André Luis Willerding Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA Luiz Antonio de Oliveira;...
Transcript of André Luis Willerding Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA Luiz Antonio de Oliveira;...
André Luis Willerding
Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA
Luiz Antonio de Oliveira;
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Francisco Wesen Moreira;
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
PI2 - Caracterização e análise da dinâmica do solo
OCORRÊNCIA DE BACTÉRIAS SOLUBILIZADORAS DE FOSFATO EM RAÍZES DE PLANTAS UTILIZADAS NA
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NA PROVÍNCIA PETROLÍFERA DE URUCU - AMAZONAS
IntroduçãoMuitos microrganismos participam no ciclo do fósforo
e o disponibilizam para as plantas através da
imobilização de fosfato solúvel ou pela solubilização de
fosfato insolúvel.
A capacidade solubilizadora das bactérias beneficia as
relações entre plantas e microrganismos.
A presença de microrganismos solubilizadores de
fosfato no solo é regra na natureza e facilita a absorção
de nutrientes, influenciando no crescimento e
estruturação das comunidades vegetais.
Objetivos
Verificar a ocorrência de bactérias solubilizadoras
de fosfato (BSF) em raízes de plantas utilizadas na
recuperação das clareiras abertas em Urucu.
Metodologia
Escolha das clareiras
(22 clareiras)
Determinação das espécies
(5 spp / 5 exemplares)
Escavação e coleta de raízes, solos e folhas
Acondicionamento das amostras
Envio para o laboratório de Microbiologia do Solo/INPA
De cada planta, cortou-se 10 segmentos de raízes (~1cm)
Placas de Petri contendo meio de cultura (pH 6,5)
Glicose (1%)
Extrato de levedura (0,2%)
Agar (1,8%)
K2HPO4 (10%)
CaCl2 (10%).
Meio específico possibilita a observação de halos de solubilização.
Metodologia
Resultados
O contato das raízes com o meio
possibilitou o crescimento das bactérias.
Onde ocorreu o halo, determinou-se como
solubilizadoras.
As raízes de leguminosas apresentaram
maiores índices de ocorrência de BSF.
A mucuna (50% das raízes amostradas),
seguido pelo feijão de porco e ingá (34%
cada) e vermelhinho (30%) (Fig. 2).
As espécies florestais não leguminosas
apresentaram baixos índices de ocorrência de
BSF (até 12%), quando comparadas com as
leguminosas.
Fig 1: Detecção das BSF
cultura Espécie Famíliaangico Pithecolobium trapezifolium Benth. Leg. Mimosoideaeazeitona Sizygium jambolana DC. Myrtaceaeeritrina Erithrina glauca Willd. Leg. Papilionoideaeestilosantes Stylosantes capitata (Vog.) Leg. Mimosoideaefaveira camuzé Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth Leg. Mimosoideaefaveira do mato Enterolobium schomburgkii Benth Leg. Mimosoideaefeijão guandu Cajanus cajan (Vog.) Leg. Mimosoideaefeijão porco Canavalia ensiformes (L.) DC Leg. Mimosoideaegoiaba de anta Bellucia grossularioides (L.) Triana Melastomataceaeingá Inga edulis Mart. Leg. Mimosoideaelacre Vismia guianensis Clusiaceaemata pasto Cassia reticulata Willd. Leg. Caesalpiniodaemucuna Mucuna pluriensis (L.) DC Leg. Mimosoideaemututi Pterocarpus officinalis Jack. Leg. Papilionoideaepau balsa Ochroma lagopus Sw. Bombacaceaepau d'arco Tabebuia serretifolia (G Don) Nichols. Bignoniaceaesucuúba Himathanthus sucuuba Apocynaceaevermelhinho Cassia sp. Leg. Caesalpiniodaevirola Virola surinamensis (Rol.) Warb Myristicaceaevisgueiro Parkia pendula Benth ex Walp. Leg. Mimosoideae
Tabela 1. Relação das espécies botânicas amostradas.
Resultados
Resultados
% de ocorrência de BSF50
34 3430 30
2420
12 106 4 4 2 2 0 0 0 0 0 0
mu
cu
na
feijã
o p
orc
o
ing
á
sti
los
an
tho
ve
rme
lhin
ho
gu
an
du
ma
ta p
as
to
go
iab
a d
e a
nta
lac
re
an
gic
o
fav
eir
a c
am
uzé
su
cu
úb
a
eri
trin
a
vir
ola
aze
ito
na
fav
eir
a d
o m
ato
mu
tuti
pa
rkia
pa
u b
als
a
pa
u d
'arc
o
Fig.2. Ocorrência de BSF(%) nas raízes das plantas amostradas.
Conclusões
A ocorrência de BSF variou entre 2 a 50% das raízes
As leguminosas apresentaram maior ocorrência do que
as espécies não leguminosas.
Os resultados parecem indicar a existência de
associação entre os microrganismos solubilizadores e
leguminosas que propicie uma melhor adaptação dessas
plantas com as condições do solo.
O Futuro
Continuação das coletas
Determinação de novas áreas
Bioprospecção de enzimas de interesse industrial
Seleção de microrganismo com potencial biotecnológico