Análise Ergonomica do Trabalho - AET
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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS
ESCOLA TÉCNICA MACHADO DE ASSIS
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
MODULO 4
JÉSSICA RAUBER
SANTA ROSA
2015
2
JÉSSICA RAUBER
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - AET
Projeto de conclusão da matéria de Ergonomia 1
supervisionado pelo professor orientador Alessandro
Feuerharmel. Requisito parcial para avaliação do
componente curricular do curso de Técnico em
Segurança do Trabalho.
Orientador: Alessandro Feuerharmel
SANTA ROSA
2015
3
SUMÁRIO
1. OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 4
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 5
2.1 O QUE É A AET? ............................................................................................................... 5
2.2 QUAIS SÃO OS METODOS DE ANÁLISE? ................................................................... 6
2.2.1 Análise da Demanda ............................................................................................. 7
2.2.2 Análise da Tarefa .................................................................................................. 7
2.2.3 Análise da Atividade ............................................................................................ 8
2.2.4 Confronto tarefa versus atividade ......................................................................... 8
2.2.5 Diagnóstico ........................................................................................................... 8
2.3 QUAIS AS CONDIÇÕES RELEVANTES NO AMBITO DA ANÁLISE
ERGONOMICA DO TRABALHO? ...................................................................................... 8
2.3.1 Condições técnicas ............................................................................................... 8
2.3.2 Condições ambientais ........................................................................................... 8
2.3.3 Condições organizacionais ................................................................................... 8
2.3.4 Condições cognitivas ............................................................................................ 8
2.3.5 Condições de regulação no trabalho ..................................................................... 9
2.4 Quais os níveis de conforto onde se baseia a AET? ............................................................ 9
2.4.1 Medições ambientais in loco: ............................................................................... 9
3. CONLUSÃO ......................................................................... Erro! Indicador não definido.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
ANEXOS 12
ANEXO A – MÉTODOS DE ANALISE ERGONÔMICA 13
ANEXO B – POSTOS DE TRABALHO. 14
ANEXO C – ÁREA DE TRABALHO HORIZONTAL 15
ANEXO D – ALTURA DO PLANO DE TRABALHO 15
ANEXO E – VISÃO 16
ANEXO F – POSTURAS E MOVIMENTOS 16
1 PESCOÇO E OMBROS / COTOVELOS E PULSOS 16
2 COSTAS / ANCAS E PERNAS 17
4
1. OBJETIVO GERAL
A AET estuda uma situação de trabalho visando adaptá-la ao homem a partir da análise das
condições técnicas, ambientais e organizacionais, buscando revelar as diferenças entre o
trabalho formal e o real.
“O objetivo prático da Ergonomia é a adaptação do
posto de trabalho, dos instrumentos, das máquinas, dos
horários, do meio ambiente às exigências do homem. A
realização de tais objetivos, ao nível industrial, propicia
uma facilidade do trabalho e um rendimento do esforço
humano.” (GRANDJEAN, 1968).
A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) tem como objetivo rastrear, observar, avaliar e
analisar as relações existentes entre demandas de doenças, acidentes e produtividade com as
condições de trabalho, com as interfaces, com os sistemas e com a organização do trabalho.
5
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
2.1 O QUE É A AET?
A Análise Ergonômica do Trabalho - AET é uma intervenção, no ambiente de trabalho, para
estudo dos desdobramentos e consequências físicas e psico fisiológicas, decorrentes da
atividade humana no meio produtivo. Consiste em compreender a situação de trabalho,
confrontar com aptidões e limitações à luz da ergonomia, diagnosticar situações críticas à luz
da legislação oficial, estabelecer sugestões, alterações e recomendações de ajustes de
processo, ajustes de produto, postos de trabalho, ambiente de trabalho. A AET busca
estabelecer uma aproximação no que se refere à compreensão geral de problemas
relacionados com a organização do trabalho e seus reflexos em prováveis ocorrências de
lesões físicas e transtornos psico fisiológicos.
Concentra-se no levantamento dos meios e modo de produção, buscando entender, através de
observações visuais, medições e registros das situações críticas e estranhas às situações de
trabalho, incluída a análise dos dados de produção da empresa, no que tange a: sobrecargas,
volume de produção por trabalhador, turnos extras, retrabalho, dentre outros. O levantamento
inclui entrevistas com os trabalhadores, supervisores e gestores. Junto aos trabalhadores
buscam-se informações quanto à execução da tarefa e sua percepção de sobrecargas na
atividade. Junto às instâncias de supervisão e gerência buscam-se informações referentes ao
modo de produção, aos meios disponíveis e à conceituação das tarefas para o confronto futuro
entre o prescrito e o realizado.
Consiste, ainda, em buscar uma estratégia de ação para que a intervenção ergonômica tenha
eficácia e efetivamente produza indicações e alternativas de solução compatíveis com o
cenário da empresa e adequadas aos trabalhadores do ponto de vista do conforto e da
segurança. Dentre os fatores de organização do trabalho destacam-se:
a. A relação entre nível do programa de produção, alto ou baixo, e a real capacidade
instalada do modo de produção;
b. O foco na eficiência produtiva desconsiderando tempos de recuperação de fadiga
e imprevisibilidades no trabalho, com consequentes resultados no que se refere á
exaustão;
6
c. A busca insistente de enxugamento de equipes de produção, com alta sobrecarga
sobre os trabalhadores, por oscilação, para cima e para baixo, de demandas
produtivas;
d. Capacidade de gestão dos fatores de organização do trabalho.
A análise ergonômica de uma situação de trabalho existente ou projetada é realizada com o
uso do método AET (Análise Ergonômica do Trabalho), pelo entendimento da situação geral
(demanda), do trabalho prescrito e condições físicas e organizacionais (tarefa) e de como o
trabalho é realmente realizado individualmente por cada usuário/operador (atividade). Da
confrontação entre as características, deficiências e contradições dos três componentes é
estruturado um diagnóstico e montado um caderno de encargos definindo os pontos de
correção e ajuste.
2.2 QUAIS SÃO OS MÉTODOS DE ANALISE?
O método para abordagens analíticas e conclusivas orienta-se de forma semelhante às
abordagens usuais nos processos de projeto nos campos da engenharia, do design e da
arquitetura: uma etapa de compreensão da situação, uma etapa de definição de requisitos (a
tarefa, o quê se quer), e de condicionantes (a atividade, o que se pode, em função da realidade
percebida), uma etapa de confronto entre requisitos e condicionantes e uma etapa final de
diagnóstico, conceituação e proposições. Assim, genericamente, podem-se enunciar os
seguintes passos para efetivação do processo de análise ergonômica:
a. Compreensão da Situação
Análise da demanda;
b. Estudo de requisitos para atendimento da(s) tarefa(s)
Entendimento da tarefa prescrita, meios e modo de produção; espaços, áreas livres e/ ou de
influência e ambiente necessário para a tarefa; estudos de postura e movimentação humana;
c. Estudo de condicionantes impostos pela atividade: Levantamentos da situação de
referência
Observação e análise da atividade realizada.
7
d. Confrontação da tarefa prescrita com a atividade realizada;
e. Diagnóstico
2.2.1 Analise da Demanda
A etapa de compreensão da situação passa pela contextualização do problema proposto pela
tarefa em análise, no cenário interno e externo à empresa. Nesta etapa, no nível externo à
empresa, devem ser considerados os indicadores de saúde, aspectos sociais intervenientes, o
momento técnico e tecnológico do contexto de inserção da empresa, bem como os
condicionantes legais vigentes. Ao nível interno, a percepção do contexto passa por aspectos
relacionados com a política e estratégia adotada pela empresa, o sistema de produção
utilizado, o modelo de gestão dos recursos humanos, os índices de acidentes, além de
variáveis como saúde ocupacional, tensões e conflitos.
2.2.2 Analise da Tarefa
A análise da tarefa compreende a identificação e compreensão dois pontos: o trabalho
prescrito (a instrução de trabalho) e os requisitos físicos para execução a tarefa. O primeiro
ponto de observação inclui aspectos como o ambiente de inserção da tarefa (layout,
mobiliário, equipamentos e espaços de trabalho), a carga de trabalho física e mental requerida,
além dos aspectos psico sociológicos e de tempos de produção.
O segundo ponto da análise envolve requisitos físicos da tarefa, abrange a natureza do
trabalho muscular (estático e/ou dinâmico), a postura requerida para execução da tarefa, a
qual depende das características das superfícies de trabalho e assento (quando necessário),
com a consideração, ainda, de informações referentes às condições de acessibilidade aos
sistemas de comunicação e acionamentos.
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2.2.3 Analise da Atividade
A análise da atividade contempla a etapa de observação do trabalho efetivamente realizado,
através da observação das atividades mentais e físicas do trabalhador. As atividades mentais
reportam-se aos níveis de detecção, discriminação e interpretação das informações e, na
sequência, os níveis de tomada de decisão e ação, respectivamente.
2.2.4 Confronto tarefa versus atividade
A etapa de confrontação da tarefa com a atividade tem como objetivo a verificação das
diferenças entre o trabalho prescrito e o trabalho realizado, a determinação das incorreções da
tarefa frente às potencialidades e limitações do ser humano. Busca ainda identificar as
atividades regulatórias nesta relação.
2.2.5 Diagnóstico
A etapa de diagnóstico abrange as condições técnicas para a execução do trabalho, as
condições ambientais em que a atividade ocorre, além das condições organizacionais do
trabalho.
2.3 QUAIS AS CONDIÇÕES RELEVANTES NO ÂMBITO DA ANÁLISE
ERGONÔMICA DO TRABALHO?
2.3.1 Condições técnicas
Estruturas gerais do sistema de produção, fluxo de produção, sistemas de controles etc.
2.3.2 Condições ambientais
Estuda-se o layout, mobiliário, ruído, iluminação, temperatura, etc.
2.3.3 Condições organizacionais
Horas de trabalho, turnos, índice de retrabalho, dificuldades operacionais etc.
2.3.4 Condições cognitivas
São as exigências na realização do trabalho, controle qual. Inspeção, etc.
9
2.3.5 Condições de regulação no trabalho
Pausas, flexibilidade de paradas, ginástica, etc.
2.4 QUAIS OS NÍVEIS DE CONFORTO ONDE SE BASEIA A AET?
2.4.1 Medições ambientais in loco:
a. Ruído - NBR10152 – Máximo 85 (dB A)
b. Iluminamento - NBR 5413 – Mínimo 300 lux, Máximo 1000 lux.
c. Temperatura efetiva - 20 – 23ºC
d. Velocidade do ar - Menor que 0,75 m/s
e. Umidade relativa do ar - Não inferior a 40%
10
3. CONCLUSÃO
Diante do conteúdo deste trabalho, percebe-se facilmente o quão minuciosa pode se tornar
uma Análise Ergonômica, qualquer que seja a sua fonte motivadora, da academia - nos
trabalhos de conclusão de cursos de graduação ou em trabalhos teórico-práticos de
especialização - à rotina trabalhista - nas indústrias, no comércio e nos serviços.
Assim como qualquer dado pode ser viciado e manipulado, pesquisas, mesmo que coerentes e
factíveis, podem ser completamente inverídicas em virtude tão só da ausência ou
aplicabilidade inadequada do método científico requerido pela situação.
Não basta entrar numa fábrica ou loja e sair “olhando”, procurando “defeitos”; há de se
investigar, de forma prescrita e sistematizada, o entorno de cada problema, não apenas
identificando-o, mas tendo o discernimento de propor as reais e possíveis soluções que este
possa vir a ter e, ainda, apontar e “provar” - cientificamente - o seu fenômeno causador.
É isso que se propõe uma Metodologia Análise Ergonômica, investigar, por meio de regras
científicas, as condições de trabalho, tanto no que tange ao conforto e à segurança, mas à
usabilidade, à percepção sensorial, à comunicação, ao relacionamento interpessoal etc..
Assim, o objetivo desse trabalho não foi estruturar, nem tampouco criar, qualquer
Metodologia. Foi sim, se “apropriar” do conhecimento científico já bastante desenvolvido e,
apenas, ordená-lo, “lembrando” que “ela” - a Metodologia - está aí não só para ser usada,
detalhada, criticada e “reinventada”, mas, acima de tudo, para ser conhecida. Quis-se aqui,
apenas “apresentá-la”.
11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PUCRS: ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO Prof. Dr. Mario S. Ferreira, Prof.
Dr. Carlos Antônio Ramires Righi Março, 2009.
PUC-RIO: BASES TEÓRICAS PARA UMA METODOLOGIA DE ANÁLISE
ERGONÔMICA João Ademar de Andrade Lima Especialista em Engenharia de Produção
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO: Manual de aplicação da norma
regulamentadora nº 17.
ESPECTRO: Análise Ergonômica do Trabalho - AET e Laudo Ergonômico, SITE:
http://www.espectro3d.com.br/Blog%20de%20noticias
UFPR: Gestão Ergonômica e Gestão Ergonômica e Programas de Ergonomia Programas
de Ergonomia na Empresa na Empresa, Ms. João Eduardo de Azevedo Vieira
Fisioterapeuta (PUC-PR / 2000), Esp. Fisiologia do Exercício e do Desporto (IBPEX / 2001),
Esp. Fisioterapia do Trabalho (CBES / 2003), Mestrado Eng. Mecânica – Ergonomia (UFPR /
2004).
PORTAL DA ERGONOMIA NO TRABALHO: Site -
http://www.ergonomianotrabalho.com.br/aet.html
UDESC: Portal Professor Remi Lopes – Link:
http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/remi_lopes/materiais
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ANEXOS
13
ANEXO A – MÉTODOS DE ANÁLISE ERGONÔMICA
14
ANEXO B – POSTOS DE TRABALHO.
15
ANEXO C – ÁREA DE TRABALHO HORIZONTAL
ANEXO D – ALTURA DO PLANO DE TRABALHO
16
ANEXO E – VISÃO
ANEXO F – POSTURAS E MOVIMENTOS
1 PESCOÇO E OMBROS / COTOVELOS E PULSOS
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2 COSTAS / ANCAS E PERNAS