Apostila de Trompete

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Introdução: O Trompete é um instrumento de sopro da classe dos metais também conhecido como Pistão, feito em metal contêm uma campânula que é responsável pela amplificação do som, contêm pistos que alteram o caminho de passagem do ar pelos tubos do trompete aumentando ou diminuindo a distância percorrida pelo ar no interior do instrumento, contêm um bocal onde o trompetista posiciona os lábios e pela vibração dos lábios e a velocidade do ar para o interior do instrumento o som é produzido. História: Com a evolução das técnicas de manipulação de metais estes tubos passaram a serem feitos de metal como a prata, o bronze e o latão. O trompete foi muito utilizado na época do Império Romano mas praticamente desapareceu da Europa com a quedo deste Império ressurgindo no período das cruzadas quando foi encontrado com os sarracenos que o utilizavam para fins bélicos. No período da idade média o trompete foi ganhando státus de instrumento musical e não mais apenas para fins bélicos, por volta de 1400 os fabricantes de trompetes desenvolveram os trompetes curvados, que eram mais compactos, facilitando o uso. Estes trompetes eram fabricados com metal batido e feito em duas partes, a primeira éra um cano com duas voltas e a segunda era a campânula, a campânula e o tubo eram soldados com cera de abelhas e rinham ornamentos nas junções para escondelas. Os bocais destes instrumentos eram diferentes, suas bordas eram achatadas e largas, a garganta tinha um diametro maior e o "shank" era mais comprido e largo. Aos poucos o trompete foi sendo utilizado para tocar nas igrejas, orquestras da corte e festas das cortes européias e os trompetistas foram ganhando estatus chegando a serem escolhidos pela corte e os demais cidadãos serem proibidos de tocar o intrumento. Na idade média, mais especificamente no período barroco, a necessidade de produzir sons em outras Apostila de Trompete pag. 1

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Page 1: Apostila de Trompete

Introdução:O Trompete é um instrumento de sopro da classe dos metais também conhecido como Pistão, feito em

metal contêm uma campânula que é responsável pela amplificação do som, contêm pistos que alteram o

caminho de passagem do ar pelos tubos do trompete aumentando ou diminuindo a distância percorrida

pelo ar no interior do instrumento, contêm um bocal onde o trompetista posiciona os lábios e pela vibração

dos lábios e a velocidade do ar para o interior do instrumento o som é produzido.

História:

Com a evolução das técnicas de manipulação de metais estes tubos passaram a serem feitos de metal

como a prata, o bronze e o latão.

O trompete foi muito utilizado na época do Império Romano mas praticamente desapareceu da Europa

com a quedo deste Império ressurgindo no período das cruzadas quando foi encontrado com os

sarracenos que o utilizavam para fins bélicos. No período da idade média o trompete foi ganhando státus

de instrumento musical e não mais apenas para fins bélicos, por volta de 1400 os fabricantes de trompetes

desenvolveram os trompetes curvados, que eram mais compactos, facilitando o uso.

Estes trompetes eram fabricados com metal batido e feito em duas partes, a primeira éra um cano com

duas voltas e a segunda era a campânula, a campânula e o tubo eram soldados com cera de abelhas e

rinham ornamentos nas junções para esconde­las. Os bocais destes instrumentos eram diferentes, suas

bordas eram achatadas e largas, a garganta tinha um diametro maior e o "shank" era mais comprido e

largo.

Aos poucos o trompete foi sendo utilizado para tocar nas igrejas, orquestras da corte e festas das cortes

européias e os trompetistas foram ganhando estatus chegando a serem escolhidos pela corte e os demais

cidadãos serem proibidos de tocar o intrumento.

Na idade média, mais especificamente no período barroco, a necessidade de produzir sons em outras

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freqüências que não as fundamentais do instrumento levaram alguns construtores destes instrumentos a

criarem maneiras de alterar o comprimento do tubo e aumentar ou diminuir a freqüência do som produzido,

após muitas tentativas e inventos surgiu, em 1815, os pistos. A superioridade do sistema de pistos ficou

evidente sobre os demais sistemas de vara, ao ponto de tornar­se universal e foi adotada pela maioria dos

fabricantes de trompetes.

Conhecendo o TrompeteInstrumento de sopro feito de metal ou cobre, desenvolvido a partir de uma peça perfurada. Tem o

Trompete em sua principal característica um tubo cilíndrico de cano comprido e estreito que transforma a

pressão do ar gerada pela ação dos lábios em som musical. O Trompete por sinal é o instrumento mais

famoso das famílias dos metais pois seu timbre chama muito a atenção do ouvinte e desde o seu

surgimento até os dias de hoje já obteve vários formatos, tamanhos, tonalidades, timbres, etc.

ESPECIFICAÇÕES GERAIS DO TROMPETE:

• Corpo latão• Campana 124mm• Calibre (ML) 11,70mm• Válvulas niqueladas• Acabamento: Laqueado• Afinação: Sib, Dó ou Mib• Dimensões: 26cm x 59cm x 17cm (AxCxL)• Peso: 6Kg

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Partes do trompete:

O Bocal:

O bocal é a peça da trombeta que entra em contato com os lábios do trompetista e arreios o jogador está

zumbindo para produzir um tom. Existem muitos tipos, marcas e tamanhos de porta­vozes que são feitos

especificamente para um propósito único, como tocar registo alto ou tocar orquestral profunda. Bocais

pode ser feita como uma peça sólida de latão, plaqueadas em placas de prata, ou pode ter a capacidade

de ter um aro, copo, ou garganta, que pode ser desapertado para que as alterações podem ser feitas sem

a compra de um bocal completamente novo. Para um mais e discussão aprofundada de boquilhas, confira

a seção de bocal.

A Campana:

A Campana é uma parte muito importante do trompete. Tudo sobre ela, os materiais de que é feita, o

tamanho, abertura da boca, amplitude, etc é importante para produzir o som característico de cada

trompete. A maioria das campanas são feitas de bronze que é revestida em prata ou revestido em laca

ouro. O chapeamento de prata produz um som mais brilhante sendo mais mais aberto e tende a proteger o

instrumento mais tempo, enquanto que a laca produz uma mais suave ou "amortecido" e tem uma

tendência a desgastar. Algumas empresas oferecem opções como prata ou de bronze de berílio. Isto pode

ser útil para algumas pessoas em melhorar a entonação, tom, e projeção, mas não é para todos.

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Abertura da campana é a taxa que a campana aumenta de diâmetro, também é uma opção de trompetes.

Alargamento muito grande produz sons mais suaves (um exemplo disso seria um flugelhorn, que tem um

som muito suave e um alargamento muito grande da campana). Pelo contrário, um alargamento pequeno

da campana produz um nítido timbre e adiciona uma cor estridente. Ao escolher alargamento da campana,

a maioria das pessoas tenta encontrar um meio termo para que seu instrumento pode ser usado em várias

configurações musicais. Ao escolher trompetes, também é uma boa idéia ver se a campana é feita a mão

e sem costura ou fabricado a máquina com uma costura. A costura pode ser quase imperceptível, mas faz

diferença na produção do som.

O Tudel:

O Tudel é o tubo que passa através do bocal e o seu receptor para o primeiro pisto. É muito importante que

esta secção do tubo seja livre de amassados pois eles podem severamente prejudicar o som produzido.

O tudel fornece a capacidade para compensar problemas de afinação que enfrentam trompetes e todos os

instrumentos. Qualquer instrumento não é perfeitamente ajustado e afina, de modo algum espaço tem que

ser dada para que ele possa ser ajustado. O tudel é normalmente deixado puxado para fora por uma

metade de uma polegada, de modo que se o instrumento é agudo, pode ser puxado para fora ou se o

instrumento é grave, pode ter quarto a ser empurrado dentro.

Os tubos de válvulas:

Os tubos de válvulas estão em um trompete por uma razão: para produzir o som entre as notas naturais

(harmônicos) de um trompete. Quando um êmbolo do pisto é pressionado, o ar é encaminhado através

delas para estes tubos a fim de estender o comprimento total da tubagem, o que reduz a altura da nota que

está a ser tocada. Os tubos das válvulas do primeiro e terceiro são móveis na maioria de bons trompetes.

Cada um desses dispositivos permitem que o trompetista alongue manualmente o tubo um pouco mais,

para ajudar a corrigir a afinação de determinadas notas, mais notavelmente C # e D graves, que são

notoriamente notas agudas. Para um guia completo sobre o uso das lâminas em tuning, confira tendências

de afinação.

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O Gancho de Dedo:

Enquanto o gancho dedo não serve para nada musical, é necessário para tocar o trompete com apenas a

mão direita, liberando a esquerda para virar música. A Posição apropriada para tocar o trompete é manter

o dedo menor na parte superior do gancho, e não no mesma. O objetivo de manter o dedo nesta posição é,

em passagens muito difíceis, ter seus dedos não amarrados por causa de ter um dedo em um ângulo

diferente.

Os Pistos:

Pistões bons são fundamentais para tocar bem. Eles devem se mover muito rápido e suave, sem

empurrões ou respostas lentas. Este é talvez um dos aspectos mais difíceis para a construção de um

trompete. Cada válvula de pistão é diferente, e reencaminha o fluxo do ar de dentro de um conjunto

diferente de tubos, de modo que cada pisto não é substituível. Um pequeno número ér impresso na haste

de cada pistão que indica qual é o pistão. O pistão 1 é o mais próximo a você, e do pistão 3 está mais

distante. Ao colocar seus pistões de volta é importante para alinhá­los adequadamente. Existem diferentes

maneiras de dizer se eles estão alinhados, dependendo do fabricante. Se a válvula é colocada de costas, o

ar não vai passar pelo trompete, é como se você soprar em um frasco fechado.

É muito importante manter os pistos em boa qualidade. Isso inclui mantê­los livres de corrosão e mantê­los

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bem lubrificados. Há muitos tipos diferentes de óleo válvula comercialmente disponíveis, que variam de

orgânica para totalmente sintético. Alguns são coloridos, alguns podem deixar um gosto ruim na boca. O

melhor conselho é usar apenas um que você gosta.

Os invólucros dos pistos:

Os invólucros dos pistos são as três cilindros em que os pistões se encaixam. É extremamente importante

que sejam evitadas sujeiras e amassados, porque eles causam danos aos pistos podendo danificar o

instrumento. Se você verificar algum problema de encaixe e de acionamento e retorno do pisto. Enviá­lo

para o conserto.

Abaixo temos uma figura de um trompete completamente desmontado.

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Produção do som:

O som é produzido pelo sopro do ar através da boca fechada, produzindo um som "vibrante" para dentro

do bocal e dando início a uma onda estacionária formada pelas vibrações na coluna do ar no interior do

trompete A freqüência de vibração do ar é determinada pelo comprimento do tubo, velocidade do ar no

interior do instrumento, ângulo de entrada do ar no tubo. O trompetista pode produzir uma série de sons

harmônicos alterando a abertura e a tensão dos lábios junto ao bocal; esta interação entre os lábios e o

bocal é chamada de embocadura.

Afinação:

A vibração e afinação são duas coisas que andam juntas no mundo da musica. A afinação é uma grandeza

musical, ou seja, quando se criou o conceito de notas musicais, cada nota ficou determinada que tivesse

ter um determinado numero de vibrações por segundo. Assim, se conseguirmos reproduzir o mesmo

numero de vibrações significa que a nota esta afinada.

Assim fica fácil de compreendermos o funcionamento da afinação, quando dois trompetistas tocarem uma

mesma nota, para estarem afinados devem reproduzir o mesmo numero de vibrações, se um deles gerar

mais ou menos vibrações sentirá algo desconfortante nos nossos ouvidos, ou seja, uma diferença de

vibração, a tal desafinação.

Se observarmos o trompete (como outros instrumentos que utilizam bocais) é um dos instrumentos mais

complicados para se estabelecer uma afinação, pois qualquer modificação na pressão entre os lábios já ira

“deslizar” a afinação de uma nota, alem que no trompete temos a chamada Serie Harmônica que também

não é muito perfeita.

Serie Harmônica:

Pode estar se perguntando como que pode se tocar tantas notas com apenas 3 pistos. Para fazermos

isso, utilizamos a Serie Harmônica. A Serie nada mais é que uma seqüência de notas pré­definidas na

construção do instrumento, digo definida, pois existe um conceito de física acústica em cima da

construção do instrumento que ira definir tais notas podem soar dentro de uma tessitura. Se pegarmos

uma tubulação com determinado diâmetro e comprimento e com um bocal sopramos conseguiremos tocar

um determinado numero de notas, se modificarmos o comprimento desse tubo teremos mais ou menos

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notas. Podemos fazer um teste tocando algumas notas apenas usando um bocal, e depois fazer a mesma

coisa colocando o bocal no instrumento e depois refazer o teste com o instrumento sem a pompa de

afinação geral. Cada comprimento alem de modificar o som, também ira modificar a Serie Harmônica.

No trompete através dos três pistos se combinarmos o acionamento conseguiremos tocar 7 Series

Harmônicas diferentes. Observando o trompete, seus pistos nada mais são que alongadores do tubo

principal, quando tocamos as notas sem pressionar nenhum pisto, estaremos utilizando a Serie Harmônica

1, nela teremos as notas Dó 3, Sol 3, Do 4, Mi 4, Sol 4, Sib 4, Do 5, Re 5, Mi 5, etc. Se pressionarmos o

pisto 2, as notas dessa serie irão cair 1/2 tom, irão cair por causa do comprimento da tubulação do

segundo pisto que é somado quando acionado ao comprimento máximo do trompete. Se pressionarmos o

pisto 1, as notas da Serie 1 irão cair 1 tom. Podemos perceber que o comprimento da volta do pisto 1 é o

dobro de tamanho do utilizado pelo pisto 2. Se pressionarmos os pistos 1 e 2 iremos derrubar a Serie

Harmônica 1 em 1 tom e 1/2, e se pressionarmos os pistos 2 e 3 a nova Serie Harmônica formada será 2

tons mais grave do que a Serie harmônica 1. Com o acionamento dos pistos 1 e 3 teremos 2 tons e ½

mais grave que a Serie Harmônica 1 e com o acionamento dos pistos 1, 2 e 3 teremos uma Serie

Harmônica de 3 tons mais grave que a Serie Harmônica 1 (aquela tocada sem acionamento dos pistos).

Observe que a Serie Harmônica 7 (a que pressionamos todos os pistos é a única onde o ar ira passar por

todos os tubos).

A figura abaixo apresenta as notas produzidas por cada configuração de pistos ­ Creditos:

MacGyverMagic

Um detalhe interessante sobre a Serie Harmônica:

Podemos perceber que ao tocar algumas notas iremos ouvir algumas com a sonoridade um pouco

diferente do normal e também com a afinação um pouco diferente e ate mesmo algumas notas refletidas

de outras series. A sonoridade de algumas notas (aquelas que se replicaram em outras series) soará

diferente, pois a que esta sendo tocada não faz parte dessa Serie Harmônica, ou seja, o comprimento dos

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tubos aplicados para essa nota não estão perfeitamente dentro do padrão de forma de onda, acústica,

harmônicos, etc. Quando tocamos as notas dentro da Serie Harmônica verdadeira para ela, a nota ira soar

perfeita pois o comprimento do tubo estará de acordo com a forma de onda que ira se propagar dentro da

tubulação (lembrando das medidas de construção do instrumento).

A afinação dentro das Series Harmônicas também mudam. Infelizmente a Serie Harmônica não é

perfeitamente afinada. Com a chave geral de afinação, iremos corrigir a afinação por completa da Serie

Harmônica, mas mesmo assim algumas notas da serie podem sofrer alguns desvios de afinação que

devem ser corrigidas através do acionamento das pompas de afinação dos pistos 1 e 3.

Outro detalhe, o instrumento não faz tudo sozinho, alem de utilizarmos os pistos para modificar as Series

Harmônicas para subir ou descer na tessitura das notas e utilizar as pompas de afinação para corrigir

determinadas notas, também precisamos utilizar a embocadura para ajudar o instrumento. Não tem como

mantermos uma determinada vibração fixa nos lábios e ir apenas pressionando os pistos, temos também

que contraindo e afrouxando os lábios para modificar a vibração e ajudando as ondas sonoras a

caminharem pelos tubos até sair pela campana.

Embocadura:

Os lábios, quando tocamos a nota vibram muito rápido, muitas vibrações por segundo. É a administração

dessa vibração que ira fazer tudo funcionar no trompete, e administrar isso é o que chamamos de

Desenvolver Embocadura.

A Embocadura nada mais é do que fazer os lábios vibrar para se produzir som. Isso parece fácil falando,

mas não é bem assim, pois infelizmente o corpo humano não nasceu para ser trompetista, ou seja, não

nasceu pronto, mas podemos condicioná­lo para essa função. Uma boa Embocadura é aquela que o

musico consegue desenvolver um bom som, é aquela que ela pode mudar de uma nota pra outra com

facilidade e não se cansar com o passar do tempo, claro que ele ira cansar, pois tocar trompete não deixa

de ser um exercício físico, pois esta trabalhando com musculatura do rosto e respiração, mas ele deve

condicionar o corpo para um melhor funcionamento.

Regras com relação à colocação do bocal são absolutamente individuais. Cada pessoa possui dentes,

lábios e estruturas ósseas diferentes. Seria impraticável obrigar um instrumentista a colocar o bocal num

lugar que não é confortável e/ou eficiente. Um pequeno desvio no posicionamento do bocal à esquerda ou à

direita é absolutamente normal. Seguem alguns passos para formar sua embocadura:

1 ­ Falar a palavra Mmmmmmm

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2 ­ Posicionar o bocal no centro dos lábios evitando que a borda do bocal fique na parte vermelha do

lábio superior.

3 ­ Procurar a posição mais confortável para o bocal nos lábios.

4 ­ Não apertar o bocal nos lábios, a força da embocadura vem dos músculos laterais.

Segue abaixo como deve ser uma embocadura segundo FARKAS, Philip. The Art of Brass Playing. 1. ed.

Rochester: Wind Music, 1962.

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Respiração:

Alem do funcionamento dos lábios é importantíssima uma boa respiração. Esse assunto sempre foi muito

mistificado, cheio de prós e contras, mas eu particularmente penso na respiração como algo normal, em

uma respiração que utilizamos no dia a dia, apenas com um ciclo mais completo, ou seja, no dia a dia não

acredito que não utilizamos nem a metade da capacidade respiratória, mal o ar chega aos pulmões para

fazer a troca (oxigênio e gás carbônico) que já estamos expelindo o ar. No caso dos instrumentos de sopro

sempre pensamos em um ciclo de respiração maior, mais cheio e mais lento. É sempre manter muito ar

armazenado e soprar devagar, mas nunca ir até o fim do pulmão, pois se percebem que se fizermos ciclos

longos a ponto de faltar ar no pulmão ira gerar certo desconforto, cansaço e tensão para o corpo.

Outro detalhe importante da respiração é manter uma coluna de ar firme e constante, lembre­se o ar é o

combustível do instrumento, se tiver oscilações na coluna de ar, poderá ter problemas com a sonoridade,

afinação, etc.

O Diafragma:

O diafragma é o músculo que separa a cavidade abdominal da torácica. Quando contraído, o diafragma

desce, aumentando a cavidade do peito e diminuindo a pressão interna do ar, que por conseqüência, entra

nos pulmões. O funcionamento do diafragma se assemelha ao de um pistão de antigos borrifadores

caseiros de inseticida. Quando o pistão é puxado para trás, a pressão interna do reservatório do líquido

diminui e, quando o pistão é empurrado para frente ­ como para espirrar o inseticida ­ a pressão interna

aumenta.

Para uma respiração mais profunda, as costelas são elevadas e expandidas. Pequenos aumentos em

volume podem ser obtidos ainda com adicional elevação das costelas por músculos localizados nas

costas e pescoço. Pode­se observar também que os órgãos do corpo logo abaixo do diafragma ficam com

menor espaço, o que causa uma expansão do diâmetro da cintura.

Para tocar bem, o diafragma é fundamental, deve­se sempre utilizá­lo da maneira correta para o melhor

aproveitamento do ar.

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Staccato:

O Staccato é a forma que iniciamos um som. O som esta interligado entre três episodio: Embocadura,

Respiração e Staccato. Se não tivermos uma boa embocadura, não teremos uma boa vibração, assim não

teremos sonoridade, e o musico se cansará muito rapidamente. Se não tivermos uma boa respiração não

teremos uma boa sonoridade, ou seja, não teremos um som vivo, brilhante, contagiante, expressivo. E se

não tivermos um bom Staccato não teremos como iniciar um som com precisão.

O Staccato como disse é a forma de iniciar um som, ou seja, um modo que iremos utilizar a nossa língua

para dar um “empurrãozinho” pro ar vibrar os lábios.

Existem vários meios de fazer o staccato, como também existem vários tipos de Staccato. Cada meio e

tipo irão gerar uma forma diferente de se expressar musicalmente. Basicamente temos três tipos de

Staccato sendo eles: Simples, Duplos e Triplos. O Staccato Simples é utilizado em tudo que é tipo de

repertório, e o tipo Duplo e Triplo são empregado em trechos rápidos onde a execução do staccato simples

não fica muito nítido, ou mesmo expressivo.

O Staccato Simples é desenvolvido através de algumas sílabas, sendo elas os T e D (existem outras

sílabas que podem ser interessante utilizar, como Hoo, tudo depende do tipo de execução e efeito que se

quer apresentar). Nos métodos geralmente encontramos mais a utilização da silaba T. Para nós sempre é

preferido utilizar as silabas D, pois se soa mais calmo, sem muito ataque, deixando a sílaba T para

momentos que precisamos de uma execução mais agressiva.

Alem de iniciar um som o staccato também ira ajudar na estabilidade da nota em determinada região da

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tessitura. Para tocar, podemos utilizar as três silabas, sendo elas: Dá, Dê e Dí. Utilizando a sílaba Dá

acabamos deixando a língua bem baixa, liberando uma grande passagem de ar entre a garganta e os

lábios, é uma boa silaba para se usar nas notas graves. Já a sílaba Dê utilizamos para as notas médias, já

que a língua fica no nível intermediário, e a sílaba Dí para as notas agudas, já que a língua vai estar bem

alta, afunilando o ar, fazendo acelerar. Tente pronunciar essas sílabas Dáaaaaaaaa, Dêeeeeee, Díiiiiii,

percebe­se a diferença na execução. É empregado da mesma forma para a Silaba T, Ta, Te e Ti.

Já a utilização de ataques Duplos e Triplos utiliza as silabas Ta Ka e Ta Ta Ka (ou Da Ga e Da Da Ga).

São articulações interessantes de serem estudadas, para quem precisa executar uma escala muito rápida,

com notas bem definidas e rápidas, onde não se consegue desenvolver com os ataques simples,

utilizam­se essas outras formas de execução. Esse tipo de staccato exige mais estudo, pois envolve muito

mais a forma de pronuncia das silabas, tente pronunciar bem rápido Da Ga Da Ga… e Da Da Ga Da Da

Ga… A idéia é estudar a dicção delas primeiro e depois passar a estudar no instrumento e de forma bem

lenta e ir acelerando aos poucos.

Digitação do Trompete:A digitação deve ser bem conhecida e treinada até decorar toda as notas e suas variantes. Segue a

digitação principal do trompete.

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Estudos para o trompete:Esta secção utiliza os estudos do Jorge Nobre.

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Conservação do Trompete:

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A Importância da Teoria Musical:

Quando falamos de música podemos dividi­la em duas partes: prática musical e teoria musical. A prática é

o que tocamos e o que aprendemos até por muitas vezes sem precisar da teoria. Com isso, aparecem

perguntas do tipo: Para que serve a teoria musical sendo que o mais importante (que é tocar) eu já

aprendi? A teoria não pode ser tratada como algo prioritário, da mesma forma que a prática também não.

Ambas devem ser cadenciadas de uma forma igualitária, ambas devem caminhar juntas, pois uma

depende da outra.

Se a pessoa quer tocar por brincadeira e tem noção de que não vai evoluir em nada no seu instrumento

podendo até regredir, a teoria pode até ser deixada de lado. Mas se é aquela pessoa que independente se é

por diversão ou profissão, mas quer ser um baita instrumentista, aí a teoria obrigatoriamente tem que

entrar, pois é ela que mostra um horizonte que explica qualquer dúvida que o músico tiver, dessa forma

mostrando com clareza opções que ele pode utilizar no seu instrumento, o tornando mais técnico e

criativo.

Para alguém que quer evoluir como músico a teoria é uma das ferramentas musicais mais importantes

que tem para clarear qualquer coisa, para ajudar na hora de fazer um arranjo, para ajudar na hora de fazer

uma linha harmônica ou melódica, para ajudar a improvisar. Talvez a pessoa possa até conseguir algo

sem a teoria, mas jamais evoluirá como músico, pois se comparar alguém que tem conhecimento teórico

com alguém que não tem, poderá ver a diferença com que cada um possui perante sua prática musical.

Sem o conhecimento teórico é como achar uma agulha em um palheiro, afinal são milhares de notas,

milhares de acordes, milhares de escalas, e até conseguirmos achar algo que encaixe, ou vai demorar

muito ou vai tentar dando tiro no escuro. Já com o conhecimento teórico, o que alguém levaria uma

semana para conseguir fazer, a pessoa pode levar um minuto.

Nunca é demais conhecer mais sobre a música, encarem isso como algo que vocês vão explorar, uma

exploração que nunca terá fim e é o que me faz estudar música até nos dias de hoje, pois sempre quando

acho que já aprendi tudo, aparece coisa nova para estudar. A teoria musical é mais fascinante do que

parece, o que não deve acontecer é a pessoa levar a teoria ao pé da letra do que aprendeu. Nesse caso, a

única coisa que deve priorizar é o seu ouvido. Se o som ta bom não importa se aquela nota ta fora do

campo harmônico, o que importa é que você achou a sonorização que queria.

A teoria musical te agrega conhecimento e ajuda você na música. Mas se quer levar algo como prioridade

que leve apenas o seu ouvido, pois o resto é uma ferramenta de apoio. O que é claro não deixa de ser algo

extremamente importante para o seu desenvolvimento. Para quem não conhece teoria musical, aqui vão

alguns passos iniciais no qual você deve pesquisar:

1. Sustenido e Bemol: Pesquise detalhadamente o que são.

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2. Cifras: Pesquise detalhadamente como se lê.

3. Tom e Semitom: Descubra o significado e como eles atingem as escalas.

4. Escala Maior e Escala Menor Natural: Descubra o porquê de sua existência e como executá­las na

prática.

5. Intervalos: Entenda como eles são lidos. Se você entender sobre intervalos passo a passo já será

uma grande vitória.

6. Tríades e Tétrades: Procure tudo sobre suas diferenças e como elas podem ser aproveitadas.

7. Acordes: Aprenda como formá­los.

8. Escala Menor Harmônica e Escala Menor Melódica: Descubra o porquê de sua existência e como

executá­las na prática. Identifique os intervalos das 4 escalas aprendidas até então (Maior, Menor

Natural, Menor Harmônica, Menor Melódica).

9. Campo Harmônico: Para que serve, como formar, como executar.

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