Apostila Aromaterapia

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principios da aromaterapia

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IntroduoA Aromaterapia era praticamente desconhecida do mundo ocidental at a poucos anos atrs. Nos ltimos anos, no entanto, a arte e a cincia dos aromas tem atrado a ateno de um pblico cada vez maior em todo o mundo.A Aromaterapia baseia-se na utilizao dos leos essenciais extrados de plantas e no toque saudvel da massagem aromtica, que so empregados, para a sade e o bem-estar do homem, terapeuticamente e em perfumaria.Os leos essenciais tm ao sobre a mente, a alma e o corpo humano, e induzem ao desenvolvimento da capacidade olfativa, h tanto tempo obscurecida pela infinidade de cheiros sintticos que inundam os ambientes modernos. Para os antigos alquimistas, os leos essenciais das plantas sintetizavam a chamada quintessncia.No trabalho com a Aromaterapia recomendvel uma viso holstica e menos reducionista quando da abordagem dos princpios que regem a ao dos leos essenciais sobre a natureza humana, uma vez que esta arte, por si s, um tratamento holstico, com profunda ao sobre o corpo, a mente e as emoes.Este Curso pretende ser uma introduo ao estudo da arte do uso dos leos essenciais, oferecendo o embasamento necessrio para seguir adiante, aqueles que, porventura, se encantarem com o maravilhoso mundo das relaes entre as naturezas da planta e do homem.

Conceitos e Histrico da AromaterapiaCONCEITUAO

Etimologicamente a palavra aromaterapia composta de aroma, significando fragrncia, e terapia, que quer dizer tratamento.A Aromaterapia o ramo da Fitoterapia que, atravs da aplicao de leos essenciais extrados das plantas, pretende promover a sade e o bem-estar dos indivduos. A cincia e a arte da Aromaterapia tem seus alicerces no princpio de que diferentes aromas acionam respostas especficas no crebro, conduzindo a resultados prprios.Os leos essenciais so formas altamente concentradas de energia das plantas e, costuma-se dizer, constituem a sua alma, a sua fora vital.A Associao Americana de Aromaterapia refere-se aos leos essenciais como leos volteis, altamente concentrados, destilados de ervas aromticas, flores e rvores, contendo propriedades semelhantes s dos hormnios e anti-spticos naturais.O sentido do olfato seu mecanismo de conexo entre o ar exterior e o crebro um poderoso disparador do sistema nervoso central. Como toda pessoa j experimentou um dia, alguns aromas tm a capacidade de evocar sentimentos como a saudade, sensaes como a nusea, e reaes fisiolgicas como a gua na boca. E, geralmente, assim mesmo: um aroma quase sempre provoca um efeito imediato.Embora os leos essenciais tenham aquela aplicao atravs de aromas especficos, tambm apresentam diversas outras numerosas e importantssimas propriedades farmacolgicas que os caracterizam como antibiticos, anti-spticos, antivirais, etc. De modo geral, os leos essenciais penetram no corpo por inalao, atravs das vias respiratrias, ou ento por absoro, diretamente pela pele, atingindo a corrente sangunea.Da mesma forma, muitos dos leos essenciais, pelas suas propriedades antisspticas e antiinflamatrias, podem e devem ser empregados em casos de queimaduras, feridas, picadas de insetos, etc. Outros, por sua ao antimictica, so utilizados em infeces provocadas por fungos como o p-de-atleta e outras.BREVE HISTRICO DA AROMATERAPIA

Conforme praticada atualmente, a Aromaterapia ressurgiu na Europa somente a partir de 1964, com a publicao da obra Aromatherpie, do Dr. Jean Valnet, mostrando-se, a partir de ento, bastante evoluda, principalmente na Frana e na Inglaterra, entre outros pases, onde exercida por mdicos, enfermeiros, terapeutas e demais profissionais da Sade.Em pases como o Brasil e os Estados Unidos, a retomada desta prtica muito recente, datando de poucos anos atrs. O termo leo essencial tambm de criao muito recente.No entanto, a cincia da utilizao dos leos essenciais vem de milhares de anos atrs, antes dos tempos do Egito Antigo. Na verdade, a ndia desde h 6.000 mil anos mantm a prtica da Aromaterapia sem interrupo at os dias de hoje, e a China, onde deve ter surgido, h mais tempo ainda.Muito da histria do emprego dos aromas pelo homem antigo parece estar envolvido em mistrios.Pesquisas antropolgicas e paleontolgicas, no entanto, identificam as primeiras prticas com a queima de gomas e resinas vegetais como incenso.Acredita-se tambm que, eventualmente, plantas aromticas foram misturadas a gorduras e leos vegetais que eram passados sobre o corpo, fosse para cerimnias rituais ou pelo simples prazer de desfrutar dos respectivos aromas. Segundo Kathi Keville e Mindy Green, entre os anos 7.000 e 4.000 a.C., gorduras e leos de sndalo e de oliva devem ter sido combinados com plantas aromticas, produzindo assim a primeira pomada neoltica.Inmeras pesquisas arqueolgicas conduzidas na ndia, no Egito e no Afeganisto demonstraram a utilizao de pomadas e incensos aromticos desde perodos anteriores a 3.000 a.C.Nas eras mais remotas da histria da humanidade, fumigaes aromticas eram utilizadas em rituais dirios e em cerimnias msticas para expressar uma realidade difusa, nas palavras de Marcel Lavrabe. Os usos tm variado, mas os princpios tm permanecido os mesmos.O Livro Chins de Medicina Interna do Imperador Amarelo, escrito no ano de 2.697 a.C., explica diversas utilizaes do uso aromtico das plantas.Chineses, hindus, egpcios, gregos, romanos, enfim, todos os povos antigos conheciam e utilizavam as fragrncias naturais.Com fins teraputicos, no entanto, a Aromaterapia parece ter se originado no Egito Antigo, conduzida pelos sacerdotes que reconheciam a importncia da sade fsica e mental, alm dos aspectos espirituais do homem. J vem desde 3.000 a.C. a prtica da importao de essncias de outros pases produtores, como os egpcios faziam, importando a mirra.Os egpcios eram grandes apreciadores dos perfumes, tanto pela sua fragrncia quanto pela sua capacidade de curar. Da mesma forma, valorizavam a cosmtica e, em especial, os tratamentos de pele, para os quais faziam uso de massagens com leos essenciais.A conhecida prtica do embalsamamento era uma das principais aplicaes das substncias aromticas, sobretudo pelo poder anti-sptico dos leos essenciais.A bblia faz referncia utilizao de leos essenciais e de incensos em inmeras passagens. O prprio Cristo recm-nascido recebeu, nas oferendas dos Reis Magos vindos do Oriente, mirra e incenso (olbano).A partir do Egito, a prtica da Aromaterapia disseminou-se para todo o mundo mediterrneo.Os antigos hebreus faziam uso do incenso nas consagraes de seus templos e altares. A iniciao de sacerdotes conforme dada por Moiss (Livro de xodos) prev a utilizao de um leo sagrado, para uso cerimonial exclusivo, cuja constituio era mirra, canela e clamo, em leo de oliva.Entre os gregos antigos, uma nica palavra armata significava a um s tempo incenso, perfume, medicina aromtica e plantas aromticas. No sculo VII a.C. Atenas era um centro mercantil onde centenas de perfumes eram comercializados. Algumas ervas, na forma de leos e pomadas, eram comercializadas em finssimos potes altamente elaborados e decorados altura de seu valioso contedo.Durante o sculo VII d.C., a obra O Livro da Destilao e da Qumica do Perfume, do rabe Yakub al-Kindi descreve inmeros leos essenciais, inclusive a cnfora, importada da China.Nos anos 1.000, o clebre mdico rabe Avicenna aprimorou os processos de destilao refinando o produto final. Os rabes tambm descobriram, mesma poca, como proceder destilao do lcool, tornando possvel produo de perfumes sem o peso dos leos essenciais. Um dos 100 livros escritos por Avicenna foi inteiramente dedicado s rosas.Os perfumes essenciais foram levados do Oriente para a Europa pelos Cruzados medievais no sculo XII. Em fins deste mesmo sculo houve um incremento no cultivo, produo e consumo destes produtos na Europa, mas sem, no entanto, haver utilizao teraputica significativa, predominando a perfumaria.O aperfeioamento dos processos da destilao deu-se com os trabalhos dos alquimistas, principalmente por aqueles da Alemanha do sculo XVI.O uso dos leos essenciais na perfumaria e na medicina comeou a declinar no sculo XIX que, na verdade, marcou o declnio de toda a Fitoterapia no mundo ocidental, quando os cientistas da poca aprenderam a isolar e sintetizar princpios orgnicos em laboratrio. Com o passar dos anos, percebeu-se que estes produtos sintetizados muitas vezes no atingiam a performance do produto natural, principalmente porque na Natureza as aes se do em conjunto, um princpio criando as condies para a adequada ao de outro.

GATTEFOSS E A INFLUNCIA DE SEU TRABALHO

O termo Aromaterapia foi criado em 1928 por um qumico perfumista, o francs Ren-Maurice Gattefoss. Seu interesse pelo uso teraputico dos leos essenciais foi estimulado por um acidente em que esteve envolvido, no laboratrio de perfumes de sua famlia. Aps uma exploso, sua mo foi seriamente atingida, provocando-lhe queimaduras severas.Necessitando resfriar as mos e sem vislumbrar nenhuma alternativa sua volta, mergulhou a mo atingida em um recipiente que continha leo essencial de lavanda (Lavandula officinalis).Para sua surpresa observou, durante os dias que se seguiram, que sua mo no s se recuperava rapidamente, mas tambm que as cicatrizes eram mnimas. Gattefoss passou ento a pesquisar as propriedades do leo de lavanda e de outros leos essenciais e, desta forma, tornou-se, eventualmente, a maior autoridade no assunto.Hoje, credita-se a esse qumico francs, com razo, a redescoberta da arte do uso dos leos essenciais de plantas, com finalidades teraputicas. Tambm se deve a ele a criao do termo Aromaterapia, como se viu.Gattefoss dedicou cerca de 50 anos de estudos e pesquisas com os leos essenciais e escreveu inmeros trabalhos que, definitivamente, foram os responsveis pelo renascimento da Aromaterapia no mundo contemporneo moderno.Posteriormente, inspirado nos trabalhos de Gattefoss, o Dr. Jean Valnet, um cirurgio do exrcito francs, durante a Segunda Grande Guerra utilizou os leos essenciais de tomilho, limo, camomila e cravo no tratamento de feridas e queimaduras dos soldados, com excelentes resultados clnicos. Mais tarde, o mesmo Dr. Valnet fez uso de leos essenciais no tratamento de distrbios psicolgicos.O Dr. Valnet inspirou o movimento da moderna Aromaterapia com a publicao de seu livro Aromathrapie, em 1964.Outra importante pesquisadora francesa, tambm inspirada nos trabalhos de Gattefoss, e baseando-se nas tradies da massagem aromtica praticada na China, na ndia e no Egito antigos, a Bioqumica Marguerite Maury fundamentou uma terapia prpria, relacionando a doena com o tipo de vida e a personalidade de cada pessoa. Sua obra The Secret of Life and Youth (O Segredo da Vida e da Juventude) foi lanada com grande sucesso em 1964.Tambm se inspirando nos trabalhos de Gattefoss e do Dr. Valnet, o massagista americano Robert Tisserand lanou a obra The Art of Aromatherapy (A Arte da Aromaterapia), no ano de 1977, canalizando com estrondoso sucesso a ateno do pblico americano e gerando, a partir da, inmeros trabalhos, escolas, centros de pesquisa, associaes, etc.Ren-Maurice Gattefoss, Jean Valnet, Marguerite Maury e Robert Tisserand esto, portanto, entre os mais importantes protagonistas contemporneos do renascimento da arte da Aromaterapia no mundo ocidental. bastante recomendvel a leitura dos trabalhos destes e de outros autores, quando se pretende um conhecimento mais profundo dos princpios que nortearam a Aromaterapia e de como ela vem evoluindo.

SITUAO DA AROMATERAPIA NO BRASILPode-se dizer que a situao da Aromaterapia no Brasil de hoje ainda descontrolada pela ausncia quase total de regulamentao da atividade, da produo e, principalmente, da comercializao dos leos essenciais, dando margem a todo tipo de adulterao.Acrescente-se a facilidade com que se recomenda a utilizao destas essncias maravilhosas, mas extremamente potentes, sem o devido conhecimento, imprescindvel quando se trata de qualquer indicao para fins teraputicos.O Brasil talvez seja o maior produtor de leo essencial das Amricas, em especial dos leos de espcies ctricas (limo, bergamota, laranjas diversas). No entanto, estamos ainda muito distantes da seriedade e do profissionalismo com que a Aromaterapia conduzida em pases como a Frana e a Inglaterra. Devemos buscar nestes pases a inspirao para o nosso aperfeioamento, sobretudo no que diz respeito ao controle de qualidade dos produtos. Essa , talvez, a questo mais sria de todos os ramos da Fitoterapia.Portanto, ao fazer uso de leos essenciais, toda ateno deve ser dispensada idoneidade do fabricante e, muitas vezes, do distribuidor que, no raras vezes, adultera o produto original antes de vend-lo.No Brasil, os principais leos essenciais e leos carreadores produzidos so: Andiroba Copaba Limo Bergamota Cravo da ndia Pau-rosa Cabreva Eucalipto Tangerina Capim-limo Hortel Castanha-do-Par LaranjaOs leos EssenciaisOS RAMOS DE ATUAOPodemos dividir a Aromaterapia em trs grandes ramos de atuao. So eles:- Fisiolgica - Onde se trabalha com as propriedades qumicas dos leos essenciais, aplicado-os para atuar como antiinflamatrias, antifngicas, analgsicos, sedativos, etc. Normalmente feito o uso dos leos para tratar destes problemas atravs de massagens, banhos, compressas, inalao, sua ingesto e pelo uso de produtos que os contenha.- Psicolgica - Onde se trabalha, atravs da inalao dos aromas, a mente e emoes humanas. Este trabalho se d a partir de sensaes que so estimuladas pelos caractersticos aromas de cada leo. Todas as formas de uso desencadeiam estas reaes por acabarmos tendo contato com seus cheiros, porm a inalao exercem uma ao mais direta neste sentido. Este processo na verdade interativo, pois estes aromas captados pelo crebro, elaboram processo no sistema lmbico, responsvel pela regulao de vrios processos emocionais.- Energtica - O efeito sobre a energia do nosso corpo e sua freqncia que acaba se alterando pela memria energtica trazida pelo leo da planta. Isso acaba afetando-nos mental, fsica e emocionalmente.

De certa forma acabamos por lidar com as trs formas, pois uma maneira de atuao acaba por interferir na outra. O efeito psicolgico do leo essencial sobre a mente marcante, causando liberaes a nvel emocional de traumas, somatizaes, etc, assim como tratando uma srie de desordens de personalidade como raiva, medos, apegos, fobias, etc. O tratamento fisiolgico pode dar respostas rpidas, como acontece s vezes com casos de infeces e processos inflamatrios. O efeito energtico muito semelhante ao psicoterpica, porm tm marcante repercusso fisiolgica.

DESCRIO

Os leos essenciais so o resultado da extrao geralmente por destilao dos componentes volteis das diversas partes da planta e da expresso do pericarpo de espcies ctricas. So relativamente fluidos, tm natureza extremamente voltil, possuem alguma colorao (em sua grande maioria), so insolveis em gua e relativamente solveis em lcool. Embora recebam o nome de leo, no tm exatamente a viscosidade e colorao tradicionais que o termo leva a pensar.Os aromas naturais dos leos essenciais afetam diretamente a mente e o corpo fsico humanos e, utilizados de forma adequada, podem oferecer resultados altamente positivos para a sade no seu sentido mais amplo.Os perfumes, s vezes chamados de fragrncias, tambm possuem seus aromas, mas no so a mesma coisa que os leos essenciais; so compostos por produtos qumicos sintticos e no provem os benefcios teraputicos prprios das essncias naturais, principalmente porque no compem um conjunto de uma infinidade de substncias, naturalmente harmnico e com padres energticos prprios.Infelizmente, inmeros produtos, principalmente cosmticos, tm sido apresentados e comercializados vinculando-se palavra Aromaterapia, quando no existe vnculo algum, pelo menos do ponto de vista teraputico.OCORRNCIA. FUNO

Os leos essenciais so mais abundantes nas plantas mais evoludas como as Dicotiledneas, que apresentam diversas famlias importantes, entre as quais podem-se destacar: Labiatae, Lauraceae, Umbelliferae, Rosaceae, Rutaceae, Compositae e outras; algumas famlias das Monocotiledneas, como Araceae e Zingiberaceae, ainda entre as Angiospermas; e principalmente as Conferas, entre as Gimnospermas.Caracteristicamente ocorrem na planta em quantidades muito pequenas. Para se obter, por exemplo, 500 g de leo essencial de eucalipto, so necessrios 23 kg de folhas desta planta e, para a mesma quantidade de leo essencial de rosa, so necessrios 1.400 kg de ptalas!O leo essencial de uma planta localiza-se em estruturas celulares que podem ser: uma clula isolada, mas distinta das que a rodeiam pelas suas dimenses maiores e por seu contedo de gotas oleosas, ou podem ser bolsas esquizgenas formadas por vrias clulas e que reservam o seu produto numa bolsa comum, ou ainda os pelos capitados que suportam clulas glandulares.Essas estruturas, no entanto, podem estar localizadas em quase todas as partes da planta (raiz, caule, folhas, flores, frutos). Os leos ctricos (limo, bergamota, etc.) so extrados das cascas dos frutos destas plantas.Por outro lado, dentro de uma mesma espcie, o leo de um rgo da planta pode diferir intensamente do leo extrado de outro rgo da mesma planta. A canela (Cinnamomum zeylanicum) um exemplo muito claro desse fato, uma vez que esta planta fornece, pelo menos, trs leos diferentes, extrados respectivamente da casca, das folhas e das razes da planta.Alguns pesquisadores liderados pelos franceses Charabot, no incio do sculo, acreditavam que as essncias eram produzidas nas clulas clorofiladas, principalmente das folhas, atravessavam a membrana celular e, carreadas pelos condutos de seiva, se precipitavam nos locais de consumo, por saturao do meio. Eles consideravam o leo essencial uma substncia produzida com a finalidade de reserva para a planta.Atualmente, no entanto, admite-se que o leo essencial formado nas clulas que o contm, provavelmente na periferia do citoplasma, onde podem ser observadas pequenssimas gotas, que se acumulam posteriormente.Circulando nos espaos intercelulares, os leos essenciais atuam como hormnios, veiculando informaes entre uma clula e outra.Hoje consideram-se as seguintes funes fisiolgicas do leo essencial na planta: Moderao dos processos oxidativos Participao no controle da osmose Atrao na polinizao entomfila Proteo contra microorganismos Proteo contra animais herbvoros Alelopatia, a relao entre plantas vizinhasEm situaes de estresse os teores de leo essencial em uma planta se elevam, indicando sua participao nos processos de adaptao desta planta ao seu meio.Portanto, os leos essenciais so quimicamente bem diversificados assim como possuem diferentes atuaes, ao contrrio dos produtos quimicamente sintticos que possuem basicamente uma nica ao qumica. Por exemplo, a lavanda comumente empregada em queimaduras, mas tambm como repelente de insetos, dores de cabea, TPM, na insnia, stress, etc.Nunca dois leos essenciais sero iguais em sua forma de atuar sobre o corpo.Muitos constituintes, como os aldedos, possuem propriedades antiinfecciosas, estimulantes da circulao e entre os leos que possuem altos teores deles podemos citar o lemongrass (citral) , casca de canela (aldedo cinmico), citronela (citronelal), etc.Cetonas tero ao sobre a regenerao celular, liquefazendo mucosidades e so teis como descongestionantes em casos de asma, bronquites e resfriados. Entre os leos que possuem altos teores delas citamos a lavanda spike (cnfora), tuia (tuiona), tagetes (tagetona), etc.Fenis so anti-spticos e teis no combate a bactrias e vrus e podem ser encontrados nos leos de tomilho (timol), organo (carvacrol e timol), etc.lcoois atuam como sedativos, anti-spticos e estimulantes do sistema imunolgico.leos que possuem altos teores em lcoois so o sndalo (santalol) e o neroli (nerol).Sesquiterpenos, que encontramos nos leos de limo (limoneno), camomila (camazuleno) e pinho (pineno), so antiinflamatrios e atuam especialmente sobre o fgado auxiliando no processo de desintoxicao do corpo e como estimulantes de funes glandulares.Imagine como no seria longa toda a listagem de compostos ativos se fossemos analisar a totalidade de leos essenciais atualmente comercializados em todo o mundo, sem citar-se suas mais variadas indicaes. Devido a esta inacreditvel complexidade de centenas de diferentes compostos qumicos presentes, muitas vezes num nico simples leo, torna-se bem claro que o valor teraputico dos leos essenciais imenso. Por outro lado, um produto sinttico jamais possuir a variedade de compostos qumicos que leos naturais contm, no tendo assim, a sinergia especfica advinda da fuso molecular destes elementos que atuam de maneira bem especfica na cura.Desta forma comum vermos propriedades diferentes daquelas estudadas num laboratrio junto a estes compostos: eles dentro da planta e num leo essencial extrado de forma adequada, possuiro efeitos distintos e muito mais abrangentes daqueles verificados em sua atuao isolada, e isso acontece devido sinergia que acontece entre os compostos que se unem em cadeias estruturais que sem os devidos cuidados no ato da destilao e extrao, podem se romper e diminuir em muito as aes dos leos empregados.Os leos essenciais naturais possuem uma alta freqncia vibratria, que pode ser medida e comprovada cientificamente. Segundo o Dr. Royal Rife, nosso corpo possui uma freqncia que fica em torno de 62 a 68MHz. Quando esta freqncia cai, nosso sistema imunolgico fica comprometido e doenas podero vir a aparecer.Pelas pesquisas, notou-se um alto padro vibratrio nos leos essenciais naturais que possuem intactas suas estruturas moleculares, indo sua freqncia de 52MHz a 320MHz (leo de rosas). Em to elevado padro energtico nenhum vrus, bactria ou fungo poder sobreviver, eles simplesmente desaparecem e os que sobram morrem.Assim podemos entender os poderosos efeitos antibiticos e antivirticos da maioria dos leos essenciais que so empregados nos mais diferentes tratamentos. Inclusive vale ressaltarmos aqui que em nenhuma das pesquisas feitas, notou-se alguma resistncia por parte dos vrus ou bactrias aos leos essenciais utilizados: simplesmente eles no criam resistncia aos leos, contrrio aos antibiticos convencionais que tm perdido seu uso devido s mutaes destes microorganismos.Um agente chave, encontrado nos leos essenciais, e que intensamente importante para a sustentao e regenerao de nosso corpo, o oxignio, isso porque leos essenciais so antioxidantes naturais que dentro das plantas atuam em processos regenerativos, curativos, de limpeza e defesa celular, propriedades estas mesmas, ativas dentro de nosso corpo ao os utilizarmos.Os leos essenciais funcionam como uma base de auxlio no aumento de oxignio em nosso corpo, possuindo assim, a capacidade de aumentar seu nvel dentro das clulas - o que sabe-se que melhora conseqentemente o sistema imunolgico. Assim, ao adquirir um resfriado, uma pessoa possui a capacidade de se recuperar 70% mais rpido usando leos essenciais como o limo, tomilho ou tea tree.Hoje, sabe-se que a maioria das doenas causada pela falta de oxigenao celular.Pelas ltimas pesquisas, descobriu-se que clulas doentes devido aos processos oxidativos ocasionados pela presena de radicais livres, no possuem uma normal absoro de oxignio, nutrientes e vitaminas necessrios sua manuteno. Ao tais substncias no atravessarem a parede celular, vm a ocasionar uma morte precoce da clula. O que torna-se notvel em nossos comentrios, que os leos essenciais conseguem romper esta parede danificada pelos processos oxidativos (pois so lipossolveis), levando com isso os nutrientes e o oxignio necessrio vida da clula. Com isso ela consegue aos poucos se recuperar, regenerando-se com o auxlio de elementos anti-oxidativos presentes nos leos essenciais. Inclusive vale ressaltar aqui que este potencial dos leos essenciais to intenso que alguns como a camomila, vm a ser contra-indicados em tratamentos radioterpicos, pois inibem a sua ao sobre o corpo, mas como reconstituinte celular ps-tratamento so excelentes.Est bem claro que quando os leos essenciais so difundidos na casa, eles tm a habilidade de aumentar o ndice de oxignio na atmosfera. Eles fazem isso, liberando molculas de oxignio do ar. Os leos tambm aumentam o oznio e os ons negativos na casa, o que excelente no combate proliferao e desenvolvimento de bactrias.Atualmente, a cincia nos mostra que leos essenciais como o olbano, possuem a habilidade de aumentar os nveis de oxignio ao redor das glndulas pineal e pituitria, o que por outro lado acaba estimulando tais glndulas, facilitando assim nossa comunicao com nosso lado espiritual. Por isso o olbano, mirra, sndalo e outros leos e resinas sagradas sempre foram empregados em templos com o objetivo de facilitar o contato do homem com seu lado espiritual. O olbano inclusive alivia, por estas mesmas vias de ao, estados manaco-depressivos. Devido a possuir uma grande intensidade em sesquiterpenos, ele tambm possui o potencial de trabalhar como um imuno-estimulante, alm de ter propriedades anticarcinognicas, que tm sido estudadas atualmente no tratamento do cncer.Veja o esquema abaixo:Oxignio, nutrientes, vitaminas, suplementos no podem penetrar numa clula doente.

Contudo, leos essenciais podem penetrar a parede celular de lipdeos, o que resulta numa maior distribuio de oxignio e outros nutrientes, dando assim clula, nova vida.penetrao Resultando em uma clula saudvel que pode receber oxignio e nutrientes. leos Naturais e leos SintticosAlm dos leos volteis obtidos de plantas (fitognicos), produtos sintticos so encontrados no mercado. Esses leos sintticos podem ser imitaes dos naturais ou composies de fantasia e costumam ser muitas vezes denominados de "essncias". Para uso farmacutico, somente os naturais so permitidos pelas farmacopias, e no emprego, dentro da Aromaterapia, jamais devemos fazer uso de criaes sintticas. Excees so aqueles leos que contm somente uma substncia, como o leo voltil de baunilha (que contm vanilina). Nesses casos, algumas farmacopias permitem tambm os equivalentes sintticos e sua ao limita-se puramente sua qumica.Porm, h drsticas diferenas entre um produto natural e um sinttico, e que creio ser necessrio apresent-las aqui:- Podemos dizer que no existe recriao humana que consiga reproduzir com plena perfeio o aroma de um leo natural. Em sua maior totalidade, existe uma diferena marcante na composio qumica dos leos naturais e dos sintticos, o que impede seu emprego quando se tratar de doenas fsicas, pois o uso, como o de ingerir, pode alm de no resolver o problema, ocasionar srias intoxicaes.- Existe uma diferena que impede seu emprego de forma psicolgica e homeoptica: o produto sinttico no carrega consigo a energia da planta, portanto perde sua utilidade teraputica dentro da Aromaterapia a nvel psicoteraputico, atravs de leos essenciais, pois muitos dos efeitos energticos dos leos se do no somente pelo seu aroma, mas tambm pela freqncia energtica e memria que eles carregam. Hoje um problema freqente que surge, um vasto nmero de pessoas aparecerem falando de alergias respiratrias causadas pelo emprego de leos essenciais. Quando conversamos melhor com estas pessoas, acabamos descobrindo que tm empregado produtos sintticos e no leos essenciais naturais, e o fazem crendo que o produto que esto comprando totalmente puro. Quando estas mesmas pessoas, que antes usavam essncias sintticas, passam a empregar leos naturais, h uma diferena marcante em seus resultados e as alergias deixam de existir. Portanto importante saber diferenciar o produto que voc est comprando para ter garantia de seus benefcios, e no correr o risco de intoxicar seu cliente.Devido importncia deste item vamos agora ver algumas formas de se distinguir um produto natural de um sinttico, bem como um bom produto de um de m qualidade.Primeiro passo compreender e infelizmente ter de aceitar que no Brasil, cerca de 90 por cento dos leos que esto no mercado no apresentam mais a sua composio original.Os produtores de grande parte dos leos comercializados no apresentam a identificao correta da planta da qual o produto foi obtido (nome cientfico), a parte do vegetal que foi empregada e a procedncia do mesmo. A origem geogrfica pode, algumas vezes, auxiliar na identificao botnica e determinar a composio diferenciada, pois sobre este fator contamos ainda com a presena de quimiotipos diversos dos leos, que surgem de acordo com o tipo de solo, clima e habitat no qual a planta cultivada. Um exemplo o Alecrim que s na Frana possui dois quimiotipos diferentes, um cultivado no Sul e outro no Norte.A colheita da planta e a forma de extrao de seu leo interferem fortemente na composio qumica final de seu produto, portanto de suma importncia tomar conhecimento destes fatores de modificao. Ter disposio de seu fornecedor a anlise qumica de seus leos a melhor garantia de se estar adquirindo um produto natural e inclusive poder saber qual variedade de quimiotipo (variao qumica) voc est comprando. Pois, conforme falamos, os leos variam de composio de acordo com clima, regio, tipo de solo, poca do ano, etc, o que tambm poder, conforme o caso, diferenciar em muito suas aplicaes. Por exemplo, se a camomila (Matricaria chamomilla) for colhida pela manh, seu leo possuir altos teores em alfa-bisabolol, seu principal princpio ativo como anti-inflamatrio. Porm se colhida ao fim da tarde, encontrar-se-o somente vestgios de alfa-bisabolol em seu leo.A adulterao (e mesmo a falsificao) de leos volteis j conhecida desde os tempos mais antigos, talvez at desde a poca dos ditos "alquimistas". Alm da fraude evidente ao consumidor, dependendo do tipo de falsificao, esta pode acarretar conseqncias negativas para a sade do usurio e, portanto, especial ateno deve ser reservada a esse tipo de problema. Tipicamente, os seguintes procedimentos so usados para falsificar leos volteis:- adio de compostos sintticos, de baixo preo, tais como lcool benzlico ou octlico (de cereais);- mistura do leo voltil de qualidade com outros leos de menor valor para aumentar o rendimento;- falsificao completa do leo atravs de misturas de substncias sintticas dissolvidas num veculo inerte.

Vemos a dificuldade, mas mesmo assim, como dito anteriormente, apresento aqui alguns pontos que podem ser observados na aquisio dos leos:- Um leo essencial jamais ser vendido em vidro transparente, pois em contato com a luz oxida-se com facilidade, perdendo ento suas propriedades teraputicas. Ao ser adquirido deve estar conservado em frascos de cor mbar ou azul cobalto. Mesmo assim, pode ser encontrado produtos sintticos sendo vendidos nestes frascos, at mesmo por seus custos serem menores.- Os leos essenciais no possuem cores extravagantes como roxo, lils, etc. Somente o leo de camomila e poucos outros apresentaro a colorao azulada, pois em sua composio, encontra-se o camazuleno, o que lhe confere o tom azulado. Por outro lado a tangerina, laranja e organo tero a cor alaranjada, o PATCHOULI, a casca de canela e o vetiver a cor marrom e o cedro de Himalaia e a bergamota a cor esverdeada. Nos outros casos, jamais se encontrar leos com cores que vo alm do transparente e do amarelo claro. Normalmente produtos coloridos o so pela adio de anilinas.leos essenciais no se dissolvem facilmente na gua (so leos).Se ao pingar uma gota, a gua turvar-se de branco, isso um indcio de que o produto sinttico. O leo natural no se dissolve, costuma boiar quando seu peso menor que o da gua, ou ir para o fundo como o vetiver ou PATCHOULI que possuem maior peso molecular.- Produtos com cheiros alterados, com odor de lcool ou leo de cozinha so produtos adulterados e devem ser deixados de lado, a no ser que sejam vendidos com uma finalidade especfica, como uso na massagem, ou rotulados como diludos, como acontece muitas vezes com os leo de rosa e jasmim, que por serem muito caros, costumam ser diludos a uma proporo de 10 ou 20% em leo de jojoba para baratear seu custo.- leos naturais jamais iro custar o mesmo preo, pois necessitam de propores diferentes de matria-prima da planta para se produzir leo, assim como, de acordo com seu pas de procedncia, possuiro preos de custo tambm diferentes (a entram tambm taxas de cmbio, importao e exportao, vigilncia sanitria, etc).Por exemplo, para conseguir-se 1 litro de leo de eucalipto glbulus, necessita-se aproximadamente de 30kg de folhas. Por outro lado, para conseguir-se a mesma quantidade em leo de rosas (1 litro), gasta-se de 1 a 3 toneladas de ptalas, o que equivale a 1 hectare de plantao de rosas. Da seu preo jamais vir a ser o mesmo que o de um leo de eucalipto.- Os leos naturais duram mais tempo na pele, quando empregados como perfumes ou quando utilizados na massagem, contrrio aos sintticos que no permanecem s vezes mais do que poucas horas. Esta a grande diferena entre os perfumes franceses que utilizam leos naturais e os nacionais que usam essncias sintticas. Um perfume francs s vezes chega a manter seu odor sobre a pele at o dia seguinte.- Sempre que for comprar seu leo, questione sobre a anlise qumica, se o produto natural e de onde provm. Quem trabalha com integridade coloca no rtulo do produto o pas de origem, mtodo de extrao, data de envasamento ou colheita, parte da planta que foi empregada na extrao e informaes sobre quimiotipo, se tiver. Quanto ao penltimo item, mostra-se extremamente importante saber-se qual parte da planta foi empregada para se produzir o leo, pois por exemplo, se o extrairmos da casca da canela teremos maior intensidade em aldedo cinmico (55-75%), um composto que pode queimar a pele (e que mais til como sudorfero e estimulante), enquanto no leo extrado de suas folhas encontraremos mais eugenol (70-90%) (sendo um leo de maior propriedade anti-sptica). Por outro lado, retirando-se o leo de suas razes, haver altos teores em cnfora, que possui propriedades estimulantes na circulao, o que nestes casos diferenciar em muito as aplicaes teraputicas dos leos desta mesma planta. Vale frisar tambm que existem muitas empresas que colocam o nome cientfico da planta no rtulo de produtos sintticos comercializados como naturais, o que nos leva a ver que s o nome cientfico nem sempre identifica o produto como natural, mas permite saber, no caso de marcas de garantia, de qual espcie de planta foi produzido o leo, j que alguns possuem marcantes alteraes qumicas conforme espcie e subespcie.Estas so algumas diferenas bsicas. Jamais se esquea que, em se tratando de Aromaterapia, qualidade tudo e este um dos grande problemas enfrentados pelos terapeutas. Diferente dos Florais de Bach, aos quais o terapeuta limita-se a escrever a recomendao para o farmacutico prepar-lo, os leos essenciais e as sinergias preparadas so pelo prprio terapeuta, da todo cuidado pouco para que seu trabalho se desenvolva de forma satisfatria.

Mtodos de ObtenoTodas as partes das plantas podem ser utilizadas para a extrao dos leos essenciais que contenham; no entanto, um rgo como, por exemplo, a flor, pode fornecer um leo mais adequado para determinado fim que o leo extrado das folhas da mesma planta, devido diferena na sua composio.O leo essencial das diversas partes das plantas pode ser extrado por variados mtodos, adequados cada um a um tipo de extrao e de espcie vegetal utilizada.Entretanto, a destilao o mtodo mais comum.Cada mtodo de extrao tem suas vantagens e suas desvantagens, e as caractersticas e qualidades de cada leo podem variar de acordo com o mtodo utilizado.De modo geral, todos os mtodos de extrao no so adequados para processamento domstico, ainda que artesanal, porque as quantidades de material vegetal necessrias para uma produo, mesmo que pequena, so exageradas.Os mtodos de extrao mais comuns so: enfleurage extrao com solventes expresso a frio destilao

Quase todos os leos disponveis no mercado so obtidos pelo processo de destilao e, por isso, este sistema de extrao ser considerado neste estudo com mais detalhes.

ENFLEURAGEProvavelmente deve ter sido o primeiro mtodo utilizado para a extrao de leos essenciais, principalmente para ptalas de flores muito delicadas.Consiste em uma extrao em camadas atravs de tecidos embebidos em leo ou gordura; o leo essencial migra das ptalas se dissolvendo na gordura que, posteriormente, removida com o uso de solventes adequados. Numa segunda fase, o solvente deve ser removido para a obteno do leo essencial.O mtodo muito dispendioso e demorado. Atualmente considerado obsoleto.

EXTRAO COM SOLVENTESConsiste na imerso do material vegetal em um hidrocarboneto solvente que far a extrao propriamente dita. Posteriormente o solvente retirado restando o leo essencial.O mtodo empregado principalmente para flores. No recomendvel para fins teraputicos, principalmente porque deixa resduos do solvente no leo obtido. J foram encontrados valores da ordem de quase 10% de solvente, e at mais em alguns casos.Na Frana onde a Aromaterapia mais avanada, a extrao atravs de solventes de leos essenciais, para fins teraputicos, proibida.

EXPRESSO A FRIOPraticamente utilizado com exclusividade para a extrao do leo das cascas de diversas espcies de Citrus. efetuada a partir da expresso hidrulica do material vegetal a frio, coletando-se ento o leo que escorre.Do ponto de vista teraputico o mtodo que menos alteraes provoca no leo essencial, pois no h a interferncia do calor.DESTILAO. HIDROLATOS

A destilao, como foi visto, o mtodo mais comum de extrao dos leos essenciais das plantas. Os princpios desta tcnica foram j observados por Dioscrides, no sculo I. H tambm uma citao referente ao seu emprego pelos antigos egpcios.A destilao ocorre dentro de um equipamento denominado destilador ou alambique, desde os mais simples aos mais elaborados.O processo genrico pode ser assim resumido:1. o material vegetal todo colocado dentro de um tanque, apoiado em uma espcie de peneira inox, atravs da qual se faz passar vapor dgua aquecido; esta a melhor maneira, mas no adequada para razes, semente, galhos, etc.; nestes casos, o material vegetal colocado diretamente na gua;2. o vapor, passando atravs do material vegetal, aquece e carreia consigo as substncias aromticas volteis;3. o vapor, agora contendo o leo volatilizado, passa por uma serpentina onde resfriado e condensado;4. na poro terminal da serpentina a mistura gua / leo essencial coletada temperatura ambiente;5. a gua e o leo so separados por decantao, isto , aproveitando-se as diferentes densidades de cada um, que permite que o leo fique sob ou sobrenadando na gua.Algumas variaes no mtodo bsico de destilao podem ser introduzidas, principalmente para melhoria da qualidade do material que se pretende obter. Assim, certas destilaes so efetuadas a fogo baixo, isto , sob temperaturas mais brandas e durante um tempo maior, permitindo, dessa forma, um leo de melhor qualidade. Outras vezes o processo repetido, isto , redestilado, obtendo-se um material mais refinado.A destilao de material vegetal para a obteno de leos essenciais um processo cujo rendimento sempre muito baixo e caro, pelos teores muito reduzidos daqueles princpios na planta. Para se ter uma idia de grandeza, podem ser citados, como exemplo, os seguintes rendimentos mdios, para a obteno de 1 kg de leo essencial:Eucalipto 46 kgTomilho 400 kgRosa 1400 kgNroli 6000 kgUma imagem esquemtica de um destilador simples pode ser vista na figura 03, a seguir.

Fig. 03 - Destilador, indicando o processo de destilao.Aps a separao do leo essencial da gua, esta ltima constitui o hidrolato, que a gua destilada contendo cerca de 0,2 g/l de leo essencial disperso na forma ionizada, no decantvel.Assim so produzidos hidrolatos conhecidos, como a gua de rosas, a gua de flor de laranjeira e a gua de camomila.Alm disso, deve ainda ser observado que estes hidrolatos contm, invariavelmente, substncias solveis em gua, e que no esto presentes no leo essencial.Em muitos casos a destilao processada para a obteno exclusiva do respectivo hidrolato. Aqui, como no caso dos leos essenciais propriamente ditos, tambm existe falsificao comercial, agregando-se algumas gotas de leo gua pura, apresentando a mistura como hidrolato ou gua de flores.Os hidrolatos so especialmente recomendados para a desinfeco de feridas e cuidados com a pele em geral. So muito utilizados em cosmtica. Tambm podem, em muitos casos, servir como complemento no tratamento utilizando leo essencial, ampliando a capacidade deste.Os leos essenciais aps a sua extrao precisam ser armazenados em vidros escuros desinfectados, ao abrigo da luz, em local fresco sem grandes variaes de temperatura, muito bem tampados, evitando-se qualquer contato com o ar. Desta forma podem ser guardados por cerca de 2 a 3 anos.Ao dos leos EssenciaisEmbora o termo aroma seja exclusivo para a fragrncia, os leos essenciais tambm apresentam propriedades farmacolgicas tais que lhes permitem penetrar atravs da pele e atuar na corrente sangnea. A menor molcula aromtica j faz dela um agente teraputico capaz de agir sobre o organismo humano.Uma das aes mais marcantes dos leos essenciais sobre o organismo humano, atravs da Aromaterapia, se d sobre o sistema linftico, com a prtica da massagem aromtica, que de eficcia imediata. O sistema linftico um segundo sistema circulatrio, responsvel pela drenagem do excesso de fluido das clulas e dos tecidos, pela absoro dos nutrientes lipossolveis (solveis em gorduras) e pelo controle de infeces no organismo. E o efeito da massagem aromtica se faz sentir sobre estas trs reas.Por outro lado, de modo geral, a Aromaterapia tem sido utilizada com sucesso em infeces bacterianas e deficincias imunolgicas, da mesma forma como atua eficazmente atravs do sistema nervoso central.No entanto, a ao mais sutil e mais profunda da aplicao dos leos essenciais no organismo a que se faz sentir mesmo atravs da mente humana, pelo sentido do olfato. As molculas de leo essencial contidas no ar aspirado, passando pelas vias respiratrias, estimulam os nervos olfativos. Estes nervos olfativos esto ligados diretamente ao sistema lmbico do crebro, responsvel por regular a atividade sensorial e motora e pelos impulsos de sexo, de fome e de sede.Pesquisas recentes tm comprovado que os diversos cheiros que percebemos tem um impacto direto sobre aquilo que sentimos. Acredita-se que os vrios aromas dos leos essenciais ativam os transceptores neuroqumicos do crebro como a serotonina e as endorfinas, que fazem a comunicao do crebro com o sistema nervoso e outros sistemas do corpo.Por exemplo, o aroma de um leo essencial calmante provocaria a liberao de serotonina, enquanto um leo estimulante induziria liberao de noradrenalina. Estudos recentes tm demonstrado os efeitos dos leos essenciais sobre as ondas cerebrais. Um ritmo exibindo calma foi produzido quando um leo conhecido por sua ao sedativa foi inalado, e um aroma estimulante provocou uma resposta de alerta.Assim, o leo essencial de lavanda utilizado, pelo seu aroma, para relaxamento; sabe-se hoje que esse aroma incrementa as ondas alfa na regio de trs da cabea, regio associada ao relaxamento.Resumindo, pode-se afirmar que os leos essenciais tm sua ao viabilizada em quatro frentes:

pela inalao (vias respiratrias / sistema lmbico) pela absoro (pele / correntes sangnea e linftica) pela aplicao tpica (pele / superfcie local) pela ingesto oral (uso interno)

O Sentido do Olfato interessante observar bem o aspecto de fragrncia da Aromaterapia e, sobretudo, como os aromas agem sobre o crebro humano, comandando emoes, a partir do olfato.D-se o nome de anosmia perda da capacidade olfativa, quando ento no se percebe os diferentes cheiros ou aromas.O olfato est diretamente relacionado com as reas do subconsciente e, tornar esse mundo acessvel, significa abrir-se a uma infinidade de conhecimento e sabedoria.Talvez o aspecto mais importante na osmologia o estudo da olfao seja exatamente esta estreita ligao entre o crebro e o nariz humanos. Fisicamente, trata-se apenas da distncia de alguns centmetros separando um do outro. Fisiologicamente, a conexo direta e as respostas imediatas: deve ser notado que as mensagens olfativas no passam pela medula espinhal, como a maioria das mensagens do corpo que vo para o crebro, mas aquelas vo diretamente a uma especfica regio cerebral.

ANATOMIA DO OLFATOAs principais estruturas que envolvem a olfao, na ordem em que os processos ocorrem podem ser assim resumidas: cavidades nasais: constituem os espaos por onde circula o ar desde o exterior at o contato mais ntimo com a mucosa; mucosa do epitlio olfativo: o tecido que recobre a parte interna das cavidades nasais e onde as partculas aromticas se dissolvem; clios olfativos: micro-estruturas que aumentam a rea de contato das molculas aromticas com os nervos olfativos; nervos olfativos: conjunto de clulas nervosas que transmitem a informao olfativa para o crebro; bulbos olfativos: estruturas atravs das quais os nervos olfativos se conectam ao crebro; sistema lmbico cerebral: setor do crebro responsvel pelas emoes e pelo instinto; uma das partes mais primitivas do crebro.

Quando o leo essencial se evapora, suas molculas ficam dispersas, suspensas no ar. Ao ser aspirado pelo nariz, esse ar aquecido e algumas daquelas molculas so ento dissolvidas na mucosa que cobre o epitlio olfativo, nas pores mais internas da cavidade nasal. Uma parte das molculas dispersas no ar inspirado segue para os pulmes, enquanto outra retorna ao exterior pelo ar expirado.Milhes de terminais olfativos, na forma de minsculos clios, transmitem a informao a um dos dois principais nervos olfativos. Esta informao segue atravs do nervo para o bulbo olfativo que a retransmite para a regio lmbica do crebro.Conforme observou Marcel Lavabre, o sentido do olfato a tal ponto apurado que capaz de detectar uma parte em dez trilhes de partes de material olfativo, isto , de partculas fragrantes. de se ressaltar, no entanto, que o homem no desenvolveu um vocabulrio apropriado para diferenciar as vrias centenas de odores diferentes que se pode perceber.Alm disso, como os nervos olfativos terminam em uma regio onde a linguagem a utilizao de imagens e associaes, no possvel o exerccio do mesmo tipo de lgica empregada pelos centros do intelecto.Aplicao Fitoterpica dos leos EssenciaisEm todas as nossas investigaes da natureza, devemos observar que quantidades ou doses do corpo so necessrias para um dado efeito, e devemos nos precaver de superestim-las ou de subestim-las. (Francis Bacon)O fato dos leos essenciais existirem em concentraes muito elevadas exige que as orientaes fornecidas e os cuidados a observar devam ser seguidos exatamente como demonstrado logo adiante.Existem inmeras formas de aplicao nas quais os leos essenciais podem ser utilizados: em massagens (diludos em leo vegetal), compressas, banhos, pedilvios, nebulizaes, difuses, inalao direta, ingesto oral, entre outras.A forma mais adequada ser sempre circunstancial, quer dizer, em cada situao pode-se identificar qual a melhor aplicao a ser feita para aquele cliente especfico considerando-se suas caractersticas e suas necessidades.Recomenda-se, sempre que possvel, a utilizao dos leos essenciais como coadjuvante, integrada a um tratamento fitoterpico porventura previsto. Pode-se obter respostas mais intensas e mais seguras agindo dessa forma.As diversas aplicaes sero discutidas a seguir: massagem aromtica difuso nebulizao inalao direta banho aromtico pedilvio aromtico compressa aromtica ingesto oral

MASSAGEM AROMTICADesde os tempos mais antigos, a massagem com leos aromticos j era utilizada como arte curativa. o tratamento clssico da Aromaterapia, geralmente suave e relaxante, diferente da massagem sueca tradicional.A massagem aromtica combina as vantagens da massagem teraputica com a eficincia do uso dos leos essenciais. Faz-se uso de massagens com leos essenciais quando se pretende reduo do estresse, relaxamento muscular, estmulo circulao, tratamentos depurativos, analgesia local, etc.Quando se utiliza um leo essencial em massagem, recomendvel usar no ambiente um difusor com o mesmo leo. Assim, sua ao sistmica reforada pelo aroma inalado do ambiente.Os leos essenciais so completamente absorvidos entre 1 e 2 horas aps a massagem, penetrando fundo nos tecidos, ampliando os efeitos da massagem propriamente dita.A massagem teraputica com leos essenciais estimula a circulao sangnea, e assim incrementa o suprimento de oxignio e nutrientes s clulas; estimula intensamente o sistema linftico; e ativa a seo lmbica do crebro (o centro emocional). Alm disso, uma efetiva forma de reduzir o estresse e as tenses. Como diz Shirley Price: Onde o estresse e a depresso so a maior causa dos desequilbrios da sade, uma completa massagem aromtica o melhor tratamento teraputico complementar disponvel.No entanto, como uma relao direta entre o terapeuta e o cliente, s deve ser conduzida se o agente se encontrar com o esprito aberto, receptivo e compreensivo, para identificar tenses, pontos doloridos, pontos sensveis, reas congestionadas, etc. A massagem, dessa forma, age fsica, mental e emocionalmente sobre o cliente.Deve-se observar ainda que, durante a massagem aromtica, a volatilizao do leo essencial empregado permite uma absoro pela mucosa das vias respiratrias, intensificando o efeito esperado.As massagens utilizam-se de leos essenciais diludos em outros leos catalisadores (tambm chamados de carreadores ou leos base), na proporo mdia entre 1,5 a 3,0 %.So comuns, para esses fins, os leos de extrao a frio, como o de semente de uva, de amndoa e de jojoba, entre outros, como veculos para a essncia. leo de Jojoba: como o leo de jojoba tem uma natureza de cera (sua estrutura qumica lembra a das substncias sebceas secretadas pela prpria pele humana), sua vida til muito mais longa que os demais. Alm disso, ele ajuda a dissolver as deposies sebceas que fecham os poros. leo de Semente de Uva: um leo de colorao atrativa e com excelente penetrao na pele, carreando com mais facilidade as molculas do leo essencial. leo de Amndoa Doce: o leo mais comum, utilizado com este fim, pois pode ser empregado para quase todos os tipos de pele.Recomendam-se os seguintes leos catalisadores para diluio, em funo da natureza da pele do cliente: pele seca: amndoa doce, abacate, oliva pele normal: semente de uva, girassol, milho pele oleosa: castanhas, sojaNo leo escolhido, ou na mistura que se considere adequada, diluem-se as essncias indicadas para o tratamento, geralmente na concentrao de 2%, isto , para cada 2 g de leo essencial, completa-se com o leo base escolhido at 100 g.Recomenda-se a incluso de cerca de 10 g de leo de germe de trigo para cada 2 g de leo essencial, o que conferir mistura um poder vitamnico para a pele e um antioxidante natural.Portanto, 500 g de uma mistura para massagem teraputica poderia ser assim preparada: 440 g de leo de amndoa doce 50 g de leo de germe de trigo 10 g de leo essencialUma seo de massagem consome cerca de 20 ml de leo preparado.Recomenda-se preparar cerca de 30 ml para utilizao em cada sesso de massagem.Um relao prtica que auxilia na quantificao e no preparo a seguinte: 1 ml de leo corresponde a 20 gotas. Deste modo, como o leo para a massagem deve ser preparado com concentrao de cerca de 2%, e para cada massagem sero preparados 30 ml, pode-se adotar a seguinte referncia:1 ml = 20 gotas;30 ml = 600 gotas2% de 30 ml = 0,6 ml = 12 gotasPORTANTO, PARA O PREPARO DA QUANTIDADE DE LEO NECESSRIA PARA UMA NICA SESSO DE MASSAGEM AROMTICA (30 ML), DEVEM SER UTILIZADAS 12 GOTAS DE LEO ESSENCIAL. recomendvel a utilizao complementar da difuso com o leo essencial especfico para o caso tratado pela massagem, nos dias da semana que compem o perodo entre duas sesses de massagem.

DIFUSOA difuso consiste em volatilizar o leo essencial no ambiente onde o indivduo est repousando, como um excelente complemento ao tratamento fitoterpico, como se viu anteriormente.s vezes a difuso fundamental pelas respostas rpidas e pelo relaxamento adequado que propicia.Existem vrios modelos de difusores. De maneira geral, seu princpio de funcionamento consiste em, atravs de uma fonte de calor - que pode ser eltrica ou mesmo a chama de uma vela - elevar a temperatura do leo essencial para que este se volatilize, espalhando-se pelo ambiente.Estudando: AromaterapiaEscolher LiesFecharImprimirAplicao Fitoterpica dos leos EssenciaisEm todas as nossas investigaes da natureza, devemos observar que quantidades ou doses do corpo so necessrias para um dado efeito, e devemos nos precaver de superestim-las ou de subestim-las. (Francis Bacon)O fato dos leos essenciais existirem em concentraes muito elevadas exige que as orientaes fornecidas e os cuidados a observar devam ser seguidos exatamente como demonstrado logo adiante.Existem inmeras formas de aplicao nas quais os leos essenciais podem ser utilizados: em massagens (diludos em leo vegetal), compressas, banhos, pedilvios, nebulizaes, difuses, inalao direta, ingesto oral, entre outras.A forma mais adequada ser sempre circunstancial, quer dizer, em cada situao pode-se identificar qual a melhor aplicao a ser feita para aquele cliente especfico considerando-se suas caractersticas e suas necessidades.Recomenda-se, sempre que possvel, a utilizao dos leos essenciais como coadjuvante, integrada a um tratamento fitoterpico porventura previsto. Pode-se obter respostas mais intensas e mais seguras agindo dessa forma.As diversas aplicaes sero discutidas a seguir: massagem aromtica difuso nebulizao inalao direta banho aromtico pedilvio aromtico compressa aromtica ingesto oral

MASSAGEM AROMTICADesde os tempos mais antigos, a massagem com leos aromticos j era utilizada como arte curativa. o tratamento clssico da Aromaterapia, geralmente suave e relaxante, diferente da massagem sueca tradicional.A massagem aromtica combina as vantagens da massagem teraputica com a eficincia do uso dos leos essenciais. Faz-se uso de massagens com leos essenciais quando se pretende reduo do estresse, relaxamento muscular, estmulo circulao, tratamentos depurativos, analgesia local, etc.Quando se utiliza um leo essencial em massagem, recomendvel usar no ambiente um difusor com o mesmo leo. Assim, sua ao sistmica reforada pelo aroma inalado do ambiente.Os leos essenciais so completamente absorvidos entre 1 e 2 horas aps a massagem, penetrando fundo nos tecidos, ampliando os efeitos da massagem propriamente dita.A massagem teraputica com leos essenciais estimula a circulao sangnea, e assim incrementa o suprimento de oxignio e nutrientes s clulas; estimula intensamente o sistema linftico; e ativa a seo lmbica do crebro (o centro emocional). Alm disso, uma efetiva forma de reduzir o estresse e as tenses. Como diz Shirley Price: Onde o estresse e a depresso so a maior causa dos desequilbrios da sade, uma completa massagem aromtica o melhor tratamento teraputico complementar disponvel.No entanto, como uma relao direta entre o terapeuta e o cliente, s deve ser conduzida se o agente se encontrar com o esprito aberto, receptivo e compreensivo, para identificar tenses, pontos doloridos, pontos sensveis, reas congestionadas, etc. A massagem, dessa forma, age fsica, mental e emocionalmente sobre o cliente.Deve-se observar ainda que, durante a massagem aromtica, a volatilizao do leo essencial empregado permite uma absoro pela mucosa das vias respiratrias, intensificando o efeito esperado.As massagens utilizam-se de leos essenciais diludos em outros leos catalisadores (tambm chamados de carreadores ou leos base), na proporo mdia entre 1,5 a 3,0 %.So comuns, para esses fins, os leos de extrao a frio, como o de semente de uva, de amndoa e de jojoba, entre outros, como veculos para a essncia. leo de Jojoba: como o leo de jojoba tem uma natureza de cera (sua estrutura qumica lembra a das substncias sebceas secretadas pela prpria pele humana), sua vida til muito mais longa que os demais. Alm disso, ele ajuda a dissolver as deposies sebceas que fecham os poros. leo de Semente de Uva: um leo de colorao atrativa e com excelente penetrao na pele, carreando com mais facilidade as molculas do leo essencial. leo de Amndoa Doce: o leo mais comum, utilizado com este fim, pois pode ser empregado para quase todos os tipos de pele.Recomendam-se os seguintes leos catalisadores para diluio, em funo da natureza da pele do cliente: pele seca: amndoa doce, abacate, oliva pele normal: semente de uva, girassol, milho pele oleosa: castanhas, sojaNo leo escolhido, ou na mistura que se considere adequada, diluem-se as essncias indicadas para o tratamento, geralmente na concentrao de 2%, isto , para cada 2 g de leo essencial, completa-se com o leo base escolhido at 100 g.Recomenda-se a incluso de cerca de 10 g de leo de germe de trigo para cada 2 g de leo essencial, o que conferir mistura um poder vitamnico para a pele e um antioxidante natural.Portanto, 500 g de uma mistura para massagem teraputica poderia ser assim preparada: 440 g de leo de amndoa doce 50 g de leo de germe de trigo 10 g de leo essencialUma seo de massagem consome cerca de 20 ml de leo preparado.Recomenda-se preparar cerca de 30 ml para utilizao em cada sesso de massagem.Um relao prtica que auxilia na quantificao e no preparo a seguinte: 1 ml de leo corresponde a 20 gotas. Deste modo, como o leo para a massagem deve ser preparado com concentrao de cerca de 2%, e para cada massagem sero preparados 30 ml, pode-se adotar a seguinte referncia:1 ml = 20 gotas;30 ml = 600 gotas2% de 30 ml = 0,6 ml = 12 gotasPORTANTO, PARA O PREPARO DA QUANTIDADE DE LEO NECESSRIA PARA UMA NICA SESSO DE MASSAGEM AROMTICA (30 ML), DEVEM SER UTILIZADAS 12 GOTAS DE LEO ESSENCIAL. recomendvel a utilizao complementar da difuso com o leo essencial especfico para o caso tratado pela massagem, nos dias da semana que compem o perodo entre duas sesses de massagem.

DIFUSOA difuso consiste em volatilizar o leo essencial no ambiente onde o indivduo est repousando, como um excelente complemento ao tratamento fitoterpico, como se viu anteriormente.s vezes a difuso fundamental pelas respostas rpidas e pelo relaxamento adequado que propicia.Existem vrios modelos de difusores. De maneira geral, seu princpio de funcionamento consiste em, atravs de uma fonte de calor - que pode ser eltrica ou mesmo a chama de uma vela - elevar a temperatura do leo essencial para que este se volatilize, espalhando-se pelo ambiente.

Fig. 08 - Difusor a vela. uma alternativa bastante adequada fazer uso de um difusor com o leo essencial da mesma espcie que se esteja utilizando num tratamento fitoterpico, durante os momentos de repouso do cliente.Por exemplo, fazendo-se um tratamento anti-espasmdico com compressa de capimlimo (Cymbopogon citratus) pode-se, ao mesmo tempo, durante a aplicao da compressa, permanecer num ambiente onde se faz uso do leo essencial daquela planta em um difusor.Recomendao: 4 a 6 gotas diludas em gua mineral.

NEBULIZAO

Diferentemente da difuso, a nebulizao espalha o leo essencial no ar do ambiente, sem volatiliz-lo pelo calor.A nebulizao feita atravs de um aparelho conhecido como nebulizador, que consiste basicamente m um recipiente que contem o leo essencial diludo em gua temperatura ambiente, e uma bombinha que pulveriza micro-gotculas no ar. Tem as mesmas aplicaes da difuso.

INALAO DIRETA

A inalao consiste na absoro direta do leo essencial volatilizado. indicada, principalmente, para os casos de afeces das vias respiratrias e da pele, e para uma rpida alterao do estado emocional.Pode ser conduzida atravs do uso do banho de vapor facial ou atravs da inalao a seco.O banho de vapor facial consiste em colocar gua quente em uma tigela e nela acrescentar algumas gotas do leo essencial indicado. Em seguida, cobre-se a cabea, envolvendo a tigela, formando uma cmara de vapor em volta do rosto. Esse vapor aromtico deve ser inalado por cerca de 10 minutos.A inalao por banho de vapor facial deve ser evitada por pessoas que apresentem facilidade de rompimento de vasos capilares.A inalao a seco consiste em colocar na palma das mos algumas gotas do leo essencial dissolvido em gua e esfreg-las para aquec-las. O calor gerado nas mos atritadas volatiliza o leo. Imediatamente as mos devem ser colocadas em concha sobre o nariz para inalao do ar aromatizado.A inalao a seco especialmente indicada para se obter uma rpida alterao do estado emocional.Recomendao: at 4 gotas de leo essencial em uma tigela de gua quente.

BANHOS AROMTICOS

Consistem no banho de imerso em banheira com gua em torno de 30C, na qual se acrescentam algumas gotas de leo essencial, agitando-se para que se misture bem a toda a gua.No banho aromtico com leo essencial no devem ser acrescentados sais e leos de banho comuns; usam-se apenas as gotas dos leos essenciais.Portas e janelas devem estar fechadas. Ao entrar na banheira deve-se relaxar e mentalizar a ao da gua lavando fsica, mental e emocionalmente.O tempo de permanncia em um banho aromtico deve ser de at 10 minutos, aps o que deve-se secar bem todo o corpo e agasalhar-se.Banhos aromticos so excelentes para provocar relaxamento e para o tratamento de diversas dores musculares, reumticas, afeces das vias respiratrias e alteraes de ordem emocional.Recomendao: 6 a 8 gotas, menos com leos irritantes como limo, hortel-pimenta, tomilho.

PEDILVIO AROMTICOPedilvio ou escalda-ps o banho de imerso dos ps em recipiente com gua quente e leos essenciais dispersos, e que permita um nvel de gua at a poro mais inferior da panturrilha (batata-da-perna).O pedilvio aquece todo o corpo e prepara o cliente para um maior aproveitamento do tratamento, na maior parte dos casos. O aquecimento dos ps permite que os vasos sangneos desta regio e das pernas se dilatem, recebendo mais sangue e assim reduzindo, conseqentemente, a congesto em outras partes do corpo.Pedilvios so especialmente recomendveis nos casos de insnia, congesto, doresde- cabea, menorria, gripes e resfriados, entre outros.Principalmente pelo seu efeito relaxante, o pedilvio aromtico tambm um excelente coadjuvante os tratamentos fitoterpicos, possibilitando maior aproveitamento por parte do organismo, ao criar condies receptivas adequadas ao tratamento previsto.No preparo do pedilvio aromtico, usam-se 3 ou 4 gotas de leo essencial na gua temperatura de cerca de 40C.O pedilvio aromtico deve sempre ser conduzido em um ambiente acolhedor, tranqilo e ser seguido e um longo repouso. Alm disso, preciso garantir a ausncia total de correntes de ar no aposento onde efetuado.Procedimentos:1. aos ps de uma cadeira, colocar uma toalha e sobre ela um recipiente tipo bacia alta, com largura suficiente para os ps do cliente;2. colocar a gua aquecida a cerca de 40C; testar com o cotovelo para verificar se a temperatura no est excessiva;3. acrescentar 3 ou 4 gotas do leo essencial indicado e revolver a gua para melhor disperso;4. o cliente sentado na cadeira deve mergulhar os ps no recipiente que dever ser coberto por uma toalha;5. refrescar o entorno da fronte do cliente (como uma faixa na cabea), envolvendo-a com uma toalha molhada em gua fria e torcida; renovar a temperatura da toalha a cada5 minutos, mergulhando-a em gua fria e torcendo-a para nova aplicao, repetindo o processo enquanto durar o pedilvio;6. acrescentar gua quente, a temperatura inicial, para manuteno desta; necessrio cuidado nesta operao para no queimar o cliente com gua temperaturas excessivas.7. aps o tempo previsto para o tratamento, retirar os ps e mergulh-los rapidamente em outro recipiente com gua temperatura ambiente e logo seclos bem, totalmente, principalmente entre os dedos;8. o cliente deve calar meias e repousar, pelo menos, por cerca de uma hora.

Cuidados a observar:

1. Pessoas portadoras de varizes devem limitar a temperatura dos pedilvios a 30C.2. Mulheres em estado de gestao devem evitar os pedilvios, pois podem induzir ao aborto.3. Durante todo o tratamento, o cliente deve ser observado para acompanhamento de possveis reaes.4. Se houver sudorese excessiva (muito suor), pode-se fazer uso de uma toalha para secar.5. No caso de gripes e resfriados, recomendvel utilizar uma coberta envolvendo todo o cliente.

COMPRESSAS AROMTICAS

As compressas aromticas so especialmente indicadas para uma determinada regio especfica do corpo, e podem ser feitas frias ou quentes, em funo do tratamento.As compressas frias so indicadas para os casos de contuses, inchaos, dores-decabea e febres, entre outros.As compressas quentes so recomendadas para a maturao de abscessos, clicas, dores de ouvido, dores reumticas e musculares, entre outros.Basicamente, consiste em diluir 3 a 6 gotas de leo essencial em litro de gua, em um recipiente no qual mergulha-se um compressa de gaze, deixando escorrer o excesso e aplicando-se por cerca de 30 minutos sobre o local. Melhor ainda utilizar, no lugar da gua, uma infuso da prpria planta da qual se far uso do leo.Na utilizao de compressas fitoterpicas comuns pode-se incluir de 2 a 3 gotas de leo essencial da espcie utilizada no extrato preparado.Consegue-se, desse modo, acelerar o processo pelo estmulo ao sistmica (de penetrao nos tecidos) propiciada pelo leo essencial.Assim como na utilizao do pedilvio, o uso de compressas aromticas deve ser feito em ambiente adequado e seguido de repouso.

INGESTO ORALReiterando afirmaes anteriores, deve-se observar que a prtica de ingesto oral de leos essenciais s deve ser conduzida sob orientao especializada. Quando se fizer, devese restringir-se s doses indicadas. Qualquer leo essencial em doses elevadas pode provocar reaes de toxidez ou de irritao. Um forma sugerida pelo Aromaterapeuta Marcel Lavrabe para o uso interno de leos essenciais o uso do mel. Para tanto, deve-se homogeneizar bem:7g da mistura de leos indicada

450 g de mel puroDessa mistura pode-se fazer uso de colher-de-ch at 3 vezes ao dia. No recomendvel para pessoas com lcera ou azia.Precaues a Serem TomadasEm todas as aplicaes de leos essenciais devem ser muito bem observadas todas as consideraes mostradas a seguir.Apresento um item importante e bem completo sobre precaues que devem ser tomadas na utilizao dos leos essenciais.Entre as reaes a leos essenciais existentes contamos com as seguintes:

FototoxidadeReao da pele a determinados compostos como as furanocumarinas que podem causar queimaduras de pele, manchas escuras e at cncer. Dentre os leos que possuem estes compostos podemos citar os ctricos como o limo, bergamota, lima, grapefruit e laranja, tagetes, cominho, verbena, raiz de anglica, arruda e opopanax.Ao passar o leo de bergamota puro sobre a pele e deix-la exposta aos raios ultravioleta do sol, possvel ver-se o surgimento de manchas no local, atestando sua fototoxidade. O princpio ativo aqui, no caso da bergamota, o bergapteno. J existem leos livres de furanocumarinas como a bergamota e que no causam estas reaes. No caso de tais reaes ocorrerem, recomendamos passar sobre o local, em caso de manchas, leo de hortel pimenta, pois acelera o processo de recuperao da cor da pele no local. Nos casos de queimaduras e ardncia, recomenda-se o uso da lavanda, ho wood, ou do pau rosa.Contanto, apesar de tais reaes serem possveis de ocorrer, no h motivos para se preocupar se aps uma massagem com esses leos o cliente ao sair da sala se expor aos raios solares na rua, isto por tais leos no serem empregados puros sobre a pele e sim diludos e pelo fato da roupa servir de proteo contra os raios solares na rea.

Irritao e reaes alrgicasReaes alrgicas e irritaes so possveis de ocorrer e variaro de acordo com o indivduo e com os compostos presentes no leo. No momento podemos dizer que em geral compostos como os aldedos tendem a ser todos causadores de irritao e queimadura sobre a pele, um exemplo seria o aldedo cinmico presente na casca da canela.Em caso de queimaduras, podem-se empregar os leos de lavanda, ho wood ou pau rosa puros sobre o local (em caso de pequenas reas) ou diludos em leo carreador a 10 - 50%. Acrescentar-se uns 5% de wintergreen mistura tambm contribui para abrandar a sensao de ardncia, assim como utilizar camomila alem ou romana e pequenas gotas de Hortel pimenta.

EnvenenamentosEnvenenamentos so raros de acontecer, mas existem casos registrados com os leos de eucalipto, cnfora, poejo (pennyroyal), wintergreen, noz moscada, entre outros. Como os vidros de leos essenciais costumam ser vendidos com gotejador, isto acaba diminuindo os problemas de intoxicao por crianas pois o volume ingerido de uma vez vem a ser pequeno. Mas ainda assim importante ateno pois leos com alta toxidade, podem ocasionar com pequenas doses srios danos sade e levar at morte como o caso do leo de erva-de-santa-maria que com apenas 2 conta-gotas pode matar uma criana de trs anos de idade.Em caso de intoxicao por ingesto recomenda-se tomar bastante gua, suco de frutas no ctricas como o mamo, leite e conforme a quantidade ingerida procurar um mdico. Intoxicaes por inalao so menos freqentes e normalmente ocorrem mais em fbricas e destilarias de leos, as recomendaes so de retirar a pessoa levando-a para local ventilado e procurar rapidamente ajuda mdica.

Efeitos psicotrpicosExistem leos com propriedades psicotrpicas j estudadas e que devem ser empregados com cautela quando feito seu uso via oral. Como exemplo temos a noz moscada que possui dois qumicos de potencial alucinognico quando ingerido em doses altas (acima de 1,5 ml), miristicina e elemicina. Ambos quando presentes dentro do corpo so convertidos em anfetaminas (MMDA = 3-metoxi-4,5-metilenedioxiamfetamina e TMA = 3,4,5-trimetoxianfetamina), que possuem efeitos sobre os nveis de seratonina no crebro, o que faz tal leo ser til em casos de depresso, mas pode em altas doses ter efeito semelhante a uma perigosa droga hoje em moda, o extase, j que o MMDA um ancestral qumico destra droga.

Cuidados na Utilizao de leos EssenciaisOs leos essenciais possuem foras volteis em extrema concentrao (cada gota de leo corresponde cerca de 30 g do material vegetal) e cuja ao se faz imediatamente sobre o organismo humano.Assim, os cuidados naturalmente dedicados durante a aplicao de qualquer tratamento devem ser redobrados quando de sua utilizao. Principalmente, deve ser observado o que se segue:01. bebs e crianas pequenas: s fazer uso de leos essenciais em quantidades extremamente diludas.02. gestantes: durante a gestao e o trabalho de parto, os leos essenciais podem ser de grande valia, mas s devem ser utilizados sob a orientao de pessoa qualificada; devem ser evitados os leos indicados a seguir, pois podem induzir ao aborto ou causar prejuzos ao feto: alecrim, esclaria, funcho, hortel, hissopo, junpero, manjerona, poejo, slvia.03. epilepsia: portadores de epilepsia devem evitar os leos indicados a seguir, pois podem desencadear um ataque: absinto, alecrim, funcho, hissopo, slvia.04. armazenamento: os leos essenciais precisam ser armazenados em vidros escuros, ao abrigo da luz, em locais sem grandes variaes de temperatura e fora do alcance de crianas e animais.05. diluio: a menos que haja orientao especfica para isso, nunca deve ser utilizado o leo puro, sem diluio, diretamente sobre a pele.06. uso tpico: sempre que se fizer uso de um leo essencial sobre a pele, deve ser feito antes um teste em uma pequena regio de pele (geralmente se utiliza o cotovelo) antes de aplic-lo, a fim de se observar a possibilidade de alguma reao.07. mos: sempre lavar as mos aps manusear frascos ou trabalhar com leos essenciais; nunca levar as mos aos olhos antes de lav-las.08. fogo: os leos essenciais so inflamveis e, portanto, todo cuidado durante seu manuseio, principalmente quando se fizer uso de aromatizantes vela.09. plsticos e borrachas: alguns leos essenciais so solventes, portanto, deve-se evitar seu contato com plsticos e borrachas.10. ingesto oral: no deve ser feita ingesto oral de leos essenciais, a no ser que exista orientao especfica para tal.11. homeopatia: antes de se fazer uso concomitante de leos essenciais e medicao homeopticos, deve ser procurada orientao mdica pois alguns leos cancelam os efeitos de alguns destes medicamentos.12. dvida: no deve ser feito uso de leos essenciais quando se estiver em dvida quanto espcie, a dosagem ou qualquer outro aspecto de sua utilizao.13. leos txicos para ingesto: qualquer leo essencial pode ser txico, quando em dose elevada; alguns, no entanto, nunca devem ser ingeridos, mesmo em pequenas doses: tuia, arruda, artemsia, hissopo, anis, funcho.

Outros cuidados com leos essenciais:* Evite passar puros os seguintes leos, pois podem causar queimaduras ou ardncia: Capim limo, citronela, canela cascas, mostarda I, arruda, tomilho vermelho, tagetes, cominho comum, organos (menos o lavanda), cravo da ndia e palmarosa.* Podem ser txicos os seguintes leos se empregados via oral e mesmo em massagem ou inalaes evite em grvidas: salsa (planta e sementes), clamo, cssia folhas, btula doce, wintergreen, poejos, manjerico extico e de cheiro, mostarda I, arruda.* Os seguintes leos podem ocasionar manchas de pele se aps seu uso tomar-se sol: Grapefruit, bergamota, limo, laranja da terra, lima, cominho comum, arruda.* Mantenha longe de criana vidros contendo leos essenciais.* Em caso de alergias, irritao ou efeitos colaterais suspenda qualquer uso que esteja sendo feito.* Seguindo esta normas de segurana voc se garante de no ter problemas ou intoxicaes com o uso de leos essenciais podendo assim usufruir de tudo o que a natureza tm a nos oferecer de melhor e sem riscos.* Internamente no se utilizam os leos de boldo do Chile, arruda, sassafrs, absinto, slvia, poejo, wintergreen, pois podem ser txicos. Externamente no h problemas, desde que diludos.

Contra-indicaes

Gravidez: Evitar os leos de cnfora, tuia, slvia, slvia esclaria, funcho, ervadoce, anis estrelado, dill (endro), wintergreen, btula.Distrbios do fgado: Evitar os leos de menta e hortel, casca de canela, cssia, funcho, erva-doce, anis estrelado, cravo, pennyroyal, buchu, sassafrs, savin e leos ricos em furanocumarinas.Distrbios renais: Evitar os leos de limo, bergamota, salsa, wintergreen, btula.Presso alta: Evitar leos que contenham cnfora.Presso baixa: Evitar os leos de alho, cebola, lavanda, pau rosa, palma rosa, eucalipto glbulus.Epilepsia: Evitar os leos de cnfora, alecrim da horta.Hemofilia, distrbios na coagulao do sangue: Evitar os leos de wintergreen, btula doce.Glaucoma e hiperplasia prosttica: Evitar leos de citronela, capim cidreira, capim limo.Depresso: Evitar os leos de lavanda, pau rosa, ho wood, melissa, valeriana, rosa.

EM CASO DE ACIDENTE COM INGESTO DE LEO ESSENCIAL, DEVE-SE INGERIR LEITE INTEGRAL PURO EM QUANTIDADE E BUSCAR CUIDADOS MDICOS IMEDIATOS.O Repertrio AromticoQuando se inicia um estudo para a prtica da Aromaterapia bastante recomendvel que se defina um repertrio de leos essenciais que, embora abrangente na sua aplicao, no seja muito extenso em nmero de espcies vegetais utilizadas. E assim , para que se possa introduzir-se no conhecimento mais efetivo de cada um, sua manipulao, seus componentes ativos, seu esquema caracterstico e as sutilezas de sua bioenergtica.Esse conhecimento s vivel se houver um estudo mais concentrado e uma observao dirigida, o que se pode realizar quando h dedicao voltada para um nmero mais reduzido de espcies, evitando a disperso, que uma tendncia natural, principalmente pelo fascnio que esse conhecimento desperta.Quando, no entanto, s h um interesse mais genrico, pode-se fazer uso da j extensa bibliografia disponvel com centenas de espcies e suas respectivas aplicaes.Sugere-se, portanto, que se faa uso de um repertrio de leos essenciais definido de maneira a familiarizar o pesquisador com as diversas possibilidades de sua aplicao e as vrias formas de seu preparo e sua utilizao, at que j se tenha efetivamente assimilado esse conhecimento na prtica.O repertrio um rol de plantas e seus respectivos leos essenciais que se vo eleger para serem estudados, pesquisados e realmente conhecidos. uma lista de algumas poucas espcies das quais se ter um profundo conhecimento de suas caractersticas botnicas, farmacolgicas e tipolgicas.Sugere-se que sejam escolhidos 3 a 5 leos essenciais para que se possa desenvolver um trabalho de resultado consistente. Quando j houver intimidade suficiente com as espcies trabalhadas e aqueles aspectos referidos anteriormente j estiverem bem dominados, parte-se para um novo conjunto de espcies, as quais viro no s ampliar o repertrio existente mas, principalmente, complement-lo.Deve-se observar, sempre que possvel, a existncia de alguma sensao de simpatia, ou interesse, ou qualquer outro aspecto demonstrativo de afinidade entre o pesquisador e a espcie estudada. Onde h vnculo, pode haver maior profundidade.Pode-se eleger entre aquelas das quais j se tem algum conhecimento, com a qual j se trabalhou alguma vez ou que se tem informao disponvel de modo suficiente para um bom comeo.A seguir oferecido um repertrio bsico inicial para referncia, onde esto relacionados 10 leos essenciais, as espcies de onde so extrados, suas caractersticas, princpios ativos, suas respectivas aplicaes e observaes pertinentes.

AlecrimRosmarinus officinalisORIGEM. PRODUOOriginrio do Sul da Europa e Norte da frica, o alecrim hoje cultivado em quase todo o mundo.O leo essencial do alecrim obtido a partir da destilao de suas folhas e flores.Depois de colhidas, folhas e flores vo perdendo seu teor em componentes aromticos, oferecendo um leo essencial cada vez mais fraco, quanto mais tarde forem utilizadas para a destilao. produzido em toda a regio mediterrnea.O rendimento da destilao do alecrim fica em torno de 1,5%. Tem sido observada com freqncia a adulterao do leo essencial de alecrim. O leo puro quase no apresenta colorao, ou seja, praticamente incolor, com um aroma que lembra o eucalipto.

DESCRIO. CARACTERSTICASO alecrim uma planta semi-arbustiva, de caule semi-lenhoso retorcido, bastante ramificado, podendo atingir cerca de 2 metros de altura. Os ramos novos do alecrim so verdes e flexveis, tornando-se lenhosos e adquirindo uma colorao amarronzada medida que vo se desenvolvendo.As folhas so opostas e cruzadas, muito estreitas e coriceas, com as margens recurvadas para baixo, verdes na face ventral (superior) e verde-acinzentada na face inferior (dorsal), onde existem inmeros pelos quase microscpicos. As flores do alecrim podem ser azuis, brancas ou rosadas, reunidas em pequenos cachos nas axilas das folhas superiores.O alecrim smbolo de felicidade e amizade. um elemento estimulante e tnico e, portanto, utilizado para levantar o astral, estimular o humor e reduzir a apatia. Tambm estimula a circulao sangnea e age auxiliando a menstruao difcil. Como agente hipertensor, pode ser indicado para pessoas com presso sangnea baixa. Apresenta ainda algumas propriedades rejuvenescedoras da pele, auxiliando na reduo das rugas, no controle da acne e na assepsia da pele, sendo adequado para a desinfeco de feridas e para auxiliar sua cicatrizao.

PRINCIPAIS CONSTITUINTES DO LEO ESSENCIAL cineol borneol canfeno lineol pinemo cnfora

PROPRIEDADES RECONHECIDAS anti-reumtico anti-sptico cardiotnico colagogo emenagogo estimulante geral heptico hipertensor

INDICAES TERAPUTICAS reumatismo, gota leses da pele, queimaduras, sarna, pediculose fraqueza geral, fadiga mental, estafa, anemia distrbios hepato-biliares diversos, colesterol elevado distrbios digestivos hipotenso (presso baixa)

OBSERVAES1. As dosagens estipuladas para o uso do leo de alecrim devem ser rigidamente respeitadas; este leo pode ser txico se utilizado em excesso.2. Pessoas portadoras de epilepsia devem evitar o contato com o leo de alecrim, pois pode desencadear um ataque.3. Gestantes devem evitar o uso do leo de alecrim, pois pode induzir ao aborto.4. O leo de alecrim uma excelente indicao para recomposio mental aps o excessivo exerccio intelectual.

BergamotaCitrus bergamia

ORIGEM. PRODUOA bergamota originria do Marrocos.O leo essencial da bergamota obtido a partir da presso a frio da casca da fruta. produzido na Itlia, na Costa do Marfim e na Guin. A produo mundial do leo essencial de bergamota est praticamente concentrada na Itlia.A extrao do leo apresenta rendimentos da ordem de 0,5% e fornece um leo de colorao variando do amarelo-esverdeado at o verde-esmeralda. A intensidade do verde devida aos recipientes de cobre utilizados na extrao. Apresenta um odor parecido com o do limo.O leo essencial da bergamota possui elevados teores de steres, em especial o acetato de linalilo.

DESCRIO. CARACTERSTICASA bergamota uma laranjeira, uma pequena rvore com cerca de 4 a 5 metros de altura. Suas folhas, bastante numerosas, so inteiras, oval-acuminadas, de colorao verde intensa, e que lhe conferem uma copa compacta. O caule um tronco curto, intensamente ramificado e muito resistente. As flores so brancas e numerosas, bastante prolficas, gerando inmeros frutos, de colorao variando do verde ao amarelado, de cujas cascas extrado o leo essencial.O fruto da bergamota tem sido utilizado pela medicina popular por centenas de anos na Itlia, mas era desconhecido do resto do mundo at recentemente. Seu nome se deve cidade de Bergamo onde o leo essencial foi comercializado pela primeira vez.O leo de bergamota est entre os mais agradveis e estimulantes leos, misturando muito bem com aromas florais. Possui uma intensa afinidade com o trato urinrio e considerado um dos melhores tratamentos para distrbios deste sistema como cistite, leucorria, uretrite e leucorria, alm de ser adequado para assepsia atravs de banhos e lavagens.Da mesma forma, indicado para a assepsia da pele, principalmente as oleosas.Encontra ainda aplicao nos casos de clicas e nuseas e como estimulante das funes digestivas. de efetiva aplicao nos estados febris. Nos casos de depresso e ansiedade apresenta bons efeitos quando empregado em massagens ou no banho dirio.

PRINCIPAIS CONSTITUINTES DO LEO ESSENCIAL linalol nerol acetato de linalilo limonemo canfeno bergateno bergamotino

PROPRIEDADES RECONHECIDAS anti-espasmdico anti-sptico carminativo digestivo estomquico febrfugo tnico

INDICAES TERAPUTICAS clicas, nuseas acne, afeces da pele, dermatite, afeces da boca flatulncia, indigesto, dispepsia febres distrbios nervosos

OBSERVAES1. Existe uma erva nativa da Amrica do Norte chamada bergamota com a qual no deve ser confundida a fruta ctrica em questo.2. O leo essencial de bergamota o principal constituinte da famosa gua-de-colnia.3. O leo de bergamota mistura muito bem com praticamente qualquer outro leo essencial.4. Concentraes acima de 1% podem provocar irritaes na pele.

CamomilaMatricaria chamomilla

ORIGEM. PRODUOA camomila-dos-alemes originria do Sul da Europa.O leo essencial da camomila-dos-alemes obtido a partir da destilao de suas flores. A produo do leo ocorre principalmente na Frana, Inglaterra, Marrocos, Egito, Blgica, Alemanha, e Hungria.A colheita das flores da camomila deve ser feita apenas em dias secos, aps o orvalho, e quando os captulos tenham acabado de se abrir, sem que se aguarde pelo seu amadurecimento.O processo de extrao apresenta rendimentos da ordem de 0,22%, fornecendo um leo azulado claro. Seu componente principal o azuleno, excelente agente antiinflamatrio, que aparece no leo essencial em concentraes de ate 30%.DESCRIO. CARACTERSTICASA camomila uma planta herbcea, de haste ereta e ramificada, com cerca de 50 centmetros de altura. As folhas so filiformes, isto , como fios. As flores aparecem em captulos como as conhecidas margaridas, com o centro do captulo amarelo e as lgulas brancas.O leo essencial da camomila-dos-alemes especialmente recomendado para ocorrncias femininas, como irregularidades na menstruao, hemorragia, clicas, etc.A camomila uma das plantas medicinais de uso mais antigo. Por sua ao antiespasmdica e carminativa, a camomila tem sido utilizada por muitos sculos como um dos melhores digestivos, com sucesso nos casos de dispepsia, digesto difcil, flatulncia e distrbios hepticos. tambm um excelente agente anti-depressivo e calmante suave, muito bem indicado para insnia. Alm de sua ao diurtica, ainda um timo anti-sptico para o sistema excretor intestinal e urinrio.

PRINCIPAIS CONSTITUINTES DO LEO ESSENCIAL azuleno farneseno cadineno bisabololPROPRIEDADES RECONHECIDAS analgsico anti-anmico anti-depressivo anti-espasmdico anti-inflamatrio carminativo cicatrizante colagogo emenagogo heptico sedativo

INDICAES TERAPUTICAS dores musculares, dores nas articulaes estados depressivos clicas, dismenorria, TPM inflamaes da pele, nevralgia, conjuntivite erupes alrgicas dispepsia, flatulncia, indigesto afeces do fgado fadiga, insnia, acessos de histeria

OBSERVAES1. Em misturas de leos, a camomila tende a predominar.2. dos poucos leos essenciais que podem ser utilizados para o tratamento de crianas pequenas.3. O azuleno, o componente responsvel pela ao antiinflamatria da camomila, no encontrado nas flores frescas da planta, mas somente no seu leo essencial destilado.

Capim-limoCymbopogon citratusORIGEM. PRODUOO capim-limo originrio da ndia.O leo de capim-limo obtido a partir da destilao a vapor de suas folhas. produzido na ndia, Amrica Central e Brasil.O leo tem colorao entre o amarelo e o marrom avermelhado, com aroma que lembra o do limo, ao qual lhe deve o nome capim-limo. Seu principal componente o citral, que aparece com teores entre 75% a 85%.Como o leo do capim-limo possui uma certa ao corrosiva, o equipamento de destilao deve ser inoxidvel ou de alumnio em suas partes metlicas. Da mesma forma, os tambores utilizados na sua armazenagem em grandes quantidades devem ser apropriados para tal.

DESCRIO. CARACTERSTICASO capim-limo uma gramnea ereta, com cerca de 80 centmetros de altura, formando grandes touceiras. As folhas so estreitas e bem longas, de colorao verde-claro, com um forte e caracterstico odor ctrico.A planta bastante rstica e de desenvolvimento relativamente rpido sem, no entanto, deixar de ser perene: uma mesma touceira de capim-limo vive durante vrios anos pois constantemente se renova com a emisso de novos brotos.O seu doce e intenso aroma de limo o faz uma refrescante e desodorizante fragrncia para ambientes internos. Como bactericida e anti-sptico, indicado para a assepsia dos ps e suas afeces. Da mesma forma, encontra aplicao nos distrbios respiratrios, como desinfetante das vias areas. Age sobre o trato digestivo aliviando clicas e distrbios deste sistema.PRINCIPAIS CONSTITUINTES DO LEO ESSENCIAL citral linalol geraniolPROPRIEDADES RECONHECIDAS anti-sptico bactericida carminativo digestivo diurticoINDICAES TERAPUTICAS desodorizao, assepsia, p-de-atleta afeces das vias respiratrias distrbios digestivos, clicas, dispepsia pediculoseOBSERVAES1. O leo essencial de capim-limo pode causar irritao da pele em concentraes maiores que 1%.2. O leo de capim-limo pode ser utilizado como repelente de insetos, principalmente mosquitos e pernilongos.3. Na prtica veterinria, o leo de capim-limo pode ser empregado como vermfugo.

EucaliptoEucalyptus globulusORIGEM. PRODUOOriginrio da Austrlia, onde tambm conhecido como rvore-da-febre, o eucalipto posteriormente foi levado para a Tasmnia, China, Brasil e outros pases.O leo essencial de eucalipto obtido atravs da destilao das folhas da rvore.Devem ser empregadas as folhas mais velhas originrias de ramos maduros. produzido na Austrlia, Tasmnia, Frana, Espanha, Portugal, Arglia e Amricas.O leo essencial de eucalipto possui uma colorao amarelo-plido, com aroma muito parecido com o da cnfora. Seu principal constituinte o eucaliptol, de acentuada ao anti-sptica. As folhas frescas fornecem um leo mais concentrado.DESCRIO. CARACTERSTICASExistem mais de 200 espcies desta que se inclui entre as maiores rvores do mundo, porm a mais adequada tem sido o Eucalyptus globulus.O eucalipto pode atingir at cerca de 90 metros de altura. uma rvore constantemente verde, cujas folhas novas, de formato mais ovalado, tem uma colorao de verde mais intensa do que as folhas mais velhas, que so mais alongadas. As flores do eucalipto so pequenas e de colorao branca ou creme.Os aborgines australianos devem ter sido os primeiros a fazer uso medicinal da planta, e empregam suas folhas para o tratamento de ferimentos graves.Banhos, inalao e massagem so as formas de aplicao mais comuns do leo de eucalipto.A absoro e a eliminao parciais do leo de eucalipto se do ao nvel do pulmo, onde agem antisepticamente e estimulando a expectorao.PRINCIPAIS CONSTITUINTES DO LEO ESSENCIAL eucaliptol cineol pinemo canfeno felandreno aromadendreno eudesmolPROPRIEDADES RECONHECIDAS anti-sptico anti-espasmdico expectorante febrfugo hipoglicmico rubefaciente vermfugoINDICAES TERAPUTICAS afeces das vias respiratrias, afeces das vias urinrias queimaduras, ferimentos, desinfeco ambiental febres diabetes articulaes doloridas vermes intestinaisOBSERVAES1. O leo essencial de eucalipto, junto com o leo de tomilho excelente para desinfeco de ambientes; podem ser misturado com outros leos para conferir-lhes um aroma familiar, mais facilmente aceito.2. Sua utilizao deve ser evitada por mulheres durante o perodo de gestao e de lactao.3. Algumas pessoas apresentam sensibilidade ao leo de eucalipto, traduzida em dermatite; deve-se, portanto, estar atento e, antes do uso, fazer um teste para confirmar a ausncia de sensibilidade.4. Alguns anestsicos, analgsicos e ansiolticos podem ter seu metabolismo heptico acelerado na presena do leo de eucalipto.5. Aromaterapeutas europeus e americanos tm observado bons resultados na aplicao spray da diluio do leo de eucalipto nos casos de doenas como catapora, sarampo, tifo, e outras.6. O leo de eucalipto no deve ser utilizado internamente; embora para uso externo no tenha nenhum efeito txico, seu uso interno apresenta toxidez mesmo em doses pequenas.7. O leo de eucalipto no deve ser utilizado em crianas com menos de 2 anos de idade, principalmente prximo