Ao Bardo Druida

download Ao Bardo Druida

of 26

Transcript of Ao Bardo Druida

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    1/26

    Ao Bardo DruidaPor Luz de Lisboa

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    2/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    2

    Um tnue ensaio de poesia dedicado a homenagear

    algum que merece muito mais do que tudo aquilo

    que se lhe possa dar

    A tenuous essay of poetry dedicated to honoring

    someone who deserves much more than anything

    that could be given to him

    Luz de Lisboa

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    3/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    3

    Luz de Lisboa

    Luz de Lisboa nasceu, tal como o nome indica, na capital

    portuguesa, algures no sculo XX. A escrita e a leitura so

    eternos equipamentos de respirao artificial. Sempre cultivou o

    imaginrio como de se de um jardim se tratasse, pelo que o seu

    crebro se assemelha mais a um denso bosque do que a uma

    massa cinzenta. Os mundos fantsticos exercem sobre Luz de

    Lisboa um fascnio particular, reflectindo-se na sua escrita, feita

    como se fosse o livro que desejaria ler mas que ainda no foi

    escrito. Como tal, actualmente est a escrever novas fantasias

    Luz (Light) was born in Lisbon, as the name indicates, in the

    Portuguese capital, sometime in the twentieth century. The

    writing and reading are eternal artificial breathing apparatus.

    Always cultivated the imagination as if it were a garden, so that

    her brain is more like a dense forest than a gray mass. Fantastic

    worlds have on Luz de Lisboa a particular fascination, reflected

    in her writing, made as if it was the book she wants to read but

    have not yet been written. As such, currently she is writing new

    fantasies

    [email protected]

    http://ailhadasandrix.wordpress.com

    http://ailhadasandrix.wordpress.com/sobre/[email protected]://ailhadasandrix.wordpress.com/sobre/[email protected]
  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    4/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    4

    O Sonho da Minha EternidadePassava a eternidade assim

    Tecendo com a escurido do meu olhar

    A brilhante luminosidade do teu

    Transformando um doce toque

    No mais sagrado dos momentos

    Unindo o rio que corre nas minhas veias

    lava fervente que habita as tuas

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    5/26

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    6/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    6

    "My Dream of Eternity"I would spend eternity like this

    Weaving through the darkness of my eyes

    The bright light of yours

    Turning a sweet touch

    In the most sacred of moments

    Joining the river that runs through my veins

    In the boiling lava that inhabits yours

    I would spend eternity like this

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    7/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    7Protecting your soft breath

    From the storm emanating from mine

    Entangling your dewy smile

    In the trade winds that controls mine

    Shaping the dawn of your dermis

    With the twilight of my

    I would spend eternity like this

    Planting the mist of your hair

    In the deep of my moor

    Reaping with my hands

    The happy humaneness of yours

    Raising a temple in your body

    With the sweet clay that is mine

    I would spend eternity like this

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    8/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    8

    Sonata ao Teu SerQuero

    Bordar a tua vida no pano da minha

    Quero gravar a histria do teu ser num gro de areia

    Esculpir a tua alma em dentes-de-leo

    Quero talhar o teu olhar nagua do mar

    Pintar a tua voz no ar que respiro

    Quero imprimir o teu aroma numa ptala de um cravo

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    9/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    9Esboar o teu tacto na lava de um vulco

    Quero moldar o sabor do teu sorriso na copa dasrvores

    Recortar o som das tuas palavras no p das estrelas

    Quero tecer o teu contorno na luz da Lua

    Entranar o brilho da tua pele nos raios do Sol

    Quero orquestrar a textura do teu cabelo numa pauta de seixos

    Compor o teu silncio numa sinfonia da cor do orvalho

    Quero escrever a temperatura dos teus beijos na doura de um

    fruto silvestre

    Executar as tuas lgrimas uma valsa de plenes

    Quero fotografar a inquietude da tua paz numa pelcula de

    nuvens

    Projectar a calma do teu fulgor num aguaceiro

    Quero colorir a melodia da tua respirao na gentileza das

    mars

    Declamar a doura da tua ausncia na calma de uma fraga

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    10/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    10Quero cantar a macieza da tua paixo na imensido das asas de

    uma joaninha

    Erguer a fragilidade da tua coragem num castelo de penas de

    pavo

    Quero

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    11/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    11

    "Sonata to Your Being "I want to ...

    Embroider your life on the cloth of mine

    I want to write the story of your being in a grain of sand

    Carve your soul on dandelions

    I want to whittle your gaze in the sea water

    Paint your voice in the air I breathe

    I want to print your scent on a petal of a carnation

    Outline your tact in lava from a volcano

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    12/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    12I want to shape the taste of your smile in the treetops

    Cut the sound of your words in the dust of the stars

    I Want to weave your outline in the moonlight

    Plat the glow of your skin in the sun's rays

    I want to orchestrate the texture of your hair in a musical score

    of jackstones

    Compose your silence into a symphony ofthe colors dew

    I want to write the temperature of your kisses in

    the sweetness of a wild fruit

    Play your tears on a waltz of pollens

    I want to photograph the restlessness of your peace in a

    film of clouds

    Project yourglowscalm on to a rainfall

    I want to color the melody of your breath in the kindness of

    the tides

    Declaim the sweetness of your absence in the calm of a cascade

    I want to sing the softness of your passion in the immensity of

    the wings of a ladybug

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    13/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    13Lift the weakness of your courage in a castle of peacock feathers

    I want to ...

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    14/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    14

    Realidade EncantadaPasseaste pela minha imaginao naquele tempo em que no

    sabia porque te queria tanto

    Habitaste-me com demora mas cansaste-te de esperar que eu te

    dissesse para ficares

    Partiste em busca de algum cujo esprito acolhesse e abraasse o

    teu at eternidade

    Saltaste de alma em alma numa demanda por quem te albergara

    sem nunca te ter

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    15/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    15Vagueei pela vida acreditando que a tua lembrana nada mais

    era que uma quimera

    Rumei pelos caminhos que me chamavam para o futuro que se

    mascarava de radioso

    Atravessei montanhas desertas de iluses com a certeza que nada

    teria para procurar

    Arrastei a meu lado almas convictas de terem um lugar

    reservado no fundo da minha

    Regressei ao princpio de surpresa

    Seguiste o meu regresso de longe

    Trilhei devagar pela tua lembrana

    Aproximaste-te receando acreditar

    Envolvi-te num enlao constritor

    Mergulhaste a tua alma na minha

    Guardei o teu esprito no seio do meu

    E da memria que no o era fez-se magia

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    16/26

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    17/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    17

    " Enchanted Reality You walked through myimagination at that time I did not know

    why I wanted you so much

    You inhabited me with delay but you wearied to expect me to

    tell you to stay

    You left in search of someone whose spirit would receive and

    embrace yours until eternity

    You jumped from soul to soul on a quest for the one that housed

    you without ever having you

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    18/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    18I wandered through life believing that remembrance was

    nothing more than a chimera

    I headed in the ways that called me for a future that

    was masked as bright

    I crossed the mountains deserted of illusions with the certainty

    that I had nothing to seek

    I dragged with me souls that were sure they had a place deep in

    mine

    I returned to the beginning with surprise

    You followed my return from far

    I tread slowly through your memory

    You came close fearing believe

    I wrapped you in a constrictor embrace

    You dip your soul in mine

    I kept your spirit within mine

    And the memory thatwas not turned into magic

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    19/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    19

    Quando os Deuses Sorriem

    A fortuna conduziu-me ao teu ser

    O acaso colocou-te na minha alma

    Os cus estavam pintados de cinzento

    Escurecendo a cor das nossas veredas

    E os deuses decidiram ento brincar

    No meio de todos aqueles trilhos verdes

    No seio do aroma da terra encharcada

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    20/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    20No corao das folhas bailarinas

    Na msica brotada do sopro do vento

    Na brisa soprada pelas penas das aves

    Na cegueira do amarelo dos malmequeres

    No apego dos gros hmidos da terra

    Na pressa milenar dasguas da ribeira

    Na frieza macia da pele das pedras

    Os deuses sorriram

    As nossas almas viram-se como novas

    Mas descobriram-se como gmeas

    Exploraram-se e conheceram novos mundos

    Universos deliciosamente egostas

    Que preservaram dentro dos seus seres

    Como se de frmulas mgicas se tratassem

    Um eixo cncavo e outro convexo

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    21/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    21Quebrando todas as leis da fsica

    O Sol e a Lua num abrao hermtico

    A noite e o dia da terra do Nunca

    Agua e o vinho do nctar dos deuses

    O deserto e o aguaceiro feitos prado

    A areia que no se esvaia pelos dedos

    A mo aberta que fecha o ar dentro de si

    Os deuses sorriram

    O dia que fora cinzento adormeceu

    A voz cristalina dos invisveis ouviu-se

    Apelando ao reino da escurido

    Chamando alto o ansiado silncio

    As estrelas acenderam a luz da noite

    Aquecendo a chama das nossas almas

    Embalaram o repouso da nossa hist

    ria

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    22/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    22Ofereceram fulgor s nossas existncias

    A cor da Lua amparou os nossos sonhos

    De uma vida distante desta vida

    Preenchida pela ausncia de outros

    Uma manta desfeita pelo crepsculo

    E mais uma vez tecida a cada aurora

    Aconchegando o nosso elo invisvel

    Os deuses sorriram

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    23/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    23

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    24/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    24

    "When the Gods Smile"

    The fortune led me to your being

    Venture put you in my soul

    The skies were painted gray

    Darkening the color of our paths

    And then the gods decided to play

    In the midst of all those green rails

    Within the aroma of wet earth

    In the heart of the dancing leaves

    In music sprung from the breath of the wind

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    25/26

    Ao Bardo Druida

    Luz de Lisboa

    25In the breeze blown by the feathers of birds

    In the blindness ofthe marigoldsyellow

    In attachment of the earth moist grain

    In the millennial rush of the waters of the stream

    In the cold softness of the stones skin

    The gods smiled

    Our souls saw each other like new

    But they found themselves to be twins

    Explored themselves and met new worlds

    Deliciously selfish universes

    That they preserved within their beings

    As if they were magic formulas

    A hollow shaft and a convex one

    Breaking all laws of physics

    The Sun and the Moon in a tight embrace

    The night and day from Neverland

    Water and wine in the nectar of gods

    The desert and the rain made meadows

  • 8/4/2019 Ao Bardo Druida

    26/26

    Ao Bardo Druida

    26The sand that does not fade through the fingers

    The open hand that closes the air within it

    The gods smiled

    The grayish day fell asleep

    The crystal-clear voice of the invisible one was heard

    Appealing to the kingdom of darkness

    Loudly calling for the craved silence

    The stars lit the night light

    Warming up the flame of our souls

    They rocked the rest of our history

    Offered glow to our lives

    The color of the Moon cradled our dreams

    Of a distant life from this life

    Filled with the absence of others

    A quilt undone by the sunset

    And once again woven every dawn

    Snuggling our invisible bond

    The gods smiled