APLICAÇÃO DO DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO COMO...
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APLICAÇÃO DO DIAGRAMA DE CAUSA
E EFEITO COMO INSTRUMENTO DE
GESTÃO DE RESÍDUOS DE
CONSTRUÇÃO
Larissa Silva de Melo (UFF )
Helder Gomes Costa (UFF )
Jose Rodrigues de Farias Filho (UFF )
[email protected]; [email protected]
A indústria da construção desempenha um papel fundamental para o
desenvolvimento de qualquer país, e a geração de resíduos é inevitável
durante a execução da obra, tornando-se uma grande preocupação
para a economia, ambiente e sociedade. Umm fator que muitas vezes
contribui de forma significativa para uma grande quantidade de
resíduos é a falta de estratégia de redução. Sendo assim, a
compreensão da fonte desses resíduos é essencial para criação de
estratégias de minimização. Atualmente, existem poucos estudos
disponíveis para a classificação e identificação da origem dos mesmos.
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada para
atender essa lacuna através da classificação das causas de geração de
resíduos em três níveis por meio de um diagrama de causa e efeito
também conhecido como espinha de peixe, utilizando como insumo
uma revisão da literatura e brainstorming com especialistas na área de
construção civil.
Palavras-chave: Diagrama de causa e efeito, espinha de peixe,
resíduos de construção, fontes de resíduos
XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil
João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.
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1. Introdução
O resíduo gerado em consequência de atividades de construção e demolição vem sendo
percebido como um dos mais representativos em muitos países do mundo, tornando-se uma
grande preocupação, ainda mais ao se considerar razões atuais que podem levar ao aumento
do mesmo, como: maior exigência dos padrões de moradia, demanda por projetos de
infraestrutura, mudanças nos hábitos de consumo e crescimento natural da população.
(NAGAPAN et al., 2012)
Estima-se que o setor de construção civil seja responsável por aproximadamente 20% a 50%
do consumo dos recursos naturais totais extraídos no planeta, e chega-se a afirmar que o
desperdício de materiais atingiria um índice de 33%, e que cerca de 50% desse material
perdido é disposto em aterros sanitários. Além disso, quando se aborda o aspecto de custo
total da construção indica-se que aproximadamente 50 a 60% advém dos materiais usados.
(PIOVEZAN JÚNIOR, 2007; GROHMANN, 1998; BOSSINK, 1996; GANESAN, 2000).
Sendo assim, a redução do desperdício pode trazer benefícios econômicos e de
competitividade para as construtoras e para o meio ambiente.
Para minimizar o desperdício costuma-se adotar três estratégias: Redução, Reuso e
Reciclagem. Na qual a estratégia de redução é considerada a melhor pois trata o resíduo na
fonte de geração, através do gerenciamento, controle e eliminação dos mesmos.
(EKANAYAKE & OFORI, 2000).
Visando a melhoria da estratégia de redução, esse artigo traz um detalhamento das possíveis
causas de geração de resíduos através da literatura e brainstorming com quatro engenheiros
responsáveis pela parte de execução ou planejamento de uma obra. Destacando-se pela forma
de apresentação das causas, usando o diagrama de causa e efeito, que possui uma estrutura
clara e permite um relacionamento entre as mesmas. Em artigos similares ao tema em
questão, as causas costumam ser citadas por meio de listas ou tabelas, que podem dificultar a
interpretação.
2. Metodologia
O método de pesquisa escolhido para alcançar o resultado esperado consistiu em quatro
etapas. Ilustradas com detalhes na Figura 1.
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Figura 1: Metodologia de pesquisa para construção do diagrama de causa e efeito
O diagrama de causa e efeito proposto nesse artigo consiste em três níveis. Sendo o primeiro
nível as categorias utilizadas na espinha de peixe, o segundo nível são as causas apontadas
para essas categorias, e o terceiro nível são as causas raiz que se referem as causas de segundo
nível.
3. Resultados
Após a escolha do problema a ser investigado: Geração de Resíduos de Construção, uma
rodada de discussão (brainstorming) com participação de quatro engenheiros civis experientes
no mercado foi realizada. Buscando aprofundar as causas para geração desses resíduos nas
obras em que trabalhavam. E como meio de direcionar o brainstorming utilizou-se os M's do
diagrama de causa e efeito também conhecido como espinha de peixe: Mão de obra, Material,
Método, Máquina, Medida e Meio Ambiente. Esse diagrama consiste em uma forma gráfica
usada como metodologia de análise para representar fatores de influência (causas) sobre um
determinado problema.
O primeiro resultado do trabalho foi a adaptação das categorias (M's) padrões da espinha de
peixe de acordo com a opinião dos participante. Na qual "Material" e "Máquina" foram
tratados como um só item, "Materiais e Equipamentos"; "Meio Ambiente" foi definido como
"Fatores Externos" para englobar mais causas; O item "Medida" foi substituído por
"Gerenciamento", pois os participantes acreditavam que o modo como a construção é
gerenciada pode ter um papel significativo no tratamento dado ao resíduo e na influência dos
outros trabalhadores. E além disso, foi criada uma categoria para a fase de "Design", que na
opinião de alguns devia ficar fora de "Método" pois o impacto de suas decisões pode ser
muito relevante para a questão de resíduos.
Levantamento dos
principais problemas
que impactavam o
custo das construções.
Problema escolhido:
Desperdício de
materiais (resíduos)
IDENTIFICAÇÃO
DO PROBLEMA
Discussão das
principais causas de
geração de resíduos, e
adaptação dos 6M's
do diagrama de causa
e efeito
BRAINSTORMING
Complemento das
causas do
brainstorming com as
citadas na literatura
CAUSAS NA
LITERATURA
Construção final do
diagrama de causa e
efeito de três níveis
para geração de
resíduos de
construção.
DIAGRAMA DE
CAUSA E EFEITO
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A espinha de peixe, apenas com as categorias, ficou representada como na Figura 2:
Figura 2: Espinha de peixe (1º nível) adaptada para resíduos de construção e demolição
Geração de resíduos de
construção
Mão de ObraMaterial and
EquipamentosMétodo
Gerenciamento Design Fatores Externos
A adaptação das categorias foi feita em paralelo com as discussões das causas. A seguir serão
destacadas as causas de segundo nível acordadas pelos participantes para cada categoria:
Mão de obra - Fraco de comprometimento e/ou conscientização dos trabalhadores;
Falta de preparação prévia dos trabalhadores (Ex: treinamentos); Pouca habilidade no
uso dos materiais.
Material e Equipamentos - Restos de material; Baixa qualidade dos materiais; Uso de
ferramentas e equipamentos não adequados; Uso de materiais e equipamentos com
tecnologia inferior; Mau funcionamento dos equipamentos.
Método - Danos durante a atividade de transporte; Deficiência nas etapas de compras e
entrega; Manuseio inadequado do material; Armazenamento impróprio.
Gerenciamento - Controle inadequado dos materiais; Falta de incentivo e liderança;
Condições impróprias no local de trabalho.
Design - Mudanças frequentes no projeto; Resíduos não são considerados na fase de
design; Problemas na definição do contrato; Falta de coordenação da equipe de design
com outras disciplinas; Escolha inadequada de materiais.
Fatores Externos - Condições climáticas imprevisíveis; Roubos ou práticas criminosas;
Acidentes; Dificuldades relacionadas a legislação e regulação; Não ser um aspecto
considerado em licitação e concursos; Mercado de reciclagem pouco desenvolvido.
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Figura 3: Espinha de peixe (2º nível) adaptada para resíduos de construção e demolição
Preparação prévia Deficiência na etapa de compras e entrega
Habilidade dos trabalhadores Manuseio inadequado do material
Tecnologia inferior
Condições climáticas imprevisíveis
Falta de incentivo e liderança Roubos ou práticas criminosas
Dificuldades relacionadas a legislação e regulação
Restos de material
Baixa Qualidade de Materiais
Comprometimento e
conscientização
Ferramentas e equipamentos
não adequados Mau funcionamento dos
equipamentos
Controle inadequado dos
materiais
Problemas na definição
do contrato
Mudanças frequentes no
projeto
Escolha inadequada de materiais.
Construction Waste
Generation
Mão de ObraMaterial and
EquipmentsMétodos
Gerenciamento Design Fatores Externos
Armazenamento impróprio
Danos no transporte
Condições impróprias no local
de trabalhoFalta de coordenação da equipe
de design com outras disciplinas
Resíduos não são considerados
na fase de design
Mercado de reciclagem pouco
desenvolvido
Não ser um aspecto considerado
em licitação e concursos
Em seguida, buscou-se desenvolver as causas de terceiro nível, sendo algumas mencionadas
durante o brainstorming e outras complementadas por uma revisão da literatura para dar mais
consistência ao trabalho. É importante destacar que questões mencionadas no segundo nível
também foram validadas pela literatura.
A tabela 1 detalha os dados dos artigos utilizados como insumo para construção e validação
da espinha peixe, indicando título, autores e ano de publicação.
Tabela 1 - Artigos referência para espinha de peixe
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Título Autores Ano
1 Sourceevaluationofsolidwasteinbuildingconstruction GAVILLAN&BERNOLD 1994
2 ConstructionWaste:QuantificationandSourceEvaluation BOSSINK&BROUWERS 1996
3 Minimizingwasteonconsstructionprojectsites FANIRAN&CABAN 1998
4Quality,wasteandcostconsiderationsinarchitecturalbuildingdesign
managementROUNCE 1998
5 Constructionmaterialwastesourceevaluation EKANAYAKE&OFORI 2000
6Attitudesandperceptionsofconstructionworkforceonconstructionwastein
SriLankaKULATUNGAetal. 2006
7Implementationofwastemanagementandminimisationintheconstruction
industryofMalaysiaBEGUMetal. 2007
8 ManualTécnico:GestãodeResíduosSólidosemCanteirodeObras BLUMENSCHEIN 2007
9 Architect'sperspectivesonconstructionwastereductionbydesign OSMANIetal. 2008
10MajorobstaclestoimprovingtheperformanceofwastemanagementinChina's
constructionindustryYUANetal. 2011
11IdentifyingCausesofConstructionWaste-CaseofCentralRegionof
PeninsulaMalaysiaNAGAPANetal. 2012
B Brainstorming
3.1. Mão de Obra
Categoria 1 -Mão de Obra
Fraco comprometimento e/ou conscientização em
diferentes níveis operacionais[1]; [5]; [9]; [1]; [E]
Cultura e comportamentos tradicionais na construção [1]; [10]
Dificuldade de envolver terceirizados [1]; [E]
Alta rotatividade dos trabalhadores [E]
Política deficiente para gestão de resíduos pela empresa (Ex:
Planos e Medidas) [1]; [6]; [E]
Pouco investimento em divulgação de informações
(apresentações, cartazes, ...) [6]
Dificuldade em mudar práticas de trabalho já existentes [1]; [6]; [E]
Pouco incentivo da empresa (Financeiros e Não financeiros) [E]
Exemplo e envolvimento dos líderes e gerentes [1]
Categoria 2 - Mão de Obra
Falta de preparação prévia dos trabalhadores (Ex:
Treinamentos)[1]; [7]; [10]; [E]
Categoria 2 - Mão de Obra
Pouca habilidade no uso dos equipamentos/ materiais [1]; [11]; [E]
3.2. Materiais e Equipamentos
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Categoria 2 - Materiais e Equipamentos
Restos de Material [1]; [3]; [E]
Uso de material incorreto [2]; [5]; [9]; [E]
Acabamento ruim [3]; [8]; [9]
Não adoção de elementos padronizados e/ou pré-fabricados [5]; [8]; [E]
Deficiência nas atividades de reuso e/ou reciclagem [7]; [8]
Erro humano [1]; [2]; [5]
Materiais e produtos não usados [2]; [3]; [9]; [E]
Mistura de materiais de forma não adequada [2]; [E]
Restos naturais decorrente do processo [2]; [9]; [E]
Usar um material novo é mais fácil que trabalhar no reuso [6]; [E]
Retrabalho [11]; [E]
Embalagens descartáveis [2]; [9]
Corte feito de forma não econômica [2]; [9]
Categoria 2 - Materiais e Equipamentos
Baixa Qualidade do Material [2]; [5]; [E]
Custo do projeto [E]
Concorrência baseada em preço [E]
Desconhecimento sobre outras alternativas de materiais de
construção[2]; [5]
Categoria 2 - Materiais e Equipamentos
Uso de Materiais e Equipamentos com Tecnologia Inferior
(Pode influenciar em maior perdas)[1]; [7]; [E]
Custo de novos equipamentos [E]
Dificuldade de trazer para o país (Em caso de importação) [E]
Resistência a nova tecnologia [E]
Necessidade de treinar os funcionários [E]
Necessidade de estabelecer novos procedimentos de trabalho [E]
Categoria 2 - Materiais e Equipamentos
Mau Funcionamento dos Equipamentos/ Ferramentas [1]; [2]; [5]; [9]; [11]; [E]
Manutenção inadequada [E]
Depreciação natural [E]
Preparação incorreta para uso [E]
Categoria 2 - Materiais e Equipamentos
Uso de Ferramentas ou Equipamentos não Adequados [E]
Falha de planejamento [E]
Orientação incorreta pelo responsável por designar as
ferramentas e equipamentos[E]
Desconhecimento do funcionário dos que seriam mais
adequados[E]
Desorganização do canteiro [1]; [E]
3.3. Método
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Categoria 3 - Método
Danos durante Atividade de Transporte (No canteiro e Para o canteiro) [1]; [2]; [5]; [9]; [E]
Desorganização dos materiais dentro do veículo de transporte [E]
Escolha de meio de transporte incorreto [E]
Procedimentos inadequados na descarga de materiais [9]; [E]
Materiais pouco protegidos [9]
Pouca preocupação do condutor [E]
Categoria 3 - Método
Deficiência na Etapa de Compra e/ou Entrega [3]; [E]
Erros de pedido (Ex: pedidos de itens que não estão em conformidade com a
especificação; em quantidade superior ou inferior)[1]; [2]; [5]; [7]; [9]; [E]
Baixo controle de qualidade no momento de recebimento [8]
Variações frequentes nos pedidos [E]
Erros do fornecedor [E]
Dificuldade de pedir em pequenas quantidades [2]; [5]
Categoria 3 - Método
Manuseio Inadequado do Material [1]; [3]; [9]; [E]
Treinamento insuficiente para os trabalhadores [1]; [7]; [10]; [E]
Falta de procedimentos [E]
Materiais fornecidos "soltos" [5]; [9]
Escassez de trabalhadores qualificados [11]
Pressão de tempo para tarefas [9]
Uso de muitas horas extras (provocando cansaço) [E]
Categoria 3 - Método
Armazenamento impróprio [1]; [2]; [3]; [5]; [8]; [9]; [E]
Escolha de local inadequado levando a danos ou deterioração [2]; [9]; [E]
Falta de proteção apropriada [E]
Materiais sem embalagem [2]
Materias localizados longe da ponto de uso [5]; [9]
3.4. Gerenciamento
Categoria 4 - Gerenciamento
Controle Inadequado dos Materiais [2]; [3]; [8]; [9]; [11]; [E]
Falta de supervisão/ coordenação exclusiva para resíduos [8]; [9]; [11]
Necessidade de mais trabalhadores [6]; [8]
Falta de procedimentos [E]
Desconhecimento do tipo e quantidade de resíduo gerado [8]
Desorganização do almoxarifado [E]
Desorganização do canteiro de obra [8]
Falta de sistema de rastreamento [E]
Separação/ Triagem ineficiente [8]
Retirada de materiais em quantidade diferente da prevista [11]
Materiais não documentados [E]
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Categoria 4 - Gerenciamento
Falta de Incentivo e Liderança [E]
A gestão de resíduos poderia resultar em um maior custo do
projeto [6]; [10]; [E]
Pouca preocupação do contratante quanto aos resíduos [10]; [E]
Gestão de resíduos não é percebida como parte do trabalho do
gestor [6]
Mercado de reciclagem pouco desenvolvido [10]; [E]
Baixo investimento financeiro na gestão de resíduos [8]; [E]
Política deficiente para gestão de resíduos pela empresa (Ex:
Planos e Medidas) [9]; [E]
Categoria 4 - Gerenciamento
Condições Impróprias no Local de Trabalho [E]
Iluminação inadequada [E]
Pouca sinalização (identificação visual) [8]
Espaço de trabalho limitado [8]; [10]
Preparação inadequada do canteiro (EX: Ex: Croquis com
detalhamento de depósitos temporários, fluxo do transporte de
resíduos, instrução de coletas e equipamentos adequado) [8]
Mau Funcionamento dos Equipamentos/ Ferramentas [1]; [2]; [5]; [9]; [11]; [E]
Condições não ergonômicas [E]
3.5. Design
Categoria 5 - Design
Escolha inadequada de materiais [2]; [E]
Opção por materiais de baixa qualidade [2]; [5]; [7]; [E]
Desconhecimento sobre outras alternativas de materiais de
construção[2]; [5]
Não adoção de elementos padronizados e/ou pré-fabricados [5]; [8]; [E]
Resistência a mudanças [E]
Dificuldade de estimar e quantificar a necessidade de materiais [2]; [5]; [8]; [E]
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Categoria 5 - Design
Mudanças Frequentes no Projeto [1]; [2]; [3]; [7]; [8]; [9]; [11]; [E]
Detalhamento e complexidade dos projetos [1]; [3]; [5]; [8]; [9]; [E]
Erro de projeto [1]; [3]; [9]; [11]; [E]
Desconhecimento sobre outras alternativas de materiais de
construção[2]; [5]
Necessidades percebidas durante a fase de execução [5]; [E]
Inexperiência do responsável pelo planejamento (Método e
sequência de produção)[5]
Baixa qualidade do trabalho da equipe de Design [E]
Requisições de último minuto por parte do contratante [9]; [E]
Má interpretação das necessidades do contratante [4]
Comunicação deficiente entre partes interessadas [4]; [9]; [E]
Uso de informação incorreta ou antiga [4]; [9]
Especificações pouco claras ou incorretas [4]; [9]; [11]; [E]
Categoria 5 - Design
Problemas na Definição do Contrato [E]
Erros no documento de contrato [2]; [5]; [9]
Pouco incentivo dos contratantes quanto a gestão de resíduos [2]
Contrato incompleto [2]; [5]; [9]
Requisições de último minuto por parte do contratante [9]; [E]
Comunicação deficiente entre partes interessadas [4]; [9]; [E]
Categoria 5 - Design
Resíduos não são Considerados na Fase de Design [10]; [E]
Categoria 5 - Design
Falta de Coordenação da Equipe de Design com outras
Disciplinas[4]; [E]
3.6. Fatores Externos
Categoria 6 - Fatores Externos
Condições Climáticas Imprevisíveis [1]; [2]; [3]; [5]; [9]; [11]; [E]
Categoria 6 - Fatores Externos
Acidentes [1]; [2]; [3]; [5]; [9]
Categoria 6 - Fatores Externos
Roubos ou Práticas Criminosas [2]; [3]; [5]; [9]; [E]
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Categoria 6 - Fatores Externos
Dificuldades de Legislação e Regulação [8]; [10]; [E]
Dificuldade de intepretação da legislação na prática [10]; [E]
Execução deficiente dos instrumentos de fiscalização pelos órgão
governamentais[8]; [10]; [E]
Falta de exemplo do governo na gestão de resíduos de construção
e demolição em suas obras[E]
Baixo custo para depósito nos aterros sanitários [10]
Categoria 6 - Fatores Externos
Não ser um Aspecto Considerado em Licitação e Concursos [E]
Categoria 6 - Fatores Externos
Mercado de Reciclagem pouco Desenvolvido [10]; [E]
Poucas usinas de reciclagem comparado a demanda [E]
Localização das usinas de reciclagem [8]
Falta de preparo dos agentes coletores e recicladores [8]
4. Conclusões
Os resíduos de construção podem ser originados durante todas as fases do processo de
construção. A redução do resíduo na fonte é o caminho mais lógico e econômico para
alcançar bons resultados. E através do conhecimento das causas, ações podem ser tomadas
para mitigar a geração de resíduos e mesmo no caso de fatores externos que não podem ser
controlados como clima, legislação, e atos criminosos, é possível estar preparado para lhe dar
com eles.
O presente trabalho buscou aprofundar o motivo das causas por meio do diagrama em três
níveis, que pode ser adaptado a realidade de cada empresa. Entretanto o real valor do artigo
está na implementação de estratégias para reduzir o impacto dessas causas.
REFERÊNCIAS
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EKANAYAKE L. L., OFORI G. Construction material waste source evaluation. Proceedings: Strategies for a
Sustainable Built Environment, Pretoria, 2000.
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