ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM EMPREENDIMENTO DE RECONSTRUÇÃO PÓS-DESASTRE EM SISTEMA DE MUTIRÃO: CASO DE ESTUDO DO PROJETO SOLUÇÃO HABITACIONAL SIMPLES. CAIO CESAR DA CONCEIÇÃO MAIA 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM

EMPREENDIMENTO DE RECONSTRUÇÃO PÓS-DESASTRE EM SISTEMA DE

MUTIRÃO: CASO DE ESTUDO DO PROJETO SOLUÇÃO HABITACIONAL

SIMPLES.

CAIO CESAR DA CONCEIÇÃO MAIA

2019

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ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM

EMPREENDIMENTO DE RECONSTRUÇÃO PÓS-DESASTRE EM SISTEMA DE

MUTIRÃO: CASO DE ESTUDO DO PROJETO SOLUÇÃO HABITACIONAL

SIMPLES.

CAIO CESAR DA CONCEIÇÃO MAIA

Projeto de Graduação apresentado ao curso de

Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal

do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à

obtenção do título de Engenheiro.

Orientador: Prof. Leandro Torres Di Gregorio

Co-orientadora: Prof.ª: Cláudia do Rosário Vaz Morgado

RIO DE JANEIRO

Março de 2019

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ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM

EMPREENDIMENTO DE RECONSTRUÇÃO PÓS-DESASTRE EM SISTEMA DE

MUTIRÃO: CASO DE ESTUDO DO PROJETO SOLUÇÃO HABITACIONAL

SIMPLES.

CAIO CESAR DA CONCEIÇÃO MAIA

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE

ENGENHEIRO CIVIL.

Examinado por:

____________________________________________________

Prof. Leandro Torres Di Gregorio, D.Sc

____________________________________________________

Prof. Cláudia do Rosário Vaz Morgado, D.Sc

____________________________________________________

Prof Lais Amaral Alves, M.Sc.

____________________________________________________

Prof Victor Paulo Peçanha Esteves

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

MARÇO DE 2019

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Maia, Caio Cesar da Conceição

Análise De Aspectos De Segurança Do Trabalho Em

Empreendimento De Reconstrução Pós-Desastre Em Sistema De

Mutirão: Caso De Estudo Do Projeto Solução Habitacional Simples. /

Caio Cesar da Conceição Maia – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola

Politécnica, 2019.

xii, 123 p.:il.; 29,7 cm.

Orientador: Leandro Torres Di Gregorio

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia Civil, 2019.

Referências Bibliográficas: p. 81-85

1. Introdução 2. Projeto de extensão Solução

Habitacional Simples, Sistema de Mutirão e Sistema de Gestão

da Saúde e Segurança Ocupacional. 3. Segurança do Trabalho 4.

Resultados e Discussões 5. Considerações Finais

I. Gregorio, Leandro Torres; II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de

Engenharia Civil. III. Título

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“Não tente se tornar uma pessoa de sucesso, prefira se tornar uma pessoa de valor.” -

Albert Einstein

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AGRADECIMENTOS

Meu eterno agradecimento aos meus pais, Júlio Maia e Valéria Curty, por sempre

me apoiarem incondicionalmente em todas as jornadas nas quais eu sonhei embarcar. Por

terem buscado de maneira árdua todas as condições necessárias para que eu pudesse cursar

a minha faculdade, para que eu pudesse me preocupar somente com meus estudos. Agradecê-

los por serem sempre os meus exemplos de cidadania, honestidade e força. Em especial, por

me tranquilizarem e me acalmarem quando os caminhos pareciam se perder.

Agradeço a todos os meus amigos por estarem comigo nesses anos. Em especial ao

Elias por ter morado durante cinco anos comigo e ter dividido todas as alegrias e tristezas

que passei nesse período. Ao Leonardo e ao Thiago por terem me dado forças, quando não

sabia mais de onde tirá-las. E aos amigos feitos na escola politécnica por terem me

acompanhado em toda essa jornada, em todas as disciplinas, todos os obstáculos, todos os

choros, sempre segurando a mão um do outro, e assim vencemos juntos.

Agradeço ao meu marido, Francisco, por ter me incentivado nesse final de

graduação. Por sempre estar ao meu lado, me apoiando e incentivando, por ter aguentado

comigo esse período de TCC.

Agradeço ao meu Orientador, Leandro Torres, por ter me apresentado e me permitido

trabalhar no projeto SHS. Por me mostrar que é possível fazer engenharia civil e, ao mesmo

tempo, produzir avanços sociais em nossa sociedade. Obrigado por me ensinar de maneira

extraordinária um pouco do que o senhor sabe, por incentivar sempre todos os seus alunos e

nos mostrar que podemos conquistar e fazer o que queremos; por ser um professor que vai

além dos seus colegas, que dialoga com seus alunos, que busca se aperfeiçoar.

E por fim, queria me agradecer por não ter desistido, quando tive a impressão de não

ter mais caminhos, quando a universidade perdeu seu sentido e seu propósito. Por ter me

superado e conquistado esse diploma.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como

parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.

ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM

EMPREENDIMENTO DE RECONSTRUÇÃO PÓS-DESASTRE EM SISTEMA DE

MUTIRÃO: CASO DE ESTUDO DO PROJETO .

Caio Cesar da Conceição Maia

Março de 2019

Orientador: Leandro Torres Di Gregori, D.Sc

Co-orientadora: Cláudia do Rosário Vaz Morgado, D.Sc

O presente trabalho apresenta os conceitos básicos acerca da segurança do trabalho e as

normas brasileiras vigentes. O objetivo é pensar maneiras e cuidados com a saúde física e

mental dos envolvidos no empreendimento, dando uma orientação e guiando os caminhos

que devem seguir os profissionais técnicos que venham a gerir o projeto. O trabalho é

desenvolvido levando-se em conta o sistema de construção por mutirão e suas características

peculiares. Com as devidas limitações acerca das características individuais dos projetos, o

trabalho visa, então, discutir ideias e ferramentas que possibilitem um maior cuidado na

execução dos serviços, preservando, desta forma, a saúde do trabalhador. Para isso, o estudo

elaborou cenários com números distintos de mutirantes para análises de riscos envolvidos.

Palavras-chave: Segurança do Trabalho, Empreendimento Social, Pós Desastre,

Solução Habitacional Simples, Tecnologia Social.

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment

of the requirements for the Engineer degree.

ANALYSIS OF LABOR SAFETY ASPECTS IN A POST-DISASTER

RECONSTRUCTION ENTERPRISE IN JOINT EFFORT SYSTEM: CASE OF STUDY OF

THE SHS PROJECT.

Caio Cesar da Conceição Maia

March 2019

Adviser: Leandro Torres Di Gregorio

This work presents the basic concepts regarding labor safety and the current Brazilian

standards. The goal herein is to deliberate ways and concerns about the physical and mental

health of those involved in the project, providing guidance and leading the paths that the technical

professionals who will manage the project should follow.

The work is developed considering the system of building by joined efforts and its peculiar

characteristics. Taking into account the limitations concerning the individual characteristics of

the projects, this work aims to discuss ideas and tools that allow greater care in the execution of

the work, thus, preserving the worker’s health. For this, the study elaborated scenarios with

different numbers of people to analyze the risks involved.

Keywords: Labor Safety, Social Enterprise, Post Disaster, Simple Housing Solution,

Social Technology.

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SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO 16

1.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 16

1.2 OBJETIVOS 17

1.3 METODOLOGIA 18

1.4 ESTRUTURA 19

2 – Projeto SHS, Sistema de Mutirão e Saúde e Segurança Ocupacional. 20

2.1 - PROJETO 20

2.2 - SISTEMA DE MUTIRÃO 21

2.2.1 - Definição 21

2.2.2 - Histórico 23

2.2.3 - Gestão de Pessoas e Custos. 23

2.3 SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL 24

2.3.1 - Saúde Ocupacional e Séries de Avaliação de Segurança (OHSAS) 24

3- Segurança do Trabalho. 29

3.1 - Desenvolvimento Histórico 29

3.2 - Segurança do trabalho no Brasil Atual. 30

3.3 - SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL DO BRASIL. 33

3.4 - FERRAMENTAS DA SEGURANÇA DO TRABALHO 35

3.4.1 AGENTES DE RISCO 36

3.4.1.1 - Risco Físico 36

3.4.1.2 - Riscos Químicos. 36

3.4.1.3 - Riscos Biológicos. 37

3.4.1.4 - Agentes ergonômicos 37

3.4.1.5 - Riscos de Acidentes 38

3.4.2 MAPA DE RISCO 38

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3.4.3 - ANÁLISE DE RISCO / MATRIZ DE RISCO 39

3.4.4 - CIPA 41

4 – Resultados e Discussões 43

4.1 - Hipóteses 43

4.1.1 PARÂMETROS 44

4.1.2 - CENÁRIO A 45

4.1.3 - CENÁRIO B 45

4.1.4 - CENÁRIO C 46

4.2 - CANTEIRO DE OBRAS 46

4.2.1 - CENÁRIO A 47

4.2.2 - CENÁRIO B 48

4.2.3 - CENÁRIO C 49

4.3 - Plano de Prevenção e Antecipação de Riscos - PPAR 50

4.3.1 - MATRIZ DE RISCO 51

4.3.1.1 - Severidade 52

4.3.1.2 - Probabilidade 54

4.3.1.3 - Risco 55

4.3.2 - CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 56

4.3.3 - MAPA DE RISCO 59

4.3.3.1 - REFEITÓRIO 59

4.3.3.2 - VESTIÁRIO E SANITÁRIO 59

4.3.3.3 - ALMOXARIFÁDO HIDRÁULICA / ELÉTRICA. 60

4.3.3.4 - LABORATÓRIO DE TESTES 60

4.3.3.5 - GUARITA 61

4.3.3.6 - GALPÃO DE ARMAZENAMENTO 61

4.3.3.7 - FÁBRICA 62

4.3.3.8 - ESTOQUE DE CIMENTO, CAL E ARGAMASSA 62

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4.3.3.9 - ESCRITÓRIO 63

4.3.3.10 - ARMAZENAMENTO DE TIJOLOS 63

4.3.3.11 - CENÁRIO A 64

4.3.3.12 - CENÁRIO B 64

4.3.3.13 - CENÁRIO C 65

4.3.4 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI 66

4.3.5 - DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E FUNÇÕES, LOCAIS E RISCOS

ENVOLVIDOS. 69

4.4 - GAMPA 69

4.4.1 - Engajamento do Grupo. 69

4.4.2 - Psicologia na Condução do Empreendimento. 70

4.4.3 - Composição do GAMPA 76

4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77

4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81

5.1 - CONCLUSÕES 81

5.2 ESTUDOS FUTUROS 83

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 83

APÊNDICES 87

Apêndice A - Carpinteiro 87

Apêndice B - Armador 92

Apêndice C - Pedreiro 97

Apêndice D - Almoxarife 101

Apêndice E - Engenheiro / Mestre de Obras / Encarregado. 104

Apêndice F - Ajudante 108

Apêndice G - Eletricista 113

Apêndice H - Telhadista 117

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Apêndice I - Encanador 121

ANEXOS 126

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

- FIGURA 1: OPERAÇÃO CONTÍNUA DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO.

- FIGURA 2: SÉRIE DE HISTÓRIA DE QUANTIDADE DE QUANTIDADE DE

ACIDENTE DE TRABALHO.

- FIGURA 3 - MAPA DE RISCO

- FIGURA 4 – DESENHO GRÁFICO DO EMBRIÃO 1

- FIGURA 5 – DESENHO GRÁFICO DO EMBRIÃO 3

- FIGURA 6 - CANTEIRO DE OBRA CENÁRIO A

- FIGURA 7- CANTEIRO DE OBRA CENÁRIO B

- FIGURA 8 - CANTEIRO DE OBRA CENÁRIO C

- FIGURA 9 - MAPA DE RISCO REFEITÓRIO

- FIGURA 10 - MAPA DE RISCO VESTIÁRIO E SANITÁRIO

- FIGURA 11 - MAPA DE RISCO ALMOXARIFE

- FIGURA 12 - MAPA DE RISCO LABORATÓRIO DE TESTES

- FIGURA 13 - MAPA DE RISCO GUARITA

- FIGURA 14 - MAPA DE RISCO DO GALPÃO DE ARMAZENAMENTO

- FIGURA 15 - MAPA DE RISCO FÁBRICA

- FIGURA 16 - MAPA DE RISCO ESTOQUE DE CIMENTO, CAL E ARGAM.

- FIGURA 17 - MAPA DE RISCO ESCRITÓRIO

- FIGURA 18 - MAPA DE RISCO DE ARMAZENAMENTO DE TIJOLO

- FIGURA 19 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO A

- FIGURA 20 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO B

- FIGURA 21 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO C

- FIGURA 22 - FLUXOGRAMA GAMPA

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LISTA DE TABELA

- TABELA 1 - NÚMERO DE VÍNCULOS TRABALHISTAS X AUXÍLIO

DOENÇA DISPONIBILIZADO.

- TABELA 2 - NÚMEROS DE ACIDENTE DO TRABALHO NO BRASIL

IBGE (2013), MPS (2013)

- TABELA 3 - DIVISÃO DOS DADOS DE ACIDENTE DE TRABALHO

POR ESTADO. BGE (2013), MPS(2013)

- TABELA 4 - MATRIZ DE RISCO

- TABELA 5 - MATRIZ DE RISCO SHS

- TABELA 6 - LEGENDA GRAU DE RISCO

- TABELA 7 - GRAU DE SEVERIDADE

- TABELA 8 - CRITÉRIO DE PROBABILIDADE

- TABELA 9 - CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

- TABELA 10 - AGENTES DE RISCO

- TABELA 11 - LISTA DE EPI’S

- TABELA 12 - CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

- BIM - Building Information Modeling (Modelagem de informação de construção.)

- BSI - British Standards Institution (Instituição Britânica de Normas)

- CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção

- CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

- CLT - Consolidação das Leis Trabalhista

- CNIS - Segundo dados do cadastro nacional de informações

- DDS - Diálogo Diário de Segurança

- EPC - Equipamento de Proteção Coletiva

- EPI - Equipamento de Proteção Individual

- EUA - Estados Unidos da América

- FGTS - Fundo de Garantia de Tempo de Serviço

- GAMPA - Grupo de Acompanhamento, Motivação e Prevenção de Acidentes

- GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social

- GT - Grupo de Trabalho

- LP - Linha de Produção

- NR - Norma Regulamentador

- MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

- OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Series

- PDCA - Plan, Do, Check e Act (Planejar, fazer, checar e agir)

- PIB - Produto Interno Bruto

- PPAR - Plano de Prevenção e Antecipação de Riscos

- PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

- SHS - Solução Habitacional Simples

- SindusCon-SP - Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo

- SGSST - Sistema de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho

- SST - Saúde e Segurança do Trabalho

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1 – INTRODUÇÃO

1.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Desastres Ambientais ocorrem todos os anos nas distintas regiões do planeta. E

apesar de serem acontecimentos naturais, acontecem sem que possamos ter uma previsão

exata de quando ocorrerão, nem de sua intensidade ou local. Mesmo em sistemas urbanos

modernos e com altas tecnologias, continuamos sofrendo com os impactos desses desastres.

Nas últimas duas décadas, o Brasil se voltou para o estudo desses fenômenos que

ocorrem de forma cíclicas nas diversas regiões do país. Por ser um país de dimensões

continentais, há umas diversidades de casos e principalmente muitas causas e danos

distintos, o que dificulta a análise global do problema e obriga o poder público a efetuar

análises regionais.

Recentemente, o país sofreu com diversos casos, como em 2011, com a forte chuva

na região serrana do estado do Rio de Janeiro, a qual provocou mais de uma centena de

mortes, deixando muitos feridos e cidades devastadas. E, muitos que sobreviveram tiveram

suas casas perdidas, sem terem para onde ir. Esse tipo de tempestade já provocou

deslizamentos em diversas regiões do país, bem como alagamentos. No Sul do país as chuvas

chegam acompanhadas de granizos e com ventos de altas velocidades.

Segundo o Banco Mundial (2011), “Desastres Naturais podem levar a população

latino-americana à pobreza”. Isso ocorre devido ao fato de que países que se encontram

nessas áreas são subdesenvolvidos e ao longo dos anos não desenvolveram maneiras de

minimizarem os efeitos dessas catástrofes. Tal fato acentua ainda mais os problemas, pois a

população cresce - marginalizada - nos centros urbanos e com pouca ou nenhuma

infraestrutura.

Os centros urbanos supracitados foram historicamente segregados socialmente,

fazendo com que as boas infraestruturas e condições de vida e moradia fossem direcionadas

a uma pequena parte da população. Para a maior parte, restaram as áreas periféricas, com

baixo investimento e sem qualquer cuidado político e social.

Como resultado, compreendemos que a parte da população que mais sofre

consequências é justamente a que não possui recursos para se reestruturar, cabendo ao estado

e à sociedade a busca por soluções que visem diminuir os impactos e a oferta de um pouco

de qualidade de vida e dignidade a essa população.

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17

Nesse contexto, Di Gregorio (2013) diz:

O processo de construção em regime de mutirão pode

ser uma alternativa viável para o problema habitacional em

situações de desastres e/ou pós-guerra, pois:

Apresenta custo reduzido frente ao sistema de contratação

convencional;

Proporciona maior autonomia por parte do município e da

comunidade na solução do problema e na gestão dos recursos;

Permite organizar os grupos sociais e suas demandas;

Contribui para qualificação profissional dos participantes;

É uma prática anti-paternalista, pois envolve ativamente as

populações do processo de construção das residências;

Permite maior identificação do grupo atingido com os imóveis

que serão habitados posteriormente por seus integrantes, o que

contribui para consciência de conservação das residências.

O projeto Solução Habitacional Simples (SHS), então, surgiu com a missão de

fornecer uma alternativa que possibilitasse oferecer um pouco de dignidade a essa

população. A grande chave do projeto é a utilização de uma tecnologia alternativa de

construção por meio da utilização de blocos de concreto, ou blocos de solo-cimento e

utilizando mão de obra dos próprios atingidos, por meio de mutirão, tornando, assim, o

projeto mais viável economicamente.

Em meio a ambientes com tantas adversidades e no contexto de um sistema de

construção por meio de mutirão, onde à maioria dos trabalhadores não são profissionais

habilitados tecnicamente nas respectivas atividades, o autor identifica a necessidade de um

estudo acerca da segurança do trabalho e de ferramentas que possibilitem um controle de

riscos envolvidos nas atividades de construção do projeto. E através dele propor adaptações

e melhorias nas instalações e processos.

1.2 OBJETIVOS

O público alvo consiste inicialmente por pessoas e comunidades atingidas por

desastres, ou em situações socioeconômicas vulneráveis. Como a saúde mental e física dos

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mutirantes estará fortemente abalada, o trabalho visa propor formas de amenizar e prevenir

agravantes durante o processo de construção.

O objetivo é realizar um estudo identificando possíveis agentes de risco presentes

nas atividades exercidas pelos mutirantes e nos locais onde realizarão suas atividades; propor

maneiras de identificação dos riscos que possam ocorrer e também registrar todos os

acidentes durante o processo de construção. O trabalho também busca propor um mecanismo

que tente manter o grupo unido e estimulado para seguir até o fim com o projeto.

A proposta consiste em realizar três cenários distintos com diferentes números de

unidades habitacionais e mutirantes. Se faz necessário essa análise pois não se tem de

antemão parâmetros concretos do tamanho do empreendimento a ser analisado. Esses

cenários servirão de modelos exemplares para o correto dimensionamento da segurança do

trabalho do empreendimento.

1.3 METODOLOGIA

O trabalho apoiou-se, inicialmente, em um estudo bibliográfico extenso sobre a

segurança do trabalhador; em como se criar e executar um plano de segurança, ferramentas

de controle normalmente utilizadas, equipamentos de proteção individuais e coletivos,

normas e exigências, bem como o desenvolvimento ao longo dos anos das normas e das leis

no Brasil e no mundo.

Outros pontos que permeiam o projeto SHS também foram objeto de profundo

estudo, tais como: Saúde ocupacional, construção em mutirão, desastre e reconstrução em

desastres. Esses pontos nos auxiliam a entender melhor os aspectos sociais que envolvem o

trabalho e que precisam ser considerados no momento em que se propõe o uso de ferramentas

que busquem melhorar as condições de trabalho.

Levando em consideração as peculiaridades envolvidas no empreendimento, houve

a necessidade de se pensar em adaptações sobre os mecanismos utilizados na literatura. A

situação psicológica dos mutirantes torna-se um importante ponto de reflexão sobre como

ela se reflete no trabalho e dos possíveis riscos decorrentes.

A realização do trabalho dar-se-á majoritariamente em turnos noturnos e aos finais

de semana, estendendo o período de trabalho dos mutirantes. Isso poderá ocasionar algumas

variáveis importantes e trazer um aumento do risco na realização das atividades.

Ao final, foi elaborado um material, que servirá de pontapé inicial, para que seja

usado pelos profissionais técnicos responsáveis, contendo, assim, algumas ferramentas,

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orientações, diretrizes e suporte para um bom projeto de segurança do trabalho. O trabalho

seguiu as orientações de algumas normas brasileiras como:

- NR-6 (2010) - Equipamento de Uso individual.

- NR-9 (2017) - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

- NR-18 (2018) - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção.

- NR-26 (2015) - Sinalização de Segurança.

1.4 ESTRUTURA

O trabalho é dividido em cinco capítulos e inicia-se pela introdução ao tema

proposto, apresentando as considerações iniciais, explicitando a metodologia aplicada,

motivação, objetivos e a estrutura apresentada.

No segundo capítulo, inicia-se o processo de estudo acerca de desastres ambientais,

de como se dá a reconstrução em ambientes pós desastre e construção em mutirão. Engloba,

também, um estudo sobre o projeto SHS - para que se entenda como dar-se-á o contexto do

trabalho - e sobre sistema de gestão da saúde e segurança ocupacional.

Em seguida, inicia-se uma revisão a respeito da segurança do trabalho; de como

surgiu a preocupação com a saúde do trabalhador, sua evolução histórica no mundo e no

Brasil. Ademais, são apresentadas ferramentas de controle, planos de mitigação e maneiras

de se identificarem possíveis riscos no canteiro de obras.

No capítulo quatro apresentamos diretrizes para que o profissional técnico que for

gerir um empreendimento do SHS possa se basear e desenvolver um projeto completo e de

qualidade, visando sempre preservar a saúde física e mental dos seus colaboradores.

Por fim, conclui-se o trabalho, com a exposição de um panorama geral do que foi

apresentado e aponta orientações importantes a serem seguidas por aqueles que vierem a

utilizar o material como apoio técnico.

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20

2 – Projeto SHS, Sistema de Mutirão e Saúde e Segurança

Ocupacional.

2.1 - PROJETO

O Projeto Solução Habitacional Simples (SHS) teve, inicialmente, como foco

principal, seu estudo no Brasil e, constitui-se de um complexo de soluções para

(re)construção de habitação pós desastre. Além das unidades habitacionais, há também

unidades de posto de saúde e escolas.

Sua motivação foi o desejo de reparar ou amenizar os impactos dos recentes desastres

ambientais ocorridos no Brasil e no Mundo, como o Tsunami que abalou a Ásia em 2004,

deixando mais de 285 mil mortos e 1,5 milhão de desalojados pelo continente. Outro

ocorrido foi no Haiti, onde, em 2010, um terremoto abalou todo o país, deixando mais de

300 mil sem vida e inúmeras famílias desalojadas.

No Brasil um dos casos mais emblemáticos foi na região serrana do Rio, em 2011,

com muitos mortos e uma cidade inteira devastada. Um outro caso no estado do Rio foi em

Angra dos Reis, onde houve inúmeros deslizamentos de terra na virada de 2009 para 2010 e

em Santa Catarina, no vale do Itajaí em 2008.

O objetivo principal do projeto é trazer um pouco de dignidade para as comunidades

atingidas por desastres e conflitos, ou em situações de alta vulnerabilidade. A construção é

realizada por meio de mutirão, ou seja, com a colaboração voluntária dos próprios

beneficiários e/ou amigos. E, juntamente com o emprego da tecnologia de solo-cimento e

blocos de concreto, a construção se torna mais econômica e viável para situações onde há

escassez de recursos financeiros.

O projeto foi inicialmente desenvolvido pelo Professor Leandro Torres Di Gregorio

e sua equipe, de 2009 a 2012, por meio de um projeto de inovação tecnológica. Em 2017, o

projeto parte para a sua segunda versão, em forma de projeto de extensão na Escola

Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, contando com a participação de mais

de 80 alunos de diferentes cursos da universidade, dando caráter interdisciplinar e com o

auxílio de muitos professores. Essa fase consiste na atualização dos projetos e no

aperfeiçoamento do linguajar, transformando todo o material em vídeo aulas, slides e em

estudos que visem melhorias nos projetos existentes, ou em elaborar novas propostas E,

como continuação a essa fase, alunos que ingressaram no curso de extensão fizeram uso do

projeto para elaborar estudos e propostas em seus trabalhos de conclusão de turno para

aperfeiçoar o material.

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21

O autor inicialmente participou no grupo de trabalho intitulado “GT-Mutirão”, que

tinha como objetivo rever, estudar e atualizar todos os mecanismos de administração do

empreendimento. E num segundo momento, focou na parte de gestão do estoque, que visava

fornecer ferramentas de controle de estoque acessíveis e de fácil compreensão.

As condições sociais pelas quais os trabalhadores da construção passam sempre

foram alvo de bastante reflexão e discussão para o autor. Foi, inclusive, nesse tema que

surgiu a parceria com o prof. Leandro em projetos de extensão anteriores. Considerando-se

o presente cenário, podem-se notar algumas áreas carentes de estudos e/ou

aperfeiçoamentos, no projeto. Assim, ficou definido que a segurança do trabalho carecia de

uma análise que pudesse fornecer alguma orientação, principalmente por se tratarem de

indivíduos inseridos em vulnerabilidade socioeconômica.

O projeto consiste em fornecer às comunidades uma alternativa de construção de

casas por meio de tecnologia alternativa - com blocos de concreto ou blocos de solo e

cimento - feita através da mão de obra dos próprios mutirantes. A arquitetura é simples e

com a previsão de construção de unidade escolar e posto de saúde. Ele foi organizado em

grupos de trabalho - GT - e separado por especialidades, cada uma direcionada a uma etapa

do empreendimento. Os grupos de trabalho ficaram divididos deste modo:

● GT - PROJETOS

● GT - MUTIRÃO

● GT - MATERIAIS

● GT - LÍNGUAS

● GT - MÍDIA

2.2 - SISTEMA DE MUTIRÃO

2.2.1 - Definição

É preciso definir o que é mutirão pois há na literatura diversos trabalhos que tratam

o tema da autoconstrução de maneiras distintas.

E segundo Cardoso e Abiko (1993), autoconstrução constitui-se no procedimento de

construção de moradias onde a família é a responsável pelo processo de construção da

edificação. Que pode ser relacionado de duas maneiras:

1. Mutirão habitacional ou autoconstrução de ajuda-mútua. Definido também

por Cardoso (1993) como “o processo em que há esforço coletivo e

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organizado de toda uma comunidade para a construção de moradias dessa

mesma comunidade”. Nesse sistema, os colaboradores atuam de forma

coletiva na construção das unidades habitacionais e podem, eventualmente,

realizar a construção de infraestrutura comunitária.

2. Autoconstrução como Autoajuda. É um sistema colaborativo que as famílias

usam para realizar a construção de suas casas, com a ajuda dos próprios

membros da família e podendo contar também com amigos. Os recursos são

próprios ou financiamento individual, assim como a sua construção.

A grande diferença entre as duas definições se dá no âmbito coletivo e individual,

onde o sistema de mutirão permeia a ajuda coletiva entre os envolvidos no projeto, que vai

desde o financiamento do projeto até à construção de todas as casas. E a autoconstrução se

restringe aos interesses individuais de uma família e a ajuda de pessoas próximas.

Cardoso e Abiko (1994) conceituam três tipos básicos de gestão no processo

construtivo por meio de mutirão:

● O mutirão por gestão institucional ou administração direta: Consiste nos

casos onde os responsáveis pela administração da obra, bem como a

elaboração de projetos, formação de equipe e todo o processo de gestão fica

a cargo do poder público (Prefeitura, Estado, Governo Federal ou instituições

públicas destinadas a tal). Nesse caso, a população tem pouco ou nenhum

poder de decisão acerca do empreendimento, cabendo à ela somente o

emprego da mão de obra.

● O mutirão por co-gestão: É o sistema onde as entidades públicas repassam os

valores para as comunidades, essas organizadas por meio de associações

comunitárias, que contratam empresas para prestarem serviço de assessoria

técnica. Essa responsável pela elaboração dos projetos, gerenciamento de

pessoal etc. Nesse sistema, as responsabilidades são divididas entre o poder

público e as associações comunitárias, e o poder de decisão é maior que no

sistema anterior.

● O mutirão por autogestão: É um sistema onde toda a responsabilidade de

gestão cabe às associações comunitárias. Geralmente geridas por meio de

assembléias e com igual poder de decisão entre as famílias.

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2.2.2 - Histórico

Os registros de casos de autoconstrução por meio de mutirão são bastante antigos,

permeiam o século XIX na Europa e chegando à América no século XX.

No Brasil o sistema de mutirão é bastante utilizado pela população de baixa renda,

que não consegue meios próprios ou financiados, públicos ou privados, para construir suas

casas.

Nesse sentido, Cardoso (1993) diferenciou três fases evolutivos dos programas de

governo:

1. Implantação (1970): Efetivada através de programas federais de

financiamento.

2. Institucionalização (1980): Com a crise econômica da década de 80

intensificando o déficit habitacional, governadores e prefeitos viram no

mutirão gerenciados pelo poder público uma boa alternativa.

3. Desenvolvimento (+1990): A partir de experiências no Uruguai, a cidade de

São Paulo começa a financiar associações comunitárias com a ajuda de um

fundo financeiro.

Embora o país tenha adquirido boa experiência ao longo dos anos com o sistema de

mutirão, atualmente segue sendo um sistema pouco estimulado e de certa forma

marginalizado pela opinião pública.

2.2.3 - Gestão de Pessoas e Custos.

Algumas características peculiares desse sistema se dá no desenvolvimento da rotina

de trabalho. Normalmente o mutirão não funciona em tempo integral, apenas aos finais de

semana, devido ao horário de trabalho dos participantes. Isso interfere, muitas vezes, de

forma considerável no prazo de entrega da construção. Outro ponto importante se dá na

eficiência da mão de obra, que costuma ser reduzida devido a não qualificação e ao excesso

de carga de trabalho imposta ao trabalhador (somado a carga horária do mutirão mais a carga

horária comum de trabalho).

Alguns autores como Cardoso (1993) e o Felipe (1997) comentam em seus trabalhos

sobre a necessidade de uma divisão dos mutirantes em equipes de trabalho e da importância

do treinamento e da mínima qualificação da sua mão de obra.

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24

Logo, há a necessidade de um bom planejamento das atividades a serem executadas

pelos mutirantes, definição clara das equipes e de seus componentes, treinamentos coletivos

para cada equipe e uma determinação prévia das atividades à serem executadas por cada

equipe.

Cardoso e Abiko (1994) relatam em seus estudos realizados com cerca de 20

empreendimentos espalhados em 15 municípios brasileiros, que em média há redução de

30% do custo da obra em comparação com o processo convencional. Isso se dá justamente

por conta dessa utilização de mão de obra oriunda das famílias e também da diminuição de

custos indiretos como encargos sociais, transportes, alimentação e outros.

2.3 SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL

As primeiras pesquisas e organizações de dados sobre saúde e segurança do trabalho

no Brasil começaram a se desenvolver na década de 1970, com a criação da Fundacentro,

órgão ligado ao então Ministério do Trabalho e emprego - MTE. Com algumas mudanças

na legislação brasileira, como veremos mais à frente, houve uma melhora nas condições do

trabalho no país.

2.3.1 - Saúde Ocupacional e Séries de Avaliação de Segurança (OHSAS)

Conforme passaram-se os anos, a comunidade internacional identificou a

necessidade de se estabelecerem normas e procedimentos internacionais para um bom

funcionamento do sistema de gestão de saúde e segurança. A iniciativa deu origem à

especificação publicada pela BSI (British Standards Institution), em 1999, a OHSAS 18001

(Occupational Health and Safety Assessment Series). É importante salientar que esse

documento não é uma norma nacional e nem internacional, pois o mesmo não seguiu os

trâmites tradicionais de norma.

A especificação internacional OHSAS e certificados da área de segurança do

trabalho e da saúde tomam como base os princípios da gestão da qualidade e usam o sistema

PDCA (do inglês PLAN - DO - CHECK - ACT), traduzindo para o português, temos: Planejar

> Fazer > Checar > Agir. Dito sistema traz procedimentos contínuos de gestão, buscando

melhores resultados na qualidade do produto oferecido.

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25

FIGURA 1: Operação Contínua de um Sistema de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho.

Fonte: Chaib (2005)

Chagas (2002) relata os requisitos que devem contemplar o sistema de gestão da SST

de cada organização:

● Política de SST – Tal política deve: ser autorizada pela alta

administração da organização; ser apropriada à natureza e

escala dos riscos de SST da organização; incluir o

comprometimento com a melhoria contínua; incluir o

comprometimento com o atendimento, pelo menos, à

legislação vigente de Segurança e Medicina de Trabalho

aplicável, e a outros requisitos subscritos pela organização;

ser documentada, implementada e mantida; ser divulgada

junto a todos os funcionários, com o intuito de que os mesmos

tenham conhecimento de suas obrigações individuais em

relação à SST; esteja sempre disponível para as partes

interessadas; e ser periodicamente analisada criticamente,

para assegurar que a mesma permaneça pertinente e

apropriada à organização.

● Planejamento – A organização deve estabelecer e manter

procedimentos para a identificação contínua de perigos, a

avaliação de riscos e a implementação das medidas de

controle necessárias. Esses procedimentos devem incluir:

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atividades de rotina e não-rotineiras; atividades de todo o

pessoal que tem acesso aos locais de trabalho (incluindo

subcontratados e visitantes); instalações nos locais de

trabalho, tanto as fornecidas pela organização como por

outros.

● Implementação e operação – A responsabilidade final pela

SST é da alta administração. A organização deve nomear um

membro da alta administração com responsabilidade

específica para assegurar que o sistema de gestão da SST seja

adequadamente implementado e atenda aos requisitos em

todos os locais e esferas de operação dentro da organização.

A administração deve fornecer todos os recursos essenciais

para a implementação, controle e melhoria do sistema de

gestão da SST.

● Verificação e ação corretiva – A organização deve estabelecer

e manter procedimentos para monitorar e medir,

periodicamente, o desempenho da SST. Esses procedimentos

devem assegurar: medições qualitativas e quantitativas,

apropriadas às necessidades da organização;

monitoramento do grau de atendimento aos objetivos de SST

da organização; medidas proativas de desempenho que

monitorem a conformidade com os requisitos do(s)

programa(s) de gestão da SST, com critérios operacionais, e

com a legislação e regulamentos aplicáveis; medidas reativas

de desempenho para monitorar acidentes, doenças, incidentes

e outras evidências históricas de deficiências no desempenho

da SST; registro de dados e resultados do monitoramento e

mensuração, suficientes para facilitar a subseqüente análise

da ação corretiva e preventiva.

● Análise crítica pela administração – A alta administração da

organização, em intervalos predeterminados, deve analisar

criticamente o sistema de gestão da SST, para assegurar sua

conveniência, adequação e eficácia contínuas. Esse processo

deve assegurar que as informações necessárias sejam

coletadas, de forma que permita à administração proceder à

avaliação, a qual deverá ser documentada.

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27

De acordo com a norma OHSAS 18001, Sistema de Gestão de Saúde e Segurança do

Trabalho – SGSST é “aquela parte do sistema de gestão global que facilita o gerenciamento

dos riscos de SST associados aos negócios da organização. Isto inclui a estrutura

organizacional, as atividades de planejamento, as responsabilidades, práticas,

procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar

criticamente e manter a política de SST da organização”. (Chaib, 2005)

Pode-se dizer que ela indica regras para um sistema de gestão de segurança do

trabalho, apontando os caminhos para um controle mais rígido dos riscos presentes e que

possam aprimorar seu desenvolvimento.

Algumas elucidações se fazem necessárias para um conhecimento mais aprimorado

do conteúdo. De acordo com a OHSAS 18001 (DE CICCO, 1999):

● Acidente – Evento não-planejado que resulta em morte,

doença, lesão, dano ou perda.

● Melhoria contínua – Processo de aprimoramento do sistema

de gestão da SST, visando atingir melhorias no desempenho

global da SST, de acordo com a política de SST da

organização.

● Perigo – Fonte ou situação com potencial para provocar danos

em termos de lesão, doença, dano à propriedade, dano ao meio

ambiente do local de trabalho, ou combinação destes.

● Identificação de perigos – Processo de reconhecimento de que

um perigo existe e de definição de suas características.

● Incidente – Evento que deu origem a um acidente ou que tinha

potencial de levar a um acidente.

● Parte interessada – Indivíduo ou grupo preocupado com, ou

afetado pelo, desempenho da SST de uma organização.

● Não-conformidade – Qualquer desvio das normas de trabalho,

práticas, procedimentos, regulamentos, desempenho do

sistema de gestão, etc, que posssa levar, direta ou

indiretamente, à lesão ou doença, dano à propriedade, dano ao

meio ambiente de trabalho, ou a uma combinação destes.

● Objetivos – Metas, em termos de desempenho da SST, que

uma organização estabelece para ela própria alcançar.

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● Segurança e Saúde no Trabalho (SST) – Condições e fatores

que afetam o bem-estar de funcionários, trabalhadores

temporários, pessoal contratado, visitantes e qualquer outra

pessoa no local de trabalho.

● Sistema de gestão da SST – Parte do sistema de gestão global

que facilita o gerenciamento dos riscos de SST associados aos

negócios da organização, incluindo a estrutura

organizacional, atividades de planejamento,

responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e

recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar

criticamente e manter a política de SST da organização.

● Organização – Companhia, corporação, firma, empresa,

instituição ou associação, ou parte dela, incorporada ou não,

pública ou privada, que tem funções e estrutura

administrativas próprias.

● Desempenho – Resultados mensuráveis do Sistema de Gestão

da SST, relacionados ao controle da organização sobre seus

riscos à segurança e saúde, com base na sua política e

objetivos de SST.

● Risco – Combinação da probabilidade de ocorrência e da(s)

conseqüência(s) de um determinado evento perigoso.

● Avaliação de riscos – Processo global de estimar a magnitude

dos riscos, e decidir se um risco é ou não tolerável.

● Segurança – Isenção de riscos inaceitáveis de danos.

● Risco tolerável – Risco que foi reduzido a um nível que pode

ser suportado pela organização, levando em conta suas

obrigações legais e sua própria política de SST.

Logo, faz-se necessário o conhecimento de todos os atores envolvidos no SST a fim

de que seja criado um sistema de gestão contínuo para que se possa planejar, verificar,

executar e agir de maneira consciente.

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29

3- Segurança do Trabalho.

3.1 - Desenvolvimento Histórico

Segundo Cruz (1996) apud Barros et al (2016), “a segurança do trabalho pode ser

considerada uma conquista relativamente recente da sociedade, uma vez que o seu

desenvolvimento e evolução datam do período entre as duas guerras mundiais”.

Até a revolução industrial os meios de produção eram feitos de forma manual, onde

o trabalhador tinha, por muitas vezes, o domínio de quase todo o processo produtivo. Com

a chegada da revolução industrial, as máquinas ganharam cada vez mais espaço na produção,

que passou a ser realizada em maiores escalas. O trabalhador passou a operar de forma mais

específica e com uma maior reprodução das mesmas atividades diariamente.

Ambientes de trabalho insalubres, busca por lucro desenfreado, locais de trabalho

impróprios… tudo isso foi consequência da industrialização mundial e, com ela, surgiu um

crescimento dos riscos nos locais de trabalho, o que, consequentemente, resultou em

doenças, acidentes e mortes.

Desse modo foi surgindo a necessidade dos trabalhadores de se organizarem e

lutarem por melhores condições de trabalho, salário e vida. Após algumas revoltas e lutas,

surgiram os sindicatos (instituições organizadas pelos operários para lutarem em prol dos

seus direitos). Começam, então, a surgir as primeiras leis trabalhistas, que em um primeiro

momento regulamentavam apenas as mulheres e o trabalho infantil, algo bem comum na

época.

Já no Brasil, essa mudança demorou mais a acontecer, ocorrendo por volta de 1930,

década em que a industrialização chegou forte ao país. Foi quando o então presidente do

país, Getúlio Vargas, iniciou todo o processo de direitos trabalhistas individuais e coletivos,

através da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas, já em 1943, que por sua vez, sofreu

alterações em 1977 e 1978, onde foi publicada a Portaria n. 3.214, que aprova as Normas

Regulamentadoras – NRs.

“Nesse contexto, torna-se clara a necessidade de se

desenvolverem programas de segurança no trabalho, que tem como

principal objetivo identificar os riscos, condições insalubres e

implementar a correção destes no trabalho, enfatizando o envolvimento

dos profissionais da segurança, demais profissionais e dirigentes da

empresa, considerando as regras e os regulamentos, para proporcionar

um ambiente em condições de segurança adequada para o

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desenvolvimento dos diferentes tipos de trabalho”. (MORAES, 2002).

Com o tempo, foi desenvolvida uma série de instrumentos que visam evitar ou

diminuir os riscos de acidente ou de doença do trabalho, como Equipamentos de uso

individual (EPI), Equipamentos de uso coletivo (EPC), leis mais rígidas, sistemas de

controle e acompanhamento, manuais de utilização correta de equipamentos, fiscalizações,

treinamentos e sinalizações.

3.2 - Segurança do trabalho no Brasil Atual.

Por conta da demora no processo de industrialização, o Brasil demorou a enxergar

os males causados pelo subemprego. Porém, com o tempo e com o desenvolvimento das

ferramentas já descritas, o país tem observado, cada vez mais, o número de acidentes cair,

mesmo que de forma lenta.

Segundo dados do cadastro nacional de informações (CNIS), em 2004 havia, em

média, cerca de 25.374.537,6 vínculos empregatícios (representam aqueles que foram

informados pelas empresas por meio da GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e

Informações à Previdência Social). Divididos em 15.776.764,8 vínculos para homens,

9.229.186,0 para mulheres e 368.586,8 não classificado(a). Já em 2013, o número total de

vínculos cresceu cerca de 69% em média, sendo 53% de crescimento para os homens e 79%

para as mulheres, em números absolutos são 24.121.328,3 e 16.552.012,2, respectivamente.

Tais dados mostram uma evolução no aumento de vínculos trabalhistas com

cobertura previdenciária, principalmente o crescimento do número de mulheres com

emprego formal, que aumentou consideravelmente. Isso mostra como elas vêm mudando o

mercado nacional.

Já a entrega do benefício auxílio-doença pela Previdência Social subiu de 1.895.880

em 2004 para 2.581.402 em 2013. Isso representa um aumento de cerca de 36% (Segundo

dado do SUB - Sistema Único de Benefício).

Tabela 1 - Número de Vínculos Trabalhistas X Auxílio Doença disponibilizado

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31

Fonte: tabela própria feita à partir de informações do sistema único de benefício - sub

De posse desses dados, notam-se análises distintas a serem feitas. Uma é mais geral,

no que diz respeito à comparação do aumento do número de empregos com o aumento do

número total de auxílio doença; a outra é essa comparação ser feita (a outra abrange uma

comparação feita) com o auxílio doença não-acidentário e acidentário. Todas as análises

podem ser observadas no âmbito masculino e feminino.

Os dados são animadores quando comparamos o crescimento de empregos formais

criados com previdência - cerca de 69% - ao crescimento de auxílio total - 36%. Isso

representa uma redução percentual dos acidentes de trabalho registrados. Essa redução

também é observada quando destrinchamos os dados para homens (empregos 53% contra

31% de auxílio) e mulheres (empregos 79% contra 42% de auxílio), dados do SUB.

Dita redução também é vista no que diz respeito ao auxílio não-acidentário. Porém,

quando se observam os números dos auxílios acidentários, nota-se um aumento expressivo,

principalmente para as mulheres - 172%, contra 61% para os homens.

Os números refletem uma redução gradual, ainda que lenta, do número de auxílio

doença dado pela previdência social. Isso é reflexo da diminuição, percentual, do número de

acidentes de trabalho. Contudo, dada situação é preocupante e vale ressaltar a diferença de

crescimento entre os gêneros. Isso se dá em uma década onde as mulheres estão cada vez

mais inseridas no mercado de trabalho, o que pode gerar a discussão se o ambiente de

trabalho se preocupa suficientemente com a saúde da mulher e se o mesmo estava preparado

para essa evolução, enquanto sociedade; e, principalmente, se as ferramentas utilizadas na

prevenção estão suficientemente adequadas.

É preciso salientar que em 2007 houve uma mudança na concessão do auxílio doença

acidentário, por meio da lei federal número 11.430 de 2006, e revisão do sistema de

concessão de benefício do INSS, que passa a considerar algumas doenças como

ocupacionais. Ou seja, a alteração passou a considerar como doenças relacionadas ao

trabalho outras que, anteriormente, não eram consideradas, fazendo com que o número de

auxílios-doença acidentários sofresse um pequeno aumento e que, consequentemente, o de

auxílios-doença não-acidentários decaísse, em mesmo número. Tal alteração veio para

classificar os acidentes e\ou doenças que antes não eram vinculadas ao trabalho e passaram

a ser.

O aumento supracitado pode ser observado quando analisamos a série histórica nos

estados do sudeste - onde se concentra a maior parte das indústrias brasileiras e,

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32

consequentemente, o maior número de acidentes. Nota-se que em 2007 há um crescimento

forte e atípico nos quatro estados e que, devido às obras em São Paulo, Rio de Janeiro e

Minas Gerais para a Copa do Mundo, esse número segue alto, até começar a decair

novamente. Exceto o Rio de Janeiro, que teve uma pequena alta de 2011 para 2012, que

muito se deve à realização de um outro grande evento, as Olimpíadas, que demandou um

número grande de construções.

Figura 2: Série histórica de quantidade de acidente de trabalho na região sudeste. FONTE: AEAT

INFOLOGO, JANEIRO 2019

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33

3.3 - SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL DO

BRASIL.

A definição do que se dá por segurança do trabalho, é definida no Brasil pela lei

federal geral da previdência social, lei 8213 de 1991, que discorre:

“Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício

do trabalho a serviço a empresa ou pelo exercício do trabalho

dos segurados referidos no inciso VIII do artigo 11 desta lei

provocando lesão corporal ou perturbação funcional que

cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou

temporária, da capacidade para o trabalho” (BRASIL, 1991)

Santana e Oliveira (2004) dizem que na indústria civil os trabalhadores apresentam

fases mais aceleradas de precarização, comprovados pela proporção elevada de trabalho

informal, sem registro, e que aceitam trabalhos temporários sem qualquer vínculo.

Isso ocorre pela cultura no país pela subcontratação de mão de obra para os setores

de construção civil. Essas ilegalidades são firmadas por meio de “contratos” verbais, além

de contratos ilegais firmados pelas partes que se escondem por acordos feitos por meio de

empreitadas.

A carteira de trabalho dentro do canteiro de obras, muitas vezes, funciona apenas

como currículo para que o trabalhador comprove experiência e para que a empresa

certifique-se que o mesmo se trata de um bom funcionário, visto que empregos com tempo

inferior a três meses de contrato podem ser vistos como “problemas de produtividade”. E é

por meio desta desculpa, também, que muitas empresas deixam de assinar as carteiras dos

trabalhadores, retendo-as e dando a justificativa de que se trata apenas de um período de

teste.

Muitos trabalhadores do setor não possuem estudos muito além do ensino

fundamental e, por isso, no início de suas carreiras, enquanto serventes, desconhecem boa

parte dos seus direitos trabalhistas.

Segundo dados da pesquisa sobre os Impactos da Responsabilidade Social na

Indústria da Construção, apresentado pelo Sinduscon de Joinville, a construção civil

empregou formalmente 2,2 milhões de trabalhadores no ano de 2017. Em contraponto,

empregou outros 2,0 milhões de profissionais, informalmente, o que indica que cerca de

47,6% dos trabalhadores encontram-se na informalidade.

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Esse grande número de trabalhadores imersos no mundo do subemprego causa sérios

danos aos trabalhadores. Péssimas condições de trabalho, salários precários, nenhuma

garantia trabalhista, subnotificação dos acidentes de trabalho e sobrecarga previdenciária.

Maia et al., (2013) expõe os dados de uma pesquisa elaborada pelo IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística) em parceria com o PNAD (Pesquisa Nacional por

Amostra Domiciliar), o suplemento da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) que refere-se aos

dados de acidentes de trabalho declarados por trabalhadores e contrapõe-se aos dados da

AEPS (Anuário Estatístico da Previdência Social).

TABELA 2 - NÚMEROS DE ACIDENTE DO TRABALHO NO BRASIL

Fonte: Maia et al, (2013), formatação do autor.

A Tabela 2 é resultado de uma pesquisa que questiona se o trabalhador sofreu, nos

últimos anos, algum acidente de trabalho e, ao lado, os dados da previdência sobre acidentes

registrados.

Os dados são alarmantes, pois a cada um caso de acidente registrado pelo sistema,

outros sete são negligenciados. Essa discrepância se dá pela informalidade e também pela

não notificação dos casos pelas empresas, ou mesmo pela dificuldade de se identificarem

alguns casos como acidente de trabalho.

Esse é um valor médio para o país, utilizando os valores absolutos de todo o país. Se

dividirmos os dados por estado, os valores são ainda mais preocupantes, principalmente nas

regiões norte e nordeste. Isso se deve ao fato de nesses locais o trabalho ter características

ainda mais precárias.

TABELA 3 - DIVISÃO DOS DADOS DE ACIDENTE DE TRABALHO POR ESTADO. Fonte: IBGE

(2013), MPS(2013)

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35

3.4 - FERRAMENTAS DA SEGURANÇA DO TRABALHO

O gerenciamento de risco consiste em um conjunto de atividades com o objetivo de

prevenir e mitigar os riscos, além de fornecer respostas às contingências. A elaboração de

um estudo minucioso dos possíveis riscos existentes no ambiente de trabalho e que expõem

a saúde do trabalhador, bem como ferramentas que possam controlar ou minimizar ao

máximo seus efeitos, ajuda no processo de prevenção.

Assim, pela norma brasileira, deve-se implementar um Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais - PPRA que visa cuidar da prevenção da saúde dos trabalhadores, se

precavendo de possíveis problemas relacionados à atividade exercida oriunda de riscos

ambientais. A responsabilidade de pôr em prática todas as ações necessárias do PPRA é do

empregador, e com a devida participação dos funcionários.

NR 9 (2016) - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS

AMBIENTAIS (109.000-3)

9.1. Do objeto e campo de aplicação.

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36

9.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a

obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de

todos os empregadores e instituições que admitam

trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção

de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde

e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,

reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da

ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a

existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a

proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. (109.001-

1 / I2)

Seu objetivo é reunir todas as informações necessárias para propor medidas que

evitem acidentes no local de trabalho a fim de que se tenha um ambiente seguro e

confortável.

3.4.1 AGENTES DE RISCO

Consideram-se fatores de risco todos os agentes que, fora dos seus limites de

ocorrência, possam gerar uma lesão ou a possibilidade dela, permanente ou temporária, em

um ou mais trabalhadores. Esses danos podem ser imediatos ou a longo prazo, a depender

da intensidade e tempo de exposição do mesmo.

3.4.1.1 - Risco Físico

Segundo a NR-9:

9.1.5.1. Consideram-se agentes físicos as diversas formas de

energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído,

vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes,

radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.

Para Zarpelon (2008), os principais riscos físicos presentes na construção civil são:

ruído, vibrações, radiações ionizantes e radiações não ionizantes, que surgem nas operações

em que são utilizadas máquinas e equipamentos para o desenvolvimento das tarefas.

3.4.1.2 - Riscos Químicos.

Ainda segundo a NR-9:

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37

9.1.5.2. Consideram-se agentes químicos as substâncias,

compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via

respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou

vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter

contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Os principais riscos químicos encontrados na construção civil são provenientes de

manipulações das matérias primas utilizadas no setor produtivo, as quais são transformadas

ou passam por processos que modificam a sua natureza. O cimento é exemplo de produto

que pode afetar a saúde do trabalhador em seu estado natural (poeiras alcalinas) ou após sua

preparação e aplicação (ZARPELON, 2008).

3.4.1.3 - Riscos Biológicos.

A NR-9 diz:

9.1.5.3. Consideram-se agentes biológicos as bactérias,

fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

O reconhecimento antecipado e o controle dos agentes biológicos em um canteiro de

obras se faz necessário, uma vez que uma simples poça d’água pode proliferar o mosquito

transmissor da dengue (e outras doenças) e acometer vários trabalhadores, com riscos que

pode levá-los até à morte na fase hemorrágica da doença (ZARPELON, 2008).

3.4.1.4 - Agentes ergonômicos

Riscos ergonômicos provém de controle rígido de produtividade, esforço físico

elevado, levantamento de peso de forma inapropriada, monotonia e repetitividade excessiva,

situação de estresse constante, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho

prolongada, imposição de rotina intensa, postura inadequada.

Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é

necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de

praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho,

melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos,

melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas

adequadas, postura adequada, etc. Oda (1998)

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38

3.4.1.5 - Riscos de Acidentes

São as atividades que possam colocar a integridade física ou mental do trabalhador

em risco. Ou seja, quando o empregado fica exposto a lesões temporárias ou permanentes

devido a um descuido ou má utilização de material ou equipamento. São alguns exemplos

de Risco de acidentes na construção civil: Falta de cinto de segurança em andaime,

possibilidade de explosão, falta do uso de EPI em máquinas, não utilização de botas e

capacetes, etc.

3.4.2 MAPA DE RISCO

Alguns acidentes podem ocorrer devido à falta de informações nos locais de trabalho

referentes aos riscos presentes. O mapa de risco consiste em uma ferramenta visual, contendo

informações sobre os agentes presentes nos locais de trabalho e medindo também a sua

intensidade.

Por isso, é aconselhável que o mapa seja posto em local de bastante visibilidade e

onde todos possam acessá-lo. Toda empresa ou organização que possuir qualquer risco ao

trabalhador, deverá ter em sua dependência um mapa de risco. Para se realizar um bom mapa

é preciso listar os riscos e separá-los por categorias, facilitando, deste modo, sua

identificação e análise.

Segundo a classificação dos risco ambientais da NR-9 (2016)

9.1.5. Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais

os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de

trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade

e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do

trabalhador.

É comum acrescentar mais dois tipos de agentes para análise, que são os agentes

ergonômicos e os riscos de acidente.

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FIGURA 3 - MAPA DE RISCO

Assim, após a identificação dos agentes presentes no ambiente de trabalho da

empresa, atribuem-se cores a cada um deles, de modo a melhorar a sua visualização. E para

conceder o grau de risco exposto naquele determinado local, diferencia-se a severidade do

risco pelo tamanho dos círculos, conforme figura 3.

3.4.3 - ANÁLISE DE RISCO / MATRIZ DE RISCO

A matriz de risco é um instrumento que proporciona ao indivíduo avaliar, enumerar

e medir os acontecimentos de riscos. Tal ferramenta é utilizada em inúmeros processos

produtivos e administrativos por ser de fácil visualização e execução e que trás ótimos

resultados.

Também conhecida como Matriz de Impacto, é um método extremamente visual que

possibilita a priorização dos riscos existentes, o que torna o processo muito mais eficiente.

Na segurança do trabalho esse recurso é utilizado para se mensurar o tamanho dos

riscos envolvidos nas atividades aos quais os trabalhadores estão expostos. Isso é bastante

útil na hora de se criar um plano de combate a acidentes, pois, desta forma, é possível

priorizar os riscos mais elevados e chamar a devida atenção em locais que propiciam um

maior número de acidentes.

Cada uma destas diferentes formas de estruturar uma escala de mensuração altera a

avaliação psicométrica do respondente. Ainda que apontada pela literatura, esta avaliação

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não está totalmente compreendida, especialmente no que tange ao número de pontos na

escala de mensuração (Wiswanathan; Sudman; Johnson, 2004; Weathers; Sharma; Niedrich,

2005; Collings, 2006).

O modelo mais utilizado e debatido entre os pesquisadores foi desenvolvido por

Rensis Likert (1932) para mensurar atitudes no contexto das ciências comportamentais, que

leva seu nome, Escala Likert.

Porém, com o tempo e com o desenvolvimento de pesquisas durantes os anos, foram

identificadas algumas falhas e dificuldades em se terem bons resultados com Likert em

algumas situações. E, diante dessas dificuldades, em 2003, Hodge e Gillespie desenvolveu

a escala Phrase Completion.

Como nota-se, não há na literatura uma clara concordância sobre quais os melhores

métodos e parâmetros para se desenvolver uma escala. Essa responsabilidade é, então,

passada para o gestor e autor do projeto, tomando como métrica parâmetros que considere

mais adequados. Assim, para o mesmo projeto pode haver diversas matrizes de risco,

pensadas e executadas de formas completamente distintas e todas estarão adequadas, pois as

análises dependerão do autor.

Uma matriz geralmente é elaborada com dois parâmetros nas suas abcissas, a

probabilidade e a severidade. Podem-se utilizar, por exemplo, três níveis de probabilidade

(Baixo, Médio e Alto), que podem ser substituídos por números para se obter um parâmetro

mais claro, como por exemplo (1, 3 e 5). O mesmo acontece na Severidade, (Leve, Médio,

Catastrófico) que também pode ser substituído por números (1, 3 e 5). Assim, a tabela 4

apresenta parâmetros numéricos e se atribui-se as faixas para estabelecer os riscos.

TABELA 4 - MATRIZ DE RISCO

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A matriz é composta pela incerteza de eventos (probabilidade) de acontecer e do

possível impacto/efeito gerado por elas. Isso dá aos gestores a possibilidade de mensurar,

avaliar e ordenar os eventuais riscos presentes na sua análise. A matriz pode ser 3x3, como

a ilustrada, ou com maiores escalas, a depender do avaliador.

VERDE – Baixo risco.

- Probabilidade baixa e pouco impacto. Com isso, o risco de se ter

alguma ocorrência é mínimo e a consequência é pouca. Ter atenção nos procedimentos.

AMARELO – Risco moderado.

- Probabilidade alta ou muito impacto. É estado de atenção, rever

procedimentos de segurança.

VERMELHO – Alto Risco

- Alto impacto e alta probabilidade de ocorrer. Estado de atenção

máximo. As atividade precisam ser paralisadas, rever todos os procedimentos, funções e

atividades. Se preciso, reúna a todos e repasse todas as informações de segurança. Só retorne

as atividades depois de estabelecido todos os critérios normativos de segurança.

3.4.4 - CIPA

A comissão interna de prevenção de acidentes, a CIPA, se trata de um mecanismo

interno formado por uma comissão onde todos os trabalhadores possuem representantes para

tratar das doenças e acidentes de trabalho.

A comissão é constituída não só pelos trabalhadores, mas também por representantes

dos empregadores. Ela é regulamentada pela NR-5, sendo obrigatória a sua formação para

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toda empresa privada ou pública, cooperativa, órgãos governamentais ou não, instituições

beneficentes e associações. Ou seja, toda entidade que tiver em seu funcionamento

empregados regidos pela CLT, a qual também rege a CIPA.

A escolha dos representantes dos empregados, titulares e suplentes deve ser feita por

meio de voto não obrigatório e secreto. Todos os funcionários possuem direito a voto,

independentemente de serem filiados ao sindicato.

Já os representantes dos empregadores, titulares e suplentes deverão ser designados

pelos mesmos.

A CIPA tem como objetivo a difusão de todas as informações que decorrem sobre a

segurança do trabalhador no seu ambiente de trabalho; bem como ações preventivas para a

sua segurança e medidas para o seu bem-estar pessoal e coletivo.

Contidas nessas atribuições estão: Identificar riscos do processo do trabalho e

elaborar o mapa de riscos com o maior número de trabalhadores possível; elaborar um plano

de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde;

participar de e verificar a implantação e o controle das medidas de prevenção necessárias e

identificadas; bem como fazer a avaliação das prioridades de ações a serem executadas no

ambiente de trabalho; e, por fim, realizar periodicamente verificações no ambiente de

trabalho.

Os empregadores deverão fornecer aos membros da CIPA, titulares e suplentes todo

o treinamento necessário para que os mesmos possam exercer plenamente as suas atividades.

Tal treinamento devem conter um conteúdo base sobre condições de trabalho, riscos

oriundos do processo produtivo, metodologia de investigação e análise de acidentes, noções

sobre acidentes e doenças de trabalho, noções sobre as legislações trabalhistas locais e

quaisquer outros assuntos para o bom andamento.

A quantidade de empregados que deverá participar da CIPA é dada pela NR-5 em

quadro 1 – dimensionamento de cipa de acordo com a atividade em que a empresa exerce,

que consta no quadro 2 – agrupamento dos setores econômicos pela classificação nacional

de atividades econômicas – CNAE).

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4 – Resultados e Discussões

Essa fase constitui-se de uma exploração antecipada do projeto SHS como um todo,

na perspectiva de identificar possíveis problemas na segurança e saúde do trabalhador em

função de suas atividades dentro do canteiro de obras e assim orientar medidas de proteção

e/ou controle.

Como já mencionado anteriormente, todo o material contido no projeto SHS foi

pensado e elaborado de forma genérica quanto à quantidade e combinação da tipologia das

casas. Isso acontece por não se ter de antemão a comunidade, o local ou mesmo o perfil de

famílias que poderão aderir ao projeto, por isso optou-se por cenários.

Dessa forma, há uma debilitação de uma análise mais precisa da segurança do

trabalho no empreendimento. Fica então, a cargo dos profissionais técnicos contratados, a

responsabilidade de adaptar todo o material aqui discutido e usar o referido trabalho como

referência, além de aplicar as ferramentas apresentadas com as devidas correções. Atenta-se

também que é de responsabilidade do profissional técnico de seguir todas as normas locais,

visto que todo o trabalho foi orientado com base nas normas brasileiras.

Logo, aqui se apresentará uma análise prévia do empreendimento. Mattos &

Másculo, 2011, diz que uma análise preliminar envolve os seguintes passos:

• Identificação dos riscos;

• Tempo de exposição ao risco;

• Localização das fontes de risco;

• Identificação das trajetórias e dos meios de propagação;

• Levantamento do número de trabalhadores expostos aos agentes;

• Caracterização das atividades por função;

• Literatura técnica sobre os agentes;

• Medidas de controle já existentes (envolve EPI ou EPC).

4.1 - Hipóteses

A Fim de se obter uma ilustração melhor de alguns aspectos que envolvem o presente

trabalho e as ferramentas da segurança do trabalho, foi feita uma simulação de três tipo de

empreendimento com diferentes número de casas, o que irá impactar diretamente na

quantidade de serviço a ser executado e na quantidade de mutirantes circulando no canteiro

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de obras. Dada simulação foi feita de forma genérica e a fim de ilustrar melhor as ferramentas

e suas aplicabilidades.

Considerando-se que não existe um cenário real que possa ser estudado, faremos as

hipóteses utilizando o embrião dois por representar a média das áreas dos 4 embriões, que

por sua vez, tem a mesma área do embrião 3, figura 6. Essa hipótese também será usada em

outros trabalhos de apoio ao projeto SHS, visando a unificação dos estudos e a obtenção de

resultados mais homogêneos.

Figura 4: Desenho Gráfico do Embrião 1 (Di Gregório et al., 2018)

Figura 5: Desenho Gráfico do Embrião 3 (Di Gregório et al., 2018)

4.1.1 PARÂMETROS

Para cada família, serão em média 2 voluntários aptos a ajudarem no processo de

construção das residências.

A divisão entre as pessoas alocadas na obra e no apoio se dará de acordo com o porte

do empreendimento. Vale ressaltar que o foco principal do mutirão é realizar a obra e, para

tal fim, faz-se necessário um grande número de colaboradores. Por outro lado, atenta-se ao

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45

fato de poder haver crianças, adolescentes, idosos e pessoas com alguma limitação, que

estarão impedidos de ajudar de forma efetiva no canteiro de obras. Contudo, algumas dessas

pessoas, maiores de idade, poderão ajudar nos trabalhos de apoio que definimos como as

atividades de administração, limpeza, vigia, almoxarifado, alimentação, babá e afins. Assim,

essa divisão deverá ser realizada avaliando-se o perfil de cada indivíduo e suas limitações,

podendo tais informações ser encontradas nos questionários realizados no início do projeto.

O número de profissionais foi posto como, no mínimo, um profissional para cada

grupo de trabalho - GT. Porém, destaque-se que tal análise deverá ser feita pelo responsável

técnico da obra e deve-se levar em consideração se os mutirantes presentes possuem

capacidade e experiência nas atividades que irão executar. Aqui se utilizaram os números

mínimos para tal.

4.1.2 - CENÁRIO A

Será o cenário de menor dimensão, com 20 unidades habitacionais do embrião 2

previstas. Isso simula casos em que não há um quantitativo muito elevado de famílias

envolvidas no empreendimento.

Logo, temos para o mesmo um total de 40 voluntários aptos a contribuírem no

processo de reconstrução. Desses, serão 30 destinados às atividades de construção da obra e

os 10 restantes para as atividades de apoio. Tal Porcentagem é máxima sugerida pois um

número maior poderia afetar o bom andamento do projeto.

Tendo em vista que o empreendimento é pequeno, o número mínimo de profissionais

é suficiente, 5 profissionais. Totalizam-se, então, 35 pessoas em atividade no canteiro de

obras. Segundo estimativas, o empreendimento terá duração média de 6,5 meses.

4.1.3 - CENÁRIO B

Já o cenário B contará com 50 módulos do embrião 2, uma escola e uma creche e um

posto de saúde, retratando um projeto de médio porte e que consiga abranger um bom

número de famílias.

Desse modo, em média teremos 100 voluntários disponíveis, com 80 pessoas

alocadas na obra e 20 nos serviços de apoio, além de 5 profissionais habilitados. Com isso,

teremos um total de 85 pessoas alocadas no canteiro de obra. Com duração média de 6 à 7

meses de obra.

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4.1.4 - CENÁRIO C

Por fim teremos o cenário, contando com 120 casas. Este é o cenário máximo de um

empreendimento típico do projeto do SHS. Para ele também foi posta a construção de uma

escola, um posto de saúde e de uma creche. Se por acaso houver a necessidade de um número

maior de residências, este deverá ser dividido em dois ou mais projetos.

Por conseguinte, teremos um total de 240 mutirantes, sendo 200 para a obra e 40 para

o apoio. Com 10 profissionais contratados. E um total de 210 pessoas no canteiro de obra,

resultando um total de 7 meses de obra.

Geradas essas hipóteses de empreendimentos, a análise sobre o canteiro de obra e

todo o seu desenvolvimento fica mais concreta e realista. As plantas prévias já disponíveis

de partes do canteiro de obra do projeto SHS, elaboradas no trabalho de conclusão de curso

em andamento de Douglas Mol Resende (2019), servem de base para montar a melhor

estrutura e para um desenvolvimento de organograma seguro. A partir daí, o responsável

técnico terá como adaptar esse material a qualquer outra configuração por ele escolhida.

4.2 - CANTEIRO DE OBRAS

O canteiro de obras é por definição a área fixa ou temporária ao qual se destinam o

apoio e as operações de execução da obra. Para se obter um canteiro adequado, é necessário

que ele seja organizado de tal maneira que consiga se obter a maior eficiência dos serviços

e trabalhos destinados à construção, além de proporcionar maior conforto e segurança para

os trabalhadores. Ele é composto por áreas de convívio e operacionais.

É preciso estudar o layout do canteiro antes do início das atividades, levando em

consideração o espaço disponível e as normas de segurança locais, de modo que evitem-se

eventuais problemas. Dito processo é conhecido como a logística da obra, visto que é preciso

entender quais os insumos que serão utilizados, onde serão armazenados e como será feita a

sua distribuição interna.

No presente trabalho foram elaborados, com a ajuda do trabalho de conclusão de

curso do aluno Douglas Mol Resende (2019) e com o material desenvolvido pelo GT-

Canteiro do SHS, canteiros para as três hipóteses levantadas anteriormente. Esses são apenas

esboços e carecem de uma análise mais profunda, no entanto, serão usados com o intuito de

trazer resultados a esse trabalho.

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O Canteiro de obras deverá ser objeto de profunda análise do profissional técnico e

ter o seu dimensionamento devidamente estudado de acordo com as normas locais. Neste

trabalho serão apresentadas três distribuições exemplares de canteiros, a fim de objetificar

de maneira mais clara a ideia, não sendo parte específica do mesmo.

Para a elaboração dos canteiros, foram utilizados alguns parâmetros a respeito das

máquinas, dispositivos e normas:

● O início da produção de tijolos dar-se-á em até 44 dias antes do início da etapa de

alvenarias.

● Ter no mínimo 1 sanitário para cada 20 pessoas.

● Ter no mínimo 1 chuveiro para cada 10 pessoas.

● Obra cercada por Tapumes.

● Encurtar o percurso do local de trabalho até o banheiro.

4.2.1 - CENÁRIO A

Por tratar-se de um canteiro que servirá para a construção de poucas unidades, este

terá apenas uma entrada e saída de funcionários. O vestiário e o sanitário encontram-se mais

próximos ao meio do terreno, para que encurte-se o caminho entre o posto mais distante de

trabalho e dado local.

Em anexo, encontra-se a planta em maior escala para facilitar a visualização.

Figura 6 - Canteiro de Obra Cenário A

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4.2.2 - CENÁRIO B

Trata-se de um canteiro grande, que, apesar de seu tamanho, ainda não necessita de

uma construção em etapas. Desta maneira, o canteiro permanecerá com os dispositivos fixos

durante todo o processo de construção.

Os refeitórios servirão apenas para consumo das refeições no local, sem espaço para

o preparo. Serão dois refeitórios, cada um com capacidade para 18 pessoas, totalizando 36.

Logo, para atender a todos, 3 turnos de trabalho se farão necessários.

Os vestiários e Sanitários foram distribuídos em dois pontos distantes entre si, de

modo a tentar encurtar o percurso que os mutirantes deverão fazer para utilizar o local. Há

em cada um, 4 sanitários e 8 chuveiros, o que cumpre a NR 18. A produtividade média

adotada para a prensa manual hidráulica são de 500 tijolos/dia. E o Armazenamento para

cura dos tijolos comporta 15000 tijolos.

Em anexo, encontra-se a planta em maior escala para facilitar a visualização.

Figura 7 - Canteiro de Obra Cenário B

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4.2.3 - CENÁRIO C

Para um empreendimento de grande porte, das dimensões em que se dá esse cenário,

é primordial que pensemos nas diversas etapas da construção, no tamanho do espaço físico,

na logística de distribuição e na segurança do trabalhador ao entrar, permanecer, se deslocar

e ir embora do canteiro.

Com isso, os vestiários e sanitários foram distribuídos em quatro pontos diferentes

do canteiro, de modo que encurte-se a distância que o trabalhador terá do seu posto de

trabalho até à unidade. A quantidade de chuveiros e sanitários ultrapassa o mínimo

estabelecido por norma.

Por conta do grande espaço físico demandado para a obra, foi necessária a

implementação de três guaritas, o que também atende a norma. Quanto aos refeitórios, foi

determinado que os mesmos não teriam espaço para o preparo das refeições no local, logo,

serviriam apenas para a alimentação. Eles contam com capacidade para até 96 mutirantes

por vez. Logo, trabalharemos com 3 turnos, comportando a todos.

Caso se fizesse necessário deslocar algum dispositivo do canteiro durante a obra,

poderiam-se usar as dependências das residências já finalizadas. A produtividade média

adotada para as prensas automáticas mecânicas são de aproximadamente 5000 tijolos/dia.

Em anexo, encontra-se a planta em maior escala para facilitar a visualização.

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Figura 8 - Canteiro de Obra Cenário C

4.3 - Plano de Prevenção e Antecipação de Riscos - PPAR

O PPAR baseia-se no fato de todo o escopo aqui apresentado se dar como material

de apoio e na tentativa da busca por antecipação dos possíveis riscos presentes no canteiro.

Ele é inspirado no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, que é um

programa previsto pela Norma Regulamentadora NR-9:

“estabelece a obrigatoriedade da elaboração e

implementação, por parte de todos os empregadores e

instituições que admitam trabalhadores como empregados, do

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA,

visando à preservação da saúde e da integridade dos

trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento,

avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos

ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de

trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente

e dos recursos naturais.”

O SHS é um sistema de construção de casas por meio de mutirões que consiste na

ajuda mútua e sem vínculos trabalhistas. Porém, é prevista também a contratação de

profissionais técnicos para tocarem a obra e realizarem as devidas correções nos projetos

disponibilizados. Sendo assim, o PPAR tem como objetivo assegurar aos empregados e

mutirantes plena segurança no exercício de suas funções.

Com isso, foi feito um estudo preliminar técnico dos possíveis acidentes, causas de

problemas de saúde e agentes causadores, bem como ferramentas que podem auxiliar no

controle da segurança do trabalho. Assim, esse material deverá servir como apoio do

profissional técnico, que deverá complementá-lo com as devidas normas locais, visto que

desconhecem-se algumas informações tais quais espaço do canteiro, número de mutirantes,

entre outros. Por conseguinte, vemos a seguir exemplos e caminhos para que possam se

orientar.

(Mauro, 2004 apud, Folkard S, 1979) afirmam que

trabalhadores em regimes de trabalho noturnos e sem os

devidos descansos, os trabalhadores “apresentam queda ou

diminuição na expressão comportamental de alguns ritmos

biológicos. Esses ritmos apresentam valores mais baixos

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durante a noite, concomitante ao aumento da sonolência e

conseqüente queda de rendimento de algumas funções

cognitivas. A falta de repouso leva a riscos, decorrentes da

privação de sono que vão desde a irritação, ansiedade,

insegurança, depressão, dificuldade de concentração e

redução da capacidade crítica”.

Isso eleva os riscos presentes no canteiro, principalmente nos dias de semana onde é

proposto que as obras aconteçam na parte da noite. Assim, as avaliações dadas por esse

trabalho foram tomadas de forma a precaver e diminuir esses riscos. Por isso, é de suma

importância que os trabalhadores se mantenham atentos e que os cuidados dados pela equipe

de segurança do trabalho sejam seguidos à risca.

4.3.1 - MATRIZ DE RISCO

Como previamente esclarecido, há diversas formas de se mensurar uma escala, e

sendo assim, apresenta-se uma escala que possa ser de fácil compreensão. A grande

vantagem da escala de Likert é sua facilidade de manuseio, pois um pesquisado possui certa

destreza em emitir um grau de concordância sobre uma afirmação qualquer. Adicionalmente,

a confirmação de consistência psicométrica nas métricas que utilizaram esta escala

contribuiu positivamente para sua aplicação nas mais diversas pesquisas (COSTA, 2011).

Foi utilizada como base a Escala de Likert e, também, realizada uma adaptação

para que a mesma mantivesse uma estrutura mais adequada para o trabalho.

TABELA 5 - MATRIZ DE RISCO SHS

Assim, o autor estabelece os seguintes critérios de divisões adaptando os

critérios da Escala de Likert.

TABELA 6 - LEGENDA GRAU DE RISCO

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Coelho e Esteves (2007) discorrem que escalas com grande números de pontos

acrescentam a análise de dados e melhoram no cálculo estatístico. Já escalas muito pequenas

tendem a não entregar boa distinção de respostas.

Então, estabeleceram-se cinco variáveis de severidade e probabilidade, com graus

estabelecidos de 1, 3, 5, 8 e 10. Sendo o grau mais leve de severidade considerado Sem

Impacto e o mais alto, o Catastrófico. E, no que concerne a Probabilidade, o menor como

Raro e o maior como quase certo.

4.3.1.1 - Severidade

Abaixo se descreve cada critério de severidade e alguns exemplos que servem como

norte para uma análise mais clara e concisa.

TABELA 7 - GRAU DE SEVERIDADE

SEVERIDADE CRITÉRIO

BAIXO

IMPACTO

Quando a consequência não representa danos à saúde nas

circunstâncias normais, ou apenas situação de desconforto; quando

não representa prejuízo ao ambiente de trabalho. Operações em que

não há restrições ergonômicas.

Exemplos:

- Exposição a ruídos muito pequenos;

- Operação em que não há registro de incômodo ou de dores

localizadas no corpo;

- Manuseio de água tratada clorada;

- Varrição de piso.

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LEVE Quando não há ameaça à saúde, mas gera um pequeno desconforto.

Gerando pequenos incômodos no corpo;

- Pequenos incômodos ergonômicos devido a uma má execução de

atividade;

- Exposição a ruídos em tons normais;

- levantamento de pequenos pesos.

MÉDIO Quando o número de agentes não é suficiente, mas representa dano à

saúde nas condições normais. Contudo não traz consequências

suficientes para danos agudos ou crônicos;

Quando a consequência traz poucos ou quase nenhum prejuízo

ambiente.

Exemplos:

- Exposição a ruído dentro do limite da norma;

-Manuseio de resíduos sólidos inertes não contaminados (resíduos de

plástico, vidro, metal, etc.);

- Manuseio de resíduos sólidos domésticos (lixo comum);

- Utilização de banquetas.

GRAVE Retrata uma eminente ameaça à saúde do trabalhador, ocasionando

graves consequências;

Obriga um controle da exposição, como o uso de equipamentos de

proteção e/ou treinamentos;

Normalmente se encontra no limite permissível por norma dos agentes

envolvidos, trazendo, assim, prejuízos ao ambiente de trabalho e/ou

que obrigando uma realocação específica.

Exemplo:

- Alta exposição a ruídos;

- Trabalho com explosivos ou fontes radioativas, mesmo que por

pessoas habilitadas;

- Contato com produtos inflamáveis, tintas, solventes, óleo etc.;

- Exposição em grandes alturas, utilizando EPIs e EPCs;

- Exposição a eletricidade utilizando EPIs e EPCs;

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- Utilização de equipamentos mecânicos sem a devida proteção e

treinamento.

CATASTRÓFI

CO

Retrata uma eminente ameaça à saúde do trabalhador, ocasionando

graves lesões. Obriga um controle da exposição, como o uso de

equipamentos de proteção e/ou treinamentos;

Quando exposto a produtos cancerígenos;

Quando há iminente afastamento médico por lesões, e quando os

agentes presentes superam os limites da norma e quando o mesmo

causa irritação;

- Alta exposição a ruídos, causando falha nas percepções auditivas;

- Manuseio de resíduos sólidos ambulatoriais;

- Contato com produtos inflamáveis, tintas, solventes, óleo, dentre

outros, por pessoas não capacitadas, ou com deficiência de oxigênio

no ambiente;

- Exposto a alturas elevadas sem uso de equipamentos de proteção;

- Exposto a eletricidade sem EPIs e EPCs.

4.3.1.2 - Probabilidade

Assim como também estão descritos de forma detalhada os critérios de probabilidade

da matriz de risco.

TABELA 8 - CRITÉRIO DE PROBABILIDADE

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55

PROBABILIDADE CRITÉRIO

RARO Extremamente difícil de se acontecer.

BAIXO Pouco provável que ocorra. Apenas em casos esporádicos.

MÉDIO Ocorre pelo menos uma vez por mês.

ALTO Acontece em média uma vez por semana.

QUASE CERTO É esperado que ocorra com frequência. Ao menos uma vez ao dia.

4.3.1.3 - Risco

Com todos os instrumentos em mãos, podem-se definir os graus de risco presente na

Matriz, que foram classificados em: Tolerante, Moderado, substancial e Intolerável. Com as

devidas descrições dadas pelo quadro abaixo.

TABELA 9 - CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

RISCO CRITÉRIO

TOLERANTE O risco encontra-se controlado. Revise sempre os procedimentos.

MODERADO Estudar maneiras diferentes para manter ou melhorar o controle

dos agentes em questão. Repense a maneira de controlar.

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SUBSTANCIAL Pôr em prática e em modo de urgência formas de controle rígido.

Buscar e corrigir erros operacionais que possam existir.

INTOLERÁVEL Paralisar toda a produção envolvida na área em questão. Corrigir

imediatamente todos os erros do processo, envolver a todos e

verificar se todas as correções foram efetuadas antes de retornar a

produção. Propor melhores medidas de controle.

4.3.2 - CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS

A NR-9 define os riscos como riscos ambientais como:

“9.1.5. Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os

agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho

que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de

exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador”.

Há também na literatura um consenso do acréscimo dos riscos de acidente e riscos

ergonômicos. Segue abaixo a TABELA 10 com os riscos categorizados e em grupos, para

uma melhor definição e explicitação.

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TABELA 10 - AGENTES DE RISCO

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4.3.3 - MAPA DE RISCO

O mapa de risco deve ser exposto nos principais locais por onde passam os mutirantes

e funcionários, de modo que seja de clara visualização pelos mesmos. Faremos aqui a

exposição do mapa de risco dos três cenários propostos. Também, de cada dispositivo do

canteiro, de forma distinta. Desta maneira, cada dispositivo deverá ter, do mesmo modo, de

forma clara, o seu mapa divulgado. E, isso serve também para, no momento em que houver

uma distribuição diferente de canteiro, os responsáveis terem em mãos as individualidades

dos dispositivos. Todos os arquivos a seguir constam em anexo.

4.3.3.1 - REFEITÓRIO

FIGURA 9 - MAPA DE RISCO REFEITÓRIO

4.3.3.2 - VESTIÁRIO E SANITÁRIO

FIGURA 10 - MAPA DE RISCO VESTIÁRIO E SANITÁRIO

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4.3.3.3 - ALMOXARIFÁDO HIDRÁULICA / ELÉTRICA.

FIGURA 11 - MAPA DE RISCO ALMOXARIFE

4.3.3.4 - LABORATÓRIO DE TESTES

FIGURA 12 - MAPA DE RISCO LABORATÓRIO DE TESTES

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4.3.3.5 - GUARITA

FIGURA 13 - MAPA DE RISCO GUARITA

4.3.3.6 - GALPÃO DE ARMAZENAMENTO

FIGURA 14 - MAPA DE RISCO DO GALPÃO DE ARMAZENAMENTO

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4.3.3.7 - FÁBRICA

FIGURA 15 - MAPA DE RISCO FÁBRICA

4.3.3.8 - ESTOQUE DE CIMENTO, CAL E ARGAMASSA

FIGURA 16 - MAPA DE RISCO ESTOQUE DE CIMENTO, CAL E ARGAM.

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4.3.3.9 - ESCRITÓRIO

FIGURA 17 - MAPA DE RISCO ESCRITÓRIO

4.3.3.10 - ARMAZENAMENTO DE TIJOLOS

FIGURA 18 - MAPA DE RISCO DE ARMAZENAMENTO DE TIJOLO

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4.3.3.11 - CENÁRIO A

FIGURA 19 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO A

4.3.3.12 - CENÁRIO B

FIGURA 20 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO B

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4.3.3.13 - CENÁRIO C

FIGURA 21 - MAPA DE RISCO DO CANTEIRO CENÁRIO C

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4.3.4 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

O uso de equipamentos de proteção individual é imprescindível para a segurança do

trabalhador no pleno desenvolvimento de suas atividades. As condições dar-se-ão para o uso

de tais equipamentos no que se refere à duração, são definidas por meio dos riscos

envolvidos nas atividades executadas. Há duas categorizações de EPIs, os equipamentos de

uso temporário e os equipamentos de uso obrigatório.

Os equipamentos de uso obrigatório são aqueles dos quais os trabalhadores fazem

uso durante todo o tempo em que estiverem no canteiro. Como por exemplo capacetes, botas,

dentre outros.

Já os de uso temporário se referem aos equipamentos cujo uso só se torna obrigatório

durante a manipulação de algum aparato ou, exercendo alguma atividade. Como por

exemplo o protetor auricular, no uso de equipamentos com grande efeito sonoro.

No projeto foram mapeadas as atividades em que serão executados alguns dos

principais EPIs que deverão ser utilizados pelos mutirantes e colaboradores.

TABELA 11 - LISTA DE EPI’S

RECOMENDAÇÕES DE EPI

N EPI OBJETIVO ATIVIDADES DE USO

OBRIGATÓRIO

RISCO A SER

EVITADO:

EP1 Capacete de

Proteção

(Com jugular)

Proteger a cabeça

contra qualquer

tipo de impacto

Todos os colaboradores

devem seguir a utilização

devido ao risco contínuo

dentro do canteiro de

obras e seguir as normas

da empresa.

Prevenir o acidente

causado por queda

de materiais,

perfurações

provenientes de

qualquer tipo de

impacto,

diminuindo a lesão.

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67

EP2 Botina de

Segurança

Proteção dos pés

com o objetivo de

evitar lesões e

ferimentos.

Todos colaboradores dos

setores de serviços

devem estar utilizando

durante toda a jornada de

trabalho, evitando, assim,

o risco de acidente.

Risco de queda de

objetos e até

mesmo material,

contato com

umidade.

EP3 Respirador

purificador de

ar tipo peça

semifacial

PFF1, PFF2

Proteção das vias

respiratórias

contra poeiras.

Atividades que

exponham o colaborador

próximo de produtos

químicos, poeiras

vegetais, onde são

encontradas diretamente.

Ex: Operações de

trabalho onde haja poeira,

dentro do canteiro de

obra, em todos os setores.

Produto químicos,

tais como pó de

cerâmica , cimento

(álcalis cáusticos)

EP4 Óculos de

proteção.

Incolor

Proteção para os

olhos devido a

possíveis

respingos de

produtos químicos

e outras eventuais

projeções de

materiais.

Todas as atividades que

ofereçam risco de

projeção de materiais ou

respingo de produtos

químicos. Ex: No

manuseio da madeira,

evita fagulhas, contato

com cimento e evita o

contato direto com

materiais utilizados.

Evita o contato

direto dos

colaboradores com

produtos químicos.

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EP5 Luvas Látex

(PVC) Luvas

Nitrílicas,

pigmentadas

Proteção para a

pele (mãos)

devido ao contato

direto com o pó da

madeira.

Todas as atividades que

coloquem em contato a

pele do trabalhador. Ex:

Pedreiro

Evita o contato

direto com a pele

do colaborador.

EP6 Protetor

Auricular

(Tipo Plug/ ou

Concha)

Protetor de

audição.

Todas as atividades onde

houver exposição a

fontes ruidosas,

recomendada a utilização

devido à possível perda

de audição.

Diminuir

consequências pro

futuro do

colaborador.

EP7 Cinto de

Segurança

(Tipo

paraquedista

com talabarte)

Proteção para

risco de queda.

Todos os colaboradores

expostos à altura acima

de 2m deverão utilizá-lo,

obrigatoriamente.

Evita o risco de

queda ou

diminuindo lesão.

EP8 Luva

Pigmentada

Para Proteção das

mãos

Todos os colaboradores

que estiverem em uso de

algum equipamento.

Evita o Risco de

Cortes e mutilações

em contato com o

uso de

equipamentos.

EP9 Protetor Solar Para pele Todos os colaboradores

que ficarem expostos à

radiação Solar

Evita queimaduras,

câncer e doenças

de pele devido ao

excesso de tempo

exposto ao sol.

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69

4.3.5 - DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E FUNÇÕES, LOCAIS E RISCOS

ENVOLVIDOS.

Cada profissional ou mutirante que atue no canteiro de obras exercendo uma das

obra, estará exposto a uma diversidade de agentes. Esses agentes, como pudemos ver

anteriormente, são oriundos dos diversos espaços em que cada atividade se aloca.

Isso evidencia a necessidade de pensarmos quanto à segurança do trabalho, não só

pela ótica da identificação desses agentes nos espaços físicos do canteiro, mas também

individualmente, por função exercida. Isso nos permite identificar os equipamentos de

proteção individual que devem ser usados por cada profissional ou mesmo alguma limitação

física que a função necessite.

Nessa análise, leva-se em conta todo o desgaste mental e físico que os mutirantes

possam vir a carregar nesse período, e as análises devem ser ainda mais restritivas e

observadas.

No apêndice se encontram as análises realizadas, indicando os locais onde cada

profissional atuará, a descrição das atividades realizadas, os riscos físicos, químicos,

biológicos, ergonômicos e de acidentes que envolvem cada um. E, ao final, uma lista dos

equipamentos que deverão ser utilizados por cada profissional e algumas observações que o

autor achou pertinente devidos às características de cada atividade.

4.4 - GAMPA

O GAMPA é o Grupo de Acompanhamento, Motivação e Prevenção de Acidentes,

e tem o objetivo de criar uma equipe dentro do mutirão que seja capaz de gerir e acompanhar

todos os dados e informações da segurança do trabalho do canteiro de obras. Dispõe-se,

também, a propor ações que visem melhorar o bem estar dos mutirantes e seus

colaboradores.

4.4.1 - Engajamento do Grupo.

Jonatas Pereira Oliveira e Noemi Andrade de Oliveira (2017) citam Anne Spurgeon

(2003) que afirma:

“A preocupação central em relação ao número de horas

trabalhadas é o desenvolvimento da fadiga e, associado a isso, do estresse

ocupacional, sendo que a exposição cumulativa à fadiga e ao estresse

desemboca em problemas de doenças mentais e cardiovasculares. A

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70

situação é ainda mais grave quando os trabalhadores são submetidos

rotineiramente ao regime de horas extraordinárias”.

Considerando-se que a ideia principal do empreendimento é que o mesmo seja

realizado em turno noturno e aos finais de semana, ou seja, em período onde seja possível

para os mutirantes continuarem com seus trabalhos externos, não comprometendo, deste

modo, a sua fonte de renda, é de se esperar que a maioria dos trabalhadores ali presentes

estejam exaustos após uma fatigante jornada de trabalho.

“E se tratando de um desastre ou de uma situação socioeconômica

desfavorável é difícil antever o tempo de recuperação de cada indivíduo

traumatizado, pois as reações ao desastre são muito distintas entre si. Há

razões que possibilitam a completa ou parcial não recuperação do

indivíduo, como a criação de um grupo de apoio dentro e fora da

comunidade em questão, o que mostra como é relevante um suporte

exclusivo para esses”. (Leandro 2013 apud, FRANCO, 2005 apud

TORLAI, 2010, p.32).

Logo, o GAMPA tem como propósito maior fazer um acompanhamento da saúde

geral dos mutirantes, intervindo não apenas no que diz respeito à prevenção de doenças e

traumas físicos causados por descuidos em ambiente de trabalho, mas também na observação

do desenvolvimento da saúde mental dos seus colaboradores; propor ferramentas e maneiras

de manter viva a motivação diária, fazendo do mutirão um ambiente saudável, familiar,

alegre e de bom astral; criar um espírito de grupo unido, visto que o propósito é de

reconstituir suas vidas.

4.4.2 - Psicologia na Condução do Empreendimento.

TORLAI (2010, p.39) baseia-se em Smith (1983) Para afirmar que existem quatro

estágios pertinentes ao modo como são absorvidos os impactos nas situações de desastre,

bem como maneiras de se adaptar às mesmas. Smith deixa claro que cada acontecimento é

singular e as circunstâncias são únicas, observando assim a sua individualidade (Apud,

Leandro 2013). Essas etapas, validadas por JARERO (2010), são:

− O primeiro momento, denominado de heroico, aparece logo após a

ocorrência do evento e, geralmente, é caracterizado pelo comportamento de

altruísmo, coesão e otimismo da comunidade;

− A segunda fase, chamada lua de mel, consiste na solidariedade social e nos

esforços para a organização do local atingido;

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− No terceiro estágio, a desilusão pode-se estabelecer, pois algumas pessoas

tendem a se retirar das organizações comunitárias, expressando sentimentos

negativos em relação às ações governamentais, principalmente quando se mostram

aquém do esperado e do necessitado. É normalmente quando os sobreviventes

enfrentam a mais dura e cruel realidade;

− Na etapa de reconstrução, os indivíduos assumem a responsabilidade pela

sua própria recuperação e restauração de sua comunidade. É um processo de

completo retorno à normalidade, buscando o desenvolvimento.

Para um melhor entendimento psicológico sobre como funciona cada etapa descrita

anteriormente, e para que os integrantes do GAMPA possam observar melhor as

características e reconhecê-las durante todo o processo de reconstrução, Janero, 2010 apud

Leandro, 2013 descreve de forma minuciosa:

TABELA 12 - CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS (Janero, 2010 APUD LEANDRO DI

GREGORIO,2013)

FASE CARACTERÍSTICAS

HEROICA • Apresenta-se durante o impacto e imediatamente depois;

• Esta fase se caracteriza por enormes níveis de energia, tanto dos indivíduos como

da comunidade local, nacional e internacional que se traduzem em ações heróicas,

atividades de resgate, de ajuda, de oferecimento de refúgio, reparações de

emergência e limpeza;

• A emoção predominante é o altruísmo;

• Durante esta fase também podem apresentar-se atos de vandalismos, de rapina,

abusos e violências sexuais, sequestro e tráfico de menores, e ainda violências com

todas suas formas e manifestações, pois os desastres, que são experiências- limite,

fazem vir à luz o melhor e o pior do ser humano;

• Algumas vezes os governos têm de intervir com suas forças armadas para

restabelecer a ordem;

• A duração desta etapa é de algumas horas até vários dias.

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72

LUA DE

MEL

• Esta fase se caracteriza por fortes sentimentos de apoio, coesão e otimismo na

comunidade. Há uma forte sensação de haver compartilhado uma experiência

catastrófica e haver sobrevivido. Há um alto nível de expectativas postas na ajuda

internacional e no governo do seu país. Os meios de informação nacional e

internacional põem sua atenção na zona do desastre;

• Há promessas por toda parte dos governantes locais quanto à reconstrução das

comunidades, investigações judiciais e justiça para todos;

• Existe uma tendência, tanto das autoridades como das empresas com interesses

políticos e econômicos na região afetada, somente se concentrarem nos aspectos

materiais e da reconstrução e acabam esquecendo ou encobrindo, na medida do

possível, as sequelas do trauma psicoemocional e psicossocial;

• Enquanto é possível, dizem frases como “Já passou o pior”, “Agora temos que

olhar para frente”, e tratam de evitar que se mostrem as “coisas feias”, produtos

do desastre, como a profunda dor, angústia e desespero que está vivendo esta

população e que, mesmo que não receba ajuda especializada, seguirá sofrendo

muito tempo depois que pontes, estradas e hotéis de luxo estejam funcionando;

• Essa atitude de ignorância e indiferença e até os efeitos do trauma

psicoemocional podem impedir que se leve em frente uma abordagem de Amplo

Espectro dos devastadores efeitos psicoemocionais e psicossociais que tenha

vivido a população afetada, o que pode provocar uma deterioração mais profunda

do tecido social da comunidade e tornaria mais difícil a Fase de Reconstrução;

• Os sobreviventes tendem a pensar nas suas casas, comunidade e vidas – como

eles as conheciam ou incluindo melhores – que sejam restituídas rapidamente e

sem complicações;

• A complexidade da reconstrução começa a aparecer;

• Podem aparecer más notícias de sequestro e tráfico de menores; agressões e

abuso, incluindo atentado sexual _ tanto em meninas e mulheres como em

colaboradores (voluntários, homens e mulheres) _ nas comunidades isoladas, nos

albergues; atos de violência e roubo de ajuda humanitária ou uso com fins

políticos;

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73

• Nos albergues, centros americanos, descobriram pessoas repartindo os

escondidos antidepressivos a adultos, assim como dinheiro e brinquedos das

crianças para ganhar seus favores sexuais;

• Podem aparecer deficiências por parte das autoridades locais e/ou federais ao

oferecer ajuda a todos os afetados, podendo provocar fortes reações de indignação,

protestos e inclusive violência nas comunidades que não receberam ajuda;

• Os recursos mais importantes durante esta fase são tanto os grupos preexistentes

como os novos grupos da comunidade, que formam a raiz da emergência, com o

objetivo de proteger-se entre eles e cobrir as necessidades

específicas causadas pelo desastre, que não tenham sido satisfeitas pelas

autoridades;

• A duração desta etapa é aproximadamente de três semanas a três meses depois

do desastre;

• Os profissionais em saúde mental que não sejam experientes são propensos a

abandonar o lugar do desastre no final desta fase, com a impressão de que “já

passou o pior” e falham ao preparar os sobreviventes, os seus auxiliares e os/as

profissionais de saúde mental da comunidade para as manifestações do Trauma

Psicológico Complexo que se apresentarão numa porcentagem da população,

durante as seguintes semanas e meses;

• Por meio da história dos desastres, temos aprendido que o trauma inicial de

muitos

sobreviventes e seus socorristas (colaboradores) se resolve por sua resiliência

natural;

• Também aprendemos que, mesmo que haja ajuda da intervenção psicológica

imediata, num futuro próximo começaremos a ver que aparecem casos de Trauma

Psicológico Complexo (transtorno por Estresse Traumático e sintomas

comórbidos), dos quais é muito difícil curar sem tratamento especializado;

• Agora vejamos, aproximadamente, pela quarta semana depois do desastre (caos),

começam a diminuir os recursos enviados de fora, assim como a cobertura dos

meios de comunicação (informação). A energia que foi mostrada ao princípio

começa a diminuir e aparece a fadiga, o que prepara o cenário para a fase seguinte.

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DESILUSÃO • Esta fase também se denomina “segundo desastre”, devido à infinidade de

problemas que surgem da desorganização social e psicoemocional causada pelo

desastre;

• Podem aparecer nos refúgios / abrigos um aumento da violência intrafamiliar,

agressão e abuso sexual a meninas e mulheres, uso de drogas, brigas com outros

afetados, falta de higiene, ócio, etc.;

• Há muitos sobreviventes que não aceitam ir a abrigos / refúgios e permanecem

vivendo sobre os escombros ou próximo do que foi sua casa, e isso dificulta o

trabalho de ajuda psicoemocional e psicossocial;

• Durante esta fase, os sobreviventes enfrentam a mais dura e cruel realidade;

• As perdas: mortes, destruição dos bens materiais, desemprego, lesões ou

disfunção física severa originam os processos de lástima e aflição, também

chamado luto;

• Esses processos agravam-se com os saques, vandalismos, perseguições /

agressões, abuso, violações sexuais etc., o que já falamos anteriormente;

• É durante esta fase que se podem manifestar abertamente os sintomas do Trauma

Psicológico Complexo do qual temos falado e que não só afetam os sobreviventes

como os seus socorristas (colaboradores, ajudantes), suas famílias e o tecido social

da comunidade;

• Ainda durante esta fase, todos os citados podem sentir-se abandonados e

sozinhos, e então, agravarem-se os sintomas do Trauma Psicológico Complexo e

aumentar a porcentagem de suicídios e homicídios;

• Nesta fase, aparece um segundo tipo de estresse (o primeiro é produzido no

desastre). Esse é produzido por tratar com agências governamentais, companhias

de seguro, seguir vivendo nos albergues, as mudanças de lugar, papéis de

tramitações, demoras legais, perdas materiais, perdas de segurança ou proteção,

aumento da vulnerabilidade, perda de acostumar-se (familiarizar-se) com os

escombros ou tudo derrubado, escutar por muito tempo as pessoas dizerem “Vive

com isso, já aconteceu há muitos meses”, “Viva deixando de ser uma vítima”;

• Aqui se podem apresentar fortes sensações de cólera, desilusão, ressentimento e

amargura se houver atrasos, fracassos, desejos ou promessas não cumpridas por

parte das autoridades;

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• A anterior pode produzir sintomas como ira, sensação de impotência, transtornos

somáticos e tendência a idealizar a moradia perdida;

• Esses sintomas também são conhecidos como “síndrome do desastre”;

• Tempo aproximado desta fase: mínimo de 6 meses a mais de um ano.

RECONSTR

UÇÃO

• É um processo de completo retorno à normalidade, procurando o

desenvolvimento;

• Esta etapa tem quatro objetivos simultâneos:

o A criação de novas fontes de trabalho e recuperação do desenvolvimento

social;

o A reparação dos danos materiais e em especial os de moradia, infraestrutura e

fontes de trabalho;

o Considerações sobre as medidas de prevenção e suavizar os riscos para a

nova comunidade;

o O total restabelecimento do equilíbrio psicoemocional e psicossocial;

• É saudável fazer nos eventos de aniversário, um repassar positivo das vitórias e

crescimento;

• Caso não se trabalhe o Trauma Psicológico Complexo dos sobreviventes e

socorristas e os esforços de recuperação demorem, podem resultar sérios e intensos

problemas psicoemocionais e psicossociais que deterioram ainda mais o frágil

tecido social da comunidade afetada;

• Progressos visíveis podem reanimar as crenças em si mesmo e na comunidade;

• Os recursos mais importantes são os grupos sociais da nova comunidade;

• Tempo da fase: duração de vários anos depois de ocorrido o desastre.

O autor ainda discorre que a situação em que se encontram pós desastres é de

completo abandono, seja por perdas humanas ou materiais. Assim, é necessário que se

construa um local para que possam se sensibilizar e lutar para sua completa reconstrução e

que se sintam completamente estimulados.

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76

4.4.3 - Composição do GAMPA

Sua composição terá como base a NR-5 que trata sobre os procedimentos da CIPA.

Ao menos um dos responsáveis técnicos pelo empreendimento, engenheiro ou arquiteto,

precisará compor a GAMPA. Ele é quem será o responsável por capacitar todo o grupo,

mostrar a funcionalidade dos mecanismos de segurança do trabalho, bem como executá-los.

Também deverão arquitetar como se darão suas atividades, procedimentos e registros.

A divisão ocorrerá em torno da estrutura organizacional do projeto SHS, que conta

com 5 GT’s - Grupos de Trabalho. Dito sistema é independente do porte do empreendimento,

portanto, cada grupo deverá ter, no mínimo, 01 (um) representante e 01 (um) suplente como

membros do GAMPA. Desta maneira, tal representante será e o responsável por fiscalizar e

repassar as atividades propostas aos seus colegas. Nos grupos de apoios A (Administração,

Almoxarife, Vigia e etc) e B (Limpeza, Alimentação, Creche e etc), pode-se designar um

titular de um grupo e um suplente de outro. Há ainda a necessidade de se ter ao menos um

colaborador que fique exclusivamente com essa função, a fim de coordenar e pensar no plano

de segurança do trabalho, rotineiramente, em projetos com elevada quantidade de

mutirantes.

Assim, a GAMPA terá como composição mínima 07 titulares e 07 suplentes em sua

composição. Essa formação então se dará para até 100 colaboradores na obra. Após esse

número, acrescentar 01 (um) titular e 01 (um) suplente nos GTs para cada acréscimo ou

fração de 50 pessoas no canteiro, e nos grupos A e B essa análise se faz necessária pelo

responsável técnico, conforme achar pertinente. Não se fará necessário que os mutirantes

que fizerem parte do GAMPA deixem suas funções dentro da obra ou apoio, pois esta será

uma atividade extra. Em empreendimentos muito grandes (+ 250 pessoas na obra), com alto

número de pessoas circulando, podem-se designar alguns desses colaboradores para

permanecerem exclusivamente na GAMPA, fiscalizando e rodando a obra, a fim de

colherem informações e darem orientações.

Foto 22: Fluxograma GAMPA

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77

Dessa forma, teríamos para os cenários estudados A, B e C a definição dos seguintes

grupos:

● GAMPA CENÁRIO - A: 07 Titulares e 06 Suplentes

Responsável Técnico - 01 Titular

Apoio - 01 Titular + 01 Suplente

Canteiro (GTs) - 05 Titulares + 05 Suplentes

● GAMPA CENÁRIO - B: 12 Titulares e 09 Suplentes

Responsável Técnico - 02 Titulares + 01 Suplente

Apoio - 02 Titulares + 01 Suplente

Canteiro (GT’s) - 07 Titulares + 07 Suplentes

Extra (Exclusivo) - 01 Titular

● GAMPA CENÁRIO - C: 17 Titulares e 13 Suplentes

Responsável Técnico - 02 Titulares + 01 Suplente

Apoio - 02 Titulares + 01 Suplente

Canteiro (GT’s) - 11 Titulares + 11 Suplentes

Extra (Exclusivo) - 02 Titulares

4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS

O DDS é um planejamento com objetivo de criar uma rotina de compreensão em

torno de boas práticas pelos mutirantes no canteiro de obras. Tal planejamento é dado em

forma de conversas antes, durantes e depois das atividades.

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Não há nenhuma norma ou lei que discorra sobre a aplicação e procedimentos

referentes ao DDS. Porém, no Brasil, há algumas normas e leis que deixam explícita a

obrigatoriedade do empregador, ou nesse caso, do responsável pelo empreendimento, em

expor todos os perigos existentes no decorrer das tarefas.

Lei 8.213/91, artigo 19: § 3º É dever da empresa prestar

informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do

produto a manipular. (BRASIL, 1991).

A NR-1 e a NR-9 também tratam do assunto em seus itens 1.7 e

9.5.2 respectivamente.

NR1 - 1.7 c) informar aos trabalhadores: I – os riscos

profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; II – os meios

para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;

(BRASIL, 2009).

NR9 - 9.5.2 Os empregadores deverão informar os

trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais

que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis

para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.

(BRASIL, 2014).

A conversa sobre a elaboração de cada atividade deverá ser conduzida pela equipe

do GAMPA e imediatamente antes do início das atividades. Deverão ser expostas a cada

grupo de trabalho quais atividades serão executadas e quais procedimentos de segurança do

trabalho serão realizados. Essa atividade geral terá curta duração, entre 5 e 10 minutos, no

máximo.

O comprometimento da alta direção e a participação efetiva dos colaboradores na

criação de uma cultura de segurança consistente faz com que todos se sintam mais

responsáveis quanto à prevenção e à manutenção de um ambiente livre de acidentes e riscos

à saúde (CHOUDHRY et. al., 2007).

Para manter todo o grupo de mutirantes engajados e ativos, a cada dia um mutirante

diferente deverá ficar responsável por observar e orientar seus colegas sobre os riscos

presentes e fiscalizar o uso dos equipamentos de proteção, bem como estimular seu uso

contínuo.

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No Brasil há leis Federais e estaduais, como a lei federal nº 8.213, de 1991 que obriga

a elaboração de um comunicado para a previdência social, bem como leis que obrigam o

registro e comunicado aos devidos órgãos referentes aos acidentes de trabalho ocorridos

dentro ou em função das atividades exercidas pelo trabalhador.

Os dados supracitados servem para que se assegurem não só direitos aos

trabalhadores acidentados, mas também para que haja um estudo acerca do ocorrido e

possam ser elaboradas medidas para evitar mais ocorrências. Estudos, normas e leis sobre a

segurança do trabalhador foram realizadas a partir de dados colhidos desses acidentes.

Visto isso, o GAMPA deverá registrar todas as atividades e procedimentos

realizados, bem como qualquer incidente, por menor que seja, que ocorrer dentro do

empreendimento e quando necessário os dados deverão ser encaminhados, também, às

autoridades responsáveis. Isso servirá para a equipe avaliar onde precisará dar maior atenção

aos procedimentos de prevenção de acidentes.

4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

O Projeto de sinalização de um canteiro de obra é um instrumento tão importante

quanto a utilização de equipamentos de uso individual e coletivo. É através de tais

instrumentos que os trabalhadores e mutirantes se orientam e são informados dos perigosos

presentes.

A NR-18 (2006) em seu item 18.27 discorre sobre a sinalização de segurança no

canteiro de obra:

18.27.1. O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo

de:

a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de

obras; (118.538-1 / I1)

b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas; (118.539-0 /

I1)

c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;

(118.540-3 / I1)

d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental

com partes móveis das máquinas e equipamentos. (118.541-1 / I1)

e) advertir quanto a risco de queda; (118.542-0 / I1)

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f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico

para a atividade executada, com a devida sinalização e advertência

próximas ao posto de trabalho; (118.543-8 / I1)

g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e

circulação de materiais por grua, guincho e guindaste; (118.544-6 / I1)

h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na

obra; (118.545-4 / I1)

i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-

direito for inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros); (118.546-2 /

I1)

j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas,

inflamáveis, explosivas e radioativas. (118.547-0 / I1)

Sendo assim, qualquer que seja o tamanho do canteiro de obras ou sua distribuição

no espaço físico local, o responsável técnico deverá prover o projeto de sinalização do

canteiro.

Esse tem serventia não apenas para quem trabalha dentro do canteiro, mas também

para visitas, inspeções, fiscalizações e para casos de evacuação ou acidentes.

Dentre as sinalizações que devem constar no projeto, há de se destacar as indicações

de saída e entrada, de áreas onde é proibida a circulação de pessoas (como as áreas de

circulação de caminhonetes), sinalização de velocidade máxima permitida na via, utilização

de equipamentos de proteção obrigatórios e a sinalização da direção onde se localizam os

dispositivos do canteiro.

Para projetos com grande extensão territorial, há a possibilidade de se elaborar um

mapa do canteiro e disponibilizá-lo em pontos de grande concentração de pessoas, nas

entradas e saídas e na administração.

É importante salientar que, pelo projeto ser executado predominantemente durante o

turno noturno, há de se elaborar um projeto de iluminação adequada, pois a escassa

visibilidade no canteiro de obra pode ocasionar lesões e acidentes.

O projeto de combate e sinalização de incêndio também devem constar nos projetos

finais, como parte do projeto de segurança do empreendimento.

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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1 - CONCLUSÕES

Conforme visto, o principal objetivo deste trabalho foi realizar um estudo que

contemplasse uma análise sobre os riscos envolvidos no canteiro de obras do projeto e as

consequências na saúde física e mental do trabalhador, levando em conta todo o processo de

reconstrução de vida em que está exposto.

Após o estudo percebeu-se a complexidade acerca do tema da segurança do trabalho

em um empreendimento de construção civil, principalmente quando se trata de um projeto

de tamanha proporção. São inúmeras as dificuldades de se controlarem todas as

possibilidade de riscos presentes em um canteiro ainda não definido.

Tratando-se de um empreendimento social, pós desastre, com seus colaboradores em

situação socioeconômica frágil e com turnos de trabalho em horários alternativos, o

empreendimento fica suscetível a um desgaste maior de seus participantes, tornando o

canteiro mais passível de riscos desconhecidos.

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Com a dificuldade de se ter um padrão de layout ou de um projeto fechado com os

tipos de embriões e a quantidade dos mesmos, optou-se por utilizar como base de estudos

cenários fictícios acerca das famílias participantes do projeto. Isso nos permitiu ter uma

grandeza dos empreendimentos e entender um pouco as diferenças que permeiam os

cenários.

Temos no Grupo de Acompanhamento, Motivação e Prevenção de Acidentes, o

GAMPA, um importante produto deste trabalho. É nele que se dará todo desenvolvimento

das análises de segurança do trabalho, bem como a compilação dos dados obtidos no

empreendimento. É responsável também por observar os aspectos mentais dos mutirantes

envolvidos não só no canteiro de obra, mas também nas atividades de apoio. Dentro do

GAMPA há também o Diálogo Diário de Segurança - DDS que consiste em um diálogo

coletivo de curta duração, antes do expediente. Ação que pode prevenir acidentes,

conscientizar os colaboradores e passar informações sobre a rotina de segurança.

Outra ferramenta de grande importância no desenvolvimento do trabalho foi a matriz

de risco, que foi desenvolvida tomando como base a escala de Likert. A escala trás cinco

níveis de escolha, o que torna a escolha visivelmente facilitada, minimizando dúvidas.

As plantas contendo o mapa de risco de cada dispositivo que irá compor o canteiro

do empreendimento deverá guiar os responsáveis técnicos dos riscos envolvidos e também

na montagem do espaço físico do canteiro de obras. Além de já estarem disponíveis em

forma definitiva.

Foi possível então elaborar uma análise mais qualitativa dos agentes presentes na

segurança do empreendimento e das possíveis formas de controle desses. Tal ocorrência

fornece a quem for tocar o empreendimento uma análise prévia do que poderá encontrar no

projeto, sendo, deste modo, capaz de fazer escolhas mais rápidas, aplicar melhor as

ferramentas apresentadas e tomar os devidos cuidados.

É importante acentuar, novamente, que as análises feitas aqui, em sua totalidade,

deverão ser reafirmadas pelos profissionais técnicos escolhidos para tocar o projeto. Eles

deverão ser adaptados de modo a atenderem todos as normas locais vigentes.

Levando em conta a complexidade de se desenvolver um projeto de segurança do

trabalho para um empreendimento genérico, sem informações sobre seu tamanho,

disponibilidade do espaço físico, quantidade de mutirantes e outros dados técnicos, o

presente trabalho tem como objetivo final informar, orientar e guiar os profissionais que

realizarão o projeto.

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83

5.2 ESTUDOS FUTUROS

O estudo sobre a segurança do trabalho vai além do uso adequado dos dispositivos

de segurança individuais. Requer um esforço coletivo em prol da saúde do trabalhador, nos

detalhes ergonômicos, dispositivos de uso diários e meios de transporte. O presente trabalho

realizou um pequeno estudo dos agentes de risco presente em um canteiro modelo e limitou-

se em algumas ferramentas, trazendo ao autor algumas ideias de projetos futuros.

Um estudo sobre a alimentação querida pelos mutirantes. Sobretudo porque

os mesmos se encontram em situação extrema e em turnos de trabalho

ininterruptos, causando uma enorme demanda por energia. Logo, é preciso

um estudo que encaminhe uma alimentação balanceada para que a fala de

energia e força não seja um causador de acidentes de trabalho.

As instalações sanitárias em ambientes da construção civil costumam ser

negligenciadas e tratadas em segundo plano. O autor sugere que seja feito um

estudo sobre a utilização de containers nas instalações hidros sanitárias,

sendo esses móveis e com as instalações externas devidamente instaladas.

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2008.

APÊNDICES

Apêndice A - Carpinteiro

FUNÇÃO: CARPINTEIRO

ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS

ATIVIDADE: Executar a montagem das caixas para a concretagem das vigas e

colunas, executar todos os recortes e manutenção em madeiras,

preparar o acabamento das esquadrilhas, auxiliar também na

montagem das ferragens e alvenaria, conforme o andamento da

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88

obra. Auxiliar também na limpeza e demolição das antigas

estruturas para construção de novas, ou até mesmo modificá-las.

RISCO FÍSICO

RUÍDO

CONTÍNUO OU

INTERMITENTE

A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas que

estejam próximas façam uso de máquinas e equipamentos utilizados

no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria, furadeira, etc.

FONTE

GERADORA

Máquinas usadas na sua atividade dentro do canteiro de obras.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Através de ondas sonoras pelo ar.

DANOS A SAÚDE Perda total ou parcial da capacidade auditiva pelo ruído

ocupacional.

OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da obra),

por curtos períodos de tempo, em média de 2 a 3 horas/dia. Com a

utilização do EPI e treinamento para sua correta utilização é

permitida a permanência do funcionário durante toda a carga horária

de trabalho nesse setor.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE: Realizar manutenções preventivas nas

máquinas e equipamentos, com o intuito de

reduzir o ruído desnecessário na fonte ou sua

devida substituição;

TRAJETÓRIA: Enclausurar as fontes geradoras de ruído;

Page 89: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

89

INDIVÍDUO: Treinar periodicamente os funcionários sobre a

forma correta de uso, manutenção, higienização

dos EPIs fornecidos e substituição quando

necessário.

RISCO FÍSICO

RADIAÇÕES

NÃO

IONIZANTES

Radiação solar ultravioleta

FONTE

GERADORA

Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)

DANOS A SAÚDE Fadiga, câncer de pele, queimaduras.

RISCO QUÍMICO

Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.

Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo

- 13):

FONTE

GERADORA

Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.

TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Contato direto do produto.

DANOS A SAÚDE Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças

Page 90: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

90

respiratórias.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE Disponibilizar equipamentos de proteção

individual necessários para os devidos riscos

existentes.

TRAJETÓRIA Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.

INDIVÍDUO Realizar treinamento periódico aos seus

colaboradores devido à importância do uso de

EPI..

RISCO BIOLÓGICO

Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.

RISCO ERGONÔMICO

Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços

e antebraços com e sem carga, desconforto por posição.

FONTE Posição de trabalho

TRAJETÓRIA Musculatura corporal.

Page 91: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

91

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

A propagação se dá diretamente através de longos períodos na

mesma posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o

agravante de executar os movimentos de forma equivocada.

DANOS A SAÚDE Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por

fadiga e estresse.

RECOMENDA-SE A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em

períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando membros

inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral. Tomar

cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com

problemas de coluna e/ou demais problemas ortopédicos devem

evitar esse tipo de atividade. Ter a postura ereta ao realizar todos os

movimentos.

RISCO ERGONÔMICO

TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO

PROLONGADAS

OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.

DANOS A SAÚDE Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas

e se acidentar, Irritação excessiva

RECOMENDA-SE GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento

antes e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e

alimentação durante as atividades.

RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE

Page 92: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

92

Risco de queda de altura elevada, escada ou tombos. Queda de objetos ou partículas.

Cortes. Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).

EPI

RECOMENDADO

:

Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos

de proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em contato com o

cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou

ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas

próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura

superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção respiratória

(EP3).

OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM

MAIS DE 60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES,

GRÁVIDAS OU PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES DE

SAÚDE, TAIS COMO HÉRNIA DE DISCO E OUTROS

PROBLEMAS ORTOPÉDICOS.

Apêndice B - Armador

FUNÇÃO: FERREIRO/ARMADOR

ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS

ATIVIDADE: Preparar matrizes e a linha de produção para forjar peças metálicas,

montar caixas em armações metálicas para a realização do levantamento

do edifício.

RISCO FÍSICO

Page 93: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

93

RUÍDO

CONTÍNUO OU

INTERMITENTE

A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas que

estejam próximas façam uso das máquinas e equipamentos utilizados no

canteiro de obras. Como maquitas, serralheria, furadeira, etc.

FONTE

GERADORA

Máquinas usadas na sua atividade dentro do canteiro de obras

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Através de ondas sonoras pelo ar.

DANOS A SAÚDE Perda auditiva pelo ruído ocupacional.

OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da obra), por

curtos períodos de tempo, em média de 2 a 3 horas/dia. Com a utilização

do EPI e treinamento para sua correta utilização é permitida a

permanência do funcionário durante toda a carga horária de trabalho

nesse setor.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE: 1º Realizar manutenções preventivas nas máquinas

e equipamentos, com o intuito de reduzir o ruído

desnecessário na fonte ou substituição das mesmas;

TRAJETÓRIA: 2º Enclausurar as fontes geradoras de

ruído;

INDIVÍDUO: 3º Treinar periodicamente os funcionários sobre a

forma correta de uso, manutenção, higienização dos

EPIs fornecidos e substituição quando necessário.

RISCO FÍSICO

Page 94: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

94

RADIAÇÕES NÃO

IONIZANTES

Radiação solar ultravioleta.

FONTE

GERADORA

Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)

DANOS A SAÚDE Fadiga, câncer de pele, queimaduras.

RISCO QUÍMICO

Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.

Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo -

13):

FONTE

GERADORA

Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.

TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Contato direto do produto.

DANOS A SAÚDE Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças respiratórias.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE Disponibilizar equipamentos de proteção individual

necessário, para os devidos riscos existentes.

TRAJETÓRIA Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.

Page 95: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

95

INDIVÍDUO Realizar treinamento periódico aos seus

colaboradores devido à importância do uso de EPI

RISCO BIOLÓGICO

Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.

RISCO ERGONÔMICO

Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços e

antebraços com e sem carga, desconforto por posição.

FONTE Posição de trabalho.

TRAJETÓRIA Musculatura corporal.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

A propagação se dá diretamente através de longos períodos na mesma

posição e devido os movimentos repetitivos. Há o agravante de executar

os movimentos de forma equivocada.

DANOS A SAÚDE Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por fadiga

e estresse.

Page 96: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

96

RECOMENDA-SE A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em

períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando membros

inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral. Tomar cuidado

ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com problemas de coluna

e/ou demais problemas ortopédicos devem evitar esse tipo de atividade.

Ter a postura ereta ao realizar todos os movimentos.

RISCO ERGONÔMICO

TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO PROLONGADAS

OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.

DANOS A SAÚDE Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas e

se acidentar, Irritação excessiva

RECOMENDA-SE GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento antes e

durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e alimentação

durante as atividades.

RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE

Risco de Queda de Altura elevada e escada ou tombos. Cortes, perfurações e queimaduras.

Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).

EPI

RECOMENDADO:

Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos de

proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em contato com o

cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou ferramentas.

Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas próximo a fonte de

ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura superior a 2 metros. Protetor

solar (EP9). Proteção respiratória (EP3).

Page 97: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

97

OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM MAIS DE

60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES, GRÁVIDAS OU

PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES DE SAÚDE, TAIS COMO

HÉRNIA DE DISCO E OUTROS PROBLEMAS ORTOPÉDICOS.

Apêndice C - Pedreiro

FUNÇÃO: PEDREIRO

ORIGEM: CANTEIRO

ATIVIDADE: Preparação de argamassa, assentamento de tijolos, construção de

paredes, concretagem (colunas, sapatas, vigas, etc), carregamento de

tijolos até o ambiente no qual realizar-se-á à obra, auxiliar na

alvenaria, construção de caixas para concreto quando necessário,

demolir e preparar o terreno para construção. Efetuar carga e descarga

de materiais.

RISCO FÍSICO :

RUÍDO

CONTÍNUO OU

INTERMITENT

E

A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas que

estejam próximas fazem uso das máquinas e equipamentos utilizados

no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria, furadeira, etc.

FONTE

GERADORA

Máquinas usadas na sua atividade dentro do canteiro de obras.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Através de ondas sonoras pelo ar.

DANOS A

SAÚDE

Perda auditiva pelo ruído ocupacional.

Page 98: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

98

OBS: Os equipamentos utilizados nas operações passam por manutenções

periódicas, além do que não são usados continuamente. O referido

trabalhador está exposto por acompanhar as atividades

no local onde são gerados os agentes, ficando exposto por ocasião.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE: Realizar manutenções preventivas nas máquinas e

equipamentos, com o intuito de reduzir o ruído

desnecessário na fonte ou sua devida substituição;

TRAJETÓRIA: Enclausurar as fontes geradoras de ruído;

INDIVÍDUO: Treinar periodicamente os funcionários sobre a

forma correta de uso, manutenção, higienização

dos EPIs fornecidos e substituição quando

necessário.

RISCO FÍSICO

RADIAÇÕES

NÃO

IONIZANTES

Radiação solar ultravioleta.

FONTE

GERADORA

Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)

DANOS A

SAÚDE

Fadiga, câncer de pele, queimaduras.

Page 99: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

99

RISCO QUÍMICO

Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.

Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo

- 13):

FONTE

GERADORA

Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.

TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Contato direto do produto.

DANOS A

SAÚDE

Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças respiratórias.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE 1º Disponibilizar equipamentos de proteção

individual necessário, para os devidos riscos

existentes.

TRAJETÓRIA Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.

INDIVÍDUO 3º Realizar treinamento periódico aos seus

colaboradores devido a importância do uso de

EPI

RISCO BIOLÓGICO

Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade

RISCO ERGONÔMICO

Page 100: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

100

Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços e

antebraços com e sem carga, desconforto por posição.

FONTE Posição de trabalho.

TRAJETÓRIA Musculatura corporal.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

A propagação se dá diretamente através de longos períodos na mesma

posição e devido os movimentos repetitivos. Há o agravante de

executar os movimentos de forma equivocada.

DANOS A

SAÚDE

Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por fadiga

e estresse.

RECOMENDA-

SE

A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em

períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando membros

inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral. Tomar

cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com

problemas de coluna e/ou em ortopédicos devem evitar esse tipo de

atividade. Ter a postura ereta ao realizar todos os movimentos.

RISCO ERGONÔMICO

TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO

PROLONGADAS

Page 101: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

101

OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.

DANOS A

SAÚDE

Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas

e se acidentar, Irritação excessiva

RECOMENDA-

SE

GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento antes

e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e alimentação

durante as atividades.

RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE

Risco de Queda de Altura elevada e escada ou tombos. Queda de objetos ou partículas.

Cortes. Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).

EPI

RECOMENDAD

O:

Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos

de proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em contato com o

cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou

ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas

próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura

superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção respiratória (EP3).

OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM MAIS

DE 60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES, GRÁVIDAS OU

PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES DE SAÚDE, TAIS

COMO HÉRNIA DE DISCO E OUTROS PROBLEMAS

ORTOPÉDICOS.

Apêndice D - Almoxarife

FUNÇÃO: ALMOXARIFE

Page 102: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

102

ORIGEM: EXTERNO AO CANTEIRO

ATIVIDADE: Organizar os insumos da obra no depósito. Realizar a distribuição

dos materiais para os responsáveis. Registrar toda movimentação

realizada e comunicar aos responsáveis.

RISCO FÍSICO

RADIAÇÕES

NÃO

IONIZANTES

Radiação solar ultravioleta.

FONTE

GERADORA

Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)

DANOS A

SAÚDE

Fadiga, câncer de pele, queimaduras.

RISCO QUÍMICO

Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.

Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo

- 13):

FONTE

GERADORA

Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.

TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.

Page 103: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

103

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Contato direto do produto.

DANOS A

SAÚDE

Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças respiratórias.

RISCO BIOLÓGICO

Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.

RISCO ERGONÔMICO

Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços e

antebraços com e sem carga, desconforto por posição.

FONTE Posição de trabalho.

TRAJETÓRIA Musculatura corporal.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

A propagação se dá diretamente através de longos períodos na mesma

posição e devido os movimentos repetitivos. Há o agravante de

executar os movimentos de forma equivocada.

DANOS A

SAÚDE

Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por fadiga

e estresse.

Page 104: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

104

RECOMENDA-

SE

A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em

períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando

membros inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral.

RISCO ERGONÔMICO

TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO

PROLONGADAS

OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.

DANOS A

SAÚDE

Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas e

se acidentar, Irritação excessiva

RECOMENDA-

SE

GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento antes

e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e alimentação

durante as atividades.

RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE

Risco de objeto cair. Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).

EPI

RECOMENDAD

O:

Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Protetor

auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas próximo a fonte de ruído.

- Esses equipamentos são os equipamentos mínimos que qualquer

pessoa que se encontra no canteiro terá que possuir.

Apêndice E - Engenheiro / Mestre de Obras / Encarregado.

FUNÇÃO: ENGENHEIRO / MESTRE DE OBRAS / ENCARREGADO

Page 105: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

105

ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS

ATIVIDADE: Organizar e supervisionar as atividades dos trabalhadores sob sua

gestão, distribuindo, coordenando e orientando as diversas tarefas,

para assegurar o desenvolvimento do processo de execução das obras

dentro dos prazos, normas e especificações estabelecidas.

Planejamento de trabalhos e preparação de canteiro de obras.

RISCO FÍSICO

RUÍDO

CONTÍNUO OU

INTERMITENTE

A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas que

estejam próximas fazem uso das máquinas e equipamentos utilizados

no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria, furadeira, etc.

FONTE

GERADORA

Máquinas usadas na sua atividade dentro do canteiro de obras.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

através de ondas sonoras pelo ar.

DANOS A

SAÚDE

Perda auditiva pelo ruído ocupacional.

OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da obra),

por curtos períodos de tempo, em média de 2 a 3 horas/dia. Com a

utilização do EPI e treinamento para sua correta utilização é

permitida a permanência do funcionário durante toda a carga horária

de trabalho nesse setor.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE: Realizar manutenções preventivas nas máquinas

e equipamentos, com o intuito de reduzir o

ruído desnecessário na fonte ou substituição

Page 106: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

106

quando necessário;

TRAJETÓRIA: Disponibilizar Equipamentos de Proteção

Individual correto para o risco exposto ao

colaborador;

INDIVÍDUO: Treinar e capacitar os colaboradores no tocante

à importância da utilização dos EPI’S

RISCO FÍSICO

RADIAÇÕES

NÃO

IONIZANTES

Radiação solar ultravioleta.

FONTE

GERADORA

Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)

DANOS A

SAÚDE

Fadiga, câncer de pele, queimaduras.

RISCO QUÍMICO :

Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.

Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo

- 13):

FONTE

GERADORA

Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.

TRAJETÓRIA Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças respiratórias.

Page 107: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

107

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Contato direto do produto.

DANOS A

SAÚDE

Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas.

RISCO BIOLÓGICO

Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.

RISCO ERGONÔMICO

Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços e

antebraços com e sem carga, desconforto por posição.

FONTE Posição de trabalho.

TRAJETÓRIA Musculatura corporal.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

A propagação se dá diretamente através de longos períodos na mesma

posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o agravante de

executar os movimentos de forma equivocada.

DANOS A

SAÚDE

Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por

fadiga e estresse.

Page 108: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

108

RECOMENDA-

SE

A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em

períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando membros

inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral. Tomar

cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Ter a postura ereta ao

realizar todos os movimentos.

RISCO ERGONÔMICO

TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO

PROLONGADAS

OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.

DANOS A

SAÚDE

Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas

e se acidentar, Irritação excessiva

RECOMENDA-

SE

GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento antes

e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e alimentação

durante as atividades.

RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE

Risco de Queda de Altura elevada e escada ou tombos. Queda de objetos ou partículas.

Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).

EPI

RECOMENDAD

O:

Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos

de proteção (EP4). Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou

ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas

próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura

superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção respiratória (EP3).

Apêndice F - Ajudante

Page 109: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

109

FUNÇÃO: AJUDANTE - Pedreiro, Eletricista, Encanador, Carpinteiro,

Telhadista

ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS

ATIVIDADE: Desenvolver atividades no auxílio e preparação de massas, realizar

também transporte de tijolo, madeira, ferramentas, cabos elétricos,

pisos, materiais em geral, até o ambiente desejado aos demais

colegas, realizar serviços gerais dentro do canteiro de obra, até

mesmo na carga e descarga de materiais recebidos quando pedido.

RISCO FÍSICO

RUÍDO

CONTÍNUO OU

INTERMITENTE

A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas

que estejam próximas fazem uso das máquinas e equipamentos

utilizados no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria,

furadeira, etc.

FONTE

GERADORA

Equipamentos usados na obra.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Propagação de ondas sonoras.

DANOS A SAÚDE Perda auditiva pelo ruído ocupacional.

OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da obra),

por curtos períodos de tempo, em média de 3 a 4 horas/dia. Com a

utilização do EPI e treinamento para sua correta utilização é

permitida a permanência do funcionário durante toda a carga

horária de trabalho nesse setor.

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110

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE: Realizar manutenções preventivas nas máquinas

e equipamentos, com o intuito de reduzir o ruído

desnecessário na fonte ou substituição quando

necessário;

TRAJETÓRI

A:

Enclausurar as fontes geradoras de ruído;

INDIVÍDUO: Treinar periodicamente os funcionários sobre a

forma correta de uso, manutenção, higienização

dos EPIs fornecidos e substituição quando

necessário.

RISCO FÍSICO

RADIAÇÕES NÃO

IONIZANTES

Radiação solar ultravioleta.

FONTE

GERADORA

Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)

DANOS A SAÚDE Fadiga, câncer de pele, queimaduras.

RISCO QUÍMICO

Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.

Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15,

Anexo - 13):

Page 111: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

111

FONTE

GERADORA

Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.

TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Contato direto do produto.

DANOS A SAÚDE Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças

respiratórias.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE 1ºDisponibilizar equipamentos de proteção

individual necessário, para os devidos riscos

existentes.

TRAJETÓRI

A

Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.

INDIVÍDUO 3º Realizar treinamento periódico aos seus

colaboradores devido a importância do uso de

EPI.

RISCO BIOLÓGICO

Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.

RISCO ERGONÔMICO

Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com

braços e antebraços com e sem carga, desconforto por posição.

FONTE Posição de trabalho.

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112

TRAJETÓRIA Musculatura corporal.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

A propagação se dá diretamente através de longos períodos na

mesma posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o

agravante de executar os movimentos de forma equivocada.

DANOS A SAÚDE Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por

fadiga e estresse.

RECOMENDA-SE A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e

em períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando

membros inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral.

Tomar cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com

problemas de coluna e/ou demais problemas ortopédicos devem

evitar esse tipo de atividade. Ter a postura ereta ao realizar todos

os movimentos.

RISCO ERGONÔMICO

TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO

PROLONGADAS

OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.

DANOS A SAÚDE Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar

tarefas e se acidentar, Irritação excessiva

Page 113: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

113

RECOMENDA-SE GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento

antes e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e

alimentação durante as atividades.

RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE

Risco de queda de altura elevada, escada ou tombos. Queda de objetos ou partículas.

Cortes. Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).

EPI

RECOMENDADO:

Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos

de proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em contato com

o cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou

ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas

próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura

superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção respiratória

(EP3).

OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM

MAIS DE 60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES,

GRÁVIDAS OU PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES DE

SAÚDE, TAIS COMO HÉRNIA DE DISCO E OUTROS

PROBLEMAS ORTOPÉDICOS.

Apêndice G - Eletricista

FUNÇÃO: ELETRICISTA

ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS

ATIVIDADE: Responsável por instalar, fazer manutenção e reparar fiação

elétrica, passar a fiação nas tubulações.

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114

RISCO FÍSICO

RADIAÇÕES NÃO

IONIZANTES

Radiação solar ultravioleta.

FONTE

GERADORA

Exposição excessiva a radiação solar, sem a devida proteção.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)

DANOS A SAÚDE Fadiga, câncer de pele, queimaduras.

RISCO QUÍMICO

Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e

areia. Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR

15, Anexo - 13):

FONTE

GERADORA

Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.

TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Contato direto do produto.

DANOS A SAÚDE Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças

respiratórias.

RISCO BIOLÓGICO

Page 115: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

115

Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade

RISCO ERGONÔMICO

Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços

e antebraços com e sem carga, desconforto por posição.

FONTE Posição de trabalho.

TRAJETÓRIA Musculatura corporal.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

A propagação se dá diretamente através de longos períodos na

mesma posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o

agravante de executar os movimentos de forma equivocada.

DANOS A SAÚDE Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por

fadiga e estresse.

RECOMENDA-SE A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e

em períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando

membros inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral.

Tomar cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com

problemas de coluna e/ou demais problemas ortopédicos devem

evitar esse tipo de atividade. Ter a postura ereta ao realizar todos

os movimentos.

RISCO ERGONÔMICO

Page 116: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

116

TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO

PROLONGADAS

OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.

DANOS A SAÚDE Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar

tarefas e se acidentar, Irritação excessiva

RECOMENDA-SE GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento

antes e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e

alimentação durante as atividades.

RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE

Risco de queda de altura elevada, escada ou tombos. Improvisação de ferramentas e

ferramentas defeituosas, entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de

madeira). Risco de Choque elétrico.

EPI

RECOMENDADO:

Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1).

Óculos de proteção (EP4). Luva de látex (EP5). Protetor auricular

(EP6) - Em ambiente ou máquinas próximo a fonte de ruído. Cinto

de segurança (EP7) - Em altura superior a 2 metros. Protetor solar

(EP9). Proteção respiratória (EP3).

OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA CRIANÇAS,

ADOLESCENTES, GRÁVIDAS OU PESSOAS COM

PROBLEMAS GRAVES DE SAÚDE, TAIS COMO HÉRNIA

DE DISCO E OUTROS PROBLEMAS ORTOPÉDICOS.

OBS 2: RISCO FÍSICO E QUÍMICO ORIUNDOS DO CANTEIRO E

NÃO DA FUNÇÃO.

OBS 3: ANTES DE MANUSEAR OU FAZER QUALQUER

TRABALHO EM CIRCUITOS ELÉTRICOS DESLIGUE

OBRIGATORIAMENTE A ENERGIA. NÃO FAÇA REPAROS

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117

OU INSTALAÇÕES EM CIRCUITOS ENERGIZADOS

Apêndice H - Telhadista

FUNÇÃO: TELHADISTA

ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS

ATIVIDADE: Executar a construção de terças, caibros, tesoura e telhas.

Coordenar e executar todo o processo de implementação do

telhado.

RISCO FÍSICO

RUÍDO CONTÍNUO

OU

INTERMITENTE

A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas

que estejam próximas fazem uso das máquinas e equipamentos

utilizados no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria,

furadeira, etc.

FONTE

GERADORA

Equipamentos usados na obra.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Propagação de ondas sonoras.

DANOS A SAÚDE Perda auditiva pelo ruído ocupacional.

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118

OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da

obra), por curtos períodos de tempo, em média de 3 a 4 horas/dia.

Com a utilização do EPI e treinamento para sua correta utilização

é permitida a permanência do funcionário durante toda a carga

horária de trabalho nesse setor.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE: Realizar manutenções preventivas nas

máquinas e equipamentos, com o intuito de

reduzir o ruído desnecessário na fonte ou

substituição quando necessário;

TRAJETÓRIA: Enclausurar as fontes geradoras de ruído;

INDIVÍDUO: Treinar periodicamente os funcionários sobre a

forma correta de uso, manutenção,

higienização dos EPIs fornecidos e

substituição do quando necessário.

RISCO FÍSICO

RADIAÇÕES NÃO

IONIZANTES

Radiação solar ultravioleta.

FONTE

GERADORA

Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)

DANOS A SAÚDE Fadiga, câncer de pele, queimaduras.

Page 119: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

119

RISCO QUÍMICO

Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e

areia. Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR

15, Anexo - 13):

FONTE

GERADORA

Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.

TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Contato direto do produto.

DANOS A SAÚDE Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças

respiratórias.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE 1ºDisponibilizar equipamentos de

proteção individual necessário, para os

devidos riscos existentes.

TRAJETÓRIA Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.

INDIVÍDUO 3º Realizar treinamento periódico aos seus

colaboradores devido a importância do uso de

EPI

RISCO BIOLÓGICO

Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.

RISCO ERGONÔMICO

Page 120: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

120

Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com

braços e antebraços com e sem carga, desconforto por posição.

FONTE Posição de trabalho

TRAJETÓRIA Musculatura corporal.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

A propagação se dá diretamente através de longos períodos na

mesma posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o

agravante de executar os movimentos de forma equivocada.

DANOS A SAÚDE Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por

fadiga e estresse.

RECOMENDA-SE A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e

em períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando

membros inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral.

Tomar cuidado ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas

com problemas de coluna e/ou demais problemas ortopédicos

devem evitar esse tipo de atividade. Ter a postura ereta ao

realizar todos os movimentos.

RISCO ERGONÔMICO

TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO

PROLONGADAS

OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.

Page 121: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

121

DANOS A SAÚDE Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar

tarefas e se acidentar, Irritação excessiva

RECOMENDA-SE GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento

antes e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e

alimentação durante as atividades.

RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE

Alto risco de queda de altura. Risco de Corte, entulhos da construção (pregos, pontas de

cerâmica e de madeira).

EPI

RECOMENDADO:

Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1).

Óculos de proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em

contato com o cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar

máquinas ou ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente

ou máquinas próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7)

- Em altura superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção

respiratória (EP3).

OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM

MAIS DE 60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES,

GRÁVIDAS OU PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES

DE SAÚDE, TAIS COMO HÉRNIA DE DISCO E OUTROS

PROBLEMAS ORTOPÉDICOS.

Apêndice I - Encanador

FUNÇÃO: ENCANADOR

ORIGEM: CANTEIRO DE OBRAS

Page 122: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

122

ATIVIDADE: Realizar todo o projeto de instalações hidráulicas da obra. Colocar,

retirar e reparar as tubulações de água e esgoto da obra.

RISCO FÍSICO

RUÍDO

CONTÍNUO OU

INTERMITENT

E

A exposição ao ruído se dá quando os colaboradores ou pessoas que

estejam próximas fazem uso das máquinas e equipamentos utilizados

no canteiro de obras. Como maquitas, serralheria, furadeira, etc.

FONTE

GERADORA

Equipamentos usados na obra.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Propagação de ondas sonoras.

DANOS A

SAÚDE

Perda auditiva pelo ruído ocupacional.

OBS: A exposição ao ruído se dá eventualmente (conforme fase da obra),

por curtos períodos de tempo, em média de 3 a 4 horas/dia. Com a

utilização do EPI e treinamento para sua correta utilização é permitida

a permanência do funcionário durante toda a carga horária de trabalho

nesse setor.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE: Realizar manutenções preventivas nas máquinas e

equipamentos, com o intuito de reduzir o ruído

desnecessário na fonte ou substituição quando

necessário;

TRAJETÓRIA: Enclausurar as fontes geradoras de

Page 123: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

123

ruído;

INDIVÍDUO: Treinar periodicamente os funcionários sobre a

forma correta de uso, manutenção, higienização

dos EPIs fornecidos e substituição quando

necessário.

RISCO FÍSICO

RADIAÇÕES

NÃO

IONIZANTES

Radiação solar ultravioleta.

FONTE

GERADORA

Exposição excessiva à radiação solar, sem a devida proteção

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Pelas ondas eletromagnéticas. (raios UVA/UVB)

DANOS A

SAÚDE

Fadiga, câncer de pele, queimaduras.

RISCO QUÍMICO

Álcalis Cáusticos O contato com o pó e poeiras provenientes do cimento, cal e areia.

Produtos amplamente utilizados na construção civil. (NR 15, Anexo

- 13):

FONTE

GERADORA

Pós e Poeiras decorrentes do cimento, cal.

TRAJETÓRIA A propagação se dá através do ar e contato direto.

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

Contato direto do produto.

Page 124: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

124

DANOS A

SAÚDE

Dermatites, dermatoses, irritações alérgicas, e doenças respiratórias.

AÇÕES

PREVENTIVAS

FONTE Disponibilizar equipamentos de proteção

individual necessário, para os devidos riscos

existentes.

TRAJETÓRIA Pelo ar, ventiladores, roupas, tapetes.

INDIVÍDUO Realizar treinamento periódico aos seus

colaboradores devido a importância do uso de

EPI

RISCO BIOLÓGICO

Não foram reconhecidos agentes biológicos neste setor ou atividade.

RISCO ERGONÔMICO

Postural Postura prolongada na posição em pé, faz movimentos com braços e

antebraços com e sem carga, desconforto por posição.

FONTE Posição de trabalho.

TRAJETÓRIA Musculatura corporal.

Page 125: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

125

MEIO DE

PROPAGAÇÃO

A propagação se dá diretamente através de longos períodos na

mesma posição e devido aos movimentos repetitivos. Há o agravante

de executar os movimentos de forma equivocada.

DANOS A

SAÚDE

Dores de cabeça, dores musculares, DORT, absenteísmos por

fadiga e estresse.

RECOMENDA-

SE

A realização de alongamentos no início da jornada de trabalho, e em

períodos intercalados, mudar a atividade, movimentando membros

inferiores e superiores, e flexionando coluna vertebral. Tomar cuidado

ao levantar objetos com peso elevado. Pessoas com problemas de

coluna e/ou em ortopédicos devem evitar esse tipo de atividade. Ter a

postura ereta ao realizar todos os movimentos.

RISCO ERGONÔMICO

TRABALHO EM TURNO E NOTURNO / JORNADAS DE TRABALHO

PROLONGADAS

OCORRÊNCIAS SONOLÊNCIA, CANSAÇO, EXAUSTÃO, IRRITAÇÃO.

DANOS A

SAÚDE

Fadiga muscular, Alto estresse, Perigo de dormir ao executar tarefas

e se acidentar, Irritação excessiva.

RECOMENDA-

SE

GAMPA de Propor atividades de alongamento e entretenimento antes

e durante o turno de trabalho. Pausas para relaxamento e alimentação

durante as atividades.

RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE

Risco de queda de altura elevada, escada ou tombos. Queda de objetos ou partículas.

Page 126: ANÁLISE DE ASPECTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM ...4.5 - Diálogo Diário de Segurança - DDS 77 4.6 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 79 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 81 5.1 - CONCLUSÕES

126

Cortes. Entulhos da construção (pregos, pontas de cerâmica e de madeira).

EPI

RECOMENDAD

O:

Botina de segurança (EP2). Capacete de Segurança (EP1). Óculos de

proteção (EP4). Luva de látex (EP5) - Quando em contato com o

cimento. Luva pigmentada (EP8) - Ao utilizar máquinas ou

ferramentas. Protetor auricular (EP6) - Em ambiente ou máquinas

próximo a fonte de ruído. Cinto de segurança (EP7) - Em altura

superior a 2 metros. Protetor solar (EP9). Proteção respiratória (EP3).

OBS: FUNÇÃO NÃO RECOMENDADA PARA PESSOAS COM MAIS

DE 60 ANOS, CRIANÇAS, ADOLESCENTES, GRÁVIDAS OU

PESSOAS COM PROBLEMAS GRAVES DE SAÚDE, TAIS

COMO HÉRNIA DE DISCO E OUTROS PROBLEMAS

ORTOPÉDICOS.

ANEXOS