ANO 11 - FEVEREIRO DE 1989 - GEDIT: eo~·c ......ANO 11 - FEVEREIRO DE 1989 - N~ 21 Encerramento da...

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ANO 11 - FEVEREIRO DE 1989 - 21 Encerramento da Um serviço ' a sua disposição O Serviço Social é o setor responsável pela ministração de alguns dos benefícios previstos no ACT, como auxflio-creche e auxflio-babá. As assistentes são, também, encarregadas de aten- der os funcionários com problemas familiares, fi- nanceiros, de saúde ou no trabalho, dando-lhes o apoio necessário. Algumas vezes fazem, até mesmo, visitas em hospitais. Cabe, ainda, a este setor o apoio às promoções do Coral e do Grupo de Teatro, além da organi- zação anual da Colônia de Férias, em Parada de Lucas. !Página 4) Pelos direitos dos deficientes O Brasil conta, desde 1986, com um órgão de planejamento e coordenação das ações governa- mentais dirigidas aos deficientes. A Coordenadoria Para Integração da Pessoa Portadora de Defi- ciência (COROE) vem promovendo campanhas de conscientização da população e desenvolvendo programas de prevenção, como o uso de vacinas. Além disso, a COROE vem apoiando projetos que facilitam o dia-a-dia dos deficientes. Um 50 anos deRBG Uma edição especial da Revista Bra- sileira de Geografia, com dois tomos, acaba de ser lançada, em comemo- ração ao seu cinqüentenário. No pri- meiro, Clássicos da Geografia, estão cinco artigos considerados como mar- cos no pensamento geográfico, que são reeditados numa homenagem aos "mestres". O segundo, Reflexões sobre a Geografia, traz textos de personali- dades atuantes no cenário da geografia contemporânea. (Página 6) exemplo é a criação dos ônibus especiais para conduzir pessoas com cadeiras de rodas e de um telejornal visual para deficientes auditivos. Ela tem também incentivado a utilização cada vez mais ampla dos computadores com impressoras braille. A COROE luta, também, pelos direitos dos defi- cientes à assistência médica, educação, trabalho e lazer. (Página 8) Convênio IBGE/INAN Por encomenda do lnstitut6 Nacional de Alimentação e Nutrição - INAN, órgão do Ministério da Saúde, o IBGE realizará, em âmbito nacional, a Pes- quisa sobre Saúde e Nutrição . As famí- lias de 17.931 domicílios serão investi- gadas quanto à altura - adultos e maiores de três anos -, comprimento - crianças até dois anos e 11 meses - e peso. O objetivo desta pesquisa é re- velar o estado nutricional da popu- lação. .. . ..... ___, informatizando A Gerência de Editoração e o Departamento de Produção Gráfi- ca estão se modernizando. es- tão instalados e entram em fun- cionamento neste mês os micro- computadores que automatizarão o processo de geração dos origi- nais para impressão. Será usado o sohware "Página Certa", que vai agilizar a diagrama- ção e a editoração das publicações do IBGE. Paulo Tafner, chefe do Centro de Documentação e Disse- minação de Informações, assegura Começa a campanha de prevenção da AIDS As empresas públicas e privadas deverão ter, por determinação mi- nisterial, comissões de prevenção contra a AIDS. O IBGE criou a sua comissão e está preparando a campanha. Além de palestras pro- gramadas para todos os estados e apresentação de vídeos e filmes educativos, o Jornal do IBGE cria uma coluna para tirar as principais dúvidas sobre a doença. que com esse novo sistema vai-se ultrapassar as fases de fotocompo- sição e fotoprocessamento, eco- nomizando tempo e dinheiro. Tafner afirma que a primeira obra a ser editada pelo novo pro- cesso será o catálogo Produtos e Serviços do IBGE. Esta obra, se- gundo Paulo Cesar de Souza, chefe-adjunto do CDDI, tem por objetivo apresentar para os usuários, de forma organizada, to- da a produção técnica da Institui- ção. (Página 5) Haverá, ainda, um concurso pro- movido pela Comissão Coordena- dora da CIPAS, com o apoio da Coordenadoria de Comunicação Social, para escolher uma frase e um desenho sobre a campanha. O autor do melhor trabalho de cada categoria ganhará três livros, cedi- dos pela Editora Nova Fronteira. (Editorial e página3) Salvador tem mês de festa No dia 2 de fevereiro, às 17 ho- ras, quando o sol abre uma estrada dourada no mar de Salvador, a bar- ca "Rio Vermelho" sai puxando o cortejo com mais de 200 outras embarcações levando os presentes para a Rainha das Águas. Nos balaios com as oferendas, perfumes, flores, pentes e outros "agrados de mulher vaidosa" se misturam aos bilhetes com os pe- didos dos devotos. Afinal de con- tas, todo baiano que se preza tem fé e esperança em Iemanjá. A festa para o orixá feminino mais famoso começa pela manhã e vai até o dia seguinte, com muito peixe, carnaval e batuque. Leia na página 7 reportagem sobre essa festa no mar.

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ANO 11 - FEVEREIRO DE 1989 - N~ 21

Encerramento da

Um serviço ' a sua

disposição

O Serviço Social é o setor responsável pela ad~ ministração de alguns dos benefícios previstos no ACT, como auxflio-creche e auxflio-babá. As assistentes são, também, encarregadas de aten­der os funcionários com problemas familiares, fi­nanceiros, de saúde ou no trabalho, dando-lhes o apoio necessário. Algumas vezes fazem, até mesmo, visitas em hospitais.

Cabe, ainda, a este setor o apoio às promoções do Coral e do Grupo de Teatro, além da organi­zação anual da Colônia de Férias, em Parada de Lucas. !Página 4)

Pelos direitos dos deficientes O Brasil conta, desde 1986, com um órgão de

planejamento e coordenação das ações governa­mentais dirigidas aos deficientes. A Coordenadoria Para Integração da Pessoa Portadora de Defi­ciência (COROE) vem promovendo campanhas de conscientização da população e desenvolvendo programas de prevenção, como o uso de vacinas.

Além disso, a COROE vem apoiando projetos que facilitam o dia-a-dia dos deficientes. Um

50 anos deRBG

Uma edição especial da Revista Bra­sileira de Geografia, com dois tomos, acaba de ser lançada, em comemo­ração ao seu cinqüentenário . No pri­meiro, Clássicos da Geografia, estão cinco artigos considerados como mar­cos no pensamento geográfico, que são reeditados numa homenagem aos "mestres". O segundo, Reflexões sobre a Geografia, traz textos de personali­dades atuantes no cenário da geografia contemporânea. (Página 6)

exemplo é a criação dos ônibus especiais para conduzir pessoas com cadeiras de rodas e de um telejornal visual para deficientes auditivos. Ela tem também incentivado a utilização cada vez mais ampla dos computadores com impressoras braille.

A COROE luta, também, pelos direitos dos defi­cientes à assistência médica, educação, trabalho e lazer. (Página 8)

Convênio ·~

IBGE/INAN ~ Por encomenda do lnstitut6 Nacional

de Alimentação e Nutrição - INAN, órgão do Ministério da Saúde, o IBGE realizará, em âmbito nacional, a Pes­quisa sobre Saúde e Nutrição . As famí­lias de 17.931 domicílios serão investi­gadas quanto à altura - adultos e maiores de três anos -, comprimento - crianças até dois anos e 11 meses -e peso. O objetivo desta pesquisa é re­velar o estado nutricional da popu­lação.

GEDIT:_eo~·c.: ... .....___, informatizando

A Gerência de Editoração e o Departamento de Produção Gráfi­ca estão se modernizando. Já es­tão instalados e entram em fun­cionamento neste mês os micro­computadores que automatizarão o processo de geração dos origi­nais para impressão.

Será usado o sohware "Página Certa", que vai agilizar a diagrama­ção e a editoração das publicações do IBGE. Paulo Tafner, chefe do Centro de Documentação e Disse­minação de Informações, assegura

Começa a campanha de prevenção da

AIDS As empresas públicas e privadas

deverão ter, por determinação mi­nisterial, comissões de prevenção contra a AIDS. O IBGE criou a sua comissão e já está preparando a campanha. Além de palestras pro­gramadas para todos os estados e apresentação de vídeos e filmes educativos, o Jornal do IBGE cria uma coluna para tirar as principais dúvidas sobre a doença.

que com esse novo sistema vai-se ultrapassar as fases de fotocompo­sição e fotoprocessamento, eco­nomizando tempo e dinheiro.

Tafner afirma que a primeira obra a ser editada pelo novo pro­cesso será o catálogo Produtos e Serviços do IBGE. Esta obra, se­gundo Paulo Cesar de Souza, chefe-adjunto do CDDI, tem por objetivo apresentar para os usuários, de forma organizada, to­da a produção técnica da Institui­ção. (Página 5)

Haverá, ainda, um concurso pro­movido pela Comissão Coordena­dora da CIPAS, com o apoio da Coordenadoria de Comunicação Social, para escolher uma frase e um desenho sobre a campanha. O autor do melhor trabalho de cada categoria ganhará três livros, cedi­dos pela Editora Nova Fronteira. (Editorial e página3)

Salvador tem mês de festa No dia 2 de fevereiro, às 17 ho­

ras, quando o sol abre uma estrada dourada no mar de Salvador, a bar­ca "Rio Vermelho" sai puxando o cortejo com mais de 200 outras embarcações levando os presentes para a Rainha das Águas.

Nos balaios com as oferendas, perfumes, flores, pentes e outros "agrados de mulher vaidosa" se

misturam aos bilhetes com os pe­didos dos devotos. Afinal de con­tas, todo baiano que se preza tem fé e esperança em Iemanjá.

A festa para o orixá feminino mais famoso começa pela manhã e vai até o dia seguinte, com muito peixe, carnaval e batuque. Leia na página 7 reportagem sobre essa festa no mar.

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Página 2

EDITORIAL

E statísticas mundiais apontam o Brasil co­mo terceiro colocado em casos de AIDS. Preocupado com a gravidade da si­

tuação, o governo vem promovendo campa­nhas institucionais, veiculadas pelos meios de comunicação em todo o país. Além disso, os Ministros da Saúde e do Trabalho assinaram, no final do ano passado, uma portaria obri­gando as empresas privadas e estatais a cria­rem Comissões Internas de Prevenção da AIDS.

O IBGE, que já vinha promovendo pa­lestras na Sede, agora amplia esse programa de esclarecimento e prevenção da doença às Unidades Regionais. A partir do próximo mês, médicos e assistentes sociais de todos os esta­dos estarão unidos, promovendo, em todas as capitais, encontros e debates, com exibição de slides, vídeos e filmes educativos, além de distribuição de folhetos explicativos.

A Instituição deu o primeiro passo, crian­do uma comissão e produzindo essa campa­nha de esclarecimento. Agora, cabe a cada um de nós vencer o medo e o preconceito e nos unirmos contra a AIDS.

Vamos aproveitar a oportunidade para ti~ rar todas as dúvidas sobre a doença. O Jornal do IBGE terá um espaço para responder as cartas enviadas, dando todas as informações solicitadas.

Bem informados, poderemos nos preve­nir melhor. E, mais do que isso, estaremos preparados para ajudar colegas e amigos, pois sabemos que tão importante quanto o trata­mento é a compreensão, o carinho e o apoio de todos nós.

Presidente da República JooéSarnew

Mlnlstro·Chefe da Secretaria de Planejamento e Coordenaç6o Joio Battota de Abreu

Secretário-Geral Ricardo Luís Santiago

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT!STICA- IBGE

Presidente: Charles Curt Mueller

Diretor-Geral: David Wu Tai

Diretor de Peaquiaaa: Lenildo Fernandes Silva

Diretor de Geocl~nclas: Mauro Pereira de Mello

Diretor de lnform6tlca: Josê Sant'Anna Bevilaqua

JORNAL DO IBGE ANO 11 - FEVEREIRO DE 1989 - N~ 21

Publicação mensal destinada aos funcionários do IBGE Editado pela Coordenedoria de Comunicação Social - Avenida Franklin Roosevelt, 194-9? andar- Rio de Janeiro- Te!. : (021) 220-1222

Editora Responsivel: Shirley Soares (Reg. n? 12.466 MT-RJ)

Edltorea-Aselatentes: Sheila R ter a e Francisco Akhome

Redaçlo e Reportagem: M1uco Santos e Paulo Roberto Cardoso

Equipe de Apolo: F~tima Santos, Gilson Costa, Paulo Villas Bõas, Andreo Rodri· gues, Maria Goreth Sala e Nélio Machado

Publicidade: Tereza Cristina Millions (Responsável)

Programaçio GrAflco-Edltorlal: Gerência de Editoração

Fotocompoaiçlo, Arte-Finallzaçlo, lmpre•alo e Clrculaçlo: Centro de Documentação e Disseminaç6o de Informações - CO Dl/Departamento de Produção Gráfica e Gerência de Marketing.

Tiragem: 15.000 exemplares

Permitida a transcrição total ou perctal de maU!ria publicada no Jornal do IBGE, des­de que cttada a fonte .

JORNAL DO IBGE - Fevereiro de 1989

Algumas crianças que participaram da visita ao Museu do Trem, no bairro do Engenho de Den­tro, na Zona Norte do Rio, deram suas impressões do que viram e sentiram através de cartas enviadas à redação do 11.

As gêmeas, Renata e Roberta. 7 anos. com o irmão Carlos Eduardo, de 3, são filhos de Edmundo Ferreira Pereira - PGE.

Gostamos muito da visita ao Museu do Trem. Foi importante sabermos que o imperador do Brasil usou aquele transporte.

Até o nosso irmãozinho curtiu muito o passeio, principal­mente o Toddynho e o biscoito Mirabel. Mas nós gostamos também do teatrinho e das revistinhas que ganhamos.

Façam outros passeios e convidem a gente!

Rodrigo Souto de Oliveira Alves, 9 anos. sobrinho de Silveria Maria Souto - DEFIN/GEROR.

Maurício Silva Santos. 8 anos, filho de Sônia Regina Silva dos Santos- NPS/DPE.

( ... )Gostei muito de viajar de trem. Porém, essa não é a primeira vez que viajo! Andar de trem é muito bom por ser um transporte urbano rápido e barato. A visita ao Museu do Trem foi ótima e conheci vários trens: a locomotiva Baro­nesa, o trem a óleo diesel, o trem elétrico e outros

( ... ) SaímosdaCentraldo ,..,..~ .. ~~oo~.. . Brasil num trem que nos

levou ao Museu do Trem. Lá, vimos uma maquete de trens que carregavam madeira, pessoas, carvão, combustíveleanimais. Vi­mos a Maria-Fumaça, o carro do imperador do Brasil, o carro dos bombei­ros e miniaturas de trens.

Depois assistimos a um teatro de fantoches e lancha­mos Mirabel com T oddynho e ganhamos revistinhas e trabalhinhos para as férias. Voltamos para a Central no mesmo trem. Foi muito legal!

mais. O museu é grande, espaçoso e educativo. Gos­tei muito também das lembranças que ganhei do IBGE.

IBGE em campo

Jane Rattis, da Agência de Passos, em Minas Gerais, dá a sua impressão sobre as matérias publicadas no Jl.

( ... ) É muito importante pa­ra nós, servidores ibgeanos, a integração que está existindo com a direção do órgão, através das notícias publicadas

por esse jornal. As inúmeras

matérias de interesse geral e as

que dizem respeito ao trabalho

por nós desempenhado, como,

por exemplo, a reportagem

"IBGE em campo", nos deu a

oportunidade de tomar conhe­

cimento das causas que agri­

dem a natureza e sua con­

seqüente agressão ao homem.

São excelentes as promoções

como a do sorteio de livros, in­

centivando o hábito da leitura

sadia.

Com esse entrosamento ga­

nham todos: o IBGE, em me­

lhor qualidade de trabalho, vi­sando a mais perfeita infor­

mação possível, indispensável

.ao desenvolvimento da nação,

e o servidor, a satisfação de per­

tencer a esta Instituição.

Opinião Veio da capital do Piauí a carta do chefe da Agência lo­cal, Wostigern de Carvalho Nogueira.

( . .. ) A respeito da pro­moção IBGE/Nova Fronteira gostaria de manifestar a minha opinião, dizendo que iniciativa desse tipo merece toda a nossa participação e apoio, por ser um incentivo à boa leitura e ao conhecimento. Eu mesmo já fui contemplado com o sorteio

do livro A Cólera do Cordei­ro, cujo conteúdo valeu a pe­na ser lido.

Com relação ao Jornal do IBGE acho que devemos prestar a ele maior parcela de contribuição, pois se trata de um informativo que está sendo muito útil, tanto pelos assuntos concernentes à nossa classe, como pelas demais infor­mações que transmite.

Sorteio De Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, o Agente de Coleta Américo Albanês Soares Bernardo, antes de saber que havia sido sortea­do, pela segunda vez, na pro­moção IBGE/Nova Frontei­ra, mandou o seu recado.

( ... ) Acuso o recebimento do livro Por Quantos Ainda Vamos Chorar. Esta é uma maneira simples e bonita de in­centivar a leitura.

Quanto ao nosso jornal, além da participação com a Editora Nova Fronteira, está dando informações e curiosi­dades. Assim, preenche os nossos momentos de folga com assuntos precisos que dizem respeito a nós e à nossa repartição .

Os meus colegas ficaram ale­gres e também estão parti­cipando deste sorteio. Eles, que já são leitores do Jornal do IBGE, após me v.erem contemplado com o livro, fica­ram entusiasmados e incenti­vados a participar desta e de outras promoções que vocês venham a fazer. Agradeço e espero continuar a ter sorte!

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JORNAL DO IBGE- Fevereiro de 1989 Página 3

SIAFI agiliza contabilidade Jl - A ãrea de material vai se informatizar

também?

HM - Certamente. A área de material vai ter automatizadas as suas rotinas e informatizará os seus procedimentos. Só que a solução para o De­partamento de Recursos Materiais foi outra : insta­lação de microcomputadores. Isto porque a gente não tem um sistema federal de administração de material e o nosso main frame - computador de grande porte instalado na DI - está muito mais vol­tado para a área técnica do que para a administrati­va. E pretendemos no futuro- a DI nos aponta es­sa possibilidade - transformar estes micros em ter­minais do main frame na DI, possibilitando o uso de softwares mais sofisticados. Nós já adquirimos uma série de micros que já foram instalados - cer­ca de 11 - e estamos recebendo mais 17, que já foram comprados.

Homero Marciano Corrêa Júnior, advoga­do, com cursos de extensão em Administra­ção Financeira, é o superintendente de Re­cursos Financeiros, Materiais e Patrimoniais.

Jl - Quais as diretrizes da SPF?

HM - Entre as prioridades da SPF temos a in­formatização, que vai possibilitar um atendimento muito mais rápido e mais eficiente, e a sistemati­zação da assistência e da auditoria técnica nas uni­dades descentralizadas. Pretendemos, também, efetuar a atualização sistemática dos manuais da área financeira e de recursos materiais. E, finalmen­te, buscamos a institucionalização dos programas permanentes de treinamento e de reciclagem profis­sional.

Jl - Essa diretriz voltada para programas de treinamento não estã se superpondo à Supe­rintendência de Recursos Humanos?

HM - Não. A SRH, por intermédio do De­partamento de Planejamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos, está normatizando e dando instrumentalização para o IBGE como um todo. Mas cabe a cada área especificar as necessidades de treinamento de cada um dos seus funcionários. Por exemplo, se você tem um contador que se formou há 15 anos, ele pode estar atualizado ou não. Ge­ralmente não está. Então, é preciso que a Casa dê · condições e opções para este profissional se atuali­zar. Ou seja, a SPF deve ter seu próprio projeto de atualização profissional permanente. Embora a idéia geral seja a de que na área administrativa não haja muitas novidades, essa é uma posição equivo­cada. É preciso que novas técnicas sejam levadas até os nossos funcionários. Isto porque é comum ter um AUTCAD, nas Unidades Regionais, em subge­rências, em chefias de setor, e que não tiveram ne­nhuma formação nem treinamento para exercer

A área de material também será informatizada. Já foram instalados 11 micros .

suas funções específicas. Então, dentro desse es­quema, estamos montando as unidades de assistên­cia técnica a unidades descentralizadas. Estamos promovendo uma série de encontros, aqui no Rio, com as áreas administrativas de todas as unidades. Estamos fazendo, também, um treinamento sobre o sistema SIAFI.

Jl - O que é SIAFI?

HM - É o Sistema Integrado de Adminis­tração Financeira que está sendo implantado pela

.Secretaria do Tesouro Nacional. Nesse sistema, já a partir de janeiro, todas as unidades centralizada"s estão ligadas ao computador central, na Sede, com informação sobre o saldo de empenho, lançamen­tos, enfim, todo o sistema de contabilidade. Estare­mos ligados a todas as UR e DRG, além da Sede, fazendo a contabilidade instantânea. Com a entrada desse sistema nós teremos o fechamento mensal no último dia do mês. E isto é fruto de um trabalho de equipe. O Departamento de Finanças, por exem­plo, se dedicou com vontade, com determinação, o que desmente os que dizem que o funcionário público é acomodado, refratário a mudanças.

Jl - Basicamente, quais as atribuições dos Departamentos de Finanças e de Recursos Mate­riais?

HM - O DEFIN tem três finalidades fundamentais: o controle financeiro, contábil e or­çamentário. Já o DEMAT trata do patrimônio, transporte e comunicação, instalações e manu­tenção, além de dar suporte logístico a diversos órgãos como ENCE e os da Praça da Bandeira.

Jl - O que poderia ser melhorado na atual estrutura da SPF?

HM -Precisamos melhorar, por exemplo, na área de procedimentos. Temos falhas com relação à manutenção de equipamentos. Nós temos artífices, pessoas muito prestativas, mas aue atuam sem uma estrutura adequada de trabalho. Eu acho que a ma­nutenção de equipamentos industriais, por exem­plo, deveria ficar por conta de uma firma contrata­da. Nas grandes empresas, hoje, até os veículos são de firmas contratadas. Já estamos contratando al­gumas para os serviços de limpeza, segurança, ma­nutenção e combate a incêndio, até mesmo por im­possibilidade de admissão de pessoal.

A informação é o melhor remédio

A desinformação também pode ma­tar. Informar corretamente, enfrentan­do a realidade da AIDS, é ainda o me­lhor caminho para conscientizar e orientar a população. Tão importante quanto saber que a AIDS. mata é saber que se pode evitá-la e evitar também uma maior disseminação da doença não só no Brasil como no mundo.

O mal, então, deve ser atacado de forma total. Por determinação ministe­rial, todas as empresas - públicas e pri­vadas - devem ter comissões de pre­venção contra a AIDS. No IBGE, por Resolução do Presidente, foi instituída a Campanha Interna de Prevenção da AIDS (CIPAS), ficando, assim, deter­minada a criação de comissões em to­das as Unidades Regionais e Unidades Descentralizadas da Administração Central. Essas atuarão sob a orientação de uma comissão coordenadora, for­mada pela assistente social Amneris Pa­ce, a psicóloga Angela Cristina Maciel, o médico do trabalho Armando da Gra­ça Gonçalves e pelo subgerente de Ser-

viços Odontológicos, José Castedo da Silva. Esta comissão é presidida pela gerente de Medicina do Trabalho, An­gela Maria Eugênio.

"As comissões de CIPAS nas Unida­des Regionais e nas Unidades Descen-

Ange/a, gerente do GEMET, preside a Co­missão Coordenadora da CIPAS.

tralizadas serão constituídas por um médico, um dentista e um assistente so­cial", esclarece Angela Eugênio. Ela acrescenta que, nas Unidades onde não houver um ou dois destes profissio­nais, eles serão substituídos pelo geren­te de Administração local e/ ou pelo subgerente de Recursos Humanos.

A gerente do GEMET explica, ainda, que nas UR onde não haja nenhum dos profissionais citados - Acre, Rondô­nia, Amapá e Roraima -, a coorde­nação da CIPAS no local ficará a cargo da Comissão Coordenadora .

O treinamento das Comissões Regio­nais caberá aos servidores que coorde­narão a Campanha. Com isso, Angela e os demais membros da comissão es­peram instrumentalizar as CIPAS na di­vulgação de conhecimentos e adoção de medidas preventivas contra a AIDS em todos os locais de trabalho do IBGE.

A Comissão Coordenadora da CIPAS está se colocando à disposição para res­ponder a todas as dúvidas que os fun­cionários possam vir a ter sobre AIDS. Tudo o que se quiser saber sobre a Sín­drome de lmunodeficiência Adquirida - que é o nome técnico da doença -pode ser esclarecido pela Comissão, bastando para isso que se escreva para a Gerência de Medicina do Trabalho -"AIDS- Tirando dúvidas"- Avenida Beira-Mar, 436 - 4';' andar - CEP 20 021- Rio de Janeiro- RJ .

As cartas podem ser enviadas - sem identificação, se preferirem - por ma­lote ou pelo Correio. Elas serão respon­didas mensalmente - sempre sem identificação - nas páginas do Jornal do IBGE.

Crie uma frase ou faça um dese­nho sobre a Campanha Interna de Prevenção da AIDS. A sua criativi­dade vai estar estampada nos car­tazes que serão distribuídos poP todo o Brasil. A melhor frase é o melhor desenho receberão, cada, um kit com os seguintes livros ofe­recidos pela Editora Nova Frontei­ra: A Brincadeira, de Milan Kunde­ra; Bravo Papa Charley, de James E. Courtney, e A Esfinge Contem­plada, de João Carlos Teixeira Go­mes.

O desenho e a frase vencedores serão escolhidos por uma co­missão composta por dois fun­cionários da Coordenadoria de Co­municação Social, dois da Co­missão Coordenadora da CIPAS e um representante da Presidência do IBGE.

Envie a sua frase ou o seu dese­nho até o dia 20 de março para a Coordenadoria de Comunicação Social - CCS - Concurso Cam­panha Interna de Prevenção da AIDS - Av. Franklin Roosevelt, 194- 9?andar- CEP20021-Rio de Janeiro/RJ.

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Página 4 JORNAL DO IBGE- Fevereiro de 1989

Um serviço muito social

No IBGE, o Serviço Social realizado

diretamente por assistentes sociais está

implantado em 13 estados. No Rio,

há setores assistenciais nas

A finalidade do Serviço Social de uma empresa é promover o homem como trabalhador e a própria empresa como um todo, por meio do tra­balho, explica Aparecida Gorito, chefe do Setor de Serviço Social da Sede. "Nós procuramos o crescimento do homem e a criação de condições que favoreçam o seu desenvolvimento."

Gerências de Suporte Administrativo (GESAD), de Lucas e Mangueira, e na Sede, que atendem, além dos órgãos localizados no Centro, a Escola ­Nacional de Ciências Estatísticas.

res, hospitalares e, quando necessãrio, contatos com outras instituições assistenciais e previden­ciárias".

Atendimento personalizado a ~

Os benefícios mais utilizados pelos funcionários ~ são os previstos no Acordo Coletivo de Trabalho. -Amneris Pace, subgerente de Benefícios, indica o ~ auxflio~creche e o auxílio-babá como os mais re- ~

A Superintendência de Recursos Humanos, por interm~dio da Subgerência de Benefícios, ~ que normaliza o atendimento aos funcionários lo­tados no Rio, nas Unidades Regionais e no De­partamento Regional de Geociências em Brasília - único DRG com Setor de Serviço Social.

queridos. "O IBGE reembolsa com até dois Norma, Amneris e Aparecida: "Procuramos o desenvolvimento do funcionário".

Entre as atividades que os setores assistenciais exercem estão a orientação psicossocial - aten­dimento a pessoas com problemas familiares, fi­nanceiros, de saúde ou no trabalho - e o atendi­mento às famílias dos funcionários. Segundo Aparecida, esta é uma das mais importantes ativi­dades - "Afinal de contas os indivíduos não estão isolados" .

salários mínimos os gastos que as mães - ou, ex­cepcionalmente, pais com guarda de filhos -têm com creche." Segundo a subgerente, este reembolso envolve despesas com mensalidades, matrícula, uniforme, merenda, transporte e mate­rial escolar. "O funcionário pode ainda requerer o auxílio-babá - um salário mínimo de referência, sem comprovação - se o serviço de creche próximo de sua residência ou local de trabalho

tos com fisioterapeutas , psicólogos e fonaudiólo­gos.

- Tão importante quanto a concessão dos be­nefícios é o atendimento personalizado que o fun­cionário recebe quando se dirige a qualquer uni­dade de Serviço Social, aqui ou nos estados -esclarece Amneris.

não atender às suas necessidades." Antonio Rabelo, supervisor na área assistencial

da Unidade Regional de Santa Catarina, confir­ma este atendimento. Ele, que é o único homem no quadro de assistentes sociais do IBGE, revela que procura divulgar pessoalmente todos os be­nefícios aos 198 funcionários da Unidade em to­do o estado. "Al~m disso, procuramos esclarecer cada um que nos procurá sobre todos os seus di-

Norma Polzin, assistente social da Gerência de Remuneração e Benefícios, explica que o convê­nio INPS-IBGE, para fins de concessão de auxílio-doença, abono de permanência em servi­ço e o auxllio-natalidade, tam~m é administrado pelo Serviço Social: "Fazemos visitas domicilia-

Outro benefício muito requisitado ~ o auxílio educação-reabilitação. Neste caso, a empresa reembolsa com, no máximo, dois salários míni­mos as despesas com instituições ou profissionais habilitados em reabilitação física ou mental, ex­tensivo a dependentes. Aí estão incluídos os gas-

A Colônia de Férias - que é um dos projetos de interesse comunitário apoiado pelo Servi­ço Social - começou em 1978, por iniciativa

da assistente social Dorá Americano de Vasconce­los, do então Departamento de Bem-Estar Social.

A proposta inicial, segundo ela, era de oferecer opções de lazer para os filhos de funcionários e também proporcionar às mães a tranqüilidade de saber que as crianças ficariam em um lugar onde se­riam bem cuidadas.

"A Colônia, além de tudo, é motivo de congraça­mento entre os funcionários", afirma Dorá, garan­tindo que as crianças sempre têm interesse em re­tornar no ano seguinte, mesmo as maiores. "Na­quele tempo o limite máximo era de 11 anos -atualmente é 14 -,mas quando elas atingiam esta idade não queriam deixar de ir e participar das ativi­dades." Ela acrescenta que as equipes responsáveis pela parte técnica sempre foram de alto nível. "O primeiro coordenador que cuidava dessa parte, in­clusive, foi o juiz de futebol José Roberto Wright. "

Ao longo dos anos o interesse em participar da Colônia aumentou mais ainda. Logo que as ins­crições abrem, em dezembro, a procura é intensa. De acordo com a subgerente de Benefícios, Amne­ris Pace, de 100 a 120 colonins, como são chama­das as crianças, são inscritos e passam por um exa­me médico admissional.

Na Colônia, a "petizada" tem oportunidade de li­berar a criatividade em atividades artísticas como cerâmica, pintura e colagens; praticar esportes (fu­tebol, corrida, vôlei e natação, inclusive com com­petições valendo medalhas); desenvolver talentos

Colônia: onde se aprende

brincando artísticos, cantando e representando; e, este ano, teve direito a sorteio, com o apoio da Coordenado­ria de Comunicação Social.

Neste ano, além das atividades na Colônia, em Lucas, as crianças visitaram o Museu do Trem e o Forte de São João, que fica localizado no bairro ca­rioca da Urca. Vi/ma Santos Ribeiro, chefe do setor de Atendimento ao Funcionário, da Gerência de Suporte Administrativo (GESAD), de Lucas, que desenvolve e executa o projeto, explica que esta temporada contou com uma grata novidade. "Por iniciativa do subgerente de Serviços Odontológicos, José Castedo, os colonins tiveram atendimento odontológico básico, com aplicação de flúor, trata­mento de cárie e até extração de dentes de leite."

Na parte artística, sob a coordenação do profes­sor Paulo Cesar Quintanil/a e sua equipe, as crian­ças apresentaram na cerimônia de encerramento o enredo "Carnaval através dos tempos". Cantaram velhos sucessos carnavalescos como "O teu cabelo não nega", "Dorinha, meu amor", com fantasias re­lativas às músicas apresentadas, e no final "Cidade Maravilhosa". Ano que vem tem mais.

Este ano, no encerramento,

as crianças fizeram a festa como enredo

"Carnaval através

dos tempos".

reitos na área assistencial, orientando e aconse­lhando. Isso é o que chamamos de atendimento personalizado."

Nas unidades que ainda não contam com um setor de Serviço Social, o atendimento tem sido feito por funcionários da área administrativa, que estão instruídos somente para preencher os for­mulários de requisição.

Além dos benefícios, é parte integrante da área assistencial o apoio às promoções desenvolvidas pelos funcionários, tais como o Coral e o Grupo de Teatro. "Participamos, também, de projetos de interesse comunitário, como campanhas de doação de sangue e a Colônia de Férias", esclare­ce Aparecida Gorito.

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JORNAL DO IBGE- Fevereiro de 1989 Página 5

Micros modernizam GEDIT e DEGRAF A informática está chegando à Ge­

rência de Editoração. A partir de feve­reiro, microcomputadores entrarão em atividade no GEDIT e no Departamen­to de Produção Gráfica, inaugurando, assim, a automatização do processo de geração dos originais para impressão.

Paulo Sérgio Tafner, chefe do Cen­tro de Documentação e Disseminação de Informações, afirma que o IBGE está implantando micros com o softwa­re "Página Certa", que vai auxiliar a diagramação e a editoração no parque gráfico de Lucas, agilizando, desta for­ma, os trabalhos do GEDIT.

quando houver necessidade de cor­reção bastará alterar, no micro, as li­nhas com os novos valores." O analista informou, ainda, que, com a implan­tação deste projeto, o Censo Agrope­cuário de 1985, cuja composição de originais para a impressão das publi­cações será totalmente automatizada, será o primeiro a ser beneficiado. Neste sistema, o parque central de equipa­mentos de Mangueira estará integrado à fotocompositora, em Lucas.

Há outro software que, segundo o diretor José Bevilaqua, "foi feito para substituir a máquina de escrever" Trata-se do "Carta Certa", que funcio­na de modo semelhante e integrado ao

" outro programa e poderá ser aplicado 8 em ensaios e estudos dos técnicos do ~ IBGE.

- No processo atual, os originais de qualquer publicação são remetidos para o GEDIT, onde passam pela diagra­mação (disposição do texto nas pági­nas), editaria (revisão e conferência) e editoração (definição do número de páginas, revisão das capas) - explica Paulo Tafner. E acrescenta que, após esta fase, os originais passam pela foto­composição e fotoprocessamento, on-

Técnicos do GEDIT aprendem a usar o novo equipamento. Paulo Tafner avisa que, após uma fa­

se de testes, a primeira obra a ser edita­da pelo novo processo será o catálogo Produtos e Serviços do IBGE, que está sendo produzido pelo CDDI.

Talner:"Aur.nento na capacidade de

editoração".

de serão gravados em filme que vai ge­rar uma capa em relevo, pronta para a impressora. "Com o 'Página Certa' ul­trapassamos as fases de fotocompo­sição e fotoprocessamento, economi­zando tempo e dinheiro."

De acordo com o chefe do CDDI, a automatização do GEDIT vai propor­cionar um aumento na capacidade de editoração, que está sobrecarregada. "A geração de originais pelas diversas áreas técnicas do IBGE é bastante gran­de, assim como a capacidade de im­pressão - 30.000 cópias por ho­ra/máquina. Existe um gargalo na par­te de editaria, que é natural, pois se tra-

~ ta de um serviço quase artesanal, exi­·s gindo muitos cuidados." !!' ..:: E se no GEDIT há essa sobrecarga -

atinge também a parte do DEGRAF, responsável pela fotocomposição - a atividade eminentemente de impressão

acaba ficando ociosa, uma vez que é feita em escala industrial.

Nesse projeto de informatização da fotocomposição, o CDDI conta com a participação da Diretoria de Informáti­ca, que está tornando viável, do ponto de vista técnico, essa automatização . O diretor da DI, José Sant'Anna Bevila­qua, conta que, após a definição e via­bilização do projeto, se partiu para a aquisição dos equipamentos. "Atual­mente estamos treinando o pessoal do GEDIT na utilização dos micros e fazen­do as necessárias adaptações para o novo processo de fotocomposição. "·

Antonio Julio Botelho, analista da DI e responsável pela parte de informática ~ do projeto, assegura que algumas pu- ·~ blicações, como as tabelas de indicado- ..:: res, serão extremamente beneficiadas com o novo processo. "Além de me­lhorias na apresentação e paginação,

Bevllaqua: "Carta Certa substitui

r.náquina de escrever".

O IBGE ao alcance de todos O Centro de Documentação e Disseminação de Infor­

mações está editando o catálogo Produtos e Serviços do IBGE, que tem a finalidade de apresentar para os usuários, de forma organizada, toda a produção técnica da Instituição:

- Esta idéia surgiu a partir da nossa participação em feiras e congressos e dos contatos com usuários, onde sentimos a necessidade de oferecer uma fonte de consulta com todos os produtos e serviços do IBGE - explica Paulo Cesar de Souza, chefe-adjunto do CDDI e coorde­nador do projeto.

Segundo ele, as pessoas que precisam das informações que o IBGE elabora percorrem um caminho muito longo e, em muitos casos, desnecessário. "O usuário será o pri­meiro beneficiado com a edição deste catálogo. Nele constará, além do dado que a Instituição produz, a ma­neira como foi produzido, onde está e como pode ser conseguido."

Paulo Cesar acrescenta que a área técnica do IBGE também será beneficiada, pois terá, agora, uma visão glo­bal de todos os trabalhos aqui realizados, e poderá pro­porcionar isso à comunidade acadêmica e a outros órgãos de pesquisa.

Ângelo Pavan, chefe do Núcleo de Documentação e Informação da Diretoria de Geociências, acha ótima a idéia do catálogo, inclusive por isso. "Só para dar um exemplo, a área de cartografia das Centrais Elétricas de Furnas estava utilizando as cartas do IBGE sem saber que eram produzidas aqui. E nós, ao mesmo tempo, desco­nhecíamos vários trabalhos que eles desenvolvem lá e que tínhamos interesse em conhecer."

Maria Helena e Paulo Cesar: "O catálogo é uma fonte de consulta com todos os produtos e serviços do IBGE".

A chefe do Núcleo de Documentação da Diretoria de Pesquisas, Eva Doris Rosental, ajuda a engrossar as filei­ras do coro dos contentes com o catálogo: "É mais um importante veículo para disseminar nossas pesquisas".

A DPE. em outubro de 1988, elaborou um trabalho que contribuiu para subsidiar o próprio catálogo, que foi o texto "Principais Características das Pesquisas Econômi­cas, Sociais e Demográficas - DPE/ IBGE". Abrangendo as principais pesquisas da DPE, o trabalho descreve as va­riáveis investigadas, periodicidade, metodologia e forma de divulgação. "Esgotamos a primeira edição rapidamen­te. Até a Ministra Dorothéa Werneck telefonou pedindo mais exemplares", revela Eva Doris.

Comissão elaboradora

O chefe-adjunto do CDDI salienta que o texto final do Produtos e Serviços do IBGE será submetido à avaliação dessas áreas técnicas que produzem as informações para posterior divulgação. "Esse catálogo é mais uma forma que o CDDI encontrou para melhor disseminar os traba­lhos do IBGE."

E por isso foi constituída uma comissão multidisciplinar formada por técnicos da área de Documentação e Disse­minação para a elaboração do catálogo. Maria Helena Palmer, do Núcleo de Metodologia do CDDI e participan­te dessa comissão elaboradora, observa que há uma certa dificuldade nos próprios departamentos técnicos em iden­tificar os produtos e serviços que produzem e têm a ofere­cer. "Esta dificuldade , inclusive, é nossa também porque no IBGE não se acostumou ainda a trabalhar em função do produto que gera."

Mas, e os usuários? O que eles têm a dizer sobre o catálogo? O diretor do Banco de Dados da Fundação Joaquim Nabuco, em Recife, Delano Lins, acredita que será muito útil. "Vai evitar, por exemplo, que se perca tempo no terminal procurando pela informação." Dela­no, que tem utilizado somente a Rede Pública de Comu­nicação de Dados por Comutação de Pacote (RENPAC) , afirma que agora conhecerá outras vias de acesso aos da­dos, como publicações, pronta-entrega e microformas.

Outro usuário que freqüentemente procura por infor­mações demográficas e geográficas, além de dados sobre municípios, é Henri Kobata, diretor de Redação do Guia 4 Rodas, da Editora Abril. "A gente só tem que aplaudir a idéia. O catálogo vai democratizar a informação, benefi­ciando cientistas, estudantes e o público em geral."

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IBGE lança edição comemorativa

Em comemoração ao cinqüentenário da Revis­ta Brasileira de Geografia (RBG), o IBGE está lançando uma edição especial em dois tomos. O primeiro, intitulado Clássicos da Geografia, traz cinco artigos, considerados como marcos no pen­samento geográfico, que foram publicados nos primeiros números da revista. O Conselho Edito­rial da RBG tomou esta decisão levando em con­ta, também, a grande solicitação que existe des­ses artigos por parte dos usuários.

Mas esta edição é sobretudo uma homenagem aos "mestres" da geografia, como definem os técnicos do DEGEO. O francês Francis Ruellen e o alemão Leo Walbel, que tiveram grande conta­to com a primeira geração de geógrafos do IBGE na década de 50, orientando-os nas pesquisas de campo, apresentam os artigos Evolução Geomor­fo/6gica da Baía de Guanabara e das Regiões Vi­zinhas e Princfpios da Colonização Européia no Sul do Brasil.

O único estudioso brasileiro desta coletânea, Fábio de Macedo Soares Guimarães, foi o conso­lidador das pesquisas geográficas no Brasil na década de 40 e elaborou a primeira Divisão Re­gional do Brasil, transcrita neste volume.

Além desses, estão presentes os pesquisadores Emmanuel de Martonne, com o artigo Problemas Morfológicos do Brasil Tropical Atl3ntico, e Pier-

re Deffontaines, com Geografia Humana do Bra­sil, publicado no primeiro número da RBG, em 1939.

O segundo tomo, Reflexões sobre a Geogra­fia, apresenta artigos de personalidades atuantes no cenário da geografia contemporânea. Trata-se de autores que, através de seus trabalhos, realiza­ram grandes avanços nessa área e sempre contri­buíram com artigos para a Revista Brasileira de Geografia.

Constam deste volume depoimentos de expe­riências pessoais de Pedro Pinchas Geiger (IBGE), relatos de trabalhos sobre planejamento de Speridião Faissol (IBGE) e sobre ecologia, de Aziz Nacib Ab'Saber (USP). E, ainda, uma proposta de definição da geografia como ciência política, de Bertha K. Becker (UFRJ) e considerações fi­los6ficas sobre a geografia atual, de Carlos Au­gusto de Figueiredo (IBGE) .

Esta edição já está à disposição do público nas bibliotecas e livrarias do IBGE em todo o país.

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A PAIXÃO DAS MULHERES Sébastien Japrisot

316 páginas Editora Nova Fronteira

Numa praia deserta, no fim de uma bela tarde de verão, um ra­paz tomba na areia, ferido mortal­mente por um tiro de espingarda no peito. Oito mulheres que o amaram e foram por ele abando­nadas explicam por que o mata­ram. Cada uma delas conta uma história e o chama por um nome diferente. O mistério só se escla­rece nas últimas linhas desse ex­celente romance de suspense.

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r ........................................................................................................................................................................................................................................................................................ i ' ' ' '

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Qual é o nome do livro mais famoso de Guimarães Rosa, cuja história fala das andanças de Riobaldo e Diadorim, e que foi exibi-do em forma de minissérie na televisão há um tempo atrás? ( I A Hora da Estrela ( I O Cobrador ( I Grande Sertão: Veredas ( ) Quarup

Nome .............................................................................. . Lotação ........................................................................... . Telefone/Ramal .................................................................. . Cidade ................................. Estado ............................... ..

----------·--------------·----------... -- ... ·---------------------------·--------------------·---------------

JORNAL DO IBGE- Fevereiro de 1989

Novas gerências em Lucas e Mangueira

Dentro do processo de descentrali­zação da Administração Central, o Pre­sidente Charles Mueller extinguiu, no início do ano, as Unidades Locais de Administração de Mangueira e de Lu­cas- UNIMA e UNILU, que eram su­bordinadas à Superintendência de Re­cursos Financeiros, Patrimoniais e Ma­teriais - SPF.

Na mesma data, em Mangueira, os Grupos Executivos de Administração (GEA) das Diretorias de Pesquisas e de Informática passaram a denominar-se Gerências de Suporte Administrativo (DPE/GESAD e DI/GESAD). Essas gerências, que são diretamente subor­dinadas à DPE e à DI, têm supervisão técnico-normativa das Superintendên­cias de Recursos Humanos (SRH) e de Recursos Financeiros, Patrimoniais e de Materiais (SPF).

Em Parada de Lucas foram criados a Gerência de Suporte Administrativo da

Diretoria de Geociências (DGC/GESAD) e o Setor de Suporte Administra­tivo do Departamento de Produção Gráfica (DEGRAF), do Centro de Do­cumentação e Disseminação de Infor­mações, que também recebem super­visão técnico-normativa da SRH e SPF.

Essas gerências passam a executar as atividades administrativas de recur­sos humanos e materiais para atender aos empregados lotados nas Unidades de Mangueira e Parada de Lucas. Ca­be, também, aos GESAD a conser­vação dos imóveis, dos bens móveis, do sistema de refrigeração, dos serviços das redes elétrica, telefônica e hidráuli­ca, e, ainda, a vigilância, a segurança, os serviços de limpeza e a adminis­tração dos restaurantes.

O Setor de Suporte Administrativo do DEGRAF, em Lucas, é responsável pelas atividades relativas à manutenção predial, compras, vigilância e limpeza.

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JORNAL DO IBGE- Fevereiro de 1989 Página 7

Festa no mar Em Salvador, soam ata baques e ogãs em home­

nagem a Iemanjá. É 2 de fevereiro, dia de festa no mar. Na enseada de Santana, no bairro do Rio Ver­melho, o movimento começa cedo com as filhas­de-santo cantando para a "Mãe Sereia", reunindo os balaios de presentes que serão levados para o mar.

multidão se espalha pela praia entoando cânticos em línguas africanas, os barcos se fazem ao mar, le­vando os presentes para fora da barra.

A festa, que faz parte do calendário oficial baia­no, movimenta milhares de pessoas, entre autorida­des, adeptos da umbanda e do candomblé e até ar­tistas. Caetano, Gil e Bethânia, por exemplo, não perdem uma.

O culto a Iemanjá, como não podia deixar de ser, foi trazido pelos escravos africanos, lá pelos meados do Século XVII. Segundo a mitologia iorubana, Olorum - o deus supremo - criou o Céu (Oba­talá) e a Terra (Odotoá), que geraram lemanjá e Aganju. Da união da deusa das águas com seu irmão nasceu Orungã, que, depois de crescido se apaixonou perdidamente pela mãe, sendo por ela rejeitado. Ele tentou violentá-la e Iemanjá, fugindo em desespero, despedaçou o corpo gerando os rios, oceanos e todos os orixás - deuses que regem a natureza e os homens.

Desde cedo os balaios são preparados com os presentes para a Rainha das Águas.

- Já tive a oportunidade de contar mais de cem barcos vindos só lá da Bahia de Todos os Santos para participar da festa - assegura Linda Conde, coordenadora da biblioteca da Empresa de Turismo da Bahia. Ela conta que, segundo a lenda, se os presentes voltarem para a praia é porque foram re­cusados pela santa. "E aí teremos um ano ruim, com muitos desastres. Mas, se não voltarem, é sinal que foram aceitos e aí é uma festa como só o baiano sabe fazer."

Ofenísia Alves Dantas, do Setor de Divulgação da Unidade Regional da Bahia, conta que Iemanjá gosta de rosas vermelhas e que as pessoas ricas de Salvador são as que levam os melhores presentes. "Elas dão jóias e até dinheiro." De acordo com Ofe­nísia, os pedidos para a Sereia vão de emprego à casa própria, sem esquecer os pedidos de casamen­to e até mesmo de separação.

pela mãe transcende fronteiras e só Freud mesmo para explicar.

O leitor já deve ter percebido a semelhança com o mito grego de Édipo e Jocasta. A atração do filho

Iemanjá é a mais prestigiada de todos os orixás femininos. Ela é cultuada, também, sob o riome de Janaína, Oloxum, Aiocá e sob as formas mais co­nhecidas de Sereia e Rainha do Mar. Está aí Dorival Caymmi que não nos deixa mentir. No dia 2 de fe­vereiro, como diz na música do "bom baiano", os devotos da deusa vão para a enseada de Santana, levando os cestos com os presentes que agradam a ela: perfumes, rendas, leques, espelhos, pentes e outros apetrechos de mulher vaidosa. Enquanto a

Celeste Moreira, também da Unidade baiana, afirma que os pais-de-santo mais importantes de to­da a Bahia vão à festa, que vai pela madrugada adentro com trios elétricos e blocos de afoxé. "É emocionante. Nós aqui da Delegacia não deixamos de comparecer a uma sequer."

PELO BRASIL AFORA

-- Região Norte A Unidade Regional de Roraima

aguarda a instalação de um terminal de computador para poder implantar o Sistema Integrado de Administração Fi­nanceira - SIAFI.

*** O Setor de Base Operacional do Amazonas, implantado com a reforma administrativa, já está quase todo equi­pado tecnicamente e conta com uma equipe cheia de disposição e pronta pa­ra trabalhar.

* ** No Amapá, a Unidade Regional apresentou ·ao governo do estado su­gestões que visam à viabilização car­tográfica dos Municípios de Santana, Ferreira Gomes, Laranjal do Jari e Tar­tarugalzinha. Essas sugestões, elabora­das pelo Departamento de Cartografia, têm por objetivo efetuar ajustes nos li­mites intermunicipais, para evitar futu­ros problemas políticos e administrati­vos para as prefeituras.

-Região Nordeste Reuniram-se em Salvador, nos dias

27 e 28 de dezembro, todos os chefes das Agências de Coleta da Bahia para discutir os projetos de pequisas para 89 e realizar os trabalhos preliminares do Censo 90. Na ocasi~o , falou-se , também, sobre o processo de avaliação de desempenho e da importância do Censo dos Servidores (Nosso Censo). O Setor de Documentação e Dissemi­nação de Informações chamou a atenção dos participantes do encontro para a disseminação dos produtos e

serviços do IBGE. Aproveitaram a oportunidade para lançar a campanha de assinaturas de Indicadores IBGE, RBG e RBE para o interior do estado.

1:). 1:). 1:).

A Unidade Regionai do Ceará pro­moveu, em janeiro, um curso de Capa­citação Didática Para Instrutores de Treinamento, ministrado por Selma M. de Oliveira, professora da Universi­dade Estadual do Ceará. Participaram do curso 25 funcionários das áreas técnica e administrativa.

* ** O titular da Unidade Regional de Pernambuco, Eribaldo Portela, em en­contro com o reitor da Universidade Fe­deral de Pernambuco, falou sobre a possibilidade de um convênio entre as duas entidades. Isto visa, principalmen­te, à troca de conhecimentos e expe­riências na área da estatística meto­dológica, além de treinamento de fun­cionários daquela unidade.

A UR/ PE também está se preparando para a instalação do Centro de Processa­mento de Dados - CPD. Para isso , já li­beraram o primeiro andar do prédio, transferindo a biblioteca e a livraria para o quarto andar. Quem mais ganhou com a mudança foram os funcionários desses setores e o público, que está sendo aten­dido em melhores instalações.

- Região Centro-Oeste -O Grupo de Coordenação de

Estatísticas Agropecuárias de Goiás (GCEA/ GO) reuniu-se, em dezembro, na Unidade Regional, com represen­tantes de várias entidades, entre elas Em ater, Federação Agrícola e Secreta-

ria da Fazenda. O objetivo do encontro foi discutir os dados da safra agrícola 87/88 e analisar os prognósticos para a safra 88/ 89, já com o desmembramen­to do Estado do Tocantins. Na ocasião foi também estabelecido o calendário de reuniões mensais do GCEA para es­te ano.

-- Região Sudeste A Unidade Regional do Rio de Janei­

ro está em grande ritmo . No final do ano, promoveu cursos técnicos de re­dação, comunicação escrita, contabili­dade pública e legislação previdenciária para os seus funcionários . Este mês estão sendo instalados na UR dois mi­crocomputadores acoplados a impres­soras, que agilizarão os trabalhos. A Unidade receberá, também, um termi­nal de computador para a implantação, em breve, do Sistema Integrado de Ad­ministração Financeira - SIAFI.

* ** Em São Paulo, a Unidade Regional se prepara para o X Recenseamento Geral de 1990. Em dezembro, foi reali­zado em duas etapas o treinamento re­gionalizado e descentralizado da Base Operacional. Além dos técnicos da Ba­se, participaram do treinamento os che­fes das Agências do interior e da capital. A etapa que despertou maior interesse foi desenvolvida em Arujá, a 32 quilômetros de São Paulo, onde per­correram dois setores demográficos, atualizando as alterações ocorridas nos últimos cinco anos.

Finalmente, de posse de bússolas e formulários explicativos, a equipe ela­borou um croqui da área, com infor­mações indicando os principais meios de transporte e de comunicação .

-- Região Sul Foi realizado, em dezembro, na Unida­

de Regional do Paraná, o Treinamento Descentralizado do Censo 90 - Base Operacional, que contou com a partici­pação de 37% dos servidores das Agên­cias do estado. Tambémemdezembrofoi realizado o Treinamento do Sistema Inte­grado de Administração Financeira -SIAFI, ministrado por técnicos do Tesou­ro Nacional. Participaram funcionários das áreas orçamentárias, financeiras e contábeis das URde Santa Catarina, Es­pírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná, além dos DRG de Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Outra novidade da UR/ PR é a aqui­sição de dois microcomputadores, que serão instalados nas Subgerências de Re­cursos Humanos e de Recursos Mate­riais.

Equipe de Apoio nas Unidades Regio­nais: Dante Chaves - RJ; Claudionora de Paiva - AC; Alcemir de Carvalho - AM; José Jirino de Santana - AL; Djalma de Almeida - AP; Celeste Mo­reira - BA; Roberto Aragão - CE; Claro de Marcelo - DF; Sebastião de Matos - GO; João Monteiro Filho -. MA ; Tereza Nogueira - MT; Benedito Azamor Filho - MS; Cid Antônio Fon­seca - MG; Jackson Silva - ES ; Cláudia Hortides - PA; Afonso Biali - PR; Hélio Caldas - PB; Vicente da Silva - PE; Pedro de Oliveira - PI; Maria Ednaide de Oliveira - RN; Jair ou Rose - RS; Maria do Socorro Cos­ta - RO; José Monteiro da Silva -RR; Vera Lúcia de Souza - SC; Gui­lherme Bittencourt e Maria da Paz Al­buquerque- SP; e Ruy Régis - SE.

Acorde para os problemas do deficiente

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Na luta por

um mundo melhor

Teresa: "É importante criar um órgão oficial para defender os direitos dos deficientes".

Esse resultado demonstra o esforço que uma parcela expressiva da população vem fazendo para se integrar à sociedade, apesar das dificuldades existentes no país. Segun­do estimativas da ONU, cerca de 14 milhões de brasileiros (10% da população) são portadores de deficiência física, mental ou sensorial. Estatísticas brasileiras, não ofi­ciais, indicam que apenas 3% desse total vêm recebendo atendimento.

Para reverter esse quadro o Governo criou, em 1986, a Coordenadoria para Inte­gração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde. Cabe a esse órgão o planejamen­to e a coordenação das ações governamen­tais direcionadas aos deficientes, com o ob­jetivo de ampliar as atividades de pre­venção, atendimento e de obter sua efetiva integração social.

Conscientizar e prevenir

A conscientização da população é o obje­tivo principal da Corde, como explica Tere­sa Costa d'Amaral, chefe da coordenadoria:

- Essa conscientização é entendida tan­to no sentido amplo de campanhas de es­clarecimento, como, também, no seu senti­do restrito de se discutir os problemas do deficiente. Fizemos uma campanha publi­citária, no ano passado, com o objetivo de despertar a população para os diretos dos deficientes. Quero dizer, direito ao trabalho, ao atendimento médico, à educação e ao lazer. Precisamos dar condições de vida ao deficiente, como ocorre na maioria dos paí­ses desenvolvidos . Com este objetivo, esta­mos procurando conscientizar os novos pre­feitos para que eles incluam em suas pautas de trabalho o problema dos deficientes.

Nesse sentido a coordenadoria também vem apoiando financeiramente congressos, seminários e debates em geral sobre os pro­blemas dos deficientes. Até o público infanto-juvenil será atingido por esses pro­gramas de informação. ACorde está patro­cinando um folheto, com texto e ilustração do Ziraldo, que será distribuído também nas escolas públicas e particulares.

A Corde também está trabalhando com o Instituto Estadual de Endocrinologia para o desenvolvimento de nova tecnologia para testes de hipotiroidismo congênito, que leva a uma deficiência mental grave . Segundo Teresa, é possível que ainda este ano os tes­tes já possam ser feitos nas maternidades.

Quanto à prevenção da cegueira, em ai· guns estados já existe um programa bem ar· ticulado. Em Minas Gerais, Piauí, Rio Gran­de do Norte e do Sul microônibus transfor­mados em consultórios ambulantes percor­rerão as cidades do interior, examinando a população carente, principalmente as crian­ças. Além de receitar óculos e encaminhar os casos de cirurgia para a capital dos .esta­dos, a equipe médica fará palestras, esclare­cendo a população no sentido de evitar maiores problemas visuais.

Atendimento melhor

Esta é a área em que há maior pressão social e onde a Corde apóia o maior núme­ro de projetos. Atualmente, a coordenado­ria está incentivando novas metodologias na área de atendimento ao deficiente visual. Foi lançada recentemente a impressora em braille para computador - ltabraille -, da Racimec, que tem condições de produzir maior número de tex­tos em um espaço de tempo menor . Isto faci­lita, por exemplo, a im­pressão de livros esco­lares. Anteriormente, os alunos deficientes de todo o país que dese­jassem ter seu material escolar em braille preci­savam encomendar a uma das três impresso­ras: Fundação para o Livro do Cego do Bra­sil, em São Paulo, Fun­dação Hilton Rocha, em Belo Horizonte, ou o Instituto Benjamin Constant, no Rio. Ho­je, é possível obter esse material em vários esta­dos . No Pará, por exemplo, a Secretaria de Educação já está adaptando todo o ma­terial escolar para os deficientes visuais.

Atendendo à solici­tação da comunidade de deficientes auditi­vos, a Corde apoiou o

JORNAL DO IBGE- Fevereiro de 1989

Poucas pessoas sabem que, no ano passado, em Seul, além da medalha conquistada pelo judoca Aurélio Miguel, o Brasil foi deten­tor de mais quatro de ouro e bateu dois recordes mundiais - arre­messo de peso e de dardos. É que, em outubro, 56 atletas disputa­ram, em 19 modalidades, com equipes de 65 países, os VIII Jo­gos Paraolímpicos, ou seja, as olimpíadas das pessoas portado­ras de deficiências. A delegação

~ brasileira ganhou, ainda, nove me­u

1, ~ dalhas de prata e 14 de bronze em ts natação, atletismo e judô.

sua!" . Jornalistas da Funtevê, dirigidos por Luiz Carlos Bittencourt, produziram um in­formativo de dez minutos, que é veiculado diariamente às 21 :30 horas e aos domin­gos, às 19 horas. Além da linguagem dos si­nais, o jornal apresenta legendas.

Já os deficientes físicos tiveram dois gran­des projetos aprovados pela Corde: a lagar­ta e o elevador de ônibus. O primeiro é uma fita de borracha, onde as cadeiras de rodas são colocadas para subir ou descer escadas, contando com o auxílio' de um motor e uma barra instalada em sua parte lateral. A Or­tobrás criou essa "lagarta" depois do suces­so da versão americana colocada no Memo­rial Tancredo Neves, em Brasília. Esse siste­ma pode ser instalado sem qualquer modifi­cação na arquitetura do prédio.

Os ônibus adaptados com equipamentos especiais para facilitar o embarque e desem­barque de passageiros com cadeiras de ro­das começaram a circular no Rio de .:Janeiro e em Curitiba no final do ano passado. Os novos veículos foram fabricados pela Mar­copolo (carroceria) e Ortobrás (parte adap­tada). Os passageiros com cadeiras de rodas devem utilizar a escada traseira , cujos de­graus de elevação hidráulica transformam­se em uma plataforma de piso antiderrapan­te . Existem barras instaladas ao alcance das mãos, para que o usuário possa apoiar-se

Allf~""' Corde durante a operação, sem auxílio de nin­guém . Dentro do ôni­bus as cadeiras são en­caixadas pelos próprios donos em dispositivos de ferro nas paredes, para impedir que se movimentem durante a viagem. Cada veículo pode transportar até três cadeiras. No Rio já estão circulando seis li­nhas de ônibus, em di­versos horários , que vão de Campo Grande ao Leblon . Para identificá-los existe um adesivo fixado na late­ral.

Mercado de trabalho

Acreditando que o grande problema dos deficientes com relação ao ingresso no merca­do de trabalho seja a sua formação profissio­nal, Teresa fala sobre a posição da Corde a es­se respeito :

em relação a essa questão. Num país como o nosso, com grande índice de desempre­go, existe uma enorme competição no mer­cado de trabalho. Por isso vamos tentar pro­fissionalizar os deficientes para que eles te­nham mais chances de competir. Nesse sen­tido, propusemos ao SENAC um convênio, em nível nacional, para que incluíssem os deficientes em seus cursos regulares. Isto já está praticamente acertado em sete estados e acredito que ainda no início de 89 possa­mos concretizar esse convênio.

A coordenadora lemora que existe na no­va Constituição um artigo dizendo que uma parcela dos cargos públicos deverá ser preenchida por deficientes. É preciso; no entanto, regulamentar qual será ésse per­centual. A Corde sugere que seja de 10%, o que corresponde à percentagem de defi­cientes no país.

Muitas empresas, entretanto , já têm defi­cientes em seus quadros de pessoal, princi­palmente na área de informática. No caso do IBGE, cinco deficientes visuais traba­lham na Diretoria de Informática , sendo que quatro atuam na Gerência de Desenvolvi­mento de Sistemas e um na área de softwa­re de apoio . Luís Carlos do Amaral Braga, analista de sistemas, é o mais antigo dos cin­co e fala sobre o seu trabalho :

- Nós usamos no momento um equipa­mento adaptado da IBM. que nos permite obter uma listagem em braille . Mas estamos aguardando que o IBGE efetue a compra da impressora ltabraille, da Racimec . Essa máquina poderá ser acoplada ao microcom­putador e vai facilitar e agilizar o nosso tra­balho.

Mas só inserção no mercado de trabalho não é suficiente, como lembra Amaral. "É preciso haver respeito ao profissional, seja ele deficiente ou não. Não podemos permi­tir que haja discriminação, pagando, por exemplo, salários mais baixos. Nesse ponto a Constituição nos defende" , diz ele.

Foi pensando nesse tipo de discriminação que a Corde enviou ao Congresso um pro­jeto para a defesa dos direitos do cidadão deficiente, como explica Teresa : As crianças são o principal alvo nas cam­

panhas de prevenção. Estudos recentes mostram que 60% dos casos de deficiência visual e 40% dos casos graves de deficiên­cia mental poderiam ser evitados através de ações preventivas, por meio de programas de informação. Teresa chama atenção para a importância das campanhas de vacinação contra a pólio e lamenta que a vacinação contra a rubéola, que é importada, seja acessível a uma faixa muito pequena da po­pulação . "Se a vacina fosse aplicada a um número mais abrangente de mulheres, por exemplo, poderíamos evitar muitos casos de bebês com deficiência mental", ressalta a coordenadora.

projeto de um telejor- Órubus especiais já estão circulando no nal - "O Jornal Vi- Rio e em Curitiba.

- Nós adotamos uma postura inovadora

- É importante frisar gue esses direitos são de interesse coletivo. E preciso que haja uma instituição para defendê-los, como acontece com o consumidor. Queremos que haja uma abertura legal, tornando cri­me a recusa de atendimento médico, de va­ga na escola ou no trabalho, por se tratar de pessoa deficiente. Nesse sentido, sugerimos ao Congresso que seja atribuído a um mi­nistério público a defesa dos direitos coleti­vos do deficiente . E enquanto aguardamos um desfecho vamos apoiando os novos projetos que surgem para facilitar o dia-a­dia dos deficientes, seja na área de saúde , educação, trabalho ou lazer. O importante é integrá-los à sociedade.