Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2
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PROTOCOLO DAS ATIVIDADES MECÁNICA
CURSO DE TYPODONT STRAIGHT WIRE OTIMIZADO
Prof . Dr. Marcelo Sousa Gomes
MEC
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APOSTILA 2
APOSTILA 2
Doutor e mestre em ortodontia FOSLMandic SP
Especialista em Ortodontia e Ortopedia facial UNIFEB SP
Pós graduação em DTM e dor facial , Implantodontia
Pós graduação – Odontologia do sono ( idealizador do SS – Sound sleep Aparelho Intra Oral apnéia e ronco )
Professor titular do curso de especialização em ortodontia UNIUBE Universidade de Uberaba - MG
Professor e coordenador dos cursos de especialização em ortodontia ABO -Taguatinga DF
Professor UNIP DF e IPESP DF
Diretor administrativo - CPEOrto DF / Orthocentro DF / Orthouniversity Brasília DF
Marcelo Sousa Gomes, Dr, MS, Esp.
A palavra otimizar é utilizada em muitas áreas do conhecimento, e significa:
Buscar um rendimento ótimo, criando condições mais favoráveis ou tirando (dele ou dela) o melhor possível; tornar (algo) ótimo ou ideal.
Este trabalho visa adequar a ortodontia em protocolos estabelecidos que visam a otimização da especialidade.
Partindo deste pressuposto, este trabalho vem mostrar uma organização do conhecimento baseada em evidência científica e clínica, e transformando este sistema em protocolo técnico
para a terapia ortodôntica corretiva. Como princípio, será utilizado a filosofia straight wire- Roth modificado por recursos técnicos advindos de outras filosofias para que possamos
otimizar nossas atividades clínicas.
A busca do melhor rendimento biomecânico em menor tempo é sem dúvida nenhuma o grande desafio da ortodontia contemporânea, e a idéia de integrar o que há de melhor nas
filosofias para a busca do melhor é a grande proposta deste levantamento científico e proposta de padronização das atividades mecânicas em ortodontia.
STRAIGHT WIRE OTIMIZADO -‐ CONVENCIONAL
AGREGAR E OTIMIZAR – AÇÕES CONTEMPORÂNEAS EM ORTODONTIA
A FILOSOFIA STRAIGHT WIRE OTIMIZADA AGREGA UM SISTEMA DE DIAGNÓSTICO PRÓPRIO
COM A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS ADEQUADAS QUE LEVA A UM PLANEJAMENTO
DINÂMICO E PREDICTIVO. ENTRE OUTROS FATORES FOI DESENVOLVIDO UMA ANÁLISE
CEFALOMÉTRICA P.C.O ( Padrão Cefalométrico Otimizado ) e ANÁLISE DE MODELOS DINÂMICA
OTIMIZADO, QUE EM CONJUNTO COM OUTROS FATORES DE DIAGNÓSTICO CONDUZ A UM
PLANEJAMENTO OTIMIZADO.
NA MECÂNICA ORTODÔNTICA, FOI DESENVOLVIDO FATORES PARA A ORTODONTIA
CONVENCIONAL E O SISTEMA AUTOLIGADO. NESTE TRABALHO SERÁ MOSTRADO O PADRÃO
PARA ORTODONTIA, UTILIZANDO UM SIMULADOR MECÂNICO – TYPODONT.
MECÂNICA STRAIGHT WIRE OTIMIZADA
SIMPLICIDADE E PRATICIDADE TÉCNICA
AGREGAR FATORES POSITIVOS DE OUTRAS FILOSOFIAS
OTIMIZAR RESULTADOS
STRAIGHT WIRE OTIMIZADA
1-‐ MONTAGEM DOS ACESSÓRIOS
2 -‐ PREPARO DE ANCORAGEM
3-‐ ALINHAMENTO E NIVEL.
4-‐ REAVALIAÇÃO
5 -‐ MECÂNICA PRINCIPAL
6 -‐ RENIVELAMENTO
7-‐INTERCUSPIDAÇÃO
8 -‐AJUSTE OCLUSAL
9 -‐FINALIZAÇÃO
10 -‐CONTENÇÃO
SISTEMA DE ANCORAGEM
Sistema utilizado para o controle de forças reativas na movimentação dentária.
O controle de forças reativas é extremamente importante na ortodontia,
sendo que o controle destas forças foi o grande desafio a ser vencido na
especialidade.
Hoje conseguimos estender os benefícios da ortodontia a um grande
número pacientes devido aos sistemas de ancoragem máxima e absoluta
que empregamos na otimização de nossa mecânica.
ANCORAGEM ORTODÔNTICA
Em nossa proposta de otimizar os sistemas já existentes com uma inter relação das técnicas, o protocolo é dividido em 4 ( quatro )
opções bem definidas para as diversas possibilidades de sistema de ancoragem. A ancoragem deve ser empregada em todas as
mecânicas, e de maneira especial na MECÂNICA PRINCIPAL DE
RETRAÇÃO INICIAL OU TOTAL
CÁPITULO 2 – PREPADO DO SISTEMA DE ANCORAGEM
TIPOS DE ANCORAGEM
MECÂNICA COM ANCORAGEM MÍNIMA MECÂNICA COM ANCORAGEM MÉDIA
MECÂNICA COM ANCORAGEM MÁXIMA
MECÂNICA COM ANCORAGEM ABSOLUTA
ANCORAGEM MÍNIMA OU PERDA DE ANCORAGEM
MONTAGEM DO APARELHO ORTODÔNTICO, INICIALMENTE SEM A
INCLUSÃO DOS SEGUNDOS MOLARES
PROSSEGUIR TODA A SEQUÊNCIA DE FIOS DA FASE DE
NIVELAMENTO
REALIZAR AMARRILHO CONTÍNUO DE CANINO A CANINO
REALIZAR AMARRILHO CONTÍNUO DE MOLAR A PRÉ MOLAR
UTILIZAR O MECANISMO DE RETRAÇÃO
- ELÁSTICO CORRENTE (aleta distal de canino a mesial de pré molar )
- ARCOS DE RETRAÇÃO ( prosseguir com o controle de abertura das
molas)
IMAGNES
Prof. Jurandir Barbosa
Obs.: a escolha dos dentes a serem extraídos deve tender aos
segundos pré molares, e avaliar e controlar a força utilizada (força ótima
de retração com perda de ancoragem)
ANCORAGEM MÉDIA.
MONTAGEM DO APARELHO ORTODÔNTICO, INICIALMENTE SEM A
INCLUSÃO DOS SEGUNDOS MOLARES.
USO DE BARRA TRANS PALATINA SUPERIOR/OU USO DE
BRAQUETE VERSÁTIL.
USO DE FORÇA RECÍPROCA
NO FINAL DO NIVELAMENTO (0, 019*0, 025) uso de amarrilho no
segmento anterior e posterior
USO DE MECANISMO DE RETRAÇÃO:
- Elástico corrente (da aleta distal dos caninos a mesial dos pré
molares)
- Arcos de retração (controle de abertura das alças)
APÓS RETRAÇÃO INCLUIR SEGUNDOS MOLARES E FECHAR OS
ESPACOS
Obs.: Controle da ancoragem.
PARA ESTE SISTEMA DEVE SER UTILIZADO, QUANDO NECESSÁRIO
O SISTEMA DE BRAQUETE – VERSÁTIL BARBOSA.
ANCORAGEM MÁXIMA.
Utilização de vários acessórios otimizando o sistema de ancoragem.
Ancoragem máxima não pode ser considerada absoluta, este sistema apesar de ser de grande capacidade de controle casos em que há
necessidade de sistema de total controle deve ser utilizado
“ancoragem absoluta”.
MONTAGEM DO APARELHO ORTODÔNTICO, INCLUINDO OS
SEGUNDOS MOLARES.
USO DE BARRA TRANS PALATINA SUPERIOR, CONJUGADO
POSTERIOR, MOLA DE ANCORAGEM, BRAQUETE VERSÁTIL.
USO DE FORÇA COM PREDOMINÂNCIA DE RETRAÇÃO ANTERIOR
NO FINAL DO NIVELAMENTO (0, 019*0, 025) uso de amarrilho no
segmento anterior e posterior
USO DE MECÂNISMO DE RETRAÇÃO:
- Elástico corrente (da aleta distas dos caninos a mesial dos pré
molares)
- Arcos de retração (controle de abertura das alças)
Obs. CONTROLE TOTAL DE ANCORAGEM POSTERIOR.
Neste sistema deve ser utilizado os cursores ortodônticos e as molas
de ancoragem, acessórios que otimizam o controle dos movimentos dentários.
SISTEMA COM ELÁSTICOS
SISTEMA COM ARCOS DE RETRAÇÃO
MOLA DE ANCORAGEM
AMARRILHOS CONJUGADOS POSTERIORES
CURSORES INTRA ARCOS E
ESTABILIZADORES.
ARCO DE RETRAÇÃO
AMARRILHOS CONJUGADOS POSTERIORES
CURSORES INTRA ARCOS E ESTABILIZADORES
ANCORAGEM ABSOLUTA.
Os orto implantes abriram novas possibilidades de
tratamento que antes não eram possíveis de se
realizar como, a intrusão de molares, por exemplo, só
foi conquistada com o advento deste produto, ainda
assim as ancoragens se tornaram “absolutas” e
permitem que o planejamento de movimentação
dentária se realize de maneira precisa e otimizada,
uma vez que com a utilização destes mini-implantes
pode-se movimentar apenas os elementos de
interesse, o que no sistema convencional eram
necessários outros movimentos secundários para o
ajuste de um grupo de elementos ou um único dente.
Precisão de movimentação, menor tempo de
tratamento, procedimento indolor, diversidade no
planejamento, ajustes de espaços para permitir a
instalação de implantes, fazem parte deste universo
de vantagens para o profissional que utiliza os
ortoimplantes.
Ortoimplante Convencional: Mini-implante auto-perfurante, com auto poder de
corte e estabilização, sua geometria favorece agilidade e precisão de instalação.
Seu encaixe cervical oferece possibilidade de adaptação de mola de tensão, fio
de amarrilho e “elásticos”, o que traz grande versatilidade de utilização
mostrando ao Ortodontista diversas opções de planejamento e aplicabilidade
deste produto.
Ortoimplante Bracket: Mini-implante auto-perfurante, com auto poder de corte
e estabilização. Seu encaixe cervical sistema Bracket, o que traz ao Ortodontista
toda a compatibilidade com as possibilidades de ancoragem e movimentação
planejada.
Ortoimplate – convencional Ortoimplante – braquete
Com o preparo e inter relação de acessórios utilizamos pouco os
ortoimplantes para retração (conforme ilustração), mas como ancoragem em casos de ausências de dentes posteriores e para
intrusão de dentes individuais ou segmentos de dentes é a mecânica
de eleição principal.
CONFECÇÃO DA BARRA TRANS PALATINA
1 – RETIFICAÇÃO DO FIO UTILIZADO PARA A CONFECÇÃO DA BARRA TRANS PALATINA. O FIO UTILIZADO NA CONFECÇÃO DA BARRA PARA A FINALIDADE DE ANCORAGEM É O FIO DE AÇO REDONDO 0, 036’’ – 0,9 E PARA A FINALIDADE DE ATIVAÇOES E PEQUENOS MOVIMENTOS É UTILIZADO O FIO 0, 032’’ – 0,8.
2 – A PRIMEIRA DOBRA É NA METADE DO FIO RETIFICADO NA SEGUNDA TORRE REDONDA DO ALICATA 065 (3 em 1 – Marcote), FAZENDO O CONTORNO DO “ÔMEGA” CENTRAL.
SISTEMA DE ANCORAGEM DO ARCO SUPERIOR.
PROTOCOLO PARA OS TRABALHOS EM LABORATÓRIO (TYPODONT) Barra trans palatina BTP (PARA ANCORAGEM)
Acessório de auxílio aos sistemas de ancoragem simples e são denominados arcos linguais, que no arco superior é chamado de BTP – Barra trans palatina. É um ótimo acessório de controle transversal, sendo utilizado para estabilizações de sistema simples e também como acessório de correção de pequenos movimentos dos molares.
PRINCIPAIS APLICAÇÕES CLÍNICAS: - Mantenedora de espaço no caso de perda dos segundos molares decíduos - Correção da rotação dos molares - Correção da angulação dos molares - Auxiliar de ancoragem - Distalização dos molares (associada a um sistema de ancoragem) - Controle de irrupção dos primeiros molares superiores - intrusão relativa - Pequena expansão ou contração dento alveolar do segmento superior posterior. CONTRA-INDICAÇÕES: - Pacientes com sensibilidades a materiais Metálicos. ao dente extraído. - O desprendimento da BTP removível poderá ocasionar intercorrências desagradáveis como a deglutição da peça e ainda outra intercorrência menos grave e mais freqüente, poderá haver lesão da mucosa
gengival próxima ao tubo lingual.
CONFECÇÃO DA BARRA TRANS PALATINA
3 - NA CONFECÇÃO REALIZADA INICIALMENTE NOS MODELOS (PARA INICIANTES) DEVE CENTRALIZAR A DOBRA “ÔMEGA CENTRAL” E FAZER CONTORNEAMENTO DO PALATO – UTILIZAR O ALICATA 065 PARA FAZER ESTE CONTORNO.
4 – APÕS O CONTORNO, AINDA CENTRALIZADO O “ÔMEGA” MARCAR A ENTRADA DO TUBO LINGUAL COM CANETA DE MARCAR FIO.
5 – COM O ALICATE DE BARRA CONVENCIONAL (310), FAZER A DOBRA PARA ENTRADA NO TUBO.
6 - AINDA COM O ALICATE DE BARRA FAZER A DOBRA DO CONTORNO DO BRAÇO DE APOIO DA BARRA, COM O ALICATA FIRME FAZER O MOVIMENTO INTEIRO ATÉ O ENCONTRO DAS PONTAS DO FIO.
CONFECÇÃO DA BARRA TRANS PALATINA
7 – FAZER AINDA COM O ALICATE DE BARRA (310) COM A MARCA PARA O FIO (0,9 ou 08) FAZER A PRESSÃO PARA O CORRETO ENCAIXE DO FIO NO TUBO, FAZER A DOBRA FINAL PARA BAIXO.
8 – COM A DOBRA REALIZADA FAZER O ENCAIXE DA DOBRA DE APOIO DA BARRA SEM ATIVAÇÃO – PASSIVAMENTE.
ANCORAGEM PARA O SIMULADOR (TYPODONT)
AEB – ARCO EXTRA ORAL E BARRA
TRANS PALATINA PARA CONTROLE DE
ANCORAGEM
(ABSOLUTA)
SISTEMA DE ANCORAGEM DO ARCO INFERIOR
O sistema de ancoragem na técnica otimizada é realizado com o “ARCO LINGUAL REMOVÍVEL TIPO 1 e 2”. -‐ TIPO 1 “Arco lingual com ancoragem para retração inicial de caninos e pequenos movimentos”. Arco toca a lingual dos incisivos reforçando a ancoragem dos posteriores. -‐ TIPO 2 “Arco lingual com ancoragem transversal utilizado para ancoragem total. Arco não toca a lingual, sendo assim há liberdade para a retração dos dentes anteriores com controle transversal dos arcos.
Confecção do arco preconizado (PROTOLOCO OTIMIZADO)
TIPO 1 e TIPO 2 Este acessório utilizado nos sistemas de ancoragem é o mesmo preconizado pela mecânica segmentado – TAS Técnica do arco segmentado preconizado por Burstone.
CONFECÇÃO DO ARCO LINGUAL
- PROTOCOLO OTIMIZADO
1 – CONTORNEAMENTO DO FIO 0, 036’’- 0,9 PARA ANCORAGEM E 0, 032’’ – 0,8 PARA REALIZAÇÃO DE ANCORAGEM E TAMBÉM PEQUENOS MOVIMENTOS COM O ALICATE 065 (3 em 1 ). O ARCO DEVERÁ TOCAR A LINGUAL DOS DENTES ANTERIORES.
2 - MARCAÇÃO DO FIO NA DISTAL DE CANINOS MANTENDO O CONTORNEAMENTO DO ARCO.
3 – COM O ALICATE TRIDENT FAZER AS DOBRAS PARA BAIXO DO ARCO NO SENTIDO ANTERO POSTERIOR. UTILIZAR O LIMITE DO ALICATE COMO LIMIETE DA DOBRA.
4 - AINDA COM O ALICATE TRIDENT FAZER O ALINHAMENTO DO FIO E CORRIGIR A DOBRA PARA INFERIOR DO FIO. O SEGMENTO POSTERIOR DEVERÁ FICAR PARALELO AO SEGMENTO ANTERIOR.
CONFECÇÃO DO ARCO LINGUAL
- PROTOCOLO OTIMIZADO
5 - CORRIGIR A DOBRA DOS DOIS LADOS DO ARCO COM O ALICATE TRIDENT, MANTENDO AS DUAS DOBRAS DO MESMO TAMANHO.
6 - CONFERIR NO MODELO O CONTORNEAMENTO DO ARCO, E A DOBRA. A MESMA DEVERÁ FAZER UMA DESCENDENTE NA DISTAL DOS CANINOS MANTENDO PARALELO O S SEGMENTOS E O SEGMENTO ANTERIOR DEVERÁ TOCAR A LINGUAL DOS DENTES.
7 – REALIZAR A MARCAÇÃO COM CANETA DE MARCAR FIO NA ALETA DISTAL. ESTE PROCEDIMENTO DEVERÁ SER REALIZADO PARA OS DOIS TIPOS DE ARCOS – TIPO 1 e TIPO 2.
8 – DOBRA NA MARCA DA ALETA DISTAL SUBINDO O FIO NO SENTIDO DO TUBO (EXEMPLO PARA O ARCO TIPO 2)
CONFECÇÃO DO ARCO LINGUAL
- PROTOCOLO OTIMIZADO
9 – DOBRA NA MARCAÇÃO NO SENTIDO DO TUBO (EXEMPLO PARA O ARCO TIPO 2)
10 – DOBRA AINDA COM O ALICATE DE BARRA (310) PARA A CONFECÇÃO DO APOIO DO ARCO.
11 - DOBRA REALIZADA, UTILIZANDO A MARCAÇÃO DO ALICATE PARA O FIO CORRESPONDENTE.
12 – FINALIÇÃO DA DOBRA DE APOIO.
NESTE MOMENTO O ALICATE DE BARRA É POSICIONADO NO FIO FAZENDO A DOBRA FINAL DE ENTRADA NO TUBO. ( 90 graus ).
13 – DOBRA REALIZADA E POSICIONADO NO TUBO (VERIFICAÇÃO DE PASSIVIDADE).
CONFECÇÃO DO ARCO LINGUAL
- PROTOCOLO OTIMIZADO
OS ARCOS SE DIVIDE EM TIPO 1 E TIPO 2, QUANDO DO APOIO DO ALICATE NA MARCAÇÃO PARA REALIZAR A PRIMEIRA DOBRA POSTERIOR.
TIPO 1 - O ALICATE É POSICIONADO APÓS A MARCAÇÃO REALIZADA PARA A DOBRA EM SENTIDO AO TUBO LINGUAL.
TIPO 2 – O ALICATE É POSICIONADO ANTES DA MARCAÇÃO REALIZADA PARA A DOBRA EM SENTIDO AO TUBO LINGUAL.
O alinhamento e nivelamento dentário é a primeira fase do tratamento
ortodôntico, onde será utilizado pela primeira vez
sistemas de forças para a movimentação dos dentes. Nesta fase os dentes serão movimentados para alcançar a posição de
estabilidade nos seus alvéolos em harmonia com seus antagonistas e agonistas ESTÃO INSERIDOS NESTA FASE DE TRATAMENTO: 1 -‐-‐ CORREÇÃO DE ALTERAÇÕES TRANSVERSAIS. 2 – CORREÇÃO DAS DISCREPÂNCIAS DE MODELOS.
As correções transversais devem ser realizadas inicialmente a fase de alinhamento e nivelamento, não sendo esta fase realizada posterior a fase de alinhamento como “mecânica principal”. Da mesma maneira, as discrepâncias altas de modelos devem ser corrigidas com a extração de dentes (previamente definido em planejamento clínico) e mecanismo de retração inicial de caninos e dissolução de apinhamentos. Esta fase é definida como sendo precursora da maioria das “mecânicas principais“ realizadas na ortodontia. Sua importância impar se dá devido à incorporação de fios retangulares pesados, e estes fios serem importantes para o controle dos movimentos dentários nas mecânicas principais. Nos casos em que a “QUEIXA PRINCIPAL” do paciente é o alinhamento de seus dentes, a fase de alinhamento e nivelamento se torna a ”MECÂNICA PRINCIPAL” no planejamento.
CÁPITULO 3 – ALINHAMENTO E NIVELAMENTO DENTÁRIO
O QUE DEVE SER REALIZADO NESTA FASE E QUE OBJETIVOS DEVEMOS CHEGAR:
ALINHAMENTO E NIVELAMENTO DENTÁRIO
Na proposição de colagem dos acessórios ortodônticos preconizados por este trabalho vislumbrando um posicionamento estético e funcional dos dentes, e seguindo a filosofia de Ronald Roth que diz uma vez os acessórios estando bem posicionados e seguido uma seqüência de fios respeitando os limites biológicos dos elementos de suporte, os dentes deverão ser alinhados e nivelados.
ALINHAR E NIVELAR OS DENTES
FIOS PESADOS COMO ANCORAGEM A MECÂNICA
PRINCIPAL
CERTEZA DO REAL POSICIONAMENTO DOS ACESSÓRIOS
FIOS ORTODÔNTICOS (Colaborador – Prof. Bruno L Minervino)
A troca de calibre dos fios ortodônticos é prática comum nos consultórios de ortodontia, onde a incorporação de alças em fios de aço inoxidável de 0, 012”até 0, 020”, para simular sistemas mais flexíveis, tornava o tratamento mais longo e trabalhoso, pois exigia-‐se mais tempo do paciente (foto n.1-‐ TIPOS DE ALÇAS, a) Alça vertical, para correção no sentido vestíbulo-‐lingual, b) Alça tipo bota, para nivelamento e pequenas inclinações e, c) Alça em Box, para nivelamento e inclinações).
Entretanto, Com o maior conhecimento da biologia da movimentação dentária e da metalurgia surgiram ligas únicas, como as Níquel-‐Titânio (que apresentam o efeito de memória de forma, ou seja, a habilidade de retornar a sua forma original), e TMA (Titânio Molibidênio), com propriedades cada vez mais compatíveis com as respostas biológicas.
Esse capítulo tem como objetivo discorrer sobre as ligas mais utilizadas na ortodontia e, de forma simplificada, demonstrar uma seqüência de fios ortodônticos que podem ser utilizados no Typodont e, em casos menos complexos, utilizados em pacientes ortodônticos nos casos de alinhamento, nivelamento, e retração inicial.
Ligas de Aço inoxidável
O aço inoxidável utilizado na Ortodontia é do tipo austenítico. Sua composição média é de 18% de Cromo, 8% de Níquel, 0.08 a 0.15% de Carbono e o restante (maioria) de Ferro. As porcentagens de Cromo e Níquel dão nome a este tipo de “aço 18-‐8”29.
Além disso, essas ligas trazem como vantagens;
a) Possuir excelente formabilidade, isto é, capacidade de fazer dobras; b) Apresentam excelente soldabilidade e baixo atrito, além do baixo custo; c) Devido à versatilidade, torna-‐se uma liga de uso comum na odontologia mundial
Têm como limitações a exagerada rigidez e, conseqüentemente a falta de controle mecânico do sistema, que pode ocasionar problemas de difícil solução, a exemplo, as reabsorções dentárias.
Ligas de Cromo-‐Cobalto
São ligas com propriedades semelhantes às do Aço, desenvolvidas pela Elgin Company, que contém 40% de cobalto, 20% de Cromo, 15% de Níquel, 15.8% de Ferro, 7% de Molibidênio, 2% de Manganês, 0.16% de Carbono e 0.04% de Berílio. São as ELGILO, que são fabricadas em quatro têmperas, o fio trás na sua porção superior quatro cores, que são: o azul (mais maleável), o amarelo, o verde, e a vermelha (mais resiliente). Nesse sentido, o ortodontista irá utilizar essas ligas-‐cores, segundo sua conveniência clínica, sua formabilidade é excelente.
Ligas de Níquel-‐Titânio
Em certas fases do tratamento, principalmente no início do tratamento ortodôntico, isto é no alinhamento e nivelamento, é indispensável à liga apresentar deflexão suficiente que torne o sistema biologicamente compatível com a movimentação ortodôntica. O conceito de flexibilidade-‐deflexão é a capacidade da liga de apresentar um grande alongamento com pequenos níveis tensão aplicado, típico das ligas de NiTi, em detrimento das ligas de aço, que apresentam pouca deflexão para altos níveis de tensão aplicada, observe o gráfico n.1, Tensão x Deformação para as ligas de Niti e Aço Inoxidável.
Gráfico n.1 (fonte: R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 5, n. 4, p. 72-‐76, jul./ago. 2000, Minervino, Bruno)
O efeito conhecido como ”memória de forma” que caracteriza as ligas de níquel-‐titânio e relaciona-‐se com sua estrutura metalúrgica (fase martensítica-‐ austenítica). Essas ligas podem existir em mais de uma forma e estrutura cristalina. A forma martensítica existe a baixas temperaturas; a forma austenítica, a altas temperaturas. A transformação
martensítica ocorre pelo mecanismo de cisalhamento sem mudança na composição, e os movimentos atômicos que ocorrem durante esta transformação são inferiores a uma distância interatômica. A memória de forma refere-‐ se à capacidade de certos materiais de voltarem à forma original com o aquecimento do material acima da temperatura de martensita para austenita.
Assim, as ligas de Níquel-‐Titânio trazem como vantagens;
-‐ A obtenção de um baixo limiar de dor -‐ Possuir maior tempo de deflexão, traduzida como menor número de visitas por parte dos pacientes; pois a ativação deverá ser realizada com um maior tempo; -‐ Possuir constância na desativação da força; devido à considerável extensão de deflexão sendo que a força produzida dificilmente varia isso significa que o arco inicial exerceria a mesma força se fosse defletido numa distância aproximadamente pequena ou grande, o que é uma característica única e extremamente desejável;
-‐ Existir em diferentes temperaturas de transformação: 15°C (Arcos Tipo I), 27°C (Arcos Tipo II), 35°C (Arcos tipo III) e 40°C (ArcosTipo IV). Como exemplo, pode-‐se citar as indicações do Arco tipo III: a) quando se deseja a liberação de forças médias; -‐ Para pacientes que têm limiar de dor baixo ou normal; c) para pacientes que têm o periodonto normal ou levemente comprometido e d) quando forças relativamente baixas são desejadas.
Beta-‐titânio ou titânio-‐molibidênio
Idealizada por Burstone, nos anos 80, Conhecidas como “TMA” (Titanium Molybdenum Alloy -‐ Ormco Corp.), apresenta em sua composição, 79% Titânio, 11% Molibdênio, 6% Zircônio, 4% Estanho. Metalograficamente essas ligas estão entre as ligas de Niti e Aço, ou seja, possuem resiliência e formabilidade moderadas, lembrar que a solda deve ser realizada com o ponto elétrico. Como desvantagem pode-‐se citar o atrito elevado.
Fios de resina e fibra de vidro
Como vantagens apresentam o aspecto estético, fios com coloração agradável, utilizados com braquetes estéticos, Confeccionados de fibras cerâmicas embebidas em uma matriz polimérica. Entretanto, sujeito a fraturas e perda elástica, quando da sua utilização, o que contraria a sua indicação.
Aplicabilidade Clínica
São muitos os requisitos para a escolha do fio ideal, situação que deverá ser avaliada criteriosamente seguindo vários conceitos: a) análise metalográfica da liga, aI) secção transversal da mesma, aII) proporção carga x deflexão, aIII) b) condições biológicas dos pacientes; bI) condições de saúde periodontal, bII) condições dentárias, bIII) condições alergênicas, assim a melhor força deverá ser aplicada.
Normalmente, no início do tratamento, quando existe muito desnivelamento dentário deseja-‐se muita resiliência e baixa formabilidade, ou seja, muita energia armazenada com pouca tensão, então utilizar as ligas superelásticas ou reduzir, muito, o calibre dos fios mais rígidos (ligas de Niti)
Após, essa fase, é interessante utilizar a propriedade de formabilidade. fios de Aço e/ou Titânio-‐Molibidênio), para movimentar (retrair) dentes anteriores, se for o caso, ou dar rigidez ao sistema. Nesses casos, de retração, roga-‐se por movimento de Corpo, onde todas as porções movimentam-‐se simultaneamente, o que não permite que o sistema de força, seja qual for à mecânica empregada, entre em colapso, como por exemplo, o fechamento de espaço pelas coras de dentes adjacentes.
Além disso, empresas de ponta investem no aperfeiçoamento e desenvolvimento das ligas ortodônticas, atualmente existem fios ortodônticos constituídos de matérias híbridos ou com níveis de força pro porções diferentes, o que permite escolher a melhor aplicabilidade clínica para cada caso
RECUPERAÇÃO DE ESPAÇOS A recuperação de espaços para o correto alinhamento e nivelamento dos dentes nos arcos é importante principalmente quando temos “apinhamentos secundários” que são devido à migração dos dentes para os espaços adjacentes apinhando os dentes. A recuperação destes espaços é fator de relevância para o início das movimentações dentárias para a correção deste apinhamentos. Recuperação de espaços com molas digitais Molas de aço As molas de aço são pouco utilizadas nos procedimentos da mecânica otimizada, onde em nosso protocolo utilizaremos as molas de Niti. Molas de Niti O material da mola de Niti, como foi descrito no tópico anterior em fios ortodônticos, possui uma memória de forma e uma dissipação de forças
gradativas e constante, ótimas para a biomecânica. São utilizadas para a recuperação de espaços e também para a sua manutenção. A utilização pode ser em fios mais flexíveis, mas é de protocolo a utilização em fios acima de 0,16 Niti, devido à flexão que o fio sendo flexível realizará com a mola ativada. PRECONIZAÇÃO PARA RECUPERAÇÃO DE ESPAÇO. A mola deverá ser cortada em comprimento quando posicionada no espaço a ser recuperado de aleta mesial de um braquete até a aleta mesial do outro dente, sendo o mesmo raciocínio de aleta distal a aleta distal do dente agonista.
1-‐ SETA EM AZUL = RECUPERAÇÃO DE
ESPAÇO 2-‐ SETA EM VERMELHO =
MANUTENÇÃO DE ESPAÇO
CALIBRADORES PARA AVALIAR A QUANTIDADE DE DESGASTE.
PRECONIZAÇÃO PARA MANUTENÇÃO DE ESPAÇO. A mola deverá ser cortada em comprimento quando posicionada no espaço a ser mantido dê aleta mesial de um braquete até a aleta distal do outro dente, sendo o mesmo raciocínio de aleta distal a aleta mesial do dente agonista.
Recuperação de espaços com desgastes proximais (Stripping).
Uma das interpretações da palavra “stripping” em inglês tem o significado de retirar- fatiar. O uso desta técnica em ortodontia refere se a desgastes interproximais com a finalidade de ganhar espaços e reanatomização.
Existem duas possibilidades principais de utilização desta técnica:
1 - No início do tratamento, na fase de alinhamento e nivelamento, com objetivo primário de adquirir espaços para o pré alinhamento dos dentes.
2 - No final do tratamento, na fase de finalização, para a total correção do over Jet e over bite. Volumes dentários incompatíveis fazem com que a finalização seja comprometida por falta de engrenamento dos dentes antagonistas.
Para o desgaste correto é necessário a utilização de uma análise de modelo (Bolton) e a verificação do volume dentário a ser corrigido. Para a avaliação da quantidade de desgastes, calibradores são utilizados para as medições.
A técnica envolve procedimento irreversível. Devido à complexidade técnica, para o ortodontista iniciante recomendamos realizar o “stripping” manual com a utilização de porta lixa.
O procedimento técnico utilizando o porta lixa para desgaste proporciona segurança e efetividade, sendo que podemos utilizar lixas de várias granulações.
Os desgastes maiores que 1 mm devem ser evitados, portanto o termo “SLAICE” (desgaste com finalidade protética) não deve ser utilizado em ortodontia
Outra técnica utilizada para os desgastes interproximais são os discos de aço montados em contra ângulo. Este procedimento deve ser realizado com maior destreza, visto que as correções dos desgastes fora do eixo criam degraus difíceis de serem corrigidos. Este procedimento deve ser feito após ter realizado o desgaste inicial da incisal dos dentes, e de preferência após o afastamento prévio com elásticos separadores.
O acabamento se faz necessário sempre após as sessões com a técnica do “stripping”. A utilização de lixas de polimento de resina com diminuição gradativa da granulação e a utilização de fresas de acabamento cervical é sempre indicada.
FRESA PARA ACABAMENTO CERVICAL PROXIMAL.
RECUPERAÇÃO DE ESPAÇO COM “EXODONTIA“ – MECÂNICA DE RETRAÇÃO INICIAL DE CANINOS.
Nos casos clínicos onde há uma grande discrepância total (DM Discrepância de modelos + DC Discrepância cefalométrica) e não se podem realizar movimentos de alinhamento e nivelamento sem que haja espaço suficiente, e os procedimentos de stripping-‐expansão e vestibularização são contra indicados, o procedimento indicado é exodontias de pré molares e retração inicial dos caninos. Esta retração não faz parte da MECÂNICA PRINCIPAL e sim é um procedimento realizado dentro da fase de alinhamento e nivelamento. O procedimento é prévio ao alinhamento e deverá ser realizado dentro de um protocolo estabelecido: 1 -‐ Montagem dos acessórios ortodônticos Bandagem dos molares e colagem dos acessórios nos prés molares e nos caninos. A colagem nos dentes anteriores não se faz necessário, onde apenas poderá ser realizada com fios segmentados.
2 -‐ Preparo de ancoragem
O sistema de ancoragem deverá ser realizado com “ancoragem média a máxima”, e em alguns casos (total CL II de molares onde não se pode perder nada de ancoragem) ancoragem absoluta.
O sistema de ancoragem deverá ser reavaliado quando for passar a MECÂNCIA PRINCIPAL para a retração dos arcos.
3 -‐ Mecanismos de retração inicial
Os mecanismos mecânicos indicados na MECÂNICA STRAIGHT WIRE OTIMIZADA são divididos em dois sistemas:
1-‐ Sistema de retração inicial de caninos (Bloco)
Sistema utilizando mecanismo de alças.
2 -‐ Sistemas de retração inicial de caninos (deslize)
Este sistema pode ser utilizado alças e sistema de fio-‐elástico corrente, que é utilizado fio de Niti (0,14) e elásticos corrente possibilitando uma retração por deslize.
ALÇAS DE RETRAÇÃO
No sistema mecânico de retração inicial dos caninos as alças são utilizadas com maior controle de retração e força. Um complexo sistema de forças torna-‐se presente quando da inserção dessas alças nas canaletas verticais dos braquetes dos caninos e nas canaletas horizontais dos tubos auxiliares das bandas dos molares. Esse sistema de forças é constituído de componentes de forças verticais, horizontais, momentos de força e de binários (momentos que ocorrem no interior do tubo molar após inserção (da alça previamente conformada, provenientes de duas forças paralelas de mesma intensidade, mas de sentidos opostos). Os efeitos indesejáveis no Posicionamentos dos dentes podem ser controlados por: adequada conformação geométrica das alças, com angulações em suas extremidades
(efeito de momento de força ou efeito gable, no plano sagital e vestibulolingual (neste caso, para evitar deslocamento da coroa do canino para vestibular, durante a distalização do mesmo); por meio de um sistema de ancoragem previamente instalado. Neste sistema de retração são utilizadas várias filosofias de alças, onde iremos utilizar em nosso protocolo a ALÇA BULL LOOP REVERSO. Confecção da alça:
Posicionamento do fio (0, 019*0, 025 de aço) nos slots posteriores e marcação do fio na distal do canino. DOBRAS PARA CONFECÇÃO DA ALÇA Realizar a primeira dobra em 90 graus no fio com o alicate (Nance) e a marcação com leve dobra na última escada do alicata (Nance).
Realizar o início da dobra (helicóide) com o alicate (64).
Finalização da confecção do helicóide com a dobra final (Alicate Nance)
Confecção das dobras de controle mecânico da alça. Confecção da dobra de apoio no canino, e corte da extremidade e dobra para cervical. Realizar a dobra na segunda escada do alicate de Nance
Confecção das dobras para controle mecânico.
e contorno do arco com o alicate (64).
Dobra do arco posterior, realizar inclinação de 30 graus. Realizar esta dobra com o alicate 139 posicionado na parte posterior interna ao helicóide. Realizar uma inclinação no braço de apoio no canino também em 30 graus, posicionando o alicate 139 no meio da parte interna do helicóide.
Mostra final da ALÇA e seu posicionamento no arco dentário.
As alças são provenientes da filosofia edgewise, onde todos os movimentos realizados nos dentes proviam da biomecânica utilizada nestas molas. As ativações e o controle dos efeitos mecânicos destas alças devem ser cuidadosamente estudados antes da sua utilização. Elas produzem forças e momentos, que são responsáveis pela alteração da
inclinação das raízes, promovendo o fechamento dos espaços entre os dentes, de maneira controlada. Produzem momentos de força com diferentes intensidades, conforme os objetivos do tratamento. O sistema de forças que atua sobre uma alça retangular, quando ativada, dependerá da geometria da alça.
Outro tipo de alça utilizada com grande controle biomecânico é a T – Loop (alça utilizada no sistema de mecânica do arco segmentado (fio de TMA), que podemos ilustrar os efeitos biomecânicos envolvidos na sua ativação.
ELÁSTICOS CORRENTE
Este sistema de retração inicial de caninos é o método preconizado na mecânica SWO ( Striaght wire otimizada ), onde realiza se as seguintes etapas técnicas:
1. Montagem dos acessórios, incluindo os segundos molares e tubo palatino nos primeiros molares. Neste sistema não utiliza a colagem inicialmente
nos dentes anteriores ( dentes laterais e centrais ) e a inserção de fios contínuos em todo o arco. Obs.: Em casos onde é solicitado pelo paciente ( ou pelos pais ) a colagem de todos os acessórios, os mesmos podem ser instalados desde que seja utilizado fio 0,012 Niti com revenido ( aquecimento ). Este procedimento é realizado com a finalidade de “ montagem total de aparelho ” para satisfazer a espectativa do paciente, sem nenhuma intenção mecânica.
2. Amarrilho ( fio de amarrilho 0,20 ) fixando todo os sistema posterior. Utilizar sistema “trançado” de amarrilho.
3. O fio a ser utilizado é o fio 0,014 Niti, onde será cortado no meio do contorno anterior.
4. Deverá ser inserido o fio nos slots dos acessórios ( amarrilhado todos os dentes ) e marcado na região mesial do canino onde será aquecido e confeccionado um pequeno helicóide. Este helicóide tem a finalidade de não deixar o fio correr no slot do canino e não machucar o paciente.
5. O elástico corrente deverá ser inserido na aleta mesial do segundo pré molar e preso na aleta distal do canino, em braquetes da filosofia Straight wire. Em nosso exemplo ( figura acima ) a filosofia é de Alexander não
contendo aletas em seus braquetes posteriores. A segunda opção poderá ser utizado elástico corrente preso aos molares e pré molares e estendido até a aleta distal do canino a ser tracionado.
6. A força utilizada é de 150gr (RETRAÇÃO DE CANINOS SUPERIORES COM DOIS TIPOS DE ELÁSTICOS EM CADEIA - LUCIANO DIAS GIOLLO Tese de mestrado apresentada a PUC Porto Alegre em 2007 ).
SEQUÊNCIA DE FIOS PRECONIZADA ( Straight wire convencional )
No início das atividades clínicas é necessário que seja estabelecido um protocolo de utilização dos fios. Uma seqüência de fios é fornecida para os procedimentos de alinhamento e nivelamento dos dentes.
Como primeiro fio, sugere se o fio 0, 012 (liga Niti) por 2 meses inicialmente para que possa ser avaliada a resposta biológica dos dentes frente a uma agressão externa (força ortodôntica). Após 2 meses utilizando o fio 0, 012 Niti realiza se um raio-‐X periapical da região dos incisivos centrais superiores e inferiores para a avaliação das condições radiculares frente à força ortodôntica. Esta avaliação é inserida em ficha clínica como documentação.
SEQUÊNCIA DE PROTOCOLO CLÍNICO:
Para os fios de Niti sugere se a utilização dos fios comercializados para o arco inferior, onde o mesmo apresenta menor raio de curvatura anterior.
0, 012 Niti
0, 014 Niti
0, 016 Niti
Para os fios de aço, sempre deverão estar diagramados e coordenados
0, 016 Niti
0, 018 Niti
0, 020 Niti
Para a finalização utiliza se o fio 0, 018*0, 025 Niti (utilizar o fio comercializado para o arco inferior para ambos os arcos), o qual irá preparar a finalização do alinhamento e nivelamento com o fio 0, 109*0, 025 de aço diagramado e coordenado. O fio 0,18*0,25 de Niti não tem a propriedade de alterar o formato de arco, e sim de preparar os dentes para uma força -‐ “torque”.
Para a ilustração da seqüência de fios e da mecânica straight wire otimizada irá ser utilizado um simulador mecânico (typodont)
FIOS INICIAIS AO ALINHAMENTO E NIVELAMENTO DENTÁRIO
NITINOL (0,12; 0,14; 0,16)
FIO 0,12 NITINOL
Banheira que será utilizada para o aquecimento da cera e proporcionar a movimentação dos dentes artificiais.
FIO 0,14 NITINOL
O fio 0, 014 Niti deverá estar inserido nos slots dos braquetes e nos casos de dentes mais inclinados, estes deverão estar com amarrilho para melhor resposta biomecânica.
FIO 0,16 NITINOL O fio 0, 016 Niti deverá ser utilizado para finalização do pré alinhamento e nivelamento dos dentes. A partir deste fio já será utilizado fios com (pequena proporção carga-‐deflexão).
UTILIZAÇÃO DE FIOS DE AÇO: Os fios de aço possuem a capacidade mecânica de finalizar o alinhamento e nivelamento e correção de curvatura dos arcos (curva de Spee). Devido à capacidade mecânica de controle dos arcos no sentido transversal, estes arcos deverão estar “DIAGRAMADOS E COORDENADOS”.
TIPOS DE DIAGRAMAS
Na literatura existem vários tipos de diagramas para a realização da confecção dos fios ortodônticos, visando o correto contorneamento.
Diagrama de Bonwill Diagrama de Izard. Diagrama e formas de Brader
Diagrama proposto por Boone Diagrama de Sved. Diagrama de Hawley
A manutenção da forma original do arco dentário principalmente suas dimensões transversais e, conseqüentemente, o equilíbrio entre as estruturas ósseas, musculares e tecidos moles são aspectos essenciais para atingir a estabilidade longínqua no tratamento ortodôntico. A maioria dos autores preconiza a utilização de formas de arcos individualizadas para cada paciente,
sendo mais recomendáveis os diagramas que fornecem configurações distintas e não o emprego de uma forma de arco média, obtida a partir de medidas também médias. Partindo do pressuposto que o arco inferior deve ser mantida sua conformação anterior, este arco é ideal para que possa ser utilizado como base para a coordenação com seu antagonista. Muitos são os tipos de diagramas e vários são os trabalhos apresentados na literatura, e será utilizado em nossos protocolos a utilização do diagrama proposto pelo Prof. Dr. Sebastião Interlandi.
DIAGRAMA DE INTERLANDI
Método idealizado pelo Prof. Interlandi no intuíto de manter as dimensões transversais e a curvatura anterior do arco “ base que é o arco inferior “ , e através deste arco fazer a coordenação com o superior. Seqüência de construção dos arcos de aço, baseados no arco inferior.
-‐ Obtenção do raio de curvatura anterior:
1-‐ Utilização da placa transparente de seleção dos arcos. 2-‐ Posicionar a placa transparente na vestibular dos dentes anteriores inferiores
do modelo de estudo, seguindo o rebordo ósseo. O contorno do raio da placa deverá coincidir com a região vestibular de canino a canino, mesmo quando apresenta alterações nas posições dos dentes. O raio representado por números de 18 a 26 mais próximo deverá ser o raio da curvatura anterior do arco individual.
3-‐ Adicione 1mm ( correção sem extração de pré molares ) ou 2mm ( com extração ) ao valor encontrado, para a escolha da curvatura incisal do arco superior ( 18 a 26 ). -‐ Observação: Realizar a diagramação do arco superior também no diagrama para ficar mais fácil a coordenação dos arcos.
-‐ Obtenção da barra de curvatura anterior:
1. Meça a distância linear entre os braquetes dos segundos pré molares inferior, adicione 2mm e transfira convenientemente para o diagrama já escolhido, lado a lado da linha mediana. Anote o número das linhas verticais correspondentes ( 0 a 22 ). Esta é a distância entre os segundos pré molares superiores.
2. Meça a distância linear inter-‐ômegas ( extremo mesial dos tubos – molar superiores ) e tranfira, da mesma forma , para o diagrama, anotando as linhas verticais correspondentes. Identifique na ficha do paciente, o diagrama individualizado: -‐ Raio de curvatura -‐ Distância inter-‐pré molares -‐ Distância inter-‐ômegas
METODO DE POSICIONAMENTO DA PLACA
TRANSPARENTE NO MODELO PARA OBTENÇÃO DO ARCO DE CURVATURA ANTERIOR – NO EXEMPLO O ARCO É 20.
A BARRA É DETERMINADA PELA MEDIDA
CÚSPIDE MESIO VESTIBULAR DE UM LADO A OUTRA CÚSPIDE O ARCO OPOSTO. ESTA MEDIDA DEVERÁ SER DIVIDIDA POR 2 E
MEDIDO A PARTIR DO CENTRO DO TEMPLATE E DETERMINADO A BARRA.
NO EXEMPLO A MEDIDA FOI DE 45 cm , DIVIDO POR 2 É 27,5. LEVADO ESTÁ
MEDIDA AO TEMPLATE VERIFICA SE A BARRA -‐ 14
Para a coordenação dos arcos contorne o arco superior sobre os valores pré determinados para o inferior. Os arcos devem estar completamente coordenados na região anterior e posterior.
Use o cartão de tarja vermelha, para movimentar o arco , sobre o diagrama.
Exemplo:
7.4.3 -‐ Fios de controle intra arcos
Aço (0,16; 0,18; 0,20)
FIO 0,16 AÇO Primeiro arco de aço a ser diagramado e coordenado inserido nos slots. Este fio inicia o contorno do arco individual.
FIO 0,20 AÇO
Fio de maior diâmetro utilizado na mecânica, este fio finaliza o alinhamento e nivelamento dentário no sentido mesio distal.
FIOS RETANGULARES
FIO DE NITINOL 0, 018*0, 025
Primeiro fio retangular utilizado, início do binário de torque.
FIO DE AÇO 0, 019*0, 025
Fio que determina a finalização da fase de alinhamento e nivelamento dentários.