Anuário Brasileiro de Arroz 2013

140
        9         9         7         7         1         8         0         8         1         0         8         8         1         3         3    I    S    S    N    1    8    0    8     1    0    8    8 2013 anuário brasileiro D o brazilian riCe yearbook

description

Anuário sobre a produção de arroz no Brasil.

Transcript of Anuário Brasileiro de Arroz 2013

Page 1: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 1/140

        9        9        7        7        1        8        0        8        1        0        8        8        1        3        3

2013

ANUÁRIOBRASILEIRODO

BRAZILIANRICE YEARBOOK

Page 2: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 2/140

TECNOLOGIADOW AGROSCIENCES PARA ARROZSÓ QUEM INVESTE EM INOVAÇÃO PODEOFERECER TANTAS POSSIBILIDADES

Soluções para um Mundo em Crescimento

      ®    M   a   r   c   a   s   r   e   g    i   s    t   r   a    d   a   s    d   e    T    h   e    D   o   w    C    h   e   m    i   c   a    l    C   o   m   p   a   n   y   o   u   c   o   m   p   a   n    h    i   a   s   a    fi    l    i   a    d   a   s .

Quem investe na tecnologia Dow AgroSciences ganhainúmeros benefícios:• Amplo portifólio para todas as fases da cultura de arroz;

• Seletividade no controle de plantas invasoras;

• Eficiência no controle de doenças;

• Mais produtividade, mais lucratividade.

www.dowagro.com.br | 0800 772 2492

Page 3: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 3/140

 ANUÁRIO BRASILEIRO DO ARROZ 2013

   R   o    b   i   s   p   i   e   r   r   e   G   i   u    l   i   a   n   i

1

Page 4: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 4/140

Rua Ramiro Barcelos, 1.224, CEP: 96.810-900,Santa Cruz do Sul, RS

Telefone: 0 55 (xx) 51 3715 7940Fax: 0 55 (xx) 51 3715 7944 E-mail : [email protected] 

[email protected]  Site: www.editoragazeta.com.br 

EDITORA GAZETA SANTA CRUZ LTDA.CNPJ 04.439.157/0001-79

Diretor-Presidente: André Luís JungblutDiretor-de-Conteúdo: Romeu Inacio NeumannDiretor-Comercial: Raul José Dreyer Diretor-Administrativo: Jones Alei da SilvaDiretor-Industrial: Paulo Roberto Treib

EXPEDIENTE > Publishers and Editors

 ANUÁRIO BRASILEIRO DO ARROZ 2013Editor: Romar Rudolfo Beling; editor assistente:Daniel Neves da Silveira;textos: Cleiton Evandro dos Santos, Erna Regina Reetz e Daniel Neves daSilveira; supervisão: Romeu Inacio Neumann; tradução: Guido Jungblut;

fotografia: Sílvio Ávila, Inor Assmann (Agência Assmann), RobispierreGiuliani e divulgação de empresas e entidades; projeto gráfico ediagramação: Márcio Oliveira Machado; arte de capa: Márcio OliveiraMachado, sobre fotografia de Sílvio Ávila; edição de fotografia e arte-final: Márcio Oliveira Machado; marketing: Maira Trojan Bugs, TainaraBugs e Rafaela Jungblut; supervisão gráfica: Márcio Oliveira Machado;distribuição: Simone de Moraes; impressão: Gráfica Coan, Tubarão (SC).

ISSN 1808-1088

É permitida a reprodução de informações

desta revista, desde que citada a fonte. Reproduction of any part of this magazine is allowed, provided the source is cited.

Ficha

 A636  Anuário brasileiro do arroz 2013 / Cleiton

Evandro dos Santos ... [et al.]. – Santa Cruz do Sul:Editora Gazeta Santa Cruz, 2013.

  136 p. : il.

  ISSN 1808-1088

  1. Arroz - Brasil. I. Santos, Cleiton Evandro dos.

  CDD : 633.180981  CDU : 633.18(81)

Catalogação: Edi Focking CRB-10/1197

RobispierreGiuliani

Page 5: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 5/140

Page 6: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 6/140

• A maior safra da história, com 166,2 milhões de toneladas

• US$ 79,41 bilhões de saldo na Balança Comercial• Novo recorde de exportação de carne bovina, de US$ 5,74 bilhões

• Crescimento de 12% na exportação de carne suína

• Valor Bruto de Produção de Grãos de R$ 241,8 bilhões

05 NUM3R05 N40 M3NT3M:

2012 F01 0 M3LH0R 4N0

D4 H15T0R14 P4R4 0

4GR0N3G0C10 BR451L31R0.

Page 7: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 7/140

Um dos maiores produtores de alimentos do mundo

está ainda maior, com recordes que são fruto da parceria

entre toda a cadeia produtiva e o Governo Federal. Em

2012, foi lançado o maior Plano Agrícola e Pecuário

de todos os tempos, aprovado o novo Código Florestal

e iniciado o Projeto de Regionalização do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sinal de que em

2013 teremos ainda mais trabalho e novos recordes.

O ano já começou, e a Safra de Grãos, por exemplo, vai

chegar a 185 milhões de toneladas. Porque país rico

é país que produz pensando no futuro.

Produtor rural, ainda dá tempo de garantir seu crédito. São mais de R$ 115 bilhões paracusteio, comercialização e investimento.

Informações:

agricultura.gov.br 

Page 8: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 8/140

SUMÁRIO > Summary

 APRESENTAÇÃO

PRODUÇÃO

MERCADO

PERFIL

PESQUISA 

TECNOLOGIA 

INDÚSTRIA 

FEIJÃO

PAINEL

EVENTOS 

06  Introduction

12  Production

24  Market 

44  Profile

68  Research

86 Technology

108  Industry

114  Beans

124  Panel 

126  Events

Rob

ispierreGiuliani

Page 9: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 9/140

Page 10: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 10/140

 APRESENTAÇÃO > Introduction

RobispierreGiuliani

Page 11: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 11/140

Uma das mais tradicionaisatividades agrícolas da região Sul do Brasil, a orizicultura vive umade suas fases mais desafiadoras na realidade nacional. Com cadeiaprodutiva eficiente e competitiva em todos os seus elos, passa a mi-rar, agora, as alternativas que se delineiam no horizonte em termosde novos produtos, tecnologias e de mercados. A fim de assegurar aestabilidade, as demandas junto às instituições públicas visando re-muneração justa e equilibrada e o apoio irrestrito da pesquisa têmsido as principais ações. Assim, chegou a hora de dar um passo além.

 A adoção de sistemas de manejo e de pacotes tecnológicos quepermitam, dentro do possível, minimizar efeitos climáticos temdado ao produtor a segurança de uma safra com boa produti- vidade e qualidade de grão. Por outro lado, o diálogo constantee intensivo entre os agentes da cadeia facilita a reação rápida acontratempos e obstáculos.

Uma das ameaças comuns ainda é o arroz vermelho, invasora quepode comprometer o desempenho. Para fazer frente a esse risco, en-tidades e instituições se unem a fim de consolidar e adotar em largaescala as tecnologias consensuadas que podem manter essa plantalonge das lavouras. A pesquisa permanece, safra após safra, como a

grande aliada dos produtores, garantindo a colheita com os melhoresníveis de qualidade e de produtividade. Mais recentemente, a intro-dução de uma nova cultura nas áreas de várzea do Rio Grande do Sulpara fortalecer a rotação constituiu uma excelente novidade. É a soja,que ganha a simpatia dos orizicultores por seus benefícios ao sistemae ainda por proporcionar receita extra na propriedade.

 Justamente diante do incremento regular na produção nacio-nal nos últimos anos, a cadeia se mobiliza de maneira a encontrara melhor fórmula para escoamento e comercialização da safra. Oarroz tem aparecido com regularidade e competência na balan-ça comercial, com as crescentes exportações, e ainda pode vir aocupar espaços na geração energética, com a transformação deexcedentes ou grãos de menor valor comercial em etanol.

Toda essa desenvoltura e essa flexibilidade revelam o quanto a ori-zicultura, seja nas lavouras alagadas do Sul, seja nas áreas de sequeirodas demais regiões do Brasil, tornou-se peça-chave do agronegóciobrasileiro. Não apenas como alimento essencial na mesa da popu-lação, mas igualmente como commodity, estabelecendo negóciosdentro e fora do País, o arroz hoje irriga a economia. E ao irrigar a eco-nomia, contribui para o desenvolvimento local, regional e nacional.

É este cenário que o Anuário Brasileiro do Arroz 2013 chega para,

uma vez mais, atualizar nos mínimos detalhes, com informações pre-cisas e preciosas sobre a produção e os mercados e sobre o perfil dacadeia, projetando as ações para todo o ano. Boa leitura!n

IRRIGANDOA ECONOMIA

9

Page 12: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 12/140

One of the most traditional   agricultural activities in South Brazil, rice farming is now goingthrough one of its most challenging phases in the national reality.With a very efficient supply chain and competitive in all its links,is now bracing for alternatives lurking on the horizon in terms ofnew products, technologies and markets. So as to ensure its stable position, the supply chain is calling on public institutions for fair and balanced remuneration and unconditional support from re- search. The time has come for taking things a step further.

The adoption of management systems and technological pack- ages which, as far as possible, manage to minimize adverse cli-mate effects, have given farmers the assurance of crops with good productivity rates and high quality kernels. On the other hand,constant and intense dialog between the agents of the supply chain has led to rapid action against climate factors and obstacles.

One of the most common threats that still resist going away isred rice, invasive plant that could affect the performance of the field. To face this risk, entities and institutions have joined effortsin order to consolidate and adopt, on a large-scale, common tech-nologies able to keep this plant far away from the rice plantations.Year after year, research is the great ally of the farmers, leading to

 higher productivity rates and better quality crops. More recently,the introduction of a crop in the meadowlands throughout Rio

Grande do Sul for strengthening rotation systems, turned out tobe an excellent novelty. It is soybean, now conquering the rice farmers for its beneficial effects over the entire system and also forbringing in extra income.

 It is exactly because of regular increases in national produc-tion volumes over the past years, the supply chain is mobilizingtowards coming up with the best formula to transport and tradethe crop. Rice has regularly shown on the trade balance with com- petence, with soaring shipments abroad, with chances to become a component in the generation of energy, with the transformationof surpluses and poor quality kernels into ethanol.

 All these thriving and flexible operations reveal to what extentrice farming, whether in irrigated fields or highlands, has turnedinto a key-factor in Brazilian agribusiness. Not just like an essen-tial food staple on the Brazilian kitchen tables, but equally as acommodity, driving businesses at home and abroad, rice is nowirrigating our economy. And by irrigating the economy, the cropcontributes toward local, regional and national development.

This is the scenario featured by the 2013 Brazilian Rice Year-book, which again keeps us updated in detail on precise and pre-cious information about production volumes and markets and

 about the profile of the supply chain, projecting the initiatives totake place throughout the entire year. Nice reading!n

IRRIGATING 

THE ECONOMY 

Page 13: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 13/140

Faça o Manejo Integrado de Pragas.Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos.

Uso exclusivamente agrícola.

Page 14: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 14/140

PRODUÇÃO > Production

TODOSOLHAM

PARA CÁBRASIL TORNA-SE REFERÊNCIA EMPRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃODE ARROZ FORA DA ÁSIA, GRAÇAS ÀTECNOLOGIA APLICADA E AOS AJUSTES

SETORIAIS REALIZADOS

Page 15: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 15/140

 Ao longo dos últimos anos, o Brasil se consolidou como referência em produção e comerciali-zação de arroz fora da Ásia, continente que consome e produz maisde 90% de todo o cereal do mundo. Com suas dimensões igualmen-te continentais, o Brasil acertou a mão nas tecnologias para assegu-rar maior produtividade e maior qualidade de grãos, principalmentenas regiões de cultivo irrigado de Santa Catarina e do Rio Grande doSul, onde o rendimento médio supera a 7 mil quilos por hectare. OCentro-Oeste deu salto significativo ao passar do cultivo de arrozlongo para o longo fino de terras altas, com aparência similar aoirrigado (agulhinha). Essa região já colhe acima de 5 mil quilos porhectare e com índice superior a 55% de grãos inteiros.

Quando o clima não é adverso, os brasileiros conseguem atingir o

patamar de autossuficiência, superando o consumo médio de 12,1 mi-lhão de toneladas dos últimos anos. Não é o caso na temporada 2012/13,mas, para isso, o País tem seus estoques reguladores, formados pelosexcedentes de safras anteriores e pelo saldo das importações.

Na área comercial, o orizicultor brasileiro engrena o segundo anoconsecutivo com expectativa de preços bem acima do custo de produ-ção (em torno de R$ 30,00 por saco, no Sul), o que deve assegurar boarenda às propriedades. Um quadro de consumo e produção estáveis, ede exportações compensando os excedentes importados, leva a estoqueajustado às necessidades nacionais (suficientes para 40 dias de abaste-

cimento, aproximadamente) e à tendência de preços remuneradores.Para o consumidor, não fará muita diferença, pois os preços de-

 vem se manter em patamares próximos à média dos últimos trêsanos, quando o arroz sofreu até retração dos valores no varejo, emfunção da grave crise de comercialização do ciclo 2010/11. Em mar-ço de 2013, os valores, tanto para os produtores quanto para osconsumidores, haviam voltado ao patamar de normalidade de 2010.

Os grandes desafios do setor, no momento, são medidas estru-turais, como o ajuste das assimetrias do Mercosul, que faz com queo arroz produzido na Argentina, no Uruguai e no Paraguai ingresseno mercado nacional a preços muito baixos, principalmente em fun-ção da diferença tributária. A redução da carga de impostos sobre aprodução e sobre a comercialização não só beneficiará o setor com

o barateamento dos custos, como o fará mais competitivo para ex-portar e manter sua posição como um dos sete principais países domundo neste segmento de vendas.

O caminho do arroz brasileiro está pavimentado, com o suor ecom o esforço da cadeia produtiva. No entanto, parecem depen-der do próprio setor e do entendimento com o governo federal osajustes necessários a fim de que a cultura acelere seu crescimento. Assim, a atividade poderá ir em busca do tempo perdido e de umamaior estabilidade no mercado interno, situação que garantiria tam-bém maior expressão no comércio internacional.n

   R   o    b   i   s   p   i   e   r   r   e   G   i   u    l   i   a   n   i

1

Page 16: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 16/140

BRAZIL HAS BECOME A REFERENCE INRICE PRODUCTION AND TRADING OUTSIDE

ASIA, THANKS TO THE USE OF TECHNOLOGYAND SECTORAL ADJUSTMENTS 

Over the past years, Brazil  consolidated its status as reference in rice produc-

tion and trade outside Asia, a continent that produces andconsumes over 90% of the cereal in the world. With equallycontinental dimensions, Brazil has got on the right track interms of technology focused on higher productivity rates

 and kernels of better quality, particularly in the irrigatedrice farming regions in Rio Grande do Sul and Santa Cata-rina, where average yields are in excess of 7 thousand kilos per hectare. The Center-West made great strides by shifting from long grain to long and thin grain rice in the highlands,very similar to irrigated rice (known as agulinha). Thisregion is now harvesting upwards of 5 thousand kilos per hectare and with over 55% of unbroken kernels.

When weather conditions are favorable, Brazil man- ages to attain self-sufficiency, outstripping average con- sumption of 12.1 million tons of the past years. This is

not the case of the 2012/13 cycle, however, to this end, theCountry has its carryover stocks, made up of surpluses from previous crops and from imports.

 In commercial terms, the Brazilian rice growers are nowin their second consecutive year of price expectations above production costs (about R$ 30.00 a sack, in the South), briningin good profits for the farmers. With a stable picture of con- sumption and production, and exports making up for import surpluses, the result is a carryover stock adjusted to the na-tional needs (enough for meeting the needs of the country for

 about 40 days) while prices are likely to remain remunerating. It makes very little difference for the consumers, since prices should remain at levels very close to the average of the past years,when retail prices receded a little, by virtue of the serious sales cri- sis in the 2010/11 cycle. In March 2013, values for both producers and consumers had returned to the normal levels of 2010.

 At the moment, the huge challenges of the sector are struc-tural measures, like the adjustment of the Mercosur asymme-tries, whereby rice produced in Argentina, Uruguay and Para- guay reaches the domestic market at very low prices, mainlybecause of different tax burdens. A reduction of taxes levied on

 production and commercialization will not only benefit the sector in terms of lower costs, but will equally turn the countrymore competitive in sales abroad, confirming its position asone of the seven major players in the sales of this segment.

 Brazilian rice is now on the right track, a result of hardwork and endeavor by the supply chain. Nonetheless, thenecessary adjustments for the crop to speed up its growth in production seem to depend on the sector itself and on nego-tiations with the federal government. This will make it pos- sible for the activity to make up for lost time, whilst creating a

 stable domestic market, a situation that would also ensure abetter situation in the international market.n

ALL EYES  

ON BRAZIL 

Page 17: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 17/140

Page 18: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 18/140

 A colheita brasileira de arroz no ciclo 2012/13 tende a ser 3,9% maior do que a datemporada anterior, com estimativas de que chegue a 12,05 mi-lhões de toneladas de grão em casca. Na safra 2011/12, o volumetotal produzido pelo Brasil ficou em 11,59 milhões de toneladas.Este acréscimo se deve a três fatores principais: os bons preços aoprodutor obtidos na comercializacão do cereal a partir de julho

de 2012, a ampliação da área cultivada no Mato Grosso e no RioGrande do Sul (também em função dos preços) e o clima que

favoreceu o desenvolvimento da cultura no Rio Grande do Sul eno Maranhão, Estado que vem de quebra de safra.

Os números acima constam em levantamento da CompanhiaNacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira de grãos2012/13, divulgado no início de março. A superfície semeada comarroz na temporada 2012/13 manteve-se praticamente estável, commínimo recuo de 0,3%. É estimada oficialmente em 2,419 milhõesde hectares, perante os 2,427 milhões semeados no período 2011/12.

 Apesar do aumento no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso, houvediminuição nas lavouras nos estados do Maranhão, Tocantins, Ron-

TUDO NOS

CONFORMESSAFRA BRASILEIRA TEM PEQUENOCRESCIMENTO E PRODUÇÃO É CONSIDERADAADEQUADA PARA MANTER O EQUILÍBRIO DOABASTECIMENTO E DO MERCADO NACIONAL

Page 19: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 19/140

OS MAIORAIS

O Rio Grande do Sul segue como o maior produtor nacionalde arroz. A previsão é de que, no ciclo 2012/13, colha 8,026milhões de toneladas em 1,066 milhão de hectares, com ren-dimento médio de 7.525 quilos por hectare. Santa Catarina,

apesar de recuo produtivo de 1,5%, provocado por intempé-ries climáticas, deverá produzir 1,061 milhão de toneladas,mantendo-se como o segundo nessa atividade.

O Maranhão finalmente assumirá o posto de terceiro maiorprodutor nacional. A Conab estima colheita de 661,8 mil to-neladas, 41,5% acima das 467,7 mil toneladas verificadas natemporada anterior, quando o clima provocou grande quebra.O Mato Grosso, mesmo com incremento de área e de produ-tividade, passará a ser o quarto do ranking, com 532,2 mil to-neladas em 166 mil hectares. Tocantins é o quinto Estado emexpressão produtiva de arroz, com 485,5 mil toneladas em117 mil hectares. Piauí e Mato Grosso agregaram novas áreas

de cerrado, visando futuro aproveitamento em pastagens.

RANKING COMPARATIVO DE ÁREA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO POR ESTADO DAS SAFRAS 2011/12 E 2012/13

OS CINCO MAIORES > THE FIVE BIGGEST

  Área (em mil ha) Produtividade (em kg/ha) Produção (em mil t)

Estado Safra 11/12 Safra 12/13 % Safra 11/12 Safra 12/13 % Safra 11/12 Safra 12/13 %

RS 1.053,0 1.066,6 1,3 7 .350 7.525 2,4 7.739,6 8.026,2 3,7

SC 150,1 150,1 - 7.180 7.070 (1,5) 1.077,7 1.061,2 (1,5)

MA 426,0 416,2 (2,3) 1.098 1.590 44,8 467,7 661,8 41,5

MT 143,4 166,3 16,0 3.217 3.200 (0,5) 461,3 532,2 15,4

TO 119,9 117,6 (1,9) 3.689 4.131 12,0 442,3 485,8 9,8

Fonte: Conab, no sexto levantamento da safra de grãos, em março de 2013.

dônia, Paraná, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.Com o clima favorável e o uso de variedades de maior poten-

cial produtivo nas regiões de terras altas (Norte/Nordeste e Cen-tro-Oeste), além da evolução no manejo, o Brasil deve apresentarna safra 2012/13 produtividade média de 4,982 mil quilos porhectare, 4,2% acima dos 4,780 mil quilos por hectare da tempora-da anterior. Os estados que produzem arroz irrigado (Rio Grande

do Sul e Santa Catarina) representarão 75,4% de todo o volumecolhido no País, ou seja, 9,087 milhões de toneladas. n

   R   o    b   i   s   p   i   e   r   r   e   G   i   u    l   i   a   n   i

1

Page 20: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 20/140

EVERYTHING IN

ITS  RIGHT PLACE BRAZILIAN CROP SOARS SLIGHTLY AND PRODUCTION VOLUME IS VIEWED ASAPPROPRIATE FOR A BALANCED SUPPLY AND GLOBAL MARKET 

The Brazilian rice cropin the 2012/13 crop year tends to soar 3.9% compared to the previous year, with estimates pointing to 12.05 million tons of rough rice. In

the 2011/12 cycle, the total volume produced in Brazil remained at11.59 million tons. The better performance stems from three major factors: the good farm gate prices paid for the cereal as of July 2012,the bigger planted area in the states of Mato Grosso and Rio Grande do Sul (also due to better prices) and the climate conditions that have favored the development of the crop in Rio Grande do Sul and Maranhão, a State that emerged from a frustrated crop last year.

The above figures are from a survey of the Brazilian 2012/13 grain crop conducted by the National Supply Company (Conab), published in early March. The area seeded with rice in the 2012/13 season has remained stable, with a slight reduction of

0.3%. It is officially estimated at 2.419 million hectares, com- pared to 2.427 million seeded in the 2011/12 period. In spite ofthe increases in Rio Grande do Sul and in Mato Grosso, the fol-lowing states reduced their areas devoted to rice: Maranhão, To-cantins, Rondônia, Paraná, Goiás, Minas Gerais and São Paulo.

Under favorable climate conditions and the use of varietiesof a greater potential in the highlands (North, Northeast andCenter-West), in addition to management improvements, in the 2012/13 crop year yields in Brazil are expected to amount to 4.982 thousand kilos per hectare, up 4.2% from the 4.780 thou-

 sand kilos per hectare in the previous year. The states that pro- duce irrigated rice (Rio Grande do Sul and Santa Catarina) will account for 75.4% of the entire volume harvested in the Country,

that is to say, 9.087 million tons.n

THE BIGGEST

Rio Grande do Sul is the leading national rice producer. Theforecast for 2012/13 is for the State to harvest 8.026 milliontons in 1.066 million hectares, with average yields of 7,525 kilosper hectare. Santa Catarina, despite a 1.5-percent reduction inproductivity caused by adverse weather conditions, should har-vest 1.061 million tons, ranking as second in the activity.

Maranhão will finally climb to the position as third biggest

national rice producer. Conab sources refer to a harvest of661.8 thousand tons in that state, up 41.5% from the 467.7thousand tons in the previous year, when adverse climateconditions took a heavy toll on the crop. The State of MatoGrosso, in spite of the bigger planted area and higher produc-tivity rates, will rank as fourth biggest national producer, with532.2 thousand tons in 166 thousand hectares. Tocantins isthe fifth State in productive expression, with 485.5 thousandtons in 117 thousand hectares. Piauí and Mato Grosso havedevoted new cerrado areas to rice, with an eye towards tur-ning these areas into pasture lands in the future.

COMPARATIVO DE ÁREA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO POR REGIÃO BRASILEIRA - SAFRAS 2011/12 E 2012/13

DESEMPENHO REGIONAL > REGIONAL PERFORMANCE

  Área (em mil ha) Produtividade (em kg/ha) Produção (em mil t)

Região Safra 11/12 Safra 12/13 % Safra 11/12 Safra 12/13 % Safra 11/12 Safra 12/13 %

Norte 318,8 316,2 (0,8) 2.972 3.135 5,5 947,3 991,1 4,6

Nordeste 596,7 592,2 (0,8) 1.288 1.652 28,3 769,0 978,1 27,2

Centro-Oeste 218,6 216,8 (0,8) 3.406 3.246 (4,7) 744,5 703,7 (5,5)

Sudeste 53,7 43,9 (18,2) 2.878 3.007 4,5 154,6 132,1 (14,6)

Sul 1.238,9 1.249,7 0,9 7.252 7.398 2,0 8.984,1 9.245,1 2 ,9Brasil 2.426,7 2.418,8 (0,3) 4.780 4.982 4,2 11.599,5 12.050,1 3,9

Fonte: Conab, 6º Levantamento da Safra de Grãos, março de 2013.

Page 21: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 21/140

YaraVitaZintracTM

A EVOLUÇÃO DA LAVOURAA EVOLUÇÃO DA LAVOURA

Page 22: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 22/140

 A produção mundial de arroz em 2012 cresceu 0,9%, segundo a Organização das Nações Unidaspara a Agricultura e Alimentação (FAO). A safra totalizou 730,2milhões de toneladas em casca, ou 487 milhões de toneladas dearroz branco. Conforme essa fonte, a colheita global havia chega-do a 723,7 milhões de toneladas em base casca no ano imediata-mente anterior.

Este cenário de estabilidade produtiva está associado ao equi-líbrio das colheitas na Ásia, na avaliação de Patrício Méndez del Villar, economista do Centro de Cooperação Internacional emPesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), da França.Os bons resultados verificados na China (+1,6%) têm compensa-do o declínio da produção na Índia (-4%).

Na África, a safra é crescente, sobretudo no Egito, tradicional pro-dutor, que anuncia seu retorno ao mercado de exportação em 2013. Já na África subsaariana, principal área compradora de arroz do Brasil,

a produção aumentou, sobretudo nas regiões ocidentais. “Na Améri-ca do Sul, e especialmente no Mercosul, a colheita pode vir a baixar

10% devido à redução das lavouras arrozeiras”, aponta del Villar.Em 2012, o comércio entre países alcançou o recorde de 37,8 mi-

lhões de toneladas de arroz (base casca), 4% a mais do que em 2011.Para 2013, é projetada a redução na demanda asiática e africana, oque deve induzir à queda de 2% nos intercâmbios globais. Esta poderecuar para 37 milhões de toneladas. Este cenário acirrará a disputados mercados entre os países exportadores, caso do Brasil. “Ainda as-sim, o volume representa um nível bem superior à média de comercia-lização internacional nos três últimos anos”, diz o economista do Cirad.

Os estoques mundiais de arroz no final de 2012 atingiram omais alto nível histórico, de 160 milhões de toneladas, com amplia-ção de 11% em relação a 2011. “A perspectiva em relação a 2013 su-gere nova alta, de 7%, quando então as reservas saltariam para 171milhões de toneladas”, revela del Villar. Estes estoques representam36% das necessidades mundiais; ou seja, é a mais alta relação ob-servada nos últimos 10 anos”. A expectativa é de aumento da áreacultivada e da produtividade. Por isso, conforme a FAO, ao contrário

do que ocorre com outros grãos, no caso do arroz não há risco dedesabastecimento global nos próximos anos.n

COM PREÇOS GLOBAIS ESTÁVEIS E CRESCIMENTO NAS SAFRAS, O ABASTECIMENTOMUNDIAL DE ARROZ ESTÁ GARANTIDO DIANTE DA EVOLUÇÃO DOS ESTOQUES

 N   Ã           O        

T      E    M    P  E  R I  G   O

Page 23: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 23/140

Page 24: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 24/140

Global rice production increased by 0.9% in 2012, ac-cording to the Food and Agriculture Orga-nization of the United Nations (FAO). Thecrop reached 730.2 million tons of rough

rice, 487 million tons of white rice. The same organization refers to a crop of 723.7million tons of rough rice the previous year.

This scenario of productive stability is associated with the balance of the harvestsin Asia, says Patrício Méndez del Villar,economist at the French Agricultural Re- search Center for International Develop-ment (Cirad). The good results obtainedby China (+1.6%) have made up for the smaller crop in India (-4%).

 In Africa, the crop is on the rise, espe-cially in Egypt, traditional producer, now announcing its return to the internationalmarket in 2013. In Sub-Saharan Africa,major buyer of Brazilian rice, production soared, particularly in the western regions.“In South America, and particularly in Mercosur, the crop is likely to decrease by10% because of reductions in planted ar-eas”, Villar comments.

 In 2012, rice transactions between coun-tries reached a record of 37.8 million tons

THERE IS  NO  DANGER

WITH STEADY GLOBAL PRICES AND SOARING CROPS, WORLD RICESUPPLY IS NO PROBLEM IN LIGHT OF EVER-INCREASING STOCKS 

(rough rice), up 4% from 2011. For 2013,there is a projection for smaller demand from Asian and African countries, which should translate into a reduction of 2% in in-ternational transactions, likely to recede to

 37 million tons. This scenario will ignite thecompetition among the exporting countries,where Brazil is a relevant player. “Nonethe-less, the volume represents a much higherlevel compared to the average over the three past years”, says the Cirad economist.

The global rice stocks in late 2012

reached an all-time record, a total of 160million tons, up 11% from 2011. “The per- spective for 2013 points to a 7-percent rise,with stocks jumping to 171 million tons”,Villar explains. These stocks represent 36% of

the global needs; that is to say, it is the high-est relation observed over the past 10 years”.The perspective is for bigger planted areas and soaring productivity rates. That is why, say FAO sources, contrary to what happensto other grains, in the case of rice there is norisk of deficient supply over the next years.n

QUADRO DE OFERTA E DEMANDA MUNDIAL (EM MIL TONELADAS)

O FIEL DA BALANÇA > DECIDING FACTOR

PAÍS Beneficiado Exportações Estoques

  2012 2013 2012 2013 (previsão) 2013 (previsão)

Mundo 484,3 488,6 37,8 37,0 171,6

China 138,8 141,0 0,3 0,3 84,7

Índia 104,3 100,0 10,0 7,5 24,0

Indonésia 41,4 43,2 - - 6,3

Vietnã 28,2 29,1 7,7 7,5 2,9

Tailândia 23,4 25,1 6,7 7,7 13,0

Brasil 9,1 7,8 1,2 0,9 0,7

EUA 5,9 6,4 3,3 3,5 1,3

Paquistão 6,2 6,3 2,9 3,3 0,6

Fontes: FAO e USDA, fevereiro de 2013.Elaboração: Patricio Méndez del Villar/Cirad – InterArroz.

Page 25: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 25/140

Page 26: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 26/140

MERCADO > Market 

 A comercialização da safra 

2012/13 terá características semelhantes à observada no últimoano comercial, com boa valorização para o agricultor, segundoavaliação do analista Tiago Sarmento Barata, da AgrotendênciasConsultoria em Agronegócios. “Com a baixíssima posição de esto-ques públicos e privados, diante da estimativa de safra não muitosuperior à anterior e levando-se em conta a maior capacidade denegociação dos produtores, a expectativa é de comportamentomenos volátil dos preços, em torno de um valor médio próximoao obtido no último ano”, afirma.

Barata entende que, com uma maior capacidade de retração

da oferta, é natural que o produtor use tal poder a seu favor, re-sultando na valorização nominal do cereal. “No entanto, é neces-

sário que o produtor faça ‘um ajuste fino’ na sua capacidade decondução dos preços, impedindo que o mercado sofra o risco dedesabastecimento”, alerta. Tiago Sarmento Barata assegura que,uma vez desabastecido o mercado interno, outras alternativas deoferta passarão a ser exigidas, como importação e oferta de esto-que público, por exemplo, fragilizando a sustentação dos preçosnum futuro próximo.

O aquecimento da demanda no mercado doméstico e, princi-palmente, na exportação dependerá da condição de preços maiscompetitivos. “A recente desvalorização do dólar frente ao realpressiona ainda mais o desempenho dos exportadores e faz doBrasil um mercado atrativo ao arroz argentino, paraguaio e uru-

guaio”, explica o analista da Agrotendências.Conforme Barata, neste sentido, é importante alertar que

SOB

CONTROLECOMERCIALIZAÇÃO SEGUIRÁ AS BASES DO ANO COMERCIAL2012/13 E TENDE A GARANTIR RENDA AO PRODUTOR DEARROZ, PRINCIPALMENTE NO SEGUNDO SEMESTRE

Page 27: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 27/140

quando se fala em um ano de oferta ajustada à demanda do ce-real no Brasil, está sendo considerada a exportação de volumesuperior a um milhão de toneladas. “Deste modo, a valorizaçãonominal das cotações, motivada pela retração da oferta, inviabi-

liza o alcance da meta de exportação, ‘afrouxando’ a relação deoferta e demanda”, frisa. Portanto, a sustentabilidade econômicada cadeia produtiva do arroz no Brasil também depende da esta-bilidade no abastecimento da matéria-prima.n

MERCOSUL

O analista Eduardo Aquiles Souza, da Safras & Mercado, considera que o aumento de produção do Mercosul na safra2012/13 não será suficiente para um choque de oferta no Brasil, que deve manter valores similares aos do ano anterior.“O que pode ocorrer é uma redução nas exportações por causa do câmbio, com o real mais valorizado, e das dificuldadesde logística, diante da grande safra de soja, que concorre por espaço no porto”, afirma.

Na avaliação de Eduardo Aquiles Souza, uma alta mais significativa dos preços do arroz será freada pela oferta de esto-ques do governo federal e, até, por um aumento das compras da indústria e do varejo nacional junto aos países do Mercosul,se for o caso. “Isso cria uma condição de similaridade no comportamento do mercado com o ano anterior”, ratifica.

   S    í    l   v   i   o

     Á   v   i    l   a

2

Page 28: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 28/140

EVOLUÇÃO DA IMPORTAÇÃO E DA EXPORTAÇÃO BRASILEIRADE ARROZ (TONELADA, BASE CASCA)

NA BALANÇA > SCALE

Ano comercial Importação Exportação

2009/10 908,0 894,4

2010/11 1.045,2 627,4

2011/12 821,2 2.089,6

2012/13 1.077 1.469,9

Fonte: Secex/MDICElaboração: Agrotendências Consultoria em Agronegócios, março de 2013.

The commercializationof the 2012/13 crop will follow on the heels of the previous commer-cial year, with good remuneration for the farmers, according to an

evaluation by analyst Tiago Sarmento Barata, of AgrotendênciasConsultoria em Agronegócios. “With the very low public and privatecarryover stocks, in light of a crop on a par with the previous one, and taking into consideration the improved negotiating capacity ofthe farmers, the expectation is for less volatile prices, somewhere closeto the average values obtained last year”, he comments.

 Barata understands that, with a bigger capacity of supply retraction,

UNDER  CONTROL COMMERCIALIZATION WILL FOLLOW ON

THE HEELS OF THE 2012/13 COMMERCIALYEAR AND TENDS TO BRING IN REVENUETO RICE GROWERS, PARTICULARLY IN THE

SECOND HALF OF THE YEAR 

it is quite natural for the farmers to resort to the power on their ownbehalf, resulting into higher nominal values for the cereal. “Nonetheless,

it is necessary for the farmers to make a fine adjustment to their capac-ity in preventing the market from running out of stock”, he warns. Tiago Sarmento Barata maintains that, if the market is in short supply, other alternatives will be required, like imports and public stock offers, for ex- ample, weakening the price standards in the future.

 Soaring demand in the domestic market and, particularly, biggerexports, will depend on more competitive prices. “The recent devalua-tion of the dollar against the real is exerting even more pressure on theexporters and turns Brazil into an attractive market for the rice from Ar- gentina, Uruguay and Paraguay”, explains the Agrotendências analyst.

 According to Barata, within this context, it is important to warn

that in a year of rice supply adjusted to demand in Brazil, what is be-ing considered is the shipment abroad of upwards of one million tons abroad. “Under such circumstances, the nominal value of the quotes,triggered by supply retractions, makes the export target unattainable,‘loosening’ the supply-demand relation”, he argues. Therefore, theeconomic sustainability of the supply chain in Brazil also dependson stable supplies of the raw material.n

MERCOSUR

Analyst Eduardo Aquiles Souza, of Safras & Mercado,

has it that the bigger crop in 2012/13 harvested in Mercosurwill not be enough for a supply shock in Brazil, once similarvalues to last year are to be maintained. ”What could occuris a reduction in exports because of the exchange rate, withthe Brazilian currency highly valued against the dollar, alongwith logistic hurdles, in light of the bumper soybean crop,which also competes for space at the ports”, he says.

Souza understands that any attempts to increase theprice of rice significantly will be curbed by offers from thefederal stocks and also by bigger purchases from Mercosurcountries by the industry and by the retail sector, should thishappen. “This creates a situation of similarity with the pre-vious year, as far as the market is concerned”, he ratifies.

Page 29: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 29/140

Page 30: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 30/140

O ano comercialde março de 2012 a fevereiro de 2013 apresentou-se mais remu-nerador ao produtor de arroz do Sul do Brasil, quando compara-do com os resultados obtidos na venda das três safras anteriores. A região concentra mais de 75% da safra nacional e influencia ocomportamento dos preços no País e no Mercado Comum doSul (Mercosul) – Argentina, Paraguai e Uruguai. “Nominalmente,tivemos o preço médio de R$ 32,68 por saco de 50 quilos, emcasca, o que constitui recuperação de 42% em relação à médiaregistrada na safra anterior”, diz Tiago Sarmento Barata, analistada Agrotendências Consultoria em Agronegócios.

Mas nem todos os produtores puderam gozar deste momento po-sitivo. Barata destaca que 53% da safra foi comercializada a preço infe-

rior à média, ainda no primeiro semestre de 2012, por uma série de

razões conjunturais e estruturais. “A safra menor, a valorização cam-bial, o bom desempenho das exportações e a maior capacidade denegociação dos produtores são fatores determinantes para as condi-ções comerciais vistas, principalmente de agosto a fevereiro”, enfatiza.

Na avaliação do analista Eduardo Aquiles Souza, da Safras &Mercado, a queda produtiva nos países que formam o Mercosultambém é um dos fatores positivos para o mercado nacional,aliado à demanda constante, impulsionada pelas exportaçõesbrasileiras. “Foi uma saída importante para garantir o patamar depreços”, destaca. Nos últimos anos, foi uma comercialização de

exceção, com boa produção e preços remuneradores. Esta seria acondição ideal para os agricultores”, reconhece.n

MELHOR DO QUEO ESPERADOPREÇOS OBTIDOS COM A COMERCIALIZAÇÃO DO ARROZ AO LONGO DO ANO COMERCIAL2012/13 FICARAM ACIMA DA EXPECTATIVA DOS PRODUTORES NACIONAIS

Page 31: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 31/140

PRICES FETCHEDBY RICE OVER THE2012/13 COMMERCIALYEAR EXCEEDED THEEXPECTATIONS OF THENATIONAL GROWERS 

The commercial   year from March 2012 to February 2013 wascharacterized by the excellent remuneration paid to the farmers, exceeding by far the three previous crop years. The region accounts for

more than 75% of the national crop andexerts an influence upon the behavior ofthe prices in the Country and in Mercosur – Argentina, Paraguay and Uruguay. “Nomi-nally, we had the average price of R$ 32.68 per 50-kilo sack of rough rice, up 42% fromthe average price of the previous crop”, saysTiago Sarmento Barata, analyst with Agro-tendências Consultoria em Agronegócios.

 Nevertheless, not all the farmers had a

chance to take advantage of this positivemoment. Barata maintains that 53% of theentire crop was sold at lower than average prices, during the first half of 2012, for a se-ries of structural reasons. “The smaller crop,the value of the Brazilian currency, the good performance of exports and the improvedcapacity of the farmers to negotiate were determining factors for the above mentionedcommercial circumstances, especially Au- gust through February”, he stresses.

 In the evaluation by analyst Eduardo Aquiles Souza, of Safras & Mercado, the falling production volumes in the Mercosurcountries also comes as a positive factor forthe national market, along with constant demand, driven b y Brazil’s exports. “It was an important way out to guarantee the price Standards”, he mentions. Over the past years,commercialization was an exception, with good production volumes and remunerating

 prices. This is supposed to be the ideal situ- ation for the farmers”, he acknowledges.n

EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ARROZ 2012/13(POR TIPO, EM MIL TONELADAS, BASE CASCA)

CARDÁPIO > MENU

PRODUTO EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO

  Volume (t) % Volume (t) %

Arroz com casca, para semeadura 278,7 0,0% 317.350,2 29,5%

Arroz com casca, parboilizado 175,0 0,0% 0,0%

Arroz com casca, não parboilizado 131.432,4 8,9% 3.319,6 0,3%

Arroz descascado, parboilizado 47.658,2 3,2% 46.897,2 4,4%

Arroz descascado, não parboilizado 68,8 0,0% 2.949,4 0,3%

Arroz semibranqueado etc...

parboilizado, polido ou brunido 495.540,4 33,7% 1.638,0 0,2%

Outros tipos de arroz semibranqueado,

etc.parboilizado 1.184,4 0,1% 635.812,1 59,0%

Arroz semibranqueado etc.

não parboilizado, polido, brunido 318.102,3 21,6% 24.615,8 2,3%

Outros tipos de arroz semibranqueado,

etc. não parboilizado 29.090,7 2,0% 33.065,8 3,1%

Arroz quebrado 446.409,4 30,4% 11.352,4 1,1%Total geral 1.469.940,1 100,0% 1.077.000,6 100,0%

Fonte: Secex/MdicElaboração: Agrotendências Consultoria em Agronegócios, março de 2013.

EXCEEDING

EXPECTATIONS 

2

Page 32: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 32/140

Uma das medidasque poderá afetar o mercado brasileiro ao longo do ciclo 2013/14,se adotada, é o estabelecimento de cotas para a importação de arrozda Argentina, do Paraguai e do Uruguai, países que compõem oMercado Comum do Sul (Mercosul) ao lado do Brasil. Os setoresprodutivos gaúcho e catarinense vêm cobrando tal medida do go- verno federal há anos, desde que os excedentes de importação pas-saram a afetar negativamente os preços do arroz no mercado inter-no. E o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)pela primeira vez cogitou tais medidas no início de 2013. O temasegue na pauta, apesar da mudança no comando do ministério,com a saída de Mendes Ribeiro Filho e a posse de Antônio Andrade.

Com custo de produção mais baixo, o arroz beneficiado destespaíses ingressa em algumas regiões do Brasil por até US$ 100,00a menos por tonelada do que o produto nacional. “Hoje, é pre-

ciso contabilizar mais de um milhão de toneladas do Mercosul,anualmente, no suprimento brasileiro, volume excessivo, que só

não gera mais danos ao mercado porque o Brasil tem conseguidoexportar parte da safra”, revela Renato Rocha, presidente da Fede-ração das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Fede-rarroz), que defende a imediata adoção de cotas de importação.

O governo estuda negociar apenas um acordo com os países vizinhos para evitar os embarques no período de colheita, afim de impedir pressão ainda mais baixista no mercado inter-no. A demanda dos arrozeiros foi encampada pelo governadordo Rio Grande do Sul, Tarso Genro, ex-ministro e integrantedo partido do governo federal. “Ao lado da redução da cargatributária, é imperativo frear o ingresso de excedentes de pro-dução do Mercosul, que são nocivos ao mercado interno e aosprodutores nacionais”, destaca o dirigente estadual. A indústria,no entanto, não tem esse mesmo entendimento e considera queo estabelecimento de cotas apenas vai gerar mais custos e colo-

cará o Brasil em difícil posição na política internacional, poisdefende o fim das barreiras comerciais.n

MUITA CALMANESSA HORABRASIL ESTUDA ESTABELECIMENTO DE COTAS PARA O ARROZ IMPORTADO DOMERCOSUL, MAS A AÇÃO EXIGE CUIDADOS COM EFEITOS COLATERAIS DO MERCADO

Page 33: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 33/140

O RISCO DA CONCENTRAÇÃO

Na avaliação do analista Tiago Sarmento Barata, da Agrotendências Consultoria emAgronegócios, o estabelecimento de cotas do Mercosul é uma medida favorável ao mercadoquanto à necessidade de regulamentar a entrada de produto ao longo do ano, impedindo aconcentração da oferta em determinado momento, mas é nítida a carência de uma avaliaçãotécnica mais minuciosa. “A limitação em 800 mil toneladas do volume importado com a sus-

pensão do ingresso nos quatro primeiros meses do ano comercial (entre março e junho), aocontrário do que se utiliza como argumento em defesa da proposta, causará concentraçãodas importações, ampliando os efeitos negativos no mercado doméstico”, analisa.

Barata lembra que, nos últimos quatro anos, o Brasil importou a média de 954 mil to-neladas (base casca) por ano, estabelecendo a média mensal de 79,5 mil toneladas. “A im-portação de 800 mil toneladas em oito meses significa a importação de 100 mil toneladaspor mês”, revela. Segundo ele, as indústrias gaúchas de beneficiamento, até então descon-sideradas nesta demanda, devem ser chamadas para discutir a limitação das importações.“Visto que 64% do arroz importado é beneficiado e que 55% entra por outras unidades daFederação, o apoio do setor industrial seria importante na construção da proposta. O pré--conceito enfraquece o pleito”, afirma.

Entende que, enquanto a proposta está em análise, é fundamental que o assunto seja tra-

tado com a máxima discrição. “A importação de 125 mil toneladas em maio de 2012, quandose pleiteava a cobrança do tributo referente ao Programa de Integração Social e Contribuiçãopara o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), que somavam 9,25% nas importa-ções de arroz, deveria ter servido de lição”, alerta Tiago Sarmento Barata. Em 2012, o Con-gresso Nacional aprovou emenda a uma Medida Provisória que estabelecia a cobrança dePIS/Cofins do arroz importado – atualmente isento, juntamente com o arroz nacional –, maso artigo foi vetado pela presidente Dilma Rousseff.

Page 34: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 34/140

inglês

RANKING DO COMÉRCIO INTERNACIONAL (CICLO 2011/12*)

DESEMPENHO > PERFORMANCE

  EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES

País Volume País Volume

India 10,376 Nigéria 3,200

Vietnã 7,717 Indonésia 1,960

Tailândia 6,945 China 1,790

Paquistão 3,500 Irã 1,750

EUA 3,222 Filipinas 1,500

Uruguai 1,050 Costa do Marfim 1,400

Brasil 1,000 EU-27** 1,295

Camboja 0,800 Iraque 1,240Birmânia 0,690 Senegal 1,200

Argentina 0,675 Arábia Saudita 1,150

Egito 0,600 Malásia 1,085

Austrália 0,450 África do Sul 0,945

China 0,441 Brasil 0,750

Rússia 0,282 México 0,645

Guiana 0,257 Japão 0,635

Outros 1,120 Outros 15,438

Total 39,125 Total 35,983

* Base beneficiado.

** União Europeia – 27 países.Fonte: USDA, março de 2013.Elaboração: Eduardo Aquiles – Safras & Mercado.

One of the measuresthat may affect the Brazilian market over the 2013/14 cycle, should itbe introduced, is the quota system for imports of rice from Argentina, Paraguay and Uruguay, countries of the South American Trade Bloc(Mercosur), along with Brazil. The productive sectors of Rio Grande do Sul and Santa Catarina have for years been calling on the federal government to introduce this measure, ever since the import sur- pluses began to affect negatively the prices in the domestic market. And the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA)considered this measure for the first time in 2013.The theme is still onthe agenda, although there has been a change in the ministry, where Antônio Andrade has replaced Mendes Ribeiro Filho as minister.

With a lower production cost, the milled rice from the neighbor-ing countries enters some regions of Brazil for up to US$ 100.00less per ton, compared to the national cereal. “Nowadays, it isupwards of one million tons of rice from Mercosur countries, an-nually, that supply the Brazilian market. It is an excessively big amount, and it would certainly cause much more damage to the domestic market if Brazil had not managed to export part of thenational crop”, says Renato Rocha, president of the Rio Grande do Sul State Federation of Rice Growers’ Associations (Federarroz),who advocated the immediate adoption of a quota system.

The government is more interested in just negotiating an agreementwith the neighboring countries, intended to avoid imports during har-

THERE IS NO

NEED TO RUSH 

BRAZIL IS CONSIDERING A QUOTA SYSTEM FOR RICEIMPORTS FROM MERCOSUR, BUT THE MOVE REQUIRES

CAUTION BECAUSE OF POSSIBLE MARKET IMPLICATIONS 

Page 35: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 35/140

vesting time, so as to prevent prices from going down even further inthe domestic market. The governor of Rio Grande do Sul, Tarso Genro, former minister and member of the present federal government, has also bought into the idea. “Along with a reduction in the tax burden,it is mandatory to curb the entrance of Mercosur rice surpluses, which

 harm the domestic market and the national supply chain”, says the state governor. Nonetheless, the industries do not agree with this posi-tion. They argue that the quota system will all but generate more costs and will push Brazil into a difficult situation in the international sce-nario, since the Country is against any trade barriers.n

CONCENTRATION RISK

Tiago Sarmento Barata, analyst with Agrotendências Consultoria em Agronegócios, understands that the introduction of aMercosur quota system favors the market in that there is a need to control the entrance of the cereal over the year, preventingsupply concentrations during certain periods, but there is also real need for a more accurate technical evaluation. “A limitof 800 thousand tons a year of rice imports, along with a prohibition of any rice purchases from abroad during the first fourmonths of the commercial year (March through June), contrary to the argument that defends the proposal, will result intoimport concentrations, broadening the negative effects upon the domestic market.

Barata recalls that over the past years, Brazil imported an average of 954 thousand tons of rough rice a year, with a mon-thly average of 79.5 thousand tons. “If 800 thousand tons are imported over an eight month period, it will translate into 100thousand tons a month”, he reveals. According to him, the milling industries in Rio Grande do Sul, up to that time disregardedin this demand, should be summoned to debate the question of import limitations. “Once 64% of all rice imports are milledkernels, while 55% of the rice enters the Country through other states, the support from the industrial segment would playan important role in the construction of a proposal. Prejudice is what is harming the entire question”, he says.

He has it that, while the proposal is under analysis, it is of fundamental importance to treat the subject with discretion. “Thepurchase of 125 thousand tons in May 2012, when there was a debate on whether or not to levy the 9.25% tax regarding the SocialContribution Tax and Contribution for the Financing of Social Security (PIS/Cofins), on rice imports, should have served as a lesson”,warns Tiago Sarmento Barata. In 2012, National Congress passed an amendment to the Stopgap Measure that made the PIS/Cofins mandatory on rice imports – now exempt, along with national rice – but the article was vetoed by President Dilma Rousseff.

+55 (47) 3330-5050 | 3330-2436 | 9109-1050

www.seletron.ws | www.granomak.com.br

Selecionandono Brasil eno mundo.

SEL 192192 canais

SEL 256256 canais

SEL 320320 canais

SEL 448448 canais

SELETRON TECHNOLOGY 

Selecionadoras eletrônicas

de grãos

arroz branco ›‹ arroz parboilizado ›‹ semente de arroz

feijão preto ›‹ feijão carioca ›‹ feijão vermelho

feijão branco ›‹ quinoa ›‹ café ›‹ outros grãos

com

Câmera CCD 

Page 36: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 36/140

ALDEIA GLOBALBRASIL ENCONTRA NA VENDA EXTERNAA SOLUÇÃO PARA MANTER O EQUILÍBRIOINTERNO DOS PREÇOS, DIANTE DE COMPRASEXCESSIVAS JUNTO AO MERCOSUL

Page 37: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 37/140

O escoamento de parcelaentre 10% e 15% da safra para o mercado externo foi a solução encon-trada pela cadeia produtiva de arroz do Brasil a fim de manter o equi-líbrio entre a oferta e a demanda nacional e os preços remuneradoresao orizicultor. Essa estratégia fez do País (que passou a exportar há 10anos) um protagonista no comércio internacional. No ano comercial

de 1º de março de 2012 a 28 de fevereiro de 2013, o setor remeteu1,47 milhão de toneladas de arroz, base casca, para 56 nações. E abalança comercial teve superávit de 393 mil toneladas do cereal.

 Apesar do volume 29,7% menor do que o verificado no ciclo2011/12, quando embarcou 2,09 milhões de toneladas, este foium ótimo desempenho, considerando-se a menor competitivi-dade do cereal brasileiro em âmbito internacional, imposta pelarecuperação das cotações domésticas. “No cenário que se apre-sentava, o Brasil se saiu bem. É inegável que no segundo semestreo ritmo dos embarques reduziu, com a maior participação dosnegócios envolvendo arroz quebrado”, menciona o analista Tiago

Sarmento Barata, da Agrotendências Consultoria em Agronegó-cios, de São Gabriel (RS).

Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior (MDIC), só 32% do total negociado com o exte-rior foi escoado nos últimos seis meses do ano comercial (setembro afevereiro), quando os quebrados representaram 42% do movimentogeral. A participação era de 24% no semestre anterior.

Na avaliação de Barata, no ano comercial 2013/14 o grande

desafio é manter a presença nos mercados conquistados. “À ex-pectativa de sustentação de preço da matéria-prima e ao câmbioabaixo de R$ 2,00 por dólar soma-se a necessidade de se adequaràs limitações logísticas que se apresentarão, por conta da grandesafra de grãos e da disputa por espaço com a soja nos portos”,destaca. O momento exige valorização da qualidade do arroz na-cional e eficiência nas relações com os países importadores.

 A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima queo Brasil exportará 1,1 milhão de toneladas de arroz, base casca,com redução de quase 300 mil toneladas, por causa da previsãode preços internos mais elevados. Ao mesmo tempo, as impor-

tações devem ficar na casa de 900 mil toneladas, com o Brasilmantendo-se superavitário em 200 mil toneladas.n

 NA HORA DAS COMPRAS

Como maior consumidor e produtor de arroz fora da Ásia, o Brasil atrai elevados volumes de cereal do Mercosul. Noano comercial 2012/13, o País importou 1,08 milhão de toneladas. Como no ano imediatamente anterior, a Argentina foi aprincipal origem do cereal importado, representando 37,3% do total adquirido. Uruguai e Paraguai responderam, respec-tivamente, por 30,3% e 25,3%. A compra de grão de fora do bloco comercial voltou a ocorrer em maior intensidade, comdestaque à internalização de 58,6 mil toneladas, base casca, de grão beneficiado vietnamita.

As demais importações de terceiros países estão restritas a variedades gourmet  e com características de consumoétnico, caso dos arrozes aromáticos (Basmati e Jasmine etc), arbóreo para culinária italiana e glutinoso, para a cozinha japonesa, que ocupam nichos de consumo crescentes no Brasil. No entanto, têm baixa representatividade diante da di-mensão do mercado e da balança comercial.

Conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o Brasil foi o sétimo maiorexportador de arroz do mundo em 2012, com um milhão de toneladas em base beneficiado embarcadas. E é o 11º maiorimportador, principalmente por sua característica de receber o cereal a preços muito competitivos do Mercosul, compran-

do 750 mil toneladas base beneficiado.

3

Page 38: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 38/140

GLOBAL  VILLAGE 

BRAZIL RESORTS TO FOREIGN SALES TO KEEPDOMESTIC PRICES STEADY, IN LIGHT OF EXCESSIVE

PURCHASES OF RICE FROM MERCOSUR COUNTRIES 

The shipment of 10% to 15% of the crop to foreign countries was the solution thatthe rice supply chain came up with to keep the balance between supply and demand in the domestic market, whilst sustaining farm gate prices remunerating. This strategy turned the Country(which started exporting rice 10 years ago) into a protagonist inthe international marketplace. In the 1st March 2012 to 28th Feb-

ruary 2013 commercial year, the sector shipped 1.4 million tons ofrice (in the husk) to 56 nations. And the surplus of the balance oftrade reached 393 thousand tons of the cereal.

 Despite the 29.7% smaller volume shipped abroad in the 2011/12 crop year, when exports totaled 2.09 million tons, it was an excellent performance, considering the weaker competitivenessof the Brazilian cereal in the global scenario, derived from the re-covery of the domestic prices. “In such a scenario, Brazil did well. It is undeniable that shipments abroad receded in the second halfof the year, when the share of broken rice soared considerably”,

 says market analyst Tiago Sarmento Barata, of AgrotendênciasConsultoria em Agronegócios, based in São Gabriel (RS).

 According to data released by the Ministry of Development, In- dustry and Foreign Trade (MDIC), only 32% of the total negotiatedwith foreign countries was shipped in the last six months of thecommercial year (September through February), when broken ricerepresented 42% of all shipments. Its share had been 24% in the previous six months.

 Barata has it that the in the 2013/14 commercial year the great

challenge will consist in not losing the newly conquered markets. “Be- sides the expectation for sustained prices for the raw material and for an exchange rate slightly below R$ 2.00 to the dollar, there is needto adjust to the logistic limitations that will surface on account of the huge cereal crop and the fight with soybean for spaces at the ports”, he says. The moment requires an eye towards the quality of the rice andthe efficiency of relations with the countries that purchase our cereal.

The National Supply Company (Conab) estimates Brazil’s rice ship-ment abroad at 1.1 million tons, in the husk, down almost 300 thou- sand tons, because of the much expected prospective higher domestic

 prices. In the meantime, imports are reckoned to remain at 900 thou- sand tons, with a balance of trade surplus of 200 thousand tons.n

Page 39: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 39/140

WHEN IT IS TIME TO BUY

As leading rice consumer and producer outside Asia,Brazil attracts high volumes from Mercosur countries. In the2012/13 commercial year, imports amounted to 1.08 milliontons. Just like in the year immediately before, Argentina wasthe leading origin of the cereal, representing 37.3% of the to-

tal. Uruguay and Paraguay accounted respectively for 30.3%and 25.3%. Purchases from outside the South American Blococcurred again, especially from Vietnam, with 58.6 thousandtons of rice in the husk, processed in that country.

The other purchases from third party countries arerestricted to gourmet varieties, with ethnic consumptioncharacteristics, as is the case of the aromatic rice (Basmatiand Jasmine etc), arboreum rice for the Italian cuisine andglutinous rice for the Japanese cuisine, which are takingadvantage of ever soaring market niches in Brazil. None-theless, their representativeness is negligible in light of thedimension of the market on the balance of trade.

According to the United States Department of Agricultu-re (USDA), Brazil ranked as seventh largest rice exporter inthe world in 2012, with a million tons of milled rice shippedabroad. And ranked as 11th largest importer, especiallyfor its characteristic of receiving the cereal from Mercosurcountries, at very competitive prices, with purchases thatamounted to 750 thousand tons of milled rice.

   I   n   o   r   A   g .

   A   s   s   m   a   n   n

Page 40: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 40/140

O quadro de oferta e de demanda de arroz no Brasil para o ano comercial 2013/14,que vai de 1º de março de 2013 a 28 de fevereiro de 2014, de-monstra que o abastecimento nacional está garantido. Além dis-so, o País ainda dispõe de volume considerável para negociar nomercado externo. Com base no sexto levantamento da safra degrãos 2012/13, divulgado em março pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil terá, ao longo do ciclo 2013/14,suprimento total de 14,59 milhões de toneladas.

Este quadro de disponibilidade é formado por 1,6 milhão de tone-ladas de estoque inicial (remanescente do ano comercial 2012/13),12,05 milhões de toneladas de colheita e 900 mil toneladas de im-portações. Em contrapartida, o consumo deve se manter em 12,1

milhões de toneladas e as exportações em 1,1 milhão de toneladas,resultando em estoque final de 1,39 milhão de toneladas, o maisbaixo da década. A queda de estoques deve beneficiar o produtornacional, pois reduz a oferta do cereal e mantém os preços mais al-tos. O que preocupa, neste sentido, é que para este quadro de oferta

e demanda ser confirmado, o Brasil precisaria exportar mais de ummilhão de toneladas ao longo do período 2013/14. Entretanto, a ca-deia enfrenta dificuldades para viabilizar esse desempenho.

Três são os gargalos neste sentido. No final de março, as co-tações brasileiras estavam em R$ 31,00 a R$ 32,00 por saco de50 quilos no Rio Grande do Sul. É praticamente o teto de valorinterno para viabilizar a exportação. A alta de preços no merca-do doméstico, prevista para o segundo semestre, portanto, podeinviabilizar vendas externas mais significativas, o que se refletirianos preços nacionais e no estoque final.

O segundo entrave é o câmbio, com o real ligeiramente mais valorizado sobre o dólar do que no ano anterior, o que retira par-te da competitividade do grão no mercado externo. Por fim, há o

chamado apagão logístico: o Brasil está colhendo uma safra recor-de de grãos e os portos, especialmente o de Rio Grande (RS), têmproblemas para receber arroz fora das estruturas da CompanhiaEstadual de Silos e Armazéns (CESA), especialmente reservadaspara exportação de arroz.n

BEMJUSTINHOOS ESTOQUES BRASILEIROS DEVEM SEMANTER AJUSTADOS NO ANO COMERCIAL

2013/14, GARANTINDO O SUPRIMENTO DOMERCADO E BONS PREÇOS AO PRODUTOR

CONFIANTE

Na avaliação do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha,este quadro de oferta e de demanda poderá ser alterado para melhor. Julga que as exportações brasileiras podem ser maiores,principalmente em virtude do fato de as compras chinesas estarem em alta, o que valoriza o arroz no mercado internacional.Acredita ainda que o consumo nacional poderá ser ampliado. “Se cada brasileiro comer por dia uma colher a mais de arroz,

elimina o problema de excedentes”, ilustra. Rocha igualmente defende uma revisão na contagem dos estoques privados.

Page 41: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 41/140

TIGHT 

STOCKS BRAZILIAN CARRYOVER STOCKSARE SUPPOSED TO REMAIN TIGHT

THROUGHOUT THE 2013/14 COMMERCIALYEAR, KEEPING THE MARKET SUPPLIED

AND ENSURING GOOD FARM GATE PRICES 

The rice supply and demand   picture for the 2013/14 commercial year in Brazil – 1st March 2013 through 28th February 2014 – demonstrates that the domes-tic needs will be met. The Country possesses considerable volumeto be negotiated in the foreign market. Based on the sixth 2012/13crop survey, published in March by the National Supply Company(Conab), total supply in Brazil throughout the 2013/14 cycle is es-timated at 14.59 million tons.

This huge amount of available rice is made up of 1.6 milliontons of the initial stock (from the 2012/13 commercial year), 12.05

million tons of the normal crop and imports of 900 thousand tons.On the other hand, consumption should remain at 12.1 milliontons, and exports are estimated at 1.1 million tons, resulting into a final stock of 1.39 million tons, the lowest in the entire decade.The lower stocks are poised to benefit the domestic rice growers, as supplies are reduced, with consequent higher prices. Within thiscontext, what causes concern is the fact that for this picture to beconfirmed, Brazil will need to export upwards of a million tonsover the 2013/14 cycle. Nonetheless, the supply chain considers it difficult to make such a performance viable.

There are three bottlenecks in the way. In late March, prices in Brazil were ranging from R$ 31.00 to R$ 32.00 per 50-kilo sack, in Rio Grande do Sul. It is practically the ceiling of the domestic price

CONFIDENT

The president of the Rio Grande do Sul State Federationof Rice Growers’ Associations (Federarroz), Renato Rocha,understands that this supply and demand picture could beimproved. He believes that Brazil could export more rice, es-pecially because shipments to China are now soaring, a factthat adds value to the crop in the international scenario. Healso believes that domestic consumption could up further. “Ifevery Brazilian citizen consumes one more spoonful of rice a

day the problem of surpluses will no longer exist”, he illustra-tes. Rocha equally advocates a revision of the private stocks.

to make exports viable. The soaring prices in the domestic mar- ket, foreseen for the second half of the year could therefore makethe most important foreign sales unviable, which would certainlyreflect on the domestic prices and final stock.

The second hurdle is the Exchange rate, with the dollar losingvalue against the real, compared to last year, which affects nega-tively the competitiveness of the Brazilian cereal in the interna-

tional marketplace. Finally, there is the so-called logistics black-out: Brazil is celebrating a record cereal harvest but the ports,especially in Rio Grande do Sul, have problems accommodatingthe rice outside the structures of the State Warehousing and SilosCompany (CESA), specifically reserved for rice exports.n

QUADRO DE OFERTA E DEMANDA DE ARROZ NO BRASIL (EM MIL T)

DISPONIBILIDADE > AVAILABILITY

Safra Estoque inicial Produção Importação Suprimento Consumo Exportação Estoque final

2008/09 2.033,7 12.602,5 908,0 15.544,2 12.118,3 894,4 2.531,5

2009/10 2.531,5 11.660,9 1.044,8 15.237,2 12.152,5 627,4 2.457,3

2010/11 2.457,3 13.613,1 825,4 16.895,8 12.236,7 2.089,6 2.569,5

2011/12 2.569,5 11.599,5 1.000,0 15.169,0 12.100,0 1.420,0 1.649,02012/13 1.649,0 12.050,1 900,0 14.599,1 12.100,0 1.100,0 1.399,1

Fonte: Conab, sexto levantamento da safra de grãos, março de 2013.

3

Page 42: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 42/140

O orizicultor brasileiro é um dos mais eficientes do mundo, usa alta tecnologia e al-

cança grandes níveis de produtividade e de qualidade de grãos.Mas perde em competitividade nos mercados interno e externopor aspectos que lhe fogem ao controle, atinentes à macroeco-nomia ou à política governamental. Essa conjuntura poderá seralterada em 2013 por conta de uma agenda estratégica estabele-cida entre os produtores e o Ministério da Agricultura, Pecuáriae Abastecimento (Mapa).

De imediato, em 2013 o governo brasileiro garantiu R$ 1 bilhãopara mecanismos de custeio da comercialização, o que dará sus-tentação de preços. “O mercado opera acima destes patamares e,pela conjuntura, terá preços similares a 2012. Os recursos servem

como lastro”, entende o presidente da Federação das Associaçõesde Arrozeiros do Rio Grande do Sul (RS), Renato Rocha. Um avançoé a repactuação de dívidas arrozeiras, estimadas em R$ 3,1 bilhões,autorizadas para pagamento em 10 anos, que será ajustada a fim dechegar aos bancos privados, cooperativos e estaduais.

  Vencidas estas etapas, o setor acredita que, gradualmente,o governo atenderá às quatro principais demandas: redução dacarga tributária ao longo da cadeia produtiva; estabelecimento decotas de importação do Mercosul; isenção de taxas e tributos paraincentivar as exportações e uma campanha nacional pelo aumen-

to do consumo do arroz e do feijão. “Tais medidas trarão maiorestabilidade aos preços para o produtor, sem penalizar o consu-

midor, e farão o arroz brasileiro mais competitivo nos mercadosexterno e interno”, avalia Renato Rocha, da Federarroz.

Em março entrou em vigor a isenção de impostos federaissobre a cesta básica nacional, mas a medida só vale para o con-sumidor. Tramita no Congresso Nacional projeto que estabe-lece a isonomia do Imposto sobre Circulação de Mercadoriase Serviços (ICMS) em 4% entre os estados. Hoje, a tarifa é dezero a 17%, dependendo dos interesses de cada Estado. O setorpede agilidade na vigência da regra. “Também é preciso reduziros custos de produção pela eliminação ou queda das alíquotasde tributos sobre insumos, máquinas e equipamentos à cadeiaprodutiva”, diz Rocha.

O presidente da Federarroz destaca a importância de o Brasil

estabelecer cotas de importação do arroz do Mercado Comum doSul (Mercosul). Um milhão de toneladas do cereal são internali-zadas por ano da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, países quetêm menor custo de produção diante da baixa carga tributária oudos subsídios à exportação. “As assimetrias criam uma injustiça:agricultores estrangeiros têm renda e o nacional não a tem”, frisa.

Estas assimetrias fazem, por exemplo, com que o arroz bene-ficiado da Argentina e do Uruguai chegue ao Nordeste brasileiro valendo bem menos do que o mesmo produto embarcado no Suldo País em algumas épocas do ano. A proposta é de uma cota de

importação de 800 mil toneladas anuais. A partir daí, uma tarifaaplicada iguala os preço do Mercosul aos internos.n

PONTOS AMELHORARREDUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA, COTAS DEIMPORTAÇÃO PARA O MERCOSUL, ISENÇÃO DEIMPOSTOS NAS EXPORTAÇÕES E AUMENTO DOCONSUMO SÃO METAS SETORIAIS

Page 43: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 43/140

Page 44: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 44/140

ISSUES THAT NEED 

TO BE IMPROVED TAX BURDEN REDUCTION, IMPORTQUOTAS FOR MERCOSUR COUNTRIES,

EXEMPTION OF EXPORT TAXES AND MORECONSUMPTION ARE SECTORAL TARGETS 

 Brazilian rice farmers are among the most efficient in the world. They use high technology and achieve good productivity rates and quality kernels, but are de- ficient in competitiveness at home and abroad for reasons that arebeyond their control, pertinent to macro-economy questions or gov-ernment policies. This scenario is likely to be altered throughout 2013on account of a strategic agenda agreed between the farmers and the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA).

 To Begin with, in 2013 the Brazilian government provided for an R$ 1 billion grant for trading mechanisms, which will sustain prices.“The market operates above these standards and, in light of the sce-nario, is likely to practice prices similar to 2012.The resources serve as

reserve”, says the president of the Rio Grande do Sul State Federationof Rice Growers’ Associations, Renato Rocha. One of the conquests isthe renegotiation of the rice growers’ debts, estimated at R$ 3.1 billion,now scheduled to be settled over a 10-year period, including the debtswith private banks, cooperatives and state banks.

Once these stages have been conquered, the sector believes that, gradually, the government will see to the four demands: reduction ofthe tax burden levied on the supply chain; import quotas for Mercosurcountries; tax exemptions intended to encourage exports and a na-tionwide campaign focused on higher consumption of rice and beans.“These measures will result into stable farm gate prices, without penal-

izing the consumers, and will turn Brazilian rice more competitive at home and abroad”, comments Renato Rocha, of Federarroz. Exemption of federal taxes on the basic food basket entered into

 force in March, but the measure only contemplates the consumers. Na-tional Congress is now debating a project that establishes a maximum difference of 4% of State Value-Added Taxes (ICMS) from on state to theother. Currently, the tariff ranges from 0 to 17%, according to the interestsof every State. The sector is calling on the government for an immediateenforcement of the rule. “There is also need for a reduction in the produc-tion costs through the elimination or reduction of taxes levied on inputs,machinery and equipment for the supply chain”, says Rocha.

The president of Federarroz stresses the need for Brazil to set up arice import quota system regarding the Mercosur countries. One mil-

lion tons of the cereal are brought into the country every year, coming from Argentina, Uruguay and Paraguay, countries where productioncosts are lower, by virtue of a lower tax burden and export subsidies.“Such asymmetric conditions are unfair: foreign rice farmers make profits, while national growers incur losses”, he mentions.

These asymmetries, for example, make it possible for milled rice from Argentina and Uruguay to reach the Brazilian Northeast atmuch lower prices than the cereal shipped from South Brazil to the same destination, in some periods of the year. The suggestion is for an

import quota of a maximum of 800 thousand tons a year. From that point on, a tariff should be levied on the rice from abroad, so as to push its price to Brazil’s domestic levels. n

IN THE EXPORT RHYTHM

In spite of the 400 thousand ton surplus on the Brazilianrice trade balance in the 2012/13 crop year, which helps ba-lance domestic prices, the supply chain is calling for exportincentives. The market is not favorable all the time and, cur-rently, exports are responsible for the balance in the Brazilianmarket, with shipments of one million tons, matching the onemillion tons brought in from Mercosur countries. “Exportsplay a strategic role. To this end, it is necessary to reduce taxesand port fees, invest in logistics and create mechanisms thatturn our kernels competitive in the international marketpla-ce”, says Renato Rocha, of Federarroz. The solicitation is beinganalyzed by the Ministry of Agriculture.

At the request of the sector, the federal government is alsoconsidering a nationwide campaign encouraging the consump-tion of rice and beans, focused on healthy eating habits as amatter of public health, particularly to curb the obesity trend. “Ifevery Brazilian citizen consumes one more spoonful of rice aday, they will be healthier, the market will remain balanced andthe farmers will make more profits”, Renato Rocha concludes.

   S    í    l   v   i   o

     Á   v   i    l   a

Page 45: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 45/140

Page 46: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 46/140

PERFIL > Profle

TUDO SERÁCOMO ANTES

 Apesar do aumento da superfície semeada na safra 2012/13, por conta dos bons pre-ços no segundo semestre de 2012 e da recuperação, ainda que

tardia, dos mananciais para irrigação, o Rio Grande do Sul deverácolher volume de arroz similar ao da temporada anterior. A ex-pectativa é do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), conformeo presidente Cláudio Brayer Pereira. Ele aponta o clima adversocomo causa da queda produtiva.

O inverno seco não permitiu a recuperação das barragens naFronteira Oeste e na Campanha e inibiu o plantio no cedo. Aschuvas vieram em setembro e outubro, época de semeadura. Atra-saram o plantio, mas recuperaram os mananciais e permitiramaumentar a área. “No entanto, o atraso gerou outro problema:

por volta do Carnaval, houve 10 dias de frio noturno, e muitaslavouras estavam em floração. Isso gerou muitos grãos falhados e

 vai implicar em produtividade abaixo do esperado”, revela.

 Apesar do clima desfavorável em alguns momentos, CláudioBrayer Pereira destaca que a estabilidade produtiva está associada àtecnologia de manejo e às variedades. “Hoje, temos uma lavoura dealto potencial produtivo, mesmo sob impacto climático”.

Com produção similar e estoques nacionais menores do queno último ano comercial, Pereira crê em preços também similaresa 2012. “No ano passado, na safra, o arroz era comercializado a R$24,00 pelo saco de 50 quilos, abaixo dos R$ 25,80 do preço míni-mo e dos R$ 30,00 do custo de produção”, explica. “Nesta safra,em março, as cotações se mantinham em R$ 32,00, numa boa base

APESAR DA PREVISÃO INICIAL DE SAFRA MAIOR, O CLIMA DEVERÁ LEVAR ACOLHEITA GAÚCHA A REPETIR O VOLUME E A TER PREÇOS SIMILARES A 2012

Page 47: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 47/140

UM QUADRO MAIS COMPLEXODiferentemente do Irga, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta que o Rio Grande do Sul ampliará em

3,7% a produção de arroz na safra 2012/13, avançando para 8,03 milhões de toneladas. Para chegar a este volume, a com-panhia federal contabiliza aumento de área de 1,3%, de 1,053 milhão de hectares a até 1,066 milhão de hectares. E a pro-dutividade média igualmente é anunciada como maior, em 2,4%, passando de 7.350 quilos por hectare para 7.525 kg/ha.

Apesar das perdas por clima na lavoura gaúcha, dificilmente a Conab reduzirá quase 500 mil toneladas nos seusrelatórios. Mas as entidades gaúchas discordam destes números. “O volume está acima da realidade”, diz o presidenteda Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha. Ele considera que oIrga, por acompanhar de perto a produção, indica valores mais reais.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz, com percentual que varia de 62% a 65% do volume totalcolhido anualmente. E concentra mais de 95% da exportação nacional, que no ciclo 2012/13 bateu na casa de 1,4 mi-

lhão de toneladas.

inicial para se recuperarem ao longo do ano”, argumenta.O presidente do Irga entende que os preços nacionais esta-

rão ligados à política cambial e ao mercado internacional. “As

cotações mais altas no primeiro semestre nos retiram um poucoda competitividade no mercado externo, e precisamos exportarbem, compensando as importações, para dar estabilidade ao mer-cado interno e preços remuneradores ao arrozeiro”, frisa.

Outra variante que deve ajudar a manter os preços mais aque-cidos é o cultivo de 300 mil hectares de soja e 15 mil hectares demilho em terras de arroz no Rio Grande do Sul. “Além de limpara área para o ano seguinte, os orizicultores podem comercializá--los no primeiro semestre e segurar o arroz para vender quandoestiver mais valorizado”, sugere.n

   S    í    l   v   i   o

     Á   v   i    l   a

4

Page 48: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 48/140

NO CHANGES  IN SIGHT ALTHOUGH A BIGGER CROP HAS BEEN FORECAST, WEATHER CONDITIONSARE SUPPOSED TO KEEP IT AT LAST YEAR’S VOLUMES AND VALUES 

 Notwithstanding the bigger   planted area in the 2012/13 crop year, on account of the moreremunerating prices fetched in the second half of 2012, and the somewhat late recovery of the irrigation dams, Rio Grande do Sul is expected to harvest a crop similar to last year in size. Theestimate was released by the president of the Rio Grande do Sul State Rice Institute (Irga), Cláudio Brayer Pereira. He blames the adverse climate conditions on the lower yield.

The dry winter prevented the irrigation dams from recovering,

 particularly in the Western Frontier and meadowland areas through-out Rio Grande do Sul, and inhibited early plantings. The good rainscame in September and October, at seeding time. They delayed plant-ings but recovered the water reservoirs, and allowed for bigger plant-ed areas. “Nonetheless, this initial delay gave rise to another problem: around Carnival time, there were 10 cold nights, at a time when lotsof fields had reached the blossoming stage. It resulted into flawed grains with implications in lower-than-expected yields”, he admits.

 In spite of occasional unfavorable climate conditions, Cláudio Brayer Pereira maintains that productive stability is strongly as-

 sociated with technology and the type of cultivars. “Nowadays, we are in a position to keep our fields highly productive, even under

unfavorable climate-induced impacts”.With a similar product and national stocks running lower

than last year, Pereira believes in prices similar to 2012. Last year, at harvest time, a 50-kilo sack fetched R$ 24.00, at a time whenminimum prices had been set at R$ 25.80, with production costsreckoned at R$ 30.00”, he explains. “In the current season, in March, prices were stable at R$ 32.00, a good level to start with, and chance to recover over the year”, he argues.

The president of Irga understands that prices in the domestic

 scenario will remain chained to exchange rate policies and to theinternational market. “The higher prices in the first half of the year adversely affect our competitiveness abroad, at a time when weneed to export considerable volumes, making up for imports, so asto ensure a stable domestic market and remunerating farm gate prices”, he emphasizes.

 Another variable that should keep prices at remunerating lev-els is the cultivation of soybean in 300 thousand hectares, andcorn in 15 thousand hectares of areas previously devoted to ricein Rio Grande do Sul. “Besides keeping the area clean for the next

 year, the rice farmers can sell the above crops in the first half of the year and store the rice until it fetches better prices”, he suggests.n

Page 49: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 49/140

A MORE COMPLEX PICTURE

Contrary to Irga, the National Supply Company (Conab) projects a 3.7 percent increase inthe 2012/13 rice crop in Rio Grande do Sul, progressing to 8.03 million tons. To achieve thisvolume, the federal corporation factors in a 1.3 percent increase in area, from 1.053 millionhectares to 1.066 million hectares. Average productivity rates are also announced to soar2.4%, from 7,350 kilos per hectare to 7,525 kg/ha.

In spite of the weather induced losses in Rio Grande do Sul, the report issued by Conab will notrefer to a reduction of 500 thousand tons in the current crop. Entities in the State disagree withthese numbers. “The volume outstrips the actual crop size”, says the president of the Rio Grande

do Sul State Federation of Rice Growers’ Associations (Federarroz), Renato Rocha. He has it thatit is Irga that points to the real figures, since the entity follows the production process closely.

Rio Grande do Sul is the biggest national producer of rice, accounting for a percentagerate ranging from 62% to 65% of the total annually harvested crop in Brazil. The State is alsoresponsible for upwards of 95% of the national shipments abroad, which, in the 2012/13cycle amounted to 1.4 million tons.

QUADRO DE SAFRA

ARROZ GAÚCHO > RICE IN RIO GRANDE DO SUL

  ÁREA (MIL HA) PRODUTIVIDADE (KG/HA) PRODUÇÃO (MIL T)

 Safra 11/12 Safra 12/13 % Safra 11/12 Safra 12/13 % Safra 11/12 Safra 12/13 %

  1.053,0 1.066,6 1,3 7.350 7.525 2,4 7.739,6 8.026,2 3,7

Fonte: Conab, levantamento da safra de grãos 2012/13; março de 2013.

Page 50: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 50/140

RAZÕES PARA

OTIMISMODIMENSIONADA À SUA ESTRUTURA, COMPRODUÇÃO, ÁREA E COTAÇÕES ESTÁVEIS, ASAFRA DE SANTA CATARINA OCORRE SEMGRANDES PREOCUPAÇÕES SETORIAIS

Os arrozeiros de Santa Catarina estão animados para a temporada 2012/13.Responsáveis pela segunda maior produção do Brasil, usandoem quase 100% da área o cultivo pré-germinado, garantem aestabilidade em 150 mil hectares anuais (4,1% da região Sul).Danos climáticos tendem a reduzir em 1,5% a produtividadeneste ciclo, no comparativo com a safra anterior, fazendo orendimento cair de 7.180 quilos por hectare para 7.070 kg/ ha. A produção, com isso, deve recuar de 1,07 milhão de tone-ladas para 1,06 milhão de toneladas, conforme a Companhia

Nacional de Abastecimento (Conab), o que representa 11,5%da colheita regional.

O que anima aos produtores é a expectativa de bons preços noperíodo 2013/14. Com o volume de safra dimensionado à capaci-dade de armazenagem, com custo de produção abaixo da médiado País, com boa parte da mão-de-obra sendo familiar, além dacomercialização integrada e do baixo endividamento renegociadocom os bancos, os catarinenses apostam em rentabilidade.

Na avaliação de Enori Barbieri, vice-presidente de Agronegó-cios da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SantaCatarina (Faesc), as perdas pontuais em Nova Veneza, Criciúma earredores são pequenas diante do todo. “O ano é promissor para

a comercialização. Apesar da natural queda de preços na safra,partimos de R$ 32,00 por saco, quando há um ano, em março, o

Page 51: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 51/140

DIVERSIFICAÇÃO

Para melhorar os preços do arroz em Santa Catarina, quebrar o ciclo de doenças, pragas e invasoras, e gerar renda alterna-tiva, alguns produtores começam a introduzir o cultivo de milho nas áreas mais altas das várzeas no Sul do Estado. “Há grandedemanda na região pelas cadeias de frangos e suínos. E os preços médios de R$ 32,00 por saco de 60 quilos, com produtividadede 200 sacos por hectare, são positivos”, afirma Enori Barbieri, da Faesc. “Assim, diminui a oferta de arroz, o que deve melhoraros preços também.” A área diversificada ainda é muito pequena, mas deve crescer, conforme Barbieri.

 valor era R$ 24,00. Teremos bons preços”, enfatiza. A sinalização de fato é muito promissora. Os agricultores que

colheram cedo venderam a saca na faixa de R$ 34,00 a R$ 35,00,acima do custo de produção. As lavouras de Santa Catarina sãopequenas, com mão-de-obra familiar. “Aqui não reclamamosdo passado. E temos fé no futuro. Encerramos a safra com boaprodutividade, boa produção e sem queixas de preços”, desta-ca. Barbieri espera cotações internas mais altas, ou pelo menosiguais a 2012, pois, segundo ele, os estoques nacionais estãobaixos, a produção deve ser similar à do ano anterior, e a China

está importando mais do que o previsto, o que deve tambémgerar valorização do arroz destinado ao mercado internacional.

No Vale do Itajaí e no Norte Catarinense, a produção é es-tável, com grandes produtividades e, em parte, há o manejo dasoca para uma nova colheita. “É uma prática que permite colher250 sacos por hectare, nas duas safras, mas só em áreas favo-ráveis, e por produtores que conhecem a tecnologia”, salientaBarbieri. E as cooperativas são fortes aliadas.

Na avaliação de Barbieri, é preocupante a evolução das árease das safras do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste do Brasil.Entende que o mercado nacional apresenta um tamanho que, me-diante excesso de oferta, pode gerar prejuízos ao agricultor. “Se ou-

tras regiões incrementarem a produção e as importações seguiremaumentando, o Sul terá dificuldades no futuro”, afirma.n

4

Page 52: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 52/140

The rice farmers in Santa Catarina are very excited about the 2012/13 cycle. Responsible for the second largest production volume in Brazil, where almost a hundred percent of all fields are cultivated under the pre-germinated system, the crop has remained stable at 150 thousand hectares (4.1%of the southern region). Climate induced damages are likely to re-

 duce the productivity rates of this cycle by 1.5%, compared to the pre-vious crop, from 7,180 kilos per hectare to 7.070 kg/ha. Therefore, pro- duction should recede 1.07 million tons, according to the National Supply Company (Conab), representing 11.5% of the regional harvest.

What encourages the farmers is the expectation for good pricesin the 2013/14 cycle. With the volume of the crop adjusted to thewarehousing capacity, with a lower-than-average production cost,relying on family labor for the most part, besides the integrated com-mercialization system and low indebtedness renegotiated with thebanks, the farmers in Santa Catarina bet on productivity.

 Enori Barbieri, vice-president of the Santa Catarina State Live-

 stock and Agriculture Agribusiness Federation (Faesc), the one-offlosses in Nova Veneza, Criciúma and surroundings are negligible inlight of the entire amount. “In terms of sales, the year is favorable. Despite the natural drop in prices at harvest time, we got off to a good start, with R$ 32.00 per sack, while a year ago, in March, it was R$ 24.00. We will have good prices”, he points out.

There are promising signs. The farmers who harvested their cropearly fetched from R$ 34.00 to R$ 35.00 a sack, above the productioncost. The farms in Santa Catarina are small and rely mostly on fam-ily labor. “Around here we do not complain about the past, and we have faith in the future. Our crop came to a close with good yields, hefty volumes and with no complaint about prices”, he comments. Barbieri hopes for better remuneration on the domestic side or, atleast, prices similar to 2012, in light of the low national stocks and production volumes similar to last year. In the meantime, China isimporting more rice than previously forecast, a fact that is supposedto exert a positive pressure on international prices.

CAUSE FORCELEBRATION DIMENSIONED TO ITS STRUCTURE, WITHSTABLE VOLUME, AREA AND PRICES, THERICE CROP IN SANTA CATARINA IS RUNNINGSMOOTHLY WITH NO SECTORAL CONCERNS 

Page 53: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 53/140

 In Vale do Itajaí and in the North of Santa Catarina, the sizeof the crop has remained stable, with excellent yields and someof the farmers are preparing for a second harvesting. “It is a practice that normally yields up to 230 sacks per hectare, if thetwo harvests are considered, but only in favorable areas, and by farmers that know the technology”, says Barbieri. Most coopera-

tives recommend this practice strongly.

 Barbieri expresses concern about the ever-rising areas de-voted to the crop in the Center-West, North and Northeast. He has it that the national market should not be overburdened withexcessive supplies, as this could generate losses at farm level.“Should other regions continue devoting more and more landto rice, with imports continuing on a rising trend, the South will

 have difficulties in the future”, he comments.n

DIVERSIFICATION

With an eye towards better prices and extra income in Santa Catarina, whilst breaking the cycle of pests, diseases andweeds, some farmers are now beginning to grow corn in the highlands and in the meadowlands across the southern por-tion of the State. “There is great demand for corn in the region because of chicken and pig farming operations throughoutthe region. And the average prices of R$ 30.00 for a 50-kilo sack, considering productivity rates of 200 sacks per hectare,are very positive”, says Enori Barbieri, of Faesc. “This will reduce the rice crop, with positive reflections on prices. Diversi-fication is still at a fledgling stage, but is poised to make strides soon, Barbieri comments.

QUADRO DE SAFRA EM SANTA CATARINA

ARROZ CATARINENSE > RICE IN SANTA CATARINA

  ÁREA (MIL HA) PRODUTIVIDADE (KG/HA) PRODUÇÃO (MIL T)

 Safra 2011/12 Safra 2012/13 % Safra 2011/12 Safra 2012/13 % Safra 2011/12 Safra 2012/13 %

  150,1 150,1 - 7.180 7.070 (1,5) 1.077,7 1.061,2 (1,5)

Fonte: Conab, levantamento da safra de grãos 2012/13; março de 2013.

5

Page 54: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 54/140

O DESPERTAR

DE UM GIGANTEMARANHÃO ASSUME-SE COMO ARROZEIRO, SEESTABELECE COMO O PRINCIPAL ESTADO PRODUTOR FORADO SUL DO BRASIL E TEM POTENCIAL PARA MUITO MAIS

Page 55: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 55/140

Um gigante doagronegócio despertou para sua importância estratégica na pro-dução de arroz no Brasil. O Maranhão está assumindo, na safra2012/13, a condição de terceiro maior Estado produtor do cere-al no País, o principal fora da região Sul, que concentra 77% dacolheita nacional, conforme a Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab). Esta posição só não foi alcançada na temporada2011/12 por causa da seca, que afetou as lavouras. Na ocasião, oMato Grosso manteve-se como terceiro maior produtor.

Mas no ciclo 2012/13 a colheita deve chegar a 661,8 mil tone-ladas em terras maranhenses, com aumento de 41,5% em relaçãoàs 467,7 mil toneladas do período anterior, segundo divulgou aConab em março, apesar do recuo de 2,3% na área cultivada. Estabaixou de 426 mil hectares para 416,2 mil hectares. No Nordeste,o Maranhão representa 70,2% da área e 67,4% da colheita.

O incremento em volume deve-se à melhoria da produti- vidade, em função do clima; à ampliação da área irrigada –

para 15 mil hectares – e ao uso de variedades mais produtivas. A Conab projeta que o Estado colherá 44,8% mais grãos porárea, passando de 1.098 kg/ha para 1.590 kg/ha. A média re-

presenta um terço da produtividade nacional e 20% do resul-tado obtidos no Sul.

O especialista Paulo Morceli, supervisor de Gestão e Ofertada Conab, em Brasília (DF), diz que a safra maranhense foiimpulsionada pelos bons preços de mercado verificados em2012 e até março de 2013. “Uma saca de 60 quilos valia R$60,00 em março, valor expressivo, que levou muitos agricul-tores a optarem pela cultura”, enfatiza. “Isso motivou tradi-cionais arrozeiros de pequenas áreas e baixa tecnologia, queproduzem grão longo em sistema de sequeiro ou roça-de-tocopara subsistência, o que explica a baixa produtividade”, relata.

Na avaliação de Morceli, o Maranhão pode transformar-seem produtor capaz de abastecer boa parte do Norte e do Nor-deste, reduzindo a dependência e os custos de transporte dogrão do Sul ou importado. Isso está atrelado a investimentosem tecnologia, uso de melhores variedades, aproveitamentode áreas apropriadas, ocupadas por pecuária de baixo ren-

dimento; e organização da cadeia produtiva. “É possível quehaja até algum incentivo previsto no próximo Plano Safra, di-recionado a grão longo fino”, explica.n

AMPLO POTENCIAL

Apesar de bom, o desempenho da atual safra está abaixo da expectativa da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Pesca doMaranhão (Sagrima), que previa colheita de aproximadamente um milhão de toneladas de arroz. O secretário da Agricultura,Cláudio Azevedo, lamenta que mais uma vez o clima tenha frustrado os planos. Lembra que foram distribuídas 605 toneladasde sementes de alto poder de germinação a 60,5 mil agricultores familiares, quilombolas, indígenas e assentamentos rurais.

Mas Azevedo considera positivas as perspectivas para a orizicultura maranhense. Parceria com a Companhia de Desen-volvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) deve criar grandes projetos de irrigação. Já a instalação daEmbrapa Cocais e Planícies, no Maranhão, tende a dar o suporte tecnológico necessário ao desenvolvimento da orizicultura no

Estado, atualmente concentrada nos municípios de Pinheiro, Itapecuru, Pindaré, Grajaú, São Mateus, Vitória do Mearim e Arari.

Secretário da Agricultura

do Maranhão, Cláudio Azevedo,

de camisa branca    D   i   v   u    l   g   a   ç    ã   o

5

Page 56: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 56/140

 Brazilian agribusiness giant has now woken up to its strategic importance in the productionof rice. In the 2012/13 crop year, Maranhão is confirming its status as third biggest rice producer in Brazil, the leading state outside the southern region, where 77% of all rice in Brazil is produced, accord-

ing to the National Supply Company (Conab). This position was not achieved in the 2011/12 cycle simply because drought conditions took

 a heavy toll on the crop that year. Back then, the State of Mato Grosso kept its position as third biggest producer.

 In the 2012/13 crop year, 661.8 thousand tons are expected tobe harvested in the territory of that state, up 41.5% from the 467.7thousand tons in the previous period, according to figures released

by Conab in March, in spite of the 2.3-percent reduction in culti-vated area, which dropped from 426 thousand hectares to 416.2

THE RISE OF  A GIANT MARANHÃO CONFIRMS ITS STATUS AS RICEGROWER AND, APART FROM THE SOUTHERNSTATES, IT IS THE LEADING PRODUCER INBRAZIL, WITH A HUGE POTENTIAL 

Page 57: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 57/140

thousand hectares. In the Northeast, Maranhão represents 70.2%of the planted area and 67.4% of the total harvest.

The increase in volume derives from the climate-induced higher productivity rates; and from the expansion of the irrigated area – to15 thousand hectares – and from the use of more productive variet-ies. Conab sources are projecting yields to soar 44.8% per area, from1,098 kg/ha to 1,590 kg/ha. The average represents one third of the na-

tional productivity rates and 20% of the result achieved in the South. Specialist Paulo Morceli, Supply and Management Supervisor at

Conab, in Brasília (DF), maintains that the crop in Maranhão was drivenby the good market prices practiced from 2012 to March 2013. “A 60-kilo sack sold for R$ 60.00 in March, a rather expressive value, which inducedmany farmers to opt for the cereal crop”, he says. “This encouraged small- scale farmers, deficient in technology, to increase their production of long grain rice, which is normally sowed in highlands or in stump fields for sub- sistence, which accounts for the low productivity rates”, he reports.

 Morceli understands that the State of Maranhão could growenough rice to supply most of the Northeast and North, thus reducingthe dependence and the transport costs of rice imported from abroador from the South. This is chained to investments in technology, the useof good cultivars and appropriate tracts of land, devoted to low profitlivestock breeding operations; and organization of the supply chain.“The next Crop Plan might even provide for some kind of incentiveearmarked for the production of long grain rice”, he explains.n

VAST POTENTIAL

Although good, the performance of the current crop is lag-

ging behind the expectations of the Maranhão State Secreta-riat of Agriculture, Livestock and Fishery (Sagrima), which hadprojected a crop of approximately one million tons of rice. TheSecretary of Agriculture, Cláudio Azevedo, regrets that onceagain the plan was frustrated by adverse weather conditions.He recalls that 605 tons of seed of a high germination powerwere handed out to 60.5 thousand family farmers, quilombo-las, indigenous people and rural settlements.

For the most part, Azevedo spots excellent chances for ricefarming operations in Maranhão. A partnership with the SãoFrancisco and Parnaíba Valleys Development Company (Code-vasf) is poised to create huge irrigation projects, while the installa-

tion of the Embrapa Cocais e Planícies corporation is supposed togive technological support to rice farming throughout the State,currently concentrated in the municipalities of Pinheiro, Itapecuru,Pindaré, Grajaú, São Mateus, Vitória do Mearim and Arari.

COMPARATIVO DE SAFRAS DO MARANHÃO

O NORTE DO ARROZ > RICE IN THE NORTH

  ÁREA (MIL/HA) PRODUTIVIDADE (KG/HA) PRODUÇÃO (MIL/T)

 Safra 2011/12 Safra 2012/13 % Safra 2011/12 Safra 2012/13 % Safra 2011/12 Safra 2012/13 %

  426 416,2 - 2,3 1.098 1.590 44,8 467,7 661,8 41,5Fonte: Levantamento da safra de grãos 2012/13; Conab, março de 2013.

5

Page 58: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 58/140

Estados do Nordestee do Centro-Oeste estão voltando suas atenções para a orizicultu-ra como alternativa de desenvolvimento econômico. A iniciativaconta com a orientação da Embrapa Arroz e Feijão, de Santo An-tônio de Goiás (GO). As ações desenvolvidas integram o proje-to Rede Brasil Arroz – Rede de Transferência de Tecnologia da

Cadeia Produtiva do Arroz no Brasil, que atua em Goiás, MatoGrosso, Alagoas, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul, RioGrande do Sul e Santa Catarina.

Goiás está retomando o cultivo, que existiu com relevânciaaté o final da década de 1980. O Estado era importante produtor,com grande parque industrial, polo de produção e distribuiçãode arroz no mercado brasileiro. Atualmente, conforme o pes-quisador Carlos Magri Ferreira, da Embrapa, mantém modernoparque industrial de beneficiamento e empacotamento, porémusando cereal do Sul do País, de Tocantins e de Mato Grosso.

Em Goiás, na safra 2012/13 foram cultivados 72,1 mil hectares

de arroz, com produção de 205,9 mil toneladas. Parte da área é

de lavouras comunitárias, em programa do governo do Estado.No mesmo período, Alagoas cultivou 3,1 mil hectares e colheu21,1 mil toneladas. No Mato Grosso, por sua vez, foram plantados205,2 mil hectares, com a colheita de 633,9 mil toneladas.

 A participação dos três estados representa 7% da safra nacional.Na avaliação de Magri, a importância do fortalecimento da orizicul-

tura fora do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, responsáveis por73% da colheita brasileira, não está em seu impacto no abastecimentonacional, mas na relevância socioeconômica da atividade orizícola nasregiões envolvidas, com geração de renda e de empregos.

 Além disso, em seu entender, a distribuição da produçãopelo território nacional é uma questão de segurança alimentar.“Pode-se considerar ainda que, quanto maior a estabilidade deoferta e de qualidade do arroz produzido nessas regiões, maiorserá a possibilidade de abertura de mercado internacional parao cereal brasileiro, tendo em vista que diminuirá a preocupaçãodo governo em liberar a produção de regiões com maior possi-

bilidade de exportação”, teoriza. n

NOVAS FRENTESNORDESTE E CENTRO-OESTE EXPERIMENTAM O CULTIVODO ARROZ COMO FORMA DE BUSCAR DESENVOLVIMENTOECONÔMICO E SUPRIR AS NECESSIDADES LOCAIS

Page 59: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 59/140

TRABALHO CONJUNTO

É no Estado de Alagoas, conforme o pesquisador Carlos Magri Ferreira, da Embrapa, que responde por 0,2% da produção nacio-nal de arroz, que o governo e outras instituições locais mais têm apoiado o desenvolvimento da atividade. Isso seria explicado peloimpacto positivo que ela pode causar na região. Para envolver e motivar os produtores, o sistema de trabalho do projeto procurademonstrar os principais pontos fracos e fortes da atividade orizícola, além das práticas e dos comportamentos que os originam.

“A partir daí, busca-se estruturar um conjunto de propostas, validar tecnologias para a melhoria da organização da cadeiaprodutiva, promover o intercâmbio de conhecimentos entre os atores e agregar várias instituições em torno de um objetivocomum: a sustentabilidade e o desenvolvimento da cadeia produtiva do arroz na região”, relata Magri.

O pesquisador salienta que os métodos usados no projeto Rede Brasil Arroz não alteram bruscamente os sistemas queestão sendo utilizados nas principais regiões produtoras dos estados de Goiás, Mato Grosso e Alagoas. “Isto poderia causarsérios problemas, uma vez que envolveria custos cujo retorno não seria imediato”, justifica.

Explica que o projeto busca fazer alterações pontuais nos sistemas de manejo vigentes, aprofundando-os à medida em queos resultados de mercado, de qualidade e de competitividade forem aparecendo. Conforme Magri Ferreira, o Rede Brasil Arroz

atingirá o ponto ideal quando equiparar a produção nessas áreas, em qualidade e competitividade, à do Sul do País e do Mercosul.

5

Page 60: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 60/140

 Northeastern and Center-Western states are now turning to rice farming as an alter-native for economic development. The initiative relies on guide-

lines from Embrapa Rice and Beans, based in Santo Antônio deGoiás (GO). All the developments are part of the Brazil Rice Net-work project – Technology Network Transference of the Brazilian Rice Supply Chain, which operates in the States of Goiás, MatoGrosso, Alagoas, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul, RioGrande do Sul and Santa Catarina.

Goiás is resuming its rice farming operations, which played arelevant role in the state’s economy up until the 1980s. The Stateused to be a relevant producer, home to a huge industrial park, production hub and rice distribution center to the Brazilian mar-

 ket. Nowadays, according to researcher Carlos Magri Ferreira, of Embrapa, the state runs a modern rice processing and packaging

NEW  

FRONTS 

NORTHEAST AND CENTER-WESTTRY RICE FARMING AS A MANNERTO SEEK ECONOMIC DEVELOPMENT

AND MEET LOCAL NEEDS 

JOINT WORK

It is in the State of Alagoas, responsible for 0.2% of the na-tional rice crop, according to researcher Carlos Magri Ferrei-ra, of Embrapa, that the government and local organizations

have lent hefty support to the activity. The explanation mightlie in the positive impact the crop has over the region. Soas to get the farmers involved and motivated, the project’sworking system tries to demonstrate all major weak andstrong points of any rice farming operation, besides thepractices and behaviors that give rise to them.

“Based upon such grounds, the idea is to structure a setof proposals, including the validation of technologies for im-proving the organization of the supply chain, knowledge in-terchange among the players and bring different institutionsunder the umbrella of a unique objective: sustainability anddevelopment of the rice supply chain in the region”, says Magri.

The researcher stresses that the methods proposed bythe Brazil Rice Network do not drastically alter the systemsbeing used in all major rice growing regions in the statesof Goiás, Mato Grosso and Alagoas. “It could cause seriousproblems, once it would involve costs whose return wouldnot be immediate”, he justifies.

He explains that the project proposes ad-hoc altera-tions to the management systems in force, going deeperinto them as the results in terms of quality, market andcompetitiveness surface. According to Magri Ferreira, theRice Brazil Network will reach its desired point as soon asproduction and quality in these areas match with the rice

produced in South Brazil and in Mercosur countries.

industrial park, however, with rice coming from South Brazil, To-cantins and from Mato Grosso.

 In Goiás, at the 2012/13 season, the planted area reached 72.1thousand hectares, totaling a production of 205.9 thousand tons. Part of the area comprises community farms, under the supervi- sion of a State Program. During the same period, Alagoas culti-vated 3.1 thousand hectares and harvested 21.1 thousand tons.

 Mato Grosso, in turn, cultivated 205.2 thousand hectares, with a production volume of 633.9 thousand tons.

The share of the three States accounts for 7% of the entire nationalcrop. Magri understands that the importance of strengthening rice farming operations outside the states of Rio Grande do Sul and SantaCatarina, responsible for 73% of Brazil entire crop, does not lie in itsimpact on national supply, but in the socioeconomic relevance of thecrop in the regions where it is grown, generating income and jobs.

 Furthermore, in his view, the distribution of the productionthroughout the national territory is a question of food safety. “What also counts is the fact that if the supply of quality rice produced in Brazil remains stable, there will be more chances for the cereal toconquer new markets throughout the world, due to the fact that the government will no longer be challenged for liberating the rice pro- duced in regions where exports are advantageous”, he theorizes.n

Page 61: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 61/140

O Brasil produz,

o mundo prova.

Produced in Brazil,

tasted and approved by the world.

Specialized in the production of quality rice,

which meets the need of its population,

Brazil equally ships abroad the cereal that

makes the most discerning kitchen tables

more enticing, including yours.

E aprova.

Especializado na produção de arroz

de qualidade, que abastece as

necessidades de sua população, o Brasil

igualmente disponibiliza ao mundo o

cereal que incrementa as melhores emais exigentes mesas. Incluindo a sua.

Para ampliar a presença do arroz brasileiro e seusderivados em todo o planeta, Abiarroz e Apex-Brasillançaram o Projeto Setorial do Arroz, que já contacom a adesão de 21 empresas. Junte-se a nós e saibacomo promover o seu produto lá fora.

So as to broaden the presence of Brazilian rice and itsderivatives all over the planet, Abiarroz and Apex-Brasil

launched the Rice Sectoral Project, which relies onsupport from 21 companies. Come and join us, and learn

how to promote your product abroad

Page 62: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 62/140

Na década de 1970, levas de migrantes deixaram o Sul do Brasil em direção aoCentro-Oeste. Na bagagem, levavam a esperança de progredire a experiência adquirida na lida com a terra. Com o trabalhona agricultura, essas famílias transformaram a região, até en-tão praticamente inabitada, no celeiro do Brasil. O destaque

fica com o Estado de Mato Grosso, que ostenta o honroso títu-lo de maior produtor de soja do País.

Mas foi com o arroz que os agricultores sulistas começa-ram a desbravar essas áreas. A cultura era muito valorizada naépoca, enquanto a soja ainda estava no início de sua trajetória.Série histórica publicada pela Companhia Nacional de Abaste-cimento (Conab) mostra que na safra 1976/77 o Estado tinhamais de 1,5 milhão de hectares cultivados com o cereal; noentanto, já na temporada seguinte esse número baixava para780 mil hectares.

Mato Grosso tornou-se na época o segundo maior produ-tor de arroz do Brasil, perdendo apenas para o Rio Grande doSul, que seguia imbatível com mais da metade da área plantadano Brasil. Entretanto, o grão cultivado em sequeiro, diferentedo gaúcho, que é irrigado, alcançava baixa produtividade, nãopassando de 1.300 quilos por hectare.

ALTOSPLANOS

EM TRÊS DÉCADAS, MATO GROSSOREDUZIU EM 600 MIL HECTARES A ÁREAPLANTADA COM ARROZ, MAS VIU A

PRODUTIVIDADE DA LAVOURA TRIPLICAR

Page 63: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 63/140

A HORA DA QUALIDADE

Enquanto a área de arroz encolhia, a produtividade fazia a curva ascendente. Pelas informações da série histórica daConab, entre a safra 1977/78 e a temporada 2011/12, 600 mil hectares deixaram de ser plantados com o grão em MatoGrosso, decréscimo de mais de 80%. No mesmo período, o rendimento da lavoura aumentou quase 160%, passando de1.252 kg/ha para 3.217 kg/ha.

O engenheiro agrônomo Angelo Carlos Maronezzi, da AgroNorte Sementes e Pesquisa, sediada em Sinop, destaca queas variedades para plantio em sequeiro melhoraram muito de qualidade nos últimos anos. Uma das cultivares de maiordestaque é justamente a AN Cambará, desenvolvida pela empresa. “Os próprios arrozeiros passaram a usar mais tecno-logia e insumos em suas lavouras”, observa Maronezzi.

O pesquisador Flávio Jesus Wruck lembra que, nos últimos seis anos, a Embrapa lançou cinco cultivares específicaspara terras altas, com qualidade de arroz longo fino, semelhante ao obtido no plantio irrigado do Sul. Os bons resultadostêm, inclusive, mudado o mercado arrozeiro na região. “As maiores empresas beneficiadoras estão pagando por percen-

tual de grãos inteiros, o que não acontecia antes”, exemplifica.Curiosamente, a valorização da soja também tem ajudado o arroz em Mato Grosso. Na safra 2012/13, a Conab estimaaumento de 16% na área plantada com o grão no Estado, chegando a 166,3 mil hectares. De acordo com Flávio Wruck, aooptarem por ampliar o cultivo da oleaginosa, os agricultores precisam ocupar áreas de pastagem, muitas delas abando-nadas há algumas safras. “A transição é feita pelo arroz, cultura que suporta solos mais ácidos”, justifica.

Porém, em mais de 30 anos, muita coisa mudou. O arrozperdeu área; em compensação, triplicou o seu rendimento. Opesquisador Flávio Jesus Wruck, da Embrapa Arroz e Feijão,está lotado em Sinop (MT), de onde tem acompanhado as mu-

danças no cenário agrícola do Estado. Lembra que é prática noCentro-Oeste o arroz ser usado para abertura de lavoura. Coma valorização da soja e diante das áreas consolidadas, o grãofoi perdendo seu espaço. n

6

Page 64: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 64/140

FLYING  HIGH IN THREE DECADES, MATO GROSSO

REDUCED ITS RICE GROWING AREA BY 600THOUSAND HECTARES, BUT WITNESSEDITS PRODUCTIVITY RATES TRIPLE 

 In the 1970s, scoresof migrants left South Brazil for the Center-West, taking withthem the hope to succeed and the experience acquired from their farm chores. Devoted to agriculture, these families transformedthe region, up to that time practically with no inhabitants, in the so-called Brazil’s granary area. The highlight is the State of MatoGrosso, which proudly holds the position as largest soybean pro- ducer in the Country.

 It was with rice that the farmers coming from the South pio-neered the area. The crop was highly valued back then, while

 soybeans were still in their fledgling stage. A Historical Document published by the National Supply Company (Conab) shows that inthe 1976/77 crop year the State had devoted upwards of 1.5 mil-lion hectares to de cereal; however, in the following season this figure had gone down to 780 thousand hectares.

 At that time, Mato Grosso became the second biggest rice producer in Brazil, coming only after Rio Grande do Sul, whichcontinued unbeatable with more than 50% of the total Brazilian

 area. Nevertheless, dry-land crops, different from the rice pro- duced in Rio Grande do Sul, which is grown in irrigation sys-

Page 65: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 65/140

O ARROZ EM MATO GROSSO

VITALIDADE > VITALITY

Safra Área Produtividade Produção

  (mil ha) (kg/ha) (mil t)

1977/78 780,0 1.252 976,5

1990/91 320,0 1.560 499,2

2005/06 287,5 2.570 738,8

2011/12 143,4 3.217 461,3

2012/13 166,3 3.100 515,5

Fonte: Conab (série histórica).

TIME FOR QUALITY

While the area devoted to rice shrank, productivity ratesbegan to make strides. From information contained in Conab’shistorical series, from the 1977/78 crop year to the 2011/12cycle, 600 thousand hectares of rice were excluded from theterritory of Mato Grosso, a reduction of upwards of 80%. Du-ring the same period, yields celebrated almost 160% increa-

ses, jumping from 1,252 kg/ha to 3,217 kg/ha.Agronomic engineer Angelo Carlos Maronezzi, of Agro-

Norte Sementes e Pesquisa, based in Sinop, mentions thatthe dry-land cultivars went through a quality enhancementprocess over the past years. One of the most renowned culti-vars is the AN Cambará, developed by the company. “The ricefarmers themselves began to invest more in technology andinputs in their fields”, Maronezzi observes.

Researcher Flávio Jesus Wruck recalls that, over the pastsix years, Embrapa launched five varieties specific for hi-ghlands, with the quality of long grain rice, similar to the ker-nels harvested in the paddy fields in Rio Grande do Sul. Thegood results have even changed the rice market in the region.

“The big milling companies are remunerating on the basis ofthe percentage of unbroken kernels, a thing that has never ha-ppened before”, he exemplifies.

Oddly enough, the soaring value of soybean has also beena good help for the rice in Mato Grosso. In the 2012/13 cropyear, Conab estimates an increase of 16% in the planted areathroughout the State, reaching 166.3 thousand hectares. Ac-cording to Flávio Wruck, by opting for expanding their soybeanplantations, the farmers need to resort to pasturelands, manyof them left barren for some years now. “The transition to rice,a crop that withstands acid soils”, justifies this fact.

tems, were characterized by low yields, never more than 1,300 kilos per hectare.

 Nonetheless, in more than 30 years, lots of things havechanged. Rice began to lose ground; in compensation, yields tri- pled. Researcher Flávio Jesus Wruck, of Embrapa Rice and Beans,is based in Sinop (MT), from where he has kept a close watch onthe changes of the agricultural scenario throughout the State. Herecalls that in the Center-West it is common practice to resort to

rice as the pioneer crop. With the great value of soybeans and inview of consolidated areas, the kernel began to lose ground.n

6

Page 66: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 66/140

 A redação possíveldo Novo Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651/12) ainda gera di- vergências na sociedade. Prova disso são as três Ações Diretas deInconstitucionalidade (Adis nº 4901, 4902 e 4903) ajuízadas em janeiro de 2013 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) noSupremo Tribunal Federal (STF). Elas questionam itens relaciona-dos às áreas de preservação permanente, à redução da reserva le-gal e à anistia aos casos de degradação ambiental, e já mobilizamdepartamentos jurídicos das entidades ruralistas.

Conforme o assessor jurídico da Federação das Associações de

 Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Ander-son Ricardo Levandowski Belloli, a entidade acredita que a Lei nº

12.651/2012 busca equilibrar princípios da Constituição Federalde 1988, conciliando sustentabilidade ambiental e desenvolvi-mento social e econômico. “Ela foi redigida após amplo debateno parlamento, bem como com o Poder Executivo, e com partici-pação efetiva da sociedade civil”, salienta.

Esse conceito é compartilhado pelo assessor da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Eduardode Mércio F. Condorelli. “O Novo Código é o resultado possíveldos 13 anos de debate promovido em torno de uma nova legis-lação florestal no País”, avalia. “Busca garantir o atual estágio de

preservação ambiental, bem como a condição de produção quehoje alicerça grande parte da economia brasileira, sem deixar de

NUM MATO

SEM CACHORRO

PRODUTORES RURAIS ACOMPANHAM COM ATENÇÃOOS DESDOBRAMENTOS DE AÇÕES IMPETRADAS CONTRAARTIGOS DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO

Page 67: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 67/140

O RISCO DO RETROCESSO

O assessor jurídico da Federação das Associações de Ar-rozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Ander-son Ricardo Levandowski Belloli, pede atenção especial à Adi4902. “Não se pode falar em anistia. Isso se revela completa-mente inapropriado. O que a lei prevê, na verdade, são condi-

ções factíveis para que os produtores, muitos sem recursoseconômicos e financeiros, possam promover a recuperaçãode determinadas áreas”, esclarece.

Eduardo de Mércio F. Condorelli, por sua vez, lamenta o im-passe surgido a partir da ação da PGR. Para o representanteda Farsul, o que preocupa é a possibilidade de interpretaçõesque desvirtuem o texto legal, buscando entendimentos distin-tos da vontade do legislador. Destaca que boa parte das alega-ções da PGR se baseia em uma legislação com quase 50 anos,completamente distante da realidade ambiental do País. “Elatambém está distanciada dos iminentes riscos de retrocessodas condições econômicas e sociais da população brasileira,

uma vez que a antiga legislação trazia a exigência de reduçãode, segundo os números mais modestos, 25% da área hojeutilizada pela agropecuária nacional”, destaca.

OLHANDO DE PERTO

O assessor jurídico da Federarroz, Anderson Belloli, valori-za ainda a atuação da própria federação e de outras entidades,como a Farsul, que estão levando informações aos produto-res para que conheçam as responsabilidades decorrentes danova lei e estejam preparados a fim de cumpri-la. “Assim, po-

dem fazer planejamento mais adequado à sua realidade, parao atendimento efetivo das obrigações da legislação ambientale em condições de mitigar possíveis consequências negativasincidentes nas lavouras de arroz”, avalia.

Enquanto prossegue o impasse, a Federarroz participa dereuniões em Brasília, ao lado de outras entidades do setor,buscando a estruturação de argumentos jurídicos relevan-tes, para que possa participar das Adins exercendo o papelde amicus curia (amigo do juiz), recurso legal permitido emações dessa natureza. “Assim, poderemos concretizar a efe-tiva defesa de posicionamentos junto ao STF, com a preocupa-ção, justamente, de materializar, mais uma vez, o princípio do

pluralismo democrático por meio do debate de ideias”, conclui.

corrigir os excessos do passado de forma pontual, e não ‘arrasaquarteirão’, como a antiga lei”, analisa.

 Apesar de respeitar a posição da PGR, Anderson Belloli refor-ça que a Federarroz discorda dos posicionamentos emitidos nas Adis. “O texto foi elaborado para atender às leis vigentes, caben-do aos órgãos responsáveis e ao Poder Judiciário tomar decisõesadequadas, proporcionais e razoáveis, que reflitam os objetivos já referidos, ou seja, conciliação de interesses”, defende. Dessaforma, propõe, pode-se buscar a sustentabilidade ambiental sema inviabilização do agronegócio, com desenvolvimento econômi-

co e social, além de um meio ambiente saudável, equilibrado e viabilizador de qualidade de vida para as próximas gerações.n

6

Page 68: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 68/140

The wording of the New Brazilian Forest Code (Law 12.651/12) is still giving rise to di-vergences. This is corroborated by three Court Cases challengingits Institutionality (Adis nº 4901, 4902 e 4903) filed in January 2013 by the Office of the Attorney General (PGR) with the Su-

 preme Court (STF). They challenge items related to permanent preservation areas, reduction of the legal reserve and amnestyto environmental degradation cases, and have already mobi-lized the judicial departments of most rural entities.

 According to the judicial advisor to the Rio Grande do Sul State Federation of Rice Growers’ Associations (Federarroz), An- derson Ricardo Levandowski Belloli, the entity maintains that Law nº 12.651/2012 seeks to balance principles of the 1988 Fed-eral Constitution, equating environmental sustainability and social, economic development, as well as the government, and

with effective participation of civil society”, he stresses. This concept is shared by the advisor to the Rio Grande do Sul

 Stte Federation of Agriculture (Farsul), Eduardo de Mércio F. Con- dorelli. “The New Code is the possible result derived from 13 yearsof debates on the Brazilian new forestry legislation”, he argues. “It seeks to ensure the present stage of environmental preservation, aswell as the means to produce, now the foundation of the Brazilian

economy, without overlooking past excesses in a timely manner, and not in the old ‘make it or break it’ fashion”, he analyzes.

 Although respecting the position of the PGR, Anderson Belloli strengthens that Federarroz disagrees with the concepts issued atthe Adis. “The wording tends to comply with laws in force, and itis up to the responsible organs and to the Judiciary to take propor-tional and reasonable decisions that reflect the above mentionedobjectives, in other words, conciliation of interests”, he states.Therefore, he suggests that environmental sustainability can be sought without making agribusiness unviable, with social and

economic development, besides a healthy and balanced environ-ment, able to provide the next generations with quality of life.n

UP THE CREEK

WITHOUT A PADDLE FARMERS ARE FOLLOWING CLOSELY COURT ACTIONSAGAINST ARTICLES OF THE NEW BRAZILIAN FOREST CODE 

Page 69: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 69/140

A CLOSER WATCH

The judicial advisor to Federarroz, Anderson Belloli,also regards highly the work of the federation itself andof other entities, like Farsul, which are keeping the far-mers informed about the responsibilities stemming fromthe new legislation and to be prepared to comply with it.“To this end, they will be able to adjust their plans to theirreality, so as to effectively comply with all environmentalregulations and in a position to mitigate possible negativeconsequences on the rice farms”, he evaluates.

While the impasse continues, Federarroz membersattend meetings in Brasília, jointly with other entities ofthe sector, seeking relevant juridical arguments, so asto have the right to participate in the Adins in the capa-city of amicus curia (friend of the judge), legal resourceallowed in actions of this nature. “This will make it pos-sible to materialize our position before the STF, withthe fair concern to once more materialize the principleof democratic pluralism through a debate focused onideas”, he concluded.

THE RISK OF A REVERSAL

The judicial advisor to the Rio Grande do Sul State Fede-ration of Rice Growers’ Associations (Federarroz), AndersonRicardo Levandowski Belloli, requires special attention to Adi4902. “There is no way talking about amnesty. This turns outto be totally inappropriate. What the Law sets forth is nothingelse than real conditions for the farmers, many of them cash--strapped, to recover degraded areas”, he clarifies.

Eduardo de Mércio F. Condorelli, in turn, regrets the impassethat stems from the PGR action. The Farsul president unders-tands that what causes concern is the chance for misinterpre-tations likely to corrupt the legal text, seeking understandingdifferent from the legislator’s intention. He also stresses that agreat deal of the PGR allegations are based on legislation thatdates back to 50 years ago, distant from Country’s environmen-tal reality. “The new legislation is also distant from the risks ofinducing the Brazilian social and economic conditions to go backin time, seeing that the old legislation, according to very modestfigures, required the reduction of 25% of the area actually usedby Brazil’s agribusiness operations”, he recalls.

6

Page 70: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 70/140

 Assim como o InstitutoRio-Grandense do Arroz (Irga), outras entidades e empresas colo-cam no mercado, a cada safra, materiais atualizados para plantionas lavouras gaúchas. Cada nova variedade apresenta dispositivoa mais para resolver os principais problemas que se apresentamno decorrer das safras e buscar maior rendimento por área.

 A Embrapa Clima Temperado, com sede em Pelotas (RS), está tra-balhando na divulgação de duas novas cultivares. A BRS Sinuelo CL foidesenvolvida com a tecnologia Clearfield , que combate o arroz verme-

lho, com ciclo médio de 130 dias, adaptada à Fronteira Oeste do Rio

Grande do Sul. “Ela é uma substituta para a BRS-7 Taim, que possuimuita adesão nas lavouras gaúchas e já ocupa 5% da área total da safra2012/13”, destaca o pesquisador Ariano Martins de Magalhães Júnior.

 A BRS Pampa é outro material da Embrapa, que está sendo uti-lizado pela primeira vez na temporada 2012/13. O diferencial é quea variedade possui ciclo precoce, em torno de 118 dias. “Quebra oparadigma de que as cultivares de ciclo médio são mais produtivas.Hoje, as de ciclo precoce também apresentam bom rendimento,com cerca de 10 toneladas por hectare”, observa.

PESQUISA  > Research

À PRONTA ESCOLHAINSTITUIÇÕES E EMPRESAS DE PESQUISACOLOCAM NOVOS MATERIAIS NOMERCADO A CADA SAFRA, COM ENFOQUENO COMBATE A PROBLEMAS DA LAVOURA

Page 71: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 71/140

 A RiceTec Sementes tem mais de 20 anos de experiência no mer-

cado mundial, sendo líder no segmento de híbridos de arroz na Amé-rica. Um dos materiais mais recentes lançados pela empresa é o AvaxiCL, indicado para o sistema de produção Clearfield   e com amplaadaptabilidade a zonas temperadas. Como possui grande capacidadede emissão de perfilhos, permite a utilização de baixa densidade desemeadura (40 kg/ha). Também apresenta boa tolerância a brusone emanchas foliares e alta tolerância a toxidez por ferro.

 Já a Inov CL tem ciclo precoce e igualmente é própria para a tec-nologia Clearfield . A indicação da empresa é que seja usada em zonas

temperadas e subtropicais. O produto confere alta resposta à aduba-

ção, sendo recomendado em áreas com elevada fertilidade natural ecom utilização de manejo para altas produtividades.

Em outra frente, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) estácom nova cultivar de arroz indicada para o Vale do Paraíba, regiãoentre o Leste de São Paulo e o Sul do Rio de Janeiro. A IAC 107encontra-se em processo de registro no Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento (Mapa). A variedade possui elevado graude resistência a brusone e se mostrou mais produtiva, quando com-parada a materiais similares em comercialização.n

   I   n   o   r   A   g .

   A   s   s   m   a   n   n

6

Page 72: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 72/140

 Just like the Rio Grande do Sul State Rice Institute (Irga), other entities andcompanies launch new and modern cultivars in the market of South Brazil at every crop year. Every new cultivar boasts newcharacteristics intended to solve all major problems that may show up over the production cycle, equally with an eye towards higher yields per area.

 Embrapa Temperate Climate, based in Pelotas (RS), is now giving

wide publicity to two new cultivars. BRS Sinuelo CL was developedunder the umbrella of the Clearfield technology, which fights red rice,with a cycle of 130 days, adapted to the Western Frontier region in Rio Grande do Sul. “It replaces the BRS-7 Taim, a favorite with many southern farmers and now occupies 5% of the total area devoted to the 2012/13 cycle”, says researcher Ariano Martins de Magalhães Júnior.

 BRS Pampa is another Embrapa cultivar, now being used forthe first time in the 2012/13 cycle. What makes the differencewith this cultivar is its early cycle, around 118 days. “It con-tradicts the belief that only medium-cycle cultivars are produc-

tive. Now, early cycle cultivars are proving very productive, with about 10 tons per hectare”, he observes.

 RiceTec Sementes has more than 20 years’ experience in theinternational market, it leads the segment of America’s hybridrice varieties. One of the most recent cultivars launched by thecompany is known as Avaxi CL, indicated for the Clearfield pro- duction system and widely adapted to temperate climate zones.With a great capacity of producing shoots, it allows for low density seeding (40 kg/ha). It is also very tolerant to rice blast and leaf spot and highly tolerant to iron toxicity.

The Inov CL is also an early cultivar and equally appropriate for the Clearfield technology. The company recommends its use intemperate and subtropical zones. The variety is very responsive to fertilization, and is indicated for areas with high natural fertilityrates, where it can express its high yield potential.

On another front, the Agronomic Institute of Campinas (IAC) has just come up with a rice cultivar recommended for Vale do Paraíba, region that sits between Eastern São Paulo and South-ern Rio de Janeiro. IAC 107 is now being registered in the Ministryof Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA). The cultivar is

 highly resistant to blast and has proved more productive in com- parison to similar cultivars in the market.n

READY TO  CHOOSE INSTITUTIONS AND RESEARCH CORPORATIONS LAUNCH NEW CULTIVARS IN THEMARKET AT EVERY SEASON, WITH THE FOCUS ON FIGHTING FARM PROBLEMS 

Page 73: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 73/140

O Sistema Clearfield®

 evoluiu.Chegou Kifix®

. A nova geração

  do Sistema Clearfield®

.

 0800 0192 500

www.agro.basf.com.br

Aplique somente as doses recomendadas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos.Incluir outros métodos de controle de doenças/pragas/plantas infestantes (ex.: controle cultural, biológicoetc) dentro do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados.Para maiores informações referentes às recomendações de uso do produto e ao descarte correto deembalagens, leia atentamente o rótulo, a bula e o receituário agronômico do produto. Consulte a bula doproduto para verificar a dose e época de aplicação do produto de acordo com o sistema de produção (ArrozTerras Baixas e Arroz Terras Altas). O produto Kifix® não está liberado para comercialização no Estadodo Paraná. Produto registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sob nº 07907.

Page 74: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 74/140

Os tipos de arroz vermelho e preto, indesejáveis em lavouras de grão branco,por serem considerados erva daninha, podem render bom di-nheiro aos produtores. Como eles entram em nicho específicode mercado, ligado à alta gastronomia, estima-se que cheguema valer até quatro vezes mais do que os convencionais.

De olho nesse orizicultor diferenciado, a Empresa de Pes-quisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epa-gri) lançou em março de 2013 duas variedades especiais. Umadelas é a SCS119 Rubi, que possui cor vermelha. Planta deporte baixo e ereta, alcançou produtividade média de 7,9 to-

neladas por hectare nos experimentos, conduzidos na estaçãoexperimental de Itajaí. Uma característica interessante é que

ela não debulha, o que dificulta a contaminação de lavouras

de arroz branco. A SCS120 Ônix é uma cultivar de cor preta. O grão do tipo

longo fino é menor do que o tradicional, assim como a produ-tividade, que chega a 5,5 toneladas por hectare. Conforme opesquisador Domingos Sávio Eberhardt, os agricultores terão àdisposição as sementes dos materiais especiais na safra 2013/14.“O maior interesse será para os produtores orgânicos”, enfatiza.

Na carona das variedades especiais, a Epagri lançou ummaterial de arroz branco, próprio para o sistema pré-germina-do, o SCS118 Marques. Ele atinge produtividade média de 9

toneladas por hectare, com ciclo tardio de 144 dias, resistenteà oxidez por ferro e média resistência a brusone. n

ESPECIAL DE PRIMEIRA

ESPÉCIES DE ARROZ VERMELHO E PRETO PASSAM DE PLANTA DANINHA EM LAVOURASDE GRÃOS BRANCOS A NICHO DE MERCADO LIGADO A ALTA GASTRONOMIA

Page 75: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 75/140

MINAS GERAIS GRAIN

Non-traditional rice growing states have also inves-ted in the crop. An example is the work conducted by theMinas Gerais State Agriculture Research Corporation

(Epamig), which runs the project “Development of culti-vars and new irrigated rice breeds for Minas Gerais”. Thepurpose of the studies is to test new materials, adapted tomeadowland conditions, with evaluation tests conductedin the experimental fields of the state corporation in Lam-bari (South of Rio Grande do Sul ), Leopoldina (Zona daMata) and Nova Porteirinha (North).

Epamig has been doing research on rice for almost 40years, working jointly with Embrapa Rice and Beans. Duringall these years, 30 varieties have been launched, of which,13 for highlands and 17 for meadowlands. In the 2012/13cycle, the company has now two new cultivars in the basic

seed production process: BRSMG Rubelita (meadowland)and BRSMG Caçula (highlands). The expectation is for theseed to be available to the farmers in the next cycle, rea-ching the fields only in the 2014/15 crop year.

Researcher Plínio Soares, Technical Operations di-rector at Epamig, believes that farmers will prefer theCaçula variety to Rubelita, since there is little incentivefor meadowland crops in Minas Gerais. “This highlandvariety also performs well in off-season crops, and it isa super-early variety, with a cycle of 100 to 110 days”,he clarifies. The recommendation is for it to be sowed inJanuary, right after soybean, interrupting the sequenceof corn after the oilseed crop.

The much dreaded red and black rice varieties that infest conventional rice fields are normally treated as weed, but could turn into a source ofincome for the farmers. As they fit into a specific market niche,linked to high gastronomy, it is estimated that their price is fourtimes as much as common rice.

With an eye towards discerning rice growers, the Santa Cata-rina State Rural Extension and Agriculture Research Corporation

(Epagri) launched two special varieties, in March 2013. One ofthem is known as SCS119 Rubi, which is red. It is a low and upright plant, with average productivity rates of 7.9 tons per hectare in field trials, conducted at the experimental station based in Itajaí.One of its prevailing traits is that it does not shed its grains, pre-venting them from contaminating conventional rice fields.

 SCS120 Ônix is a black rice cultivar. Its long thin grain is smaller than conventional grains, and the same holds true for productivity, about 5.5 tons per hectare. According to researcher Domingos Sávio Eberhardt, the farmers will have access to the

 special cultivars as of the 2013/14 crop year. “The real focus willbe on organic farmers”, he stresses.

RED AND BLACK RICE VARIETIES TURNFROM WEEDY RICE INFESTATIONS TO

NICHE MARKETS LINKED TO GASTRONOMY 

FIRST  CLASS 

 Following on the heels of the special varieties, Epagri

launched a white rice breed, specific for the pre-germinated sys-tem, known as SCS118 Marques. It achieves average productivityrates of 9 tons per hectare, with a late 144-day cycle, resistant toiron toxicity and medium resistant to red blast. n

GRÃO MINEIRO

Estados não tão tradicionais no plantio de arroz também têm investido na cultura. Um exemplo é o trabalho realizadopela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que conduz o projeto “Desenvolvimento de cultivarese novas linhagens de arroz irrigado para Minas Gerais”. Os estudos têm como objetivo testar novos materiais, adaptadosàs condições de várzea, com ensaios de avaliação nas fazendas experimentais da estatal em Lambari (Sul do Estado),Leopoldina (Zona da Mata) e Nova Porteirinha (Norte).

A relação da Epamig com o arroz já tem quase 40 anos, por meio de integração com a Embrapa Arroz e Feijão. Nesse período,foram lançadas 30 variedades, sendo 13 para terras altas e 17 para várzeas. Na safra 2012/13, a empresa está com duas novascultivares na fase de produção de sementes básicas: BRSMG Rubelita (várzea) e BRSMG Caçula (terras altas). A expectativa éde que no próximo ciclo estejam disponíveis para produtores de sementes, ganhando as lavouras somente no ciclo 2014/15.

O pesquisador Plínio Soares, diretor de Operações Técnicas da Epamig, acredita que a procura pela Caçula deverá ser maiordo que pela Rubelita, pois o cultivo em várzea não tem tido muito incentivo em Minas Gerais. “Essa variedade de terras altas émuito interessante para plantio na safrinha, sendo super-precoce, com ciclo de 100 a 110 dias”, enfatiza. A recomendação é queseja semeada em janeiro, logo após a colheita da soja, quebrando a sequência do milho depois da oleaginosa.

7

Page 76: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 76/140

O potencial produtivodas lavouras de arroz em terras altas aumenta a cada safra como lançamento de novas cultivares. Uma das mais festejadas é aBRS Esmeralda, desenvolvida pela Embrapa Arroz e Feijão, emparceria com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistênciae Extensão Rural (Empaer). O material vai estar disponível aos

produtores na safra 2013/14.O pesquisador Carlos Martins Santiago, analista de transferênciae tecnologia da Embrapa, está entusiasmado com os resultados al-cançados pela nova variedade nos testes. “Ela possui característicasinovadoras”, observa. Um dos méritos do material é o excelente com-portamento diante dos efeitos da falta de chuva, com produção de10% a 15% superior às demais que estão no mercado. Além disso,possui maior eficiência na utilização dos nutrientes do solo.

 A BRS Esmeralda tem ciclo médio, de 105 a 110 dias; possuios grãos do tipo longo fino, de aparência vítrea, com potencialprodutivo de 7.525 quilos por hectare; e produtividade média,em ensaios, de 4.050 kg/ha. A moderada resistência à brusonedas panículas, forma mais severa da doença, e moderada ao aca-mamento, considerado o maior desafio do arroz de sequeiro doCentro-Oeste, são outras de suas características. Conforme Santia-go, em testes realizados pela cozinha experimental da Embrapa epor indústrias de beneficiamento de arroz, a cultivar apresentouexcelente qualidade de grãos, bom rendimento e ótimo aroma.

 A princípio, a variedade está recomendada para uso apenas emMato Grosso e Goiás. A Embrapa, no entanto, já está com pedido junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

para ampliar a utilização, contemplando ainda os estados do Pará,Maranhão, Piauí, Rondônia, Roraima, Tocantins e Minas Gerais.n

VARIEDADESBEM-VINDASARROZ DE TERRAS ALTAS GANHA NOVASCULTIVARES, COM EXCELENTE POTENCIAL

PRODUTIVO E MELHOR RESISTÊNCIA AOESTRESSE HÍDRICO E ÀS DOENÇAS

Page 77: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 77/140

NOVIDADES DA AGRONORTE

As variedades ANa 7007 e ANa 8001 são outras novi-dades para os produtores de arroz em terras altas, nas re-giões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Os materiais foram

desenvolvidos pela AgroNorte Pesquisa e Sementes, em-presa de melhoramento genético sediada em Sinop (MT).Ambas as cultivares possuem grãos da classe longo fino,translúcidos, com percentual de inteiros acima de 55%.As plantas apresentam porte de baixo a médio, com bomperfilhamento, e respondem em produtividade em áreasnovas, renovação de pastagens ou em rotação com a soja.

A ANa 7007 tem ciclo de 107 dias e pode atingir produtivi-dade de até 7 toneladas por hectare. A comercialização já co-meçou, mas a demanda maior deve ficar mesmo para a safra2013/14. As sementes da ANa 8001, que tem potencial gené-tico de 8 t/ha, começam a ser vendidas no período 2013/14,

com volume mais significativo na temporada seguinte.

7

Page 78: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 78/140

The production potential of highland rice soars year after year with the launch of new variet-ies. One of the most celebrated is the BRS Esmeralda, developed by Embrapa Rice and Beans, jointly with the Mato Grosso State Rural Extension and Agriculture Research Corporation (Empaer). Farmerswill have access to this material in the 2013/14 cycle.

 Researcher Carlos Martins Santiago, Embrapa transference andtechnology analyst, is excited about the results achieved by the newvariety in the field trials. “It possesses innovative characteristics”, heobserves. One of the merits of the material is the excellent reaction at

 drought conditions, with yields from 10% to 15% higher comparedto other varieties in the market. Furthermore, it is more efficient at absorbing soil nutrients.

 BRS Esmeralda has an average cycle of 105 to 110 days; with long grains, vitreous appearance, with a productive potential of 7,525 kilos per hectare; and average yield of 4,050 kg/ha in field trials. Moderate resistance to pyricularia grisea, a very severe disease, andmoderate resistance to lodging, viewed as the most serious threat to dry-land rice in the Center-West, are some of its characteristics. Ac-cording to Santiago, in tests conducted at Embrapa’s kitchen trials

 and by rice milling industries, the cultivar proved to be of good qual-ity, with good yield and excellent aroma.

MUCH DESIRED

VARIETIES 

HIGHLAND RICE IS ENRICHED WITH NEW VARIETIES, WITH EXCELLENTPRODUCTIVE POTENTIAL AND MORE RESISTANT TO WATER STRESS AND DISEASES 

GOOD NEWS FROM AGRONORTE

Varieties ANa 7007 and ANa 8001 are now available forhighland rice farmers in the Center-West, Northeast and Nor-

th. These cultivars were developed by AgroNorte Pesquisa eSementes, a genetic enhancement company based in Sinop(MT). Both cultivar are characterized by long fine grains, trans-lucent, with over 55-percent of unbroken kernels. The plantsare small to medium in size, with a good leaf system, and arevery productive in new areas, renewed pasturelands or in ro-tation with soybean.

The ANa 7007 has a cycle of 107 days and could yield up to7 tons per hectare. Sales have already started, but tighter de-mand is supposed to take place in the 2013/14 crop year. Theseeds of the ANa 8001, with a potential for 8 tons per hectare,will be in the market in the 2013/14 cycle, with a more signifi-

cant volume the following cycle.

To Begin with, the variety has been recommended for Mato Grosso and Goiás. Embrapa, nonetheless, filed a petition with the Ministryof Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA) to expand its use tothe states of Pará, Maranhão, Piauí, Rondônia, Roraima, Tocantins and Minas Gerais.n

Page 79: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 79/140

Seu portal para fazer negócios com o Brasil! 

Ÿ Informações sobre 8.700 empresas exportadoras brasileiras;

Ÿ Dados sobre 2.700 produtos relacionados a comércio exterior;

Ÿ Indicadores econômicos, tabelas e gráficos sobre comércio exterior;

Ÿ Mais de 300 feiras comerciais a serem realizadas no Brasil em 2011;

Ÿ Oportunidades de investimento em infraestrutura, energia, indústria

www.brasilglobalnet.gov.br

 pesada e megaeventos esportivos.

Ministério das Relações ExterioresSubsecretaria-Geral de Cooperação, Cultura e Promoção Comercial

Departamento de Promoção Comercial e Investimentos

Page 80: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 80/140

 A liberação de gasesde repercussão ambiental vira assunto diretamente identificado coma lavoura de arroz. Por quê? O elemento-chave atende pelo nome demetano, uma das mais importantes fontes do efeito estufa, apontadocomo causador do aquecimento global. Como é obtida por meio dafermentação de material orgânico, a substância tem na agropecuáriaum dos seus principais vetores. A orizicultura está inserida nesse con-texto, colaborando com 18% do total liberado na atmosfera no RioGrande do Sul, segundo o Inventário Nacional de Emissão de Gases

de Efeito Estufa.Os dados apontados pelo estudo têm como parâmetros os índices

de emissão preconizados pelo Painel Intergovernamental de Mudan-ças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), órgão da Organização dasNações Unidas (ONU), que valem para o mundo inteiro. Para buscarnúmeros mais reais, que levassem em conta o contexto de cada re-gião, um grupo de pesquisadores realizou medições da liberação dogás por lavouras de arroz irrigado, entre 2003 e 2007.

O engenheiro agrônomo Cimélio Bayer, professor da Universida-de Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), participou do trabalho. Apesquisa de campo foi conduzida na Estação Experimental do Institu-

to Rio-G randense do Arroz (Irga), em Cachoeirinha; e nas univer-sidades federais de Santa Maria (UFSM) e de Pelotas (Ufpel), além da

OPERAÇÃO

ANTIGASESPESQUISA REALIZADA EM LAVOURAS GAÚCHASMOSTRA IMPACTO DA ORIZICULTURA NALIBERAÇÃO DE METANO, UM DOS GASES

RESPONSÁVEIS PELO EFEITO ESTUFA

Page 81: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 81/140

Embrapa Clima Temperado, também em Pelotas. Atualmente, o estu-do segue em propriedades rurais nos municípios de Restinga Seca eUruguaiana.

Conforme Cimélio Bayer, com a observação realizada em várias sa-fras e locais pôde-se constatar que a lavoura de arroz irrigado libera emmédia 300 quilos de metano por hectare/ano, praticamente o mesmoíndice indicado pelo IPCC. “São valores consideráveis, bem mais do queas emissões de soja e milho, plantados em coxilha”, compara.

 Além de obter a informação confiável quanto às emissões de

metano nas lavouras de arroz do Rio Grande do Sul, o trabalho sepropôs também a identificar técnicas de manejo capazes de reduzir o

problema. De acordo com Bayer, os estudos foram conclusivos quan-to à adoção de duas práticas. “Com o cultivo mínimo, conseguimosdiminuir em 30% a liberação do gás. Já com o uso de sistema inter-mitente de irrigação, quando a plantação não fica em contato com aágua durante todo o ciclo, o índice recuou em 50%”, explica.

 A diversificação da lavoura arrozeira, mediante rotação com sojaou milho, igualmente vem sendo observada pelos pesquisadores hádois anos. O professor da Ufrgs adianta que os resultados ainda nãosão conclusivos, mas a avaliação do plantio de 2012 já trouxe indica-

ção positiva. “Pudemos constatar que as emissões foram reduzidasem 10 vezes”, comemora.n

MÉRITO INDISCUTÍVEL

Para o professor Cimélio Bayer, as conclusões às quais se tem chegado mostram a importância da pesquisa regional naárea agrícola, que tem colaborado para aumentar a rentabilidade da cultura e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto ambiental.Ele lembra que, conforme o inventário nacional, as emissões de metano cresceram 30% no Rio Grande do Sul entre 1990 e2005, em função do incremento da área de cultivo.

Bayer mostra que, na verdade, a evolução das técnicas de manejo levou a um resultado animador. “Considerando-se que em

1990 não havia cultivo mínimo, prática hoje realizada em 85% do total plantado, pode-se concluir que, na verdade, as liberaçõesforam reduzidas em 4%”, ressalta. Além disso, observa o professor, como a produtividade tem atingido índices cada vez maio-res, as estimativas indicam a diminuição de 50% na liberação de metano por quilo de grão produzido. “O arroz é um sistemaeconômico e um alimento importante. Por isso, temos que produzir com o menor impacto possível”, enfatiza.

7

Page 82: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 82/140

The release of greenhouse gases is a subject directly linked with rice fields. Why? The key ele-ment is known as methane, a major cause for global warming. Methane gas results from the fermentation of organic matter, a substance that stems widely from farm and cattle farming opera-tions. Rice farming fits into this context, having a share of 18%

of all gases released into the atmosphere in Rio Grande do Sul, according to the National Greenhouse Gas Inventory.

 All data detected by the study are based on the paradigms of theemission indices recommended by the Intergovernmental Panel on

Climate Changes (IPCC), an organ of the United Nations Organiza-tion (UNO), accepted in the entire world. To come up with more real figures, which take into consideration the characteristics of every different region, a team of researchers conducted measurements of gases released by paddy fields, ove the 2003 – 2007 period.

 Agronomic engineer Cimélio Bayer, professor at the FederalUniversity of Rio Grande do Sul (Ufrgs), took part in the work.

 Field research was conducted at the Experiment Station of the Rio Grande do Sul State Rice Institute (Irga), in Cachoeirinha; and at the federal universities of Santa Maria (UFSM) and Pelo-tas (Ufpel), along with Embrapa Temperate Climate, in Pelotas.

ANTI-GAS  OPERATION RESEARCH CONDUCTED ON SOUTHERN FIELDSATTESTS TO THE IMPACT OF THE GREENHOUSEGAS METHANE RELEASED FROM PADDY FIELDS 

Page 83: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 83/140

Currently, the study is being conducted in rural holdings locatedin Restinga Seca and Uruguaiana.

 According to Cimélio Bayer, with the observations conductedin several crop years and different places, it was ascertainedthat paddy rice fields release 300 kilos of methane gas per hect- are, almost the same proportion detected by the IPCC. “These are considerable amounts, outstripping by far highland soy and

corn emissions”, he compares. Besides granting access to reliable information as to the methane

emissions in the paddy fields throughout Rio Grande do Sul, the workis also focused on identifying management practices able to mitigate

the problem. According to Bayer, the studies were conclusive towardsthe adoption of two practices. “With minimum-tillage we have man- aged to reduce the emissions of the gas by 30%. With the intermittentirrigation system, when the plants do not remain in contact withwater during the entire cycle, this rate receded to 50%”, he explains.

 Rice farming diversification, through crop rotation with soy-bean and corn, has equally been observed by the observers over

the past two years. The Ufrgs professor anticipates that the results are not yet conclusive, but the evaluation of the 2012 fields has al-ready pointed to positive aspects. “We had the chance to ascertainthat emissions have been reduced tenfold”, he celebrates.n

UNDENIABLE MERIT

Professor Cimélio Bayer maintains that the conclusions that have been reached show the importance of regional rese-arch works focused on agricultural areas, which have collaborated towards higher profits from the crop and, at the sametime, have reduced environmental impacts. He recalls that, according to the national inventory, methane gas emissionssoared 30% in Rio Grande do Sul from 1990 to 2005, by virtue of the bigger planted area.

Bayer shows that, in fact, the evolution of the management practices has led to an encouraging result. “Consideringthat in the 1990s there was no minimum tillage, a practice now comprising 85% of the total planted area, one can concludethat, in reality, emissions were reduced by 4%”, he stresses,. Furthermore, the professor observes, as productivity rates havebeen soaring all the time, all estimates point to a reduction of 50% of methane emissions per kernel of rice. “Rice is an impor-tant economic and food system. Therefore, we have to produce this crop with the smallest possible impact”, he concludes.

 

 

8

Page 84: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 84/140

PARA ACELERAR

DE VEZ

Page 85: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 85/140

O arroz é um alimentoessencial na mesa da população brasileira, mas pode ser aindamais do que isso. A Federação das Associações de Arrozeiros do

Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) há pelo menos doisanos vem apoiando iniciativas para o uso alternativo do cereal.Conforme o presidente da entidade, Renato Rocha, a grande co-lheita nas safras mais recentes foi o mote para considerar a possi-bilidade, além dos já tradicionais usos na doação humanitária, naexportações e em ração animal. Entretanto, houve alguma dificul-dade para aceitação da ideia. “Encontramos muita resistência, porse tratar de um gênero alimentício. Mas conseguimos demonstrarque não haveria desabastecimento, sendo usado apenas o exce-dente de produção e os grãos inferiores”, explica.

 A Federarroz tem sido grande defensora do uso alternativo doarroz e vem atuando como interlocutora na instalação do projetoda Vinema, conduzindo a assinatura de um protocolo de intençõesentre a entidade, os municípios que sediarão as fábricas e a própriaempresa. “Queremos que isso se torne uma política de governo eque não seja passageiro, pois o excedente de arroz é um proble-ma recorrente dos produtores”, declara. Para aqueles que possamtemer pelo sumiço do cereal das prateleiras, Rocha é enfático aoafirmar que não há risco de desabastecimento. “Temos condiçõesde plantar 3 milhões de hectares. Atualmente, plantamos 1 milhãode hectares. Dando destinação ao excedente e ao grão de baixa

qualidade, iremos melhorar as condições dos produtores”, frisa.

Rocha salienta ainda que as plantas das usinas da Vinemanão serão dependentes do arroz, estando preparadas a pro-duzir etanol a partir de outros produtos. Com a entrada em

funcionamento do complexo, ele vislumbra outros benefíciosao Estado, como o maior retorno de Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias e Serviços (ICMS), a geração de empregos e adiversificação da matriz produtiva. n

FABRICAÇÃO DE ETANOL A PARTIR DO ARROZ PODE VIR A SER UMA SOLUÇÃO RENTÁVELPARA A DESTINAÇÃO DO EXCEDENTE, SEM COMPROMETER O ABASTECIMENTO

BOM COMBUSTÍVEL

O pesquisador em Melhoramento Genético de Arroz Aria-no de Magalhães Júnior, da Embrapa Clima Temperado, dePelotas (RS), enfatiza que muito pouco tem sido pesquisadosobre o arroz para outros usos que não sejam a alimentação

humana. A busca por uma linhagem adequada à produção deetanol surgiu de demanda do setor, via Federarroz, de olho emnovos aproveitamentos do cereal. “O arroz para a elaboraçãode etanol precisa atender apenas a caracteres agronômicos,onde a produtividade é o elemento principal”, explica Ariano.

O amido é o componente mais presente na composição dogrão (até 95% do peso seco), sendo também este o principalelemento para a produção de etanol. “Tem-se encontrado li-nhagens com alto potencial produtivo, que não atendem aospadrões de consumo humano, mas que podem ser plena-mente utilizadas na produção de etanol”, enfatiza o pesquisa-dor. Uma delas é a do programa de melhoramento genético

de arroz irrigado da Embrapa, a AB11047. Com ciclo biológicoao redor de 126 dias no Rio Grande do Sul, da emergência àmaturação, produz grãos grandes, com alto conteúdo de ami-do, sem arista e alta capacidade produtiva.

A cultivar apresenta ainda 52 gramas de peso médio demil sementes, enquanto a maioria dos tipos de arroz irrigadopossui peso médio de 25 gramas. Com altura média das plan-tas de 110 cm e espessura do colmo de 5,5 mm, a AB11047demonstra resistência ao acamamento, apesar da elevadaestatura. Além disso, possui moderada resistência às princi-pais doenças do arroz, bem como ao degrane. “Essa linhagemsurge também como excelente fonte para alimentação animal

ou como matéria-prima na produção de etanol”, elogia Ariano.O pesquisador esclarece que a ideia é plantar o AB11047

em no máximo 10% da área do Rio Grande do Sul, o equi-valente, em termos de produção, a cerca de 1,5 milhão a 2milhões de toneladas, exatamente o que o Estado possuide excedente de produção. “Assim, teremos valorizado opreço a ser pago ao orizicultor, pois estaremos regulandoa oferta com a demanda do produto”, frisa. Ainda desta-ca outras possíveis aplicações da nova linhagem, como aobtenção de farinha para a produção de biscoitos, pães emassas, e na indústria de cosméticos. “Entretanto, nossapesquisa ainda não tem feito nada além do etanol e da ali-

mentação animal. Isto é coisa para o futuro”, prevê.

   I   n   o   r   A   g .

   A   s   s   m   a   n   n

8

Page 86: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 86/140

 Rice is a staple food in Brazil, but could be used for other purposes. For two years nowthe Rio Grande do Sul State Federation of Rice Growers’ Associations(Federarroz) has been lending support to initiatives intended to give the cereal alternative uses. According to the president of theentity, Renato Rocha, the bumper crops over the past years gaverise to considerations about this possibility, besides the traditionaluses for humanitarian donations, exports and animal feed. None-

theless, the idea proved a little difficult to be accepted. “We havemet strong resistance, as rice is a staple food. However, we man-

 aged to demonstrate that there would be no shortage of rice on the kitchen table, since only production surpluses and inferior quality kernels were supposed to be used”, he explains.

 Federarroz has always been an advocate for alternative uses forrice and is acting as interlocutor in the installation of the Vinema project, collecting signatures for a protocol of intentions between theentity, the municipalities where the factories are to be based and thecompany itself. “We want this to become a government policy, not

 just a passing fad, since rice surpluses have been a recurring problem for the farmers”, he declares. For those who fear rice might disappear

SPEED-ORIENTED

SOLUTIONS MAKING ETHANOL FROM RICE COULDTURN INTO A PROFITABLE SOLUTIONFOR THE DESTINATION OF SURPLUSES,WITHOUT AFFECTING SUPPLY 

Page 87: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 87/140

GOOD FUEL

Rice Genetic Enhancement researcher Ariano de MagalhãesJúnior, of Embrapa Temperate Climate, in Pelotas (RS), empha-sizes that so far very little research work has been conductedon uses for the cereal other than human consumption. The se-arch for a strain appropriate for the production of ethanol sur-faced as a result of a demand by the sector, via Fedearroz, with

an eye towards new uses for the cereal. “Rice for the productionof ethanol must only comply with agronomic characters, whereproductivity rates are a major concern”, explains Ariano.

Starch is heavily present in the composition of the kernel(up to 95% of its dry weight), and it is also the major ingredientfor the production of ethanol. “Cultivars have been detectedwith a high production potential, but do not meet the standar-ds for human consumption, and are therefore appropriate forthe production of ethanol”, the researcher emphasizes. One ofthem comes from the Embrapa genetic enhancement programof irrigated rice – the AB11047. With a biological cycle of about126 days in Rio Grande do Sul, from emergence to maturation,it produces big kernels, with a high content of starch, without

aristate, and high production capacity.The average weight of the cultivar is 52 grams for one thou-

sand kernels, whilst most irrigated rice cultivars only weigh25 grams for the same number of kernels. With an averageheight of 110 cm and stem thickness of 5.5 mm, the AB11047demonstrates resistance to lodging, in spite of its significantheight. Furthermore, it is moderately resistant to all major ricediseases, and to degraining. “This cultivar also turns out to be anexcellent source of animal food or of raw material for the pro-duction of ethanol”, Ariano admits.

The researcher clarifies that the idea is to seed only 10% ofthe area in Rio Grande do Sul with the AB11047, which, in termsof production, is equivalent to about 1.5 million to 2 million tons,exactly equivalent to the state’s rice surpluses. “This will lead tobetter farm gate prices, since it will bring supply and demandinto balance”, he notes. He also highlights other possible usesof the new cultivar, like flour for making biscuits, special typesof bread, pasta and applications by cosmetic industries. “No-netheless, our research has not yet gone beyond ethanol andanimal food. This is something for the future”, he predicts.

 from the supermarket shelves, Rocha is very positive when he statesthere will not be any shortages. “Our capacity is for seeding 3 million hectares. Currently, it is one million hectares. If we manage to find a destination for surpluses and low quality kernels, we will consider- ably improve the conditions of our rice farmers”, he insists.

 Rocha also stresses that the Vinema Mills will not exclusively de- pend on rice, they are prepared to make ethanol from other products.Once the complex starts operating, he spots additional benefits for

the State, like heftier state value-added tax (ICMNS) returns, the gen-eration of jobs and the diversification of the production matrix.n

   I   n   o   r   A   g .

   A   s   s   m   a   n   n

8

Page 88: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 88/140

TECNOLOGIA  > Technology

 A evolução das tecnologias para o cultivo de soja em várzeas, na rotação com o arroz, constitui ferra-menta determinante a fim de agregar ganhos agronômicos e de renda àorizicultura gaúcha, que lidera a produção nacional. A opinião é do enge-nheiro agrônomo Arlei Haetinger, que cultiva 330 hectares (130 de arroze 200 de soja) na localidade de Bexiga, em Rio Pardo (RS).

O cultivo de soja em terras baixas é expediente para reduzira presença de sementes de arroz vermelho no solo, invasoraaltamente competitiva com o grão branco. Ao mesmo tempo,permite aproveitar a vantagem tecnológica da alternância entrea gramínea e a leguminosa na lavoura. A soja fixa nitrogênio (N)

no solo e recupera suas qualidades químicas e físicas, o que setraduz em produtividade e menor custo de produção no arroz.

 Além da diluição de custos, o manejo e as variedades evoluíram

e podem inclusive proporcionar lucro se o clima não for desfa- vorável e as operações foram adequadas.

Por oito anos, até 2004, Arlei Haetinger fez rotação de arroz e mi-lho em dois cortes de lavoura. Com preparo de verão, controlava o vermelho. “Na época, o residual dos herbicidas inviabilizou o sistema.Mas a tecnologia evoluiu e hoje não há mais esse problema”, salienta.“Atualmente, o milho é boa alternativa para a rotação com o arroz”.

No entanto, a rotação não está livre de riscos: “É preciso ter umacondição excelente de drenagem e irrigação, escolher áreas maisaltas para evitar estresse por excesso hídrico com a soja, utilizar ma-

terial adaptado e plantar na época recomendada. E, claro, buscarconhecimento”, avisa. Também é fundamental manter-se atento à

SINTONIA FINAADOÇÃO DA SOJA EM ROTAÇÃO COM O ARROZ EM AMBIENTEDE VÁRZEA PODE POTENCIALIZAR GANHOS ECONÔMICOS E

AGRONÔMICOS, MAS TRAZ ALGUNS RISCOS

Page 89: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 89/140

Page 90: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 90/140

 Ever more sophisticated  technologies for the cultivation of soybean in meadowlands, in rota-tion with rice, constitute an important tool for the aggregation of ag-ronomic gains and income to rice farming operations in Rio Grande do Sul, now leading the national crop. This is the opinion of agro-nomic engineer Arlei Haetinger , who cultivates 330 hectares (130

of soybean and 200 of rice) in Bexiga, municipality of Rio Pardo (RS). Soybean cultivation in lowlands constitutes a manner of re-

 ducing the presence of red rice seed in soil, a weed that stronglycompetes with white rice. In the meantime, the system benefits from the technological advantage in alternating the cereal grasswith the leguminous plant. Soybeans are considered nitrogen-fix- ating legumes and recover the physical and chemical properties of soil, which translates into higher yields and smaller rice produc-tion costs. Besides diluting the costs, management and varieties have improved and could even yield profits if climate conditions

 and operations are favorable and appropriate. For eight years, up to 2004, Arlei Haetinger rotated maize and

FINE TUNE RICE-SOYBEAN ROTATION IN

MEADOWLAND COULD INCREASECONSIDERABLY BOTH ECONOMICAND AGRONOMIC GAINS, BUT

POSES SOME RISKS 

MORE ADVANTAGES

With crop rotation, Arlei Haetinger managed to increasehis rice field yields by 12%, from 7.5 tons per hectare to 8.4

tons, in the 2010/11 crop year. In 2011/12, there was another8.3-percent increase to 9.1 tons per hectare. In the 2012/13cycle the expectation is for matching the previous years’ pro-ductivity rates.

In market terms there was another evolution: if conditionsare favorable for early rice seeding, with consequent earlyharvest, farmers can take advantage of better prices from theend of the off-season period to the beginning of the new crop,trading 20% of their crop, an amount that usually exceedstheir warehousing capacity. “In general, soybean is sold in thefirst half of the year, sometimes through the anticipated con-tract system, whilst the rice is sold towards the end of the year,

a strategy that leads to better average prices”, he explains.

MAIS VANTAGENS

Com a rotação de culturas, a produtividade das lavouras dearroz de Arlei Haetinger aumentou 12%, passando de 7,5 tone-ladas por hectare para 8,4 toneladas por hectare, em númerosda safra 2010/11. Já na temporada 2011/12, avançou mais8,3%, subindo para 9,1 toneladas por hectare. No ciclo 2012/13,

a expectativa é pelo menos igualar os índices anteriores.Em termos de mercado houve outra evolução: se há con-dições de semear o arroz no cedo, e colher também anteci-padamente, o produtor pode aproveitar preços mais altosentre o final da entressafra e o início da colheita a fim de co-mercializar 20% da sua produção, montante que excede suacapacidade de armazenagem. “Em geral, vende-se a soja noprimeiro semestre, às vezes com contrato antecipado, e oarroz mais para o final do ano, estratégia que permite obtermelhores preços e fazer uma média boa”, explica.

Page 91: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 91/140

rice in two field stretches. With the summer crop, he kept red riceunder control. “At that time, herbicide residues turned the systemunviable. But technology improved and the problem no longerexists”, he explains. “Nowadays, maize is a good alternative forrotation with rice”.

 Nonetheless, rotation schemes are not entirely risk free: “An ex-

cellent drainage and irrigating structure is needed, higher landis preferred if the soybean crop is to be protected against possiblewater stress, besides the use of adapted cultivars, with seeding car-ried out at the recommended period. And, of course, knowledgeis needed”, he warns. Another fundamental precaution is soil analysis, since rice and soybean differ in terms of fertilization and soil correction. “The aim is to make profits from rice, but efficientmanagement, as well as appropriate cultivars and technology,could bring in profits from soybean or maize”, he emphasizes.

 In the third soybean crop in rotation with rice, his expectation

is for profits. Productivity rates are supposed to reach an averageof 40 sacks per hectare. “Under very favorable climate conditions,

we have already harvested an average of 55 sixty-kilo sacks, andwe are spotting a potential for harvesting from 60 to 65 sacks per hectare”, he says. Furthermore, there are gains derived from ef- ficient weed control in rice fields and higher productivity rates. Like-wise, there are now bigger chances for going back to traditional ricecultivars, seeing that, in light of the presence of red rice, Arlei Haet-

inger prefers to seed cultivars tolerant to herbicide (CL). Continueduse of these varieties is not recommended, since they may run out ofcontrol, giving rise to a herbicide resistant weed. By virtue of thisrisk, it is important to have other technologies available.

 In succession to soybean and rice, the farmer establishes pastureswith oats and perennial ryegrass. After harvesting the rice, Haetingerlevels the soil and seeds the pasture in the no-till system, ensuring soilcoverage and alternative income in the winter. In September, the high-er areas are desiccated and cultivated with soybean, water drainageis revised and adjusted, and the pasture is established. At winter’s

end, it is desiccated and incorporated into the soil; the stretch of landis then walled in for the rice seeding operation in spring.n

  I     A   A      

8

Page 92: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 92/140

 A rotação de culturas,uma das ações recomendadas pelos técnicos para combate ao arroz vermelho nas lavouras, registra incremento no número de adeptosno Rio Grande do Sul. Pela valorização crescente no mercado, asoja tem sido a opção preferida dos agricultores gaúchos. Acompa-nhamento realizado pelo Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga)comprova a ampliação no plantio da oleaginosa em áreas de várzea.Na safra 2010/11, foram implantados apenas 66 mil hectares, quepassaram para 182 mil hectares na temporada 2011/12 e saltarampara 262 mil hectares no ciclo 2012/13. Isso corresponde a 25% do

total semeado com o grão no Estado.Com as vantagens apresentadas pelo uso da soja em sucessão ao ar-roz, o tema tem sido recorrente entre as instituições de pesquisa. O Irgatrabalha ininterruptamente nessa linha desde 2004. Um dos resultadospráticos dessa ação está no lançamento da primeira cultivar da olea-ginosa destinada ao cultivo em áreas de várzea, com maior tolerânciaao estresse hídrico e boa resistência a doenças radiculares. A TEC Irga6070RR foi desenvolvida em convênio com a CCGL Tecnologia.

Conforme o pesquisador Anderson Vedelago, do Irga, os ori-zicultores sempre tiveram visão de que a soja seria uma culturasecundária. Além disso, o desconhecimento quanto ao manejo

da lavoura fazia com que eles sofressem muitas perdas. “É umaquestão cultural, pois o arroz é menos instável do que a olea-ginosa, que sofre com o déficit ou o excesso hídrico”, enfatiza.

O aumento da área com soja nas várzeas é a prova de que osagricultores estão assimilando as vantagens da rotação. Vedela-go lembra que, pela ocorrência de casos de resistência aos her-bicidas da tecnologia Clearfield , sistema que representa maisda metade do total plantado de arroz no Rio Grande do Sul, éimportante o uso da oleaginosa. “Ela entra com outro produtoquímico, que quebra o ciclo das invasoras”, esclarece.

Para o pesquisador do Irga, existe grande potencial para ampliaçãodas lavouras de soja no Estado, sem que ocorra diminuição na área de

UM CASAMENTO 

PROMISSORPLANTIO DA SOJA APÓS O ARROZ ELEVA APRODUTIVIDADE DO CEREAL E DIMINUI AINCIDÊNCIA DE PLANTAS INVASORAS NALAVOURA, ENTRE ELAS O ARROZ VERMELHO

a r -

r o z .“Há trêsmilhões dehectares comestrutura de irri-gação e drenagempara arroz no RioGrande do Sul, mas so-mente são utilizados umpouco mais de um milhão dehectares”, observa. Isso ocorre,

segundo Anderson Vedelago, em virtude da falta de água e da grande in-festação de plantas daninhas.

O desempenho positivo da soja em área de várzea, avisa opesquisador, depende de um bom sistema de drenagem. Nessaconcepção se insere a técnica de plantio em microcamalhão, quepermite o cultivo em locais alagados, sem encharcar as raízes dasplantas. O Irga, junto com a Industrial KF, lançou uma semea-dora para essa finalidade. A calagem e a adubação das lavourastambém constituem providências importantes a serem adotadas

para obtenção de melhor resultado. Estudos revelam, por exem-plo, que há deficiência de fósforo nos solos gaúchos. n

Page 93: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 93/140

O RITMO IDEAL

Outra instituição que tem se dedicado aos estudos com o plantio de soja em várzea é a Embrapa Clima Temperado, comsede em Pelotas (RS). Conforme o pesquisador da unidade, Giovani Theisen, foram testados vários sistemas de rotação. Osque apresentaram melhores resultados foram de dois anos para cada cultura, ou a sequência de dois de arroz, um de pecu-ária e dois de soja. “Se fosse um ano para cada lavoura, o custo seria maior”, salienta. “Na saída do arroz, o solo precisariaser preparado para receber a soja. E quando a oleaginosa fosse colhida, as taipas teriam que ser refeitas para novamente ocereal ser plantado”, enfatiza.

Com relação à produtividade na lavoura de soja em várzea, Theisen explica que ocorre queda média de 20%, no compa-rativo com o cultivo em áreas de planalto. “Em compensação, o aumento no rendimento do arroz semeado na sequênciapode chegar a 20%”, comenta. Esse resultado é alcançado graças à fixação do nitrogênio no solo, liberado pela oleaginosa, eà menor infestação de plantas daninhas.

9

Page 94: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 94/140

Crop rotation, a moverecommended by most technicians for combating red rice infestations,is now a rising trend in Rio Grande do Sul. Highly valued in the mar- ket, soybean has become a crop of choice for southern farmers. A surveyconducted by the Rio Grande do Sul State Rice Institute (Irga) attest toever-increasing soybean fields in meadowland regions. In the 2010/11crop year, only 66 thousand hectares were established, which jumped to182 thousand hectares in 2011/12 and to 262 thousand in the 2012/13cycle. It corresponds to 25% of all soybean fields in the State.

 As a result of the advantages derived from the soybean in suc-cession to rice, the theme is now constantly addressed by research

institutions. Irga has been involved with the subject since 2004.One of the practical results of these initiatives is the launch of the first oilseed cultivar destined for meadowlands, with higher toler- ance to water stress TEC Irga 6070RR is a cultivar that was devel-oped jointly with CCGL Tecnologia.

 According to researcher Anderson Vedelago, of Irga, rice grow-ers had always viewed soybean as a secondary crop. Moreover, thelack of knowledge regarding cultural and management practicesresulted into huge losses. “It is a cultural question, as rice is lessunstable than soybeans, a crop that is greatly affected by both dryconditions and excessive precipitation”, he notes.

A PROMISINGMARRIAGE SOWING SOYBEANS AFTER RICE TRANSLATESINTO HIGHER PRODUCTIVITY RATES AND LOWERINCIDENCE OF SUCH INVASIVE PLANTS AS RED RICE 

Page 95: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 95/140

The ever-increasing areas devoted to soybeans in meadowland regions attests to the fact that farmers have been assimilating the advantages derived from rotation systems. Vedelago recalls that, because of the occur-rence of resistance to the herbicides of the Clearfield technology, systemthat accounts for more than half of all rice plantations in Rio Grande do Sul, switching to soybean is very important. “It requires other chemicaltreatments, and they cut the cycle of the invasive plants”, he clarifies.

The Irga researcher understands that there is great potential forexpanding the soybean plantations throughout the State, withoutnecessarily reducing the area devoted to rice. “There are three million hectares with viable irrigation and drainage systems in Rio Grande

 do Sul, but just one million hectares are being used”, he observes. This happens, according to Anderson Vedelago, by virtue of water deficien-cies and overwhelming weed infestation.

The positive performance of soybean in meadowlands, the re- searcher warns, depends on efficient drainage systems. The micro-ridge planting system falls into this concept, whereby flooded areascan be cultivated, without affecting the root systems of the crops. Irga, jointly with Industrial KF, launched a seeder for this purpose. Lime and fertilizer applications are also important practices to be adoptedif good results are to be obtained. Studies have revealed that the soilin Rio Grande do Sul is deficient in phosphorus.n

THE IDEAL RHYTHM

Another institution that has conducted studies on meadowland soybean plantations is Embrapa Temperate Climate,based in Pelotas (RS). According to the researcher of the entity, Giovani Theisen, several rotation systems have been tes-ted. The best results point to two years for each crop, or the succession of two years of rice fields, followed by one yearof livestock operations and two years of soybean crops. “A one-year system for each crop would result into much highercosts”, he explains. “At the end of a rice crop, the soil would have to be prepared for soybeans. And after harvesting thesoybeans, the rice field mud walls would have to be raised again”, he clarifies.

With regard to meadowland soybean productivity, Theisen explains that it decreases by 20%, on average, compared tohighland cultivations. “On the other hand, the rice yields in the sequence normally soar 20%”, he comments. This result

stems from nitrogen fixation in soil, liberated by the oilseed, along with milder weed infestations.

9

Page 96: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 96/140

Enquanto a soja amplia anualmente sua participação nas áreas baixas, o uso do milho em

rotação com o arroz ainda está engatinhando. A considerar estáo fato de a gramínea ser muito mais sensível ao estresse hídricodo que a oleaginosa. No entanto, a opção não deixa de ser con-siderada interessante, pelo valor comercial do grão e diante doabastecimento insuficiente no Rio Grande do Sul.

No Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) o projeto de plan-tio de milho na várzea teve início em fevereiro de 2012. “Enxerga-mos o grão como mais um instrumento de controle do arroz ver-melho”, enfatiza Rodrigo Schoenfeld, pesquisador da instituição.Ele defende que a cultura se adaptaria muito bem na Depressão

Central, região dominada por pequenas propriedades. “Poderáser consumido no local ou até vendido”, ressalta.

Com o resultado de estudos anteriores em mãos, o pesquisadordo Irga concluiu que o sucesso do plantio de milho na várzea depen-

de da solução de duas questões básicas: o estresse hídrico e a dificul-dade de controle de pragas, principalmente da lagarta do cartucho.Conforme Schoenfeld, o primeiro problema se resolveria com o usodo microcamalhão, enquanto o segundo pode ser combatido com autilização das sementes transgênicas, disponíveis no mercado.

No primeiro ano, o Irga conduziu o projeto com a semeadura de qua-tro híbridos comerciais, em duas épocas (setembro, considerada prefe-rencial, e novembro, mais tardia), com irrigação por aspersão e por sulcose também sem a adoção desse manejo. Os experimentos foram instaladosem Cachoeira do Sul, Cachoeirinha e Santa Vitória do Palmar, e as unida-

des de observação em Restinga Seca, Agudo e Camaquã.O foco do Irga no primeiro ano da pesquisa acabou sendo atin-

UM NOVO COLEGAESTUDOS COMPROVAM O BOM RENDIMENTO DO MILHOPLANTADO EM SUCESSÃO AO ARROZ NAS ÁREAS DE VÁRZEA,DESDE QUE SE REALIZE O MANEJO ADEQUADO

Page 97: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 97/140

gido. “Queríamos ter a certeza da viabilidade do plantio de ummilho de alta produtividade em área de várzea”, explica Schoen-

feld. Os resultados parciais mostraram que a lavoura instalada emCachoeirinha, onde fica a estação experimental da instituição, teverendimento médio de 10 toneladas por hectare. “O microcamalhãose mostrou interessante como solução ao estresse hídrico. Choveubastante e, mesmo assim, não houve problema”, enfatiza.

No segundo ano do projeto, as atenções voltaram-se para ocontrole de plantas daninhas, com a opção de uso do glifosatocombinado com um herbicida pré-emergente. “Com esses produ-tos, a área fica mais limpa para receber o arroz depois”, conclui. Omanejo de irrigação, a obtenção de materiais melhor adaptados às

condições de várzea e a viabilidade econômica do cultivo tambémserão enfocados nos estudos do Irga.n

BOM RESULTADO

A Embrapa Clima Temperado, sediada em Pelotas (RS),também está conduzindo estudos com o plantio de milho emvárzea, há seis safras consecutivas. Conforme o pesquisadorGiovane Theisen, o principal problema é que a incidência delagartas na gramínea é muito grande. “É comum realizar até

quatro aplicações de inseticidas. O uso dos novos materiais,no entanto, tem reduzido a pressão das pragas”, destaca.Os resultados obtidos com os experimentos são bas-

tante animadores. Segundo o pesquisador, em lavourasde milho com uso de irrigação por aspersão chegou-se aprodutividade de 180 sacos por hectare, considerada umamédia alta. Já no plantio direto em várzea, com camalhõesde base larga, obteve-se em torno de 90 sacos/ha. “Issoem uma região que tem média de 40 sacos e com uso deum pacote mediano de tecnologia”, comemora.

Theisen alerta que o produtor precisa fazer a drenagemda lavoura, pois o milho não suporta o encharcamento,

assim como é mais sensível do que a soja na questão dafalta de água. O pesquisador considera como uma grandevantagem o fato de os herbicidas recomendados para agramínea serem diferentes dos disponíveis para o arroz. “Arotação de produtos acaba sendo essencial para o manejodas plantas daninhas”, enfatiza.

  I     A   A      

9

Page 98: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 98/140

A NEW  

COLLEAGUE STUDIES ATTEST TO THE GOOD CORN YIELDS INROTATION WITH RICE IN MEADOWLANDS, PROVIDED

APPROPRIATE MANAGEMENT IS ADOPTED 

Page 99: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 99/140

While soybeans are increasingly migrating to lowlands, the use of corn in rota-tion with rice is still at a fledgling stage. The fact to be taken intoconsideration is that corn is much more susceptible to water stressthan the oilseed. Nonetheless, the option is rather enticing in viewof the commercial value of corn and by virtue of deficient supplyin Rio Grande do Sul.

 At the Rio Grande do Sul State Rice Institute (Irga) the meadow-land corn project started in February 2012. “We look at the kernel as just one more tool in combat against red rice”, comments Ro- drigo Schoenfeld, researcher with the institution. He understandsthat the crop would fit perfectly into the Central Depression, regionwhere small-scale farms predominate. “The corn could be destined for local use or shipped to other regions”, he notes.

With the result of previous studies on hand, the Irga researcherconcluded that the success of corn cultivations in meadowlands depends on two basic questions: water stress and the difficulty in

 keeping the pests under control, particularly the armyworm. Ac-cording to Schoenfeld, the first problem could be solved throughthe use of micro-ridges, and the second, with the use of transgenic seed, now available in the market.

 In the first year, Irga conducted the project with four commer-cial hybrids, in two different periods (September, considered to beideal, and November, later period), with the use of sprinkle irriga-tion and furrow irrigation and, sometimes, with no irrigation at all. The trial crops were established in Cachoeira do Sul, Cachoei-rinha and Santa Vitória do Palmar, and the observation units, in Restinga Seca, Agudo and Camaquã.

The Irga target happened to be achieved in the first year. “Wewanted to be sure about the viability of growing highly productivecorn in wetland areas”, Schoenfeld explains. The partial results ofthe trial field in Cachoeirinha, home to the experimental stationof the institution, yielded 10 tons per hectare. “The micro-ridge proved to be a good solution to water stress. There was heavy pre-cipitation and, even so, there were no problems”, he emphasizes.

 In the second year of the project, efforts were geared towardsweed control, with the option to apply glyphosate in combinationwith a pre-emergent herbicide. “Such applications leave the area

clean for the rice crop that comes in the sequence”, he concluded. Irrigation management, the acquisition of cultivars better adapt-ed to meadowland conditions, and the economic viability of thecrop are also on the agenda of studies being conducted by Irga.n

GOOD RESULTEmbrapa Temperate Climate, based in Pelotas (RS), has been conducting studies on wetland corn crops for six seasons

in a row. According to researcher Giovane Theisen, the main problem is that the incidence of armyworm outbreaks is veryserious. “Up to four chemical applications are common practice. Nonetheless, the use of new cultivars has reduced the pres-sure coming from the pests”, he explains.

The results obtained from the experiments are rather encouraging. The researcher refers to corn fields, under the sprinklingirrigation system, which yielded up to 180 sacks of corn per hectare, viewed as a very high average. With regard to no-till plan-tings in wetlands, with broad-based ridges, the result was 90 sacks per hectare. “In a region where 40 sacks per hectare areharvested under normal conditions, and with the use of a medium technology package “, he happily comments.

Theisen warns the farmers about the need to good drainage systems, because corn does not withstand soaking con-ditions and, likewise, it is also more susceptible to drought conditions, compared to soybeans. The researcher spots greatadvantages in the fact that corn requires different herbicides than the ones used for rice. “Crop rotation turns out to be an

essential factor for the management of weeds”, he concludes.

9

Page 100: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 100/140

NÃO É O FIM

DA PICADAROTAÇÃO DE CULTURAS E SISTEMAS DEPRODUÇÃO DELINEIAM O BOM FUTURODA LAVOURA DE ARROZ EM PICADA DORIO, NO MUNICÍPIO DE AGUDO (RS)

 A lavoura de Jair Buske,no município de Agudo (RS), é um verdadeiro laboratório a céuaberto. Em sua propriedade, situada na localidade de Picada doRio, uma das microrregiões com melhor desempenho na ativida-de arrozeira em todo o Estado, três dos 67 hectares são dedicadosa experimentos tecnológicos de sete empresas de insumos e insti-tutos de pesquisas. Visam maior produtividade e maior qualidadenas culturas de arroz ou de rotação, nos diversos sistemas de pro-dução, e têm por meta a ampliação da renda familiar.

 A rotação foi adotada há seis anos na área. Buske cultiva arroz

em sistema pré-germinado com cultivares da Empresa de Pesqui-sa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em

65 hectares, com média de 10,2 mil quilos por hectare no ciclo2011/12, resultado que deve ser mantido na temporada 2012/13.Planta também milho, em quatro hectares, e faz a sucessão dasculturas de verão com safrinha de soja e, no inverno, trigo e ser-radela. A soja igualmente é cultivada no verão.

“Claro que há perdas e ganhos”, informa. “Nem todas as tec-nologias tiveram êxito completo. Mas houve ganho produtivo noarroz, redução de custos, pela fixação de Nitrogênio (N); melho-ria do solo com cobertura de inverno e incorporação da palha, eaprendizado em conservação e no manejo”, enumera.

 A meta é usar rotação cultural em 20% da lavoura. “A área anualserá determinada por fatores agronômicos, econômicos e climáticos”,

Page 101: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 101/140

Page 102: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 102/140

 Jair Buske’s rice field,in the municipality of Agudo (RS), is a real laboratory in the open.On his farm, located in the vicinity of Picada do Rio, one of themicro-regions that stands out for its excellent performance in rice growing operations throughout the entire State, three of his 67 hectares are devoted to technology-oriented trials run by seven agriculture input companies and research institutions. The aim isto come up with more productive cultivars, quality rice and bet-ter rotation systems, in the several production systems, with theultimate target of expanding family income.

 Rotation was introduced in the area six years ago. Buske sows pre-germinated seed supplied by the Santa Catarina State Rural Extension and Agriculture Research Corporation (Epagri), in 65 hectares, and in the 2011/12 crop he harvested 10.2 thousand kilos per hectare, on average, a result that he expects to match again in

 2012/13. He also devotes 4 hectares to corn, and rotates the sum-mer crop with a winter soybean crop, and in the winter, wheat

IT IS NOT

THE LASTSTRAW CROP ROTATION AND PRODUCTION

SYSTEMS DICTATE THE GOODFUTURE OF THE RICE FARMING

OPERATIONS IN PICADA DO RIO,MUNICIPALITY OF AGUDO (RS) 

SUPPORT

Farmer Jair Buske reminds us of the need for some pre-cautions when it comes to including new crops in rice farminglands. “Technical support is of vital importance, once the in-terpretation of soil analysis for corn, soybean, rice and wheatcrops differs a lot, and they all require different managementpractices”, he notes. “Lime application and subsoiling are fun-damental requisites for soybean fields, but they are not nee-ded for rice”, he illustrates. And he recommends: “The plantedarea should not be big but should stand on higher ground,

which favors the crops that are established”.Climate conditions will require a perfect use of irrigation

and drainage systems. Rains could amount to 300 mm in 10 to15 days, whilst drought conditions could set in over a period of20 to 25 days”, he recalls. This makes it of vital importance torapidly drain the rain waters, as well as start irrigating underdrought conditions, if steady productivity rates are to be obtai-ned. The use of varieties adapted to meadowland conditionsis recommended for any crop that is grown. “Sales gains arealso on the agenda. It would be a rare coincidence if wheat,soybeans and rice were at the same time traded for lower--than-expected prices”, he notes. Having so far realized moregains than losses, Buske is firmly heading toward diversifica-

tion. “It is a road of no return”, he states.

APOIO

O agricultor Jair Buske alerta para alguns cuidados neces-sários na inclusão de novas culturas em terras de arroz. “Oapoio técnico é vital, pois a interpretação da análise de solopara milho, soja, arroz e trigo, e o manejo de cada uma delas,são bem diferentes”, assinala. “Na soja, calagem e subsola-gem são fundamentais, mas o arroz as dispensa”, ilustra. E

recomenda: “A área não deve ser grande e deve ser mais alta,o que favorece as culturas implantadas”.

O clima exigirá o perfeito dimensionamento de irrigaçãoe drenagem. “Pode chover 300 milímetros em 10, 15 dias, eocorrer estiagem de 20 a 25 dias”, lembra. Assim, é vital esco-ar rapidamente o excesso de água, bem como irrigar quandohouver estiagem a fim de manter a produtividade. O uso devariedades mais adaptadas à várzea é recomendado em to-das as culturas. “Na comercialização também se ganha. Difi-cilmente trigo, soja, milho e arroz estarão, ao mesmo tempo,com preços baixos”, refere. Até o momento, computando maisganhos do que perdas, Buske segue firme no rumo da diversi-ficação. “É um caminho sem volta”, sentencia.

Page 103: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 103/140

 and serradella. Soybean is also cultivated in summer.“Of course, there are losses and gains”, he admits. “Not all technol-

ogies were successful. But there were gains in rice, cost reductions andnitrogen fixation (N); soil improvement stemming from winter covercrops and from the incorporation of mulch, and more knowledge was acquired from conservation and management practices”, he cites.

The target is to resort to cultural rotation in 20% of the entire farm. “The annual area is to be determined by agronomic, economic and climatic factors”, he explains. The use of alternative crops in rice faming lands is aimed at coming up with a more efficient system as far as agronomic, economic and environmental aspects are con-cerned. There are three reasons for this: to keep red rice infestationsunder control and eliminate its residual seed in soil; to make it vi- able to use other than pre-germinated systems (thus avoiding weed selection and soil saturation) whilst resorting to more productive

varieties; and add value to the rice fields through soil improvement practices, making good use of the infrastructure in winter time, cost

reduction and trading the grains obtained from these crops.The main objective is being achieved. An analysis by the Rio

Grande do Sul Rice Institute (Irga) has confirmed the reduction from 80 to zero to a viable red rice seed at a depth of 10 cm, afterthe first cultivation of soybean in the meadowland. According to Buske, wheat, corn, soybean and serradella crops have changed his profile as farmer. Up to that time, his 67 hectares of land re-mained barren March through September, with no soil cover crop, paving the way for red rice seed to develop.

“Now, I am using my machinery in a better way, and the same goes for labor and soil, which is no longer exposed and, on the side, I am breaking the cycle of pests, diseases and weeds, reducingthe potential of the weeds for the next crop, which contributes to-wards better rice yields”, he describes. “I dilute the production costwith the summer crops taking advantage of winter crops fertilizer

residues, and vice-versa; I use the mulch and guarantee extra in-come. If winter crops cover the costs, it ensures gains in rice”. n

   I   n   o   r   A   g   A   s   s   m   a   n   n

10

Page 104: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 104/140

 A rotação de culturaschegou com o milho há seis anos nas lavouras de Jair Buske,na localidade de Picada do Rio, em Agudo (RS). Era uma solu-ção providencial: o solo argiloso vira atoleiro após dois ou trêsanos em uso contínuo do sistema pré-germinado, impedindoo ingresso de máquinas na área. O método também selecionapragas e invasoras resistentes, especialmente plantas aquá-ticas. E o banco de sementes de arroz vermelho se mantémpronto para emergir quando outro sistema de condução dalavoura é adotado.

Para utilizar sistema alternativo e variedades mais produ-

tivas é necessário eliminar as invasoras. O manejo de soja,milho e trigo usa herbicidas que promovem o controle de

ervas-daninhas, como arroz vermelho, eliminando o banco de

sementes da primeira camada de solo. A alteração, que já garan-te ganhos para a cultura do arroz, ainda pode gerar boa renda.

 Nas duas últimas colheitas de Buske, o milho teve médiade 177,5 sacos de 60 quilos por hectare, ao custo de produçãode 76 sacos/ha. Num ano foi preciso irrigar a lavoura; no outro,houve excesso de chuva. Com clima normal, o desempenhopode ser ainda melhor. “É fundamental escolher as melhoresáreas para cultivos do seco e dimensionar bem os sistemas de ir-rigação e drenagem e os materiais utilizados”, avisa o agricultor.

Na parte em que foi usada na temporada 2012/13, a micro-

camalhoeira mostrou resultado, pois nesta área as plantas tive-ram bom estabelecimento inicial, apesar do excesso de chuvas

UMA FÓRMULA

MUITO SIMPLESA NECESSIDADE DE ENCONTRAR SAÍDAS PARA ASLIMITAÇÕES PRODUTIVAS FAZ JAIR BUSKE INVESTIR EM

TECNOLOGIAS MODERNAS, VISANDO NOVOS RESULTADOS

Page 105: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 105/140

ALTA ROTAÇÃOA serradela, leguminosa que suporta bem o alagamento e fixa até 100 quilos de nitrogênio (N) por hectare, entra na

sucessão ao arroz, no inverno, pois melhora a qualidade química e física do solo e reduz o custo de produção do arrozem adubação de base. A soja foi adotada há dois anos, com bons resultados. “Sai o milho e entram a soja e o trigo, comvariedades modernas, resistentes e manejo adequado, para dar bom resultado”, explica. “Esta área fica pronta paravoltar com soja ou milho em plantio direto, logo após a dessecação da soca e da incorporação da palha, que se trans-forma em matéria orgânica, melhora a estrutura do solo e mantém a umidade”.

Na safra 2012/13, Jair Buske inovou ainda mais com uma safrinha de soja em dois hectares: ele semeou milho nodia 5 de setembro e colheu, com alta produtividade, em 1º de fevereiro. Então ingressou com uma safrinha de soja.Quando retirar a oleaginosa, em maio, cultivará trigo, no inverno; na primavera/verão, irá preparar a lavoura de sojanesta mesma área. “Após, volta o trigo no inverno e o arroz na primavera/verão, em outro sistema de cultivo e comvariedades mais produtivas”, afirma. Para Buske, com a evolução do manejo e as variedades, este modelo será vital afim de garantir a sustentabilidade dos sistemas de produção em várzea.

na emergência. A venda do milho cultivado no cedo permitiu

comprar peças para a colheitadeira, pagar o óleo diesel e ar-car com custos de colheita. E sobrou o suficiente para o usona propriedade. “Em outros tempos, teria vendido arroz parapagar as despesas”, reconhece Buske.

Nesta rotação, é inusitada a presença do trigo, cultivado por

dois anos; depois de algum tempo, voltará em 2013. A média

produtiva nos dois anos chegou a 25,5 sacos de 60 quilos porhectare. Permitiu pagar os custos e ainda acrescentou ganhoresidual em adubação e na proteção do solo. “O clima não aju-dou. Com a evolução do manejo, dá para colher entre 40 e 45sacos por hectare, o que compensaria muito”, assinala.n

O ESQUEMA DE PRODUÇÃO DE JAIR BUSKE

PRODUÇÃO > PRODUCTION

Semeadura  setembro fevereiro maio setembro maio setembro

Cultura milho soja safrinha trigo soja trigo arroz

Cultura arroz serradela arroz serradela arroz

Fonte: Jair Buske

10

Page 106: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 106/140

Page 107: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 107/140

Crop rotation arrived  at Jair Buske’s farm with corn, six years ago, in the district of Picada do Rio, in Agudo (RS). It came as a timely solution: the clayey soilturns into a quagmire after two or three years under the pre-ger-mination system, preventing any machines from entering the field.The method also selects pests and resistant weeds, especially aquatic plants. And the underground red rice seed is always ready to emerge as soon as another field management system is introduced.

 If an alternative system is to be used, along with more produc-tive varieties, there is need to eliminate the invasive plants. Soybean,corn and wheat management practices involve herbicides that keepcontrol over the weeds, like red rice, eliminating the seeds from the

 first layer of soil. The alteration, which ensures gains to rice farming,is also likely to generate good income.

 In the two past harvests, Buske reached an average of 177.5 sixty-

THE NEED TO FIND A WAY OUT OF THE PRODUCTIVE LIMITATIONS INDUCES JAIR BUSKETO INVEST IN MODERN TECHNOLOGIES, WITH AN EYE TOWARDS NEW RESULTS 

HIGH ROTATION

Serradella, a leguminous plant that withstands quagmireconditions and fixes up to 100 kilos of nitrogen (N) per hecta-re, rotates with rice in winter, as it enhances the chemical andphysical properties of soil and reduces the production costs ofrice crops through base fertilization. Soybean was introducedtwo years ago, with good results. “Corn exits, while soybeanand wheat come in, with modern and resistant varieties, alongwith appropriate management practices for good results”, heexplains. “This area is ready for the return of soybean andcorn in no-till plantings, soon after the soybean has been de-siccated and mulch incorporated, which then turn into organic

matter, enhancing the structure of soil and keeping it moist”.In the 2012/13 crop, Jair Buske innovated even further

with a winter soybean crop of two hectares: he sowed cornon 5th September and harvested a highly productive crop on1st February. Then he came in with a winter soybean crop. InMay, after harvesting the crop, he will sow wheat in the winter;as soon as spring/summer arrives, he will prepare the samefield for soybean. “Afterwards, wheat comes back in winterand rice in spring/Summer, under a different cultivation sys-tem and with more productive varieties”, he says. In Buske’sview, with the evolution of management practices and varie-ties, this model is vital if the meadowland production systemsare to remain sustainable.

 kilo sacks per hectare, with a production cost equivalent to 76 sacks/  ha. In one of those years, irrigation was needed; in the other, therewas excessive precipitation. Under normal climate conditions, per- formance could go up. “It is of fundamental importance to choosethe best areas for dryland cultivations and adjust all irrigation and drainage systems, without overlooking the cultivars that are grown”, he warns.

 In the portion of the area where it was used in 2012/13, the micro-ridging system showed good results, and in that area the plants gotoff to a good start, in spite of excessive rainfall at the emergence stage. Sales of early planted corn yielded enough Money to buy parts for the harvester, pay for the diesel oil and cover all harvest costs. And therewas still enough to be used on the farm. “In other times, I would have

been forced to sell rice to pay for the expenses”, Buske acknowledges. In this rotation scheme, wheat is very rarely cultivated for two

 years; after some time, it will be back in 2013. The average productiv-ity rates over the two years reached 25.5 sixty-kilo sacks per hectare. It was enough to pay for the costs, and it added residual gains in the form of fertilizers and soil protection. “The climate was no help. Withimproved management, it is possible to harvest from 40 to 45 sacks per hectare, which would be very compensating”, he notes.n

10

Page 108: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 108/140

O arroz vermelho é a invasora que mais atemoriza os produtores. Por meio da competiçãocom a planta cultivada, a espécie é capaz de reduzir drasticamente opotencial produtivo nas áreas infestadas. Para combater o problema,os agricultores são orientados a usar a tecnologia Clearfield , introdu-zida no Brasil em 2002, combinada com outras técnicas de controle.

 As medidas recomendadas vinham surtindo o efeito deseja-do, com controle eficaz da contaminação em lavouras gaúchas. A negligência de alguns orizicultores, no entanto, está fazendocom que a situação volte a preocupar. Levantamento do InstitutoRio-Grandense do Arroz (Irga), referente às últimas cinco safras,mostra que o arroz vermelho está presente em todos os municí-

pios produtores no Estado, em vários graus de infestação.O pesquisador do Irga, Augusto Kalsing, revela que em torno de

55% da área com arroz no Rio Grande do Sul é cultivada com a tec-nologia Clearfield , o que equivale a 600 mil hectares. “Em torno de40% do total plantado com as variedades recomendadas apresen-tam biotipos de arroz vermelho resistentes aos herbicidas do grupodas imidazolinonas, considerados eficazes no controle”, explica.

 A criação de resistência ao produto químico acontece, conformeKalsing, quando os produtores não seguem as orientações técnicaspara condução da lavoura. Uma das práticas mais prejudiciais é ouso contínuo da mesma área no plantio de arroz, o que favorecea seleção da planta daninha. Para evitar que isso ocorra, é reco-mendada a rotação de culturas, com soja, milho ou pastagem, ouorienta-se manter a terra em pousio durante duas safras.

Outras ações importantes, que devem ser observadas, são aaplicação do herbicida na dose recomendada até a emergência

BRINCANDOCOM FOGOAGRICULTORES GAÚCHOS ESTÃO DEIXANDODE LADO RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS DECONTROLE DO ARROZ VERMELHO E INFESTAÇÃODAS LAVOURAS VOLTA A PREOCUPAR

Page 109: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 109/140

 Red rice is the invasive plant that farmers fear the most. By competing with the regularcrop, the pest has the potential to drastically reduce the produc-tion volume in infested areas. To fight the problem, the farmers are advised to resort to the Clearfield technology, introduced in Brazil in 2002, in combination with other control techniques.

 All the recommended measures were yielding the desired re- sults, with effective control in the South. However, some reckless

 farmers are responsible for a situation that is beginning to cause great concern. A Survey by the Rio Grande do Sul State Rice In- stitute (Irga), covering the past five crops, shows that red rice is present in almost all municipalities where rice is grown in the State, in different degrees of infestation.

 Irga researcher Augusto Kalsing reveals that around 55% ofthe area devoted to rice in Rio Grande do Sul is cultivated un- der the principles of the Clearfield technology, equivalent to 600 hundred thousand hectares., “About 40% of the area seeded withthe recommended varieties present biotypes of red rice resistant

to herbicides of the imidazolinones group, considered to exertefficient control”, he explains. According to Kalsing, resistance to chemical products devel-

ops when the farmers disregard the technical recommendations for conducting their fields. One of the most harmful decisions isto stick to the same area for the rice fields, a reality that favorsthe selection of the weed. To prevent this from happening, croprotation is recommended, with soybean, corn and pasture or,the land should remain idle over a period of two seasons.

Other relevant initiatives recommended to the farmers in-clude the application of the correct dosage of herbicides untilthe fourth leaf of the stalk emerges, followed by irrigation in the sequence. The use of certified seed is also viewed as a primordialneed for keeping control over the weed. Red rice is only kept un- der control if the farmers make use of all available measures.Only one measure is not enough”, he warns.

 According to the Irga researcher, a field is classified as lowly in- fested when there is one red rice plant in an area of a square me-ter, which could be enough to cause productivity losses from 10% to 20%. When the proportion is five plants per square meter, the field isconsidered to be medium infested, with losses from 30% to 40% of

the production potential. Losses in densely infested fields, with morethan 10 plants per square meter, could be as high as 70% or 80%.n

PLAYING  

WITH FIRE 

FARMERS IN RIO GRANDE DO SULARE LEAVING ASIDE TECHNICALRECOMMENDATIONS FOR KEEPING REDRICE UNDER CONTROL AND INFESTATIONSARE BEGINNING TO CAUSE CONCERN 

da quarta folha do pé e a irrigação da lavoura na sequência. Ouso de sementes certificadas também é considerado primordial

para o controle eficaz da planta daninha. “O arroz vermelho sóé combatido quando o agricultor utiliza todas as medidas dispo-níveis. Uma só não adianta”, alerta Kalsing.

De acordo com o pesquisador do Irga, uma lavoura é classi-ficada como de baixa infestação quando apresenta uma plantade arroz vermelho por metro quadrado, o que já pode fazercom que haja perda de 10% a 20% na produtividade. Quando asáreas apresentam cerca de cinco plantas por metro quadrado,são consideradas de média contaminação, com perda de 30%a 40% do potencial produtivo. Os prejuízos nos locais de alta

infestação, com mais de 10 plantas por metro quadrado, podematingir entre 70% e 80%.n

10

Page 110: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 110/140

INDÚSTRIA  > Industry

 As vantagens nutricionaisdo arroz parboilizado têm provocado aumento no consumointerno do produto, em detrimento do tipo branco, antes opreferido dos brasileiros, principalmente em função da sua co-loração. O mesmo fenômeno pode ser verificado nas exporta-ções do grão nacional, que, além do incremento registrado nas

últimas safras, contam com a participação maior das categoriasque passam pelo pré-cozimento.

Os números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ór-gão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior, ilustram bem a evolução dos negócios com o parboi-lizado. Na safra 2004/05, esse tipo representava 7% dos embar-ques (6.500 toneladas do total de 92,455 mil toneladas). Na re-ceita obtida, a participação era de 15% do total, atingindo US$

1,974 mihão, do somatório de US$ 12,796 milhões.Quase uma década depois, na temporada 2012/13, os núme-

O DONO DOCARDÁPIOARROZ PARBOILIZADO, QUE PASSA POR PROCESSO DE PRÉ-COZIMENTO, GANHA ESPAÇO

NO MERCADO INTERNO E TAMBÉM NAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DO CEREAL

   S    í    l   v   i   o

     Á   v   i    l   a

Page 111: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 111/140

ros são bem outros. O parboilizado agora equivale a 39% do ar-roz exportado, chegando a 538,822 mil toneladas, do montantede 1,365 milhão de toneladas. No faturamento, os tipos quepassam pelo pré-cozimento atingiram 47% do total auferido nas vendas, fechando o período com US$ 215,858 milhões, do totalde US$ 462,272 milhões.

O analista de mercado Tiago Barata, da consultoria Agroten-dências, explica que o Brasil começou exportando arroz que-brado, com menor valor mercadológico, principalmente paraos países africanos. Com o tempo, foi ampliando as vendas do

produto com maior agregação monetária, caso do parboiliza-do. No entanto, Tiago esclarece que desde outubro de 2012 os

grãos menos valorizados voltaram a ganhar espaço. “Como omercado interno está aquecido, o País perdeu competitividadeno exterior”, observa.

No Brasil, estima-se que entre 25% e 30% do total de arrozproduzido passe pelo processo de parboilização. O engenheiroquímico Gilberto Amato, pesquisador da Fundação de Ciência eTecnologia do Rio Grande do Sul (Cientec), considera o resulta-do excepcional, uma vez que há 25 anos essa categoria ocupa- va apenas 4% do total industrializado. “No mundo, já era 25%,percentual que deve estar estabilizado”, acredita. Na avaliação de

 Amato, em pouco mais de 20 anos o grão que passa pelo processode pré-cozimento deve ocupar metade do mercado nacional. n

10

Page 112: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 112/140

NOW ON  THE MENU PARBOILED RICE, WHICH GOESTHROUGH A PRE-COOKING PROCESS,IS NOW CONQUERING SHARES IN THEDOMESTIC MARKET AND IN BRAZILIANEXPORTS OF THE CEREAL 

The nutritional benefits from parboiled rice are credited with the soaring domestic consump-tion of the cereal to the detriment of white rice, previously a favoritewith Brazilian people, especially because of its color. The same phe-nomenon is apparent in exports of the national cereal, which, besidesthe increase over the past seasons, now experience a bigger share ofthe categories that are submitted to the pre-cooking process.

The figures of the Brazilian Secretariat of Foreign Trade (Secex), an organ of the Ministry of Development, Industry and Foreign

Trade (MDIC), clearly illustrate the evolution of the businesseswith parboiled rice. In the 2004/05 crop year, this type represent-ed 7% of all shipments (6,500 tons of a total of 92.455 thousandtons). In terms of revenue, its share reached 15%, amounting toUS$ 1.974 million, of a total of US$ 12.796 million.

 Almost a decade later, in the 2012/13 crop year, the figures are quite different. Parboiled rice is now equivalent to 39% of allexported rice, amounting to 538.822 thousand tons, of a total of1.365 million tons. Revenues from the pre-cooked types reached 47% of all sales, with the season coming to a close with US$

 215.858 million, from the total of US$ 462.272 million. Market analyst Tiago Barata, of Agrotendências Marketing Con-

 sultancy, explains that Brazil started exporting broken kernels,with a higher market value, particularly to African countries. Astime went by, sales of kernels with more added value began to soar,which is the case of parboiled rice. Nevertheless, Tiago refers to the fact that since October 2012 the poorly valued kernels began to con- quer shares again. “As the domestic market continues heated up, thecountry has lost competitiveness abroad”, he observes.

 In Brazil, it is estimated that from 30% to 40% of all rice is sub-mitted to the parboiling process. Chemical engineer Gilberto Amato,researcher with the Rio Grande do Sul State Technology and Re- search Foundation (Cientec), considers the result exceptional, par-ticularly because 25 years ago this category represented only 4% ofthe total industrialized rice volumes. “In the world it was already 25%, percentage that seems to have remained stable”, he believes. In Amato’s opinion, it is likely that in a period of 20 years, pre-boiled kernels will attract half of the national market. n

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ARROZ - QUANTIDADE (T)

AVANÇO EXTERNO > EXTERNAL STRIDES

Safra Parboilizado Part. Total

2004/05 6.501 7% 92.455

2007/08 84.957 27% 312.941

2012/13 538.822 39% 1.365.848

Safra Parboilizado Part. Total

2004/05 1.974.338 15% 12.796.024

2007/08 20.487.658 48% 43.121.354

2012/13 215.858.327 47% 462.272.770

Fonte: Secex.

RECEITA (US$)

Page 113: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 113/140

Page 114: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 114/140

O arroz parboilizadocada vez mais cai nas graças dos consumidores. A parboilização

acontece por meio de um processo hidrotérmico, no qual são uti-lizados apenas água e calor, sem a adição de agentes químicos. Otratamento possibilita que o cereal não perca as suas característi-cas nutricionais, com as vitaminas e sais minerais sendo fixadas nogrão. O mesmo não acontece com o branco, que praticamente per-de todas as suas propriedades, ao ser descascado e polido.

 A palavra parboilizado é uma adaptação do termo inglês parboi-led , que significa “parcialmente fervido”. O procedimento acontecepor meio de três operações básicas. Primeiro, o arroz em casca écolocado em tanques com água quente. O encharcamento faz comque as vitaminas e os sais minerais que estão na película e no germe

do grão penetrem em toda a sua massa. A segunda parte, chamadade gelatinização, acontece quando o arroz úmido é submetido a

TRATAMENTO VIPPROCESSO HIDROTÉRMICO

POSSIBILITA QUE O GRÃO NÃO PERCACARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS EPERMITE AUMENTAR O TEMPO DE

PRATELEIRA DO PRODUTO

temperatura mais elevada, sob pressão de vapor, ocorrendo uma al-teração na estrutura do amido. Como o grão fica mais compacto, aspropriedades são fixadas em seu interior. Para terminar, o produtoé secado, descascado, polido e selecionado.

Conforme o engenheiro químico Gilberto Amato, pesquisadorda Fundação de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Cien-tec), o arroz parboilizado possui maior tempo de prateleira, poden-do chegar a dois anos, se acondicionado em boas condições, emlocal sem umidade. “Com o processo de gelatinização, o grão ficamais duro, dificultando a sua deteriorização”, analisa.

No entanto, esse não é considerado o principal responsável

pelo incremento do consumo entre os brasileiros. Amato acreditaque a facilidade do preparo e, especialmente, o valor nutritivo doproduto, são os fatores que mais contam na decisão pelo parboili-zado. De acordo com o engenheiro químico, pesquisas realizadaspor estudantes universitários de graduação, mestrado e doutoradocomprovam essas características.

 Alguns estudos concluíram que a proteína do arroz é a maisnobre dentre os cereais, pelo equilíbrio que apresenta entre osseus aminoácidos. Também se constitui no carboidrato mais reco-mendado nas dietas de emagrecimento, isso porque a liberaçãoda glicose no organismo acontece de forma mais uniforme. Além

disso, destaca Amato, o processo de gelatinização potencializa es-sas características.n

Page 115: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 115/140

 Parboiled rice is getting more and more popular with consumers. Parboiling takes placethrough a hydrothermal process, where only water and heat are used,without any addition of chemical agents. The treatment preserves thenutritional traits of the cereal, with vitamins and mineral salts being absorbed by the kernels. The same does not happen with white rice,which sheds almost all its properties when it is hulled and polished.

The word parbolization has its origin in the English language, and parboiled means “partially cooked”.The procedure requires three basic operations. First, rough rice is

 soaked in hot water. The soaking process makes the vitamins and min-eral salts contained on the pellicle and germ penetrate the entire mass.The second stage, known as gelatinization, takes place when the wetrice is submitted to high temperatures, under steam pressure, when

VIP  TREATMENT HYDROTHERMAL PROCESS PRESERVES

THE KERNEL’S NUTRITIONAL TRAITS ANDPROLONGS THE SHELF LIFE OF THE PRODUCT 

there is an alteration to the starch. As the grain gets more compact, the properties accumulate in its inner portion. At the final operation, the

cereal is dried, hulled, polished and selected. According to chemical engineer Gilberto Amato, researcher with the Rio Grande do Sul State Technology and Science Foundation (Cientec), parboiled rice has a longer shelf life, up to two years if packed underideal conditions, and stored in a dry room. “The gelatinization processturns the grain harder, delaying its deterioration process”, he explains.

 Nevertheless, this rice is not considered to be the main reason for theever-increasing popularity of rice among the Brazilian people. Amato be-lieves that easy preparation and the nutritive values are factors that count a lot when it comes to deciding which type of rice to purchase. According tothe chemical engineer, research conducted by university undergraduates,

master’s degree and doctoral students confirm these characteristics. Some studies have attested that rice contains the richest proteincontent among all cereals, due to the balanced amount of amino ac-ids. It is also the carbohydrate that is most recommended for peoplewilling to lose weight, because the glucose liberated to the organismtakes place more uniformly. Furthermore, Amato maintains, the gela-tinization process potentiates these traits.n

Page 116: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 116/140

FEIJÃO > Beans

ATRÁS DA MÁQUINAPRODUTORES OPTARAM POR REDUZIR AÁREA CULTIVADA COM FEIJÃO NA SAFRA2012/13, EM FUNÇÃO DA VALORIZAÇÃO DE

OUTRAS CULTURAS, COMO SOJA E MILHO

   I   n   o   r   A   g .

   A   s   s   m   a   n   n

Page 117: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 117/140

 A valorização mercadológica da sojae do milho, que teve início na safra 2011/12, vem prejudicandoo desempenho de várias culturas. O feijão é uma delas. Ele nãoconseguiu superar os demais grãos e assim os produtores opta-ram por reduzir a área plantada na temporada 2012/13, mesmocom o produto chegando a picos de altas cotações, por causa daquebra acentuada do ciclo anterior.

O levantamento de março de 2013 da Companhia Nacionalde Abastecimento (Conab) estima queda de 2,3% noplantio da safra 2012/13. Os 3,188 milhões de hectaresprevistos representam 25% abaixo da área registrada

nas últimas 10 temporadas. Ainda assim, a colheitaserá superior à da temporada anterior. O relatório da

estatal enfatiza que, diante de perspectivas climáti-cas favoráveis, a produtividade média das lavou-ras de feijão, nos três ciclos da cultura, deve au-mentar 15,1%, elevando a produção em 12,5%.

O cultivo de feijão no Brasil acontece em trêsfases distintas. A primeira safra estava em meio à

conclusão da colheita em março de 2013,quando foi divulgado o levantamento daConab. Na segunda temporada, a semea-

dura do grão acontece entre janeiro e março, enquanto a últimaetapa é plantada entre abril e junho.

Com os resultados do ciclo inicial praticamente fechados, os téc-nicos da Conab contabilizaram redução de 8,1% da área cultivada ede 5,7% na produção sobre igual período da safra 2011/12, emboraa perspectiva seja de aumento de 2,7% na produtividade. A primeirafase de plantio do ano se distribui em menor número de estados; en-tretanto, estão entre eles alguns que se destacam como os principaisprodutores nacionais. Bahia, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarinae Rio Grande do Sul tiveram queda na área plantada. Apenas Piauímanteve o espaço cultivado no período anterior e Minas Gerais regis-trou aumento de 2,8%, mas com 15% a menos em rendimento, mo-tivado por forte estiagem em dezembro de 2012 e fevereiro de 2013.

 A perspectiva maior é relacionada ao segundo ciclo da cultura,considerado o principal, pois envolve maior número de estadosprodutores, incorporando-se aos que participaram da primeirafase, as regiões Norte e Nordeste. Juntos, eles representam quasemetade da área plantada na safra total. Até março de 2013 os tra-balhos na lavoura seguiam normalmente, com condições climáti-cas favoráveis. Já o terceiro ciclo de plantio do produto possui amenor área (em torno de 20% do total), a maior parte dela nosestados do Norte e do Nordeste.n

11

Page 118: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 118/140

Page 119: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 119/140

Região/UF Área (mil ha) Produtividade (kg/ha) Produção (mil t)

  Safra 11/12 Safra 12/13 Safra 11/12 Safra 12/13 Safra 11/12 Safra 12/13

Norte 158,5 152,7 782 828 124,0 126,5

Roraima 3,0 3,0 667 660 2,0 2,0

Rondônia 52,3 52,3 694 680 36,3 35,6Acre 12,6 12,3 600 589 7,6 7,2

Amazonas 5,9 5,9 900 900 5,3 5,3

Amapá 1,1 2,6 840 802 0,9 2,1

Pará 48,1 48,1 705 710 33,9 34,1

Tocantins 35,5 28,5 1.071 1.410 38,0 40,2

Nordeste 1.503,9 1.508,7 192 473 289,3 713,8

Maranhão 74,7 90,1 367 461 27,4 41,6

Piauí 230,5 230,5 158 335 36,5 77,2

Ceará 433,6 433,6 76 431 32,9 186,8

Rio Grande do Norte 7,2 7,2 260 330 1,9 2,4

Paraíba 36,8 36,8 79 300 2,9 11,0Pernambuco 229,7 229,7 147 432 33,8 99,1

Alagoas 36,1 36,1 460 525 16,6 19,0

Sergipe 28,0 28,0 702 670 19,7 18,8

Bahia 427,3 416,7 275 619 117,6 257,9

Centro-Oeste 342,1 363,7 1.762 1.645 603,0 598,2

Mato Grosso 180,8 216,5 1.241 1.217 224,4 263,5

Mato Grosso do Sul 19,3 20,3 1.262 1.519 24,4 30,8

Goiás 126,2 110,1 2.441 2.319 308,1 255,3

Distrito Federal 15,8 16,8 2.917 2.892 46,1 48,6

Sudeste 608,1 579,2 1.666 1.554 1.012,8 900,3

Minas Gerais 422,3 427,4 1.572 1.488 663,7 636,1Espírito Santo 18,3 14,8 800 809 14,6 12,0

Rio de Janeiro 3,7 3,4 969 966 3,6 3,3

São Paulo 163,6 133,6 2.020 1.863 330,9 248,9

Sul 649,5 584,0 1.369 1.618 889,3 945,0

Paraná 481,4 433,6 1.408 1.667 677,9 722,9

Santa Catarina 86,8 76,9 1.351 1.659 117,3 127,6

Rio Grande do Sul 81,3 73,5 1.157 1.286 94,1 94,5

Norte/Nordeste 1.662,4 1.661,4 249 506 413,3 840,3

Centro/Sul 1.599,7 1.526,9 1.566 1.600 2.505,1 2.443,5

Brasil 3.262,1 3.188,3 895 1.030 2.918,4 3.283,8

Fonte: Conab.

SAFRA BRASILEIRA DE FEIJÃO

BÁSICO > BASIC

11

Page 120: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 120/140

 A tendência é de que faltefeijão para abastecer o mercado nacional em 2013. A queda estima-da na produção interna coloca sob risco essa autonomia. O consu-mo tem se situado ao redor de 3,5 milhões de toneladas por ano. Aprevisão é do analista João Figueiredo Ruas, da Companhia Nacio-nal de Abastecimento (Conab). Segundo ele, a grande incógnita é odesempenho das lavouras do Nordeste no decorrer do período. Natemporada 2011/12, os estados da região sofreram com estiagem

prolongada e severa, acarretando perda de produção.Na divisão das categorias de feijão consumidas pela população

brasileira, a preferência recai sobre os tipos de cores, que repre-sentam 60% do total, principalmente o carioca. O preto e o decorda, também conhecido por caupi, ficam com fatia de abasteci-mento de 20% cada.

Para o analista da Conab, o feijão carioca constitui o “grandeproblema” do Brasil, em caso de sobra de produção. “É o mais con-sumido internamente, mas não tem saída na exportação, chegando,no máximo, a duas mil toneladas por safra”, explica. A grande sur-

presa nas vendas externas, conforme Ruas, têm sido os embarquescrescentes do tipo caupi, para a Índia e para o Egito. n

REFLEXOSNO PRATOPODE FALTAR FEIJÃO PARA ASSEGURAR O CONSUMO DE APROXIMADAMENTE 3,5MILHÕES DE TONELADAS NO MERCADO INTERNO EM 2013, ADVERTE A CONAB

EM MEIO AOS NEGÓCIOS

As exportações brasileiras de feijão são muito instáveis. Em 2012, o País embarcou 43.342 toneladas, com crescimento de111,8% sobre o ano anterior, quando esteve em 20.458 toneladas. A receita obtida foi de US$ 35,120 milhões, com aumento de66,9% sobre 2011. Já em 2010 as vendas não passaram de 4.397 toneladas, com faturamento de US$ 4,331 milhões. Os nú-meros são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Já as importações do grão são mais estáveis, variando de acordo com a necessidade para equilibrar o consumo do alimentono Brasil. Em 2012, chegaram ao País 312.280 toneladas, o que significa aumento de 50,7% em relação a 2011. O total adquirido

representou desembolso de US$ 257,342 milhões, 73,4% a mais do que no ano anterior.

Page 121: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 121/140

 Black-beans are likelyto be in short supply in the market in 2013. The estimated reduction inthe domestic volumes puts Brazil’s self-sufficiency on that score in dan- ger. Consumption has been stable at about 3.5 million tons a year. The forecast is by João Figueiredo Ruas, of the National Supply Company(Conab). According to him, what is still unknown is how the farms inthe Northeast will perform over the period. In the 2011/12 cycle, the States in the region were adversely affected by prolonged and severe drought conditions, with consequent production losses.

Considering the categories of beans consumed by the Brazilian

 population, the preference is not for white beans, but for beans of different colors, which represent 60% of the total, especially the ca-rioca variety. Black-beans and string beans, also known as caupi, account for 20% of all supplies.

The Conab analyst has it that the carioca bean turns out to be Brazil’s “big problem”, in the event of surpluses. “It is the most con- sumed in the domestic market, but is not exported in big amounts,only some two thousand tons per season”, he explains. The big sur- prise in all foreign sales, according to Ruas, has been the frequent shipments of caupi beans, to India and Egypt.n

AFFECTING BRAZIL’S

STAPLE FOOD THERE MAY NOT BE ENOUGHBLACK-BEANS AVAILABLE FOR THE

APPROXIMATELY 3.5 MILLION TONS TO BECONSUMED BY THE DOMESTIC MARKET IN

2013, CONAB SOURCES WARN 

BUSINESSES

Brazilian black-bean exports are very unstable. In 2012,the Country shipped abroad 43,342 tons, up 111.8% from theprevious year, when shipments amounted to 20,458 tons. Re-venue amounted to US$ 35.120 million, up 66.9% from 2011.In 2010 sales remained at 4.397 tons, with revenue of US$4.331 million. These figures were released by the BrazilianSecretariat of Foreign Trade (Secex), an organ of the Ministryof Development, Industry and Foreign Trade (MDIC).

Black-bean imports are more stable, varying in accordan-ce with the need to balance domestic consumption. In 2012,imports amounted to 312,280 tons, meaning an increase of50.7% from 2011. Total black-bean acquisitions reached US$

257.342 million in value, up 73.4% from the previous year.

IMPORTAÇÕES

EXPORTAÇÕES

BALANÇA COMERCIAL DO FEIJÃO >BEANS TRADE OF BALANCE

Ano Quantidade (t) Valor (US$ mil)

2010 181.162 127.764

2011 207.092 148.348

2012 312.280 257.342

Ano Quantidade (t) Valor (US$ mil)

2010 4.397 4.331

2011 20.458 21.033

2012 43.342 35.120

Fonte: Secex.

11

Page 122: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 122/140

 A pesquisa tem sidofundamental para ampliar a produtividade nas lavouras de feijão, as-sim como para descobrir novas características nutricionais do grão.Uma boa notícia vem do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas(SP). Testes com a variedade IAC Formoso, lançada em 2011, mostra-

ram que o produto possui até 10% do total de isoflavona encontradana soja, principal fornecedora do fitoestrógeno, elemento reconheci-

BOM DE GARFOVARIEDADE DE FEIJÃO DO IAC POSSUIALTA CONCENTRAÇÃO DE ISOFLAVONA,ASSOCIADA À PREVENÇÃO DE DOENÇAS EUSADA NA REPOSIÇÃO HORMONAL

do por prevenir doenças coronárias e crônicas, além de ser usado nareposição hormonal em mulheres na fase da menopausa.

Conforme o pesquisador do IAC, Alisson Fernando Chiorato,

a explicação para a alta concentração da isoflavona na variedadepode estar na resistência ao caruncho e ao Fusarium oxysporum,um fungo de solo. “Possivelmente, quando trabalhamos nas nos-sas variedades certas características, aumentamos a quantidadedo fitoestrógeno indiretamente”, avalia.

Os testes realizados pelo IAC, em parceria com a Universade deSão Paulo (USP), revelaram que a quantidade de isoflavona encon-trada na variedade de feijão Pérola, considerada padrão no mercadoatual, é de 0,8 miligramas por quilo. No IAC Formoso, identificou-se8,92 mg/kg. “Esse teor é alto, pois o brasileiro come feijão e não soja”,

evidencia. Também ficou constatado na pesquisa que o material pos-sui 20% a mais de proteína do que as demais cultivares.n

Page 123: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 123/140

IMPERADOR

Já em 2012, o IAC realizou o lançamento de uma nova variedade de ciclo precoce, de 75 dias, a IAC Imperador. Por serresistente a antracnose, mancha angular e Fusarium solani, o produtor pode reduzir em até 30% a aplicação de produtosquímicos. O menor tempo de lavoura é um desejo do produtor, pois assim poderá fazer três safras anuais. Nos experi-mentos, o grão conseguiu atingir produtividade de 2.266 quilos por hectare.

Para os consumidores, a variedade promete maior qualidade, com o preparo sendo concluído em panela de pressãoem apenas 20 minutos. Por ter o porte ereto, fica mais fácil para o produtor realizar a colheita mecanizada, que já atinge

quase 80% do total da safra de feijão brasileira. Em 2013 já estarão disponíveis as sementes do novo material, recomen-dado para cultivo em São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

EMPEROR

In 2012, IAC researchers launched a new short-cycle variety, 75 days, known as IAC EMPEROR. Because of its resistance toanthracnose, angular spot and Fusarium solani, farmers can reduce chemical applications by up to 30%. The shorter cycle iswelcome by the farmers, giving them a chance for 3 crops a year. In field trials, yields reached 2,266 kg/hectare.

For consumers the variety represents more quality, and it takes only 20 minutes to prepare in a pressure cooker. As it isan upward plant, it makes it easier for farmers to resort to mechanized harvesting, now accounting for 80% in Brazilianblack-bean fields. The seed of the new varieties will be available in 2013, and they are recommended for the states of SãoPaulo, Paraná and Santa Catarina.

 Research has played  a fundamental role in the higher productivity rates of the black-bean fields, as well as in the discovery of new nutritional traits of the beans.Good news comes from the Agronomic Institute of Campinas (IAC), stateof São Paulo. Tests have shown that the IAC Formoso variety contains10% of the isoflavones found in soybean, main supplier of the phytostro-

 gen, known to ward off coronary and chronic diseases, besides function-ing as hormonal replacement in women going through menopause. According to IAC researcher Fernando Chiorato, the explanation

 for the high concentration of isoflavones in this variety may lie in itsresistance to the plant borer and to Fusarium oxysporum, a soil-born fungus. “May be it is because when we deal with certain traits of ourvarieties, we indirectly boost the content of phytostrogen”, he thinks.

The tests conducted by IAC, jointly with the University of São Paulo(USP), revealed that the content of isoflavones detected in the Pérolabean variety, taken as standard in the present market scenario, is0.8 milligrams per kilo. At the IAC Formoso, it was 8.92 mg/kg. “This

is a high content, because Brazilian people eat black-beans, not soy-beans”, he explains. Research works also concluded that the variety possesses 20% more protein compared to the other cultivars.n

ATTRACTIVE  TO EAT VARIETY OF IAC BEANS IS LADEN WITHISOFLAVONES, BELIEVED TO WARD OFF

DISEASES AND RECOMMENDED FORHORMONAL REPLACEMENT 

12

Page 124: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 124/140

Os produtores brasileirosde feijão terão à disposição a primeira variedade nacional, gene-ticamente modificada, desenvolvida por instituições públicas depesquisa, a partir da safra 2014/15. O material tem sido aguarda-do com ansiedade, tendo em vista que possui como característicaa resistência ao mosaico dourado, a principal doença da cultura,causada por um vírus e transmitida pela mosca branca.

 A pesquisa para obtenção da cultivar foi realizada em conjunto

pela Embrapa Arroz e Feijão, de Santo Antônio de Goiás (GO), epela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, sediada em Bra-sília (DF). Em 2012 e em 2013, a instituição vem trabalhando comexperimentos, chamados de Valor de Cultivo e Uso (VCU), e deDistinguibilidade, Homogeneidade e Estabilidade (DHE). As etapassão necessárias para obtenção de registro comercial do produto noMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Conforme o pesquisador Josias Correa de Faria, da Embrapa Arroz e Feijão, cumpridas as exigências legais para lançamen-to de variedades transgênicas, a multiplicação de sementes do

novo feijão deve ocorrer já na safra 2013/14. Assim, a cultivarpoderá chegar às lavouras no ciclo posterior.

 A expectativa da cadeia produtiva do feijão é diminuir a depen-dência brasileira às importações do grão. Somente em 2012, vieramde fora 312.280 toneladas, principalmente da Argentina e da Bolí- via. A quantidade representa em torno de 9% do total consumidono País anualmente, estimado em 3,5 milhões de toneladas.

Por safra, o Brasil perde cerca de 20% da sua produção defeijão, por causa da ocorrência do mosaico dourado. De acordocom Josias, a doença está disseminada pelas lavouras brasileiras,

muitas vezes desvastando áreas inteiras. A exceção está no Sul doParaná e nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.“Nesses locais existe registro do mal, mas não ocorrem danos”,enfatiza. O pesquisador acredita que, por serem locais mais frios,ali a mosca branca não encontra ambiente apropriado para agir.

 Atualmente, não se encontram no mercado variedades imu-nes ao vírus do mosaico dourado. Josias explica que a doençase instala nas folhas da planta, provocando o abortamento de vagens ou produzindo grãos pequenos. O uso do material trans-gênico da Embrapa deve diminuir o número de aplicações de

inseticidas na lavoura, reduzindo também os custos e aumen-tando o lucro do produtor.n

QUASE LÁNA SAFRA 2014/15, PRODUTORES BRASILEIROSDE FEIJÃO JÁ TERÃO À DISPOSIÇÃOVARIEDADE TRANSGÊNICA DA EMBRAPA

RESISTENTE AO MOSAICO DOURADO

Page 125: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 125/140

Page 126: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 126/140

ESTREIA EM GRANDE ESTILOFeiras e exposições agropecuárias são o palco ideal para o lança-

mento de máquinas e de outras tecnologias, que tornam mais eficien-te a vida do homem do campo. Dentro dessa filosofia, a Indústria deImplementos Agrícolas Vence Tudo aproveitou a 13ª Expoagro Afu-bra, entre 20 e 22 de março de 2013, no Parque de Exposições Hainsi

Gralow, em Rio Pardo (RS), para apresentar um novo equipamento. A semeadora adubadora Pampeana Arrozeira foi exibida duranteo evento nas versões 20000 (20 linhas), 24000 (24 linhas) e 28000(28 linhas). A máquina apresenta cabeçalho bem estruturado, comamplos pontos de fixação, proporcionando maior estabilidade parao implemento. Com cinco pontos de regulagem de altura e ponteirae olhal giratórios, minimiza os impactos causados pelas oscilações deterreno. Possui reservatório de fertilizante com ótima autonomia decarga, nas opções chapa CFF 1.90 SAE 1006/NBR 1188OL (com op-ções de configuração fertilizante e semente ou só semente).

 A Pampeana Arrozeira possui sistema sulcador composto de con-

 junto de disco duplo 15x15’’ desencontrado, que faz o corte de restosculturais com eficiência, e ótima deposição da semente no sulco deplantio. O anel limitador de profundidade, fixado junto ao conjuntode disco duplo, está disponível em duas versões: 40 mm e 25 mm.

 A máquina possui rodas compactadoras, individuais por linhacom peso de 18 kg, que fecham e compactam o sulco de plantio,eliminando bolsões de ar. A articulação das linhas, com 600 mm,proporciona perfeito acompanhamento da oscilação do terreno,copiando de forma uniforme as taipas e marachas. Mais informa-ções sobre a semeadora adubadora Pampeana Arrozeira podem ser

obtidas no site www.vencetudo.ind.br.n

SUCCESSFUL  DEBUT   Agriculture and livestock exhibitions are the ideal stage for

launching agricultural machinery and technologies that make lifemore efficient and easier for farmers. Within this philosophy, the Im- plementos Agrícolas Vence Tudo Industry took advantage of the 13th Expoagro Afubra, 20-23 March 2013, at the Hainsi Gralow Exhibition

 Park, located in Rio Pardo (RS), to launch a new piece of equipment.  The seeding and fertilizing machine Pampeana Arrozeirawas exhibited during the event in the versions 20000 (20 lines), 24000 (24 lines) and 28000 (28 lines). The front part of the ma-chine is perfectly structured, with broad fixing points, providingthe implement with excellent stability. With five height and head adjustment points, and rotating rings, to minimize the impacts from rough terrain. A fertilizer tank with long-term autonomy, inthe options of plate CFF 1.90 SAE 1006/NBR 1188OL (with optionsof fertilizer and seed configuration, or seed only).

 Pampeana Arrozeira is equipped with a furrow system consist-

ing of a double 15x15’’ set, which cuts the cultural remains withefficiency, neatly adjusting the seed into the planting furrow. The depth limiting ring, fastened to the double disk set, is available intwo versions: 40 mm and 25 mm.

The machine is also equipped with compacting wheels, inde- pendent per line with a weight of 18 kg, which close and compactthe planting furrow, eliminating air bubbles. The 600 mm articu-lated lines provide a perfect operation in line with the rough ter-rain, copying uniformly the mud walls and marshes. For moreinformation on the Pampeana Arrozeira fertilizer seeder, access

 site www.vencetudo.ind.br.

PAINEL > Panel 

InorA

g.Assmann

Page 127: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 127/140

QUALIDADE ASSEGURADA

A FABRICANTE 

A Indústrias Machina Zaccaria S/A é uma empresa genuinamente brasileira. Há 87 anos no mercado de beneficiamento de

cereais, mantém-se em contínuo desenvolvimento. Seus produtos são reconhecidos mundialmente pela qualidade e por pro-porcionar excelente rendimento e acabamento nos grãos. Atualmente, é líder do mercado nacional e exporta para mais de 60países, fornecendo equipamentos para beneficiamento de arroz, feijão, milho e outros cereais, bem como peças de reposiçãoe roletes de borracha.

MANUFACTURER

Indústrias Machina Zaccaria S/A is a genuinely Brazilian company. For 87 years in the grain processing market, it keepscontinuously developing. Its products are acknowledged worldwide for their quality, output and excellent finishing touch to thegrains. Currently, the company is the leader in the national market and exports equipment to upwards of 60 countries for pro-

cessing rice, beans, corn and other cereals, as well as spare parts and rubber rollers.

O mercado nacionale internacional vem reconhecendo cada vez mais a importânciado uso de instalações e de maquinários higiênicos nas empresasbeneficiadoras de cereais para consumo humano. Esta tendência

tem provocado grandes inovações no processo de beneficiamen-to de grãos, como, por exemplo, a busca de ambientes e de ins-trumentos de trabalho mais higienizados.

 Atenta a essa realidade, a Indústrias Machina Zaccaria S/A am-pliou a produção com sistemas de filtro de mangas em diversostamanhos. Também, de forma pioneira no Brasil, investe, desde o

início de 2012, em nova linha de equipamentos construídos emaço inox, a Inox   Line. Ela inclui componentes de equipamentosde laboratório (trieur), quarteador de amostras para grãos, câma-ra de separação de casca para arroz, condicionadores de grãos eseparador de marinheiro alveolado, todos utilizados nas indús-

trias de alimentos para beneficiamento de grãos.O aço inoxidável é considerado material nobre, possui maior re-

sistência ao desgaste e não sofre os efeitos de oxidação. A facilidadede limpeza garante um equipamento higiênico e com aspecto semprenovo. Dessa forma, a linha de máquinas Inox   Line se torna ideal paraempreendimentos que atuam no beneficiamento de grãos.n

laboratory equipment (trieur), ker nel sample selectors, hull separation chamber for rice, grain conditioners and hulled and un-hulled grain separator, all of them used in grain milling food industries.

 Stainless steel is viewed as very fine material, highly resistant to wear and is not subject to corrosion. Ease of cleaning translates into hy- gienic equipment that always looks new. This makes the Inox Line machines the best choice for grain processing industries.n

QUALITY  CONFIRMED National and international markets have in-

creasingly been acknowledging the importance of

 hygienic facilities and machinery by companiesthat process cereals for human consumption. Thistrend has triggered great innovations in grain pro-cessing operations, like, for example, the search formore hygienic ambiences and instruments.

 Aware of this reality, Indústrias Machina Zacca-ria S/A has expanded its production through hose filters of different sizes. Equally, in another pioneer-ing move in Brazil, in 2012, the company startedinvesting in a new equipment line built in stainless

 steel, known as Inox Line. It includes components of

12

Page 128: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 128/140

 A Abertura Oficialda Colheita do Arroz, promovida todos os anos pela Federação das

 Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), deter-mina a pauta da cadeia produtiva e de suas interações com o gover-no federal. A 23ª edição do evento, realizada entre os dias 21 a 23 defevereiro de 2013, no município de Restinga Seca, reunindo mais de10 mil produtores e técnicos do setor, não fugiu à regra.

 A programação teve quatro eixos: tecnologia, mercado, político/ setorial e social. Na área técnica, destacaram-se os experimentos em

manejo e insumos na lavoura arrozeira, de soja e de milho em vár-zea, nas vitrines tecnológicas. O evento também ofereceu qualificaçãoem secagem e armazenagem de grãos, regulagem de colheitadeiras epalestras técnicas sobre manejo, irrigação, fertilização, controle de do-enças, invasoras e pragas, colheita e pós-colheita. Na área de mercado,o 4º Fórum do Arroz avaliou a conjuntura de safra e as tendências depreços e comercialização, além de ter contribuído na difusão de linhasde crédito para comercialização e armazenagem. Os cenários merca-

dológicos brasileiro e mundial de arroz e de soja igualmente foramanalisados, apontando os potenciais do segmento nacional.n

TÁ NA MESA

ABERTURA DA COLHEITA SERVIU DE ESPAÇO PARA AAPRESENTAÇÃO DA PAUTA DE TRATATIVAS SETORIAIS E DASDEMANDAS JUNTO AOS GOVERNOS AO LONGO DE 2013

EVENTOS > Events

Page 129: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 129/140

   R

   o    b   i   s   p   i   e   r   r   e   G   i   u    l   i   a   n   i

12

Page 130: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 130/140

ON THE

TABLE 

THE OPENING CEREMONY OFTHE RICE HARVEST TURNS OUT

TO BE THE IDEAL MOMENTFOR THE SECTOR TO MAKE

THE GOVERNMENT AWARE OFTHE NEEDS AND DEMANDS

THROUGHOUT 2013 

PAUTA

O grande destaque da 23ª Abertura Oficial da Colheita doArroz foi o eixo político-setorial. Com previsão de preços maisajustados em 2013 e dívidas renegociadas em 10 anos, os ar-rozeiros apresentaram três demandas aos governos estaduale federal: estabelecimento de cotas para importação de arrozdo Mercosul a fim de evitar o excesso de oferta e a redução dos

preços no mercado interno; redução da carga tributária sobre ogrão, dos insumos ao consumidor; e apoio às exportações.

As solicitações foram bem recebidas pelo governo fede-ral, que anunciou a isenção de tributos para os gêneros dacesta básica. O secretário nacional de Política Agrícola, NeriGeller, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to (Mapa), anunciou estudo para “organizar a entrada de ar-roz do Mercosul, de maneira a não afetar os preços internosem momentos como o de safra”. A redução tributária, o equi-líbrio cambial e a nova legislação portuária são medidas quepodem ser somadas ao esforço exportador.

“O governo pode fazer mais com medidas estruturantesa médio prazo para o setor”, diz Renato Rocha, presidente da

Federarroz. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro,avisou que o seu grande desafio em 2013 é fazer valer ascotas de importação e garantir preços justos ao produtor, oque agradou aos orizicultores.

Durante o evento também foram confirmadas as sedes dasatividades para os dois próximos anos. A 24ª Abertura Oficial daColheita do Arroz, em fevereiro de 2014, acontecerá na cidade deMostardas (RS). Em 2015, Tapes (RS) promoverá a 25ª edição.

AGENDA

The real highlight of the 23rd Official Rice Harvest OpeningCeremony was the political/sectoral hub. With the forecast fortighter prices in 2013 and debt renegotiations over a 10-yearperiod, the rice farmers presented three demands to the federaland state governments: a quota system for rice imports fromMercosur countries, so as to avoid excessive supplies and a re-duction of prices in the domestic market; lower taxes levied ongrains, from inputs to consumer; and support to exports.

The solicitations got a sympathetic ear from the federal go-vernment, which announced it will scrap taxes on certain foodstaples. The National Agriculture Policy Secretary , Neri Geller, ofthe Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA), an-

nounced a study intended “to organize the entrance of rice fromMercosur”, in order to keep prices unscathed in moments likeharvest time”. Lower taxes, stable exchange rate and new portlegislation are measures that are aimed at favoring exports.

“The government could do more through structuring me-asures in the medium run for the sector”, says Renato Rocha,president of Federarroz. The governor of Rio Grande do Sul,Tarso Genro, announced that the great challenge of the govern-ment in 2013 is to guarantee the import quotas and fair pricesto farmers, which pleased the rice farmers.

During the event the venues for the activities over the next ye-ars were also confirmed. The 24th Official Rice Harvest OpeningCeremony, in February 2014, will take place in the city of Mostar-das (RS). In 2015, Tapes (RS) is to promote the 25th edition.

Page 131: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 131/140

The Official Rice Harvest Opening Ceremony, promoted on a yearly basis by the Rio Grande do Sul State Federation of Rice Growers’ Associations (Federarroz),establishes the agenda of the productive sector and its interactionswith the federal government. The 23rd edition of the event, held 22–23 February 2013, in the municipality of Restinga Seca, attract-ing upwards of 10 thousand growers and technicians of the sector,was no exception.

The program relied on four focal points: technology, market, political/sector and social. In the technical area, the highlights in

the technology showcases were experiments related to inputs andcultural practices for the cultivation of soybean and maize inmeadowlands. The event also offered qualification in grain dry-ing and warehousing, adjustment of harvesters and technicallectures on management, irrigation, fertilization, disease andweed control, harvest and post-harvest. With regard to the mar- ket, the 4th Rice Forum analyzed the trends of the crop, prices and sales problems, besides giving a contribution towards creditlines focused on warehousing needs and sales. The Brazilian and

 global rice and soybean markets were equally analyzed, with em- phasis on the potential of the national segment.n

   R   o    b   i   s   p   i   e   r   r   e   G   i   u    l   i   a   n   i

12

Page 132: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 132/140

Cerca de 800 cientistas,técnicos, produtores e acadêmicos participarão, entre 12 e 15 deagosto de 2013, do 8º Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado, eventoque acontecerá no Park Hotel Morotin, em Santa Maria (RS). A pro-moção é da Sociedade Sul-Brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai), comrealização da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). De acor-do com o presidente da Sosbai, Leandro Souza da Silva, pesquisadorda UFSM, a meta do evento é discutir os cenários agronômicos, tec-

nológicos e de mercado da cadeia produtiva do arroz no Brasil, alémde dimensionar como as tecnologias afetarão o futuro do setor.

Entre os temas que Leandro destaca estão a rotação de culturase os sistemas de cultivo em áreas de várzea, como forma de agre-gar renda e vantagens agronômicas às lavouras; e o manejo de de-fensivos e de fertilizantes. “Há evolução significativa no manejo emudança de perfil com a introdução, em grande parte da área, dasculturas da soja e do milho em terras de arroz”, salienta. “Este cená-rio amplia a gama de tecnologias aplicadas, bem como impacta nosdiversos segmentos da cadeia produtiva. Isso tudo será debatido nocongresso”, refere. A expectativa é de apresentação de pelo menos250 trabalhos científicos no evento. Mais informações podem serobtidas no site www.cbai2013.com.br.n

 Some 800 scientists,technicians, producers and undergraduates will attend the 8th Brazilian Irrigated Rice Congress to be held 12 – 15 August 2013, at Park Hotel Morotin, in Santa Maria (RS). It is promoted by the South Brazilian Irrigated Rice Society (Sosbai), jointly with the Federal Uni-versity of Santa Maria (UFSM). According to the president of Sosbai, Leandro Souza da Silva, researcher at the same university, the targetof the event is to hold debates on the agronomic, technological and

market scenarios of the rice supply chain in Brazil, besides dimen- sioning how these technologies will affect the future of the sector.

The themes referred to by Leandro include crop rotation and cul-tivation systems in meadowlands, as a manner to add income and agronomic edges to the fields; and pesticide and fertilizer manage-ment. “There is significant evolution in management and a profilechange with the introduction of soybean and corn crops in areasnormally devoted to rice farming”, he notes. “The scenario expandsthe array of available technologies and has strong impact on thevarious segments of the production chain. This will be debated dur-ing the congress”, he says. The expectation is for the presentation of

 at least 250 scientific papers during the event. For more information, please access site www.cbai2013.com.brn

ALÉM DO HORIZONTE8º CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO VAI DEBATER OS DESAFIOS DAORIZICULTURA IRRIGADA, OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS E OS CENÁRIOS SETORIAIS

BEYOND THE HORIZON 8TH BRAZILIAN IRRIGATED RICE CONGRESS WILL HOLD DEBATES ON THE CHALLENGES

OF IRRIGATED RICE FARMING, TECHNOLOGICAL ADVANCES AND SECTORAL SCENARIOS 

   S    í    l   v   i   o

     Á   v   i    l   a

Page 133: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 133/140

Page 134: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 134/140

Cerca de 300 pesquisadores 

das Américas do Sul e Central e do Caribe se reunirão nos dias 4e 5 de junho de 2013 no auditório da Pontifícia UniversidadeCatólica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre (RS),durante o II Seminário Latino-Americano sobre Arroz Vermelho.Eles trocarão experiências e debaterão os danos causados poressa invasora, além de discutir o manejo para seu controle e suaeliminação. Esta é a principal ameaça à lavoura de arroz irriga-do nas Américas, capaz de gerar grandes prejuízos ao produtordiante da baixa classificação do cereal colhido em áreas infesta-das. No Rio Grande do Sul, é ela que tira o sono de arrozeiros,

pesquisadores e assistentes técnicos.Por ser da mesma família do arroz branco, selecionado ao longo

do tempo por sua aceitação comercial, o arroz vermelho cruza fa-cilmente por meio do chamado fluxo gênico. Há alguns anos foramcriadas variedades tolerantes a um herbicida, que permitiram rela-tivo controle dos inços no Rio Grande do Sul e recuperação de áre-as infestadas, ampliando a produção e a produtividade no Estado.Mas o uso inadequado e continuado da variedade e do herbicidalevaram ao cruzamento do arroz vermelho também com a cultivartolerante, gerando invasora resistente ao defensivo químico, idên-tica à variedade comercial, e que muitas vezes só é identificada noprocesso de classificação na indústria.

O gerente da Divisão de Pesquisa do Irga, Sérgio Gindri Lopes,aponta que o encontro tem a meta de avaliar a gestão do arroz

 vermelho na lavoura irrigada das principais regiões produtorasdo mundo na última década. Ao mesmo tempo, quer estimular a

SINAIS

DE ALERTA

IRGA PROMOVE SEGUNDA EDIÇÃO DE SEMINÁRIO PARADISCUTIR AÇÕES, MANEJO E PRÁTICAS QUE POSSAMELIMINAR O ARROZ VERMELHO DAS LAVOURAS IRRIGADAS

Page 135: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 135/140

 Approximately 300 researchers of South and Central America and from the Caribbean will gather atthe auditorium of the Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul (PUCRS), in Porto Alegre (RS), during the II Latin-American Semi-nar on Red Rice, on 4th and 5th July 2013. They will exchange experi-ences and debate on the losses caused by this invasive plant, besides debating on management practices for its control and elimination. Red rice is the biggest threat for irrigated rice in the Americas, likely

to cause huge losses to farmers, once rice harvested in infested areasranks very low in terms of classification. In Rio Grande do Sul, it isthis weed that makes farmers, researchers and assistants lose sleep.

 As it belongs to the same family as white rice, selected over timebecause it is commercially accepted, red rice easily intercrosseswith any rice variety through the so-called process of gene flow. Some years ago, scientists came up with varieties resistant to a specific herbicide, which resulted into reasonably good weed con-trol in Rio Grande do Sul, and in the recovery of infested areas, ex- panding production and productivity rates throughout the State.

 However, inadequate and continued use of the variety and of the herbicide resulted into inter-crossings of red rice with the tolerantcultivar, generating an invasive plant resistant to the agrochemi-cal, identical to the commercial variety and often only detected during the industrial classification process.

The manager of Irga’s Research Division Sérgio Gindri Lopes,refers to the meeting as a moment for evaluating the managementof red rice in irrigated fields in all major rice producing regionsin the world over the past decade. In the meantime, the seminarwants to debate on the negative effects of the invasive plant oncommercial crops and relevant strategies for its integrated man- agement. “The seminar will debate the evolution of the manage-ment practices in rice farming operations and innovations thatcontribute towards controlling the red rice, as a manner to spreadthe main biotechnological tools related to the study of the evolu-tion, echophysiology and control of weeds”, he adds.

 According to Lopes, an international working group will be setup for conducting a study on red rice and its management, whoseconclusions will be applied on future fields. In Rio Grande do Sul,besides the use of CL varieties (Clearfield) resistant to herbicides ofthe imidazolinones family, the rotation of cultivation systems and

crops is recommended for reducing the number of seeds and theincidence of the weed in commercial fields.n

WARNING 

SIGNS 

IRGA PROMOTES SECOND EDITION OFSEMINAR TO DEBATE ON ACTIONS,MANAGEMENT AND CULTURALPRACTICES INTENDED TO ELIMINATE THERED RICE FROM IRRIGATED FIELDS 

discussão acerca dos efeitos negativos da invasora sobre a culturacomercial e as principais estratégias para seu manejo integrado.“O seminário discutirá a evolução das práticas de manejo da ori-zicultura e inovações que contribuem no controle do vermelho,como forma de difundir as principais ferramentas de biotecno-logia relacionadas ao estudo da evolução, da ecofisiologia e docontrole da planta daninha”, acrescenta.

Conforme Lopes, será formado um grupo de trabalho inter-nacional para estudar o arroz vermelho e seu manejo, cujas con-clusões serão aplicadas futuramente nas lavouras. No Rio Grandedo Sul, além do uso de variedades CL ( Clearfield  ) resistentes aherbicida da família das imidazolinonas, a rotação dos sistemas de

cultivo e de culturas é recomendada para reduzir o banco de se-mentes e a incidência da planta daninha na lavoura comercial. n

13

Page 136: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 136/140

Um dos maiores eventosdo Brasil voltado à agricultura familiar, a Expoagro Afubra de 2013,realizada entre 20 e 22 de março de 2013, reservou parcela do Par-que de Exposições Hainsi Gralow, no município de Rio Pardo (RS),para a difusão da orizicultura. Na manhã do dia 21 foi realizadoo Dia do Arroz. Embrapa Clima Temperado, Coparroz e InstitutoRio-Grandense do Arroz (Irga) estiveram presentes difundindo tec-nologias e conhecimentos aos visitantes.

Na Expoagro 2013, o Irga apresentou três linhas de trabalho. Aprincipal delas foi a difusão de três cultivares de arroz irrigado. A IRGA425, usada no sistema pré-germinado, apresenta como diferencial ci-

clo de 30 dias a menos em relação a outras do gênero, sem perda dopotencial de produção e da qualidade do grão. A IRGA 427, para culti-

 vo convencional, possui resistência a doenças e elevado potencial deprodutividade. A última, IRGA 428, é resistente a herbicidas do grupoImidazolinonas, que controla o arroz vermelho.

Conforme o coordenador regional do Irga na Depressão Central,engenheiro agrônomo Jaceguay Barros, a segunda linha de ação doinstituto foi a difusão de informações sobre a rotação de culturas nasáreas de várzea. Além disso, o instituto divulgou a máquina Plantadei-ra Camalhoneira de Soja, desenvolvida em parceria com a IndustrialKF, que auxilia no plantio da soja em solo menos úmido. Por fim, oIrga ainda divulgou a importância do consumo de arroz, destacandoas diversas formas de uso do cereal, em farinhas, em flocos e até mes-mo na granola. Barros estima que, durante o evento, mais de quatro

mil pessoas tenham passado pelo estande do Irga.No estande da Embrapa Clima Temperado, o destaque esteve

GRANDES

CONTATOS

IRGA, COPARROZ E EMBRAPA APRESENTARAMCULTIVARES E CONHECIMENTOS NO DIA DO ARROZ DA

 13ª EDIÇÃO DA EXPOAGRO AFUBRA, EM RIO PARDO (RS)

Page 137: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 137/140

 A major Brazilian event  focused on family farming, Expoagro Afubra, held 20 - 22 March 2013, reserved a special corner of the Hainsi Gralow Exhibition Park, in the municipality of Rio Pardo (RS), for the promotion ofrice farming operations. Rice Day was held Thursday morning, March 21. Embrapa Temperate Climate, Coparroz and the RioGrande do Sul State rice Institute (Irga) were there to keep farmers abreast of new technologies and knowledge.

 At Expoagro 2013, Irga presented three new working lines. Themain one was the introduction of three irrigated rice cultivars. IRGA 425, used in the pre-germinated system, characterized by a 30-day shorter cycle, compared to similar cultivars, without anylosses in productivity or kernel quality. IRGA 427, for conventionalcultivation, with resistance to diseases and high productive poten-tial. Finally, IRGA 428, resistant to herbicides of the Imidazoli-nones group, which control the red rice.

 According to agronomic engineer Jaceguay Barros, regional coor- dinator of Irga’s Central Depression department, the second line of

the institute consisted in spreading information on crop rotation systems in meadowlands. Furthermore, the institute also made publicity of the Soybean Ridge Planter, developed jointly with Industrial KF, appropriate for sowing soybean in rather dry soil. Finally, Irga also staged a campaign focused on higher rice con- sumption, highlighting different uses of the cereal, in flours, flakes and even in granola. Barros estimates that, during the event, the Irga stand was visited by upwards of four thousand people.

 At the Embrapa Temperate Climate stand, the highlights werethe demonstrations of the rice seedling transplanting machine, specific for the seed-producing fields and also appropriate for small farms. The new equipment allows for bigger space be-tween the seedlings, which facilitates the control over weeds. The presentation was conducted by agronomist Daniel Fernandez Franco. Some 600 people attended Embrapa’s demonstration.Coparroz, in turn, addressed the problem of red rice and its in- fluence upon the production of rice seed.

The results of the Rice Day were deemed positive by the coor- dinator of the fair, Marco Antonio Dornelles. “We worked jointlywith Irga, Embrapa and Coparroz and managed to attract farm-ers from several municipalities”, he commented. He also referred

to the culinary side, where the southern dish “carreteiro” (wag-oner’s rice) offered to the visitors, was a success.n

IRGA, COPARROZ AND EMBRAPAPRESENTED CULTIVARS ANDBREAKTHROUGHS ON RICE DAY ATTHE 13TH EDITION OF EXPOAGROAFUBRA, IN RIO PARDO (RS) 

GREATINSTITUTIONS 

nas demonstrações com a máquina de transplantio de mudas dearroz, voltada à produção de sementes do cereal e também à seme-adura em pequenas propriedades. O aparelho permite transplan-tar as mudas de forma mais espaçada, oferecendo facilidade parao controle de invasoras. A apresentação foi conduzida pelo agrô-nomo Daniel Fernandez Franco. Cerca de 600 pessoas assistiramà exibição da Embrapa. A Coparroz, por sua vez, abordou o arroz vermelho e sua influência na produção de sementes de arroz.

O coordenador da feira, Marco Antonio Dornelles, julgou bas-tante positivos os resultados alcançados pelo Dia do Arroz. “Tra-balhamos junto com Irga, Embrapa e Coparroz na organização econseguimos trazer produtores de vários municípios”, destacou.

Também elogiou a ênfase dada à culinária, com o oferecimento decarreteiro e arroz de leite aos visitantes.n

13

Page 138: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 138/140

   I   n   o   r   A   g 

   A   s   s   m   a   n   n

Page 139: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 139/140

Page 140: Anuário Brasileiro de Arroz 2013

7/17/2019 Anuário Brasileiro de Arroz 2013

http://slidepdf.com/reader/full/anuario-brasileiro-de-arroz-2013 140/140