou seja, não embutidas, são usadas devido a razões estruturais; em industrias ou instalações comerciais onde há manutenção freqüente; em instalações onde há modifi cações constantes.

Nessas instalações há necessidade de melhor aparência pelo fato de fi carem expostos os eletrodutos, por isso usam-se caixas de passagens especiais, comumente conhecidas como conduletes, feitas em alumínio fundido.As comerciais são: ½”, ¾”, 1”, 1 ¼”, 1 ½”, e 2”.

Luva: São utilizados para conectar dois pedaços de eletroduto Rígido ou fl exível.Bucha e Arruela: Enquanto a arruela fi xa o tubo, a bucha evita o descascamento do fi o e serve de contraporca para fi xação.

Eletrodutos Flexíveis: Os eletrodutos fl exíveis são encontrados comercialmente rolos de 100m. São empregados no prolongamento dos eletrodutos rígidos e na instalação de motores ou outros aparelhos sujeitos a vibração. O seu emprego é permitido em todos os casos em que não se exige o eletroduto rígido ou quando o aparelho necessitar ser deslocado para uso. Por exemplo máquina de solda.

É proibido o seu emprego nas instalações embutidas em localizações perigosas e em instalações ao

tempo.

Instalação em Calhas: Nas calhas podem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou cabos multipolares. Os cabos isolados só podem ser instalados em calhas de paredes maciças cujas tampas só possam ser removidas com auxílio de ferramentas

Admite-se a instalação de condutores isolados em calhas com paredes perfuradas e/ou com tampas desmontáveis sem auxílio de ferramentas em locais só acessíveis as pessoas advertidas ou qualifi cadas.

As calhas devem ser escolhidas e dispostas de maneira a não poder trazer prejuízos aos cabos. Elas devem possuir propriedades que lhes permitam suportar sem danos as infl uências externas a que são submetidas.

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Instalação em Calhas, com ou sem cobertura: É muito comum em instalações elétricas, os condutores isolados passarem através de calhas feitas no próprio piso, de concreto ou alvenaria. Em subestações é usual a saída de baixa tensão dos transformadores ser feita por calhas cobertas, no piso, até o quadro geral.

Condutores Isolados em Eletrodutos ou Calhas: As dimensões dos espaços de construção ou poços devem ser tais que os eletrodutos em calhas possam penetrar livremente. Os eletrodutos ou calhas devem ser estanques e não propagante de chama. A soma das áreas totais dos cabos utilizados não deve ser superior a 25% da área útil do espaço de construção ou poço, os cabos devem ser do tipo resistente à chama.

Linhas Elétricas Enterradas: Só são admitidos em instalações diretamente enterradas cabos uni ou multipolares. Os cabos devem ser protegidos contra as deteriorações causadas por movimentos de terra, contatos com corpos duros, choque de ferramentas em caso de escavações, bem como contra a umidade e ações químicas causadas pelos elementos do solo. Como prevenção contra os efeitos de movimentação de terra, os cabos devem ser instalados em terreno normal, pelo menos a 0,7m da superfície do solo. Essa profundidade deve ser aumentada para 1m na travessia de vias acessíveis a veículos e numa zona de 0,5m de largura, de um lado e de outro dessas vias. Essas profundidades podem ser reduzidas em terreno rochoso ou quando os cabos estiverem protegidos,por exemplo, por eletrodutos que suportem sem danos as infl uências externas a que possam ser submetidas.Quando uma linha enterrada cruzar com uma outra linha elétrica enterrada, elas devem, em princípio, encontrar-se a uma distância mínima de 0,2m.

Canaletas e Prateleiras: Nas canaletas só devem ser usados cabos unipolares ou cabos multipolares. Os condutores isolados podem ser utilizados desde que contidos em eletrodutos. As canaletas são classifi cadas, sob o ponto de vista das condições de infl uências externas, como AD4 (locais em que além de haver água nas paredes, os componentes das instalações elétricas são submetidos a projeções d’água: por exemplo, certos aparelhos de iluminação, painéis de canteiros de obras, etc.).

Instalação Sobre Isoladores: Nas instalações sobre isoladores podem ser usados condutores nus, condutores isolados em feixe ou barras. Essa maneira de instalar não deve ser usada em locais destinados a habitações.As instalações sobre isoladores devem obedecer às prescrições relativas a “ proteção por colocação fora do alcance”. As barras só são admitidas quando instaladas em locais de serviço elétrico.

São permitidas ligações no interior de edifícios em linha aberta, isto é, fora de dutos, desde que não seja obrigatório o emprego de eletrodutos e os condutores não fi quem expostos a danifi cações de agentes externos.

Os condutores deverão fi car no mínimo a 3m do piso ou a 2,5m no caso de edifi cações com 2,5m de pé direito, caso em que deverão ser fi xados no forro. Não deverão ser empregadas linhas abertas nos locais úmidos, ambientes corrosivos e localizações perigosas; nos teatros, cinemas e assemelhados; nos poços dos elevadores.

Os condutores podem ser instalados:• *Fixo às paredes com auxílio de argolas, braçadeiras ou isoladores;• *Sobre bandejas, prateleiras ou suportes análogos.

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Instalação Utilizando Roldanas Instalação Utilizando Clites

Fixação direta a paredes, a distância entre dois pontos de fi xação sucessivos não deve ser superior, em percurso horizontal, a:• 0,40m para os cabos que não comportem qualquer proteção metálica, para os cabos não armados isolados

com papel impregnado, e para os cabos resistentes ao fogo;• 0,75m para os cabos que comportem proteção metálica e para os cabos armados isolados com papel

impregnado• Em percurso vertical estas distâncias podem ser aumentadas até um valor de 1m.

Manutenção Preventiva: Toda a instalação deve ser periodicamente verifi cada por pessoas credenciadas ou qualifi cadas, por intervalo de tempo que variam de acordo com a importância da instalação, os seguintes pontos devem ser observados: • Medidas de proteção contra contato com as partes vivas; estado dos condutores e suas ligações; estado dos

cabos fl exíveis dos aparelhos móveis e sua proteção; estado dos dispositivos de proteção e manobra; ajuste dos dispositivos de proteção e a correta utilização dos fusíveis; valor da resistência de terra, etc.

• Toda instalação que pareça perigosa, deve ser desenergizada e só realocada em serviço após reparação satisfatória.

Manutenção Corretiva: Toda falha ou anomalia no equipamento elétrico ou em seu funcionamento deve ser avisada à pessoa competente para fi m de reparação. Quando os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes ou contra choques elétricos atuarem sem causa conhecida, deve ser feita uma verifi cação imediata para se conhecer a causa e os meios de corrigi-la.

1.3 EMENDAS DE CONDUTORES

É muito comum nas redes aéreas, a derivação para o ramal de entrada nos prédios. Essas redes podem ser de cobre ou de alumínio e as derivações são em cobre. Nestes tipos de derivações, cuidados especiais devem ser tomados para evitar a corrosão resultante do contato de dois metais diferentes. Pode-se evitar a corrosão ou oxidação, estanhando a parte do cobre a ser conectada com o alumínio ou então usando um conector bimetálico.

Este segundo método é mais efi ciente. A oxidação resultante da ligação direta dos dois metais tem sido a causa de falhas em redes porque aumenta muito a resistência ôhmica dos condutores.

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Emenda de condutores utilizando conector Sindau

Emenda de condutores em prolongamento

Emenda de condutores em prolongamento dentro de caixas de ligação

Emenda de condutores em derivação

Soldar Condutores após a emenda: Esta operação consiste em estanhar e soldar emendas em prolongamento, derivações ou junções com liga de estanho-chumbo, usando ferro de soldar. É feita para se obter um melhor contato elétrico, entre os condutores. Garantindo também uma maior segurança nas conexões. Essa etapa é obrigatório na utilização de cabos fl exíveis.

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Isolar Condutores: Esta operação consiste em cobrir superfícies decapadas de condutores, utilizando a fi ta isolante. É utilizada para restabelecer as condições de isolação dos condutores elétricos, garantindo a segurança da instalação contra possíveis choques.

1.4 CORES PARA FIOS E CABOS ELÉTRICOS

Cabos Flexíveis Fios Rígidos

Representação gráfi ca

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1.5 INTERRUPTORES DE COMANDO DOS CIRCUITOS

Os interruptores unipolares, paralelos ou intermediários, devem interromper unicamente o condutor fase e nunca o condutor neutro. Isto possibilitará reparar e substituir lâmpadas sem risco de choque; bastará desligar o interruptor.

Interruptor de 1 Seção: Esta fi gura abaixo, mostra a ligação de um interruptor Simples de 1 Seção para o acendimento de uma única lâmpada.

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Interruptor de 1 Seção com 2 Lâmpadas: Esta fi gura abaixo, mostra a ligação de um interruptor Simples de 1 Seção para o acendimento de duas lâmpadas no mesmo interruptor.

Interruptores de Várias Seções: Quando desejamos comandar diversas lâmpadas do mesmo ponto de luz, como no caso de abajur, ou diversos pontos de luz, usamos interruptores de várias seções. Para isso basta seguir o exemplo anterior, ligando o segundo retorno da lâmpada ao outro contato do Interruptor.

Interruptor Paralelo ou “Three Way”: É usado em escadas ou dependências, cujas luzes, pela extensão ou por comodidade, se deseja apagar ou acender se pontos diferentes. Esquematicamente, pode ser representado da seguinte maneira:

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Interruptor Intermediário ou “Four Way”: As vezes, há necessidade de se comandar o circuito em vários pontos diferentes. Então, lança-se mão de um sistema múltiplo, denominado “four way”, porque são dois condutores de entrada e dois de saída.

Este tipo de sistema exige, nas suas extremidades, ou seja, junto à fonte e junto à lâmpada, interruptores “three-way”. Esses interruptores executam duas ligações diferentes.

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2. ACESSÓRIOS DE COMANDO AUTOMÁTICO OU ECONÔMICO

Dimmer: Quando desejamos controlar a intensidade luminosa de uma lâmpada incandescente, podemos usar um recurso para variar a tensão aplicada nos terminais da lâmpada, com a utilização de um equipamento eletrônico cujo nome é dimmer, em que a dissipação de calor é mínima, pois a corrente da lâmpada não passa pelo potenciômetro, mas pelo tiristor mediante um controle que lhe impõe o diodo. A ligação é comum, igual à de um interruptor de 1 seção simples.

Iluminação Fluorescente: Modernamente, já se dispõe de recursos para a variação da intensidade luminosa da luz fl uorescente, porém o circuito é bem mais elaborado. O controle do brilho da lâmpada é obtido pelo controle do fl uxo de corrente durante cada meio ciclo da tensão de 60Hz. Esta unidade de controle usa duas válvulas conectadas de tal modo, que possam conduzir corrente em ambas as polaridades da tensão alternada. A variação do brilho da lâmpada é conseguida por um pequeno resistor que controla o ângulo da fase da tensão de grade e assim controla a corrente no reator e na lâmpada.

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2.1 PORTEIRO ELETRÔNICO

São aparelhos destinados a comunicação entre o lado interno e externo de uma residência, proporcionando maior segurança.

Instalação: • Fixar as duas partes (Porteiro Interno e Externo no local desejado e efetuar as ligações conforme esquema).• Faça as Ligações das duas partes conforme o desenho observando a posição de cada fi o. Utilize três fi os de

cores diferentes ou cabo CCI de 2 pares, usar as cores azul e laranja para os terminais 1 e 2 e unir os fi os brancos do CCI para o terminal 3.

• Antes de ligar o porteiro na rede elétrica o cabeamento CCI já deve está conectado.• Selecione a tensão correta na chave Ch3, e conecte os dois fi os na rede elétrica.• Ligue o fecho magnético de 12V.• Com o fone no gancho, aperte o botão de campainha do porteiro externo, para verifi car o sinal de chamada,

retire o fone do gancho e faça o teste de comunicação.• Se durante o teste de comunicação o porteiro interno apresentar um apito de microfonia, abra o interfone e

ajuste o componente R12 da placa de circuito até sumir a microfonia.• Para abrir o portão automaticamente, basta pressionar o botão que aciona a fechadura localizado no painel

do porteiro interno. Com o fone fora do gancho, pressione o botão do fecho continuamente por 2 segundos e verifi que se houve destravamento do mesmo.

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2.2 VENTILADOR DE TETO COM LÂMPADA

Balanceamento das pás após fi xado no teto: Caso o ventilador fi que vibrando após a instalação, proceda da seguinte maneira:• Verifi que a medida das pontas das pás conforme fi gura ao lado, para que todas tenham a mesma distância.• Para deixar na mesma medida soltar um pouco os parafusos que fi xam as pás com um leve toque deixar na

mesma medida, depois de ajustá-la apertar os parafusos que fi xam as pás.• Obs.: Ao adquirir mais de um ventilador, não misturar as pás de um ventilador com o de outro, pois são

balanceadas e pesadas para cada aparelho.

Alinhamento das Pás: Verifi que a Altura “H” de uma das pás conforme a fi gura ao lado, e com um leve esforço na garra n°1 no sentido vertical (para baixo ou para cima) até que todas estejam na mesma distância “H”..

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Fotocélula: É muito utilizado em circuitos de iluminação de exteriores como fachadas, luminosos, vitrines, painéis, etc. Possui o comando de ligação e desligamento automático por elementos fotossensíveis. Estes elementos são instalados individualmente junto a cada lâmpada e operam segundo a intensidade da luz natural recebida. Possui 10 programações predeterminadas de ~1 a 14 horas. A Fotocélula é insensível a variações bruscas de luminosidade, relâmpagos e faróis. Pode ser instalado com qualquer tipo de lâmpada. O relé fotocélula é instalado em uma base padrão onde estão os fi os de conexão.

Este dispositivo é muito útil porque elimina o fi o-piloto para o comando das lâmpadas, bem como o operador para apagar e acender.

• Faça a Instalação como ilustrado na fi gura acima, utilizando um suporte para fotocélula. Direcione o sensor para captar luz natural, evitando a incidência direta de alguma fonte de luz durante a noite.

• Programe o tempo desejado abrindo a fotocélula forçando as travas uma a uma com auxilio de uma chave de fenda. Localize os Jumpers de programação conforme fi gura acima. Observe que para estar correto deve ter apenas um jumper em cada serie de letras ou números.

• Após programar o tempo desejado, feche forçando com os dedos até ouvir o estalo de encaixe, cuidado para que o sensor fi que direcionado para a lente.

• Ainda podemos efetuar a Regulagem de sensibilidade. Ele sai de fábrica ajustado para acender ao anoitecer (10lux). Para alterar a sensibilidade, gire o Trimpot no sentido horário, e o relé acenderá mais tarde. No sentido Anti-horário acenderá mais cedo.

Sensor de Presença: Esse dispositivo possibilita o acendimento automático de um sistema de iluminação ou outro sistema qualquer, quando houver passagem de pessoas no ambiente. Detecta a variação brusca de radiação infravermelho no ambiente, emitida pelo corpo humano. O sistema entra em funcionamento por um tempo determinado que pode ser ajustado e em seguida desligado, proporcionando uma considerável economia de energia elétrica.

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Os sensores são ideais para serem usados na garagem, cozinha, despensa, hall, corredores e áreas de serviço, evitando que a lâmpada permaneça acesa quando não há pessoas presentes, o que acarreta em uma economia de até 75% de energia. Deve ser instalado a uma altura de 2 metros.

Com o auxilio de uma chave de fenda fi na, ajuste o tempo desejado de 30 segundos a 3 minutos. Essa regulagem poderá ser encontrada também com Jumper. Faça a regulagem antes de fi xar o sensor na parede.

Os sensores de presença são disponíveis em duas versões:• 2 Fios: Utilizados para lâmpadas incandescentes.• 3 Fios: Utilizado para qualquer tipo de carga (observar a potencia do sensor).

Minuteria: Esse dispositivo era muito utilizado em edifícios residenciais é usual o emprego de um interruptor que apaga automaticamente o circuito de iluminação, visando maior economia para o condomínio.Após as 22h, quando o movimento do prédio decresce, não se justifi ca fi carem toda a noite muitas lâmpadas acessas, basta que se acendem no momento em que chegue uma pessoa, apagando automaticamente pouco depois. Como permanecem ligados aproximadamente um minuto, são conhecidos por minuterias. Porem esse tipo de circuito está sendo substituído pelo Sensor de Presença. A ligação era com um interruptor de pressão (Tipo campainha) que ao ser acionado desligava a lâmpada, geralmente 1 minuto depois.

Chave Bóia: É um dispositivo de controle usado no acionamento de bombas de água ou de outro líquido qualquer. Nas instalações usuais para fornecimento de água a edifícios, dispomos de dois reservatórios, o inferior e o superior.A chave-bóia possibilita a ligação do motor da bomba de água, quando o reservatório superior está vazio e o reservatório inferior cheio. Em qualquer outra alternativa o motor permanece desligado.

Contadores: Muitas vezes, temos necessidade de comandar circuitos elétricos à distância, manual ou automaticamente. Contadores são dispositivos com dois circuitos básicos, de comando e de força, que se prestam a esse objetivo. O circuito de comando opera com corrente pequena, apenas o sufi ciente para operar uma bobina, que fecha o contato do circuito de força.

Controles com Intertravamento: Em diversas instalações elétricas torna-se necessário o intertravamento entre os equipamentos, ou seja, determinada máquina só entra em operação quando são satisfeitas certas condições relativas a outras máquinas. O intertravamento elétrico é muito utilizado em instalações industriais e eletromecânicas.

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3. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

Chaves faca com porta-fusíveis: São dispositivos mais antigos de proteção e interrupção. Deverão sempre ser instaladas em locais protegidos com portas, para evitar o contato acidental em suas partes vivas. Por falta de segurança as chaves facas estão sendo substituídas por Disjuntores.

Disjuntores: São dispositivos de proteção e interrupção eventual dos circuitos. Quando ocorrer o desarme do disjuntor, basta acionar a alavanca de acionamento para que o dispositivo volte a operar, não sendo necessária sua substituição como ocorre com os fusíveis. Ele possui um protetor térmico, agindo pelo princípio do bimetal. Esta proteção baseia-se na dilatação de duas lâminas de metais distintos, portanto, com coefi cientes de dilatação diferentes. Uma pequena sobrecarga no circuito, de longa duração, faz aquecer uma lâmina, desligando-se o circuito elétrico. Uma grande sobrecarga, mesmo de curta duração, faz desligar instantaneamente o circuito, agindo um dispositivo magnético.

Nos curto-circuitos, normalmente a corrente se eleva dez vezes ou mais acima dos valores nominais, então, o disjuntor desliga instantaneamente. Por normas, os dispositivos disjuntores não devem trabalhar a mais de 80% de sua capacidade nominal. Assim, um disjuntor para 15 ampéres não deve ser indicado para circuitos cuja corrente nominal ultrapasse 12 ampéres.

Quanto as características elétricas, os disjuntores podem ser unipolares, bipolar e tripolar. Normalmente é comercializado em correntes de 6, 10A, 15A, 20A, 25A, 30A, 35A, 40A, 50A, 60A, 70A, 90A, 100A, 150A.

Eles possuem disparo livre, ou seja, se a alavanca for acionada para a posição ligada e houver um curto-circuito ou uma sobrecarga, o disjuntor desarma.

São elementos de proteção de alta responsabilidade sendo fabricados para circuitos monofásicos e trifásicos. São desenvolvidos para lata ou baixa tensão, com abertura a ar ou óleo. • O disjuntor deverá ser instalado em serie com o circuito que irá a proteger.• O tempo de disparo da proteção térmica torna-se mais curto quando o disjuntor trabalha em temperatura

ambiente elevada. Isso ocorre normalmente dentro do quadro de distribuição. Por isso, é necessário dimensionar a corrente nominal do disjuntor, de acordo com as especifi cações do fabricante, e considerando também essa situação.

Disjuntores Diferenciais-Residuais: É constituído, em suas linhas essenciais por contatos fi xos e moveis; transformador diferencial; disparador diferencial (relé polarizado).

Os contatos tem por função permitir a abertura e o fechamento do circuito e são dimensionados de acordo com a corrente nominal do dispositivo. Quando se trata de um disjuntor termomagnético diferencial, os contatos são dimensionados para poder interromper correntes de curto-circuito até o limite dado pela capacidade de interrupção de corrente nominal do dispositivo.

O transformador é constituído por um núcleo laminado, com tantas bobinas primárias quantos forem os pólos do dispositivo e uma bobina secundária destinada a detectar a corrente diferencial residual.O disparador diferencial é um relé polarizado constituído por um íma permanente, uma bobina ligada à bobina secundária do transformador e uma peça móvel fi xada de um lado por uma mola e ligada mecanicamente aos contatos do dispositivo. O problema é que esse dispositivo ainda é muito caro.

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Aplicações: As instalações elétricas sempre apresentam correntes de fuga. O valor de tais correntes, que fl uem para a terra, dependerá de diversos fatores, entre os quais a qualidade dos componentes e dos equipamentos de utilização empregados, a qualidade da mão-de-obra de execução da instalação, a idade da instalação, o tipo de prédios, etc. Via de regra, as correntes de fuga variam desde uns poucos miliamperes até alguns centésimos de ampére.

É evidente que para instalar um dispositivo DR na proteção de um circuito ou de uma instalação, as respectivas correntes de fuga deverão ser inferiores ao limiar de atuação do dispositivo. Observe-se por exemplo que não se poderia nunca utilizar um dispositivo DR numa instalação onde exista um chuveiro elétrico metálico com resistência nua. Nessas condições, antes de instalar um dispositivo DR, sobretudo em instalações antigas, é necessário efetuar uma medição preventiva destina a verifi car a existência de correntes de fuga superiores a um certo limite.

3.1 ATERRAMENTO

Conceito: Segundo a ABNT, aterrar signifi ca realizar a ligação intencional com a terra, isto é, com o solo que pode ser considerado como um condutor através do qual a corrente elétrica pode fl uir, difundindo-se. Isso é feito para que, ao se operar máquinas e equipamentos, o operador não receba descargas elétricas do equipamento que ele está manuseando.

Em princípio todo equipamento deve ser aterrado, as tomadas para maquinas portáteis, carcaças metálicas de equipamentos, partes metálicas de instalações, Computadores, grades metálicas, etc.

Aterramento Funcional: Consiste na ligação à terra de um dos condutores do sistema (geralmente o neutro) e está relacionado com o funcionamento correto, seguro e confi ável da instalação. Esse modelo de aterramento é obrigatório na instalação do Padrão de Entrada de Energia.

Aterramento de Proteção: Consiste na ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação, visando à proteção contra choques elétricos por contato indireto.

Aterramento de Trabalho: Seu objetivo é tornar possível, sem perigo, ações de manutenção sobre partes da instalação normalmente sob tensão, colocadas fora de serviço para esse fi m. Trata-se de um aterramento de caráter provisório, que é desfeito tão logo cessa o trabalho de manutenção. Um aterramento é constituído, em suas linhas essenciais, pelos seguintes componentes:• Haste de Aterramento ou Eletrodo de Aterramento: Constitui a parte colocada em contato intimo com o

solo, com o objetivo de dispersar a corrente.

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• Condutor de Aterramento: É o Cabo que liga o eletrodo de aterramento ao conector de aterramento.

Haste de Aterramento ou Eletrodo de Aterramento: A Haste de Aterramento pode ser constituído por um único elemento ou por um conjunto de elementos. O termo tanto se aplica a uma simples haste enterrada, como a várias hastes enterradas e interligadas e a diversos outros tipos de condutores em diversas confi gurações.Um eletrodo deve oferecer a uma eventual corrente de falta um percurso rápido e fácil através do terreno. A efi ciência do terreno é caracterizada, em princípio, por uma baixa resistência de aterramento, ou seja, pela capacidade de dispersar a maior corrente possível com a menor tensão possível. Na realidade, o fenômeno depende de um conjunto de fatores, entre os quais:• Resistividade do terreno: Representa a maior incógnita, por ser extremamente variável com a natureza do

terreno, com a umidade, com a quantidade de sais dissolvidos e também com a temperatura; quanto maior a resistividade do terreno, maior a resistência de aterramento

• Comprimento da haste: Infl uencia positivamente a efi cácia do aterramento, no sentido que a resistência é tanto menor, quando mais longa é a haste.

• Volume de dispersão: O volume de dispersão de cada haste é também de importância fundamental; de fato a zona de dispersão de uma haste apresenta um raio que varia de 18 a 25m, crescendo com o comprimento da haste.

• Nº de hastes: O nº de hastes ligadas em paralelo infl ui positivamente na resistência apenas se a distância entre elas for sufi ciente.

Hastes: A haste, com sua forma típica alongada, indica de modo muito simples e imediato sua função. Ela deve “injetar” a corrente no terreno para dispersa-la, perturbando o menos possível a superfície.

A haste deve ser introduzida no terreno verticalmente, modo pelo qual existe menor resistência e apresenta menor perigo para as tensões de passo produzidas na superfície durante o funcionamento. A corrente se dispersa para baixo nos extratos mais profundos do terreno. A seção da haste pode ser cilíndrica, maciça ou tubular. A parte superior da haste deve situar-se a uma profundidade de, no mínimo, 0,5m, a fi m de evitar possíveis danos externos.

Eletrodo em Anel: O eletrodo em anel é constituído por um condutor enterrado ao longo do perímetro do prédio a uma profundidade de no mínimo 0,5m. Do ponto de vista do campo de dispersão, o condutor é análogo a uma haste horizontal muito longa. Pode-se deduzir que a efi ciência é baixa e a corrente percorre principalmente as camadas superiores do terreno.

Devido a simplicidade de instalação, esse tipo de eletrodo é largamente utilizado; a resistência é inversamente proporcional ao comprimento do condutor, desde que a distância entre os lados seja da ordem de 20 a 30m.

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Aterramento em Malha: A chamada “malha de terra” é constituída pela combinação de hastes e condutores. Nela a interconexão dos lados opostos do eletrodo com forma poligonal fechada tem a função de equalizar a superfície do terreno, abaixando ou anulando as tensões de passo e de contato. Para atenuar o gradiente de tensão ao longo do perímetro da malha, é de boa prática enterrar verticalmente ao longo dos lados externos uma série de hastes profundas e distanciadas entre si. Assim é superado o problema das tensões de passo, muito perigosas no caso de cabines de distribuição em média e alta tensão.

Condutor de Proteção: Podem ser usados como condutores de proteção:• Veias de cabos multipolares;• Condutores isolados ou cabos unipolares na mesma característica dos condutores vivos;• Condutores isolados, cabos unipolares ou fi os nus independentes;• Proteções metálicas ou blindagens de cabos;• Eletrodutos metálicos ou outros condutos metálicos;• Certos elementos condutores estranhos à instalação.

Os condutores de proteção e os condutores de fase são, em princípio, submetidos aos mesmos esforços e, por esse motivo, a seção mínima prevista para os condutores de proteção depende da seção correspondente dos condutores fase. Se um único condutor de proteção serve a vários circuitos, sua seção deve ser relacionada com a referente ao cabo de fase de maior seção.

Os condutores de proteção devem ser identifi cados pela dupla coloração verde-amarela ou, na falta desta, pela cor verde, utilizada na isolação dos condutores isolados.

3.2 ENTRADA DE ENERGIA ELÉTRICA

Condutores para o Ramal de ligação: Os condutores do ramal de ligação poderão ser singelos de cobre ou cabos múltiplos do tipo de sustentação pelo neutro (multiplexados) de alumínio ou cobre, preferencialmente com isolamento na cor preta. Nos locais de atmosfera mais agressiva, como por exemplo no litoral e região carbonífera, os condutores do ramal de ligação deverão ser singelos ou multiplexados de cobre;

Não serão permitidas emendas nos condutores. Os condutores do ramal de ligação, serão conectados à rede de distribuição e ao ramal de entrada através de conectores adequados, fornecidos pela concessionária. Após efetuada a conexão do ramal de ligação com o ramal de entrada, o conector e a parte não isolada dos condutores deverão ser envolvidos por uma cobertura isolante para o conector. Se após a colocação da cobertura ainda fi car parte dos condutores nus, estes deverão ser cobertos com fi ta isolante;

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Condutores para o ramal de entrada: Os condutores para o ramal de entrada deverão ser unipolares de cobre, com isolamento para 750Volts, e instalados em eletroduto. Deverá existir continuidade do neutro, não sendo permitido o uso de chave, disjuntor ou fusível.

Os condutores do ramal de entrada deverão ter comprimento sufi ciente para permitir sua conexão com o ramal de ligação e com os equipamentos de proteção e de medição, deve ser deixado no mínimo um metro após a saída da curva, para a conexão com o ramal de ligação. No caso de medição em mureta ou poste, com saída subterrânea, os condutores deverão possuir isolamento para 1000Volts, e serem próprios para instalação em locais não abrigados e sujeitos a umidade. Os condutores e condutos de saída do medidor deverão possuir no mínimo as mesmas características dos condutores e condutos do ramal de entrada.

3.3 NOTAS IMPORTANTES

1. O ramal de ligação aéreo deverá entrar preferencialmente peã frente da edifi cação.2. O ramal de ligação aéreo não poderá cortar terrenos de terceiros ou passar sobre área construída e deve ter

comprimento máximo de 30 metros.3. A instalação da caixa de medição deve ser feita no limite da propriedade do consumidor com a via publica

com a leitura voltada para a calçada, entretanto não serão aceitos os seguintes locais: Copas, Cozinhas, dependências sanitárias, interior de vitrines, áreas entre prateleiras, ou pavimento superior de qualquer prédio.

4. Os equipamentos de medição, os condutores do ramal de ligação aéreo e os conectores de ligação entre o ramal de ligação aéreo e o ramal de entrada serão fornecidos pela concessionária, os demais materiais da entrada de serviços devem ser fornecidos e instalados pelo consumidor.

5. Não é permitida a ligação de mais de uma unidade consumidora em um único medidor ou mais de uma medição em uma única unidade consumidora.

6. O engaste do pontalete é de 45cm e o mesmo deverá ser embutido ou fi xado através de parafusos.7. O espaçamento mínimo entre hastes de aterramento é de 3 metros. 8. O condutor neutro deverá ser isolado, sua bitola deverá ser igual a do condutor fase.9. Para Bitolas acima de 10mm2 é obrigatório o uso de cabos.10. Os condutores (Fase e Neutro) deverão ser identifi cados através de isolamento de cores diferentes ou fi tas

coloridas (Fase A-Vermelho, Fase B – Branco, Fase C – Preto e Neutro- Azul), ou letras (A, B, C , Neutro-N).11. É obrigatório a apresentação de projeto elétrico junto a concessionária para:• Edifi cações agrupadas ou de uso coletivo com 4 ou mais unidades consumidoras.• Unidades consumidores confi guradas como instalações especiais: Cinemas, igrejas, auditórios, e

semelhantes.• Instalações com geração de emergência.

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4. ENTRADA DE SERVIÇO AEREA TRIFÁSICA

ENTRADA DE SERVIÇO SUBTERRÂNEA

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ENTRADA DE SERVIÇO EM POSTE

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ENTRADA DE SERVIÇO EM PAREDE

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ENTRADA DE SERVIÇO EM MURETA

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QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

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Conceito: Quadro de Distribuição é o centro de distribuição de toda a instalação elétrica de uma residência.

Ele é o centro de distribuição porque:• Recebe os fi os que vêm do medidor• Aloja os dispositivos de proteção (Disjuntores)• É dele que partem os circuitos terminais que vão alimentar diretamente as lâmpadas, tomadas e aparelhos

elétricos.

O quadro de Distribuição deve estar localizado em local de fácil acesso e o mais próximo possível do medidor para se evitar gastos desnecessários com os fi os do circuito de distribuição, que são os mais grossos de toda instalação e, portanto os mais caros.

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

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Conceito: É o planejamento de uma instalação com todos os seus detalhes. Sua fi nalidade é proporcionar condições para a realização de um trabalho racionalizado, estético, econômico e rápido. Para a execução de um projeto elétrico é necessário possuir a planta baixa da construção.

LEVANTAMENTO DE CARGAS

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Analisaremos a planta baixa da pagina anterior para começar a desenvolver um projeto elétrico de acordo com as normas existentes.

Recomendações para se estabelecer o levantamento da carga de iluminação.

• Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor na parede• Ponto de luz em cima da pia no banheiro deve estar distante, no mínimo 60cm do limite do boxe do chuveiro.• A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência.

- Área igual ou inferior a 6m2 atribuir um mínimo de 100VA- Área Superior a 6m2, atribuir um mínimo de 100VA para os primeiros 6m2, acrescidos de 60VA para cada aumento de 4m2 inteiros.

Recomendações para se estabelecer o levantamento da carga de Tomadas.

A carga de Tomadas é feita em função da utilização da mesma.• Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m2 deve-se ter no mínimo uma tomada.• Cômodos ou dependências com mais de 6m2 deve-se ter no mínimo uma tomada para cada 5m ou fração

de perímetros, espaçadas tão uniformes quanto possível.• Cozinhas, copas, copas-cozinhas deve-se ter uma tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro,

independente da área.• Subsolos, Varandas, garagens ou sótãos devem ter pelo menos uma tomada.• Banheiros devem ter no mínimo uma tomada junto ao lavatório com uma distância mínima de 60cm do

limite do Box.

Levantamento da carga de Tomadas de uso Geral (TUG’s).

Condições para se estabelecer a potência mínima de tomadas de uso geral (TUG’s).• Banheiros, cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais semelhantes, atribuir o valor mínimo de 600VA

por tomada até o Maximo de 3 tomadas. Após essas 3 tomadas atribuir 100VA para as excedentes.• Demais cômodos ou dependências atribuir 100VA por tomada.

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Levantamento da carga de Tomadas de uso Específi co (TUE’s).

Condições para se estabelecer a potência mínima de tomadas de uso específi co (TUE’s).• Atribuir a potência nominal do equipamento a ser alimentado.

Observação: Nas tomadas de uso específi co TUE’s foram previstas uma tomada para a instalação do chuveiro e uma tomada para a instalação da torneira elétrica.

Previsão de Cargas de Tomadas de Uso Geral (TUG’s) e Tomadas de uso Específi co (TUE’s).

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Quadro Geral de Cargas

Calculo da Potência Total: No quadro acima encontramos a Potência Aparente e a Potência Ativa.

Para calcular a potência ativa da iluminação devemos realizar o seguinte calculo:• Potência de Iluminação = 1.180VA• Fator de Potência a ser adotado para iluminação = 1,0• Então: 1.180 X 1,0 = 1,180W de Potência Ativa Para calcular a potência ativa das Tomadas de Uso Geral devemos realizar o seguinte calculo:• Potência de Tomadas (TUG’s) = 7.300VA• Fator de Potência a ser adotado pata Tomadas de Uso Geral (TUG’s) = 0,8• Então: 7.300 X 0,8 = 5.840W de Potência Ativa Para calcular a potência ativa Total:• Iluminação: 1.180W• Potencia Ativa das Tomadas de Uso Geral (TUG’s) = 5.840W• Potência Ativa das Tomadas de Uso Específi co (TUE’s) = 8.300W• TOTAL GERAL = 15.320W

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4.1 TABELA DE POTÊNCIA PARA ALGUNS ELETRODOMÉSTICOS

5. SIMBOLOGIA TOMADAS E PONTOS DE UTILIZAÇÃO

A fi m de facilitar a execução do projeto e a identifi cação dos diversos pontos de utilização, lança-se mão de símbolos gráfi cos. Na próxima página, temos os símbolos gráfi cos usados para os projetos de instalações elétricas. Foram deixadas duas colunas para a simbologia mais atual e a simbologia normalizada pela ABNT, fi cando a critério de cada projetista a simbologia a adotar.

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5.1 SIMBOLOGIA ELETRODUTOS E DISTRIBUIÇÃO

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5.2 SIMBOLOGIA INTERRUPTORES

5.3 SIMBOLOGIA QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO

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5.4 SIMBOLOGIA LUMINÁRIAS

6. EXTRA – EXTRA – EXTRA – EXTRA

Os assuntos abordados por esta parte do manual vem como extra para acrescentar e aprimorar o conhecimento em alguns setores da Eletricidade.

6.1 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

Produção: A geração industrial de energia elétrica pode ser realizada por meio do uso da energia potencial da água (geração hidroelétrica) ou utilizando a energia potencial dos combustíveis (geração termoelétrica).

No Brasil, cerca de 90% da energia gerada, é através de hidroelétricas porque o nosso país possui um rico potencial hidráulico, estimado em mais de 150 milhões de Kwh. As termoelétricas existentes no Brasil utilizam combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral, etc.), combustíveis não fósseis (madeira, bagaço de cana, etc.) ou combustível nuclear (urânio enriquecido).

Os geradores industriais de eletricidade necessitam de energia mecânica (energia cinética) para fazerem gerar os rotores da turbinas, nos quais estão acoplados, no mesmo eixo, os rotores dos geradores de eletricidade. Então a geração necessita de uma turbina (hidráulica ou térmica) e de um gerador síncrono, montados no mesmo eixo, em geral vertical.

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Transmissão: Transmissão signifi ca o transporte da energia elétrica gerada até os centros consumidores. Para que seja economicamente viável a tensão gerada nos geradores trifásicos de corrente alternada normalmente de 13,8 Kv deve ser elevada a valores padronizados em função da potência a ser transmitida e das distâncias aos centros consumidores. Deste modo, temos uma subestação elevadora junto a geração.

As tensões mais usuais em corrente alternada nas linhas de transmissão são: 69KV, 138KV, 230KV, 400KV, 500KV. A partir de 500KV, somente um estudo econômico vai decidir se deve ser usada a tensão alternada ou contínua, como é o caso da linha de transmissão de Itaipu com 600KV em corrente contínua. Nesse caso, a instalação necessita de uma subestação retifi cadora, ou seja, transformar a tensão alternada em contínua, transmitir a energia elétrica em tensão contínua e próximo aos centros consumidores, uma estação inversora para transformar a tensão contínua em alternada outra vez, antes de distribuir aos consumidores.

O objetivo principal da transmissão em tensão contínua será o da diminuição das perdas por efeito corona, que é resultante da ionização do ar em torno dos condutores, com tensões alternadas muito elevadas.

Distribuição: A distribuição é a parte do sistema elétrico já dentro dos centros de utilização (cidades, bairros, indústrias). A distribuição começa na subestação abaixadora onde a tensão da linha de transmissão é baixada para valores padronizados nas redes de distribuição primária (11KV, 13,2KV, 15KV, 34,5KV, etc.).

A parte fi nal de um sistema elétrico é a subestação abaixadora para a baixa-tensão, ou seja, na tensão de utilização (380/220V, 220/127V, 220/110V, etc). No Brasil há cidades onde a tensão fase-neutro é de 220V e outras em 110 ou 220V.

As redes de distribuição dentro dos centros urbanos podem ser aéreas ou subterrâneas. Nas redes aéreas, os transformadores podem ser montados em postes ou em subestações abrigadas; nas redes subterrâneas os transformadores deverão ser montados em câmaras subterrâneas. A entrada de energia dos consumidores fi nais é denominada de ramal de entrada (aérea ou subterrânea).

As redes de distribuição primária e secundária, normalmente são trifásicas e as ligações aos consumidores poderão ser monofásicas, bifásicas ou trifásicas, de acordo com a sua carga (valores sujeitos a alteração pela concessionária):• Até 4 KW = monofásica (2 condutores)• Entre 4 e 8 KW = bifásica (3 condutores)• Maior que 8 KW = trifásica (3 ou 4 condutores)

Considerações: Chamamos “luz” a todo circuito destinado unicamente a fi ns de iluminação ou pequenos motores monofásicos (geladeiras, máquinas de lavar, aparelhos eletrodomésticos, ventiladores, etc.). Conforme a carga, pode ser monofásico, bifásico ou trifásico.

Chamamos “força” a todo circuito destinado a força motriz, aquecimento, solda ou outros fi ns industriais. Em edifícios residenciais usamos força nas bombas, elevadores incineradores etc. É quase sempre trifásica.

Nas lojas e galpões de mais de 60 metros quadrados deve ser previsto no mínimo 3 HP (2,23KW) de força, nos escritórios 2 HP (1,49KW). Os medidores estão marcados com a letra M e poderão ser monofásicos (até 4KW), bifásicos ou trifásicos. Quando numa instalação temos cargas mono, bi e trifásicas, procuramos equilibrar pelas três fases toda a carga instalada.

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Foi estabelecido pela Portaria nº 84, de 27/04/67, do departamento Nacional de Águas e Energia do Ministério de Minas e Energia, a adoção do ramal único de ligação, isto é, luz e força juntos, num único alimentador.

6.2 DICAS

iluminação: • Se você utiliza melhor a iluminação natural do dia, não precisa acender lâmpadas desnecessariamente;• Ambientes desocupados não precisam de iluminação, a não ser que isto seja uma questão de segurança;• Utilize apenas lâmpadas com a mesma tensão que a da rede elétrica de sua residência; • Mantendo limpas as luminárias, lustres e arandelas, você aproveita melhor a luminosidade da lâmpada; • Tetos e paredes internas deve ser pintadas com cores claras; • Banheiros, cozinhas, lavanderia e garagem devem ser iluminados com lâmpadas fl uorescente que duram

mais e consomem menos energia; • Lâmpadas fl uorescentes, comuns ou compactas, gastam de 1/3 a 1/5 da energia consumida por lâmpadas

incandescentes. Além disso, as fl uorescentes duram até 10 vezes mais.

Chuveiro Elétrico

• Normalmente é o aparelho que mais consome energia elétrica em uma residência. Por isso, reduza o tempo de banho;

• Nunca mude a chave seletora de temperatura - verão/inverno - do seu chuveiro, enquanto ele estiver ligado;• Não esqueça de instalar o fi o terra de seu chuveiro, assim você evitará choques elétricos;• Na instalação, utilize condutores compatíveis com a potência do chuveiro; • Selecione a temperatura “Verão” nos dias quentes. O consumo cai até 40% em relação à posição “Inverno”;• Limpe os orifícios de saída de água do chuveiro; • Não aproveite resistências queimadas, elas consomem mais e não são seguras;

Televisão

• De maneira geral, a televisão e outros aparelhos antigos consomem mais energia elétrica; • Reparos devem ser feitos apenas por técnicos especializados; • Nunca mexa no interior dos aparelhos - mesmo desligadas, as televisões podem conter cargas acumuladas

que produzem perigosos choques; • Não coloque palha de aço na antena. Os fi apos podem cair dentro da televisão causando curto-circuito;• Desligue a televisão quando não houver ninguém assistindo.

Ferro de passar

• Como o chuveiro, o ferro de passar funciona com uma resistência, que é mecanismo que consome muita energia elétrica. Utilize-o adequadamente;

• Com ferros convencionais e com ferros a vapor, passe primeiro as roupas que necessitam de temperaturas mais altas e, depois, aquelas que precisam de menos calor;

• Ferros que não forem a vapor mas tiverem regulagem de temperatura, comece a passar as roupas que necessitam menor temperatura – assim você aproveita melhor o ciclo de aquecimento do aparelho;

• Acumule o maior número de roupas para passá-las de uma vez. Você estará evitando o desperdício de energia e o desgaste do equipamento devido ao aquecimento repetido durante o dia;

• Quando tiver que interromper o trabalho não se esqueça de desligar o ferro de passar; • Evite o contato do ferro ligado com o cabo que o liga na tomada; • Não enrole o cabo condutor no aparelho ainda quente;

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• Ferro a vapor é mais econômico que os outros modelos.

Secadora de roupas

• Espere acumular roupa sufi ciente para completar a capacidade máxima do eletrodoméstico, • Limpe o fi ltro de ar do aparelho periodicamente; • O tempo de funcionamento para cada tipo de tecido deve estar de acordo com o indicado pelo fabricante.

Geladeira

• Verifi que a qualidade da borracha da porta de sua geladeira: coloque uma folha de papel entre a porta e o gabinete. Se o papel puder ser facilmente retirado enquanto a geladeira estiver fechada, a borracha deve ser substituída. Problemas na borracha de vedação da porta podem ocasionar vazamentos de ar frio, aumentando o consumo de energia elétrica e reduzindo seu tempo de vida útil;

• Instale sua geladeira em local ventilado, 20 cm distante de paredes ou móveis e afastada de fogão ou outra fonte de calor;

• Não seque nada atrás da geladeira, isto consome mais energia elétrica, além de reduzir sua vida útil – a grade da geladeira e o motor devem estar livres inclusive de poeira;

• Quando precisar retirar ou colocar muitos alimentos na geladeira, faça-o de uma só vez. Evite abrir desnecessariamente o eletrodoméstico;

• Regule o termostato da geladeira de acordo com a época do ano. No inverno, ela não precisa refrigerar tanto quanto no verão;

• Não ponha alimentos quentes na geladeira; • Tampe os líquidos antes de colocá-los na geladeira; • Verifi que a qualidade da borracha da porta de sua geladeira: coloque uma folha de papel entre a porta e o

gabinete. Se o papel puder ser facilmente retirado enquanto a geladeira estiver fechada, a borracha deve ser substituída. Borrachas em mau estado permitem a troca de ar externo/interno aumentando o consumo de energia elétrica e reduz o tempo de vida útil do eletrodoméstico.

Condicionador de Ar

• Antes de tudo, consultando o manual de instruções ou um técnico capacitado, procure saber se o aparelho tem as características necessárias para resfriar ou aquecer o ambiente em que ele será usado. Se ele não as possuir, o ambiente nunca atingirá o conforto térmico desejado.

• Instale o aparelho em local com boa circulação de ar; • Feche bem portas e janelas evitando o contato do ambiente climatizado com o ar externo;• Mantenha os fi ltros do aparelho limpos facilitando a passagem do ar; • Posicione o aparelho de forma que ele não pegue sol; • Quando se ausentar do ambiente por muito tempo, desligue o condicionador de ar; • Utilize o aparelho somente para climatizar áreas ocupadas; • Nas salas com ar condicionado deve-se utilizar lâmpadas que produzam menos calor; • Faça um resfriamento da sala a ser climatizada antes de ligar o condicionador de ar. Para isso, abra as

janelas no período da manhã e deixe o ar circular. Isto diminuirá o esforço e o consumo de energia por parte do aparelho.

Máquina de lavar roupa • Siga as orientações do fabricante. Você estará aumentando o tempo de vida útil do aparelho e economizando

energia elétrica. • Se você lavar a quantidade máxima de roupas orientadas pelo fabricante cada vez que acionar a máquina,

estará economizando energia elétrica e água também;

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Eletricista Residencial & Comercial

• Utilize a dosagem de sabão indicada pelo fabricante. Isto evitará que você faça a máquina repetir ciclos de enxágüe;

• Limpe o fi ltro diariamente. Isso fará com que a água seja esgotada mais rapidamente.

Fuga de energia elétrica

• Se o consumo não cai mesmo tomando todo o cuidado para não desperdiçar energia elétrica, pode ser que o problema não seja o mau uso de seus eletrodomésticos ou de sua iluminação.

• Um problema comum em residências é a fuga de energia elétrica. É como um vazamento onde parte da energia é simplesmente desperdiçada. Ocorre devido à existência de emendas de condutores mal feitas, condutores desencapados, mal dimensionados, ou com isolamento desgastado pelo tempo.

• A fuga de energia elétrica pode ser provocada, ainda, por eletrodomésticos defeituosos. Veja como identifi car este problema em sua casa:

• Desligue tudo, retirando os aparelhos das tomadas e apagando lâmpadas. Se o disco do seu medidor – relógio, continuar a girar, dando uma volta completa em quinze minutos, há fuga de energia.

• Para certifi car-se do problema, desligue a chave geral de sua casa e observe o medidor mais uma vez - se ele ainda girar, o defeito pode ser nele mesmo, mas se parar de girar, está confi rmada a fuga de energia em sua instalação elétrica. Fale com um eletricista de confi ança para que ele possa identifi car a origem do problema e solucioná-lo.

• Eletrodomésticos também podem desperdiçar energia em fugas. Se a instalação elétrica de sua casa não possui falhas, você pode testar seus aparelhos assim:

• Com a chave geral ligada, apague todas as luzes e desligue todos os parelhos da tomada; • Um de cada vez, coloque os eletrodomésticos na tomada sem ligá-los e verifi que o medidor; • Se o medidor der uma volta completa em menos de quinze minutos, o aparelho ligado à tomada naquele

momento está desperdiçando energia.

Atenção: o teste não pode ser feito com aparelhos que funcionam automaticamente quando ligados à

tomada, ex.: rádio-relógio, videocassete, geladeira, etc. Faça o teste em tomadas diferentes para ter

certeza que o problema é do aparelho.

7. BIBLIOGRAFIA

NISKIER, J. & MACINTYRE, A. J., Instalações Elétricas, 2a Ed., Guanabara Dois, Rio de Janeiro, RJ, 1992.

COTRIN, A. A. M. B., Instalações Elétricas, 3a Ed., Makron Books, São Paulo, SP, 1992.

FILHO, J. Mamede, Instalações Elétricas Industriais, 5a Ed., Livros Técnicos e Científi cos S.A., Rio de

Janeiro, RJ, 1997.

DE CAMARGO, J. R. P., Notas de aula da disciplina de Instalações Elétricas de Baixa tensão do Curso de

Engenharia Elétrica do IME, Rio de Janeiro, RJ, 2000.

Catálogo de Iluminação Fluorescente da Eletromar.

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Eletricista Residencial & Comercial

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Ilumination Engineering – Warren B. Boast.

Instalações Elétricas – Hélio Creder

Instalações Elétricas de Baixa Tensão-NBR 5410

Instalações Técnicas (1ºvol).

Manual de Iluminação da Cia. Brasileira de Lâmpadas.

Manual Luminotécnico Prático – OSRAM

Norma Técnica DPSC/NT – 01 – BT

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www.celesc.com.br

www.dutoplast.com.br

www.plpbrasil.com.br

Web Site da PIRRELI CABOS S.A.

Web Site da OSRAM

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