Ano 35, Número 107 AELO informa · Paulo Roberto Velzi Roberto Cavalotti Haddad Ruth Carmona Cesar...

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informa informa Novembro/Dezembro - 2017 TUDO COMEÇA NO LOTE TUDO COMEÇA NO LOTE Casas populares, casas de alto padrão, prédios residenciais e comerciais, bairros e cidades começam no lote. Tudo começa no lote. A paisagem do Parque do Povo e de edifícios modernos da Avenida Juscelino Kubitschek, em São Paulo, simboliza resultados de uma cadeia produtiva de origem no trabalho de loteadores de todas as épocas. Esta edição de virada do ano, com notícias e reflexões, é dedicada pela AELO a todos os cidadãos que buscam um Brasil mais digno, de mandatários patriotas, menos dividido, e sem loteadores de cargos públicos. Páginas 2 a 16 AELO Ano 35, Número 107

Transcript of Ano 35, Número 107 AELO informa · Paulo Roberto Velzi Roberto Cavalotti Haddad Ruth Carmona Cesar...

informainformaNovembro/Dezembro - 2017

TUDO COMEÇA NO LOTETUDO COMEÇA NO LOTE

Casas populares, casas de altopadrão, prédios residenciais ecomerciais, bairros e cidadescomeçam no lote. Tudo começano lote. A paisagem do Parquedo Povo e de edifíciosmodernos da Avenida Juscelino

Kubitschek, em São Paulo,simboliza resultados de umacadeia produtiva de origem notrabalho de loteadores de todasas épocas. Esta edição devirada do ano, com notícias ereflexões, é dedicada pela

AELO a todos os cidadãos quebuscam um Brasil mais digno,de mandatários patriotas,menos dividido, e semloteadores de cargos públicos.

Páginas 2 a 16

AELOAno

35

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ero

107

PresidenteCaio Carmona Cesar Portugal

Vice-PresidenteElias Resnichenco Zitune

Diretores:Administrativo e FinanceiroArthur Matarazzo Braga

Relações InstitucionaisJorgito Donadelli

Assuntos RegionaisÂngela Aparecida L. de Paiva Fernandes

Assuntos de Meio AmbienteRonaldo Lucas Brani

Conselho ConsultivoPresidenteCiro Pereira Scopel

Membros Efetivos

Flavio Augusto Ayres AmaryAntonio Augusto de Araújo Faria GuedesAntonio BasileLuiz Eduardo de Oliveira CamargoRoland Philipp Malimpensa

Membros SuplentesCarlos De GióiaTemístocles Maia Filho

Conselho FiscalMembros EfetivosPaulo Roberto VelziRoberto Cavalotti HaddadRuth Carmona Cesar Portugal

Membros SuplentesCeci Soares Krähenbühl PiccinaJaques ZituneMarcos Cesar Walter

AELO Informa é a publicação oficial da AELOJornalista-responsável e textos: Luiz CarlosRamos (MTb n.º 8.472-SP)Fotos: Luiz Carlos Ramos e Acervos da AELOArte: Glauco Eduardo Soares

DIRETORIA

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AELOCAIO PORTUGAL

Em época de virada de ano, cada um de nóscostuma fazer uma reflexão sobre os últimos12 meses e exercitar uma visão sobre asperspectivas para o futuro. Se possível, comotimismo.

Para o Brasil, 2017, que se encerra dentrode alguns dias, foi mais um ano difícil, comnovos lances da prolongada crise econômica,política e moral, prejudicando asimprescindíveis reformas. No entanto, pelomenos houve notícias positivas no âmbito daeconomia, apesar das sequelas do verdadeiroterremoto provocado pelo governo anterior. Eo setor imobiliário integra essa reação, quebeneficia também o segmento deloteamentos. Portanto, a posição otimistadeste editorial não se limita ao simples enatural desejo de evolução, mas sim àevidência de dados concretos. No entanto, ficaa advertência de que em 2018, ano deeleições, o País deve tentar consolidar arecuperação, persistir no combate à corrupçãoe fazer escolhas capazes de sepultar o estilopopulista condenado na Operação Lava Jato,evitando o cantar das sereias de extremistasoportunistas e de marqueteiros apressados.

A edição anterior deste jornal, publicada emsetembro, foi histórica por ter concentradoexpressivo número de notícias positivas,como o lançamento do Programa Produlotepela Caixa Econômica Federal; a entrada emvigor da Lei Federal n.º 13.465/2017,sancionada pelo presidente Michel Temer, ea Resolução n.º 72/2017 da Secretaria doMeio Ambiente do Estado de São Paulo, que,após oito anos, substituindo a Resolução31/2009 e corrigindo um erro absurdo. Jánesta edição de encerramento do ano,também temos algo a festejar, tanto quemantivemos a ampliação do número depáginas, das 12 originais para as atuais 16.

O constante crescimento da AELO,recebendo novos associados, criando maisduas delegacias regionais (PresidentePrudente e Oeste Paulista) e somandoforças com entidades parceiras, reflete odesejo dos loteadores de consolidar oespírito de união para superar antigos enovos problemas do mesmo modo queconquistamos vitórias em 2017.

Feliz Natal!Feliz Ano Novo a todos. Feliz Brasil

Novo! E que seja para valer!

Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento

Urbano - AELO

informanAELO Novembro/Dezembro - 2017

Feliz Brasil Novo!EDITORIAL

3n informanAELONovembro/Dezembro - 2017

A AELO encerra 2017 com expressivocrescimento em número deassociados, concentrandoagora empresas de 14 Estados,e com duas novas DelegaciasRegionais no Interior de SãoPaulo – a de PresidentePrudente, lançada em 15 desetembro, e a do OestePaulista, em Birigui, em 1.º dedezembro. Essas parceriasconfirmam a evolução daentidade no Interior paulista ereforçam o potencial dosempreendedores imobiliáriosem duas importantes regiõesdo extremo Oeste do Estado.

Um dia depois de Presidente Prudente terfestejado seu centenário, houve o Encontrode Incorporadores, que atraiu mais de ceminteressados ao Euromarket. Na abertura doevento prestigiado por váriaspersonalidades, entre os quais o vice-prefeito de Prudente, Douglas Kato, opresidente da AELO, Caio Portugal, instalouoficialmente a nova Delegacia Regional,empossou o empresário Lucas Krasuckicomo representante da associação, e fezuma palestra.

As fotos mostram Caio falando ao público,Lucas sorrindo ao exibir o documento de suaindicação para a Regional da AELO e aconfraternização entre o vice-prefeitoDouglas Kato (em primeiro plano), opresidente Caio Portugal, o diretor deRelações Institucionais da AELO, JorgitoDonadelli, o representante Regional, LucasKrasucki, e o empresário local RenatoFunada, um dos incentivadores da adesãode Presidente Prudente à AELO.

A Delegacia Regional Oeste Paulista daAELO, com base em Birigui, atuará na regiãoatravessada pela antiga Estrada de FerroNoroeste do Brasil, das cidades de Araçatuba,Penápolis, Valparaíso, Lins, Promissão eGuararapes. E sua influência chegará a outrasregiões, como o extremo Noroeste do Estado,em que se destacam Fernandópolis, Jales eSanta Fé do Sul.

O presidente da AELO, Caio Portugal; o

diretor de Relações Institucionais, JorgitoDonadelli, e o coordenador do ConselhoJurídico, Luís Paulo Germanos, estiveram emBirigui em 1.º de dezembro, para o evento emque o empresário local Julio Peixoto foidesignado representante regional.Paralelamente, ocorreu a criação de umaentidade de empresas de parcelamento desolo da região, que se torna parceira da AELO.

Com cerca de 120 mil habitantes, esse

município, a 521 km de São Paulo, é o maiorpolo de produção de calçado infantil daAmérica Latina. Fundada há 105 anos, acidade tem como personalidade mais famosa oator Reynaldo Gianecchini, que lá mantém umcentro de apoio a crianças, adolescentes eidosos de baixa renda. Por sua vez, Araçatuba,a apenas 21 km de Birigui, temaproximadamente 200 mil habitantes, e é polode agropecuária.

A criação da Delegacia Regional daAELO em Presidente Prudente teve granderepercussão na cidade e na região. Ojornal “O Imparcial”, o mais tradicional domunicípio, publicou reportagem de meiapágina sob o título “Prudente recebe sederegional de entidade”, com uma fotoregistrando a palestra de Caio Portugal.

Ao ser empossado na Regional, LucasKrasucki, diretor da Ícone Urbanizadora edo Grupo Luka, destacou a união entre osempreendedores locais, prevendo apossibilidade de a AELO ganhar novosassociados no Oeste. Presidente Prudente,a 560 km de São Paulo, tem cerca de 230

mil habitantes e tem sido um importantepolo regional de desenvolvimento.

O vice-prefeito, Douglas Kato (PTB),representando o prefeito Nelson Bugalho(PTB), acompanhou todo o evento edialogou com Caio Portugal. Ele disse queseu município está aberto para novosempreendimentos imobiliários de qualidadepara todas as classes sociais. “Apesar dacrise do Brasil, Prudente continuaevoluindo”, comentou Kato, que seinteressou em conhecer detalhes arespeito da atuação da AELO, tambémexplicados por Caio ao público durante apalestra.

AELO tem duas novas Regionais

Oeste Paulista une cidades de várias regiões

Presidente Prudente é polo de desenvolvimento

ESTADO DE SÃO PAULO

Na chegada da primavera, em setembro, aAELO recebeu mais um importante associado,que acrescenta o Estado do Espírito Santo aomapa da abrangência da entidade no territóriobrasileiro. O presidente da AELO, CaioPortugal, deu as boas-vindas à ADEMI-ES,Associação de Empresas do MercadoImobiliário do Estado do Espírito Santo, comsede na capital, Vitória. A bandeira do EspíritoSanto é a 14.ª entre os Estados com empresase entidades associadas à AELO. Fundada emSão Paulo, em 1981, a AELO atraiu adesõesna região metropolitana da Capital. Depoisexpandiu-se pelo Interior paulista e, por contade sua intensa atuação, ao lado do Secovi-SP,do SindusCon-SP, da CBIC, da ADIT-Brasil eda FIABCI-Brasil, na defesa da atividade deparcelamento do solo, chegou a todas asregiões do País. Além de São Paulo, o quadroassociativo é composto por membros doParaná, Mato Grosso do Sul, Goiás, MinasGerais, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, RioGrande do Norte, Ceará, Pará, Rondônia, MatoGrosso e Tocantins. Essas unidades daFederação representam quase dois terços dapopulação brasileira.

Dois meses depois, em 27 de novembro,houve o 1.º Encontro com Líderes do Setor deLoteamentos do Espírito Santo, em Serra, naregião metropolitana de Vitória, com aparticipação do presidente da AELO, Caio

Portugal. A Ademi-ES, também realizadora doEncontro, formou um Comitê de Trabalho emparceria com a AELO para dar andamento àsações. Na ocasião, ocorreu ainda aapresentação do empresário Douglas Vazcomo delegado regional da AELO paraassuntos relacionados ao setor de loteamentosno Estado. Segundo Vaz, que é diretor daCristal Lotes, Vaz Desenvolvimento e tambémdiretor do Sinduscon-ES, essa união trarámuitos benefícios aos loteadores capixabas. “Apartir de agora, a ADEMI-ES e o mercadocapixaba passam a contar com a expertise daentidade para desenvolver e aprimorar aatividade do setor no Espírito Santo. A AELOvai oferecer aos loteadores, uma plataformapara construção e aprofundamento dasrelações, desenvolvimento de parcerias, buscade soluções para os problemas do setor e

estímulo a negócios”, explicou Vaz.Na avaliação de especialistas do mercado,

o Espírito Santo possui excelentes áreaspara expansão imobiliária e o segmento deloteamentos funciona como um indutor desteavanço para construção de residências econdomínios logísticos. De acordo com opresidente da AELO, Caio Portugal, queapresentou um panorama sobre a atuaçãoda entidade em defesa dos interesses dosetor a nível nacional para os mais de cemconvidados do evento, o Brasil ainda possuium déficit habitacional expressivo e aindústria imobiliária precisa de ferramentas ede um ambiente juridicamente seguro paragarantir a construção de moradias navelocidade e com a qualidade demandadapelo mercado consumidor.

O presidente da Ademi-ES, Sandro Carlesso,fotografado ao lado de Caio, Vaz e PauloBaraona, disse que esta filiação proporcionaráao mercado local a troca de informações eexperiências, permitindo que os produtosoferecidos por este segmento tão importantepara a economia do Estado e para o mercadoimobiliário cresça ainda mais em eficiência, setornando cada vez mais necessário e produtivo.“A partir agora, inclusive, foi criado um grupo dediscussão de loteadoras. Vamos intensificar asreuniões periódicas para debater as demandaslocais do segmento de loteamentos.”

4 n informanAELO Novembro/Dezembro - 2017

E o Espírito Santo entra no mapa

Mato Grosso, natureza e cidades

PARCEIROS PELO BRASIL

A AELO acaba de filiar mais um associadode Mato Grosso: a Associação dosLoteadores de Sorriso, cidade de cerca de90 mil habitantes, em pleno centro daAmérica do Sul. A jovem cidade de Sorriso,que se tornou distrito em 1980 e foi elevadaà condição de município em 1986, éconhecida como polo agropecuário, aCapital Nacional do Agronegócio, comextensas plantações de soja.

Mato Grosso está entre os 14 Estados quecompõem o quadro de associados daAELO.

Mato Grosso é o único Estado brasileirocom território compartilhado entre a FlorestaAmazônica, o Pantanal, o Cerrado, asextensas lavouras de soja, os pastos decriação de gado e as cidades erguidas pelopovo nativo e por migrantes atraídos peloagronegócio. A mais populosa cidade deMato Grosso é a capital, Cuiabá, com cercade 590 mil habitantes. Várzea Grande, que

faz parte da região metropolitana de Cuiabá,aparece em segundo lugar, com 274 mil.Em terceiro, Rondonópolis, com 222 mil. Oquarto município é Sinop, com 134 mil. Aseguir, surgem, pela ordem: Tangará daSerra, Cáceres, Sorriso, Lucas do RioVerde, Primavera do Leste, Barra do Garçase Alta Floresta.

Décio Apolinário, de São Paulo,empreendedor imobiliário em Mato Grossopor meio da empresa ApolinárioEmpreendimentos Imobiliários, vemfrequentando as reuniões do Comitê deDesenvolvimento Urbano (CDU), em quetroca ideias com os demais participantes, epretende se filiar à AELO. Ele explica queseu pai, Isaías Apolinário, foi o desbravadorde uma área do sertão matogrossense apartir dos anos 1970, tendo fundado acidade de Tabaporã, hoje com cerca de 12mil habitantes: “Meu pai loteou uma enormegleba. Hoje, sou seu sucessor, e percebo

em minhas viagens o quanto Mato Grossotem evoluído. Não só Tabaporã cresceurapidamente. Sinop, por exemplo, é umimpressionante caso típico de evolução.”

No extremo Nordeste do Estado, surgeAlta Floresta, que se transformou em poloturístico para pescadores e para quem curtea natureza, já que fica junto à FlorestaAmazônica e ao Rio Teles Pires. Nesse rio(foto), divisa entre Mato Grosso e o Pará, foiconstruída uma grande usina hidrelétrica.

CAIO PORTUGAL

O quê deve ser feito para que 2018 seja ummarco positivo para o setor de loteamentos?

Em busca da resposta, devemos começarpela retrospectiva: 2017 foi um ano de colheitade trabalhos desenvolvidos por anos pelaAELO, Secovi-SP, CBIC, ADIT Brasil e outrasentidades. Tivemos, afinal, em julho, a reformapontual da Lei 6.766/79, que rege as normasde parcelamento do solo em todo o País e queprecisava mesmo de mudanças. Em agosto,foi criado, por decisão do presidente MichelTemer, o Produlote, programa definanciamento de lotes pela Caixa EconômicaFederal, há muito tempo por nós reivindicado.No âmbito do Estado de São Paulo, houverevisões de normas e resoluções, como acriação da Resolução 72/2017 da Secretariado Meio Ambiente, que corrigiu antigadistorção.

Estes três itens poderiam parecer pouco,mas, na verdade, as conquistas de um setoreminentemente de iniciativa privada, como oparcelamento do solo, devem ser destacadas.Tivemos de construir nossa importância nasociedade. Em especial na implementação daagenda do desenvolvimento econômicosustentável, com atuação incansável de váriasdiretorias e unidades. Foi inserida a produçãoformal do lote urbanizado como componentefundamental do acesso democrático àpropriedade privada e às cidades mais justas.

No entanto, para que a consecução damissão do lotear urbano seja perpetuada,ainda há muito a se fazer. No curto prazo, épreciso consolidar e enfrentar ainstitucionalização das novas modalidadesde loteamentos inseridas na Lei 13.465/17.

Além disso, o loteamento com controle deacesso tem sua figura garantida em LeiFederal com a introdução do Parágrafo 8.°do Art. 2.° na Lei 6.766/79, mas, apesar daintrodução também nessa lei, daprerrogativa da Associação em Loteamentocomo equiparada à administração deimóveis, e sua prerrogativa na cotização(cobrança de cotas) para a assegurar osserviços prestados. Entende-se quedeverão ser envidados os esforços juntoaos Poderes Legislativo e Judiciário paragarantir a segurança das cobranças dastaxas associativas dos serviços prestadospelas associações em favor dosadquirentes/proprietários de lotes.

O Condomínio de Lotes tem sua figuragarantida em Lei Federal com a introdução

do Parágrafo 7.° do Art. 2.° na Lei 6.766/79.Mas, para sua devida consecução, carece deregulamentação da normatização do Registrono Oficial de Registro de Imóveis, bem como otratamento que o ente federativo Municipaldará a essa nova figura imobiliária.

Desta maneira, a AELO deverá persistir nosentido de promover propostas legislativaspara que os associados atuem junto aosPoderes Públicos Municipais (Legislativo eExecutivo). Também caberá à nossa entidadeinsistir junto às Corregedorias Gerais deJustiça para que seja regrado o registroimobiliário da figura do Condomínio de Lotes,seja pela égide da Lei Federal 4.591/64, sejapor outro entendimento do referido Colegiadodo Poder Judiciário.

A AELO, em conjunto com outrasinstituições, criou um grupo de trabalho que jámantém contatos com o diretor Nacional deHabitação na Caixa, Paulo Antunes, pelarevisão das normativas do Produlote. Em 16de novembro, no COMPLAN, em 16 denovembro, em Uberlândia, focalizei o temacom aquele diretor.

Uma das barreiras mais absurdas que nossosetor tem enfrentado, entretanto, permanecedando problemas: a Instrução Normativa001/2015 do IPHAN. Estamos insistindo emação administrativa e, se necessário, iremos àação judicial, para que seja revista tal normado governo anterior, que impõe a necessidadede avaliação preventiva de estudoarqueológico para projetos de loteamentos.Retomaremos as negociações junto ao próprioIPHAN e ao Ministério da Cultura.

No médio prazo, levando em conta que2018 é ano de eleições, deveremos propor eatuar institucionalmente junto aos candidatosdo Legislativo e do Executivo, tanto do âmbito

federal quanto do estadual, para que o setorde loteamento alcance a almejada segurançajurídica de sua atuação

Desenvolveremos o foco sobre a Lei Geraldo Licenciamento Ambiental; a busca dafacilitação ao acesso da alienação fiduciáriaao adquirente do lote urbanizado, com vistaà gratuidade do ITBI do primeiro registro; oregramento adequado da fruição do lotepela indisponibilidade ao loteador; uma leipela responsabilidade das concessões dosserviços públicos de saneamento,telecomunicações e eletrificação; a inserçãodo lote urbanizado como objeto de acessoaos recursos do FGTS e da Poupança.

No campo institucional, a AELO manterá apolítica de se fazer representar em todos osfóruns importantes do setor, como aConvenção Secovi e os eventos da ADITBrasil, o ENIC e o GRI. O crescimento denossa entidade, mostrado nesta edição,deverá prosseguir. A AELO vai consolidandosua atuação nacional e seguirá no exercíciolegítimo de representação desse importantesetor da economia em ações judiciais noâmbito do STF, como o Código Florestal e acobrança de taxas associativas), noLegislativo Estadual e no Federal, assimcomo nos Poderes Executivos Municipal,Estadual, e Federal.

Como última mensagem, gostaríamos deagradecer a todos os perseverantesempreendedores de loteamento que têmmantido a construção de cidades melhores,com inovação, coragem, e garra. E que, em2018, venhamos a eleger mandatáriosefetivamente compromissados com arecuperação econômica, o desenvolvimentosustentável e previsibilidade jurídica,econômica e fiscal do País.

5n informanAELONovembro/Dezembro - 2017

ANÁLISE DO PRESIDENTE

Por um marco positivo em 2018

Não é válida nem justa a tese de umaparcela da sociedade brasileira de que oPaís já não conta com bons políticos. Agrave crise econômica, política e moral dosúltimos anos, com a corrupção e ademagogia invadindo o noticiário da mídia,gerou inegável camada de desilusão juntoaos cidadãos de bem. Mas a AELO entendeque, mesmo num panorama cinzento, épossível descobrir aspectos positivos eseparar o joio do trigo: o Brasil conta, naverdade, com inúmeras personalidadescompetentes e patriotas nos PoderesExecutivo, Legislativo e Judiciário. Só restatorcer para que tais personalidadesprevaleçam em relação à parcela negativa.

Uma vez que 2018 é ano de eleições degrande importância para o futuro do País, aseção “No Alto do Pódio”, que a cada ediçãodo “AELO Informa” focaliza um respeitadodirigente do nosso setor, desta vez prestahomenagem ao “mandatário anônimo”,símbolo de todos aqueles mandatários quetêm honrado o voto recebido e dos que,eleitos no próximo ano, cumprirãopromessas e ajudarão a construir o novoBrasil: mandatários comprometidos complanos de desenvolvimento econômicosustentável. Com honestidade e dignidade,sem as frequentes polêmicas de “nós”contra “eles”, sem a repetição das tristescenas da história da Lava Jato.

Construir um novo Brasil é como ergueruma casa ou um edifício em terrenodemarcado por projeto de loteamento. Nãose faz nada sozinho. Ocorre uma soma deações e de talentos. Uma casa, umquarteirão, um bairro, uma cidade, umanação: o lote é o começo e a base de tudo.Os loteamentos, conjuntos de lotes, estãoligados diretamente à origem e à evoluçãode cidades em todo o País. Por issomesmo, a atividade de empreendedores deparcelamento do solo, que tem na AELO umponto de encontro e união, representa aconsolidação de um trabalho demaravilhosas histórias ao longo de mais deum século. Na transformação da gleba emlotes e na construção de casas nesseslotes, surge o milagre da produtividade:moradias, sonhos de tanta gente, comsegurança, empregos e progresso.

As duas fotos desta página valem porpalavras. No alto, a paisagem do Parque doPovo e de edifícios modernos, como o dasede regional do Banco Santander, as duastorres da Camargo Corrêa e o ShoppingCenter Iguatemi JK, junto à AvenidaJuscelino Kubitschek e à Marginal do RioPinheiros, em São Paulo. Na primeirametade do século passado, aquela regiãonão passava de uma várzea tomada pelomato. Empreendimentos imobiliáriostransformaram o Itaim-Bibi, a Vila Olímpia, oBrooklin. As novas avenidas JuscelinoKubitschek e Engenheiro Luiz CarlosBerrini, a ampliação Brigadeiro Faria Lima ea recente criação do Parque do Povo

contribuíram para alterar o cenário,refletindo o avanço da economia e daqualidade de vida. Consequência de umconjunto de parcerias entre o poder públicoe a iniciativa privada.

A segunda foto, abaixo, mostra umloteamento parecido com tantos outros quenasceram e deram frutos nos mais variadosrincões. As atuais paisagens de modernosedifícios foram, um dia, simples projetos, que,com muito trabalho, atingiram aqueleresultado. Cidades e países nascem ecrescem assim. O Brasil espera queprevaleçam os mandatários do bem, ao ladode cidadãos honrados de todas as profissões.Cada tijolo simboliza cada um de nós.

NO ALTO DO PÓDIO

Mandatários: compromisso com o País

6 n informanAELO Novembro/Dezembro - 2017

Comgás demonstra que a segurança,o conforto e a praticidade estão entre osdiferenciais das casas de alto padrãobeneficiadas por gás natural canalizado

Uma alternativa energética avançada ecada vez mais adotada em diversossegmentos representa uma grandetendência para valorizar os loteamentosresidenciais: a conexão com a rede de gásnatural. Essa fonte de energia é hoje a quetem maior potencial para entregar benefícioscomo segurança, conforto e sustentabilidadeno setor – seja para os loteadores ou paraos futuros proprietários.

A tendência para os próximos anos é decrescimento no volume de loteamentos ecasas dotados de conexão com a tubulaçãode gás. Aos poucos, a falta de informaçãosobre o recurso energético que aindapersistia no setor dá lugar a novosempreendimentos já planejados para quetenham ligação com a rede de gáscanalizado.

O gás natural já transforma diariamente avida de milhões de pessoas. Seu consumo éconsolidado nos países desenvolvidos e vemcrescendo no Brasil, seja em indústrias,comércios, residências ou em projetos quesão referência em tecnologia,sustentabilidade e inovação. Ele estápresente no dia a dia das pessoas eempresas de várias maneiras e em maislugares do que se pode imaginar – inclusivena cogeração de energia em hospitais,shoppings e grandes empresas, só para citaralguns exemplos.

Os loteamentos residenciais não sórepresentam um grande potencial paraexpandir a rede de gás natural como têmnessa fonte energética um aliado paraampliar a valorização dosempreendimentos. Em conversas recentescom representantes da AELO, a Comgás –Companhia de Gás de São Paulo –destacou os benefícios do gás canalizadopara os empreendimentos.

“Estamos trabalhando intensamente paramostrar às loteadoras a importância daadoção do gás natural ainda na concepçãodos projetos residenciais, como já acontececom outros recursos essenciais como água,

energia elétrica e fibra ótica”, afirma MilenaBrito, Head de Marketing da Comgás. “Comisso, queremos reforçar nossa orientaçãotécnica nos projetos e a disponibilidade paragarantir a valorização e o avanço dosloteamentos”, complementa.

Aplicações do gás naturalAos futuros proprietários de lotes

residenciais, o gás natural canalizado trazgrande flexibilidade, podendo abastecerequipamentos utilizados em áreas comuns,clubes e espaços gourmet. Essa fonte deenergia, além de abastecer o fogão, tambémpode garantir o aquecimento da água dobanho e da piscina, passando também pelogerador de energia, ar condicionado,churrasqueira, lareira e forno de pizza,secadora, entre outros equipamentos.

O gás natural também pode trazer maiorsegurança em caso de vazamentos, por sedissipar mais rápido, uma vez que é maisleve que o ar, além de aumentar o conforto ea praticidade eliminando falhas e riscos dedesabastecimento em diferentes aplicações.Ainda proporciona maior controle aoconsumidor, que só paga pelo volumeutilizado.

Não é preciso que as loteadoras tenhamexperiência no abastecimento com gásnatural para construir ou vender

empreendimentos residenciais que contamcom esse recurso. Atualmente elas podemrecorrer a companhias especializadas nosetor que oferecem desde oacompanhamento de todas as fases da obraaté treinamentos para a equipe de vendas –o que vai além das funções tradicionais deuma concessionária de serviços.

O acompanhamento técnico especializadocliente a cliente oferecido pela Comgás, porexemplo, busca garantir a qualidade daconexão à rede, impactando diretamente navalorização do lote ao agregar segurança,conforto e praticidade tanto às empresas deloteamento como ao comprador.

“A ligação de empreendimentosresidenciais de alto padrão com a rede degás depende de uma obra rápida, com baixoinvestimento e plena recomposição deeventuais interferências. Caso a conexãoseja executada pelo próprio loteador, nósgarantimos a entrega dos ativos semburocracia”, explica Murilo Nascimento,gerente comercial da Comgás.

Outras iniciativas ajudam a mobilizar acadeia produtiva para disseminar a adoçãodo gás natural. Uma delas é o programa TheHouse Comgás, que facilita orelacionamento com arquitetos – públicofundamental no processo de transformaçãoda cultura do uso dessa alternativaenergética no segmento residencial – eainda traz orientação técnica e recompensaspara os participantes. O tema gás naturalcontinua na próxima página.

9n informanAELONovembro/Dezembro - 2017

Rede de gás valoriza loteamentosREPORTAGEM

Em resposta à demanda crescente pelo gásnatural como alternativa energética, a Comgásexpandiu sua atuação para além dadistribuição, fortalecendo sua posição comoprestadora de serviços e soluções em energia.Com isso, a companhia – que é a maiorconcessionária de gás natural canalizado doBrasil – garante a entrega dos benefíciosdesse recurso da indústria ao fogão, ajudandomilhões de consumidores a abraçar o futuroda energia.

Fundada em 1872 e controlada pela Cosandesde 2012, a Comgás é constituída comouma empresa de capital privado que possui a

concessão para distribuir gás natural noEstado de São Paulo. Sua área de atuaçãoabrange 177 cidades, que representam 35%do consumo de energia do País e 26% do PIBbrasileiro. A Companhia é também a únicaconcessionária com permissão para implantarredes em sistema viário urbano.

Por se tratar de um serviço público, adistribuição do gás natural canalizado é

regulamentada – responsabilidade que, noEstado de São Paulo, é assumida pela Arsesp(Agência Reguladora de Saneamento eEnergia do Estado).

Por meio de indicadores de qualidade esegurança e com a fiscalização documprimento das obrigações pelasconcessionárias de gás, a Arsesp atua paragarantir a manutenção dos investimentos, daqualidade, da confiabilidade e da segurançado serviço. O objetivo é entregar os benefíciosdo gás natural a um número cada vez maiorde consumidores, inclusive no mercado deloteamentos.

A convite do Comitê de DesenvolvimentoUrbano (CDU), a empresa Comgásapresentou, na reunião de 24 de abril,detalhes de seu projeto de abertura paraloteamentos aderirem à rede defornecimento de gás natural encanado.Roberta Carrilho e Murilo Nascimento,especialistas da Comgás, fizeram amplaexplanação que despertou interesse dosparticipantes. O CDU, integrado pela AELO,Secovi-SP e SindusCon-SP, foi criado em2000 e tem como coordenador CaioPortugal, presidente da AELO.

Naquela reunião, foram demonstradas as

vantagens do gás encanado em relação aoengarrafado. Além de tudo, foi explicadoque essa empresa, fundada por ingleses há155 anos sob o nome de São Paulo GasCompany, pertence atualmente ao GrupoCosan. Trata-se da maior distribuidora degás natural canalizado do País, com umarede de mais de 13 mil quilômetros, levandogás natural para mais de 1,5 milhão deconsumidores nos segmentos residencial,comercial e industrial, em municípiospaulistas. Sua área de concessão abrange177 cidades das regiões metropolitanas deSão Paulo, Campinas, Baixada Santista e

Vale do Paraíba.A mesa dos trabalhos da reunião foi

composta por Caio Portugal, Elias Zitune,Lair Krähenbühl, Vicente C. Amadei, CiroScopel e Ronaldo Lucas Brani. Mais de cemempresários e executivos estiveram noencontro, entre os quais os diretores daAELO Jorgito Donadelli e Ângela Paiva, osconselheiros Ruth Portugal, CeciKrähenbühl Piccina, Antonio Basile, JaquesZitune e Paulo Velzi, e também Nilde LagoPinheiro, Mariângela Iamondi Machado,Renata Mathias de Castro Neves e LuizAugusto Pereira de Almeida.

10n informanAELOREPORTAGEM

Novembro/Dezembro - 2017

Comgás vai além da distribuição

Gás canalizado foi tema em reunião do CDU

Em 1943, aos 19 anos de idade, AlbertoMorato Krähenbühl chegou de trem à recém-fundada cidade de Lucélia, no Oeste paulista,para seus primeiros trabalhos de construção.Nascido em Piracicaba, ele havia trancado amatrícula no curso de Engenharia Civil daEscola Politécnica, em São Paulo, atraído porum estágio para desbravar aquele sertão, a587 km da Capital. Lá, ele conheceu aprofessora Célia, com quem se casaria, eapaixonou-se pela criação de novos núcleoshabitacionais. Retomou os estudos, formou-seengenheiro em 1950, ano em que nasceu seuprimeiro filho, Lair Soares Krähenbühl. O casalteve também a filha Ceci e o filho Alberto.

Sempre ousado, o jovem engenheiro levouadiante obras de água e esgoto em váriosmunicípios, como Rancharia, Dracena ePresidente Bernardes. Em 1956, ele comprouseu primeiro trator (foto). Com o tempo,aprimorou os conhecimentos técnicos,

trabalhando ao lado do engenheiro Luiz CarlosBerrini Júnior – que foi um dos principaiscolaboradores do prefeito Prestes Maia emSão Paulo – e fundou, em 1962, sua própriaempresa, a Consurb. A partir disso, levouadiante projetos de loteamento na Capital, noInterior e no Litoral.

A Consurb, com sede na Avenida 9 de Julho,

em São Paulo, permanece entre asprincipais empresas dedesenvolvimento urbano do País, sobo comando de Lair, que foi secretáriode Habitação do Município de SãoPaulo e do Estado, e de Ceci. Trata-se de um exemplo de tradiçãofamiliar, de pai para filho, e desucesso, algo que aconteceu emvárias outras empresas do setor,como a Ingaí, comandada por ClaudioBernardes, e a Scopel, dos filhos deAntonio Scopel. Engenheiro, Claudio

foi presidente do Secovi-SP. O tambémengenheiro Ciro Scopel é presidente doConselho Consultivo da AELO e dirigente doSecovi-SP.

Os pioneiros do Interior ajudaram a fazer oprogresso de inúmeras cidades. Eles têm tudoa ver com as ferrovias, tema da próximapágina.

11n informanAELONovembro/Dezembro - 2017

A missão dos pioneiros no InteriorREPORTAGEM

A exemplo das edições anteriores, o jornal“AELO Informa” apresenta um balanço dosnúmeros recentes sobre projetos protocoladose aprovados pelo Graprohab, Grupo de Análisee Aprovação de Projetos Habitacionais doEstado de São Paulo. Órgão criado pelogoverno paulista em 1991, o Graprohab éformado por um colegiado e tem por objetivocentralizar, agilizar e, principalmente, organizaros procedimentos administrativos delicenciamento do Estado para implantação deempreendimentos de parcelamentos do solopara fins residenciais. O Secovi-SP e a AELOparticipam das reuniões, acompanha e tabulamensalmente os projetos que sãoprotocolados, analisados e aprovados peloGraprohab. Os números foram fornecidos àAELO pelo Departamento de Economia doSecovi-SP, ao qual agradecemos.

O economista-chefe do Secovi-SP, CelsoPetrucci, por sua vez, acaba de concluir umimportante trabalho que diz respeito à atividadedos loteadores: uma pesquisa decomportamento de vendas e lançamentos domercado de loteamentos, apresentada emprimeira mão na última reunião do Comitê deDesenvolvimento Urbano (CDU), em 4 dedezembro, e divulgada no boletim semanal“AELO Online” e no site da AELO –www.aelo.com.br.

Quanto aos projetos de loteamentosprotocolados no Graprohab no primeirosemestre de 2017, Araçatuba foi o município

com o maior número de lotes, com 4.468 lotesprevistos em 5 projetos de loteamentos. Os 10municípios do ranking somam 19.659 lotes e41 projetos, o que representa 28% e 15% dototal do Estado, respectivamente. Barretos,Jaguariúna, Cotia e Paulínia vêm a seguir.

Já em relação às aprovações, o primeirolugar no ranking, mais uma vez, ficou com SãoJosé do Rio Preto. Foram 3.402 lotes previstosem 6 projetos. Os 10 municípios do Rankingconcentram 26% dos 54,7 mil lotes aprovadosno Estado de janeiro a junho. A seguir,aparecem, pela ordem, Boituva, Bady Bassitt.,Birigui, Lençois Paulista, Cotia, NovoHorizonte, Itapetininga, Marília e Barretos.

Nos seis primeiros meses do ano, oGraprohab aprovou 221 projetos deloteamentos, o que significa diminuição de16% em relação ao mesmo período de 2016,ocasião em que foram aprovados 262 projetos.Dos projetos aprovados no primeiro semestrede 2017, estima-se que 54,7 mil lotes sejam

ofertados, queda de 26%em relação ao mesmoperíodo do ano anterior(73,7 mil lotes). Aquantidade de lotesaprovados é estimada.

Os loteamentosdemandam um longoperíodo na preparação doprojeto e dadocumentação, antes de

serem protocolados. Nas estatísticas doSecovi-SP, foram considerados somente oprazo entre a data dos protocolos dos projetosno até a sua aprovação. O órgão oficial, ligadoà Secretaria da Habitação do Estado de SãoPaulo, possui um cronograma estabelecidopara as análises dos projetos, quedependendo da complexidade pode serdilatado conforme surgem pedidos deprorrogação de prazo, exigências técnicas oureabertura de processos. Para 76% dosprojetos de loteamentos a aprovação demoroumais de 121 dias, no primeiro semestre de2017.

O presidente da AELO e vice-presidente deDesenvolvimento Urbano e Meio Ambiente doSecovi-SP, Caio Portugal, considera normalessa retração no primeiro semestre e vê sinaisde prosseguimento da tendência no segundosemestre, mas demonstra esperança dereação em 2018, ano de eleições no País,agora com mais estabilidade do atual governo.

Juliana Santiago Ortega, técnica doPrograma Nascentes, da Divisão deApoio e Gestão Recursos Naturais daCETESB, empresa ligada à Secretaria doMeio Ambiente do Estado de São Paulo,fez a apresentação do programa nareunião do Comitê de DesenvolvimentoUrbano (CDU) de 20 de outubro,explicando que se trata de uma iniciativapara estimular a conservação deflorestas, protegendo as matas epreservando a água na fonte: “O

Programa Nascentes tem o propósito dealiar a conservação de recursos hídricos àproteção da biodiversidade por meio deuma estrutura institucional inovadora.Trata-se de um programa de governo, queenvolve 12 secretarias de Estado, otimizae direciona investimentos públicos eprivados para cumprimento de obrigaçõeslegais, para compensação de emissões decarbono ou redução da pegada hídrica, ouainda para implantação de projetos derestauração voluntários.”

O programa une especialistas emrestauração, empreendedores comobrigações de recuperação a seremcumpridas e possuidores de áreas comnecessidade de recomposição davegetação nativa. As explicações deJuliana e de outra especialista da Cetesb,Jadna Beltrame Lemos, movimentaram oCDU, integrado pela AELO, Secovi-SP eSindusCon-SP. Mostrando dados e mapasno painel e caminhando entre as mesas doplenário, elas responderam às perguntasde Caio Portugal, coordenador do Comitê,e dos demais participantes do encontro. Aofinal, disseram que o sitewww.ambiente.sp.gov.br/programanascentes/ traz todos os detalhes do tema e ajudaa tirar dúvidas dos empreendedores.

12n informanAELO Novembro/Dezembro - 2017

Os municípios paulistas em 2017RADAR DE LOTEAMENTO

Cetesb explica Programa Nascentes no CDU

A união de dois órgãos do Governo do Estadode São Paulo – Cetesb e Sabesp – com oSecovi-SP, parceiro da AELO, tem tudo paraajudar o Brasil a atenuar um grave problema. Otrabalho Atlas Esgotos – Despoluição de BaciasHidrográficas, desenvolvido pela SecretariaNacional de Saneamento Ambiental doMinistério das Cidades e coordenado pela ANA(Agência Nacional de Águas), traz númerospreocupantes, conforme reportagem de ShirleyValentim, do Departamento de Comunicaçãodo Secovi-SP, aqui reproduzida parcialmente.

Em cada dia, os 5.570 municípios brasileirosgeram 9,1 mil toneladas de esgoto. Os 106municípios com mais de 250 mil habitantes sãoresponsáveis por 48% dessa produção. Do totaldesse esgoto diário, 42,6% são coletados etratados, ou seja, menos da metade. Trinta enove por cento de toda carga orgânica gerada– mais de 3,5 mil toneladas – são removidaspelas 2.768 ETE (Estações de Tratamento deEsgoto) espalhadas por todo o territórionacional, antes de seus efluentes seremlançados em corpos d´água.

Das 5,5 mil toneladas restantes de esgoto,18,8% são coletadas e não tratadas, e depoislançadas nos corpos hídricos pelas prestadorasde serviço. Para fechar a conta, 38,6% do totalde esgoto produzido não são coletados epermanecem em meios diversos, como fossassépticas, redes de águas pluviais, sarjetas, ousão dispostos diretamente no solo e nos corposd´água. Ficam a céu aberto.

Esse excesso despejado no meio ambientesem os cuidados e os tratamentos adequadoscomprometeu mais de 110 mil quilômetros derio, tornando inviável e proibida a captação deágua para abastecimento público em 83.450quilômetros de extensão.

Com tantos obstáculos, serão necessáriosaltos investimentos financeiros nauniversalização do saneamento no Brasil, umpaís com mais de 270 milhões de brasileiros,conforme a última estimativa divulgada em 30de agosto deste ano pelo IBGE (InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística), e umdéficit habitacional superior a 7 milhões deunidades.

Com sua longa experiência de atuaçãoempresarial na área de loteamentos, CaioPortugal, presidente da AELO e vice-presidentede Desenvolvimento Urbano e Meio Ambientedo Secovi-SP, admite que os empreendedoresimobiliários geram grande demanda deusuários das redes de distribuição de água e decoleta de esgoto – razões que explicam partedas exigências legais que os loteadores têm decumprir e a necessidade de submeter os seus

projetos à aprovação em diversos órgãospúblicos estaduais e municipais. No entanto, eleexterna sua preocupação com a falta deinvestimentos da Sabesp na expansão dasEstações de Tratamento de Esgoto no Estado,e também de ligar este problema àobrigatoriedade de o setor proteger o meioambiente e garantir a conservação do maior emais importante recurso natural, a água.

As dificuldades de as prefeiturasdesenvolverem planos de saneamentoconvergentes com as diretrizes dos planosdiretores interferem negativamente no trabalhodos loteadores, ainda vistos por algunsgestores municipais como os “causadores degrandes problemas”. Esta afirmação é atribuídaao preconceito e à falta de conhecimento daatuação do importante setor de loteamentos.

Com o objetivo de iniciar o debate sobre aaplicação de recursos na expansão de coleta etratamento de esgoto, Caio Portugal convidouPaulo Massato, diretor Metropolitano daSabesp, para uma conversa franca, ocorridaem outubro, no Secovi-SP, com participação derepresentantes da Cetesb e do Graprohab.Para justificar a falta de investimento, Massatolembrou que a Sabesp não recebe recursoscarimbados do Estado ou da União, e operaunicamente com a receitaoriginária da cobrança datarifa de distribuição deágua. Além disso, aempresa teve de solucionara crise hídrica de dois anosatrás e investiragressivamente naconstrução emergencialdas reservas técnicas, oschamados ‘volumesmortos’.

Considerando a expertisedo Secovi-SP nasuperação de gargalosjunto a empresasconcessionárias de energia

elétrica e de telefonia, Caio Portugal sugeriu, naocasião, a realização de oficinas de trabalhocom representantes da entidade, da Sabesp,da Cetesb e do Graprohab. Nesse fórum,medidas imediatas e de médio prazo parasolucionar a falta de sistemas de coleta etratamento de esgoto em municípios comprojetos de loteamentos seriam discutidas eelaboradas, até chegar a soluções definitivas.Massato prontamente apoiou a ideia, assimcomo a Cetesb.

Caio Portugal também apresentou algumassaídas razoáveis para driblar a falta de recursosda concessionária, como a criação, entreempreendedores, de consórcios voltados aodesenvolvimento de projetos de instalação deinfraestrutura sanitária. Em uma soluçãocolegiada, os loteadores com projetos próximosuns dos outros cotizariam as despesas deinstalação de uma Estação de Tratamento deEsgoto, cujo desenvolvimento seguiria ospadrões técnicos corretos da concessionáriapara o despejo de esgoto em local apto arecebê-lo. Obviamente, essa alternativadepende da viabilidade econômico-financeirado projeto, e da participação da Sabesp naoperação, inclusive, para evitar a instalaçõesimpróprias.

O fato é que as empresas de loteamentoquerem ter segurança jurídica, ressalta Caio: “Asolução ideal seria aproximar empreendedorese companhias ambiental e de saneamento,para cobrarem dos municípios a elaboração e aapresentação de planos de metas desaneamento. A partir disso, a Sabespregularizaria em contrato os termos deconcessão dos serviços de coleta e tratamentopelos municípios. Ficaria mais fácil cobrar dasprefeituras instalações de infraestrutura desaneamento. O momento é de cada umassumir suas responsabilidades.”

Universalização do esgoto é metaREPORTAGEM

13n informanAELONovembro/Dezembro - 2017

Jorgito Donadelli, diretor de RelaçõesInstitucionais da AELO, representante regionalda entidade em Franca, no Interior paulista, epresidente da Associação dos Loteadores deFranca (Alfa), vem tendo sucesso na tarefa deexigir diálogo junto ao poder público de seumunicípio, em nome da evolução econômicada comunidade. Para tanto, Jorgito, que éempreendedor imobiliário, conta com o apoiode alguns políticos e de veículos da mídialocal. Em 8 de novembro, o tradicional jornal“Comércio da Franca” publicou reportagemdestacando este título: “Empresários cobrammudança na lei que regulamentaloteamentos”.

O texto relata que Jorgito Donadelli foi àCâmara Municipal, na sessão de 7 denovembro, e pediu o apoio dos vereadorespara que a lei de parcelamento de solo domunicípio, que estipula as regras para aimplantação de loteamentos, seja adequadapara possibilitar mais investimentos. Segundoo dirigente, a falta de critérios claros e asdivergências na interpretação atrasam o

processo de aprovação de novosempreendimentos.

Para Jorgito, a lei em vigor estádesatualizada e é contraditória. Ele reclamaque luta há dois anos para que a prefeituraelabore projeto de lei propondo a atualização:“Nosso principal pleito é a agilidade.Precisamos de normas claras para queconsigamos aprovar nossos projetos demaneira rápida para disponibilizar os projetosimobiliários que a cidade necessita. Há casos

na prefeitura em que foi precisoesperar oito anos para aprovar umprojeto. Isto não é problema daatual gestão. Vem sendoconstruído ao longo de váriosanos.”

Após o discurso de JorgitoDonadelli, vários vereadores secolocaram à disposição da AELO eda Alfa e disseram que vão seempenhar para que a lei sejaatualizada.

O prefeito Gilson de Souza(DEM) já havia anunciado um

reforço positivo em sua equipe: a nomeaçãodo experiente jornalista Realindo Júnior comosecretário de Assuntos Estratégicos paratentar reduzir a burocracia nas relações com osetor imobiliário. Realindo foi correspondentedo jornal “O Estado de S. Paulo” em Franca,repórter de rádio e apresentador de telejornalna TV Record, além de assessor do prefeitoMaurício Sandoval nos anos 1980 e diretor daCâmara Municipal.

AELO impõe diálogo e respeito

14n informanAELOREPORTAGEM

Novembro/Dezembro - 2017

Os associados do Secovi-SP reelegeramFlavio Amary, em 11 de novembro, para maisuma gestão na presidência da entidade –Biênio 2018/2020. A chapa única do pleito foireferendada por 96,47% dos votos válidos.Flavio Amary, que assumiu o cargo emfevereiro de 2016, depois de ter sido vice-presidente do Interior do Secovi-SP, tambémpresidiu a AELO, de 2009 a 2011. Eleagradeceu aos dirigentes e associados pelaconfiança: “A manifestação de nossosassociados nos encoraja, anima e renova aenergia para trabalhar em defesa do mercadoimobiliário, cuja dinâmica é decisiva para odesenvolvimento econômico e social doPaís.”

Para Flavio Amary, a composição dapróxima diretoria concilia experiência einovação. “Aliamos a necessidade de darsequência a diversas questões quedependem de solução ou aprimoramentoscom a necessária oxigenação de ideias,trazidas por novas lideranças. Isso amplia anossa capacidade de encontrar meioscriativos de resolver problemas e deconsolidar nosso protagonismo à frente de

umaindústria imobiliária maisvigorosa e geradora de riquezas”, afirmou opresidente.

A chapa eleita, encabeçada por FlavioAmary, é esta:

Diretoria Executiva - Ricardo Yazbek,Rodrigo Uchoa Luna, Alberto Du PlessisFilho, Caio Portugal, Carlos Borges, EmilioKallas, Flávio Prando, Frederico Marcondes

Cesar, Guilherme de Lucca, Hubert Gebara,Lair Krähenbühl e Rolando Mifano.

Diretoria Operacional - Alexandre LaferFrankel; Basilio Chedid Jafet; Caio SergioCalfat Jacob; Eudoxios StefanosAnastassiadis; Gustavo Guillaumon; JoséRoberto de Toledo; Luiz Fernando Gambi;Luiz Fernando Tardelli Zanchet; MarciaLerario Taques; Nelson Parisi Júnior; OdairGarcia Senra e Roberta Bigucci.

Conselho Fiscal - Ciro Pereira Scopel; ElyFlávio Wertheim e Mauro Teixeira Pinto.Suplentes: Thiago Nogueira MendonçaRibeiro; Carlos Alberto Campilongo Camargoe Angelo Frias Neto.

Delegados Representantes no Conselho daFecomercio-SP - Flavio Augusto Ayres Amarye Miguel Sergio Mauad. Suplentes: HubertGebara e Andrea Mifano.

Conselho Consultivo - André Kissajikian;Antonio Setin; Carlos Jereissati; ClaudioBernardes; Elie Horn; Flávio Ernesto Zarzur;Henrique Borenstein; Luiz Augusto Pereira deAlmeida; Marcos Bulle Lopes; MauroPiccolotto Dottori; Meyer Joseph Nigri;Ubirajara Spessotto de Camargo Freitas.

O livro “Uma introdução aoDesenvolvimento Urbano – contra oFavelamento”, do empresáriocarioca Carlos MachadoBrito, foi lançado emnovembro, no Rio de Janeiroe vem tendo granderepercussão. Por meio desua obra, de 254 páginas,Brito aponta a gravidade dopanorama da habitação nãosó em sua cidade como emtodas as demais metrópolesdo País. Ele ressalta que odéficit habitacional do Paíspode ser combatido de modoefetivo, gerando empregos econtribuindo para acabarcom as favelas. Brito explica:“Reuni como empresário, ao longo de maisde 40 anos de atividades no ramo imobiliário,

extenso material sobre o assunto”, afirmaBrito. “A imprensa já identificava as favelas,

mais de dez anos atrás,como um dos três maioresproblemas do Rio, ao lado dasegurança e das questõeseconômicas. Hoje, osproblemas continuam osmesmos. De certa forma,todos são ligados àfavelização.”

A história da AELO tem emBrito um personagemmarcante, pois foi ele quempresidiu, em 24 de fevereirode 1981, como presidenteem exercício da AssociaçãoNacional dos Empresários deLoteamentos (ANEL), a

reunião para a formação da entidade dosloteadores do Estado de São Paulo, na sede

do Sindicato dos Corretores, no Centro dacapital paulista. Assim, nasceu a AELO. E,por aclamação, Luiz Caldin foi eleitopresidente, tendo sido sucedido em fevereirode 1982 por Lelivaldo Benedicto Marques, epor Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerqueem setembro do mesmo ano. “Acertei minhaprevisão feita naquela época, a de que aAELO de São Paulo, por ser do Estado maisevoluído do País, seria a maior entidade deloteadores, se expandindo por outrasregiões”, diz Carlos Machado Brito.

Para os interessados em obter o livrorecém-lançado e em trocar ideias com oempresário carioca, estes são os contatos:Carlos Machado Brito, Diretor da EmpresaBiplan Imóveis, Estrada do Monteiro, 1.691,bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro-RJ,CEP 23045-830; telefone (21) 2413-2126;email [email protected].

REPORTAGEM15n informanAELONovembro/Dezembro - 2017

Flavio Amary reeleito no Secovi-SP

Carlos Brito lança livro sobre favelamento

Da clássica Barcelona, mais agitada nosúltimos meses, e da sempre vibrante NovaYork para a lendária Machu Picchu, nocoração da América do Sul. O Concursodesta edição do jornal “AELO Informa”lança o desafio: crie uma frase para MachuPicchu, cidade construída sobre umamontanha a 2 mil metros de altitude, ondeos Andes se encontram com a floresta,perto da origem do Rio Amazonas, noPeru. Trata-se, na verdade, de um dosprimeiros loteamentos das Américas, comruelas traçadas por uma civilização pré-colombiana que ergueu casas e templos depedra resistentes aos terremotos. Mil anosde uma história oculta, já que seu povonão deixou nada por escrito. Nada alémdas fantásticas estruturas visitadas a cadadia por inúmeros turistas de todos os

continentes, que seguem de trem de Cuzcoa Aguas Calientes e sobem até MachuPicchu, uma das atuais Maravilhas doMundo.

Crie uma frase para MachuPicchu e concorra a um livro. Avencedora da frase sobre NovaYork, na última edição, foi a leitoraJamile Golfetto, da empresa JRNParticipações eEmpreendimentos, que atua emRibeirão Preto e Uberlândia. Elacriou esta frase para a metrópoleamericana, uma das maisfamosas do mundo: “New York,New York. A cidade que nunca dorme,embala os sonhos de quem projeta alto einova sempre.”

Jamile recebeu pelo correio um exemplar

do livro “Glória, Queda, Futuro, Históriasde uma empresa que foi longe demais”(foto), sobre a Odebrecht, de autoria deLuiz Carlos Ramos, lançado em São Paulo,

em 27 de novembro, e emBrasília, em 6 de dezembro.

Tendo ou não visitado MachuPicchu, inspire-se neste cenárioclicado pelo editor do “AELOInforma”, idealize uma frase eenvie por email [email protected] até 28 dedezembro. Aqui vai um exemplode frase: “Eram os deusesloteadores?”, com base no nome

do livro do escritor suíço Erich VonDaniken, “Eram os deuses astronautas?”,sobre o mistério de antigas civilizações,sucesso nos anos 1970.

Machu Picchu, numa fraseEis um exemplo: “Eram os deuses loteadores?”

16n informanAELOCONCURSO

Novembro/Dezembro - 2017