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    REDES HBRIDAS (HFC)

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    NDI CE_____________________________________________________________________

    Captu lo 1 I ntr oduo s redes HFC

    - Objetivos

    - Introduo- Sinais

    - Headend

    - Etapas do processo

    - Levantamento de campo

    - Levantamento de campo

    - Projeto da rede coaxial

    - Projeto ptico

    - Construo da rede coaxial

    - Lanamento de cabos pticos e coaxiais

    - Splicing

    - Instalao de Fontes- Ativao do receptor ptico

    - Ativao do canal direto

    - Etapas do processo

    - Medio dos finais de linha

    Captu lo 2 Cabos coaxiais

    - Objetivos

    - Estrutura do cabo coaxial- Importncia do cabo coaxial para as operadoras de cabo

    - Ingresso e egresso de sinal- Impedncia caracterstica

    - Caractersticas eltricas efeito pelicular

    - Atenuao no cabo coaxial

    - Tipos de cabos

    - Raio de curvatura mnima e tenso mxima

    - Consideraes finais

    Captu lo 3 Conectores

    - Feed Thru- Conectores KS-F

    - Conectores KS-KS

    - Conector PIN

    - Extensores

    - Conectores de 2 e 3 peas

    - Terminaes

    - Exemplo de preparao do cabo e conector

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    Captu lo 4 Fontes

    - Objetivos

    - Introduo

    - Alimentao AC

    - Posicionamento das fontes- Componentes

    Captu lo 5 Ati vao do retor no

    - Objetivos

    - SDA Stealth Digital Analizer

    - Conectando o SDA-5500/5510

    - Testes de sweepconceitos bsicos

    - Conceito de ganho unitrio

    - Ativao do retorno

    - System II e III

    High Gain Dual (HGD)- System II e III Unbalanced Triple (UBAL) e Balanced Triple (BAL)

    - Line Extender II e III (LE)

    - Line Extender III PHD

    - Exemplo de ativao do retorno

    - Amplificadores Philips

    - Consideraes finais

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    CAPTULO 1INTRODUO S REDES HFC

    OBJETIVOS_____________________________________________________________________

    Este documento tem pr objetivo introduzir aos tcnicos, noes bsicas de redes HFC

    utilizadas pelas operadoras de cabo. Alm disso, so apresentados todos os passos para a construodessas redes.

    INTRODUO___________________________________________________________________

    As primeiras redes de TV a Cabo foram construdas no final de dcada de 40. Em seusprimrdios sua finalidade era fornecer canais de TV para comunidades localizadas em regies ondeo sinal via ar no chegava com boa qualidade, pois essas comunidades estavam localizadas emregies que sofriam de pelo menos uma das limitaes descritas a seguir: grande distncia entre aantena receptora e a estao transmissora, presena de barreiras fsicas entre elas, e caractersticasgeogrficas do terreno desfavorveis.

    Logo, uma antena construda em um ponto privilegiado, poderia receber os sinais e distribu-los atravs de cabos para essa comunidade. Dessa maneira, no incio as CATV (Community AntennaTelevision) eram antenas comunitrias, ou seja, vrias pessoas faziam uso dela para receber sinais deteleviso.

    Com o amadurecimento da tecnologia e o surgimento de novos servios, as redes de TV acabo se modernizaram, e hoje elas no funcionam apenas para atender cidades ou regies aonde osinal de TV aberta fraco ou ruim. Hoje, as operadoras de cabo oferecem diversos programasfechados, sendo uma opo de entretenimento para muitas pessoas, alm de oferecer servios de

    banda larga e telefonia.No entanto, para que fosse possvel oferecer todos esses servios aos clientes, as operadoras

    de cabo tiveram que se modernizar. Um dos grandes passos foi adoo da arquitetura hibrida. Apalavra hibrida advm devido a utilizao de enlaces pticos e cabos coaxiais para a distribuio dosinal. A figura 1 ilustra de maneira simplificada uma rede HFC (Hybrid Fiber Coax). importantenotar que o enlace ptico transporta o sinal por longas distncias, do headend at o n ptico. O nptico converte a luz em sinal de RF, e dessa maneira a planta coaxial distribui o sinal localmente.

    Fig 1. Rede hibrida de TV a cabo

    SINAI S__________________________________________________________________________

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    Nesta seo apresentaremos os tipos de sinais que trafegam nas redes hibridas de TV a cabo,e o primeiro deles os canais analgicos de televiso. Um sistema pode transportar vrios canaisanalgicos em seus cabos, e cada um transmitido em uma freqncia diferente. Dessa maneira, elesso transportados atravs do sistema sem que ocorra interferncia entre eles.

    O funcionamento similar a das rdios FM. Duas estaes diferentes no se misturam

    porque esto em freqncias diferentes. claro que se dois canais forem jogados na mesmafreqncia, haver interferncia entre eles.Outros tipos de sinais surgiram juntamente com a internet, e so eles o downstream e

    upstream. O downstream o sinal que o assinante puxa do headend, e isso ocorre quando algum

    arquivo baixado da internet ou quando algum site acessado. Resumindo, o downstream o fluxode dados que vai do headend at o assinante.

    J o upstream o sinal que o assinante envia ao headend, e isso pode ocorrer durante umaconversa em uma sala de bate papo, ou programas e jogos interativos, em geral quando uma respostado assinante requerida.

    Novamente, cada um desses sinais est em freqncias diferentes. Abaixo apresentada umailustrao com os sinais e suas freqncias.

    Fig 2. Espectro na rede de TV a cabo

    HEADEND_______________________________________________________________________

    Antes de iniciar qualquer discusso sobre a construo de redes, faz-se necessrio uma brevedescrio do headend. O headend o ponto de recebimento e distribuio dos sinais de TV a cabo, e

    sua localizao deve ser em local com boa recepo dos sinais de TV local aberta, e dos sinaisprovenientes dos satlites. Aps o recebimento desses sinais, equipamentos localizados no headendtratam, codificam e distribuem esses sinais atravs das fibras pticas, at chegar aos nodes das redescoaxiais.

    Abaixo so apresentadas algumas fotos, e a discrio de cada uma delas segue: A) foto de umheadend. Como possvel observar, h vrias antenas para a recepo dos canais de TV local abertae canais de satlites. A localizao do headend deve ser em local com boa recepo dos sinais de TVaberta e satlites. B) Foto de decodificadores e moduladores dos canais de satlite. Todos essesequipamentos so instalados em racks dentro do headend. C) Foto ilustrando trs antenas alinhadas atrs satlites diferentes.

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    Fonte:http://cable.doit.wisc.edu/resources/cable101/HFC-C%20HE%20example%20of%20HFC.pdf

    ETAPAS DO PROCESSO___________________________________________________________

    A construo de redes pode ser dividida em vrias etapas, e cada uma delas envolveprofissionais de diversos departamentos e reas. O trabalho em conjunto permite que a elaborao doprojeto e sua execuo sejam feitas sempre da melhor maneira. A seguir so apresentadas as etapasda elaborao e execuo de um projeto de rede hibrida de TV a cabo.

    LEVANTAMENTO DE CAMPO_____________________________________________________

    O levantamento de campo um dos primeiros passos para a construo de uma rede coaxial.Nesse estgio o tcnico dever coletar os dados necessrios para que o projeto possa ser feito pelodepartamento de projetos. As informaes que o tcnico deve levantar so: Topografia da regio

    atravs do equipamento de GPS, os postes da companhia de energia local e a demanda e sua classesocial. Com esses dados em mos, o departamento de projetos poder projetar uma rede coaxialcapaz de atender a todas as demandas levantadas.

    Na figura abaixo mostrado um mapa gerado atravs das informaes coletadas nolevantamento de campo. possvel observar no mapa abaixo as seguintes informaes: nomes dasruas, postes, demandas e classe social de cada um deles, distncias entre os postes, etc.

    http://cable.doit.wisc.edu/resources/cable101/HFC-C%20HE%20example%20of%20HFC.pdfhttp://cable.doit.wisc.edu/resources/cable101/HFC-C%20HE%20example%20of%20HFC.pdfhttp://cable.doit.wisc.edu/resources/cable101/HFC-C%20HE%20example%20of%20HFC.pdfhttp://cable.doit.wisc.edu/resources/cable101/HFC-C%20HE%20example%20of%20HFC.pdf
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    Fig 3. Mapa gerado com os dados coletados no levantamento de campo

    Geralmente o levantamento de demanda feito aps o levantamento dos postes. Portanto, otcnico dever correr, com o mapa j pronto, toda a rede. Abaixo apresentada a tabela que otcnico dever preencher durante o levantamento de demanda.

    Node: Pg: Qnt. Apto. / Total

    Poste Nmero Classe / Tipo EndereoNome

    Edifcio Andar Andar Apto. Complemento

    PROJETO DA REDE COAXIAL _____________________________________________________

    Com o levantamento de campo finalizado, iniciado no departamento de projetos o projetoda rede coaxial. Baseado nos equipamentos e cabos especificados pelo cliente, o projetista realizaum estudo para atender 100% da demanda levantada pelo tcnico.

    Normalmente o projeto feito para atender at 2000 demandas por node, e cada um dessesnodes possui um n ptico alimentado por um cabo ptico. A figura abaixo demonstra uma readivida em 2 nodes, um deles est representado em vermelho e outro em azul, sendo que a demandaem cada um deles de 869 e 875, respectivamente.

    Durante o projeto, o projetista procura sempre balancear os nodes, ou seja, os nmeros dedemandas em cada um deles devem ser aproximadamente iguais, conforme o esquema abaixo.

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    Fig 4. Planetsoftware desenvolvido pela Tele Design para auxilio no projeto das redes coaxiais

    Aps o planejamento das reas, o projetista pode partir para o projeto de cada um delas.Durante o processo so utilizadas ferramentas com o Lode Data e Drawnet. O resultado final ummapa contendo todos os equipamentos ativos e passivos da rede, bem como os nveis de final delinha projetado e a localizao das fontes. A lista de materiais de cada node gerada tambm pelodepartamento de projetos. A figura abaixo ilustra um mapa pronto.

    Fig 5. Projeto de rede coaxialFinalmente, esse mapa com a rede coaxial plotado e enviado ao tcnico responsvel pela

    construo da rea. Toda e qualquer alterao realizada em campo deve ser anotada no mapa, paraque assim o departamento de projetos possa fazer o As built da regio construda.

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    PROJETO PTICO________________________________________________________________

    Aps definido os nodes a construir, bem como as localizaes dos ns pticos desses nodes,o planejamento das rotas dos cabos pticos realizado. Durante o planejamento das rotas para

    atendimento dos ns pticos, o projetista procura analisar diversos caminhos. Geralmente a melhoropo o caminho mais curto e com menos curvas. A fibra ptica a responsvel por transportar osinal do headend at o n ptico, e vice versa.

    Abaixo mostrado um cabo de fibra ptica atendendo alguns ns pticos. Os nodes estodelimitados por linhas pretas, e a fibra ptica est representada por uma linha azul.

    Fig 6. Fibra saindo do headend para atender quatro nodes

    Os blocos com inscrio CX denotam as caixas de emendas. Essas caixas so utilizadas para

    acomodar os pontos da rede em que houve fuses, que o acoplamento de entre duas fibras atravsdo seu aquecimento.

    Para realizar a fuso, o tcnico deve obedecer todas as orientaes de como manipular afibra, e proceder de maneira correta para que a emenda realizada seja de boa . A figura abaixo ilustraa mquina de fuses

    Fig 7. Mquina de fuso

    CONSTRUO DA REDE COAXIAL _________________________________________________

    Com os projetos pticos e coaxiais em mos, e os materiais fornecidos pela operadora, otcnico poder iniciar a construo da rede. Inicialmente, dever haver uma adequao dos postes,

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    que a instalao de ferragens (BAP, BRP, Isoladores) que sustentaro a cordoalha que ser lanadaposteriormente.

    Aps o lanamento da cordoalha feito o aterramento nos pontos que esto localizados osativos (amplificadores) e os finais de cordoalha, que so as pontas da rede.

    Fig 8. Lanamento da cordoalha

    Fig 9. Detalhe das ferragens

    LANAMENTO DE CABOS PTI COS E COAXI AIS___________________________________

    Aps o lanamento da cordoalha, realizado o lanamento de cabos coaxiais de acordo comas orientaes do fabricante, evitando que o cabo seja danificado. O lanamento deve ser feito comos projetos em mos, e todas as curvas de expanso devem ser respeitadas.

    As curvas de expanso devem ser feitas, pois durante perodos de temperatura mais baixas, ocabo tende a se comprimir. Logo, se no houvesse essa curva de expanso, o cabo poderia

    comprimir at soltar-se do equipamento e do conector. Com a curva de expanso h uma folga paracabo expandir e contrair sem o risco de desconexo do mesmo. O lanamento dos cabos pticos s realizado depois do lanamento dos cabos coaxiais.

    Fig 10. Detalha da curva de expanso

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    Alm da curva de expanso, o tcnico dever estar atento quanto s especificaes de alturamnima da rede em travessias, a faixa de ocupao, o posicionamento e identificao dos cabos, facede instalao e os problemas que podem ocorrer. A explicao de cada um desses itens dada aseguir.

    Altura mnima:

    Travessia Altura mnimaRuas e avenidas 5 metros

    Locais de trfego normal de pedestres e aolongo de vias e estradas sem trnsito de

    veculos3 metros

    Locais de trfego normal de pedestres epassagem particular de veculos

    4,5 metros

    Trnsito de mquinas pesadas 6 metrosRodovias 8 metros

    Nota: Caso as alturas acima no possam ser seguidas, o Fiscal de Construo de Rede tem que ser

    consultado sobre o procedimento a ser adotado. Em hiptese alguma os cabos podem ser instaladosem cruzamentos de ruas e avenidas, uma altura inferior que 5,0 m.

    Faixa de ocupao:

    O espao reservado para as concessionrias de telecomunicaes e outros servios chamado defaixa de ocupao e tem como extenso 0,5 m. Pode-se determinar este espao partir de 0,6 m dos

    fios do secundrio de energia eltrica.

    Posicionamento do cabo:

    Os cabos das concessionrias de telecomunicaes devem ser instalados na faixa de ocupaoprpria, e espaados 0,30 m. entre si. Existem casos em que as luminrias ficam dentro da faixa deocupao, neste caso deve-se respeitar um minimo de 0,20 m da mesma.

    Face de instalao:

    Chamamos de face de instalao, o lado em que o cabo fixado no poste. A parte do poste que fica

    para o lado das residncias chamada de face interna e a parte que fica voltada para a rua chamadaface externa.

    Os cabos devem ser fixados preferencialmente na face externa, pois sua instalao e manuteno somais fceis, porm deve sempre ser seguido o padro da Operadora.

    Problemas na instalao:

    Existem postes que apresentam problemas, que so observados durante a vistoria para a aprovaodo projeto junto Concessionria. Apresentamos agora a maneira de solucion-los:

    - Poste saturado:poste com excesso de cabos instalados que impossibilita a instalao de rede.Utilizar brao alongador.

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    - Poste com altura insuficiente:para esta situao devemos mudar para posio padro adequar)os cabos de energia eltrica, luminrias e cabos telefnicos, para depois instalarmos a rede.

    - Poste danificado: poste que por qualquer motivo esteja com suas caractersticas alteradas, a

    ponto de por em risco qualquer atividade.

    Nota: Caso nenhuma das solues apresentadas resolva o problema, deve ser efetuada a troca do

    poste. Neste caso solicitar autorizao do Gerente de Implantao e requisitar concessionria de

    energia o oramento para execuo deste servio.

    SPLICING_______________________________________________________________________

    O splicing a instalao de taps, acopladorese amplificadores nos cabos lanados na rede.

    Para que a rede fique bem construda necessrio que os conectores utilizados sejam bempreparados e apertados, para que no haja fuga nem ingresso de sinal no cabo, que podero causargrandes problemas na banda de retorno (Upstream), prejudicando dessa maneira, todos os assinantes

    banda larga.

    Fig 11. Tap instalado durante o splicing

    INSTALAO DE FONTES_________ _____________________________________________

    No projeto da rede foi definido o nmero e localizao das fontes necessrias para alimentar

    os amplificadores do node. Geralmente feito um croqui do trecho em que ser instalada a fonte, euma carta de solicitao a companhia de energia eltrica para que seja feita a ligao eltrica em suarede local.

    A fonte alimentada por 110 ou 220V e libera 60 ou 90V, com uma corrente nominal deaproximadamente 15A. Normalmente so instaladas trs baterias de 12V-100A para que quandohouver interrupo de energia eltrica, a rede de TV a cabo possa funcionar de 2 a 3 horas semalimentao da rede eltrica. As fontes podem so instaladas juntamente com a execuo do splicing.

    AT IVAO DO RECEPTOR PTICO________________________________________________

    Primeiramente, para que no haja confuso, o receptor ptico conhecido tambm como n

    ptico. O termo receptor ptico tem sua origem no tempo em que rede de TV a cabo no erabidirecional. Com o surgimento de servios interativos, houve a necessidade do receptor no s

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    receber, mas enviar dados ao headend. Com esse novo papel assumido, o nome mais correto seria nptico. No entanto, o termo receptor ptico ainda utilizado at hoje.

    Com relao ativao da rede, o processo iniciado no receptor ptico.Para certificarmosque no existe problema com a fibra do headend at o receptor ptico, medimos com o power meterou multmetro a potncia ptica que est chegando ao RX. Se tudo estiver conforme o esperado, o

    tcnico poder ligar a fonte de alimentao (60 ou 90 V), e verificar o acendimento de algunsLEDs, como o do TX e do RX.

    Aps seguir todos os passos acima, realizado o alinhamento do n ptico com pads e

    equalizadores, at que se chegue aos valores especificados pelo projeto.

    Fig 12. Ativao do receptor ptico

    ATIVAO DO CANAL DI RETO ___________________________________________________

    Com o receptor ptico alinhado, iniciado o alinhamento dos amplificadores. importanteque o tcnico respeite sempre os valores e os modelos de amplificadores determinados no projeto. Aimportncia de se usar o amplificador conforme o projeto porque existem amplificadores com altoe baixo ganho, duas ou trs sadas, com ou sem acopladores internos, e para que os nveis de sadareal sejam prximos ao projetado, o tcnico dever construir conforme o projeto.

    Para o alinhamento dos amplificadores tambm so utilizados os pads para atenuar o sinal, e

    equalizadores para ajustar a diferena de canal alto e baixo, conhecido como TILT. Os passos para oalinhamento so:

    1 passo- Verificar se existe tenso de 60 ou 90V para alimentar o amplificador, e depoisverificar no projeto se este amplificador mandar tenso para alimentar os prximos da cascata, casosim, instalar o jumper nas respectivas portas (main, aux1 e aux2).

    2 passo - Verificar se o nvel de RF na entrada est prximo ao projetado (tolerncia de 3dB)

    3 passo - Instalar todos os plug-ins especificados em projeto (Pads, equalizadores,equalizadores de interstgio, acopladores, e AGC quando tiver)

    4 passo - Colocar o medidor de sinal no test point de entrada, no esquecer de utilizar acompensao.

    5 passo - Trocar o pad de entrada garante que o nvel de RF no seja menor que oespecificado pelo fabricante, geralmente de 10dBmV para os amplificadores e 18dBmV para osLEs.

    6 passoColocar o cabo do medidor na sada main e trocando o equalizador de entrada atatingir o tilt especificado pelo projeto.

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    7 passo - Com o tilt correto, substitua o pad de interstgio at chegar ao valor de sadaespecificado pelo projeto, conforme o esquema abaixo.

    8 passoAjuste do AGC.Verificar no manual do amplificador qual o canal piloto do AGC.Medir o nvel do canal piloto com a chave do AGC desligado.Corrigir com o atenuador para o nvel especificado.Ligar a chave do AGC, e ajustar no trimpot o mesmo nvel que estava com achave desligado.

    Finalizado todos os passos descritos acima, o amplificador estar com o canal diretoalinhado.

    MEDIO DOS FINA IS DE L INH A_________________________________________________

    Para garantir que todos os processos de construo e os equipamentos esto sem problemas,medimos todas as pontas da rede para certificarmos que o sinal est chegando at o final da redeconforme os nveis informados pelo projeto. Dessa maneira, a rede estar pronta para que seja feita ainstalao dos assinantes.

    CAPTULO 2CABOS COAXIAIS

    OBJETIVOS_____________________________________________________________________

    Este documento tem pr objetivo descrever os cabos coaxiais utilizados na rede de TV acabo, bem como discutir sua composio, caractersticas e cuidados de manuseio. So apresentadostambm alguns de seus dados tcnicos e parmetros fsicos.

    ESTRUTURA DO CABO COAXIAL __________________________________________________

    Antes de iniciar qualquer discusso sobre cabos coaxiais, importante que se conhea sua

    estrutura interna, as partes que o compem e finalidade de cada uma dessas partes. Dessa maneira, otcnico estar capacitado a entender as razes pelos quais os cabos coaxiais so extensivamente

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    usados nas redes de TV a cabo e o porqu importante seguir certas orientaes de manuseio docabo. A figura a seguir ilustra um cabo coaxial e sua composio.

    Fig. 1 - Estrutura do cabo coaxial. fonte: CommScope

    Com base na figura acima, possvel distinguir 4 partes diferentes do cabo coaxial, e so elasa capa, o condutor externo, o dieltrico e o condutor central. A funo de cada uma dessas partes descrita abaixo:

    CapaProteo do cabo contra corroso e abraso, a proteo eltrica contra curtos-circuitose choques eltricos.Condutor externoBlindagem do sinal e aterramento do sistema.DieltricoIsolamento entre o condutor central e externo, estruturao dimensional do cabo efacilidade na propagao do sinal de RF.

    Condutor centralConduo do sinal de RF e alimentao dos equipamentos.

    IMPORTNCIA DO CABO COAXI AL PARA AS OPERADORADAS DE CABO_____________

    O cabo coaxial um dos principais elementos que compe a rede de TV a cabo, pois so elesos responsveis pela distribuio dos sinais de RF nos nodes, e a utilizao desse tipo de cabo importante para as operadoras, j que h possibilidade de reaproveitamento das freqncias jocupadas no ar.

    Fig. 2Espectro de freqncias no ar.

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    Fig. 3Espectro de freqncias no cabo.

    A reutilizao de freqncias possvel, pois o sinal que fica confinado no cabo coaxial nointerfere nos sinais via ar, e vice versa. Isso ocorre devido blindagem do cabo coaxial, que no

    permite que sinais de RF ingressem ou vazem do cabo. H casos, que sero abordados

    posteriormente, em que podem ocorrer fugas e ingresso de sinal no cabo, ocasionando eminterferncias.

    INGRESSO E EGRESSO DE SINAL _________________________________________________

    Como j foi mostrado anteriormente, o cabo coaxial tem a funo de proteger os sinais quepercorrem em seu interior dos sinais externos, devido blindagem do cabo. No entanto, nem sempreessa blindagem eficiente, e isso pode ocorrer se o cabo estiver danificado, fazendo com que um

    ponto de ingresso de sinal seja criado.

    Fig. 4Blindagem do cabo coaxial. fonte: CommScope

    Pelo mesmo ponto em que ocorre ingresso de sinal pode haver vazamento . No Brasil,assim como na maior parte do mundo, existe uma regulamentao que especifica o limite mximo desinal que pode vazar de um sistema de TV a cabo, sem que haja interferncia em outros sistemas

    de comunicaes. No entanto, devido ao problema de ingresso afetar a banda de retorno, as prpriasoperadoras se esforam para que no haja pontos de egresso na rede, pois nos mesmos pontos deegresso pode haver ingresso.

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    Fig. 4 - Estrutura do cabo coaxial.

    IMPEDNCIA CARACTERSTICA __________________________________________________

    A impedncia caracterstica do cabo coaxial pode ser entendida como uma resistncia deentrada do cabo. Para sistemas de TV a cabo a impedncia caracterstica do cabo coaxial de 75ohms, e a expresso para o clculo de seu valor a seguinte:

    Onde0

    Z a impedncia caracterstica, k a constante dieltrica, D dimetro do condutor

    externo e d dimetro do condutor interno.

    Fig. 5Relao de dimetros do cabo coaxial. fonte: CommScope

    Como possvel perceber, a impedncia caracterstica depende da razo entre o dimetro do

    condutor externo e interno. Logo, se o tcnico manusear o cabo de forma que o danifique, amasse oudobre em excesso, a razo entre os dois dimetros ser alterado, fazendo com que a impednciacaracterstica do cabo coaxial se altere.

    Conseqentemente, com a alterao da impedncia caracterstica do cabo coaxial haverdescasamento de impedncia, ocasionando em microreflexes no sistema, que geram imagensfantasma nos canais de TV analgicos, e erro na deteco dos bits de retorno.

    CARACTERSTICAS ELTRI CAS - EFEI TO PEL ICULAR______________________________

    O efeito pelicular o fenmeno do aumento da resistncia aparente de um condutor emfuno do aumento da freqncia. Uma corrente DC se distribui uniformemente no condutor, j um

    sinal alternado faz com que corrente tenda a se distribuir de maneira diferente, sendo que grandeparte dela se desloca pela superfcie. A figura abaixo ilustra o efeito.

    Fig. 6Efeito pelicular. fonte: CommScope

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    Devido a tal fato, os cabos coaxiais apresentam geralmente dois materiais na construo docondutor central, o alumnio (ou ao) e cobre. Devido a suas melhores caractersticas decondutividade, o cobre usado na superfcie e o alumnio ou ao no centro. Consultando a tabelaabaixo, percebe-se que a condutividade do cobre maior do que a do alumnio.

    Material Condutividade eltrica[ 610 / m.]

    alumnio 37,7cobre 59,6

    ATENUAO NO CABO COAXIAL __________________________________________________

    Quando um sinal de RF trafega em um cabo de coaxial, ocorrem perdas na amplitude domesmo, e o interressante que essas perdas no so iguais para todo o espectro de freqncias, ouseja, um sinal com freqncia de 50MHz sofrer atenuaes diferentes de um sinal com o dobro dafreqncia. A seguir apresentada a expresso que rege esse fenmeno.

    fFZ

    Rp ..774,2344,4

    0

    O mais importante de se notar na expresso matemtica acima, e o fato da atenuao ( )depender da freqncia (f). Logo, se aumentarmos a freqncia, a atenuao aumentar tambm. Aconseqncia desse efeito para as redes de TV a cabo que os canais de maior freqncia sero maisatenuados, sendo necessrio que o ganho no amplificador seja diferente para as diversas freqncias.

    TI POS DE CABOS________________________________________________________________

    A rede de TV a cabo utiliza diversos tipos de cabos. Uma das primeiras diferenas do cabosem auto sustentao e com auto sustentao. Esses primeiros precisam ser presos cordoalha, j osegundo tipo no precisa.

    Alm disso, existem os cabos de diversos tamanhos, sendo que escolha do uso de cada um dependente do ponto. Abaixo ilustramos os cabos mais utilizados pelas operadoras de cabo naconstruo de redes externas, que so os cabos 0.500, 0.540, 0.750 e 0.860.

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    Fig. 7Atenuao em funo da freqncia para diversos cabos. fonte: CommScope

    Analisando os grficos acima, podemos perceber que alm da atenuao ser maior para asfreqncias mais altas, quanto maior o cabo menor atenuao que o sinal sofre. Isso ocorre, pois ocabo de maior dimetro oferece menos resistncia passagem de corrente eltrica, conforme a tabelaabaixo.

    Cabo Resistncia

    0.500 5,64 (ohms/km)

    0.540 5,28 (ohms/km)

    0.750 2,55 (ohms/km)

    0.860 2,37 (ohms/km)

    Esses cabos apresentados acima, por apresentarem menor atenuao e melhorescaractersticas construtivas, so geralmente utilizados na construo das redes externas, ou seja, arede que est nas ruas.

    Para a instalao interna so usados os cabos RG11, RG06 e RG59. Esses cabos, apesar de

    no terem a mesma qualidade que os cabos de rede externa, so ideais para a instalao no assinante,j que so mais baratos e tem dimenses menores. Alm disso, os taps e acopladores s aceitam emsuas portas taps os cabos da linha RG.

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    RAIO DE CURVATURA MNI MO E TENSO MXIMA________________________________

    Quando o tcnico estiver manuseando a cabo, um dos cuidados que deve ser tomado de nocurvar o cabo de maneira que o raio mnimo de curvatura seja excedido. Existem tabelas queespecificam qual o raio mnimo de acordo com o cabo, e importante que o tcnico respeite todas as

    orientaes do fabricante.

    Fig. 8Raio mnimo de curvatura dos cabos. fonte: CommScope

    Com relao tenso de puxamento, o tcnico dever sempre estar atento para no exceder a

    trao mxima que o cabo pode suportar sem que ocorram danos ao cabo. A tabela abaixo apresentaos valores de trao mxima em funo do cabo utilizado. Percebe-se pelos dados apresentados, quequanto maior o dimetro do cabo, maior a fora de trao mxima permitida. Alm disso, conclui-se que a linha PIII pode ter uma fora de trao maior que a linha QR.

    CONSIDERAES FINAIS________________________________________________________

    Com os conceitos ilustrados acima, espera-se que o tcnico esteja capacitado a entender oporqu certas orientaes devem ser respeitadas no lanamento e manuseio do cabo. Alm disso, otcnico estar habilidade a compreender as conseqncias de se usar um cabo danificado no sistemade TV a cabo. Por fim, servir de cultura geral da rea, pois importante que o tcnico tenhaconhecimentos bsicos dos materiais que so utilizados na construo da rede das operadoras decabo.

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    CAPTULO 3CONECTORES

    FEED THRU_____________________________________________________________________

    Qual a finalidade desse conector?

    A finalidade do conector feed thru conectar cabo em equipamentos. Existem conectoresfeed thru de vrios tamanhos e eles so usados tanto para atender MDU na sada de acopladores outaps, como conectar cabos em equipamentos.

    Desvantagens do feed thru

    O uso de conectores feed thru pode causar um fenmeno conhecido como CPD (Common

    Path Distortion) nas redes de TV a cabo. Isso acontece devido a no compatibilidade de famlia entreos metais do parafuso do acoplador e do condutor central do cabo utilizado. Como os dois ficam emcontato (o parafuso segura o condutor central) , uma camada de xido pode surgir na interface dosdois metais, fazendo com que aparea o efeito diodo no sistema.

    Esse efeito faz com que o sinal do direto se retifique, causando batimentos no canal deretorno. Esses batimentos se caracterizam por aparecerem em intervalos de 6 MHz, que a largurade um canal de televiso. Na figura abaixo possvel perceber um padro de 3 portadoras serepetindo de 6 em 6 MHz

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    CONECTORES KSF_____________________________________________________________

    Qual a finalidade desse conector?

    A finalidade do conector KS-F conectar um cabo RG11 em um acoplador. normalmenteusado para atender MDU ou uma residncia maior.

    Vantagens em relao ao feed thru.

    A vantagem desse conector em relao ao feed thru que ele no forma uma camada dexido entre a ponta do conector e o parafuso do acoplador, devido a caractersticas do material doconector. Com isso, no ocorre nessa conexo o CPD (Common Path Distortion).

    Uma outra vantagem que o cabo pode ser facilmente retirado do conector, e ser utilizadopor algum aparelho de medio. Isso no era possvel de se fazer com o cabo utilizado no feed thru.

    CONECTORES KSKS____________________________________________________________

    Qual a finalidade desse conector?

    A finalidade do conector KS- KS conectar equipamento com equipamento. Pode ser usadocomo exemplo dois taps que estejam juntos, ou um amplificador mais tap, amplificador maisacoplador e etc. Nas figuras abaixo temos dois equipamentos interligados por um conector KS-KS, eem uma deles o conector foi est coberto por uma fita termocontrtil.

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    CONECTOR PIN__________________________________________________________________

    Qual a finalidade desse conector?

    A finalidade do conector PIN conectar o cabo em equipamento.

    Vantagens do conector PIN

    A vantagem desse conector em relao que ele no forma a camada de xido entre a pontado conector e o parafuso de fixao dos equipamentos.Isso evita o surgimento do CPD (CommonPath Distortion).

    EXTENSORES___________________________________________________________________

    Qual a finalidade do conector extensor?

    Os extensores so utilizados quando o cabo no alcana o equipamento, seja por corte erradodo cabo ou pela retirada de equipamentos da rede durante um processo de readequao.CONECTORES DE 2 E 3 PEAS____________________________________________________

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    Hoje no mercado existem fabricantes que comercializam conectores com 2 ou 3 peas. Omais comum so os conectores de 3 peas, e a sua vantagem em relao ao conectores de 2 peastradicionais a possibilidade de verificar se o condutor central se encaixou corretamente no conector

    para que ele possa ser apertado corretamente. Alm disso, esses conectores podem ser reutilizados eso mais fceis de instalar.

    TERMINAES__________________________________________________________________

    O que ?

    A terminao um circuito eletrnico passivo projetado para casar com a impednciacaracterstica da rede coaxial (75 ). Existem no mercado vrios tipos de terminao, comcaractersticas e funcionalidades diferentes. Algumas podem ter um capacitor interno para bloquearo 60 Hz da fonte AC, enquanto outras podem no ter. A figura abaixo ilustra alguns tipos determinaes.

    Fonte: http://www.corning.com/corninggilbert/

    Qual a finalidade desse dispositivo?

    A finalidade da terminao evitar micro reflexes do sinal de RF. Sem essas terminaes,haveria micro reflexes na rede, degradando a qualidade do sinal transmitido. Abaixo ilustrado ofuncionamento ideal de uma rede bem terminada.

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    Fonte: Understanding and troubleshooting linear distortions: Micro-reflections, Amplitude ripple/tilt and group delay. Ron Hranac

    Numa rede de TV a cabo, a terminao faz o papel da carga e o meio de transmisso o cabocoaxial. Quando a carga casa com a rede (ZS=ZT=ZL), todo o sinal de RF emitido pela fonte serabsorvido pela carga. Portanto, no haver nenhuma reflexo no sistema.

    E se a carga no casar com a impedncia da rede?

    Ocorrero as reflexes, ou seja, a carga no conseguir absorver toda a potncia do sinal deRF, fazendo com que ele retorne conforme o esquema abaixo.

    Fonte: Understanding and troubleshooting linear distortions: Micro-reflections, Amplitude ripple/tilt and group delay. Ron Hranac

    Como o sinal fica confinado nesse meio de transmisso at sumir devido atenuao,

    ocorre que o mesmo sinal chega duas ou mais vezes no mesmo local. Como h atenuao no cabo eperdas de retorno nos equipamentos, o sinal que retorna tem amplitude menor e est atrasado emrelao ao sinal original. Abaixo mostrado o sinal visto pelo final de linha.

    Fonte: Understanding and troubleshooting linear distortions: Micro-reflections, Amplitude ripple/tilt and group delay. Ron Hranac

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    A conseqncia na TV analgica um canal com fantasma.

    Fonte: Understanding and troubleshooting linear distortions: Micro-reflections, Amplitude ripple/tilt and group delay. Ron Hranac

    Onde devem ser instaladas as terminaes?

    As terminaes devem ser instaladas em todas as sadas no utilizada dos taps (exceto os tapsauto terminados2x4, 4x8 e 8x11), acopladores, amplificadores e ns pticos.

    EXEMPLO PREPARAO DO CABO E CONECTOR___________________________________

    Abaixo apresentado um exemplo de preparao do cabo e do conector do tipo PIN. Pararealizar essa tarefa o tcnico dever ter em mos uma pina para limpar o condutor central, umpreparador de cabos (cada cabo tem um preparador prprio), e um extrator de jaqueta. Todas essasferramentas so apresentadas abaixo.

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    O primeiro passo na preparao do cabo consiste em remover a jaqueta do cabo do coaxial.Essa tarefa deve ser realizada com o extrator de jaqueta, e para isso a cavidade dessa ferramentadeve ser encaixada na ponta do cabo, girando-a consecutivamente at o cabo chegar num limitadorinterno da ferramenta. Esse limitador evita que se remova mais jaqueta do que o necessrio,deixando o cabo com as dimenses corretas. A figura abaixo ilustra o cabo com a jaqueta jremovida.

    Removida a jaqueta, devemos utilizar o preparador de cabos para retirar o material dieltricodo cabo. Para isso devemos utilizar o preparador de cabos, e seu funcionamento semelhante aoextrator de jaqueta. A figura abaixo demonstra a preparao do cabo. Assim como extrator, o

    preparador tambm tem um limitador, deixando o cabo nas dimenses corretas.

    Realizado o passo anterior, o cabo coaxial dever estar parecido com o da figura abaixo.Como possvel perceber, o condutor central ainda est coberto pelo material dieltrico.

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    Utilizando a pina, devemos retirar todo o restante do dieltrico. A ponta da pina deveagarrar o dieltrico de forma que o condutor central fique o mais descoberto possvel. Para removero dieltrico com mais facilidade, o tcnico deve girar a ferramenta ao redor do condutor at que odieltrico se rompa.

    importante que todo e qualquer resduo seja retirado com a pina, evitando que o condutorcentral sofra danos ou cortes, que so lugares propcios oxidao. Por esse motivo que a utilizaode facas e estiletes para a preparao do cabo no recomendada.

    Feito isso, o cabo dever estar parecido com o da figura abaixo.

    Finalmente, para terminar de preparar o cabo devemos realizar uma medida do condutorcentral junto ao conector, que tem uma marcao em seu corpo. Se o condutor central estiver maislongo, o tcnico dever cortar a ponta com um alicate universal ou de corte. Por outro lado, se o

    condutor central estiver curto, o tcnico dever refazer o cabo. A figura abaixo exemplifica oprocesso.

    Com o cabo preparado, o tcnico dever medir a ponta do conector. No exemplo abaixo usado um tap da Scientific Atlanta, que possui uma marcao indicando o tamanho da ponta doconector. A figura abaixo mostra a realizao dessa medida. Novamente, se a ponta estiver muitocomprida o tcnico dever cort-la, evitando que a ponta encoste-se carcaa do equipamentocausando um curto circuito.

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    Aps preparar o conector, o tcnico deve apert-lo na porta do tap. Para fixar o conector, obujo deve ser retirado, o com a chave canho 3/16 o parafuso do tap deve ser apertado, fixando oconector. As figuras abaixo ilustram o processo.

    Realizado o passo anterior, o cabo deve passar atravs da porca do conector, e o parte centraldo conector deve ser colocada junto ao cabo, conforme ilustrado abaixo.

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    Por fim, as partes do conector so agrupadas. A primeira a rosca central com a partedianteira do conector (que j est encaixada e presa no tap) e a segunda e o parafuso do conector.Aps realizar esses dois passos o cabo dever estar preso com o conector.

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    O ltimo passo consiste em colocar a canusa sob o conector, parte do tap e parte do cabo. Acanusa feita de um material termocontrtil, e quando aquecida ela se comprime e agarra o conector,uma pequena parte do tap e do cabo.

    A finalidade da canusa vedar o conector, de forma que no entre gua dentro dele e do tap.A canusa deve ser colocada antes de fechar a conexo entre o cabo e o tap, e deve ser aquecida como maarico, conforme as figuras abaixo.

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    CAPTULO 4FONTES

    OBJETIVOS_____________________________________________________________________

    O objetivo deste documento introduzir os conceitos bsicos das fontes de alimentao

    utilizadas para fornecer a energia eltrica necessria ao funcionamento dos dispositivos ativos quecompe a rede de TV a cabo.

    INTRODUO___________________________________________________________________

    Um elemento fundamental que constitui a rede de TV a cabo a fonte de alimentao. Afonte desempenha importantes funes dentre as quais prover a alimentao eltrica para osequipamentos presentes na rede, proteger o sistema contra distores que possam ocorrer nas redesde transmisso eltricas e suprir energia aos equipamentos caso ocorra uma queda de energia. Afuno de fornecer energia rede para o caso de falta de energia realizada por trs baterias de 12Vinstaladas no gabinete. Desta forma a rede de TV a cabo pode funcionar de 2 a 3 horas sem

    alimentao da rede eltrica. As fontes so instaladas em postes e alimentadas diretamente pelosistema de distribuio de energia eltrica das concessionrias locais, como mostra a figura 1:

    Figura 1: Instalao da fonte de alimentao

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    A fonte fornece um sinal de corrente alternada (AC) que efetivamente alimenta osdispositivos presentes na rede. A entrada do AC na rede coaxial possvel pela presena de uminsersor de potncia (LPI), que pode ser observado na figura 1.

    Alm de ser responsvel pela insero do sinal AC na rede coaxial, o LPI atua comodispositivo de proteo, impedindo que a fonte seja danificada caso ocorra um curto-circuito. A

    figura 2 mostra o exemplo de um LPI utilizado em redes de TV a cabo:

    Figura 2: LPI

    Pode-se ver na figura 2 que o LPI permite a passagem de sinais de RF, que transportam oscanais de televiso analgicos e a portadora digital de cable modem, ao mesmo tempo em que responsvel por colocar o sinal de AC na rede. Em seguida, ser introduzido as caractersticas do

    sinal de alimentao AC.

    AL IMENTAO AC_______________________________________________________________

    Igualmente os bem conhecidos sinais de RF nas freqncias de 5 a 40 MHz (downstream) e50 a 800 MHz (upstream), trafega na rede coaxial pelos mesmos cabos a alimentao AC. Isto

    possvel pelo fato de a freqncia do AC ser muito menor que a freqncia dos sinais de RF.Existem diferentes formas de onda para o AC que a fonte pode fornecer planta coaxial sendo as

    principais a onda senoidal, a onda quadrada e a onda semi-quadrada. Estas diferentes formas de ondaso apresentadas na figura 3:

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    Figura 3: formas de onda (a) senoidal, (b) quadrada e (c) semi-quadrada .A linha tracejada nas formas de onda apresentadas na figura 3 representa o valor de tenso

    usado para determinar a parcela da potncia que utilizada nos componentes eletrnicos e representaa intensidade do sinal. Pode-se observar que esta tenso til menor que a tenso de pico,

    representada pela linha contnua. Quanto mais prxima tenso til est da tenso de pico, maiseficiente o sistema. Por isso, idealmente, a onda quadrada seria a melhor opo, mas esta causacontaminao nos sinais que circulam na rede, por ser de espectro largo. Assim, utiliza -se a formade onda semi-quadrada, que apresenta um valor til maior que a onda senoidal e menor nvel decontaminao do espectro que a onda quadrada.

    A tenso de pico da alimentao AC assume valores de 90V ou 60V, sendo prefervel utilizarfontes de 90V pois, para uma mesma potncia, a corrente eltrica para uma tenso de 90V menorque a corrente para uma tenso de 60V. Reduzindo a corrente eltrica na fonte e conseqentemente acorrente que circula na rede, h uma reduo do HUM, efeito indesejado que degrada a qualidade daimagem das TVs dos assinantes ligados rede, manifestando-se como 2 faixas horizontais nas telados televisores. A figura 4 ilustra a distoro HUM:

    Faixas horizontais na tela do televisor

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    Figura 4: Degradao da imagem da TV pela distoro HUM.

    Nas sesses seguintes, sero discutidos aspectos relativos colocao de fontes na rede efinalmente o exemplo de uma fonte real utilizadas nas redes coaxiais.

    POSICI ONAMENTO DE FONTES ____________________________________

    Durante o projeto deve-se levar em conta que um mesmo dispositivo no pode ser alimentadopor duas fontes distintas quando colocado na rede. Neste caso, utiliza-se um bloqueador de AC naentrada ou sada do dispositivo. Por ter caractersticas capacitivas, o bloqueador de AC permiteapenas a passagem do sinal de RF. O bloqueador pode ser colocado na entrada de Tap s oudivisores. Esta configurao de rede e exemplo de utilizao do bloqueador mostrado na figura 5:

    Figura 5: Exemplo da utilizao de bloqueadores

    Na figura 5 a fonte 1 responsvel pela alimentao do n ptico e dos amplificadores A eB. Neste caso, o bloqueador 2 impede que os amplificadores A e B sejam alimentados pela fonte 2.Da mesma forma que os amplificadores, o n ptico alimentado pela fonte 1, justificando a

    presena do bloqueador 1, impedindo que a alimentao AC de outras fontes alcance o n ptico.Durante o procedimento de limpeza de rudo, onde o tcnico mata sucessivamente as sadas

    do n ptico para verificar em qual delas h um rudo mais significativo, a posio das fontes narede deve ser considerada. Seja uma rede composta por um receptor ptico que possui trs sadascuja configurao apresentada na figura 6:

    Figura 6: Exemplo da influncia do posicionamento da fonte durante limpeza de rudo

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    Neste exemplo, a alimentao AC para o n ptico chega atravs da sada C. Verifica-se queexiste uma cascata de amplificadores nas trs sadas do no ptico e, portanto, caso exista rudo nestenode ele pode ser originrio de qualquer uma das trs sadas do n ptico (ou at mesmo das trs). O

    procedimento padro consiste em excluir uma das trs sadas e verificar, atravs de um analisador deespectro, se o rudo diminuiu ou se permaneceu inalterado. Isto , elimina-se a sada A e observa-se

    o espectro. Caso o rudo permanea, significa que no a sada A que impe o rudo procurado nosistema. Este procedimento se repete para todas as sadas, mas a sada C no pode ser eliminada, deforma a no suspender a alimentao do n ptico. Assim, observa-se que durante este procedimentodeve ser observada a colocao das fontes. Para matar a sada C necessrio ir at o primeiro

    amplificador da cascata desta perna e retirar o PAD de retorno, de forma a manter a alimentao don ptico e analisar a presena ou ausncia de rudo na sada C.COMPONENTES ___________________________________________________________

    Nesta sesso sero apresentados os principais elementos que compem uma fonte e umexemplo de fonte utilizada em redes de televiso a cabo. A fonte basicamente composta de umgabinete que possui duas divisrias, uma para as baterias e outra para os mdulos (mdulo eletrnico

    e o mdulo de ferro). A figura 7 exemplifica um tipo de gabinete:

    Figura 7: Exemplo de gabinete de uma fonte

    Como modelo de uma fonte utilizada na planta coaxial das redes ser apresentada a fontemodelo Alpha 60/15 e 90/15. A figura 8 mostra um diagrama que apresenta os LEDs presentes no

    painel frontal do mdulo da fonte e suas respectivas indicaes:

    Test/Reset: Aciona manualmente o teste de standbyTest in progress: LED aceso durante o testeCheck batteries: LED acesodefeito nas bateriasCheck inverter: LED acesodefeito no inversor

    Charge mode: aciona manualmentefloate equalizeFloat: LED acesoa carga nas baterias est em flutuaoEqualize: LED acesoequalizando as baterias

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    Recharge: A carga nas baterias est entre 3A e 7A (limitado em 10A)

    Line power: LED aceso em modo normalStandby power: LED aceso quando entra o inversor

    AC Output: LED aceso continuamente (caso apagado, checar fusvel desada)

    Figura 8: Painel frontal fonte Alpha

    A figura 8 mostra como os LEDs presentes no painel frontal de uma fonte fornecem

    informaes importantes sobre a operao da fonte e diagnostico de possveis problemas naoperao da fonte e das baterias. Por exemplo, no painel Status System possvel identificar se a

    potncia que alimenta os equipamentos da rede de televiso a cabo da rede eltrica (modo deoperao normal) ou das baterias (modo standby). Neste ltimo caso ocorreu um problema da rede

    de energia eltrica e a responsabilidade de alimentar os dispositivos ativos pertence bateria.

    CAPTULO 5ATIVAO DO RETORNO

    OBJETIVOS_____________________________________________________________________

    Este documento tem pr objetivo descrever a ativao do retorno dos amplificadores LineExtender, System II e III da Scientific Atlanta, e o alguns amplificadores da Philips. So tambm

    apresentados conceitos fundamentais para ativao do retorno e ferramenta SDA (Stealth DigitalAnalizer), uma das mais importantes para medio de parmetros de redes de TV a cabo.

    SDA STEALTH DI GITAL ANAL IZER______________________________________________

    O SDA fabricado pelo JDSU um das principais ferramentas para medir, testar e analisarparmetros da rede de TV a cabo, e com ele possvel empregar programas de manutenopreventiva e melhorar a qualidade da rede.

    Esse sistema composto por pelo menos dois equipamentos, um que deve ser instalado noheadend (SDA-5500/5510) e outro para uso em campo (SDA-5000).

    O nmero de aplicaes grande, sendo ele usado para o alinhamento de amplificadores ou

    n pticos, medio do desempenho do canal de retorno e direto, verificao da qualidade dos sinais,deteco de erros na rede e etc.

    A funo da unidade do headend de transmitir pelo canal direto as informaes coletadaspor ele, assim qualquer unidade de campo pode receber esses dados e analizar a rede.

    CONECTANDO O SDA-5500/5510___________________________________________________

    O SDA-5500/5510 deve ser conectado no headend, e o diagrama de conexes apresentadoabaixo. importante que os nveis do sinal nos equipamentos sigam os valores especificados nodesenho, no caso do SDA-5500/5510 menor que 12 dBmV, e no combinador pelo menos 14 dBabaixo dos canais de vdeo da operadora.

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    SDA

    5500

    IN OUT

    MODULADOR CH02

    MODULADOR CH78

    TAP

    20 dB

    in

    out

    TAP

    ACOP.

    20 dB

    in

    TAP

    out

    ACOP.

    12 dBTAP

    in out

    COMBINADOR

    out in

    TAP

    CANAIS HEADEND

    sinal do SDA 14

    dB abaixo dos

    canais de vdeoda operadora, e

    telemetria 10 dB

    Nvel de entrada

    no SDA menor

    que 12 dBmV

    TESTE DE SWEEP CONCEITOS BSICOS_________________________________________

    Um dos mais importantes testes que o SDA capaz de realizar o teste de sweep do retorno,que consiste um medir as perdas e ganhos que o sinal sofre durante seu percurso entre o SDA decampo e do headend.

    Para exemplificar, o esquema acima esboa os ganhos e perdas de uma rede de TV a caboqualquer. Os nmeros negativos significam que o sinal sofrer atenuao, e os nmeros positivossignifica que os sinais sero amplificados. Logo, quando somamos todos esses ganhos e perdas paraobter um valor lquido, ns temos:

    Valor lquido =(-9) + (-10) + (7) + (-7) + (8) + (-8) + (9) + (-15) = -25

    O valor lquido que calculamos ser o mesmo valor que o teste de sweep medir. No exemploacima o valor de -25 dB, ou seja, o sinal perde at chegar ao SDA-5500/5510 aproximadamente 25dB. Novamente, o valor medido ser a somatria de ganhos e perdas entre os dois equipamentos.

    Para realizar esse clculo, o SDA-5000 injeta vrias portadoras (sinais) na banda de retorno, equando elas chegam ao SDA-5500/5510 so coletadas. Atravs do canal direto, as informaes so

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    enviadas ao SDA-5000, que extrai a partir desses dados toda a informao de ganho da rede. Afigura abaixo mostra um grfico de sweep do retorno obtido com o SDA.

    importante que as perdas sofridas pelas portadoras injetadas tenham valores prximos umadas outras, pois dessa maneira o grfico do sweep ficar plano, e o tcnico poder definir somenteum valor de perda para todas as freqncias da banda de retorno. Na figura apresentada acima

    perda para 13 MHz foi de 11,1 dB e para 26 MHz foi de 12,4 dB, ou seja, neste caso o tcnicopoder definir somente um valor para sweep de retorno.

    J na figura abaixo h algum problema na rede que faz com que as perdas no sejam iguaispara todas as freqncias na banda de retorno. Podemos perceber nesse caso que a freqncia de 13MHz sofre maiores perdas que a 26 MHz, e a diferena de 10,3 dB. Esse tipo de problemas podeocorrer quando h conectores com problemas, fazendo com que os sinais de freqncia menorsofram mais atenuao.

    Para finalizar, uma prtica muito comum em campo ajustar um valor de referncia no nptico, ou seja, podemos calcular a perda ou ganho entre em amplificador de RF e um n pticoutilizando essa referncia. Maiores detalhes sero mostrados nas sees seguintes.

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    CONCEITO DE GANHO UNITRIO_________________________________________________

    O ganho unitrio um conceito muito utilizado no alinhamento da rede de TV a cabo, e elediz que na rede coaxial a somatria de ganhos e perdas deve ser igual zero. No entanto, sabe-se quequando o sinal passa pelo cabo coaxial ele atenuado, ou seja, ele tem perdas.

    Para compensar essa atenuao no cabo so usados os amplificadores, ou seja, o sinal previamente amplificado para compensar as perdas no cabo. Dessa maneira, o sinal ser sempreregenerado, e o ganho ser unitrio.

    AT IVAO DO RETORNO_________________________________________________________

    O alinhamento do retorno consiste em ajustar a rede para que se tenha um ganho unitrio, e

    essa tarefa pode ser realizada com auxilio do teste de sweep do retorno. O processo da ativao deveser iniciado no n ptico, e seguir do primeiro para o ltimo amplificador da cascata.

    Para que a rede apresente ganho unitrio, basta que o valor do sweep seja igual na entrada dohousing de todos os amplificadores. Se o valor lido for igual na entrada dos amplificadores, significaque a somatria das perdas e ganho se anulam, e conseqentemente o ganho unitrio. A figuraabaixo ilustra uma rede com alinhamento unitrio.

    possvel perceber que as perdas no cabo so previamente compensadas pelosamplificadores. Portanto, o valor de sweep ser igual na entrada do housing de todos eles.

    No entanto, a grande dificuldade de ativao do retorno reside no fato de no podermosrealizar o sweep na porta do housing do amplificador, devido inviabilidade de retirar todas asconexes para poder ter acesso porta do housing, e a necessidade de interrupo do servio para oalinhamento. Logo, o sweep feito em pontos de injeo internos ao amplificador, que so de fcilacesso e quando utilizados no interrompe o funcionamento do sistema.

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    Somado a isso, temos vrios tipos de amplificadores, cada um com uma estrutura internadiferente. Isso obriga o tcnico a fazer contas parar descobrir se a rede est alinhada com ganhounitrio ou no.

    Explicado o que o alinhamento do retorno e a suas dificuldades, seguimos para o primeiropasso no alinhamento do retorno, a ativao do n ptico. Para certificarmos que no existeproblema com a fibra do headend at o receptor ptico, medimos com o power meter ou multmetroa potncia ptica que est chegando ao RX. Se tudo estiver conforme o esperado, o tcnico poderligar a fonte de alimentao (60 ou 90 V) e verificar o acendimento de alguns LEDs, como o do TX

    e do RX.Logo aps realizado o alinhamento do n ptico com pads e equalizadores, at que se

    chegue aos valores especificados pelo projeto. Esse alinhamento pode ser feito com auxilio do testede sweep.

    Para isso, o tcnico dever conectar o SDA-5000 de acordo com a figura acima, e como j foimostrado nas sees anteriores, o teste medir todas as perdas e ganhos entre o SDA-5000 (unidadede campo) e o SDA-5500/5510 (localizado no headend).

    Para facilitar a ativao do retorno, o tcnico dever ajustar como valor de referncia a perda

    lida no sweep do RX. Se o valor lido for de -20 dB, significa que h uma perda lquida de 20 dB

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    entre o SDA de campo e do headend, e esse valor de -20 dB ser a referncia para os prximosamplificadores da cascata, ou seja, todos os nveis sero medidos em relao a ele.

    A figura abaixo ilustra melhor o significado de colocar o valor de referncia no RX. Se poracaso o valor absoluto do sweep no primeiro amplificador da cascata for de -22 dBmV, fcilperceber que esse valor estar 2 dBmV abaixo do valor de referncia. Logo, o valor com referncialido pelo SDA ser de -2 dBmV. O mesmo vale para o segundo e terceiro amplificador da cascata,conforme as tabelas abaixo.

    A partir da, o tcnico percorrer a rede para alinhar os prximos amplificadores da cascata,sempre com auxilio do sweep de retorno. Para executar essa tarefa de forma correta, o tcnico deverestar atento no fabricante e modelo do amplificador que ser alinhado. Nas prximas sees seroapresentados alguns dos amplificadores mais comuns nas redes de TV a cabo, e como eles devem seralinhados.

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    SYSTEM I I e I I I _- H IGH GAIN DUAL (HGD)_________________________________________

    Para executar a ativao do system II necessrio utilizar uma ponteira (~ 3 dB de perda)para injetar na placa do amplificador de retorno, conforme a figura abaixo:

    Como o SDA conectado junto com a ponteira, o sweep de retorno medir tambm a perdada ponteira e do ponto de teste (20 dB). Com isso, teremos uma perda de 23 dB do SDA at a placa,e perda do amplificador de retorno at a porta do housing de 4,25 dB. Com esses dados em mos

    possvel calcular o valor que dever ser lido para alinhar um HGD.

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    comum encontrar receptores pticos com ponto de injeo de -20 dB ou -30 dB, e o valorcom referncia lido no sweep do HGD ser dependente desse valor. No caso de ser um ponto deteste de -20 dB, o valor de sweep correto seria de em torno de +1,25 dBmV com referncia. J nocaso do ponto de injeo de -30 dB, teramos que ler + 11,25 dBmV para que a rede estivesse comalinhamento unitrio.

    SYSTEM II e III - HIGH GAIN DUAL (HGD)

    Ponto de Injeo do RX Valor com referncia

    -20 dB +1,25 dB

    -30 dB +11,25 dB

    SYSTEM I I e II I UNBALANCED TRIPLE (UBAL ) e BALANCED TRIPLE (BAL)__________

    O amplificador BAL possui trs sadas amplificadas balanceadas, e o UBAL possui tambmtrs sadas, mas uma delas tem sada mais baixa. A placa de retorno utilizada neles a mesma que doHGD. Isso implica que o ponto de injeo para ativao do retorno fica no mesmo lugar.

    Porm, as perdas internas da porta de entrada do retorno at a placa so diferentes. Tanto oUBAL quanto o BAL perdem, segundo o manual do fabricante, 7,75 dB entre esses dois pontos.

    Portanto, o valor de sweep com referncia no RX dever ser de:

    SYSTEM II e III UBAL e BAL

    Ponto de Injeo do RX Valor com referncia

    -20 dB +4,75 dB

    -30 dB +14,75 dB

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    L INE EXTENDER I I e I I I _(LE)_________________________________________ ____________

    Diferentemente dos amplificadores system II ou III, a line extender II e III utiliza outro pontopara realizar o sweep, e no utiliza a ponteira tambm. Para realizar o sweep do retorno, o tcnicodever injetar o sinal e ler e resultado nos pontos indicados na figura.

    Em alguns casos a telemetria no ser o suficiente para ler o resultado no ponto indicado nafigura anterior. Logo, o tcnico dever utilizar o ponto de injeo para fazer a leitura, e para que issoseja possvel ser necessrio utilizar um divisor, conforme a figura abaixo.

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    Logo, o valor do sweep lido neste caso ser em torno de 20 dB acima do valor esperado naporta do amplificador. Os valores do sweep com referncia no RX so apresentados abaixo:

    LINE EXTENDER II e III

    sem divisor 1:2

    Ponto de Injeo do RX Valor com referncia

    -20 dB +0 dB

    -30 dB +10,0 dB

    LINE EXTENDER II e III com divisor 1:2

    Ponto de Injeo do RX Valor com referncia

    -20 dB -4 dB

    -30 dB +6,0 dB

    L INE EXTENDER I I I PHD____________________________________________ ____________A ativao do retorno da line extender III PHD diferente da apresentada acima, j que esse

    equipamento possui outro ponto de injeo.

    Percebe-se na figura acima que o ponto de injeo fica em outro local. Desse modo, a leiturarealizada no sweep ser de acordo com a tabela abaixo.

    LINE EXTENDER III PHD

    Ponto de Injeo do RX Valor com referncia

    -20 dB +0,75 dB

    -30 dB +10,75 dB

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    EXEMPLO DE AT IVAO DE RETORNO____________________________________________

    Para facilitar a compreenso utilizaremos um exemplo de ativao do retorno. Antes de tudo,o sweep feito no RX, e a perda sofrida at o SDA-5500/5510 ser configurada como referncia, ouseja, quando o tcnico realizar o sweep no prximo amplificador da cascata, ele estar lendo o valor

    do ganho ou atenuao at o RX, e no at o SDA no headend.Na ilustrao abaixo possvel perceber que todos os valores com referncia no RX esto deacordo com os estimados nas sees anteriores. Com isso, conclu-se que a rede est alinhada comganho unitrio.

    Apesar do valor com referncia ser diferente para cada amplificador, isso no significa queeles esto desalinhados. Os valores lidos no so iguais devido s diferenas internas de cada t ipo deamplificador, conforme explicado anteriormente. Se o tcnico estimasse o valor de sweep na portado housing, concluiria que so todos iguais.

    Durante a ativao do retorno, o tcnico dever estar atento aos valores dos pontos de testedo n ptico e dos amplificadores. No caso acima, todos os pontos de teste perdem 20 dB. Mas o queaconteceria se o ponto de teste do RX fosse de 30 dB ? Se isso acontecer, os valores de sweep sero

    diferentes para que a rede seja alinhada com ganho unitrio.

    Como possvel notar, os valores lidos devero estar cerca de 10 dB acima para que a redeesteja alinhada com ganho unitrio. Pode ocorrer tambm um caso misto, onde os pontos de testesso de -20 ou -30 dB. O exemplo abaixo ilustra um caso desses.

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    O procedimento para calcular os valores com referncia apresentado a seguir:

    Determina-se qual o valor do ponto de teste do RX e qual foi o valor absoluto do sweep lidono ponto de teste. Esse valor ser tambm o de referncia.

    Ex: Ponto de teste de -20 dB, e valor de sweep -27 dB.

    Subtraindo o valor do sweep do valor do ponto de teste, temos o valor estimado do sweep naporta do housing do RX.Ex: Valor do sweep na porta do housing do RX = -27 (-20) = -7 dB

    Para que a rede apresente ganho unitrio, o valor do sweep na porta do housing dosamplificadores devem ser iguais ao do RX.Ex: Supondo o prximo ampl if icador da cascata um HGD, o sweep na porta do housingdeveria ser igual a -7 dB.

    Determinar qual a perda interna do amplificador, da porta do housing at o ponto de injeo.Esse valor depende do tipo de amplificador usado.Ex: No caso do HGD, a perda da por ta do housing ato ponto de injeo de 4,25 dB

    Subtrair o valor do sweep na porta pelo valor de perda determinado no passo anterior. Ovalor de perda do amplificador deve ser colocadocEx: Valor = -7( - 4,25) = -2,75 dB.

    Com esse valor resultante em mos, adiciona-se o valor da atenuao do ponto de injeo doamplificador.Ex: Supondo que a atenuao do ponto de teste seja de -20 dB, e que necessrio usar aponteira de 3 dB de perda para conectar o SDA ao ampli f icador, o valor do sweep no pontode injeo do ampl if icador deveria ser de: (-2,75)+(-23) = -25,75.

    Dessa maneira, o valor com referncia no RX do sweep do amplificador ser a diferenaentre o lido e a referncia.Ex: valor com referncia = (-25,75)-( -27) = +1,25 dB

    Logo o valor do sweep com referncia foi calculado para que se tenha uma rede comalinhamento unitrio.

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    AMPLIF ICADORES PH IL IPS______________________________________________________

    Faremos uma anlise semelhante a anterior para alguns amplificadores da Philips. Muitosdesses amplificadores no possuem um ponto de injeo, como o TNA (Trunk Network Amplifiers)e GNA (Global Network Amplifiers). Logo, o sweep e leitura so feitos no tap mais prximo ao

    amplificador.Portanto, para realizar a ativao do retorno desses amplificadores, o tcnico dever conhecero valor do tap onde a injeo e leitura feita. No caso da Line Extender, h um ponto de injeo que

    perde 30 dB, com isso o sweep no precisa ser feito no tap.

    Logo, percebe-se que novamente os valores que sero no so iguais (supondo uma redealinhada com ganho unitrio). Pode ocorrer de um tap ter somente uma de suas portas disponveis. Oque pode ser feito nesse caso realizar o sweep e leitura pela mesma porta tap, utilizando para issoum divisor 1:2.

    No entanto, o tcnico dever estar atento para compensar as perdas que o sinal de RF sofrequando passa pelo acoplador, conforme a figura abaixo.

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    O procedimento para calcular os valores com referncia apresentado a seguir:

    Determina-se qual o valor do ponto de teste do RX e qual foi o valor absoluto do sweep lidono ponto de teste. Esse valor ser tambm o de referncia.Ex: Ponto de teste de -20 dB, e valor de sweep -27 dB.

    Subtraindo o valor do sweep do valor do ponto de teste, temos o valor estimado do sweep naporta do housing do RX.Ex: Valor do sweep na porta do housing do RX = -27 (-20) = -7 dB

    Para que a rede apresente ganho unitrio, o valor do sweep na porta do housing dosamplificadores devem ser iguais ao do RX.Ex: Supondo o prximo ampli fi cador da cascata um TNA, o sweep na porta do housingdeveria ser igual a -7 dB para que a rede esteja com ganho uni trio.

    Somando o valor que o sweep deveria ter na entrada do housing do amplificador com o valordo tap, teremos o valor do sweep absoluto na porta do tap.Ex: No caso apresentado acima, o valor na porta do housing do ampli f icador deve serigual a -7 dB, e o valor do tap de 17. Logo, o valor do sweep absoluto na por ta tap de:(-7)+(-17) = -24 dB.

    Subtraindo o valor de referncia no RX do valor obtido acima, temos o valor de sweep comreferncia no RX que devemos ler no SDA-5000 para que a rede esteja com alinhamentounitrio.Ex: Val or do sweep com referncia = (-24) - (-27) = +3,0 dB

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    CONSIDERAES FINAIS________________________________________________________

    Para realizar a tarefa de ativao do retorno, o tcnico dever ter sempre em mente que oteste de sweep mede o valor lquido de perdas e ganhos entre o SDA-5000 e o SDA-5500/5510, ecomo no possvel alinhar a rede utilizando a porta do housing dos amplificadores os pontos de

    injeo devem ser utilizados.Logo, o tcnico dever conhecer bem os amplificadores e suas perdas para executar a tarefade ativao do retorno satisfatoriamente. Habilidades na manipulao de nmeros, entendimento emanuseio dos equipamentos so de tambm extrema importncia, pois facilitar o processo doalinhamento para o tcnico.

    Por fim, conceitos bsicos como o do ganho unitrio, atenuao no cabo, amplificao desinal e injeo de portadoras so fundamentais para o tcnico que realizar a ativao do retorno emcampo.