APO - Praça Marechal Floriano - Londrina - 2014
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ANA CAROLINA FERNANDES
JSSICA GOMES J. DEBORTOLO
JULIANA HAYACHIDA FRUTUOSO
KAREN LIMA SERRA
ROXANE DELOCHE
AVALIAO PS-OCUPAO:
Praa Marechal Floriano Peixoto
Londrina
2014
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ANA CAROLINA FERNANDES
JSSICA GOMES J. DEBORTOLO
JULIANA HAYACHIDA FRUTUOSO
KAREN LIMA SERRA
ROXANE DELOCHE
AVALIAO PS-OCUPAO:
Praa Marechal Floriano Peixoto
Trabalho da disciplina de Avaliao Ps-
Ocupao
Prof. Dr. Cesar Imai
Prof. Dr. Sidney Guadanhim
Londrina
2014
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LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1: Esquema da APO ...................................................................................................7
Figura 2: Vista area de Londrina e suas praas, anos 50 ....................................................14
Figura 3: Vistas da Praa Marechal Floriano em dia de comemorao cvica, 1943 ..........15
Figura 4: Praa da Matriz em 1938, foto Carlos Stenders ...................................................16
Figura 5: Vista da Praa da Matriz com o traado primitivo em asterisco, dcada 30.........16
Figura 6: Foto colorizada da Praa Floriano Peixoto com seus canteiros floridos, 1945.....17
Figura 7: Banco-bola como marca Praa Marechal Floriano...............................................17
Figura 8: As Sombras da Praa Marechal Floriano..............................................................21
Figura 9: Localizao da cidade de Londrina no estado do Paran .....................................24
Figura 10: Localizao do centro na cidade ........................................................................25
Figura 11: Localizao da praa Marechal Floriano no centro da cidade ...........................25
Figura 12: Delimitao da praa Marechal Floriano ...........................................................25
Figura 13: Extenso da rea pesquisada da praa Marechal Floriano .................................26
Figura 14: Implantao da Praa Marechal Floriano ..........................................................27
Figura 15: Pontos fotografados ...........................................................................................29
Figura 16: Proposta de projeto ...........................................................................................58
Fotografia area 1: Evoluo 1970 ....................................................................................18
Fotografia area 2: Evoluo 1974 ....................................................................................18
Fotografia area 3: Evoluo 1991 ....................................................................................19
Fotografia area 4: Evoluo 1997 ....................................................................................19
Fotografia area 5: Atual (2014) .......................................................................................20
Fotografia 1: Indicao do percurso / Acesso ....................................................................30
Fotografia 2: Indicao do percurso / Acesso ...................................................................31
Fotografia 3: Indicao do percurso / Acesso ....................................................................32
Fotografia 4: Indicao do percurso / Mobilirio e vegetao ..........................................32
Fotografia 5: Indicao do percurso / Mobilirio e vegetao ..........................................33
Fotografia 6: Indicao do percurso / Uso ........................................................................34
Fotografia 7: Indicao do percurso / Uso ........................................................................34
Fotografia 8: Indicao do percurso / Mobilirio e vegetao ..........................................35
Fotografia 9: Indicao do percurso / Acesso sanitrios ...................................................36
Fotografia 10: Indicao do percurso / Uso .....................................................................36
Fotografia 11 e 12: Condies dos assentos ....................................................................37
Fotografia 13: Escadas como assentos informais ..............................................................37
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
NBR - Norma Brasileira
APO Avaliao Ps-Ocupao
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SUMRIO
1 INTRODUO .............................................................................................................. 6
2 CONCEITUAO DE AVALIZAO PS-OCUPAO .......................................................... 7
2.1 Avaliao Ps-Ocupao .................................................................................................. 7
2.2 Mtodos de pesquisa da Avaliao Ps-Ocupao (APO) .............................................. 7
2.2.1 Walkthrough .................................................................................................................. 7
2.2.2 Mapa Comportamental .................................................................................................. 8
2.2.3 Poema dos Desejos ........................................................................................................ 8
2.2.4 Mapeamento Visual ....................................................................................................... 8
2.2.5 Mapa Mental .................................................................................................................. 8
2.2.6 Seleo Visual ............................................................................................................... 8
2.2.7 Entrevista ....................................................................................................................... 9
2.2.8 Questionrio .................................................................................................................. 9
2.3 Histrico Avaliao Ps-Ocupao (APO) ...................................................................... 9
2.4 Caractersticas da apo e suas ramificaes ..................................................................... 10
3 METODOLOGIA .......................................................................................................... 11
3.1 Referncias de Mtodo ................................................................................................... 11
3.2 Instrumento Adotado ...................................................................................................... 12
3.3 Roteiro Metodolgico ..................................................................................................... 12
3.3.1 Walkthrough ................................................................................................................ 13
3.3.2 Entrevista ..................................................................................................................... 13
3.3.3 Aplicao do Pr-teste ................................................................................................. 14
4 CARACTERSTICAS DO OBJETO ................................................................................... 14
4.1 Histrico da Praa Marechal Floriano ............................................................................ 14
4.2 Evoluo ......................................................................................................................... 15
4.3 Estudo de Correlato ........................................................................................................ 21
4.4 Compreenso a partir do estudo de correlato ................................................................. 23
4.5 Normas tcnicas para espaos pblicos ......................................................................... 23
5. LEVANTAMENTO FSICO ............................................................................................. 24
5.1 Localizao ..................................................................................................................... 24
5.2 Descrio do projeto ....................................................................................................... 26
5.3 Walkthrough ................................................................................................................... 28
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6 PR-TESTE ............................................................................................................... 38
6.1 Aplicao ........................................................................................................................ 38
6.2 Diagnstico do Pr-teste ................................................................................................. 39
6.3 Consideraes ................................................................................................................. 40
7 LEVANTAMENTO COMPORTAMENTAL ........................................................................... 40
7.1 Entrevista ........................................................................................................................ 40
7.2 O Questionrio ................................................................................................................ 41
8 TABULAO E DIAGNSTICO ...................................................................................... 42
9 PROPOSTA ............................................................................................................... 57
9.1 Localizao ..................................................................................................................... 57
9.2 Escala .............................................................................................................................. 57
9.3 Acessos ........................................................................................................................... 57
9.4 Vegetao ....................................................................................................................... 59
9.5 Equipamentos Pblicos (Mobilirio) .............................................................................. 59
9.6 Banheiro ......................................................................................................................... 60
9.7 Pavimentao .................................................................................................................. 60
9.8 Iluminao ...................................................................................................................... 60
9.9 Zoneamento de Uso Misto .............................................................................................. 61
10 CONCLUSO ........................................................................................................... 62
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REFERNCIAS .................................................................................................................... 63
ANEXOS ................................................................................................................................ 65
ANEXO A Perguntas auxiliares para entrevista especfica.................................................. 66
ANEXO B Anotaes da entrevista especfica com Prof. Yamaki ...................................... 70
ANEXO C Transcrio da entrevista com a Prof. Thamine Ayoub.................................... 72
ANEXO D Perguntas e respostas durante o walkthrough .................................................... 78
ANEXO E Pr-teste .............................................................................................................. 80
ANEXO F Questionrio ....................................................................................................... 82
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1 INTRODUO
Essa anlise tem o objetivo de levantar os aspectos positivos e negativos de uma praa
(do ponto de vista do usurio), para adquirir conhecimento ao se pensar em um novo projeto
de praa, baseando-se na Praa Marechal Floriano Peixoto.
Esse lugar, ao passar dos anos, tornou-se um smbolo da cidade de Londrina, e seu fluxo
intenso, devido sua localizao central. A praa est prxima de outros locais importantes
e este foi um dos motivos pelos quais esta foi escolhida para a pesquisa.
Diferentemente de uma praa de influncia menor (tal como uma praa de bairro), a
Praa Marechal Floriano Peixoto est implantada na rea central, e possui abrangncia de toda
a cidade. Apesar disso, alguns aspectos analisados servem para ambas as escalas, tais como o
revestimento do piso, os acessos praa, o porte e o tipo de vegetao, os espaos para
determinadas atividades que promovam movimentao em diferentes horrios, os
equipamentos urbanos e a normatizao dos passeios atravs da NBR 9050.
O foco desta pesquisa est na apropriao dos usurios desta praa. Para isso, seu
julgamento sobre o mobilirio, sombreamento, dimenses, vegetao, segurana,
pavimentao, acessos, manuteno, iluminao foi importante no Questionrio, mtodo
utilizado pelo grupo para a Avaliao Ps-Ocupao. Alm do mais, pudemos levantar dados
socioeconmicos e perceber as conexes entre os fluxos da populao da regio e da cidade.
Um estudo anterior ao Questionrio procurou entender a relao entre a praa e a
cidade, seu significado, sua imagem, suas vrias funes, alm de compreender seu histrico,
os diferentes carteres dos usurios durante os anos e quais as suas necessidades.
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2 CONCEITUAO DE AVALIZAO PS-OCUPAO
2.1 AVALIAO PS-OCUPAO
Avaliao Ps-Ocupao (APO) um processo sistematizado e rigoroso de avaliao
de edifcios, passado algum tempo de sua construo e ocupao (RHEINGANZ, P. et al.,
2009). Ao considerar os conceitos de APO, seus mtodos esto associados s propriedades
tcnicas, sensoriais, comportamentais, afetivas, perceptivas e estticas.
A APO deve focar as necessidades dos usurios da edificao, para prever as
consequncias das resolues de projeto durante as atividades nela. Sendo assim, tem-se base
para a melhoria de futuros projetos.
Figura 1: Esquema da APO
Figura 1: Esquema da APO
Fonte: ORNSTEIN; ROMERO (2003)
2.2 MTODOS DE PESQUISA DA AVALIAO PS-OCUPAO (APO)
De acordo com Rheingaz et al. (2009), os mtodos mais usuais de APO so
Walkthrough, Mapa Comportamental, Poema dos Desejos, Mapeamento visual, Mapa Mental,
Seleo Visual, Entrevista e Questionrio, os quais esto descritos a seguir.
2.2.1 WALKTHROUGH
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uma metodologia criada por Kevin Lynch e proveniente da Psicologia Ambiental,
resume-se em um percurso p composto por atividades complementares como fotografar,
desenhar e gravar udio e vdeo. Esse mtodo tem por finalidade familiarizar os pesquisadores
ao local ou edificao. Assim, feita uma identificao descritiva para anotar os pontos
positivos e negativos dos ambientes analisados.
2.2.2 MAPA COMPORTAMENTAL
o registro grfico da relao usurio-ambiente visto com que esse instrumento pode-
se identificar os fluxos, os usos, as interaes, a distribuio da populao no local, alm dos
espaos construdos.
2.2.3 POEMA DOS DESEJOS
o exemplo do conjunto de frases simples escritas ou desenhos feitos por usurios
que ajudem a apontar seus desejos, necessidades e sentimentos em relao ao edifcio. Seu
criador foi Henry Sanoff.
2.2.4 MAPEAMENTO VISUAL
Mtodo desenvolvido por Ross Thorne e J.A.Thurnbull e foca no mobilirio existente,
em barreiras, inadequaes e outros itens do ambiente. Aplicvel tanto em ambientes internos
como urbanos.
2.2.5 MAPA MENTAL
J nos anos 50, Lynch criou o Mapa Mental, cuja tcnica consiste em desenho feito a
partir da memria ou imageabilidade que o lugar construdo traz ao indivduo. Ele pode
relatar impresses pessoais ou informaes adquiridas por outros meios.
2.2.6 SELEO VISUAL
A Seleo Visual tende a avaliar os significados dados pelos usurios ao local. Sendo
assim, analisa as impresses deixadas pelas tipologias arquitetnicas, cores, texturas, entre
outras, na qualidade de vida das pessoas.
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2.2.7 ENTREVISTA
A Entrevista definida como conversao que atende a um certo objetivo de pesquisa.
O sucesso do mtodo depender do foco das questes e tambm da maneira do entrevistador
de lidar com o indivduo.
2.2.8 QUESTIONRIO
O Questionrio tambm utiliza do dilogo entre usurio do local e entrevistador,
porm, visa descobrir regularidades em grupo de pessoas com determinada opinio sobre o
ambiente. uma avaliao de desempenho, e seu sucesso depende da hierarquizao de
informaes, alm de novos conhecimentos adquiridos.
2.3 HISTRICO AVALIAO PS-OCUPAO (APO)
No campo internacional, vrios mtodos so adotados por psiclogos ambientais
norte-americanos h mais de 40 anos, visando medir o desempenho dos ambientes para se
obter dados da influncia do comportamento humano e vice-versa. (ORNSTEIN; ROMERO,
2003)
Como vistos nos relatos de Castro, Lacerda e Penna (2004), os EUA foram pioneiros
em APO, em questes sobre o indivduo e o ambiente em 1947. Nesta poca, Roger Baker e
Herbert Wright, no Kansas, iniciam estudos na rea de psicologia ambiental e ecolgica.
Essa avaliao origina-se dos campos das cincias sociais e da construo civil. Suas
tcnicas foram desenvolvidas de formas diferentes de acordo com os respectivos pases.
Com fundamentos em Ornstein e Romero (2003), j em 1969 a fundao
Environment Design Research Association (EDRA), converge pesquisadores de diferentes
campos com o intuito de aprimorar propostas interdisciplinares.
Baseado em Elali e Veloso (2004), nota-se que nos EUA a APO inicialmente foi
relacionada ao comportamento; na Gr-Bretanha, esta tinha o vis da percepo espacial; na
Frana, a Avaliao Ps-Ocupao refere-se percepo espacial atravs de informaes
psico-espaciais; no Japo, viso filosfica-cultural; na Alemanha, ecologia; e na Amrica
Latina, aos aspectos poltico-culturais.
Segundo Ornstein e Romero (2003), nos Estados Unidos, em 1947, Baker e Wright
realizam a Midwest Psycological Field Station. O objetivo era estudar a influncia da
sociedade no desenvolvimento infantil. Posteriormente, em 1960, Kevin Lynch deixa seu
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legado sobre planejamento urbano, arquitetura e psicologia ambiental no livro A imagem e a
cidade. J em 1969, desenvolveram a revista Environment and Behavior e em 1976 criou-se
uma nova diviso denominada Population and Environmental Psychology pela APA.
Enquanto isso, de acordo com Lopes et al. (2011), na Europa cria-se a International
Association for People-Environment Studies (IAPS), em 1981, a qual realiza conferncias a
cada 2 anos.
No Brasil, as pesquisas iniciaram-se nos anos 70 e evidenciaram os quesitos fsico
tcnicos das edificaes. O objetivo desta avaliao seria colaborar com programas de
manuteno dos edifcios estudados, alm de dar respaldo a novos projetos. Quesitos
comportamentais ganharam importncia pelos pesquisadores basileiros de maneira gradual. A
evoluo de interesse consolidou-se nos anos 90 e ainda no final desta dcada, surgem novas
propostas culturais e contextuais.
De acordo com Ornstein e Romero (2003), entre 1972 e 1987, o Instituto de
Pesquisas Tecnolgicas (IPT) do Estado de So Paulo aperfeioou a APO. Mais tarde, novos
grupos tambm fizeram o mesmo como a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; o Ncleo
Orientado para Inovao de Edificaes (NORIE), da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul; a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE); o grupo de estudos Pessoa Ambiente (GEPA) da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte ; a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro e o Laboratrio
de Psicologia Ambiental da Universidade de Braslia. Tambm h atividades realizadas
pelo Centro de Tecnologia de Edificaes (CTE), com sede na cidade de So Paulo. Por volta
de 2003, o NUTAU/USP, que abriga pesquisadores da FAU-USP, detm mais experincias
deste ramo no Brasil.
2.4 CARACTERSTICAS DA APO E SUAS RAMIFICAES
Com base em Elali e Veloso (2004, p. 3), o usurio necessrio para a pesquisa de
APO, e ento, para analisar os aspectos proveitosos do espao construdo. Isso enfatiza o uso
como foco dos trabalhos da rea, o que explica os estudos realizados no local. Sendo assim,
pode-se revisar a expresso C = f (P.A), ou seja, comportamento a funo entre pessoa e
ambiente(LEWIN, 1965 apud ELALI; VELOSO, 2004). Comportamento, neste caso, pode
ser substitudo por Uso. Entende-se portanto, que uso funo da relao entre pessoa e
ambiente.
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Kurt Lewin aprofundou-se na Gestalt ao se estabelecer nos EUA, e ento centra sua
pesquisa na psicologia social aplicada, quando foca na ao do meio (social e no social)
sobre comportamento coletivo.
3 METODOLOGIA
3.1 REFERNCIAS DE MTODO
O mtodo de aplicao da APO est associado aos aspectos tcnicos, sensoriais,
comportamentais, afetivos, perceptivos, estticos, entre outros. As pesquisas estudam alguns
temas que focam em critrios qualitativos de desempenho e a partir destes, elaborar diretrizes
e propostas de projeto. Ornstein e Romero (2003) citam duas fases da metodologia que devem
acontecer simultaneamente: o ponto de vista tcnico e a aferio da satisfao do usurio e s
a partir do cruzamento dessas anlises pode-se obter o diagnstico. No trabalho desenvolvido,
temos a opinio de dois arquitetos e urbanistas que apontam a vertente tcnica e os usurios
respondendo sobre o funcionamento.
Segundo Ornstein e Romero (2003), APO se distingue dos outros mtodos de
avalies de desempenho pois considera fundamental o atendimento das necessidades ou
nvel de satisfao do usurio. Ainda de acordo com os autores, a APO demesiada relevante
no caso de programas de interesse social que adotam solues urbansticas, arquitetnicas e
construtivas em larga escala sendo que a populao, assim como os seus hbitos, atitudes e
crenas so bem distintos. Caso haja avaliao positiva, esses fatores devem ser cadastrados e
recomendados a projetos futuros, caso seja negativo, as recomendaes so para que
minimize ou corrija o problema.
As abordagens esttico-visuais so indicadas por Elali e Veloso (2004) pois as
mesmas baseiam-se em anlise morfolgica e tipolgica; visuais, como a semitica; sintticas,
a qual relaciona os usos forma do ambiente e perceptivas; podendo haver anlises a partir de
mapas mentais ou cognitivos. (LYNCH, 1995 apud ELALI; VELOSO, 2004)
No trabalho em questo foram utilizados os intrumentos Walkthrough, Entrevista
especfica e Questionrio.
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3.2 INSTRUMENTO ADOTADO
Um questionrio pode ser definido como um instrumento
de pesquisa que contm uma srie ordenada de perguntas
relacionadas com um determinado assunto ou problema,
que devem ser respondidas por escrito sem a presena do
pesquisador. (RHEINGANTZ et al, 2009, p.79)
Para a realizao da avaliao da praa optou-se por usar o mtodo do questionrio
pois o mais comumente utilizado para se obter informaes sobre comportamentos, atributos
e atitudes de usurios de ambientes construtivos (ROMERO; ORNSTEIN, 2003). No
desenvolvimento do questionrio foi levado em conta os aspectos tcnicos, sensoriais,
comportamentais, afetivos, perceptivos, estticos, entre outros. Ornstein e Romero (2003)
afirmam que o questionrio um mtodo que atinge um nmero maior de entrevistados,
dando ainda mais confiabilidade pesquisa, pois podem ser aplicados pessoalmente, pelo
telefone, pelo correio ou pela internet. O mtodo bastante til quando o objetivo descobrir
semelhanas entre diferentes grupos de pessoas por meio da comparao de respostas sobre
questes especficas.
A composio do questionrio teve tambm como base os critrios de qualidade
estabelecidos em Yamaki (2008) para a avaliao de uma praa tais como primeira impresso,
relevo, acesso, escala, vegetao, mobilirio, visuais, apropriao, entre outros.
3.3 ROTEIRO METODOLGICO
A estruturao do mtodo de avaliao do desempenho da Praa Marechal Floriano
em relao s necessidades do usurio foi:
1. Definio do local a ser plicada a APO.
2. Anlise walkthrough: visitas tcnicas de reconhecimento da praa e levantamento
de possveis problemas para o foco da avaliao; observao do comportamento do
usurio na rea e entrevista com usurios caractersticos.
3. Elaborao da entrevista aos especialistas, tendo como tema base os estudos sobre a
Praa Marechal Floriano e problemas detectados no walkthrough.
4. Entrevista com especialistas sobre o assunto.
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5. Elaborao do pr-teste baseado nas informaes obtidas pelo grupo sobre o objeto
de pesquisa.
6. Aplicao do pr-teste com os transeuntes do local.
7. Anlise de satisfao da eficincia do pr-teste.
8. Reformulao das perguntas do questionrio.
9. Aplicao do questionrio com os transeuntes do local.
10. Anlise de satisfao da eficincia do questionrio.
3.3.1 WALKTHROUGH
Segundo Rheingantz (2009), o walkthrough um mtodo que combina
simultaneamente uma observao com uma entrevista. A realizao de um passeio no
ambiente para o reconhecimento do modo de utilizao do usurio e levantamento de aspectos
positivos e negativos a serem aprofundados. Essa tcnica precede todos os estudos e
levantamentos por ser simples e fcil de aplicar e existe diversas opes de registro do local
como gravador de udio e vdeo, fotografia, plantas, mapas, check-lists, desenhos, etc.
Sabendo disso, o grupo foi a campo analisar a rea e fazer o levantamento fsico da
praa, o qual est descrito mais a frente no item 5.3.
3.3.2 ENTREVISTA
Um outro mtodo utilizado na APO da praa Marechal Floriano foi a entrevista
especfica por ser vantajosa pela sua rapidez e confiabilidade nas respostas, pois as entrevistas
so realizadas com pessoas-chave local, ou seja, pessoas que tm um maior conhecimento
sobre o edifcio ou rea onde a APO ser aplicada. (ROMERO;ORNSTEIN, 2003)
Foram realizadas portanto, entrevistas especficas com dois especialistas: a Arq. Urb.
Prof. Thamine Ayoub, a qual tem uma dissertao sobre praas e o Prof. Dr. Humberto
Tetsuya Yamaki, que especialista em praas por ter feito pesquisas sobre o tema e publicou
os livros Labirinto da memria: paisagens de Londrina (2006) e Praas Histricas: avaliao
do carter (2008) os quais contm informaes sobre a Praa Marechal Floriano.
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3.3.3 APLICAO DO PR-TESTE
Antes de iniciar a fase da aplicao dos questionrios indicada a realizao de um
pr-teste para analisar a clareza e a compreenso das perguntas pelos usurios, assim como a
eficincia da coleta de dados. Aps entrevistas com os especialistas, foram elaboradas
questes a fim de coletar informaes que justifiquem a influncia do projeto na utilizao e
na percepo do ambiente pelo usurio. Durante a visita ao local, o pr-teste foi feito com 5
(cinco) usurios escolhidos aleatoriamente para futura avaliao e ser discorrido no item 6.
4 CARACTERSTICAS DO OBJETO
4.1 HISTRICO DA PRAA MARECHAL FLORIANO
"Praa monumento, praa smbolo, praa convergncia de pblico, praa de
celebrao, praa de manifestaes politicas e culturais" (YAMAKI, 2008)
Os primeiros traados que posteriormente se tornariam as primeiras praas do
municpio, surgiria a partir da necessidade de homenagear personalidades pioneiras da cidade
de Londrina foi datada em Maio de 1932 e assinada pelo Geodesista Russo Alexandre
Razgulaeff da Companhia de Terras Norte do Paran. No incio eram apenas simples
canteiros, na planta no descrevia com a denominao de praas e sim, jardins. Segundo
Zucker (1975), A soluo nos remete a alguma semelhana aos espaos livres de planos
inclinados, os greens das cidade na Nova Inglaterra, no sculo XVII. (apud YAMAKI,
2006, p. 36).
Figura 2. Vista area de Londrina e suas praas, anos 50
Fonte: acervo: MHL (apud YAMAKI, 2008, p. 21)
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J a Praa atualmente batizada por Praa Marechal Floriano, espao esse que pertence
a elipse central do plano incial. No comeo era apenas conhecida como Praa Matriz por estar
locada em umas das laterias da Igreja Matriz. Apenas em 1943 que a praa batizada com o
nome atual aps uma remodelao tornando-se polo de atrao de pessoas, gerando um
espao agradvel de lazer no centro da cidade. Noticiada em um jornal local.
A remodelao da Praa Floriano Peixoto deu ao ponto central de nossa urbs, aspecto
bastante agradvel aos olhos dos visitantes. O ajardinamento do descuidado recanto constitui
ainda motivo de alegria e orgulho...Londrina possui hoje, um lindissimo jardim, ode
desabrocham flores as mais variegadas, de uma policromia gritante e deveras festiva. No
entanto, naquele logradouro pblico hoje to querido, e procurado, evidencia-se s quintas-
feiras e aos domingos principalmente, dias em que um aluvio de pessoas para ali existentes.
A maioria das famlias, geralmente acompanhadas de filhos menores, obrigada a
permanecer de p, horas a fio... (PN, 7.3.43, apud Yamaki 2006, p. 38)
Figura 3: Vistas da Praa Marechal Floriano em dia de comemorao cvica, 1943.
Fonte: acervo: MHL (apud YAMAKI 2008, p.39)
Atualmente a Praa conhecida como a Praa da Bandeira aps a instalao de
mastros pelo poder pblico para homenagiar as naes amigas das Amricas. Existe at uma
lenda referente a esse traado que lembra a bandeira Inglesa.
4.2 EVOLUO
Ao longo dos anos, houveram vrias transformaes na praa de estudo. Em 1932, era
apenas um espao livre, um simples canteiro na planta inicial, j com seu traado em
asterisco. Sendo considerado um dos pontos mais pitorescos de Londrina ou um jardim
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que surge na floresta (YAMAKI, 2008). No final da dcada de 30, no centro da praa havia
um coreto de madeira.
Figura 4: Praa da Matriz em 1938, foto Carlos Stenders
Fonte: acervo: MHL (apud YAMAKI, 2008, p. 39)
Em 1943 aconteceu a remodelao da antiga Praa da Matriz com a proposta em cima
do traado primitivo em asterisco que caracterizava o novo traado urbano da poca. Na
execuo do projeto de remodelao foram plantadas novas rvores e arbustos, os quais
demarcavam os caminhos internos. Recebe o nome de Praa Marechal Floriano.
Figura 5: Vista da Praa da Matriz com o traado primitivo em asterisco, dcada 30.
Fonte: acervo: MHL (apud YAMAKI 2008, p.39)
A Praa teve sua inaugurao em 7 de Setembro de 1943. As rvores seculares haviam
sido derrubadas, cedendo lugar a canteiros reforando os antigos caminhos e um singelo
altar com mastro de bandeira no centro (YAMAKI, 2006). No centro o coreto foi substitudo
por um altar com mastro de bandeira. Nesta poca, h uma crtica de nmero de bancos
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insuficientes, bancos esse que possui um design constitudo por bola (figura 6) tornando o
mobilirio um diferencial da praa.
As obras que ora esto sendo executados, sob orientao de competentes engenheiros
da Prefeitura Municipal, obedecem a um plano tcnico e demoradamente estudado. Logo aps
a terraplanagem surgir o belssimo traado de um moderno jardim, cujo desenho nos foi dado
ver. Terminada que seja a primeira fase dessa obra, ser contratado um floricultor e as mais
lindas e variadas plantas ornamentais sero cultivadas nos simtricos canteiros do primeiro e
maravilhoso jardim londrinense!Um colossal monumento de cimento armado dominar o
aprazvel logradouro pblico, atestando a perenidade do nosso culto cvico o Altar da
Ptria! (PN, 7.7.43. apud YAMAKI, 2006, p. 38).
Figura 6: Foto colorizada da Praa Floriano Peixoto com seus canteiros floridos, 1945
Fonte: acervo: MHL (apud Yamaki 2008, p.37)
Figura 7: Banco-bola como marca Praa Marechal Floriano.
Fonte: acervo: MHL (apud Yamaki 2008, p.37)
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Por volta de 1950, foram instalados 22 mastros de bandeira em volta da praa para
homenagear as naes amigas das Amricas. Existe a lenda que seu traado dado na forma
da bandeira inglesa, fato pouco provvel. Yamaki ainda acrescenta durante a entrevista
realizada, a importncia de considerar que mitos e lendas so importantes, pois enriquecem o
imaginrio de antigas frentes de colonizao.
Fotografia area 1: Evoluo 1970
Fonte: Ippul (2014)
Fotografia area 2: Evoluo 1974
Fonte: Ippul 2014
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19
Fotografia area 3: Evoluo 1991
Fonte: Ippul 2014
Fotografia area 4: Evoluo 1997
Fonte: Ippul 2014
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20
Fotografia area 5: Atual (2014)
Fonte: Google 2014
Atualmente a Praa Marechal Floriano bem arborizada, tendo com imagem inicial
As sombras da Praa Marechal Floriano (YAMAKI, 2008). Sua vegetao caracterizada
por uma grande quantidade de rvores de grande porte que proporcionam grande
sombreamento e forrao rasteira, j o piso do calamento foi recentemente trocado de petit
pave por paver.
A praa mantm no centro o altar e o mastro, porm retirou-se as bandeiras em volta, e
o traado continua um asterisco. H instalao sanitria masculina e feminina, com o horrio
de funcionamento de segunda a sexta-feira das 07:00 as 16:00 e sbado das 07:00 as 11:00.
H lixeiras de design simples distribudas por toda a praa e a iluminao artificial fornecida
por postes de altura reduzida para serem abaixo das copas das rvores.
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21
Figura 8: As Sombras da Praa Marechal Floriano.
Fonte: acervo: MHL (apud Yamaki 2008, p.34)
4.3 ESTUDO DE CORRELATO
A aplicao de Avaliaes Ps-Ocupao em espaos pblicos podem buscar
compreender tanto quantitativamente, quanto qualitativamente o comportamento dos usurios
naquele local. Neste trabalho foi feita uma anlise de correlatos de APO, Dissertao
apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Construo por Amorim de Costa Ivana
(2011). O projeto de Requalificao da Praa Rui Barbosa, conhecida como Praa da Estao
do municpio est localizada em um dos pontos mais baixos do vale do Ribeiro Arrudas.
Essa dissertao foi escolhida por apresenta no decorrer do trabalho levantamentos, anlise
histrica entre outros elementos que determinam o carter, alm da aplicao de uma
Avaliao Ps-Ocupao que tem como objetivo levantar a opinio e a percepo do usurio
em relao ao espao aps sua requalificao.
A proposta do projeto era criar um espao vocacionado para pedestres e eventos,
maximizando as possibilidades de utilizao da Estao Centra, so Terem Metropolitano e do
Museu de Artes e Ofcios. A rea tem carter referencial para a populao e a melhoria das
condies de acessibilidade fundamental para a apropriao do espao. (BGL, 2004; p. 6.
apud AMORIM, 2001). Para se avaliar o nvel de aceitao da populao optou-se por aplicar
questionrios sendo que a sua elaborao ocorreu de forma a diagnosticar os aspectos
positivos e negativos ocorridos aps o processo de requalificao da Praa Rui Barbosa.
Foram propostos dois tipos de questionrios, um a ser aplicado com a populao e outro a ser
aplicado com profissionais, que, de alguma forma, participaram do processo de revitalizao.
(AMORIM, 2001)
O primeiro questionrio foi elaborado para ser aplicar a populao de uma forma que
fosse possivel diagnosticar a percepo do pblico em relao a melhoria da paisagem urbana
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e ambiental bem como sua identificao com o local geral, uma vez que a preservao de uma
de um espao s se concretiza com a participao da sociedade na utilizao do mesmo.
(AMORIM, 2001, p. 89).
Foram aplicados 100 (cem) questionrios, para usurios que estavam no local ou que
estavam circulando pelo local em horrios e dias alternados durante a semana e alguns finais
de semana. Aps aplicao do questionrio, levantamento dos resultados e avaliao dos
mesmos o pesquisa conclui que essa avaliao comprova, anteriormente interveno, que o
espao era pouco utilizado por no possuir atrativos ou atividade que permitiam um grande
fluxo de pessoas, uma vez que se tratava de um espao degradado cujo potencial de lazer no
era devidamente explorado, sendo somente um local de estacionamento de veiculos e de
passagem. Aps a interveno, o espao passou a receber mais pessoas uma vez que se tornou
requalificado como espao de lazer e estar, com o fluxo de pedestres privilegiado, o que
justifica o aumento do nmero de usurios. (AMORIM, 2001, p. 90 e 91)
O questionrio ainda apresentava perguntas: Voc considera a reforma da praa
positiva no aspecto simblico?. (AMORIM, 2001, p. 91) Pergunta essa que teve 100% de
afirmao, sendo perceptiva populao a importncia da revitalizao da praa.
O segundo questionrio foi elaborado para ser aplicado a profissionais que estavam
diretamente ligados ao processo de revitalizao, sendo possvel levantar aspectos mais
tcnicos. Durante a aplicao do questionrio ainda acrescentaram perguntas que ocasionaram
em experincia e opinies por parte dos mesmos, demostrando a importncia da preservao
da praa.
O questionrio tipo 2 tambm deve perguntas como: Voc concorda que a
revitalizao da praa considera a incluso da populao no espao urbano em termos
simblicos? (AMORIM, 2001, p. 99). Conforme a pesquisa apresentado a pergunta teve
100% de afirmao, tendo como base os argumentos da importncia do resgate da histria da
cidade. No aspecto mais tcnico no que diz respeito a infraestrutura, como equipamentos
urbanos, paisagismo-manuteno, segurana, transporte e acessibilidade alguns itens no
foram considerados reinsero da populao. Itens como transporte pblico tambm foram
apontados na avaliao como ponto negativo, pois limita a utilizao por parte da populao
pela precariedade do transporte pblico.
E a concluso foi que a experincia da preservao da Praa da Estao foi
considerada positiva diante dos entrevistados, uma vez que contribuiu efetivamente para a
discusso do patrimnio, que um exemplo vivo e atual de preservao do espao pblico. A
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interveno traz tona a discusso sobre os espaos urbanos e a revitalizao das reas
centrais, alm do resgate da preservao atravs da conscientizao da populao.
(AMORIM, 2001, p. 100)
4.4 COMPREENSO A PARTIR DO ESTUDO DE CORRELATO
O estudo do correlato possibilitou a compreenso dos aspectos que devem ser
levantados e analisados no que diz respeito a apropriao do usurio aps uma requalificao
do espao. Mesmo no sendo o foco do trabalho a revitalizao da Praa Marechal Floriano e
sim a criao de diretrizes para projetos futuros, podemos compreender o quanto pode ser
perceptivo populao um espao projetado para atender uma demada urbana e em que
aspectos devemos focar para ter uma compreenso maior da formao do carter que pode ser
adquirir ou ser perdido com o tempo que est ligado como a questo de qualidade do projeto
que permite sobreviver e se manter atual. Compreendendo que para requalificar um espao ou
propor um novo muito mais complexo, avaliar e compreender os aspectos fsicos que
determinam o carter a ser preservado ou modificado para valorizao do mesmo. O resultado
dessa avaliao pode servir como diretriz de projeto para futura implantao de espaos
semelhantes em outras reas urbanas.
4.5 NORMAS TCNICAS PARA ESPAOS PBLICOS
No possvel encontrar Normas especfica no que diz respeito a diretrizes projetuais
para Praas Urbanas. A ABNT apenas apresenta e garante diretrizes na Lei Federal
n 10.098), decretos (como o Decreto n 3.298) a ABNT NBR 9050, que diz respeito a
Acessibilidade de edificaes, mobilirio, espaos e equipamentos urbanos. No se trata de
uma norma que influencia diretamente na elaborao do projeto, mas ajudam a verificar a
existncia de todos os elementos indispensveis dessa natureza naquele ambiente. A ABNT
NBR 9050/2004 e os princpios de Desenho Universal uma Norma extensa que tem como
objetivo estabelecer e definir aspectos relacionados s condies de acessibilidade no meio
urbano. Estabelece critrios e parmetros tcnicos a serem observados no projeto,
construes, instalao e adaptao de edificaes, mobilirio, espaos e equipamentos
urbanos s condies de acessibilidade (incluso), indicando especificaes que visam
proporcionar maior quantidade possvel de pessoas independentemente de idade, estatura ou
limitao de mobilidade e a utilizao segura do ambiente ou equipamento.
Considerando as exigncias da NBR 9050, podemos acrescentar que preciso que o projeto
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para centros urbanos e espaos pblicos livre, proporcione alm de lazer, a incluso
dos usurios com diferentes habilidades e restries. Tendo conscincia de que,
a existncia de barreiras fsicas, informativas e latitudinais, muitas vezes restringe o uso
desses espaos. Para a elaborao de espaos livres pblicos acessveis, ento, essencial o
estudo das restries e limitaes apresentadas pelos usurios. Sendo importante ressaltar
o papel do arquiteto na elaborao de espaos acessveis a todos os usurios,
independente do tipo fsico, idade ou restries que possam apresentar.
5. LEVANTAMENTO FSICO
5.1 LOCALIZAO
A praa em anlise situa-se no centro da cidade de Londrina, a qual localizada no
norte do Estado do Paran, Federao do Brasil, a 369 km da capital paranaense, Curitiba.
Londrina considerada como uma cidade grande, com uma populao estimada de 506.701
habitantes (IBGE/2010), e a quarta cidade mais populosa da regio Sul do Brasil, regio
sobre aquela ela tem uma grande influncia. Fundada nos anos 1930, Londrina uma cidade
nova que durante todo o sculo XX floresceu e experimentou um alto ndice de crescimento
populacional e econmico.
Figura 9 Localizao da cidade de Londrina no estado do Paran
Fonte: Google Maps
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Figura 10 Localizao do centro na cidade
Fonte: Google Maps
Figura 11 Localizao da praa Marechal Floriano no centro da cidade
Fonte: Google Maps
Figura 12 Delimitao da praa Marechal Floriano Fonte: Google Maps
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Figura 13 Extenso da rea pesquisada da praa Marechal Floriano
Fonte: Google Maps
5.2 DESCRIO DO PROJETO
De acordo com Yamaki (2008) a planta inicial de Londrina (ano 1932) foi constituda
por uma malha xadrez, quatro tringulos que resultaram em uma elipse central tangenciada
por uma diagonal. A da praa Marechal Floriano, ainda sem esse nome, no incio no trazia
indicao de praas e sim de uns jardins nos limites da Matriz, sugerindo a vegetao como
elemento dominante. Somente vinte anos aps a implantao do municpio a Lei 216/53
definiu que a praa um espao delimitado pelos eixos das ruas imediatas e determinou lotes
direcionados s praas. Foi determinada sua implantao j no primeiro traado da Cidade de
Londrina com sua fundao datada em 1934. Tal implantao acontece na lateral da Matriz,
fugindo do tradicional de praa que acontecem na frente do edifcio, observando que isso
acontece, porque existia na inteno inicial do projeto que quem chegasse pela Avenida
Celso Garcia, um via importante de acesso a cidade pudesse visualizar primeiramente a
Matriz.
A praa constituda no formato de um asterico que possibilitou a criao de 8
acessos, sendo 7 (sete) por escadaria, 1 (um) que acompanha o nvel da calada. Atualmente
existe uma rampa que est localizada entre o calado e a praa juntamente com uma das
escadarias por uma questo atual de acessibilidade, que a partir de levantamento constatou-se
que no est nos padros determinados pela norma de acessibilidade ABNT NBR 9050. Os
caminhos responsveis pela circulao interna da praa acompanha esse traado criando um
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Figura 14: Implantao da Praa Marechal Floriano sem escala
Fonte: Autor
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ncleo central, aonde esta localizado um altar do mastro, criado para colocar a bandeira do
municpio, soluo projetual que fez com que a praa fosse conhecida com o passar do tempo
como Praa da Bandeira juntamente com outros mastros que seriam para homenagiar as
naes amigas que atualmente foram retirados.
A praa ainda apresenta um sanitrio pblico subdividido em feminino e masculino
com uma cabine em cada direcionada para portadores de deficincia. Para o acesso ao
sanitrio existe um rampa que aps levantamento mostra que tambm no esta nos padres de
acessibilidade determinados pela NBR 9050. No foi possvel levantar a data da construo
do mesmo, porm concluimos que, atravs das fotos areas, que sua implantao foi a sua
remodulao em 1943.
Os bancos so feitos de concreto armado e distribudos por toda a praa, a base
possuem o formato em bola e o assento linear sem encosto. A vegetao foi plantada e
distribuda por canteiros, os quais foram determinado no vo que se forma aps o traado
inicial do asterisco. Na fachada que voltada para o atual calado localiza-se floreiras, cuja
finalidade foi perdida atualmente pela falta de flores e so utilizadas como assento informal
pelos usurios.
A iluminao acontece em toda praa, sendo os postes locados prximo aos bancos e
abaixo das rvores que promovem um sobreamento por serem todas de grande porte, optando
pelo rebaixamento para maior campo de abrangncia da luz.
5.3 WALKTHROUGH
A realizao de um walkthrough nos permite entender melhor como os usurios
utilizam a praa e tambm a levantar os elementos mais marcantes do lugar. Por isso, foi feito
um levantamento fotogrfico dos mobilirios, das vegetaes, dos diferentes ambientes que a
praa oferece, como tambm do comportamento dos usurios, das diferentes posturas e suas
possveis percepes durante o percurso.
Portanto, no dia 26 de Fevereiro de 2014 foi realizado o walkthrough para o trabalho e
observou-se primeiramente os acessos. Percebeu-se que a praa Marechal Floriano possui
apenas um acesso em rampa e alm disso ele no est dentro da Norma de Acessibilidade
ABNT NBR 9050. Um segundo foco foi o piso e apesar de haver varredores fazendo a
manuteno da limpeza da praa, o piso foi encontrado sujo pelas fezes dos pombos que
descansam nas rvores. Assim como os pisos, os bancos situados abaixo das rvores tambm
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Figura 15: Pontos fotografados durante o walkthrough sem escala
Fonte: Autor
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estavam sujos pelas pombas, os limpos, tinham sol sobre e por isso poucos deles eram
utilizados. As gramas esto em devida manuteno assim como as rvores. Os sanitrios, que
funcionam das 7h s 16h durante a semana e das 7h s 10h nos finais de semana, estavam em
boa conservao. O odor, o piso e os equipamentos sanitrios estavam em ordem, havendo um
vaso sanitrio quebrado e vazamento, mas nada que tornasse o banheiro inutilizvel. A rampa
de acesso aos banheiros tambm no acessvel conforme a NBR 9050. Os degraus vistos ao
longo de toda a praa eram muitas vezes utilizados como assentos informais. No centro da
praa h um mastro sem bandeira e os degraus ao redor dele tambm usados como assento.
Lixeiras foram encontradas pela praa. As jardineiras ao redor da praa no possuem flores e
assim como os muros tambm eram utilizadas como assento.
Diversos usurios foram observados no local durante o walkthrough. Foram utilizadas
as tcnicas da fotografia e da pergunta ao usurio caracterstico (ANEXO C), como o
sorveteiro, o fotgrafo Lambe-lambe e o vendedor de CDs que utilizam a praa h anos como
comrcio. A esses usurios foi questionado sobre como eles utilizam o local, como veem a
praa, detalhes sobre usos de outras pessoas, detalhes sobre a praa, vegetao histrica da
praa e com as respostas foi possvel adicionar ao questionrio algumas perguntas importantes
de uso e manuteno da praa.
Fotografia 1 Indicao do percurso / Acesso
Fonte: Autor
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Chegamos a Praa Marechal Floriano pela Avenida Paran ou Calado, como
conhecido. A praa aparece como uma respirao vegetal dentro deste centro da cidade bem
densificado.
A praa est em um nvel mais alto que o Calado, ento devemos subir escadas ou
uma rampa para acess-la. As fotografias 1, 2 e 3 mostram alguns dos possveis acessos da
praa, sendo apenas uma rampa (fotografia 3).
Na fotografia 1 observa-se uma pessoa utilizando a escada para acessar a praa pelas
esquinas e algumas outras pessoas usando as floreiras como assentos informais. A fotografia 2
exibe a escada de acesso central voltada para a avenida So Paulo.
Fotografia 2 Indicao do percurso / Acesso
Fonte: Autor
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Fotografia 3 Indicao do percurso / Acesso
Fonte: Autor
Fotografia 4 Indicao do percurso / Mobilirio e vegetao
Fonte: Autor
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A praa um lugar com muitas rvores de grande porte. Mas no seu centro, ela
oferece um espao vazio de vegetao, com um altar e um mastro.
Na fotografia 4 perceptvel a existncia de diversas rvores compondo a sua
vegetao, sendo a maioria delas de grande porte. O piso j apresenta marcas brancas que so
as fezes dos pombos, fora isso no foi notado nenhum defeito.
Observa-se tambm, usurios de passagem e outro utilizando os bancos.
Fotografia 5 Indicao do percurso / Mobilirio e vegetao
Fonte: Autor
Na fotografia 5, possvel observar a presena do espao vazio no centro da praa. No
lado direita da foto, podemos adivinhar as escadas que conduzam at o mastro. Podemos ver
que todos os bancos so posicionados no limite deste espao central, fazendo assim do mastro
um ponto focal da praa, o que mastro a evoluo de uso da praa, porque antigamente o
mastro estava utilizado em eventos, e agora no tem mais esses eventos.
Nas fotografias 6 e 7, podemos ver que os usurios tm comportamento
diferentes: h pessoas sentadas nos bancos sozinhos, conversando, jogando baralho ou
interagindo no geral, e outros que apenas esto atravessando a praa, usando-a apenas como
passagem. De fato, ela oferece vrios caminhos, formando um asterisco, que atende todos os
lados da praa.
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Fotografia 6 Indicao do percurso / Uso
Fonte: Autor
Fotografia 7 Indicao do percurso / Uso
Fonte: Autor
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Fotografia 8 Indicao do percurso / Mobilirio e vegetao
Fonte: Autor
A praa oferece vrios mobilirios urbanos como banheiros, bancos, iluminaes e etc.
o que adequado para desenvolver atividade nesta praa. Contudo, podemos notar que tem
bancos que so evitados pelos usurios, devido a sujeira causada pelos pombos ou ento, por
estar sob o sol.
Os sanitrios da praa so subenterrados, e como podemos ver na fotografia 9,
somente o telho sai da terra e faz sinal para os usurios. Podemos observar a presena de duas
serventes que juntas cuidam da limpeza do banheiro. Este espao tambm usados por
moradores das ruas, que vm se abrigar no beiral para dormer ou proteger contra intempries.
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Fotografia 9 Indicao do percurso / Acesso sanitrios
Fonte: Autor
Fotografia 10 Indicao do percurso / Uso
Fonte: Autor
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A praa um espao de encontro importante da cidade pois localiza-se na rea central
da cidade. Por isso, tm bastante manifestaes como na fotografia 10 podemos ver um
encontro do Movimento dos Artistas de Rua de Londrina.
Fotografia 11 e 12 Condies dos assentos
Fonte: Autor
Nas fotografias 11 e 12 observa-se que os assentos quando esto limpos geralmente
por situar onde no h rvore sobre o mesmo, e portanto h incidncia de sol ou ento quando
h sombra, ele est sujo por causa dos pombos. possvel ver que a usuria utiliza um jornal
para que a sua cala no suje.
Fotografia 13 Escadas como assentos informais
Fonte: Autor
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Na fotografia 13 v-se os usurios sentados na escada para comer o seu almoo,
provavelmente comprado nos carrinhos de lance situados na calada da praa. Eles esto
comendo rpido, aproveitando da sombra. Os vendedores de lanches inclusive, j colocam
mesas com cadeiras de plsticos dentro da praa para uma comodidade dos seus clientes.
6 PR-TESTE
6.1 APLICAO
Conhecido o mtodo de Avaliao Ps-Ocupao que ser aplicado pela equipe, uma
avaliao teste foi necessria para a identificao de possveis problemas de compreenso do
usurio ao serem questionados sobre a praa, sua necessidade e tambm a viabilidade de
acrescentar, alterar ou at mesmo retirar perguntas. Uma linguagem mais popular foi utilizada
para que houvesse uma sincronia entre pesquisa e pesquisado a fim que percebssemo a
melhor forma de abordagem, vocabulrio e at mesmo formulao das perguntas.
Aps a elaborao das perguntas do questionrio procurou-se tomar como base o
chek-list recomendado pelos autores por SOMMER e SOMMER (1997) para a avaliao e
verificao de sua eficcia, apresentado a seguir:
1. A pergunta realmente necessria? o quo til ser a sua resposta?
2. O item est claro e sem ambiguidades?
3. O respondente est apto a responder pergunta?
4. O respondente est disposto responder a pergunta como solicitado?
5. As questes ambguas foram eliminadas?
6. O item est to curto quanto possvel, alm de claro e preciso?
7. As questes de mltipla escolha oferecem opes compreensveis? Elas
incluem as categorias no sei e no se aplica? H uma categoria
outros, quando aplicvel?
8. As questes podem ser afetadas por aspectos sociais (como dizer a coisa
certa)? Se sim, a questo pode ser alterada para reduzir os vieses pessoais?
9. As palavras de sentido negativo, como no, foram realadas?
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10. As questes equilibram itens favorveis e desfavorveis? (Sommer; Sommer
1997: 135).
Os pr-testes foram aplicados pelos integrantes da equipe a 5 (cinco) usurios
escolhidos aleatoriamente com o formato de breve entrevista, onde o prprio entrevistador
ficou responsvel pelo preenchimento da ficha de questes e eventuais anotaes, sem contato
do usurio com a mesma. Tal tcnica ser aplicada para levantamento do questionrio final.
OBS: O questionrio do pr-teste segue no ANEXO E
6.2 DIAGNSTICO DO PR-TESTE
Na aplicao do pr-teste, a caracterizao do perfil do usurio foi possvel devido as
questes iniciais, as quais eram direcionadas a identificar o local de moradia do usurio, o
meio de transporte utilizado para se deslocar at a praa e quantidade de dia e horas que
utilizam o local a fim de traar um perfil populacional no levantamento final do estudo.
Ao ser aplicado o pr-teste foi possvel a observao de falta de compreenso com o
mtodo de mltipla escolha com grau de intensidade timo, bom, ruim e pssimo. Os usurios
muitas vezes apontavam caractersticas ruins de acordo com a pergunta feita porm ao
finalizar ao invs de falar que estava ruim, diziam que estava bom.
Foi feita apenas uma pergunta sobre a localizao da praa e foi perceptvel a dvida
causada nos usurios.
As perguntas de 2 a 5 tiveram uma compreenso considervel, porm a formatao da
mesma deve ser repensada buscando ser mais direta. A pergunta nmero 6, que procura
relacionar o entorno do calado no obteve o resultado esperado, os usurios no sabiam/
sentiam confortveis a opinar sobre isto.
A pergunta de nmero 7 nos mostrou que no existe a necessidade de quatro opes,
as pessoas se restringiam a dizer apenas se gostaram ou no gostaram, sem maiores
esclarecimentos, no necessitando de uma grande escala de avaliaes.
As questes de nmero 8 e 9, onde se solicitava a enumerao dos quesitos
importantes causou grande confuso e dificuldades de entendimento e at mesmo de resposta
aos usurios. Para estas perguntas, estuda-se a possibilidade de solicitar que o entrevistado
apenas indique as opes que considera importante, sem a necessidade de orden-las em grau
de importncia. As perguntas de preferncia no comparativo de imagens tiveram sucesso,
tendo fcil compreenso e aceitao por parte dos usurios.
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6.3 CONSIDERAES
No aspecto da formatao, foi observado que os comentrios reservados para a
pergunta final do questionrio, acabam por ocorrer durante toda a entrevista, em meio s
perguntas, e para tal propomos adicionar uma linha ao final de cada bloco de questes, para
que o entrevistador possa preencher com comentrios adicionais, que nos possibilitem um
melhor entendimento sobre os anseios dos usurios. Alguns termos presentes no questionrio
teste tambm tero que ser repensados, e a clareza e objetividade das perguntas tambm sero
revistas e reavaliadas. Trata-se de intervenes pontuais na pergunta, porm que podem
facilitar a melhor compreenso e at mesmo a legitimidade das tabulaes.
A partir do pr-teste estudou-se a possibilidade de se acrescentar novas perguntas,
porm a viabilidade, necessidade e o pr-teste de aceitao das mesmas ainda sero discutidos
e realizados para avaliar sua eficcia de adeso no questionrio final.
7 LEVANTAMENTO COMPORTAMENTAL
7.1 ENTREVISTA
As entrevistas especficas com os especialistas Arq. Urb. Prof. Thamine Ayoub e o
Prof. Dr. Humberto Tetsuya Yamaki, foi de alta importncia para maior compreenso da
equipe assim como para a elaborao do questionrio.
Durante o bate-papo com a Arq. Urb. Prof. Thamine Ayoub foi abordado e explicado os
aspectos iniciais que devem ser pensados sobre uma praa quanto sua localizao e escala e
sobre vrios outros pontos, principalmente, na questo de projeto de praa por ser o seu foco
da sua pesquisa que tem como base os autores Ghel e Whyte; sobre mobilirio urbano, como
por exemplo a iluminao, como ela deve ser, qual a sua disposio e o que isso influencia;
quais os tipos de assentos, como devem ser, sua disposio e porqu. Essa entrevista nos
direcionou a formular o questionrio, sobre como e quais aspectos abordar que seriam
pertinentes para uma anlise dos pontos positivos e negativos para uma elaborao de um
novo projeto de praa.
J a entrevista com o Prof. Dr. Yamaki teve outra direo. Por ter um grande
conhecimento sobre a praa em anlise, Yamaki comentou sobre o surgimento de Londrina,
sobre a funo da praa como um smbolo ao ser projetada e como as pessoas vm
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descaracterizando-a ao alterar o seu projeto inicial, como a pintura do basalto no altar do
mastro que agora necessita de manuteno constante. Comentou sobre o Plano Diretor de
Preservao de Londrina que foi aprovado apenas em 2011 e tambm sobre o mito de que os
acessos e caminhos dentro da praa foram baseados na bandeira inglesa e que esse traado
no era novidade na histria da urbanizao na poca em que a praa foi projetada.
7.2 O QUESTIONRIO
Aps a insatisfao do pr-teste, foram feitas alteraes das questes e um novo
questionrio foi desenvolvido a fim de permitir uma melhor compreenso do entrevistado
assim como para facilitar a compreenso no momento da tabulao. Foram respondidos 102
questionrios e o modelo do questionrio encontrado no ANEXO F.
Ainda no pr-teste e mantido no questionrio final, a primeira parte do questionrio
voltada a perguntas pessoais do usurio. Foi possvel descobrir se a pessoa de Londrina ou
no, qual regio da cidade reside, a faixa etria, o grau de escolaridade, o gnero, sua
ocupao, o transporte utilizado para chegar at o local, como utiliza, por dias da semana e
por quanto tempo.
Na questo 2, foi questionado sobre a localizao da praa e com quais elementos ele
a associa, se o calado, a Matriz, se independente ou algum outro ponto de referncia.
Tambm questionou-se a partir de palavras indicadas qual a sua memria visual e olfativa,
ainda permitindo a escolha de outras, com a inteno de analisar qual a percepo da praa
com seu entorno por cada usurio.
Atravs do item 3, foi avaliada sua escala conforme suas funes e necessidades dos
usurios, para ser prevista qual a dimenso ideal.
Foi avaliado no item 4 qual a opinio dos usurios da vegetao existente, sobre a
quantidade de rvores e gramado e qual o julgamento na escala de valores, se isso influencia
de uma forma positiva ou negativa.
Sobre o mobilirio urbano analisado os assentos, quanto a quantidade de bancos,
conforto, sua conservao e limpeza; tambm quanto a iluminao se suficiente durante o
dia e durante a noite; quanto a segurana durante o dia e a noite sobre o que influenciaria;
sobre o banheiro pblico se julgam necessrio ou no e sua conservao; quanto ao piso
existente sobre sua conservao e segurana gerada ao andar; se os acessos e caminhos
internos so suficientes ou no; e todos esses aspectos foram julgados se so uma forma
positiva ou negativa.
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Com as anlises sobre cada assunto e o complemento com uma escala de valores,
facilitou para uma melhor direo aos resultados.
8 TABULAO E DIAGNSTICO
A aplicao do questionrio foi feita por todas as integrantes do grupo e prevaleceram
os dias ensolarados, quando era mais provvel de ter usurio que parasse para responder as
questes. Foram aplicados em 8 (oito) dias diferentes e a durao das entrevistas variaram
entre 5 (cinco) e 20 (vinte) minutos.
O perfil dos usurios entrevistados de maioria masculina e com idades variadas,
maioria entre adultos a idosos. Com baixo nvel de escolaridade, h um nmero considervel
de pessoas desempregadas e grande quantidade de aposentado que vem a praa para lazer,
vrios dias durante a semana por duas, trs, quatro, cinco horas ou mais. H tambm variadas
ocupaes dos usurios, pela caracterstica heterognea da localizao. Por ser rea central
atrai as pessoas que moram prximo, na prpria rea central, mas tambm de toda as regies
da cidade, indo a p e a maioria de nibus, talvez por trabalharem por perto, o que no
abrange a pesquisa. Atravs desse instrumento de questionrio, difcil analisar os usurios
que apenas usam para passagem ou intervalo, pelo pouco tempo, no aceitam responder.
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Percebe-se que difcil para os usurios associarem a praa com um espao
especfico. De fato, 41% dos usurios associam a praa com a Igreja Matriz, a praa foi
concebida para servi-la, porm com a presena de uma via entre elas, causa uma separao.
Enquanto 33% associam com o calado, mas o desnvel e uma escadaria divide os espaos. E
22% acham a praa independente, por estar elevada e em diferente desnvel por praticamente
todos os acessos.
Analisando a memria visual, um grande nmero se lembra primeiramente da Igreja Matriz. E
a olfativa, a grande maioria se lembra de pombos, por existir uma grande quantia.
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Quase todos os usurios acham que a praa tem uma escala suficiente,
proporcionalmente a sua localizao central e necessidade dos usurios. De fato, ela supre
diferentes atividades ocorrentes, como vendedores ambulantes, idosos jogando, pessoas
somente sentadas.
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A maioria dos usurios acham que a quantidade de rvores suficiente conforme as
necessidades e isso uma qualidade de boa a tima. De fato, h uma grande quantidade de
rvores que oferecem bastante sombra, somente alguns espaos ensolarados. O mesmo para
os espaos gramadas, suficiente, agrada a grande maioria, porm h reclamaes sobre a
manuteno da prefeitura.
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Um pouco mais da metade dos entrevistados acham a quantidade de bancos suficientes
de acordo com a quantidade de usurios, a mesma porcentagem de pessoas julgaram entre
bom e timo. Quanto ao conforto do banco, a grande maioria entrevistada criticaram de ruim
a pssimo, a reclamao feita foi a falta de encosto, o que foi analisado que grande parte
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permanece na praa de duas a cinco horas, por isso a necessidade de bancos mais
confortveis. De uma forma pior a conservao e limpeza dos bancos, pois h muitos
pombos que causam sujeira e a prefeitura no a mantm limpa e conservada.
Durante o dia, os entrevistados gostam do sombreamento causado pelas rvores,
devido a diminuio do calor solar. E um nmero relevante de entrevistados no utilizam a
praa durante a noite, ento no souberam responder sobre isso e os que souberam julgaram
de ruim a pssimo, tanto a iluminao dentro da praa, quanto em seu entorno, observa-se o
fato de alguns postes de luminria no estarem funcionando e serem mal distribudos, pois
algumas rvores causam sombreamento na luz feita.
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Entre os usurios entrevistados, quase a metade no utiliza o banheiro pblico existe
na praa, embora a grande maioria dizem ser necessrio. Os usurios e mesmo os no usurios
do banheiro julgam-no em mau estado de conservao e manuteno e cobram um melhor
trabalho da prefeitura.
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Quanto segurana, a maioria dos entrevistados julgam a praa segura durante o dia,
essa sensao de segurana se d pela concentrao de pessoas, observado que a praa tem
um grande fluxo e permanncia de pessoas. Por outro lado, durante a noite julgam-se
insegura, justificado pelo fato de no haver policiamento, iluminao e concentrao de
pessoas.
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Dentre os usurios entrevistados, uma grande parte criticou de ruim a pssima a
conservao do piso, houveram reclamaes sobre buracos e limpeza das fezes de pombos,
por isso quando chove se torna escorregadio.
ACESSOS
A maioria das pessoas utilizam a escada, seja preferencialmente ou somente por estar
mais perto, isso justificado pelo fato de haver sete acessos por escada, sendo somente um
tambm composto por uma rampa que no acessvel segundo a NBR9050.
A quantidade de acessos e os caminhos de dentro em formato de asterisco atendem as
necessidades dos usurios, pois ele oferece vrias opes de sada e entrada, observa-se que a
grande maioria julgou suficiente e na escala de valores de bom a timo.
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9 PROPOSTA
Baseado no levantamento fsico, comportamental e no mtodos aplicados como:
walkthrough, entrevista e questionrio nos possibilita a criao de diretrizes projetuais para
futuras Praa Centrais, tendo como referncia um projeto antigo da Praa Marechal Floriano,
que sobreviveu ao tempo se tornando um espao pblico histrico e como sua configurao se
consistitui como o passar do mesmo e a questo do projeto se manter atual ou no, por uma
srie de fatores decorrente das alteraes das necessidades do usurio ou questes que antes
no discutidas como a da acessibilidade. As diretrizes esto divididas em tpicos como:
Localizao, Escala, Acessibilidade, Vegetao, Equipamentos Pblico, Pavimentao,
Iluminao, Zoneamento de uso misto.
9.1 LOCALIZAO
A localizao algo essencial para assegurar a sobrevivncia do projeto. Por se tratar
de diretrizes para praas centrais, no que diz respeito a localizao o projeto teve sempre
acontecer em um ponto inicial do municipio estrategicamente pensando para ser um espao
marcante e convergente em vrios aspecto, que seja de fcil acesso por qualquer tipo de
transporte ou at mesmo a p ou um local determinado pelo zoneamento que tenha uma
inteno circulao, pois a mesma que garante o fluxo constante que traz ao espao um uso
intenso proporcionando vida e durabilidade da praa.
9.2 ESCALA
No que diz respeito ao tamanho da praa, podemos observar uma satisfao por parte
do usurio, nos mostrando que o tamanho da praa e proporcionar as atividades prevista para
o espao.
Diretrizes: Evite dimenses excessiva ou restrita em relao ao entorno. A escolha de
reas de implantao teve ser baseado no programa de necessidade e no planejamento urbano
que prev o crescimento do municpio, tentando ao mximo fazer uma previso a longo tempo
para garantir a utilizao e a sobrevivncia do espao. Alm da criao de Micro e mini
praas e de outras de mdio porte prximas, como estratgia de conexo entre os espaos
pblicos, pois assim garante uma integrao e articulao dos espaos.
9.3 ACESSOS
Uma boa praa deve irradiar sua influncia como os braos de uma estrela do mar.
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(YAMAKI, 2008)
Por se tratar de uma praa central que tende a ter um fluxo constante de usurios indo
e vindo de todas as direes e de vrios pontos da cidade muitas das vezes apenas como
passagem, ou at mesmo decorrente do tipo de zoneamento, sendo comum o uso comercial
ao redor. Para diretrizes necessrio a previso das mltiplas possibilidades de acesso e com
alternativas de caminhos que possibilitem novas descobertas ( Humberto, 2008) possveis
rotas que facilite essa passagem ou at mesmo a circulao interna da praa, evitando que o
prprio usuario trae esses caminhos de uma forma clandestina caminhos esse que so
conhecidos populamente como caminhos de ratos, que geralmente so consequncia de um
mal planejamento. A ateno ao entorno e como essa praa se conecta com os restante das
sinalizaes das vias, como por exemplo a locao dos acesso prximo a faixas de pedestre
para que seja algo continuo no trajeto do usurio.
No quesito acessibilidade importante que o projeto seja executado conforme a norma
NBR 9050 que preve a incluso de todo tipo de deficiente ao espao e que d ao usurio o
direito de escolher o tipo de acesso, seja por escada ou por rampa conforme a sua necessidade,
assegurando totalmente a diversidade de uso e no sua restrino. Como referncia temos um
trabalho feito na Universidade Federal de Santa Catarina pelo Grupo Pet Arquitetura e
Urbanismo com o ttulo Projeto de Espaos Livres Pblicos de Lazer para Todos. No trabalho
apresentam se exemplos com diferentes ambientes de um espao pblico livre, em que
cada letra no desenho representa um soluo projetual.
Figura 16 Proposta de projeto
Fonte: ELY et al., 2003
A diferenciao no tratamento dos pisos por cor, textura e desenho determina as reas
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de circulao e de permanncia (onde esto situados os mobilirios). O piso guia (A) indica
ao deficiente visual o percurso livre de obstculos. Esse piso sedestaca pela cor e ranhuras
que, pelo tato, apontam o sentido a ser seguido, permitindo odeslocamento de forma segura e i
ndependente.A regularidade do piso e a dimenso do passeio (B) favorecem o deslocamento d
o cadeirante, que pode assim executar as manobras necessrias.
9.4 VEGETAO
Para diretrizes no quesito da vegetao necessrio a ateno no tipo que ser
especificado, tendo ao mximo no propor aquelas com pouca influncia estrutural do
espao. A ausncia total ou at mesmo o excesso deve ser um item muito bem planejado,
baseado sempre no inteno projetual, tendo sempre em vista um perpectiva futura dessa
vegetao e como ela ira se configurar com o passar do tempo ou at mesmo na ausncia de
manuteno por parte do poder pblico, pois essa questes pode trazer ao espao uma
sensao de insegurana e abandono, no sendo algo convidativo ao usurio.
9.5 EQUIPAMENTOS PBLICOS (MOBILIRIO)
A implantao do mobilirio urbano em um espao publico tem como funo a
melhoria do conforto das pessoas, mas tambm marca a identidade dos espaos. A
localizao do mobilirio fundamental para o projeto das reas predefinidas na setorizao
de atividades, pois so eles que determinam os locais de permanecia e na ausncia deles a de
passagem. O projeto de mobilirio pode incluir bancos, conjuntos de mesas e cadeiras,
lixeiras, luminrias, corrimos e etc.
No que se refere ao bancos necessrio a variao de modelo que variam em ter ou
no encosto, proporcionando ao usurio a escolha conforme sua preferncia adaptando assim
o conforto a esttica, porque tanto bancos e luminrias deve possuir um design exclusivo e
sua distribuio tem que ser homogenia no espao, fortalecendo o traado e criando uma
identidade para o local. Conjuntos de mesas e cadeiras tambm devem ser considerados pois
na praa em estudo no possui esse tipo de mobilirio e foi possvel observar a partir do
levantamento que os usurios utilizam se da praa para praticar atividades que necessitam, por
exemplo para jogos com cartaz. Lixeiras espalhadas em pontos estratgico como em todos os
acessos e no decorrer da circulao do usurio para que o deslocamento no seja grande e
assim deixar a cargo apenas do usurio de no jogar lixo no cho.
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9.6 BANHEIRO
Na questo do banheiro pblico o levantamento e a pesquisa mostra que mais da
metade dos usurios defende a instalao e compreende a importncia de te lo. Reforando
como diretriz a implantao de um Sanitrio em uma praa central que visa atender a
demanda do fluxo intenso de uma regio que geralmente e cercada por edifcio comerciais
que no permitem o uso livre da populao de suas instalaes. Sendo responsabilidade do
poder pblico prev essa necessidade. Na mesma linha de pensamento podemos incluir
bebedouro que garante acesso a gua, para usurios que permanecem por um longo tempo ou
at mesmo de passagem.
Pontos focais so importantes edificaoes, lugares ou paisagens
localizados no entorno da rea de projeto, que precisam ser mapeados
a fim de se relacionarem com o novo espao a ser criado
(ELY et al., 2003, p. 30)
No projeto da praa Marechal Floriano, ausente um ponto focal, o qual necessrio
por uma questo atrativa e convidativa do espao, pois proporciona um entretenimento ao
usurio que permanece na praa por um perodo.
9.7 PAVIMENTAO
A praa em estudo revestida por um piso denominado paver que garante
permeabilidade ao solo mais que o asfalto, sendo alm disso perceptivo atravs do
questionrio sua aprovao por parte do usurio no quesito de segurana do piso. A escolha
do tipo de piso dever levar em considerao aspectos como o tipo de uso do espao, a
intensidade de fluxos, a necessidade ou no de drenagem superficial e o ideal esttico. Um
mesmo tipo de piso possibilita distintas aplicaes, dependendo da paginao escolhida e da
forma como ele se integrar aos demais pisos, s reas e ao jardim.
9.8 ILUMINAO
A iluminao na praa em estudo, apresentou uma satisfao por parte dos usurios.
Mesmo muitos deles alegarem no frequentar a praa no perodo noturno, por uma questo de
segurana pblica. Sendo diretrizes para futuras praas central a diviso em iluminao das
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vias adjacentes e iluminao do ambiente interno.
A iluminao das vias adjacentes extremamente importante para o deslocamento do
usurio pois proporciona uma sensao de segurana, sendo um dos quesitos mais importante
para que a praa seja convidativa a um vida noturno, juntamente com a iluminao do
ambiente internamente que devem ser locadas prxima as reas de atividades, bancos, mesas,
etc. com posteamento mais baixo, de modo a ficar abaixo das copas das rvores tendo uma
iluminao plena do espao, proporcionando ao usurio tambm dentro do ambiente a
sensao de segurana, alm de um conforto da iluminao para o desenvolvimento de
atividades ou at mesmo de passagem, tornado um espao agradvel. A questo da esttica da
luminria extremamente importante, pois faz a praa adquirir um carter esttico e nico.
9.9 ZONEAMENTO DE USO MISTO
O estabelecimento de uma zona de uso misto na rea central visa garantir a vitalidade
e dinamismo do espao a qualquer momento do dia. Mesclando ocupaes de uso comercial e
de servios no trreo e primeiro pavimento com o uso residencial nos pavimentos superiores,
garante-se uma pluralidade do espao.
A questo da segurana fica reforada pelo princpio das fachadas ativas, onde as
ruas so vigiadas pelos moradores, que de suas janelas percebem todo o movimento que
acontece na via. Garantir o uso residencial em reas comerciais contribui muito para a
segurana local, assim como promove um uso da rea fora dos horrios comerciais,
principalmente no perodo noturno.
Porm, apenas as ocupaes residenciais no garantem todo o dinamismo necessrio
no perodo da noite para a regio, necessrio incentivar a implementao concomitante de
atividades de fluxo noturno no local, como por exemplo bares e restaurantes, instituies de
ensino, estabelecimentos culturais (cinemas, teatros, concha-acstica, vilas culturais, entre
outros). Estas atividades associadas ao uso residencial imprimiriam uma ocupao noturna
que asseguraria tambm a segurana do espao e consequentemente sua maior utilizao.
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10 CONCLUSO
A praa alvo do estudo apresentou atravs do levantamento e da anlise, questes que
devem ser observadas, valorizadas e preservadas em um espao pblico que adquiriu com o
tempo um carter histrico. Praa Marechal Floriano, Praa da Matriz, Praa da Bandeira
tantos nomes que define e demostram o processo que um espao pode sofrer com a
configurao de uma cidade e a importncia de um bom projeto urbano que garanta essa
durabilidade. Fica como referncia e diretrizes tudo aquilo que se estabeleceu e se manteve ao
longo do tempo e tudo aquele que sobreviveu como diretrizes para que novos erros no se
repita em futuros projetos.
Foram utilizadas as metodologias de avaliao: primeiramente walkthrough para
conhecimento da praa, depois entrevistas especfica com pessoas de um conhecimento
abrangente sobre o assunto, um pr-teste para garantir um melhor resultado da avaliao e um
questionrio de entrevista direcionado.
Foi pensado previamente em quais informaes seriam necessrias, teis e como
influenciariam posteriormente, a partir da avaliao dos pontos negativos e positivos de uma
praa central existente, esses resultados direcionaram para uma proposta de elaborao de um
novo projeto de praa em uma rea central.
Erros e acertos que se tornaram visveis e compreendido atravs de uma Avaliao de
Ps-Ocupao que busca mtodos que fazem os profissionais terem uma percepo de como o
usurio se utiliza do espao aps a entrega do projeto e assim transforma esses dados em
melhorias. Sendo extremamente importante para o arquiteto urbanista compreender a
responsabilidade do impacto e aceitao de sua obra perante a sociedade.
Porm, concluiu-se que teria sido adquirido melhores resultados se esses mtodos de
avaliao estivessem sido associados a outros, como mapeamento comportamental ou seleo
visual, pois oferecem mais preciso e maior abrangncia sobre o assunto.
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63
REFERNCIAS
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Humanidades, 2008. 45 p.
YAMAKI, Humberto. Labirinto da memria: paisagens de Londrina. Londrina: Edies
Humanidades, 2006. 145 p.
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ANEXOS
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ANEXO A
Perguntas auxiliares para entrevista especfica com o Prof. Dr. Humberto Yamaki e
Arq. Urb. Prof. Thamine Ayoub retiradas dos livros Labirinto da memria - Paisagens
de Londrina (YAMAKI, 2006) e Praas Histricas - Avalio do Carter
(YAMAKI, 2008) e pesquisas online
Tipologia e Histria e significado da praa e do entorno
Pergunta: "Praa Monumento, praa Smbolo, praa convergncia de pblico, praa de
celebrao, praa de manifestaes polticas e culturais". So algumas tipologia de praa, qual
seria a da Praa Marechal Floriano? Se todas. Qual na sua opinio predomina e o que no
aspecto urbano proporciona essa tipologia?
"A praa como local de encontro, de namoro, de paquera, de feira, de footing, de
brincar, de futebol, de jogar conversa fora com os amigos e enfim, de relaxar e ver o mundo
passar. Nesse sentido, a praa torna-se uma extenso de nossa casa. "
Pergunta: Qual seria o perfil do usurio de uma praa na regio central de uma
cidade?
Low (1990) afirma que existem seis variveis culturais que definem a questo: 1.
Genealogia identificao histrica com o lugar atravs da famlia, 2. Perda e Destruio
Algumas situaes, como no caso de terremotos, constroem ou fortalecem a ligao com o
lugar, 3. Propriedade a maneira mais simples em que a ligao com o lugar pode ser criada,
4. Cosmologia ligao segundo a religio e mitos, 5. Peregrinao ligao atravs de
visitas, usualmente em cunho religioso e 6. Narrativa histricas de moradores sobre a
interao com o lugar. Na definio do carter de praas histricas, a genealogia e a narrativa
assumem papeis vitais.
Pergunta: A Praa Marechal Floriano alm de ser uma praa histrica est ligada
diretamente a Matriz, no caso um templo religioso. Marx: Uma igreja, uma praa, regra geral
nas nossas povoaoes antigas. Por que alm da definio do carter de praas histricas, no
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caso a Genealogia e a Narrativa no podemos acrescentar Cosmologia? Atualmente existe
essa ligao com o templo para determinar o carter e o uso de uma praa?
Sob o ponto de vista da arte, a Praa mais do que um simples vazio. Zucker
Carter a expresso peculiar (do Edifcio). Para que exista carter (na arquitetura)
no pode deixar de haver alma, o que constitui o reflexo do pensamento.
Ligaes com o lugar pode ser criada.
Na publicao People Places (1998), Cooper Marus faz uma reviso dos autores com
Sittte, Rossi, Krier, Rowe e os neotradicionalistas no novo Urbanismo. Identifica trs linhas
bsicas de anlise: forma, esttica e comportamento.
importante a criao de praa no como um simples artefato e sim um suporte as
atividades humanas.
O carter algo que torna o espao unico. um conjunto de elementos reconhecveis
que torna um local diferente do outro, independentemente de ser bom ou ruim. (Landscape
Character Assessment, 2007)
10 itens a saber:
Impresso inicial;
Relevo;
Acessos;
Escala;
Vegetao;
Mobilirio;
Visuais;
Outras paisagens;
Histria e Significados;
Apropriao pela comunidade;
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Denominao Oficial de Praas: Lei 216/53 (1953)
Escala e Apropriao pela Comunidade:
Dimenso da praa em relao ao bairro, aos quarteiroes e as edificaoes do entorno.
A Escala pode favorecer o controle visual e a sociabilidade.
Pergunta: Sobre a implantao no projeto inicial houve inteno visual na localizao
da praa (em relao a outras praas ou paisagens urbanas)?
Pergunta: Por se tratar de uma praa central existe um controle visual e uma
sociabilidade? Se sim quem so os principais usurios que exercem essa funo? Moradores,
trabalhadores?
Vegetao: a Importncia de um bom projeto paisagstico.
Analisar a relao da vegetao com as possibilidades de uso.
Na Praa Marechal Floriano podemos observar uma evoluo no projeto paisagstico
de uma simples traado, para canteiros floridos e atualmente uma arborizao.
Pergunta: Atualmente a praa bem arborizada, tendo com imagem inicial As
sombras da Praa Marechal Floriano. No contexto atual o uso de lazer e descanso est
relacionado a isso? E por se tratar de uma praa central em uma zona de comrcio