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Recebido em 21012014 Aprovado para publicaccedilatildeo em 12102014
OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
ANAacuteLISE DA VARIABILIDADE DAS TROVOADAS E EXIBICcedilAtildeO DE IacuteNDICE
CERAacuteUNICO ENTRE OS ANOS DE 1998 A 2012 NO AEROPORTO DE
UBERLAcircNDIAMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro
Graduado em Geografia pela Faculdade Catoacutelica de Uberlacircndia
Teacutecnico em Meteorologia da Infraero
fferfogliagmailcom
Giuliano Tostes Novais
Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Uberlacircndia
giulianushotmailcom
Resumo
Este trabalho visa analisar a variabilidade das trovoadas e exibir de maneira quantitativa a
ocorrecircncia deste fenocircmeno no Aeroporto de Uberlacircndia (SBUL) operado pela INFRAERO
em quantidade de horas nos anos de 1998 a 2012 Estes dados foram baseados nos registros
feitos em sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie e observados pelos profissionais de
Meteorologia Aeronaacuteutica desta localidade Seraacute apresentado de modo geral a formaccedilatildeo e
estrutura do fenocircmeno bem como sua aacuterea de influecircncia neste trabalho para que em seguida
seja exibida de modo graacutefico e analiacutetico a ocorrecircncia das trovoadas nesta localidade tendo
como base o meacutetodo da anaacutelise riacutetmica proposto por Monteiro (1976) juntamente com a
apresentaccedilatildeo do iacutendice ceraacuteunico nesta mesma localidade
Palavras-chave Cumulonimbus Trovoadas Raios Anaacutelise riacutetmica Iacutendice ceraacuteunico
THUNDERSTORMS VARIABILITY ANALYSIS AND KERAUNIC INDEX
EXHIBITION BETWEEN 1998 TO 2012 YEARS AT UBERLAcircNDIArsquoS AIRPORT
(MG)
Abstract
This present work intents to analyze the variability of the thunderstorms and to show through
a quantitative manner the occurrence of this meteorological phenomenon at Uberlacircndiarsquos
Airport (SBUL) managed by the INFRAERO company by hours account since 1998 to 2012
year All this data was based on its Meteorological Surface Station records and observed by
the Meteorological Aeronautical staff from this location This research will present in a
general way the formation and structure of the thunderstorm phenomenon as well as its
based influenced and collected area for then must be graphically and analytically shown his
occurrence at the location although this work has been inspired on the rhythmical analysis
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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method proposed by Monteiro (1976) besides the presentation of the keraunic index to the
same location
Keywords Cumulonimbus Thunderstorm Lightning Rhythmical analysis Keraunic index
Introduccedilatildeo
O Brasil estaacute entre os paiacuteses onde haacute uma das maiores ocorrecircncias de raios e relacircmpagos
no mundo devido a sua grande extensatildeo territorial e sua localizaccedilatildeo geograacutefica que se
encontra entre duas zonas climaacuteticas a zona tropical e a temperada Contudo estudos do
Grupo de Eletricidade Atmosfeacuterica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) apontam que o Brasil se encontra na posiccedilatildeo de recordista em descargas atmosfeacutericas
com a estimativa de que 50 a 70 milhotildees de incidecircncias ocorrem em meacutedia por ano em solo
brasileiro (PINTO JR 2005 p 05)
Entre os principais oacutergatildeos de pesquisa e acompanhamento deste fenocircmeno em nosso
paiacutes destacam-se o INPE FURNAS Centrais Eleacutetricas SA Companhia Energeacutetica de Minas
Gerais (CEMIG) e Sistema Meteoroloacutegico do Paranaacute (SIMEPAR) Ao longo da deacutecada de
2000 muitos avanccedilos ocorreram no sentido de se estudar as descargas atmosfeacutericas em nosso
territoacuterio e tambeacutem mapeaacute-las Estes esforccedilos resultaram na chamada rede BrasilDAT (Rede
Brasileira de Detecccedilatildeo de Descargas Atmosfeacutericas) operada pelo ELAT integrante do INPE
Aleacutem destes existem ainda diversos pesquisadores vinculados a Institutos e Universidades os
quais desenvolvem trabalhos e pesquisas diversas referentes agraves descargas atmosfeacutericas e
trovoadas em todo o Brasil
Em vista disso raios relacircmpagos e descargas atmosfeacutericas satildeo um dos temas mais
estudados nos meios cientiacutefico e acadecircmico em todo mundo Isso se deve ao seu alto grau de
complexidade e de afetaccedilatildeo agraves diversas atividades humanas e que muitas vezes acaba por
ceifar a vida de seres humanos e animais Acredita-se que centenas de animais de vaacuterias
espeacutecies morrem por ano afetados por raios Jaacute em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo de acordo com o
ELAT um total de 1321 pessoas morreram entre os anos de 2000 a 2009 no Brasil sendo
que a meacutedia de mortes por raios eacute de 11625 entre os anos de 2003 e 2010 (ELAT 2013) As
circunstacircncias satildeo as mais diversas poreacutem todas fatais
Este trabalho faraacute a caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo bem como de seu local de coleta
de dados em seguida explanaraacute sobre a formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo das nuvens relacionadas ao
fenocircmeno e ainda suas caracteriacutesticas gerais Sua ocorrecircncia na aacuterea de estudo seraacute exibida
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atraveacutes de graacuteficos seguida da a anaacutelise dos resultados Como dito por Monteiro (1976 p
25) ldquoo fator tempo (duraccedilatildeo) eacute essencial na definiccedilatildeo dos climasrdquo portanto dentre os vaacuterios
meacutetodos para anaacutelise climatoloacutegica optou-se neste trabalho pelo agrupamento em horas
mensais e anuais das ocorrecircncias das trovoadas e sua relaccedilatildeo percentual entre estes mesmos
anos de ocorrecircncia Juntamente com o fator citado este meacutetodo exibe tambeacutem a variabilidade
e o ritmo que satildeo aspectos diretamente relacionados ao fator tempo (MONTEIRO 1976 p
25) Dessa forma pode-se compreender claramente o comportamento das trovoadas na
localidade em questatildeo e sua intensificaccedilatildeo nos uacuteltimos anos
Este trabalho pretende contribuir a outros diversos estudos para esta regiatildeo os quais
vem sendo realizados por pesquisadores afins pois satildeo temas diretamente relacionados agraves
tempestades e trovoadas
A apresentaccedilatildeo destes dados atraveacutes do chamado iacutendice ceraacuteunico eacute um auxiliador para
a obtenccedilatildeo da densidade de ocorrecircncia de raios nuvem-solo de uma regiatildeo (DIAS
MESQUITA VISACRO 2009 p 2) o que significa a quantidade de raios que atingem o
solo por quilocircmetro quadrado por ano Este iacutendice eacute uacutetil tambeacutem para a confecccedilatildeo de caacutelculos
visando determinadas necessidades para os Sistemas de Proteccedilatildeo contra Descargas
Atmosfeacutericas (SPDA) de edificaccedilotildees em geral (NBR-5419ABNT apud STEacuteFANI 2011 p
18) Aleacutem disso a sistemaacutetica disposiccedilatildeo de iacutendices ceraacuteunicos de muitas localidades eacute o que
faz compor os mapas isoceraacuteunicos que satildeo as isolinhas destes iacutendices para aacutereas extensas
(OUTAtildeO BARROS 2009 p 3)
Materiais e meacutetodos
Foi feita uma consulta agrave literatura referente ao fenocircmeno aleacutem da manipulaccedilatildeo dos
dados das observaccedilotildees meteoroloacutegicas de SBUL de 1deg de janeiro de 1998 a 31 de dezembro
de 2012 totalizando 15 anos de observaccedilotildees meteoroloacutegicas Estes dados foram fornecidos
pela INFRAERO e constam no formato XLS assim foi utilizado nesta anaacutelise o software
Microsoft Excel 2010 Os dados satildeo originaacuterios dos antigos formulaacuterios IEPV 105-78
amplamente utilizados para fins de registros pela Meteorologia Aeronaacuteutica em todo paiacutes
Dessa forma estes dados foram tabulados de acordo com os meses e anos correspondentes
considerando-se a ocorrecircncia do fenocircmeno por horas totais Para isso foi feito o levantamento
em todas as observaccedilotildees horaacuterias onde constam o fenocircmeno e sua respectiva duraccedilatildeo total por
mecircs e ano
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Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo
O municiacutepio de Uberlacircndia pertence agrave Mesorregiatildeo do Triacircngulo MineiroAlto
Paranaiacuteba no Estado de Minas Gerais Regiatildeo Sudeste do Brasil Para suas coordenadas
geograacuteficas este trabalho teraacute como referecircncia o Centro Administrativo do municiacutepio
localizado a 18deg54rsquo41rsquorsquo de latitude sul e 48deg15rsquo21rsquorsquo de longitude oeste de Greenwich
(Prefeitura Municipal de Ubelacircndia 2011) A altitude miacutenima do municiacutepio eacute de 622m
localizada na Foz do Rio Uberabinha ao norte do municiacutepio (SILVA apud ALMG 2010) e a
altitude maacutexima eacute de 960m situada nas proximidades da Fazenda Floresta do Lobo no setor
sudeste do municiacutepio (BENEDETTI et al 2010) a altitude meacutedia do municiacutepio estaacute em torno
de 863m (Prefeitura Municipal de Ubelacircndia 2010) A porccedilatildeo urbana de Uberlacircndia
corresponde a uma aacuterea de 219 kmsup2 dentro do total de 4115 kmsup2 do municiacutepio
Percentualmente a aacuterea urbana possui 532 e a rural 947 do total citado Eacute um municiacutepio
composto por 604013 habitantes sendo que 587266 residem na porccedilatildeo urbana e 16747 na
porccedilatildeo rural do municiacutepio (IBGE 2010)
Climatologia de Uberlacircndia
Sobre a Climatologia do municiacutepio diversas classificaccedilotildees foram feitas desde meados
do seacuteculo passado para o Brasil e para a regiatildeo onde se encontra Uberlacircndia sendo que os
trabalhos mais utilizados dentro da comunidade cientiacutefica satildeo os de Koumlppen (1936)
Thorthwaite (1948) Strahler (1969) e Nimer (1979) Recentemente uma nova classificaccedilatildeo
climaacutetica proposta por Novais (2011) foi elaborada para a Mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do Entorno da Serra da Canastra sendo esta classificaccedilatildeo
considerada a mais pontual e adequada para o municiacutepio de Uberlacircndia
Dessa forma Uberlacircndia se situa dentro do ldquoClima Tropical Semi-uacutemidordquo (NOVAIS
2011 p 160) isto eacute quente o ano todo com 4 a 5 meses secos (maio-agosto setembro)
temperatura meacutedia anual de 224degC temperatura meacutedia do mecircs mais frio acima de 18degC entre
os anos de 1980 a 2009 a meacutedia das temperaturas maacuteximas ficou em 353degC e a meacutedia das
miacutenimas em 69degC A pluviosidade meacutedia anual do municiacutepio eacute de 1590 mm concentrados
em sua maior quantidade no veratildeo (dezembro-fevereiro) deacuteficit hiacutedrico anual entre 100 mm ndash
500 mm e seu excedente hiacutedrico anual entre 200 mm ndash 600 mm (NOVAIS 2011 p 158)
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As massas de ar e sistemas atmosfeacutericos atuantes em Uberlacircndia
Os sistemas atmosfeacutericos atuantes em Uberlacircndia satildeo (CAVALCANTI et al 2009
apud NOVAIS 2011 p 67-71)
Zona de Convergecircncia de Umidade (ZCOU) e Zona de Convergecircncia do Atlacircntico Sul
(ZCAS)
Jatos de Altos Niacuteveis (Jato Subtropical ndash JST)
Frentes Frias
Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs)
Jaacute sobre as massas de ar atuantes tem-se (MENDONCcedilA 2007 apud NOVAIS 2011
p 71-81)
Massa de Ar Tropical Atlacircntica (MTA)
Massa Tropical Continental (MTC)
Massa de Ar Equatorial Continental (MEC)
Massa Polar Atlacircntica (MPA)
Figura 1 Massas de ar que atuam no Estado de Minas Gerais
Fonte NOVAIS 2011
Caracteriacutesticas da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica e da coleta dos dados
O Aeroporto Ten Cel Av Ceacutesar Bombonato ou Aeroporto de Uberlacircndia se encontra
localizado na latitude de 18deg53rsquo sul e 48deg13rsquo longitude oeste de Greenwich tendo como
altitude 943m (SACPR 2013) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie bem como seu
ponto de observaccedilatildeo meteoroloacutegico encontra-se localizado junto ao preacutedio da torre de
controle
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O complexo aeroportuaacuterio uberlandense pertence agrave Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuaacuteria (INFRAERO) empresa puacuteblica federal brasileira vinculada agrave Secretaria de
Aviaccedilatildeo Civil da Presidecircncia da Repuacuteblica (SACPR) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de
Superfiacutecie (EMS) eacute uma das 61 existentes em todo o sistema da INFRAERO pelo paiacutes
(INFRAERO 2014)
As EMS tecircm por finalidade efetuar observaccedilotildees meteoroloacutegicas agrave superfiacutecie para fins
aeronaacuteuticos sinoacuteticos e para o registro de dados com fins climatoloacutegicos As EMS da
INFRAERO estatildeo subordinadas a regulamentaccedilatildeo definida pelo Departamento de Controle do
Espaccedilo Aeacutereo (DECEA) do Comando da Aeronaacuteutica que por sua vez o faz com base no
mecanismo internacional da Organizaccedilatildeo Meteoroloacutegica Mundial (OMM) e da Organizaccedilatildeo
de Aviaccedilatildeo Civil Internacional (OACI)
As EMS satildeo classificadas em classes pelo DECEA assim elas podem ser EMS-1
EMS-2 ou EMS-3 Essa divisatildeo em classes se deve a quantidade de equipamentos que a
estaccedilatildeo possui a mais completa eacute a EMS-1 Na atualidade o Aeroporto de Uberlacircndia possui
uma EMS-1 (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 12)
Conforme preconiza a regulamentaccedilatildeo do DECEA a EMS-1 eacute operada por uma equipe
de meteorologistas de niacutevel teacutecnico tambeacutem chamados de observadores meteoroloacutegicos que
possuem como algumas de suas atribuiccedilotildees manter vigilacircncia meteoroloacutegica contiacutenua no
aeroacutedromo junto agrave EMS-1 em questatildeo realizar observaccedilotildees meteoroloacutegicas e sinoacuteticas agrave
superfiacutecie aleacutem de todos os registros correlatos agrave confecccedilatildeo dos coacutedigos de Meteorologia
Aeronaacuteutica tais como METAR SPECI e SYNOP (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
2 2011 p 11)
Destaca-se que satildeo os observadores meteoroloacutegicos que identificam os tipos de nuvens
e sua quantidade na aboacutebada celeste assim como a ocorrecircncia de todo e qualquer fenocircmeno
(trovoada chuva chuvisco nevoeiro neacutevoa seca etc) tanto seu iniacutecio sua intensificaccedilatildeo ou
natildeo e seu teacutermino
Com relaccedilatildeo agraves trovoadas o Manual de Coacutedigos Meteoroloacutegicos do DECEA
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-10 2012 p 43) define este fenocircmeno como sendo
ldquoa sucessatildeo de descargas eleacutetricas e trovotildees acompanhada geralmente de precipitaccedilatildeordquo O
mesmo oacutergatildeo faz ainda as seguintes consideraccedilotildees (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
10 2012 p 21)
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() uma trovoada deve ser considerada sobre a estaccedilatildeo a partir do momento
em que o primeiro trovatildeo eacute ouvido sejam relacircmpagos vistos ou natildeo haja
precipitaccedilatildeo na estaccedilatildeo ou natildeo A trovoada deve ser informada no tempo
presente caso o trovatildeo seja ouvido durante o periacuteodo normal de observaccedilatildeo
que precede a hora do informe (meteoroloacutegico) Considerar-se-aacute que a
trovoada tenha terminado quando se ouvir o uacuteltimo trovatildeo ficando
confirmada a sua fase de dissipaccedilatildeo no espaccedilo de 10 a 15 minutos seguintes
Pinto Jr confirma este meacutetodo de registro exposto acima sendo suas consideraccedilotildees as
seguintes ldquodias de tempestade satildeo definidos como aqueles em que um observador num dado
local registra a ocorrecircncia de trovoadardquo (PINTO JR 1996 p 27)
Dentro do sistema de codificaccedilatildeo dos fenocircmenos para a Meteorologia Aeronaacuteutica a
trovoada eacute considerada ocorrendo no aeroacutedromo quando eacute percebida do ponto de observaccedilatildeo
ateacute uma distacircncia de 8 quilocircmetros quando observada a distacircncias superiores normalmente
percebidas pelo seu efeito luminoso eacute considerada entatildeo como sua ocorrecircncia sendo ldquona
vizinhanccedilardquo (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30) Na praacutetica a ocorrecircncia
de trovoada no aeroacutedromo eacute codificada no METAR (Meteorological Aerodrome Report ou
Informe Meteoroloacutegico Regular de Aeroacutedromo) como TS (do inglecircs ldquothunderstormrdquo) e a
ocorrecircncia na vizinhanccedila de VCTS (do inglecircs ldquovicinity thunderstormrdquo) Por oportuno todos
os registros de trovoada analisados neste trabalho se devem exclusivamente quanto a sua
ocorrecircncia no aeroacutedromo ou seja com o limite de raio de 8 quilocircmetros a partir do ponto de
observaccedilatildeo da EMS Em muitos momentos anteriores ou posteriores agrave ocorrecircncia de trovoada
no aeroacutedromo eacute registrada a ocorrecircncia de trovoada na vizinhanccedila portanto esse registro
possui tanto um caraacuteter de iminecircncia eou fortalecimento como de dissipaccedilatildeo da trovoada
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30)
Vaacuterios fatores justificam cientificamente esta opccedilatildeo de limitaccedilatildeo pois ldquonormalmente
pode-se escutar o trovatildeo entre 5 a 10 quilocircmetros de distacircncia do local onde ocorreu o
relacircmpago Devido a diversas razotildees entre elas o vento a temperatura do ar e o relevo do
solo dificilmente se escuta o trovatildeo a distacircncias maiores que 20 quilocircmetrosrdquo (PINTO JR
1996 p 20)
A figura 2 localiza o municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba no estado de Minas Gerais
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Figura 2 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do estado de MG
Fonte NOVAIS 2011
A figura 3 exibe o ponto de observaccedilatildeo da EMS do Aeroporto de Uberlacircndia localizado
agrave nordeste do municiacutepio juntamente com seu raio de atuaccedilatildeo bem como os principais bairros
circundantes
Figura 3 Localizaccedilatildeo da EMS raio de abrangecircncia de observaccedilatildeo das trovoadas e bairros
circundantes ao Aeroporto de Uberlacircndia
Fonte NOVAIS 2012
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Formaccedilatildeo das Cumulonimbus e das trovoadas
Segundo Pinto Jr (2005 p 18) apesar de as trovoadas estarem associadas agraves nuvens de
tempestades estas classificadas de Cumulonimbus (CB) de acordo com o Atlas Internacional
de Nuvens este fenocircmeno pode tambeacutem ocorrer em outros tipos de nuvens como em
tempestades de neve tempestades de areia e em erupccedilotildees vulcacircnicas Contudo na localidade
de anaacutelise deste trabalho a ocorrecircncia do fenocircmeno de trovoadas se da nas Cumulonimbus
apenas
Os elementos essenciais que alimentam as condiccedilotildees para a formaccedilatildeo dos CBs satildeo a)
presenccedila de umidade na atmosfera e sua evaporaccedilatildeo agrave superfiacutecie terrestre tanto dos solos
quanto de todas as superfiacutecies aquaacuteticas o qual eacute um dos fatores que gera o movimento de
convecccedilatildeo b) instabilidade atmosfeacuterica ou seja como o ar quente e o ar frio possuem
densidades diferentes o ar quente ao adquirir umidade tende a ascender na medida em que eacute
resfriado na atmosfera ele tende a descer efetuando um processo contiacutenuo de troca c) e ainda
o levantamento seja ele orograacutefico frontal de brisa mariacutetima ou terrestre (COMANDO DA
AERONAacuteUTICA 2003 p 4)
A formaccedilatildeo de um CB normalmente ocorre em estaacutegios originando-se atraveacutes das
nuvens Cumulus estas que podem desenvolver-se ao ponto de se tornarem Cumulus
Congestus (tambeacutem conhecidas como Towering Cumulus ndash TCU) e ainda sim se
desenvolverem mais dando origem ao CB Estes estaacutegios satildeo conhecidos respectivamente
como (SONNEMAKER 1991 p 82) 1) estaacutegio de Cumulus 2) estaacutegio de maturidade 3)
Apoacutes estes dois estaacutegios tem-se o estaacutegio de dissipaccedilatildeo onde a precipitaccedilatildeo gradualmente se
cessa as correntes descendentes predominam poreacutem com menor intensidade os ventos de
rajada se enfraquecem e as turbulecircncias se tornam menos intensas Ocorrem ainda grandes
expansotildees laterais da nuvem e seu topo exibe o formato direcionado e alongado tomando a
forma de uma ldquobigornardquo (SONNEMAKER 1991 p 61)
Cumulus satildeo nuvens de estaacutegio baixo geralmente densas e de contorno e base bem
definidos desenvolvem-se em sentido vertical em forma de montiacuteculos domos ou torres satildeo
constituiacutedas majoritariamente por gotiacuteculas de aacutegua (PRETOR-PINEY 2008 p 22) Elas
ocorrem em alturas que variam de 300 a no maacuteximo 1500 metros poreacutem em raras ocasiotildees
satildeo observadas em torno de ateacute 1800 metros de altura no Aeroporto de Uberlacircndia
As Cumulus Congestus ou TCU satildeo as proacuteprias nuvens Cumulus poreacutem com maior
desenvolvimento vertical portanto possuem sua base em niacuteveis baixos No entanto devido
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sua capacidade de ascensatildeo na atmosfera satildeo consideradas como nuvens de grande
desenvolvimento vertical pois podem atingir os estaacutegios das nuvens meacutedias e altas satildeo
constituiacutedas por gotiacuteculas de aacutegua e podem conter tambeacutem partiacuteculas de gelo em sua porccedilatildeo
superior (VAREJAtildeO-SILVA 2006 p 376) A Meteorologia Aeronaacuteutica considera 750m a
altura miacutenima da base de um TCU
As nuvens Cumulus Congestus podem evoluir ainda mais dando origem agrave nuvem CB
ou se dissipar o que depende de diversas condiccedilotildees atmosfeacutericas reinantes num determinado
local eou dos sistemas atuantes Dessa forma a formaccedilatildeo de um CB sempre eacute precedida pelo
estaacutegio de Cumulus Congestus
As trovoadas podem ser definidas de acordo com sua origem dessa forma elas
possuem dois modos principais das quais se originam satildeo eles trovoadas de massas de ar e as
frontais tambeacutem conhecidas como dinacircmicas (SONNEMAKER 1991 p 83)
As chamadas trovoadas de massas de ar satildeo formadas no interior de uma mesma massa
de ar quente e uacutemida ou seja uma parcela da atmosfera que possua caracteriacutesticas
semelhantes de temperatura umidade e pressatildeo Normalmente ocorrem de forma isolada ou
esparsa Satildeo divididas em (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas convectivas satildeo originadas devido a processos convectivos onde
determinada massa de ar quente e uacutemida se eleva na atmosfera devido sua baixa
densidade e agraves condiccedilotildees de instabilidade da troposfera
Trovoadas orograacuteficas originadas por condiccedilotildees orograacuteficas onde uma parcela de ar
uacutemido e instaacutevel eacute forccedilada a ascender atraveacutes de um terreno montanhoso
Trovoadas advectivas ocorrem devido ao movimento horizontal de ar quente e uacutemido
sob uma determinada aacuterea de ar instaacutevel ou advecccedilatildeo de ar frio sobre aacutereas onde se
encontram ar quente eacute a menos comum das trecircs
As trovoadas derivadas de sistemas frontais podem ocorrer em qualquer eacutepoca do ano
e a qualquer hora do dia satildeo geralmente intensas de maior duraccedilatildeo e extensas
horizontalmente Satildeo elas (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas frontais ocorrem associadas a sistemas frontais frios quentes e oclusos
Trovoadas de linha de instabilidade ocorrem na dianteira das frentes ou seja nas
linhas e aacutereas preacute-frontais
Satildeo estas origens e definiccedilotildees que iratildeo definir a forma de como os CBs iratildeo se
apresentar no tempo e espaccedilo podendo ocorrer das seguintes formas (DECEA 200- p 2)
isolados quando numa determinada aacuterea haacute ocorrecircncia isolada da nuvem
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multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
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method proposed by Monteiro (1976) besides the presentation of the keraunic index to the
same location
Keywords Cumulonimbus Thunderstorm Lightning Rhythmical analysis Keraunic index
Introduccedilatildeo
O Brasil estaacute entre os paiacuteses onde haacute uma das maiores ocorrecircncias de raios e relacircmpagos
no mundo devido a sua grande extensatildeo territorial e sua localizaccedilatildeo geograacutefica que se
encontra entre duas zonas climaacuteticas a zona tropical e a temperada Contudo estudos do
Grupo de Eletricidade Atmosfeacuterica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) apontam que o Brasil se encontra na posiccedilatildeo de recordista em descargas atmosfeacutericas
com a estimativa de que 50 a 70 milhotildees de incidecircncias ocorrem em meacutedia por ano em solo
brasileiro (PINTO JR 2005 p 05)
Entre os principais oacutergatildeos de pesquisa e acompanhamento deste fenocircmeno em nosso
paiacutes destacam-se o INPE FURNAS Centrais Eleacutetricas SA Companhia Energeacutetica de Minas
Gerais (CEMIG) e Sistema Meteoroloacutegico do Paranaacute (SIMEPAR) Ao longo da deacutecada de
2000 muitos avanccedilos ocorreram no sentido de se estudar as descargas atmosfeacutericas em nosso
territoacuterio e tambeacutem mapeaacute-las Estes esforccedilos resultaram na chamada rede BrasilDAT (Rede
Brasileira de Detecccedilatildeo de Descargas Atmosfeacutericas) operada pelo ELAT integrante do INPE
Aleacutem destes existem ainda diversos pesquisadores vinculados a Institutos e Universidades os
quais desenvolvem trabalhos e pesquisas diversas referentes agraves descargas atmosfeacutericas e
trovoadas em todo o Brasil
Em vista disso raios relacircmpagos e descargas atmosfeacutericas satildeo um dos temas mais
estudados nos meios cientiacutefico e acadecircmico em todo mundo Isso se deve ao seu alto grau de
complexidade e de afetaccedilatildeo agraves diversas atividades humanas e que muitas vezes acaba por
ceifar a vida de seres humanos e animais Acredita-se que centenas de animais de vaacuterias
espeacutecies morrem por ano afetados por raios Jaacute em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo de acordo com o
ELAT um total de 1321 pessoas morreram entre os anos de 2000 a 2009 no Brasil sendo
que a meacutedia de mortes por raios eacute de 11625 entre os anos de 2003 e 2010 (ELAT 2013) As
circunstacircncias satildeo as mais diversas poreacutem todas fatais
Este trabalho faraacute a caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo bem como de seu local de coleta
de dados em seguida explanaraacute sobre a formaccedilatildeo e evoluccedilatildeo das nuvens relacionadas ao
fenocircmeno e ainda suas caracteriacutesticas gerais Sua ocorrecircncia na aacuterea de estudo seraacute exibida
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atraveacutes de graacuteficos seguida da a anaacutelise dos resultados Como dito por Monteiro (1976 p
25) ldquoo fator tempo (duraccedilatildeo) eacute essencial na definiccedilatildeo dos climasrdquo portanto dentre os vaacuterios
meacutetodos para anaacutelise climatoloacutegica optou-se neste trabalho pelo agrupamento em horas
mensais e anuais das ocorrecircncias das trovoadas e sua relaccedilatildeo percentual entre estes mesmos
anos de ocorrecircncia Juntamente com o fator citado este meacutetodo exibe tambeacutem a variabilidade
e o ritmo que satildeo aspectos diretamente relacionados ao fator tempo (MONTEIRO 1976 p
25) Dessa forma pode-se compreender claramente o comportamento das trovoadas na
localidade em questatildeo e sua intensificaccedilatildeo nos uacuteltimos anos
Este trabalho pretende contribuir a outros diversos estudos para esta regiatildeo os quais
vem sendo realizados por pesquisadores afins pois satildeo temas diretamente relacionados agraves
tempestades e trovoadas
A apresentaccedilatildeo destes dados atraveacutes do chamado iacutendice ceraacuteunico eacute um auxiliador para
a obtenccedilatildeo da densidade de ocorrecircncia de raios nuvem-solo de uma regiatildeo (DIAS
MESQUITA VISACRO 2009 p 2) o que significa a quantidade de raios que atingem o
solo por quilocircmetro quadrado por ano Este iacutendice eacute uacutetil tambeacutem para a confecccedilatildeo de caacutelculos
visando determinadas necessidades para os Sistemas de Proteccedilatildeo contra Descargas
Atmosfeacutericas (SPDA) de edificaccedilotildees em geral (NBR-5419ABNT apud STEacuteFANI 2011 p
18) Aleacutem disso a sistemaacutetica disposiccedilatildeo de iacutendices ceraacuteunicos de muitas localidades eacute o que
faz compor os mapas isoceraacuteunicos que satildeo as isolinhas destes iacutendices para aacutereas extensas
(OUTAtildeO BARROS 2009 p 3)
Materiais e meacutetodos
Foi feita uma consulta agrave literatura referente ao fenocircmeno aleacutem da manipulaccedilatildeo dos
dados das observaccedilotildees meteoroloacutegicas de SBUL de 1deg de janeiro de 1998 a 31 de dezembro
de 2012 totalizando 15 anos de observaccedilotildees meteoroloacutegicas Estes dados foram fornecidos
pela INFRAERO e constam no formato XLS assim foi utilizado nesta anaacutelise o software
Microsoft Excel 2010 Os dados satildeo originaacuterios dos antigos formulaacuterios IEPV 105-78
amplamente utilizados para fins de registros pela Meteorologia Aeronaacuteutica em todo paiacutes
Dessa forma estes dados foram tabulados de acordo com os meses e anos correspondentes
considerando-se a ocorrecircncia do fenocircmeno por horas totais Para isso foi feito o levantamento
em todas as observaccedilotildees horaacuterias onde constam o fenocircmeno e sua respectiva duraccedilatildeo total por
mecircs e ano
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo
O municiacutepio de Uberlacircndia pertence agrave Mesorregiatildeo do Triacircngulo MineiroAlto
Paranaiacuteba no Estado de Minas Gerais Regiatildeo Sudeste do Brasil Para suas coordenadas
geograacuteficas este trabalho teraacute como referecircncia o Centro Administrativo do municiacutepio
localizado a 18deg54rsquo41rsquorsquo de latitude sul e 48deg15rsquo21rsquorsquo de longitude oeste de Greenwich
(Prefeitura Municipal de Ubelacircndia 2011) A altitude miacutenima do municiacutepio eacute de 622m
localizada na Foz do Rio Uberabinha ao norte do municiacutepio (SILVA apud ALMG 2010) e a
altitude maacutexima eacute de 960m situada nas proximidades da Fazenda Floresta do Lobo no setor
sudeste do municiacutepio (BENEDETTI et al 2010) a altitude meacutedia do municiacutepio estaacute em torno
de 863m (Prefeitura Municipal de Ubelacircndia 2010) A porccedilatildeo urbana de Uberlacircndia
corresponde a uma aacuterea de 219 kmsup2 dentro do total de 4115 kmsup2 do municiacutepio
Percentualmente a aacuterea urbana possui 532 e a rural 947 do total citado Eacute um municiacutepio
composto por 604013 habitantes sendo que 587266 residem na porccedilatildeo urbana e 16747 na
porccedilatildeo rural do municiacutepio (IBGE 2010)
Climatologia de Uberlacircndia
Sobre a Climatologia do municiacutepio diversas classificaccedilotildees foram feitas desde meados
do seacuteculo passado para o Brasil e para a regiatildeo onde se encontra Uberlacircndia sendo que os
trabalhos mais utilizados dentro da comunidade cientiacutefica satildeo os de Koumlppen (1936)
Thorthwaite (1948) Strahler (1969) e Nimer (1979) Recentemente uma nova classificaccedilatildeo
climaacutetica proposta por Novais (2011) foi elaborada para a Mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do Entorno da Serra da Canastra sendo esta classificaccedilatildeo
considerada a mais pontual e adequada para o municiacutepio de Uberlacircndia
Dessa forma Uberlacircndia se situa dentro do ldquoClima Tropical Semi-uacutemidordquo (NOVAIS
2011 p 160) isto eacute quente o ano todo com 4 a 5 meses secos (maio-agosto setembro)
temperatura meacutedia anual de 224degC temperatura meacutedia do mecircs mais frio acima de 18degC entre
os anos de 1980 a 2009 a meacutedia das temperaturas maacuteximas ficou em 353degC e a meacutedia das
miacutenimas em 69degC A pluviosidade meacutedia anual do municiacutepio eacute de 1590 mm concentrados
em sua maior quantidade no veratildeo (dezembro-fevereiro) deacuteficit hiacutedrico anual entre 100 mm ndash
500 mm e seu excedente hiacutedrico anual entre 200 mm ndash 600 mm (NOVAIS 2011 p 158)
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As massas de ar e sistemas atmosfeacutericos atuantes em Uberlacircndia
Os sistemas atmosfeacutericos atuantes em Uberlacircndia satildeo (CAVALCANTI et al 2009
apud NOVAIS 2011 p 67-71)
Zona de Convergecircncia de Umidade (ZCOU) e Zona de Convergecircncia do Atlacircntico Sul
(ZCAS)
Jatos de Altos Niacuteveis (Jato Subtropical ndash JST)
Frentes Frias
Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs)
Jaacute sobre as massas de ar atuantes tem-se (MENDONCcedilA 2007 apud NOVAIS 2011
p 71-81)
Massa de Ar Tropical Atlacircntica (MTA)
Massa Tropical Continental (MTC)
Massa de Ar Equatorial Continental (MEC)
Massa Polar Atlacircntica (MPA)
Figura 1 Massas de ar que atuam no Estado de Minas Gerais
Fonte NOVAIS 2011
Caracteriacutesticas da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica e da coleta dos dados
O Aeroporto Ten Cel Av Ceacutesar Bombonato ou Aeroporto de Uberlacircndia se encontra
localizado na latitude de 18deg53rsquo sul e 48deg13rsquo longitude oeste de Greenwich tendo como
altitude 943m (SACPR 2013) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie bem como seu
ponto de observaccedilatildeo meteoroloacutegico encontra-se localizado junto ao preacutedio da torre de
controle
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O complexo aeroportuaacuterio uberlandense pertence agrave Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuaacuteria (INFRAERO) empresa puacuteblica federal brasileira vinculada agrave Secretaria de
Aviaccedilatildeo Civil da Presidecircncia da Repuacuteblica (SACPR) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de
Superfiacutecie (EMS) eacute uma das 61 existentes em todo o sistema da INFRAERO pelo paiacutes
(INFRAERO 2014)
As EMS tecircm por finalidade efetuar observaccedilotildees meteoroloacutegicas agrave superfiacutecie para fins
aeronaacuteuticos sinoacuteticos e para o registro de dados com fins climatoloacutegicos As EMS da
INFRAERO estatildeo subordinadas a regulamentaccedilatildeo definida pelo Departamento de Controle do
Espaccedilo Aeacutereo (DECEA) do Comando da Aeronaacuteutica que por sua vez o faz com base no
mecanismo internacional da Organizaccedilatildeo Meteoroloacutegica Mundial (OMM) e da Organizaccedilatildeo
de Aviaccedilatildeo Civil Internacional (OACI)
As EMS satildeo classificadas em classes pelo DECEA assim elas podem ser EMS-1
EMS-2 ou EMS-3 Essa divisatildeo em classes se deve a quantidade de equipamentos que a
estaccedilatildeo possui a mais completa eacute a EMS-1 Na atualidade o Aeroporto de Uberlacircndia possui
uma EMS-1 (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 12)
Conforme preconiza a regulamentaccedilatildeo do DECEA a EMS-1 eacute operada por uma equipe
de meteorologistas de niacutevel teacutecnico tambeacutem chamados de observadores meteoroloacutegicos que
possuem como algumas de suas atribuiccedilotildees manter vigilacircncia meteoroloacutegica contiacutenua no
aeroacutedromo junto agrave EMS-1 em questatildeo realizar observaccedilotildees meteoroloacutegicas e sinoacuteticas agrave
superfiacutecie aleacutem de todos os registros correlatos agrave confecccedilatildeo dos coacutedigos de Meteorologia
Aeronaacuteutica tais como METAR SPECI e SYNOP (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
2 2011 p 11)
Destaca-se que satildeo os observadores meteoroloacutegicos que identificam os tipos de nuvens
e sua quantidade na aboacutebada celeste assim como a ocorrecircncia de todo e qualquer fenocircmeno
(trovoada chuva chuvisco nevoeiro neacutevoa seca etc) tanto seu iniacutecio sua intensificaccedilatildeo ou
natildeo e seu teacutermino
Com relaccedilatildeo agraves trovoadas o Manual de Coacutedigos Meteoroloacutegicos do DECEA
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-10 2012 p 43) define este fenocircmeno como sendo
ldquoa sucessatildeo de descargas eleacutetricas e trovotildees acompanhada geralmente de precipitaccedilatildeordquo O
mesmo oacutergatildeo faz ainda as seguintes consideraccedilotildees (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
10 2012 p 21)
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() uma trovoada deve ser considerada sobre a estaccedilatildeo a partir do momento
em que o primeiro trovatildeo eacute ouvido sejam relacircmpagos vistos ou natildeo haja
precipitaccedilatildeo na estaccedilatildeo ou natildeo A trovoada deve ser informada no tempo
presente caso o trovatildeo seja ouvido durante o periacuteodo normal de observaccedilatildeo
que precede a hora do informe (meteoroloacutegico) Considerar-se-aacute que a
trovoada tenha terminado quando se ouvir o uacuteltimo trovatildeo ficando
confirmada a sua fase de dissipaccedilatildeo no espaccedilo de 10 a 15 minutos seguintes
Pinto Jr confirma este meacutetodo de registro exposto acima sendo suas consideraccedilotildees as
seguintes ldquodias de tempestade satildeo definidos como aqueles em que um observador num dado
local registra a ocorrecircncia de trovoadardquo (PINTO JR 1996 p 27)
Dentro do sistema de codificaccedilatildeo dos fenocircmenos para a Meteorologia Aeronaacuteutica a
trovoada eacute considerada ocorrendo no aeroacutedromo quando eacute percebida do ponto de observaccedilatildeo
ateacute uma distacircncia de 8 quilocircmetros quando observada a distacircncias superiores normalmente
percebidas pelo seu efeito luminoso eacute considerada entatildeo como sua ocorrecircncia sendo ldquona
vizinhanccedilardquo (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30) Na praacutetica a ocorrecircncia
de trovoada no aeroacutedromo eacute codificada no METAR (Meteorological Aerodrome Report ou
Informe Meteoroloacutegico Regular de Aeroacutedromo) como TS (do inglecircs ldquothunderstormrdquo) e a
ocorrecircncia na vizinhanccedila de VCTS (do inglecircs ldquovicinity thunderstormrdquo) Por oportuno todos
os registros de trovoada analisados neste trabalho se devem exclusivamente quanto a sua
ocorrecircncia no aeroacutedromo ou seja com o limite de raio de 8 quilocircmetros a partir do ponto de
observaccedilatildeo da EMS Em muitos momentos anteriores ou posteriores agrave ocorrecircncia de trovoada
no aeroacutedromo eacute registrada a ocorrecircncia de trovoada na vizinhanccedila portanto esse registro
possui tanto um caraacuteter de iminecircncia eou fortalecimento como de dissipaccedilatildeo da trovoada
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30)
Vaacuterios fatores justificam cientificamente esta opccedilatildeo de limitaccedilatildeo pois ldquonormalmente
pode-se escutar o trovatildeo entre 5 a 10 quilocircmetros de distacircncia do local onde ocorreu o
relacircmpago Devido a diversas razotildees entre elas o vento a temperatura do ar e o relevo do
solo dificilmente se escuta o trovatildeo a distacircncias maiores que 20 quilocircmetrosrdquo (PINTO JR
1996 p 20)
A figura 2 localiza o municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba no estado de Minas Gerais
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Figura 2 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do estado de MG
Fonte NOVAIS 2011
A figura 3 exibe o ponto de observaccedilatildeo da EMS do Aeroporto de Uberlacircndia localizado
agrave nordeste do municiacutepio juntamente com seu raio de atuaccedilatildeo bem como os principais bairros
circundantes
Figura 3 Localizaccedilatildeo da EMS raio de abrangecircncia de observaccedilatildeo das trovoadas e bairros
circundantes ao Aeroporto de Uberlacircndia
Fonte NOVAIS 2012
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Formaccedilatildeo das Cumulonimbus e das trovoadas
Segundo Pinto Jr (2005 p 18) apesar de as trovoadas estarem associadas agraves nuvens de
tempestades estas classificadas de Cumulonimbus (CB) de acordo com o Atlas Internacional
de Nuvens este fenocircmeno pode tambeacutem ocorrer em outros tipos de nuvens como em
tempestades de neve tempestades de areia e em erupccedilotildees vulcacircnicas Contudo na localidade
de anaacutelise deste trabalho a ocorrecircncia do fenocircmeno de trovoadas se da nas Cumulonimbus
apenas
Os elementos essenciais que alimentam as condiccedilotildees para a formaccedilatildeo dos CBs satildeo a)
presenccedila de umidade na atmosfera e sua evaporaccedilatildeo agrave superfiacutecie terrestre tanto dos solos
quanto de todas as superfiacutecies aquaacuteticas o qual eacute um dos fatores que gera o movimento de
convecccedilatildeo b) instabilidade atmosfeacuterica ou seja como o ar quente e o ar frio possuem
densidades diferentes o ar quente ao adquirir umidade tende a ascender na medida em que eacute
resfriado na atmosfera ele tende a descer efetuando um processo contiacutenuo de troca c) e ainda
o levantamento seja ele orograacutefico frontal de brisa mariacutetima ou terrestre (COMANDO DA
AERONAacuteUTICA 2003 p 4)
A formaccedilatildeo de um CB normalmente ocorre em estaacutegios originando-se atraveacutes das
nuvens Cumulus estas que podem desenvolver-se ao ponto de se tornarem Cumulus
Congestus (tambeacutem conhecidas como Towering Cumulus ndash TCU) e ainda sim se
desenvolverem mais dando origem ao CB Estes estaacutegios satildeo conhecidos respectivamente
como (SONNEMAKER 1991 p 82) 1) estaacutegio de Cumulus 2) estaacutegio de maturidade 3)
Apoacutes estes dois estaacutegios tem-se o estaacutegio de dissipaccedilatildeo onde a precipitaccedilatildeo gradualmente se
cessa as correntes descendentes predominam poreacutem com menor intensidade os ventos de
rajada se enfraquecem e as turbulecircncias se tornam menos intensas Ocorrem ainda grandes
expansotildees laterais da nuvem e seu topo exibe o formato direcionado e alongado tomando a
forma de uma ldquobigornardquo (SONNEMAKER 1991 p 61)
Cumulus satildeo nuvens de estaacutegio baixo geralmente densas e de contorno e base bem
definidos desenvolvem-se em sentido vertical em forma de montiacuteculos domos ou torres satildeo
constituiacutedas majoritariamente por gotiacuteculas de aacutegua (PRETOR-PINEY 2008 p 22) Elas
ocorrem em alturas que variam de 300 a no maacuteximo 1500 metros poreacutem em raras ocasiotildees
satildeo observadas em torno de ateacute 1800 metros de altura no Aeroporto de Uberlacircndia
As Cumulus Congestus ou TCU satildeo as proacuteprias nuvens Cumulus poreacutem com maior
desenvolvimento vertical portanto possuem sua base em niacuteveis baixos No entanto devido
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sua capacidade de ascensatildeo na atmosfera satildeo consideradas como nuvens de grande
desenvolvimento vertical pois podem atingir os estaacutegios das nuvens meacutedias e altas satildeo
constituiacutedas por gotiacuteculas de aacutegua e podem conter tambeacutem partiacuteculas de gelo em sua porccedilatildeo
superior (VAREJAtildeO-SILVA 2006 p 376) A Meteorologia Aeronaacuteutica considera 750m a
altura miacutenima da base de um TCU
As nuvens Cumulus Congestus podem evoluir ainda mais dando origem agrave nuvem CB
ou se dissipar o que depende de diversas condiccedilotildees atmosfeacutericas reinantes num determinado
local eou dos sistemas atuantes Dessa forma a formaccedilatildeo de um CB sempre eacute precedida pelo
estaacutegio de Cumulus Congestus
As trovoadas podem ser definidas de acordo com sua origem dessa forma elas
possuem dois modos principais das quais se originam satildeo eles trovoadas de massas de ar e as
frontais tambeacutem conhecidas como dinacircmicas (SONNEMAKER 1991 p 83)
As chamadas trovoadas de massas de ar satildeo formadas no interior de uma mesma massa
de ar quente e uacutemida ou seja uma parcela da atmosfera que possua caracteriacutesticas
semelhantes de temperatura umidade e pressatildeo Normalmente ocorrem de forma isolada ou
esparsa Satildeo divididas em (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas convectivas satildeo originadas devido a processos convectivos onde
determinada massa de ar quente e uacutemida se eleva na atmosfera devido sua baixa
densidade e agraves condiccedilotildees de instabilidade da troposfera
Trovoadas orograacuteficas originadas por condiccedilotildees orograacuteficas onde uma parcela de ar
uacutemido e instaacutevel eacute forccedilada a ascender atraveacutes de um terreno montanhoso
Trovoadas advectivas ocorrem devido ao movimento horizontal de ar quente e uacutemido
sob uma determinada aacuterea de ar instaacutevel ou advecccedilatildeo de ar frio sobre aacutereas onde se
encontram ar quente eacute a menos comum das trecircs
As trovoadas derivadas de sistemas frontais podem ocorrer em qualquer eacutepoca do ano
e a qualquer hora do dia satildeo geralmente intensas de maior duraccedilatildeo e extensas
horizontalmente Satildeo elas (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas frontais ocorrem associadas a sistemas frontais frios quentes e oclusos
Trovoadas de linha de instabilidade ocorrem na dianteira das frentes ou seja nas
linhas e aacutereas preacute-frontais
Satildeo estas origens e definiccedilotildees que iratildeo definir a forma de como os CBs iratildeo se
apresentar no tempo e espaccedilo podendo ocorrer das seguintes formas (DECEA 200- p 2)
isolados quando numa determinada aacuterea haacute ocorrecircncia isolada da nuvem
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multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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64 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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65 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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atraveacutes de graacuteficos seguida da a anaacutelise dos resultados Como dito por Monteiro (1976 p
25) ldquoo fator tempo (duraccedilatildeo) eacute essencial na definiccedilatildeo dos climasrdquo portanto dentre os vaacuterios
meacutetodos para anaacutelise climatoloacutegica optou-se neste trabalho pelo agrupamento em horas
mensais e anuais das ocorrecircncias das trovoadas e sua relaccedilatildeo percentual entre estes mesmos
anos de ocorrecircncia Juntamente com o fator citado este meacutetodo exibe tambeacutem a variabilidade
e o ritmo que satildeo aspectos diretamente relacionados ao fator tempo (MONTEIRO 1976 p
25) Dessa forma pode-se compreender claramente o comportamento das trovoadas na
localidade em questatildeo e sua intensificaccedilatildeo nos uacuteltimos anos
Este trabalho pretende contribuir a outros diversos estudos para esta regiatildeo os quais
vem sendo realizados por pesquisadores afins pois satildeo temas diretamente relacionados agraves
tempestades e trovoadas
A apresentaccedilatildeo destes dados atraveacutes do chamado iacutendice ceraacuteunico eacute um auxiliador para
a obtenccedilatildeo da densidade de ocorrecircncia de raios nuvem-solo de uma regiatildeo (DIAS
MESQUITA VISACRO 2009 p 2) o que significa a quantidade de raios que atingem o
solo por quilocircmetro quadrado por ano Este iacutendice eacute uacutetil tambeacutem para a confecccedilatildeo de caacutelculos
visando determinadas necessidades para os Sistemas de Proteccedilatildeo contra Descargas
Atmosfeacutericas (SPDA) de edificaccedilotildees em geral (NBR-5419ABNT apud STEacuteFANI 2011 p
18) Aleacutem disso a sistemaacutetica disposiccedilatildeo de iacutendices ceraacuteunicos de muitas localidades eacute o que
faz compor os mapas isoceraacuteunicos que satildeo as isolinhas destes iacutendices para aacutereas extensas
(OUTAtildeO BARROS 2009 p 3)
Materiais e meacutetodos
Foi feita uma consulta agrave literatura referente ao fenocircmeno aleacutem da manipulaccedilatildeo dos
dados das observaccedilotildees meteoroloacutegicas de SBUL de 1deg de janeiro de 1998 a 31 de dezembro
de 2012 totalizando 15 anos de observaccedilotildees meteoroloacutegicas Estes dados foram fornecidos
pela INFRAERO e constam no formato XLS assim foi utilizado nesta anaacutelise o software
Microsoft Excel 2010 Os dados satildeo originaacuterios dos antigos formulaacuterios IEPV 105-78
amplamente utilizados para fins de registros pela Meteorologia Aeronaacuteutica em todo paiacutes
Dessa forma estes dados foram tabulados de acordo com os meses e anos correspondentes
considerando-se a ocorrecircncia do fenocircmeno por horas totais Para isso foi feito o levantamento
em todas as observaccedilotildees horaacuterias onde constam o fenocircmeno e sua respectiva duraccedilatildeo total por
mecircs e ano
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo
O municiacutepio de Uberlacircndia pertence agrave Mesorregiatildeo do Triacircngulo MineiroAlto
Paranaiacuteba no Estado de Minas Gerais Regiatildeo Sudeste do Brasil Para suas coordenadas
geograacuteficas este trabalho teraacute como referecircncia o Centro Administrativo do municiacutepio
localizado a 18deg54rsquo41rsquorsquo de latitude sul e 48deg15rsquo21rsquorsquo de longitude oeste de Greenwich
(Prefeitura Municipal de Ubelacircndia 2011) A altitude miacutenima do municiacutepio eacute de 622m
localizada na Foz do Rio Uberabinha ao norte do municiacutepio (SILVA apud ALMG 2010) e a
altitude maacutexima eacute de 960m situada nas proximidades da Fazenda Floresta do Lobo no setor
sudeste do municiacutepio (BENEDETTI et al 2010) a altitude meacutedia do municiacutepio estaacute em torno
de 863m (Prefeitura Municipal de Ubelacircndia 2010) A porccedilatildeo urbana de Uberlacircndia
corresponde a uma aacuterea de 219 kmsup2 dentro do total de 4115 kmsup2 do municiacutepio
Percentualmente a aacuterea urbana possui 532 e a rural 947 do total citado Eacute um municiacutepio
composto por 604013 habitantes sendo que 587266 residem na porccedilatildeo urbana e 16747 na
porccedilatildeo rural do municiacutepio (IBGE 2010)
Climatologia de Uberlacircndia
Sobre a Climatologia do municiacutepio diversas classificaccedilotildees foram feitas desde meados
do seacuteculo passado para o Brasil e para a regiatildeo onde se encontra Uberlacircndia sendo que os
trabalhos mais utilizados dentro da comunidade cientiacutefica satildeo os de Koumlppen (1936)
Thorthwaite (1948) Strahler (1969) e Nimer (1979) Recentemente uma nova classificaccedilatildeo
climaacutetica proposta por Novais (2011) foi elaborada para a Mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do Entorno da Serra da Canastra sendo esta classificaccedilatildeo
considerada a mais pontual e adequada para o municiacutepio de Uberlacircndia
Dessa forma Uberlacircndia se situa dentro do ldquoClima Tropical Semi-uacutemidordquo (NOVAIS
2011 p 160) isto eacute quente o ano todo com 4 a 5 meses secos (maio-agosto setembro)
temperatura meacutedia anual de 224degC temperatura meacutedia do mecircs mais frio acima de 18degC entre
os anos de 1980 a 2009 a meacutedia das temperaturas maacuteximas ficou em 353degC e a meacutedia das
miacutenimas em 69degC A pluviosidade meacutedia anual do municiacutepio eacute de 1590 mm concentrados
em sua maior quantidade no veratildeo (dezembro-fevereiro) deacuteficit hiacutedrico anual entre 100 mm ndash
500 mm e seu excedente hiacutedrico anual entre 200 mm ndash 600 mm (NOVAIS 2011 p 158)
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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56 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
As massas de ar e sistemas atmosfeacutericos atuantes em Uberlacircndia
Os sistemas atmosfeacutericos atuantes em Uberlacircndia satildeo (CAVALCANTI et al 2009
apud NOVAIS 2011 p 67-71)
Zona de Convergecircncia de Umidade (ZCOU) e Zona de Convergecircncia do Atlacircntico Sul
(ZCAS)
Jatos de Altos Niacuteveis (Jato Subtropical ndash JST)
Frentes Frias
Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs)
Jaacute sobre as massas de ar atuantes tem-se (MENDONCcedilA 2007 apud NOVAIS 2011
p 71-81)
Massa de Ar Tropical Atlacircntica (MTA)
Massa Tropical Continental (MTC)
Massa de Ar Equatorial Continental (MEC)
Massa Polar Atlacircntica (MPA)
Figura 1 Massas de ar que atuam no Estado de Minas Gerais
Fonte NOVAIS 2011
Caracteriacutesticas da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica e da coleta dos dados
O Aeroporto Ten Cel Av Ceacutesar Bombonato ou Aeroporto de Uberlacircndia se encontra
localizado na latitude de 18deg53rsquo sul e 48deg13rsquo longitude oeste de Greenwich tendo como
altitude 943m (SACPR 2013) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie bem como seu
ponto de observaccedilatildeo meteoroloacutegico encontra-se localizado junto ao preacutedio da torre de
controle
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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57 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
O complexo aeroportuaacuterio uberlandense pertence agrave Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuaacuteria (INFRAERO) empresa puacuteblica federal brasileira vinculada agrave Secretaria de
Aviaccedilatildeo Civil da Presidecircncia da Repuacuteblica (SACPR) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de
Superfiacutecie (EMS) eacute uma das 61 existentes em todo o sistema da INFRAERO pelo paiacutes
(INFRAERO 2014)
As EMS tecircm por finalidade efetuar observaccedilotildees meteoroloacutegicas agrave superfiacutecie para fins
aeronaacuteuticos sinoacuteticos e para o registro de dados com fins climatoloacutegicos As EMS da
INFRAERO estatildeo subordinadas a regulamentaccedilatildeo definida pelo Departamento de Controle do
Espaccedilo Aeacutereo (DECEA) do Comando da Aeronaacuteutica que por sua vez o faz com base no
mecanismo internacional da Organizaccedilatildeo Meteoroloacutegica Mundial (OMM) e da Organizaccedilatildeo
de Aviaccedilatildeo Civil Internacional (OACI)
As EMS satildeo classificadas em classes pelo DECEA assim elas podem ser EMS-1
EMS-2 ou EMS-3 Essa divisatildeo em classes se deve a quantidade de equipamentos que a
estaccedilatildeo possui a mais completa eacute a EMS-1 Na atualidade o Aeroporto de Uberlacircndia possui
uma EMS-1 (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 12)
Conforme preconiza a regulamentaccedilatildeo do DECEA a EMS-1 eacute operada por uma equipe
de meteorologistas de niacutevel teacutecnico tambeacutem chamados de observadores meteoroloacutegicos que
possuem como algumas de suas atribuiccedilotildees manter vigilacircncia meteoroloacutegica contiacutenua no
aeroacutedromo junto agrave EMS-1 em questatildeo realizar observaccedilotildees meteoroloacutegicas e sinoacuteticas agrave
superfiacutecie aleacutem de todos os registros correlatos agrave confecccedilatildeo dos coacutedigos de Meteorologia
Aeronaacuteutica tais como METAR SPECI e SYNOP (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
2 2011 p 11)
Destaca-se que satildeo os observadores meteoroloacutegicos que identificam os tipos de nuvens
e sua quantidade na aboacutebada celeste assim como a ocorrecircncia de todo e qualquer fenocircmeno
(trovoada chuva chuvisco nevoeiro neacutevoa seca etc) tanto seu iniacutecio sua intensificaccedilatildeo ou
natildeo e seu teacutermino
Com relaccedilatildeo agraves trovoadas o Manual de Coacutedigos Meteoroloacutegicos do DECEA
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-10 2012 p 43) define este fenocircmeno como sendo
ldquoa sucessatildeo de descargas eleacutetricas e trovotildees acompanhada geralmente de precipitaccedilatildeordquo O
mesmo oacutergatildeo faz ainda as seguintes consideraccedilotildees (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
10 2012 p 21)
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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() uma trovoada deve ser considerada sobre a estaccedilatildeo a partir do momento
em que o primeiro trovatildeo eacute ouvido sejam relacircmpagos vistos ou natildeo haja
precipitaccedilatildeo na estaccedilatildeo ou natildeo A trovoada deve ser informada no tempo
presente caso o trovatildeo seja ouvido durante o periacuteodo normal de observaccedilatildeo
que precede a hora do informe (meteoroloacutegico) Considerar-se-aacute que a
trovoada tenha terminado quando se ouvir o uacuteltimo trovatildeo ficando
confirmada a sua fase de dissipaccedilatildeo no espaccedilo de 10 a 15 minutos seguintes
Pinto Jr confirma este meacutetodo de registro exposto acima sendo suas consideraccedilotildees as
seguintes ldquodias de tempestade satildeo definidos como aqueles em que um observador num dado
local registra a ocorrecircncia de trovoadardquo (PINTO JR 1996 p 27)
Dentro do sistema de codificaccedilatildeo dos fenocircmenos para a Meteorologia Aeronaacuteutica a
trovoada eacute considerada ocorrendo no aeroacutedromo quando eacute percebida do ponto de observaccedilatildeo
ateacute uma distacircncia de 8 quilocircmetros quando observada a distacircncias superiores normalmente
percebidas pelo seu efeito luminoso eacute considerada entatildeo como sua ocorrecircncia sendo ldquona
vizinhanccedilardquo (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30) Na praacutetica a ocorrecircncia
de trovoada no aeroacutedromo eacute codificada no METAR (Meteorological Aerodrome Report ou
Informe Meteoroloacutegico Regular de Aeroacutedromo) como TS (do inglecircs ldquothunderstormrdquo) e a
ocorrecircncia na vizinhanccedila de VCTS (do inglecircs ldquovicinity thunderstormrdquo) Por oportuno todos
os registros de trovoada analisados neste trabalho se devem exclusivamente quanto a sua
ocorrecircncia no aeroacutedromo ou seja com o limite de raio de 8 quilocircmetros a partir do ponto de
observaccedilatildeo da EMS Em muitos momentos anteriores ou posteriores agrave ocorrecircncia de trovoada
no aeroacutedromo eacute registrada a ocorrecircncia de trovoada na vizinhanccedila portanto esse registro
possui tanto um caraacuteter de iminecircncia eou fortalecimento como de dissipaccedilatildeo da trovoada
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30)
Vaacuterios fatores justificam cientificamente esta opccedilatildeo de limitaccedilatildeo pois ldquonormalmente
pode-se escutar o trovatildeo entre 5 a 10 quilocircmetros de distacircncia do local onde ocorreu o
relacircmpago Devido a diversas razotildees entre elas o vento a temperatura do ar e o relevo do
solo dificilmente se escuta o trovatildeo a distacircncias maiores que 20 quilocircmetrosrdquo (PINTO JR
1996 p 20)
A figura 2 localiza o municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba no estado de Minas Gerais
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Figura 2 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do estado de MG
Fonte NOVAIS 2011
A figura 3 exibe o ponto de observaccedilatildeo da EMS do Aeroporto de Uberlacircndia localizado
agrave nordeste do municiacutepio juntamente com seu raio de atuaccedilatildeo bem como os principais bairros
circundantes
Figura 3 Localizaccedilatildeo da EMS raio de abrangecircncia de observaccedilatildeo das trovoadas e bairros
circundantes ao Aeroporto de Uberlacircndia
Fonte NOVAIS 2012
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Formaccedilatildeo das Cumulonimbus e das trovoadas
Segundo Pinto Jr (2005 p 18) apesar de as trovoadas estarem associadas agraves nuvens de
tempestades estas classificadas de Cumulonimbus (CB) de acordo com o Atlas Internacional
de Nuvens este fenocircmeno pode tambeacutem ocorrer em outros tipos de nuvens como em
tempestades de neve tempestades de areia e em erupccedilotildees vulcacircnicas Contudo na localidade
de anaacutelise deste trabalho a ocorrecircncia do fenocircmeno de trovoadas se da nas Cumulonimbus
apenas
Os elementos essenciais que alimentam as condiccedilotildees para a formaccedilatildeo dos CBs satildeo a)
presenccedila de umidade na atmosfera e sua evaporaccedilatildeo agrave superfiacutecie terrestre tanto dos solos
quanto de todas as superfiacutecies aquaacuteticas o qual eacute um dos fatores que gera o movimento de
convecccedilatildeo b) instabilidade atmosfeacuterica ou seja como o ar quente e o ar frio possuem
densidades diferentes o ar quente ao adquirir umidade tende a ascender na medida em que eacute
resfriado na atmosfera ele tende a descer efetuando um processo contiacutenuo de troca c) e ainda
o levantamento seja ele orograacutefico frontal de brisa mariacutetima ou terrestre (COMANDO DA
AERONAacuteUTICA 2003 p 4)
A formaccedilatildeo de um CB normalmente ocorre em estaacutegios originando-se atraveacutes das
nuvens Cumulus estas que podem desenvolver-se ao ponto de se tornarem Cumulus
Congestus (tambeacutem conhecidas como Towering Cumulus ndash TCU) e ainda sim se
desenvolverem mais dando origem ao CB Estes estaacutegios satildeo conhecidos respectivamente
como (SONNEMAKER 1991 p 82) 1) estaacutegio de Cumulus 2) estaacutegio de maturidade 3)
Apoacutes estes dois estaacutegios tem-se o estaacutegio de dissipaccedilatildeo onde a precipitaccedilatildeo gradualmente se
cessa as correntes descendentes predominam poreacutem com menor intensidade os ventos de
rajada se enfraquecem e as turbulecircncias se tornam menos intensas Ocorrem ainda grandes
expansotildees laterais da nuvem e seu topo exibe o formato direcionado e alongado tomando a
forma de uma ldquobigornardquo (SONNEMAKER 1991 p 61)
Cumulus satildeo nuvens de estaacutegio baixo geralmente densas e de contorno e base bem
definidos desenvolvem-se em sentido vertical em forma de montiacuteculos domos ou torres satildeo
constituiacutedas majoritariamente por gotiacuteculas de aacutegua (PRETOR-PINEY 2008 p 22) Elas
ocorrem em alturas que variam de 300 a no maacuteximo 1500 metros poreacutem em raras ocasiotildees
satildeo observadas em torno de ateacute 1800 metros de altura no Aeroporto de Uberlacircndia
As Cumulus Congestus ou TCU satildeo as proacuteprias nuvens Cumulus poreacutem com maior
desenvolvimento vertical portanto possuem sua base em niacuteveis baixos No entanto devido
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sua capacidade de ascensatildeo na atmosfera satildeo consideradas como nuvens de grande
desenvolvimento vertical pois podem atingir os estaacutegios das nuvens meacutedias e altas satildeo
constituiacutedas por gotiacuteculas de aacutegua e podem conter tambeacutem partiacuteculas de gelo em sua porccedilatildeo
superior (VAREJAtildeO-SILVA 2006 p 376) A Meteorologia Aeronaacuteutica considera 750m a
altura miacutenima da base de um TCU
As nuvens Cumulus Congestus podem evoluir ainda mais dando origem agrave nuvem CB
ou se dissipar o que depende de diversas condiccedilotildees atmosfeacutericas reinantes num determinado
local eou dos sistemas atuantes Dessa forma a formaccedilatildeo de um CB sempre eacute precedida pelo
estaacutegio de Cumulus Congestus
As trovoadas podem ser definidas de acordo com sua origem dessa forma elas
possuem dois modos principais das quais se originam satildeo eles trovoadas de massas de ar e as
frontais tambeacutem conhecidas como dinacircmicas (SONNEMAKER 1991 p 83)
As chamadas trovoadas de massas de ar satildeo formadas no interior de uma mesma massa
de ar quente e uacutemida ou seja uma parcela da atmosfera que possua caracteriacutesticas
semelhantes de temperatura umidade e pressatildeo Normalmente ocorrem de forma isolada ou
esparsa Satildeo divididas em (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas convectivas satildeo originadas devido a processos convectivos onde
determinada massa de ar quente e uacutemida se eleva na atmosfera devido sua baixa
densidade e agraves condiccedilotildees de instabilidade da troposfera
Trovoadas orograacuteficas originadas por condiccedilotildees orograacuteficas onde uma parcela de ar
uacutemido e instaacutevel eacute forccedilada a ascender atraveacutes de um terreno montanhoso
Trovoadas advectivas ocorrem devido ao movimento horizontal de ar quente e uacutemido
sob uma determinada aacuterea de ar instaacutevel ou advecccedilatildeo de ar frio sobre aacutereas onde se
encontram ar quente eacute a menos comum das trecircs
As trovoadas derivadas de sistemas frontais podem ocorrer em qualquer eacutepoca do ano
e a qualquer hora do dia satildeo geralmente intensas de maior duraccedilatildeo e extensas
horizontalmente Satildeo elas (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas frontais ocorrem associadas a sistemas frontais frios quentes e oclusos
Trovoadas de linha de instabilidade ocorrem na dianteira das frentes ou seja nas
linhas e aacutereas preacute-frontais
Satildeo estas origens e definiccedilotildees que iratildeo definir a forma de como os CBs iratildeo se
apresentar no tempo e espaccedilo podendo ocorrer das seguintes formas (DECEA 200- p 2)
isolados quando numa determinada aacuterea haacute ocorrecircncia isolada da nuvem
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multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
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Caracterizaccedilatildeo da aacuterea de estudo
O municiacutepio de Uberlacircndia pertence agrave Mesorregiatildeo do Triacircngulo MineiroAlto
Paranaiacuteba no Estado de Minas Gerais Regiatildeo Sudeste do Brasil Para suas coordenadas
geograacuteficas este trabalho teraacute como referecircncia o Centro Administrativo do municiacutepio
localizado a 18deg54rsquo41rsquorsquo de latitude sul e 48deg15rsquo21rsquorsquo de longitude oeste de Greenwich
(Prefeitura Municipal de Ubelacircndia 2011) A altitude miacutenima do municiacutepio eacute de 622m
localizada na Foz do Rio Uberabinha ao norte do municiacutepio (SILVA apud ALMG 2010) e a
altitude maacutexima eacute de 960m situada nas proximidades da Fazenda Floresta do Lobo no setor
sudeste do municiacutepio (BENEDETTI et al 2010) a altitude meacutedia do municiacutepio estaacute em torno
de 863m (Prefeitura Municipal de Ubelacircndia 2010) A porccedilatildeo urbana de Uberlacircndia
corresponde a uma aacuterea de 219 kmsup2 dentro do total de 4115 kmsup2 do municiacutepio
Percentualmente a aacuterea urbana possui 532 e a rural 947 do total citado Eacute um municiacutepio
composto por 604013 habitantes sendo que 587266 residem na porccedilatildeo urbana e 16747 na
porccedilatildeo rural do municiacutepio (IBGE 2010)
Climatologia de Uberlacircndia
Sobre a Climatologia do municiacutepio diversas classificaccedilotildees foram feitas desde meados
do seacuteculo passado para o Brasil e para a regiatildeo onde se encontra Uberlacircndia sendo que os
trabalhos mais utilizados dentro da comunidade cientiacutefica satildeo os de Koumlppen (1936)
Thorthwaite (1948) Strahler (1969) e Nimer (1979) Recentemente uma nova classificaccedilatildeo
climaacutetica proposta por Novais (2011) foi elaborada para a Mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do Entorno da Serra da Canastra sendo esta classificaccedilatildeo
considerada a mais pontual e adequada para o municiacutepio de Uberlacircndia
Dessa forma Uberlacircndia se situa dentro do ldquoClima Tropical Semi-uacutemidordquo (NOVAIS
2011 p 160) isto eacute quente o ano todo com 4 a 5 meses secos (maio-agosto setembro)
temperatura meacutedia anual de 224degC temperatura meacutedia do mecircs mais frio acima de 18degC entre
os anos de 1980 a 2009 a meacutedia das temperaturas maacuteximas ficou em 353degC e a meacutedia das
miacutenimas em 69degC A pluviosidade meacutedia anual do municiacutepio eacute de 1590 mm concentrados
em sua maior quantidade no veratildeo (dezembro-fevereiro) deacuteficit hiacutedrico anual entre 100 mm ndash
500 mm e seu excedente hiacutedrico anual entre 200 mm ndash 600 mm (NOVAIS 2011 p 158)
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As massas de ar e sistemas atmosfeacutericos atuantes em Uberlacircndia
Os sistemas atmosfeacutericos atuantes em Uberlacircndia satildeo (CAVALCANTI et al 2009
apud NOVAIS 2011 p 67-71)
Zona de Convergecircncia de Umidade (ZCOU) e Zona de Convergecircncia do Atlacircntico Sul
(ZCAS)
Jatos de Altos Niacuteveis (Jato Subtropical ndash JST)
Frentes Frias
Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs)
Jaacute sobre as massas de ar atuantes tem-se (MENDONCcedilA 2007 apud NOVAIS 2011
p 71-81)
Massa de Ar Tropical Atlacircntica (MTA)
Massa Tropical Continental (MTC)
Massa de Ar Equatorial Continental (MEC)
Massa Polar Atlacircntica (MPA)
Figura 1 Massas de ar que atuam no Estado de Minas Gerais
Fonte NOVAIS 2011
Caracteriacutesticas da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica e da coleta dos dados
O Aeroporto Ten Cel Av Ceacutesar Bombonato ou Aeroporto de Uberlacircndia se encontra
localizado na latitude de 18deg53rsquo sul e 48deg13rsquo longitude oeste de Greenwich tendo como
altitude 943m (SACPR 2013) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie bem como seu
ponto de observaccedilatildeo meteoroloacutegico encontra-se localizado junto ao preacutedio da torre de
controle
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O complexo aeroportuaacuterio uberlandense pertence agrave Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuaacuteria (INFRAERO) empresa puacuteblica federal brasileira vinculada agrave Secretaria de
Aviaccedilatildeo Civil da Presidecircncia da Repuacuteblica (SACPR) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de
Superfiacutecie (EMS) eacute uma das 61 existentes em todo o sistema da INFRAERO pelo paiacutes
(INFRAERO 2014)
As EMS tecircm por finalidade efetuar observaccedilotildees meteoroloacutegicas agrave superfiacutecie para fins
aeronaacuteuticos sinoacuteticos e para o registro de dados com fins climatoloacutegicos As EMS da
INFRAERO estatildeo subordinadas a regulamentaccedilatildeo definida pelo Departamento de Controle do
Espaccedilo Aeacutereo (DECEA) do Comando da Aeronaacuteutica que por sua vez o faz com base no
mecanismo internacional da Organizaccedilatildeo Meteoroloacutegica Mundial (OMM) e da Organizaccedilatildeo
de Aviaccedilatildeo Civil Internacional (OACI)
As EMS satildeo classificadas em classes pelo DECEA assim elas podem ser EMS-1
EMS-2 ou EMS-3 Essa divisatildeo em classes se deve a quantidade de equipamentos que a
estaccedilatildeo possui a mais completa eacute a EMS-1 Na atualidade o Aeroporto de Uberlacircndia possui
uma EMS-1 (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 12)
Conforme preconiza a regulamentaccedilatildeo do DECEA a EMS-1 eacute operada por uma equipe
de meteorologistas de niacutevel teacutecnico tambeacutem chamados de observadores meteoroloacutegicos que
possuem como algumas de suas atribuiccedilotildees manter vigilacircncia meteoroloacutegica contiacutenua no
aeroacutedromo junto agrave EMS-1 em questatildeo realizar observaccedilotildees meteoroloacutegicas e sinoacuteticas agrave
superfiacutecie aleacutem de todos os registros correlatos agrave confecccedilatildeo dos coacutedigos de Meteorologia
Aeronaacuteutica tais como METAR SPECI e SYNOP (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
2 2011 p 11)
Destaca-se que satildeo os observadores meteoroloacutegicos que identificam os tipos de nuvens
e sua quantidade na aboacutebada celeste assim como a ocorrecircncia de todo e qualquer fenocircmeno
(trovoada chuva chuvisco nevoeiro neacutevoa seca etc) tanto seu iniacutecio sua intensificaccedilatildeo ou
natildeo e seu teacutermino
Com relaccedilatildeo agraves trovoadas o Manual de Coacutedigos Meteoroloacutegicos do DECEA
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-10 2012 p 43) define este fenocircmeno como sendo
ldquoa sucessatildeo de descargas eleacutetricas e trovotildees acompanhada geralmente de precipitaccedilatildeordquo O
mesmo oacutergatildeo faz ainda as seguintes consideraccedilotildees (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
10 2012 p 21)
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() uma trovoada deve ser considerada sobre a estaccedilatildeo a partir do momento
em que o primeiro trovatildeo eacute ouvido sejam relacircmpagos vistos ou natildeo haja
precipitaccedilatildeo na estaccedilatildeo ou natildeo A trovoada deve ser informada no tempo
presente caso o trovatildeo seja ouvido durante o periacuteodo normal de observaccedilatildeo
que precede a hora do informe (meteoroloacutegico) Considerar-se-aacute que a
trovoada tenha terminado quando se ouvir o uacuteltimo trovatildeo ficando
confirmada a sua fase de dissipaccedilatildeo no espaccedilo de 10 a 15 minutos seguintes
Pinto Jr confirma este meacutetodo de registro exposto acima sendo suas consideraccedilotildees as
seguintes ldquodias de tempestade satildeo definidos como aqueles em que um observador num dado
local registra a ocorrecircncia de trovoadardquo (PINTO JR 1996 p 27)
Dentro do sistema de codificaccedilatildeo dos fenocircmenos para a Meteorologia Aeronaacuteutica a
trovoada eacute considerada ocorrendo no aeroacutedromo quando eacute percebida do ponto de observaccedilatildeo
ateacute uma distacircncia de 8 quilocircmetros quando observada a distacircncias superiores normalmente
percebidas pelo seu efeito luminoso eacute considerada entatildeo como sua ocorrecircncia sendo ldquona
vizinhanccedilardquo (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30) Na praacutetica a ocorrecircncia
de trovoada no aeroacutedromo eacute codificada no METAR (Meteorological Aerodrome Report ou
Informe Meteoroloacutegico Regular de Aeroacutedromo) como TS (do inglecircs ldquothunderstormrdquo) e a
ocorrecircncia na vizinhanccedila de VCTS (do inglecircs ldquovicinity thunderstormrdquo) Por oportuno todos
os registros de trovoada analisados neste trabalho se devem exclusivamente quanto a sua
ocorrecircncia no aeroacutedromo ou seja com o limite de raio de 8 quilocircmetros a partir do ponto de
observaccedilatildeo da EMS Em muitos momentos anteriores ou posteriores agrave ocorrecircncia de trovoada
no aeroacutedromo eacute registrada a ocorrecircncia de trovoada na vizinhanccedila portanto esse registro
possui tanto um caraacuteter de iminecircncia eou fortalecimento como de dissipaccedilatildeo da trovoada
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30)
Vaacuterios fatores justificam cientificamente esta opccedilatildeo de limitaccedilatildeo pois ldquonormalmente
pode-se escutar o trovatildeo entre 5 a 10 quilocircmetros de distacircncia do local onde ocorreu o
relacircmpago Devido a diversas razotildees entre elas o vento a temperatura do ar e o relevo do
solo dificilmente se escuta o trovatildeo a distacircncias maiores que 20 quilocircmetrosrdquo (PINTO JR
1996 p 20)
A figura 2 localiza o municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba no estado de Minas Gerais
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Figura 2 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do estado de MG
Fonte NOVAIS 2011
A figura 3 exibe o ponto de observaccedilatildeo da EMS do Aeroporto de Uberlacircndia localizado
agrave nordeste do municiacutepio juntamente com seu raio de atuaccedilatildeo bem como os principais bairros
circundantes
Figura 3 Localizaccedilatildeo da EMS raio de abrangecircncia de observaccedilatildeo das trovoadas e bairros
circundantes ao Aeroporto de Uberlacircndia
Fonte NOVAIS 2012
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Formaccedilatildeo das Cumulonimbus e das trovoadas
Segundo Pinto Jr (2005 p 18) apesar de as trovoadas estarem associadas agraves nuvens de
tempestades estas classificadas de Cumulonimbus (CB) de acordo com o Atlas Internacional
de Nuvens este fenocircmeno pode tambeacutem ocorrer em outros tipos de nuvens como em
tempestades de neve tempestades de areia e em erupccedilotildees vulcacircnicas Contudo na localidade
de anaacutelise deste trabalho a ocorrecircncia do fenocircmeno de trovoadas se da nas Cumulonimbus
apenas
Os elementos essenciais que alimentam as condiccedilotildees para a formaccedilatildeo dos CBs satildeo a)
presenccedila de umidade na atmosfera e sua evaporaccedilatildeo agrave superfiacutecie terrestre tanto dos solos
quanto de todas as superfiacutecies aquaacuteticas o qual eacute um dos fatores que gera o movimento de
convecccedilatildeo b) instabilidade atmosfeacuterica ou seja como o ar quente e o ar frio possuem
densidades diferentes o ar quente ao adquirir umidade tende a ascender na medida em que eacute
resfriado na atmosfera ele tende a descer efetuando um processo contiacutenuo de troca c) e ainda
o levantamento seja ele orograacutefico frontal de brisa mariacutetima ou terrestre (COMANDO DA
AERONAacuteUTICA 2003 p 4)
A formaccedilatildeo de um CB normalmente ocorre em estaacutegios originando-se atraveacutes das
nuvens Cumulus estas que podem desenvolver-se ao ponto de se tornarem Cumulus
Congestus (tambeacutem conhecidas como Towering Cumulus ndash TCU) e ainda sim se
desenvolverem mais dando origem ao CB Estes estaacutegios satildeo conhecidos respectivamente
como (SONNEMAKER 1991 p 82) 1) estaacutegio de Cumulus 2) estaacutegio de maturidade 3)
Apoacutes estes dois estaacutegios tem-se o estaacutegio de dissipaccedilatildeo onde a precipitaccedilatildeo gradualmente se
cessa as correntes descendentes predominam poreacutem com menor intensidade os ventos de
rajada se enfraquecem e as turbulecircncias se tornam menos intensas Ocorrem ainda grandes
expansotildees laterais da nuvem e seu topo exibe o formato direcionado e alongado tomando a
forma de uma ldquobigornardquo (SONNEMAKER 1991 p 61)
Cumulus satildeo nuvens de estaacutegio baixo geralmente densas e de contorno e base bem
definidos desenvolvem-se em sentido vertical em forma de montiacuteculos domos ou torres satildeo
constituiacutedas majoritariamente por gotiacuteculas de aacutegua (PRETOR-PINEY 2008 p 22) Elas
ocorrem em alturas que variam de 300 a no maacuteximo 1500 metros poreacutem em raras ocasiotildees
satildeo observadas em torno de ateacute 1800 metros de altura no Aeroporto de Uberlacircndia
As Cumulus Congestus ou TCU satildeo as proacuteprias nuvens Cumulus poreacutem com maior
desenvolvimento vertical portanto possuem sua base em niacuteveis baixos No entanto devido
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sua capacidade de ascensatildeo na atmosfera satildeo consideradas como nuvens de grande
desenvolvimento vertical pois podem atingir os estaacutegios das nuvens meacutedias e altas satildeo
constituiacutedas por gotiacuteculas de aacutegua e podem conter tambeacutem partiacuteculas de gelo em sua porccedilatildeo
superior (VAREJAtildeO-SILVA 2006 p 376) A Meteorologia Aeronaacuteutica considera 750m a
altura miacutenima da base de um TCU
As nuvens Cumulus Congestus podem evoluir ainda mais dando origem agrave nuvem CB
ou se dissipar o que depende de diversas condiccedilotildees atmosfeacutericas reinantes num determinado
local eou dos sistemas atuantes Dessa forma a formaccedilatildeo de um CB sempre eacute precedida pelo
estaacutegio de Cumulus Congestus
As trovoadas podem ser definidas de acordo com sua origem dessa forma elas
possuem dois modos principais das quais se originam satildeo eles trovoadas de massas de ar e as
frontais tambeacutem conhecidas como dinacircmicas (SONNEMAKER 1991 p 83)
As chamadas trovoadas de massas de ar satildeo formadas no interior de uma mesma massa
de ar quente e uacutemida ou seja uma parcela da atmosfera que possua caracteriacutesticas
semelhantes de temperatura umidade e pressatildeo Normalmente ocorrem de forma isolada ou
esparsa Satildeo divididas em (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas convectivas satildeo originadas devido a processos convectivos onde
determinada massa de ar quente e uacutemida se eleva na atmosfera devido sua baixa
densidade e agraves condiccedilotildees de instabilidade da troposfera
Trovoadas orograacuteficas originadas por condiccedilotildees orograacuteficas onde uma parcela de ar
uacutemido e instaacutevel eacute forccedilada a ascender atraveacutes de um terreno montanhoso
Trovoadas advectivas ocorrem devido ao movimento horizontal de ar quente e uacutemido
sob uma determinada aacuterea de ar instaacutevel ou advecccedilatildeo de ar frio sobre aacutereas onde se
encontram ar quente eacute a menos comum das trecircs
As trovoadas derivadas de sistemas frontais podem ocorrer em qualquer eacutepoca do ano
e a qualquer hora do dia satildeo geralmente intensas de maior duraccedilatildeo e extensas
horizontalmente Satildeo elas (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas frontais ocorrem associadas a sistemas frontais frios quentes e oclusos
Trovoadas de linha de instabilidade ocorrem na dianteira das frentes ou seja nas
linhas e aacutereas preacute-frontais
Satildeo estas origens e definiccedilotildees que iratildeo definir a forma de como os CBs iratildeo se
apresentar no tempo e espaccedilo podendo ocorrer das seguintes formas (DECEA 200- p 2)
isolados quando numa determinada aacuterea haacute ocorrecircncia isolada da nuvem
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
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As massas de ar e sistemas atmosfeacutericos atuantes em Uberlacircndia
Os sistemas atmosfeacutericos atuantes em Uberlacircndia satildeo (CAVALCANTI et al 2009
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Zona de Convergecircncia de Umidade (ZCOU) e Zona de Convergecircncia do Atlacircntico Sul
(ZCAS)
Jatos de Altos Niacuteveis (Jato Subtropical ndash JST)
Frentes Frias
Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs)
Jaacute sobre as massas de ar atuantes tem-se (MENDONCcedilA 2007 apud NOVAIS 2011
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Massa de Ar Tropical Atlacircntica (MTA)
Massa Tropical Continental (MTC)
Massa de Ar Equatorial Continental (MEC)
Massa Polar Atlacircntica (MPA)
Figura 1 Massas de ar que atuam no Estado de Minas Gerais
Fonte NOVAIS 2011
Caracteriacutesticas da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica e da coleta dos dados
O Aeroporto Ten Cel Av Ceacutesar Bombonato ou Aeroporto de Uberlacircndia se encontra
localizado na latitude de 18deg53rsquo sul e 48deg13rsquo longitude oeste de Greenwich tendo como
altitude 943m (SACPR 2013) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie bem como seu
ponto de observaccedilatildeo meteoroloacutegico encontra-se localizado junto ao preacutedio da torre de
controle
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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O complexo aeroportuaacuterio uberlandense pertence agrave Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuaacuteria (INFRAERO) empresa puacuteblica federal brasileira vinculada agrave Secretaria de
Aviaccedilatildeo Civil da Presidecircncia da Repuacuteblica (SACPR) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de
Superfiacutecie (EMS) eacute uma das 61 existentes em todo o sistema da INFRAERO pelo paiacutes
(INFRAERO 2014)
As EMS tecircm por finalidade efetuar observaccedilotildees meteoroloacutegicas agrave superfiacutecie para fins
aeronaacuteuticos sinoacuteticos e para o registro de dados com fins climatoloacutegicos As EMS da
INFRAERO estatildeo subordinadas a regulamentaccedilatildeo definida pelo Departamento de Controle do
Espaccedilo Aeacutereo (DECEA) do Comando da Aeronaacuteutica que por sua vez o faz com base no
mecanismo internacional da Organizaccedilatildeo Meteoroloacutegica Mundial (OMM) e da Organizaccedilatildeo
de Aviaccedilatildeo Civil Internacional (OACI)
As EMS satildeo classificadas em classes pelo DECEA assim elas podem ser EMS-1
EMS-2 ou EMS-3 Essa divisatildeo em classes se deve a quantidade de equipamentos que a
estaccedilatildeo possui a mais completa eacute a EMS-1 Na atualidade o Aeroporto de Uberlacircndia possui
uma EMS-1 (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 12)
Conforme preconiza a regulamentaccedilatildeo do DECEA a EMS-1 eacute operada por uma equipe
de meteorologistas de niacutevel teacutecnico tambeacutem chamados de observadores meteoroloacutegicos que
possuem como algumas de suas atribuiccedilotildees manter vigilacircncia meteoroloacutegica contiacutenua no
aeroacutedromo junto agrave EMS-1 em questatildeo realizar observaccedilotildees meteoroloacutegicas e sinoacuteticas agrave
superfiacutecie aleacutem de todos os registros correlatos agrave confecccedilatildeo dos coacutedigos de Meteorologia
Aeronaacuteutica tais como METAR SPECI e SYNOP (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
2 2011 p 11)
Destaca-se que satildeo os observadores meteoroloacutegicos que identificam os tipos de nuvens
e sua quantidade na aboacutebada celeste assim como a ocorrecircncia de todo e qualquer fenocircmeno
(trovoada chuva chuvisco nevoeiro neacutevoa seca etc) tanto seu iniacutecio sua intensificaccedilatildeo ou
natildeo e seu teacutermino
Com relaccedilatildeo agraves trovoadas o Manual de Coacutedigos Meteoroloacutegicos do DECEA
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-10 2012 p 43) define este fenocircmeno como sendo
ldquoa sucessatildeo de descargas eleacutetricas e trovotildees acompanhada geralmente de precipitaccedilatildeordquo O
mesmo oacutergatildeo faz ainda as seguintes consideraccedilotildees (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
10 2012 p 21)
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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() uma trovoada deve ser considerada sobre a estaccedilatildeo a partir do momento
em que o primeiro trovatildeo eacute ouvido sejam relacircmpagos vistos ou natildeo haja
precipitaccedilatildeo na estaccedilatildeo ou natildeo A trovoada deve ser informada no tempo
presente caso o trovatildeo seja ouvido durante o periacuteodo normal de observaccedilatildeo
que precede a hora do informe (meteoroloacutegico) Considerar-se-aacute que a
trovoada tenha terminado quando se ouvir o uacuteltimo trovatildeo ficando
confirmada a sua fase de dissipaccedilatildeo no espaccedilo de 10 a 15 minutos seguintes
Pinto Jr confirma este meacutetodo de registro exposto acima sendo suas consideraccedilotildees as
seguintes ldquodias de tempestade satildeo definidos como aqueles em que um observador num dado
local registra a ocorrecircncia de trovoadardquo (PINTO JR 1996 p 27)
Dentro do sistema de codificaccedilatildeo dos fenocircmenos para a Meteorologia Aeronaacuteutica a
trovoada eacute considerada ocorrendo no aeroacutedromo quando eacute percebida do ponto de observaccedilatildeo
ateacute uma distacircncia de 8 quilocircmetros quando observada a distacircncias superiores normalmente
percebidas pelo seu efeito luminoso eacute considerada entatildeo como sua ocorrecircncia sendo ldquona
vizinhanccedilardquo (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30) Na praacutetica a ocorrecircncia
de trovoada no aeroacutedromo eacute codificada no METAR (Meteorological Aerodrome Report ou
Informe Meteoroloacutegico Regular de Aeroacutedromo) como TS (do inglecircs ldquothunderstormrdquo) e a
ocorrecircncia na vizinhanccedila de VCTS (do inglecircs ldquovicinity thunderstormrdquo) Por oportuno todos
os registros de trovoada analisados neste trabalho se devem exclusivamente quanto a sua
ocorrecircncia no aeroacutedromo ou seja com o limite de raio de 8 quilocircmetros a partir do ponto de
observaccedilatildeo da EMS Em muitos momentos anteriores ou posteriores agrave ocorrecircncia de trovoada
no aeroacutedromo eacute registrada a ocorrecircncia de trovoada na vizinhanccedila portanto esse registro
possui tanto um caraacuteter de iminecircncia eou fortalecimento como de dissipaccedilatildeo da trovoada
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30)
Vaacuterios fatores justificam cientificamente esta opccedilatildeo de limitaccedilatildeo pois ldquonormalmente
pode-se escutar o trovatildeo entre 5 a 10 quilocircmetros de distacircncia do local onde ocorreu o
relacircmpago Devido a diversas razotildees entre elas o vento a temperatura do ar e o relevo do
solo dificilmente se escuta o trovatildeo a distacircncias maiores que 20 quilocircmetrosrdquo (PINTO JR
1996 p 20)
A figura 2 localiza o municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba no estado de Minas Gerais
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Figura 2 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do estado de MG
Fonte NOVAIS 2011
A figura 3 exibe o ponto de observaccedilatildeo da EMS do Aeroporto de Uberlacircndia localizado
agrave nordeste do municiacutepio juntamente com seu raio de atuaccedilatildeo bem como os principais bairros
circundantes
Figura 3 Localizaccedilatildeo da EMS raio de abrangecircncia de observaccedilatildeo das trovoadas e bairros
circundantes ao Aeroporto de Uberlacircndia
Fonte NOVAIS 2012
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Formaccedilatildeo das Cumulonimbus e das trovoadas
Segundo Pinto Jr (2005 p 18) apesar de as trovoadas estarem associadas agraves nuvens de
tempestades estas classificadas de Cumulonimbus (CB) de acordo com o Atlas Internacional
de Nuvens este fenocircmeno pode tambeacutem ocorrer em outros tipos de nuvens como em
tempestades de neve tempestades de areia e em erupccedilotildees vulcacircnicas Contudo na localidade
de anaacutelise deste trabalho a ocorrecircncia do fenocircmeno de trovoadas se da nas Cumulonimbus
apenas
Os elementos essenciais que alimentam as condiccedilotildees para a formaccedilatildeo dos CBs satildeo a)
presenccedila de umidade na atmosfera e sua evaporaccedilatildeo agrave superfiacutecie terrestre tanto dos solos
quanto de todas as superfiacutecies aquaacuteticas o qual eacute um dos fatores que gera o movimento de
convecccedilatildeo b) instabilidade atmosfeacuterica ou seja como o ar quente e o ar frio possuem
densidades diferentes o ar quente ao adquirir umidade tende a ascender na medida em que eacute
resfriado na atmosfera ele tende a descer efetuando um processo contiacutenuo de troca c) e ainda
o levantamento seja ele orograacutefico frontal de brisa mariacutetima ou terrestre (COMANDO DA
AERONAacuteUTICA 2003 p 4)
A formaccedilatildeo de um CB normalmente ocorre em estaacutegios originando-se atraveacutes das
nuvens Cumulus estas que podem desenvolver-se ao ponto de se tornarem Cumulus
Congestus (tambeacutem conhecidas como Towering Cumulus ndash TCU) e ainda sim se
desenvolverem mais dando origem ao CB Estes estaacutegios satildeo conhecidos respectivamente
como (SONNEMAKER 1991 p 82) 1) estaacutegio de Cumulus 2) estaacutegio de maturidade 3)
Apoacutes estes dois estaacutegios tem-se o estaacutegio de dissipaccedilatildeo onde a precipitaccedilatildeo gradualmente se
cessa as correntes descendentes predominam poreacutem com menor intensidade os ventos de
rajada se enfraquecem e as turbulecircncias se tornam menos intensas Ocorrem ainda grandes
expansotildees laterais da nuvem e seu topo exibe o formato direcionado e alongado tomando a
forma de uma ldquobigornardquo (SONNEMAKER 1991 p 61)
Cumulus satildeo nuvens de estaacutegio baixo geralmente densas e de contorno e base bem
definidos desenvolvem-se em sentido vertical em forma de montiacuteculos domos ou torres satildeo
constituiacutedas majoritariamente por gotiacuteculas de aacutegua (PRETOR-PINEY 2008 p 22) Elas
ocorrem em alturas que variam de 300 a no maacuteximo 1500 metros poreacutem em raras ocasiotildees
satildeo observadas em torno de ateacute 1800 metros de altura no Aeroporto de Uberlacircndia
As Cumulus Congestus ou TCU satildeo as proacuteprias nuvens Cumulus poreacutem com maior
desenvolvimento vertical portanto possuem sua base em niacuteveis baixos No entanto devido
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sua capacidade de ascensatildeo na atmosfera satildeo consideradas como nuvens de grande
desenvolvimento vertical pois podem atingir os estaacutegios das nuvens meacutedias e altas satildeo
constituiacutedas por gotiacuteculas de aacutegua e podem conter tambeacutem partiacuteculas de gelo em sua porccedilatildeo
superior (VAREJAtildeO-SILVA 2006 p 376) A Meteorologia Aeronaacuteutica considera 750m a
altura miacutenima da base de um TCU
As nuvens Cumulus Congestus podem evoluir ainda mais dando origem agrave nuvem CB
ou se dissipar o que depende de diversas condiccedilotildees atmosfeacutericas reinantes num determinado
local eou dos sistemas atuantes Dessa forma a formaccedilatildeo de um CB sempre eacute precedida pelo
estaacutegio de Cumulus Congestus
As trovoadas podem ser definidas de acordo com sua origem dessa forma elas
possuem dois modos principais das quais se originam satildeo eles trovoadas de massas de ar e as
frontais tambeacutem conhecidas como dinacircmicas (SONNEMAKER 1991 p 83)
As chamadas trovoadas de massas de ar satildeo formadas no interior de uma mesma massa
de ar quente e uacutemida ou seja uma parcela da atmosfera que possua caracteriacutesticas
semelhantes de temperatura umidade e pressatildeo Normalmente ocorrem de forma isolada ou
esparsa Satildeo divididas em (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas convectivas satildeo originadas devido a processos convectivos onde
determinada massa de ar quente e uacutemida se eleva na atmosfera devido sua baixa
densidade e agraves condiccedilotildees de instabilidade da troposfera
Trovoadas orograacuteficas originadas por condiccedilotildees orograacuteficas onde uma parcela de ar
uacutemido e instaacutevel eacute forccedilada a ascender atraveacutes de um terreno montanhoso
Trovoadas advectivas ocorrem devido ao movimento horizontal de ar quente e uacutemido
sob uma determinada aacuterea de ar instaacutevel ou advecccedilatildeo de ar frio sobre aacutereas onde se
encontram ar quente eacute a menos comum das trecircs
As trovoadas derivadas de sistemas frontais podem ocorrer em qualquer eacutepoca do ano
e a qualquer hora do dia satildeo geralmente intensas de maior duraccedilatildeo e extensas
horizontalmente Satildeo elas (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas frontais ocorrem associadas a sistemas frontais frios quentes e oclusos
Trovoadas de linha de instabilidade ocorrem na dianteira das frentes ou seja nas
linhas e aacutereas preacute-frontais
Satildeo estas origens e definiccedilotildees que iratildeo definir a forma de como os CBs iratildeo se
apresentar no tempo e espaccedilo podendo ocorrer das seguintes formas (DECEA 200- p 2)
isolados quando numa determinada aacuterea haacute ocorrecircncia isolada da nuvem
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multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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O complexo aeroportuaacuterio uberlandense pertence agrave Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuaacuteria (INFRAERO) empresa puacuteblica federal brasileira vinculada agrave Secretaria de
Aviaccedilatildeo Civil da Presidecircncia da Repuacuteblica (SACPR) Sua Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de
Superfiacutecie (EMS) eacute uma das 61 existentes em todo o sistema da INFRAERO pelo paiacutes
(INFRAERO 2014)
As EMS tecircm por finalidade efetuar observaccedilotildees meteoroloacutegicas agrave superfiacutecie para fins
aeronaacuteuticos sinoacuteticos e para o registro de dados com fins climatoloacutegicos As EMS da
INFRAERO estatildeo subordinadas a regulamentaccedilatildeo definida pelo Departamento de Controle do
Espaccedilo Aeacutereo (DECEA) do Comando da Aeronaacuteutica que por sua vez o faz com base no
mecanismo internacional da Organizaccedilatildeo Meteoroloacutegica Mundial (OMM) e da Organizaccedilatildeo
de Aviaccedilatildeo Civil Internacional (OACI)
As EMS satildeo classificadas em classes pelo DECEA assim elas podem ser EMS-1
EMS-2 ou EMS-3 Essa divisatildeo em classes se deve a quantidade de equipamentos que a
estaccedilatildeo possui a mais completa eacute a EMS-1 Na atualidade o Aeroporto de Uberlacircndia possui
uma EMS-1 (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 12)
Conforme preconiza a regulamentaccedilatildeo do DECEA a EMS-1 eacute operada por uma equipe
de meteorologistas de niacutevel teacutecnico tambeacutem chamados de observadores meteoroloacutegicos que
possuem como algumas de suas atribuiccedilotildees manter vigilacircncia meteoroloacutegica contiacutenua no
aeroacutedromo junto agrave EMS-1 em questatildeo realizar observaccedilotildees meteoroloacutegicas e sinoacuteticas agrave
superfiacutecie aleacutem de todos os registros correlatos agrave confecccedilatildeo dos coacutedigos de Meteorologia
Aeronaacuteutica tais como METAR SPECI e SYNOP (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
2 2011 p 11)
Destaca-se que satildeo os observadores meteoroloacutegicos que identificam os tipos de nuvens
e sua quantidade na aboacutebada celeste assim como a ocorrecircncia de todo e qualquer fenocircmeno
(trovoada chuva chuvisco nevoeiro neacutevoa seca etc) tanto seu iniacutecio sua intensificaccedilatildeo ou
natildeo e seu teacutermino
Com relaccedilatildeo agraves trovoadas o Manual de Coacutedigos Meteoroloacutegicos do DECEA
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-10 2012 p 43) define este fenocircmeno como sendo
ldquoa sucessatildeo de descargas eleacutetricas e trovotildees acompanhada geralmente de precipitaccedilatildeordquo O
mesmo oacutergatildeo faz ainda as seguintes consideraccedilotildees (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-
10 2012 p 21)
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() uma trovoada deve ser considerada sobre a estaccedilatildeo a partir do momento
em que o primeiro trovatildeo eacute ouvido sejam relacircmpagos vistos ou natildeo haja
precipitaccedilatildeo na estaccedilatildeo ou natildeo A trovoada deve ser informada no tempo
presente caso o trovatildeo seja ouvido durante o periacuteodo normal de observaccedilatildeo
que precede a hora do informe (meteoroloacutegico) Considerar-se-aacute que a
trovoada tenha terminado quando se ouvir o uacuteltimo trovatildeo ficando
confirmada a sua fase de dissipaccedilatildeo no espaccedilo de 10 a 15 minutos seguintes
Pinto Jr confirma este meacutetodo de registro exposto acima sendo suas consideraccedilotildees as
seguintes ldquodias de tempestade satildeo definidos como aqueles em que um observador num dado
local registra a ocorrecircncia de trovoadardquo (PINTO JR 1996 p 27)
Dentro do sistema de codificaccedilatildeo dos fenocircmenos para a Meteorologia Aeronaacuteutica a
trovoada eacute considerada ocorrendo no aeroacutedromo quando eacute percebida do ponto de observaccedilatildeo
ateacute uma distacircncia de 8 quilocircmetros quando observada a distacircncias superiores normalmente
percebidas pelo seu efeito luminoso eacute considerada entatildeo como sua ocorrecircncia sendo ldquona
vizinhanccedilardquo (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30) Na praacutetica a ocorrecircncia
de trovoada no aeroacutedromo eacute codificada no METAR (Meteorological Aerodrome Report ou
Informe Meteoroloacutegico Regular de Aeroacutedromo) como TS (do inglecircs ldquothunderstormrdquo) e a
ocorrecircncia na vizinhanccedila de VCTS (do inglecircs ldquovicinity thunderstormrdquo) Por oportuno todos
os registros de trovoada analisados neste trabalho se devem exclusivamente quanto a sua
ocorrecircncia no aeroacutedromo ou seja com o limite de raio de 8 quilocircmetros a partir do ponto de
observaccedilatildeo da EMS Em muitos momentos anteriores ou posteriores agrave ocorrecircncia de trovoada
no aeroacutedromo eacute registrada a ocorrecircncia de trovoada na vizinhanccedila portanto esse registro
possui tanto um caraacuteter de iminecircncia eou fortalecimento como de dissipaccedilatildeo da trovoada
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30)
Vaacuterios fatores justificam cientificamente esta opccedilatildeo de limitaccedilatildeo pois ldquonormalmente
pode-se escutar o trovatildeo entre 5 a 10 quilocircmetros de distacircncia do local onde ocorreu o
relacircmpago Devido a diversas razotildees entre elas o vento a temperatura do ar e o relevo do
solo dificilmente se escuta o trovatildeo a distacircncias maiores que 20 quilocircmetrosrdquo (PINTO JR
1996 p 20)
A figura 2 localiza o municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba no estado de Minas Gerais
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Figura 2 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do estado de MG
Fonte NOVAIS 2011
A figura 3 exibe o ponto de observaccedilatildeo da EMS do Aeroporto de Uberlacircndia localizado
agrave nordeste do municiacutepio juntamente com seu raio de atuaccedilatildeo bem como os principais bairros
circundantes
Figura 3 Localizaccedilatildeo da EMS raio de abrangecircncia de observaccedilatildeo das trovoadas e bairros
circundantes ao Aeroporto de Uberlacircndia
Fonte NOVAIS 2012
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Formaccedilatildeo das Cumulonimbus e das trovoadas
Segundo Pinto Jr (2005 p 18) apesar de as trovoadas estarem associadas agraves nuvens de
tempestades estas classificadas de Cumulonimbus (CB) de acordo com o Atlas Internacional
de Nuvens este fenocircmeno pode tambeacutem ocorrer em outros tipos de nuvens como em
tempestades de neve tempestades de areia e em erupccedilotildees vulcacircnicas Contudo na localidade
de anaacutelise deste trabalho a ocorrecircncia do fenocircmeno de trovoadas se da nas Cumulonimbus
apenas
Os elementos essenciais que alimentam as condiccedilotildees para a formaccedilatildeo dos CBs satildeo a)
presenccedila de umidade na atmosfera e sua evaporaccedilatildeo agrave superfiacutecie terrestre tanto dos solos
quanto de todas as superfiacutecies aquaacuteticas o qual eacute um dos fatores que gera o movimento de
convecccedilatildeo b) instabilidade atmosfeacuterica ou seja como o ar quente e o ar frio possuem
densidades diferentes o ar quente ao adquirir umidade tende a ascender na medida em que eacute
resfriado na atmosfera ele tende a descer efetuando um processo contiacutenuo de troca c) e ainda
o levantamento seja ele orograacutefico frontal de brisa mariacutetima ou terrestre (COMANDO DA
AERONAacuteUTICA 2003 p 4)
A formaccedilatildeo de um CB normalmente ocorre em estaacutegios originando-se atraveacutes das
nuvens Cumulus estas que podem desenvolver-se ao ponto de se tornarem Cumulus
Congestus (tambeacutem conhecidas como Towering Cumulus ndash TCU) e ainda sim se
desenvolverem mais dando origem ao CB Estes estaacutegios satildeo conhecidos respectivamente
como (SONNEMAKER 1991 p 82) 1) estaacutegio de Cumulus 2) estaacutegio de maturidade 3)
Apoacutes estes dois estaacutegios tem-se o estaacutegio de dissipaccedilatildeo onde a precipitaccedilatildeo gradualmente se
cessa as correntes descendentes predominam poreacutem com menor intensidade os ventos de
rajada se enfraquecem e as turbulecircncias se tornam menos intensas Ocorrem ainda grandes
expansotildees laterais da nuvem e seu topo exibe o formato direcionado e alongado tomando a
forma de uma ldquobigornardquo (SONNEMAKER 1991 p 61)
Cumulus satildeo nuvens de estaacutegio baixo geralmente densas e de contorno e base bem
definidos desenvolvem-se em sentido vertical em forma de montiacuteculos domos ou torres satildeo
constituiacutedas majoritariamente por gotiacuteculas de aacutegua (PRETOR-PINEY 2008 p 22) Elas
ocorrem em alturas que variam de 300 a no maacuteximo 1500 metros poreacutem em raras ocasiotildees
satildeo observadas em torno de ateacute 1800 metros de altura no Aeroporto de Uberlacircndia
As Cumulus Congestus ou TCU satildeo as proacuteprias nuvens Cumulus poreacutem com maior
desenvolvimento vertical portanto possuem sua base em niacuteveis baixos No entanto devido
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sua capacidade de ascensatildeo na atmosfera satildeo consideradas como nuvens de grande
desenvolvimento vertical pois podem atingir os estaacutegios das nuvens meacutedias e altas satildeo
constituiacutedas por gotiacuteculas de aacutegua e podem conter tambeacutem partiacuteculas de gelo em sua porccedilatildeo
superior (VAREJAtildeO-SILVA 2006 p 376) A Meteorologia Aeronaacuteutica considera 750m a
altura miacutenima da base de um TCU
As nuvens Cumulus Congestus podem evoluir ainda mais dando origem agrave nuvem CB
ou se dissipar o que depende de diversas condiccedilotildees atmosfeacutericas reinantes num determinado
local eou dos sistemas atuantes Dessa forma a formaccedilatildeo de um CB sempre eacute precedida pelo
estaacutegio de Cumulus Congestus
As trovoadas podem ser definidas de acordo com sua origem dessa forma elas
possuem dois modos principais das quais se originam satildeo eles trovoadas de massas de ar e as
frontais tambeacutem conhecidas como dinacircmicas (SONNEMAKER 1991 p 83)
As chamadas trovoadas de massas de ar satildeo formadas no interior de uma mesma massa
de ar quente e uacutemida ou seja uma parcela da atmosfera que possua caracteriacutesticas
semelhantes de temperatura umidade e pressatildeo Normalmente ocorrem de forma isolada ou
esparsa Satildeo divididas em (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas convectivas satildeo originadas devido a processos convectivos onde
determinada massa de ar quente e uacutemida se eleva na atmosfera devido sua baixa
densidade e agraves condiccedilotildees de instabilidade da troposfera
Trovoadas orograacuteficas originadas por condiccedilotildees orograacuteficas onde uma parcela de ar
uacutemido e instaacutevel eacute forccedilada a ascender atraveacutes de um terreno montanhoso
Trovoadas advectivas ocorrem devido ao movimento horizontal de ar quente e uacutemido
sob uma determinada aacuterea de ar instaacutevel ou advecccedilatildeo de ar frio sobre aacutereas onde se
encontram ar quente eacute a menos comum das trecircs
As trovoadas derivadas de sistemas frontais podem ocorrer em qualquer eacutepoca do ano
e a qualquer hora do dia satildeo geralmente intensas de maior duraccedilatildeo e extensas
horizontalmente Satildeo elas (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas frontais ocorrem associadas a sistemas frontais frios quentes e oclusos
Trovoadas de linha de instabilidade ocorrem na dianteira das frentes ou seja nas
linhas e aacutereas preacute-frontais
Satildeo estas origens e definiccedilotildees que iratildeo definir a forma de como os CBs iratildeo se
apresentar no tempo e espaccedilo podendo ocorrer das seguintes formas (DECEA 200- p 2)
isolados quando numa determinada aacuterea haacute ocorrecircncia isolada da nuvem
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multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
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() uma trovoada deve ser considerada sobre a estaccedilatildeo a partir do momento
em que o primeiro trovatildeo eacute ouvido sejam relacircmpagos vistos ou natildeo haja
precipitaccedilatildeo na estaccedilatildeo ou natildeo A trovoada deve ser informada no tempo
presente caso o trovatildeo seja ouvido durante o periacuteodo normal de observaccedilatildeo
que precede a hora do informe (meteoroloacutegico) Considerar-se-aacute que a
trovoada tenha terminado quando se ouvir o uacuteltimo trovatildeo ficando
confirmada a sua fase de dissipaccedilatildeo no espaccedilo de 10 a 15 minutos seguintes
Pinto Jr confirma este meacutetodo de registro exposto acima sendo suas consideraccedilotildees as
seguintes ldquodias de tempestade satildeo definidos como aqueles em que um observador num dado
local registra a ocorrecircncia de trovoadardquo (PINTO JR 1996 p 27)
Dentro do sistema de codificaccedilatildeo dos fenocircmenos para a Meteorologia Aeronaacuteutica a
trovoada eacute considerada ocorrendo no aeroacutedromo quando eacute percebida do ponto de observaccedilatildeo
ateacute uma distacircncia de 8 quilocircmetros quando observada a distacircncias superiores normalmente
percebidas pelo seu efeito luminoso eacute considerada entatildeo como sua ocorrecircncia sendo ldquona
vizinhanccedilardquo (MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30) Na praacutetica a ocorrecircncia
de trovoada no aeroacutedromo eacute codificada no METAR (Meteorological Aerodrome Report ou
Informe Meteoroloacutegico Regular de Aeroacutedromo) como TS (do inglecircs ldquothunderstormrdquo) e a
ocorrecircncia na vizinhanccedila de VCTS (do inglecircs ldquovicinity thunderstormrdquo) Por oportuno todos
os registros de trovoada analisados neste trabalho se devem exclusivamente quanto a sua
ocorrecircncia no aeroacutedromo ou seja com o limite de raio de 8 quilocircmetros a partir do ponto de
observaccedilatildeo da EMS Em muitos momentos anteriores ou posteriores agrave ocorrecircncia de trovoada
no aeroacutedromo eacute registrada a ocorrecircncia de trovoada na vizinhanccedila portanto esse registro
possui tanto um caraacuteter de iminecircncia eou fortalecimento como de dissipaccedilatildeo da trovoada
(MINISTEacuteRIO DA DEFESA MCA 105-2 2011 p 30)
Vaacuterios fatores justificam cientificamente esta opccedilatildeo de limitaccedilatildeo pois ldquonormalmente
pode-se escutar o trovatildeo entre 5 a 10 quilocircmetros de distacircncia do local onde ocorreu o
relacircmpago Devido a diversas razotildees entre elas o vento a temperatura do ar e o relevo do
solo dificilmente se escuta o trovatildeo a distacircncias maiores que 20 quilocircmetrosrdquo (PINTO JR
1996 p 20)
A figura 2 localiza o municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba no estado de Minas Gerais
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Figura 2 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do estado de MG
Fonte NOVAIS 2011
A figura 3 exibe o ponto de observaccedilatildeo da EMS do Aeroporto de Uberlacircndia localizado
agrave nordeste do municiacutepio juntamente com seu raio de atuaccedilatildeo bem como os principais bairros
circundantes
Figura 3 Localizaccedilatildeo da EMS raio de abrangecircncia de observaccedilatildeo das trovoadas e bairros
circundantes ao Aeroporto de Uberlacircndia
Fonte NOVAIS 2012
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Formaccedilatildeo das Cumulonimbus e das trovoadas
Segundo Pinto Jr (2005 p 18) apesar de as trovoadas estarem associadas agraves nuvens de
tempestades estas classificadas de Cumulonimbus (CB) de acordo com o Atlas Internacional
de Nuvens este fenocircmeno pode tambeacutem ocorrer em outros tipos de nuvens como em
tempestades de neve tempestades de areia e em erupccedilotildees vulcacircnicas Contudo na localidade
de anaacutelise deste trabalho a ocorrecircncia do fenocircmeno de trovoadas se da nas Cumulonimbus
apenas
Os elementos essenciais que alimentam as condiccedilotildees para a formaccedilatildeo dos CBs satildeo a)
presenccedila de umidade na atmosfera e sua evaporaccedilatildeo agrave superfiacutecie terrestre tanto dos solos
quanto de todas as superfiacutecies aquaacuteticas o qual eacute um dos fatores que gera o movimento de
convecccedilatildeo b) instabilidade atmosfeacuterica ou seja como o ar quente e o ar frio possuem
densidades diferentes o ar quente ao adquirir umidade tende a ascender na medida em que eacute
resfriado na atmosfera ele tende a descer efetuando um processo contiacutenuo de troca c) e ainda
o levantamento seja ele orograacutefico frontal de brisa mariacutetima ou terrestre (COMANDO DA
AERONAacuteUTICA 2003 p 4)
A formaccedilatildeo de um CB normalmente ocorre em estaacutegios originando-se atraveacutes das
nuvens Cumulus estas que podem desenvolver-se ao ponto de se tornarem Cumulus
Congestus (tambeacutem conhecidas como Towering Cumulus ndash TCU) e ainda sim se
desenvolverem mais dando origem ao CB Estes estaacutegios satildeo conhecidos respectivamente
como (SONNEMAKER 1991 p 82) 1) estaacutegio de Cumulus 2) estaacutegio de maturidade 3)
Apoacutes estes dois estaacutegios tem-se o estaacutegio de dissipaccedilatildeo onde a precipitaccedilatildeo gradualmente se
cessa as correntes descendentes predominam poreacutem com menor intensidade os ventos de
rajada se enfraquecem e as turbulecircncias se tornam menos intensas Ocorrem ainda grandes
expansotildees laterais da nuvem e seu topo exibe o formato direcionado e alongado tomando a
forma de uma ldquobigornardquo (SONNEMAKER 1991 p 61)
Cumulus satildeo nuvens de estaacutegio baixo geralmente densas e de contorno e base bem
definidos desenvolvem-se em sentido vertical em forma de montiacuteculos domos ou torres satildeo
constituiacutedas majoritariamente por gotiacuteculas de aacutegua (PRETOR-PINEY 2008 p 22) Elas
ocorrem em alturas que variam de 300 a no maacuteximo 1500 metros poreacutem em raras ocasiotildees
satildeo observadas em torno de ateacute 1800 metros de altura no Aeroporto de Uberlacircndia
As Cumulus Congestus ou TCU satildeo as proacuteprias nuvens Cumulus poreacutem com maior
desenvolvimento vertical portanto possuem sua base em niacuteveis baixos No entanto devido
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sua capacidade de ascensatildeo na atmosfera satildeo consideradas como nuvens de grande
desenvolvimento vertical pois podem atingir os estaacutegios das nuvens meacutedias e altas satildeo
constituiacutedas por gotiacuteculas de aacutegua e podem conter tambeacutem partiacuteculas de gelo em sua porccedilatildeo
superior (VAREJAtildeO-SILVA 2006 p 376) A Meteorologia Aeronaacuteutica considera 750m a
altura miacutenima da base de um TCU
As nuvens Cumulus Congestus podem evoluir ainda mais dando origem agrave nuvem CB
ou se dissipar o que depende de diversas condiccedilotildees atmosfeacutericas reinantes num determinado
local eou dos sistemas atuantes Dessa forma a formaccedilatildeo de um CB sempre eacute precedida pelo
estaacutegio de Cumulus Congestus
As trovoadas podem ser definidas de acordo com sua origem dessa forma elas
possuem dois modos principais das quais se originam satildeo eles trovoadas de massas de ar e as
frontais tambeacutem conhecidas como dinacircmicas (SONNEMAKER 1991 p 83)
As chamadas trovoadas de massas de ar satildeo formadas no interior de uma mesma massa
de ar quente e uacutemida ou seja uma parcela da atmosfera que possua caracteriacutesticas
semelhantes de temperatura umidade e pressatildeo Normalmente ocorrem de forma isolada ou
esparsa Satildeo divididas em (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas convectivas satildeo originadas devido a processos convectivos onde
determinada massa de ar quente e uacutemida se eleva na atmosfera devido sua baixa
densidade e agraves condiccedilotildees de instabilidade da troposfera
Trovoadas orograacuteficas originadas por condiccedilotildees orograacuteficas onde uma parcela de ar
uacutemido e instaacutevel eacute forccedilada a ascender atraveacutes de um terreno montanhoso
Trovoadas advectivas ocorrem devido ao movimento horizontal de ar quente e uacutemido
sob uma determinada aacuterea de ar instaacutevel ou advecccedilatildeo de ar frio sobre aacutereas onde se
encontram ar quente eacute a menos comum das trecircs
As trovoadas derivadas de sistemas frontais podem ocorrer em qualquer eacutepoca do ano
e a qualquer hora do dia satildeo geralmente intensas de maior duraccedilatildeo e extensas
horizontalmente Satildeo elas (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas frontais ocorrem associadas a sistemas frontais frios quentes e oclusos
Trovoadas de linha de instabilidade ocorrem na dianteira das frentes ou seja nas
linhas e aacutereas preacute-frontais
Satildeo estas origens e definiccedilotildees que iratildeo definir a forma de como os CBs iratildeo se
apresentar no tempo e espaccedilo podendo ocorrer das seguintes formas (DECEA 200- p 2)
isolados quando numa determinada aacuterea haacute ocorrecircncia isolada da nuvem
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multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
73 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Figura 2 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Uberlacircndia dentro da mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do estado de MG
Fonte NOVAIS 2011
A figura 3 exibe o ponto de observaccedilatildeo da EMS do Aeroporto de Uberlacircndia localizado
agrave nordeste do municiacutepio juntamente com seu raio de atuaccedilatildeo bem como os principais bairros
circundantes
Figura 3 Localizaccedilatildeo da EMS raio de abrangecircncia de observaccedilatildeo das trovoadas e bairros
circundantes ao Aeroporto de Uberlacircndia
Fonte NOVAIS 2012
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Formaccedilatildeo das Cumulonimbus e das trovoadas
Segundo Pinto Jr (2005 p 18) apesar de as trovoadas estarem associadas agraves nuvens de
tempestades estas classificadas de Cumulonimbus (CB) de acordo com o Atlas Internacional
de Nuvens este fenocircmeno pode tambeacutem ocorrer em outros tipos de nuvens como em
tempestades de neve tempestades de areia e em erupccedilotildees vulcacircnicas Contudo na localidade
de anaacutelise deste trabalho a ocorrecircncia do fenocircmeno de trovoadas se da nas Cumulonimbus
apenas
Os elementos essenciais que alimentam as condiccedilotildees para a formaccedilatildeo dos CBs satildeo a)
presenccedila de umidade na atmosfera e sua evaporaccedilatildeo agrave superfiacutecie terrestre tanto dos solos
quanto de todas as superfiacutecies aquaacuteticas o qual eacute um dos fatores que gera o movimento de
convecccedilatildeo b) instabilidade atmosfeacuterica ou seja como o ar quente e o ar frio possuem
densidades diferentes o ar quente ao adquirir umidade tende a ascender na medida em que eacute
resfriado na atmosfera ele tende a descer efetuando um processo contiacutenuo de troca c) e ainda
o levantamento seja ele orograacutefico frontal de brisa mariacutetima ou terrestre (COMANDO DA
AERONAacuteUTICA 2003 p 4)
A formaccedilatildeo de um CB normalmente ocorre em estaacutegios originando-se atraveacutes das
nuvens Cumulus estas que podem desenvolver-se ao ponto de se tornarem Cumulus
Congestus (tambeacutem conhecidas como Towering Cumulus ndash TCU) e ainda sim se
desenvolverem mais dando origem ao CB Estes estaacutegios satildeo conhecidos respectivamente
como (SONNEMAKER 1991 p 82) 1) estaacutegio de Cumulus 2) estaacutegio de maturidade 3)
Apoacutes estes dois estaacutegios tem-se o estaacutegio de dissipaccedilatildeo onde a precipitaccedilatildeo gradualmente se
cessa as correntes descendentes predominam poreacutem com menor intensidade os ventos de
rajada se enfraquecem e as turbulecircncias se tornam menos intensas Ocorrem ainda grandes
expansotildees laterais da nuvem e seu topo exibe o formato direcionado e alongado tomando a
forma de uma ldquobigornardquo (SONNEMAKER 1991 p 61)
Cumulus satildeo nuvens de estaacutegio baixo geralmente densas e de contorno e base bem
definidos desenvolvem-se em sentido vertical em forma de montiacuteculos domos ou torres satildeo
constituiacutedas majoritariamente por gotiacuteculas de aacutegua (PRETOR-PINEY 2008 p 22) Elas
ocorrem em alturas que variam de 300 a no maacuteximo 1500 metros poreacutem em raras ocasiotildees
satildeo observadas em torno de ateacute 1800 metros de altura no Aeroporto de Uberlacircndia
As Cumulus Congestus ou TCU satildeo as proacuteprias nuvens Cumulus poreacutem com maior
desenvolvimento vertical portanto possuem sua base em niacuteveis baixos No entanto devido
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sua capacidade de ascensatildeo na atmosfera satildeo consideradas como nuvens de grande
desenvolvimento vertical pois podem atingir os estaacutegios das nuvens meacutedias e altas satildeo
constituiacutedas por gotiacuteculas de aacutegua e podem conter tambeacutem partiacuteculas de gelo em sua porccedilatildeo
superior (VAREJAtildeO-SILVA 2006 p 376) A Meteorologia Aeronaacuteutica considera 750m a
altura miacutenima da base de um TCU
As nuvens Cumulus Congestus podem evoluir ainda mais dando origem agrave nuvem CB
ou se dissipar o que depende de diversas condiccedilotildees atmosfeacutericas reinantes num determinado
local eou dos sistemas atuantes Dessa forma a formaccedilatildeo de um CB sempre eacute precedida pelo
estaacutegio de Cumulus Congestus
As trovoadas podem ser definidas de acordo com sua origem dessa forma elas
possuem dois modos principais das quais se originam satildeo eles trovoadas de massas de ar e as
frontais tambeacutem conhecidas como dinacircmicas (SONNEMAKER 1991 p 83)
As chamadas trovoadas de massas de ar satildeo formadas no interior de uma mesma massa
de ar quente e uacutemida ou seja uma parcela da atmosfera que possua caracteriacutesticas
semelhantes de temperatura umidade e pressatildeo Normalmente ocorrem de forma isolada ou
esparsa Satildeo divididas em (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas convectivas satildeo originadas devido a processos convectivos onde
determinada massa de ar quente e uacutemida se eleva na atmosfera devido sua baixa
densidade e agraves condiccedilotildees de instabilidade da troposfera
Trovoadas orograacuteficas originadas por condiccedilotildees orograacuteficas onde uma parcela de ar
uacutemido e instaacutevel eacute forccedilada a ascender atraveacutes de um terreno montanhoso
Trovoadas advectivas ocorrem devido ao movimento horizontal de ar quente e uacutemido
sob uma determinada aacuterea de ar instaacutevel ou advecccedilatildeo de ar frio sobre aacutereas onde se
encontram ar quente eacute a menos comum das trecircs
As trovoadas derivadas de sistemas frontais podem ocorrer em qualquer eacutepoca do ano
e a qualquer hora do dia satildeo geralmente intensas de maior duraccedilatildeo e extensas
horizontalmente Satildeo elas (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas frontais ocorrem associadas a sistemas frontais frios quentes e oclusos
Trovoadas de linha de instabilidade ocorrem na dianteira das frentes ou seja nas
linhas e aacutereas preacute-frontais
Satildeo estas origens e definiccedilotildees que iratildeo definir a forma de como os CBs iratildeo se
apresentar no tempo e espaccedilo podendo ocorrer das seguintes formas (DECEA 200- p 2)
isolados quando numa determinada aacuterea haacute ocorrecircncia isolada da nuvem
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multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
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Formaccedilatildeo das Cumulonimbus e das trovoadas
Segundo Pinto Jr (2005 p 18) apesar de as trovoadas estarem associadas agraves nuvens de
tempestades estas classificadas de Cumulonimbus (CB) de acordo com o Atlas Internacional
de Nuvens este fenocircmeno pode tambeacutem ocorrer em outros tipos de nuvens como em
tempestades de neve tempestades de areia e em erupccedilotildees vulcacircnicas Contudo na localidade
de anaacutelise deste trabalho a ocorrecircncia do fenocircmeno de trovoadas se da nas Cumulonimbus
apenas
Os elementos essenciais que alimentam as condiccedilotildees para a formaccedilatildeo dos CBs satildeo a)
presenccedila de umidade na atmosfera e sua evaporaccedilatildeo agrave superfiacutecie terrestre tanto dos solos
quanto de todas as superfiacutecies aquaacuteticas o qual eacute um dos fatores que gera o movimento de
convecccedilatildeo b) instabilidade atmosfeacuterica ou seja como o ar quente e o ar frio possuem
densidades diferentes o ar quente ao adquirir umidade tende a ascender na medida em que eacute
resfriado na atmosfera ele tende a descer efetuando um processo contiacutenuo de troca c) e ainda
o levantamento seja ele orograacutefico frontal de brisa mariacutetima ou terrestre (COMANDO DA
AERONAacuteUTICA 2003 p 4)
A formaccedilatildeo de um CB normalmente ocorre em estaacutegios originando-se atraveacutes das
nuvens Cumulus estas que podem desenvolver-se ao ponto de se tornarem Cumulus
Congestus (tambeacutem conhecidas como Towering Cumulus ndash TCU) e ainda sim se
desenvolverem mais dando origem ao CB Estes estaacutegios satildeo conhecidos respectivamente
como (SONNEMAKER 1991 p 82) 1) estaacutegio de Cumulus 2) estaacutegio de maturidade 3)
Apoacutes estes dois estaacutegios tem-se o estaacutegio de dissipaccedilatildeo onde a precipitaccedilatildeo gradualmente se
cessa as correntes descendentes predominam poreacutem com menor intensidade os ventos de
rajada se enfraquecem e as turbulecircncias se tornam menos intensas Ocorrem ainda grandes
expansotildees laterais da nuvem e seu topo exibe o formato direcionado e alongado tomando a
forma de uma ldquobigornardquo (SONNEMAKER 1991 p 61)
Cumulus satildeo nuvens de estaacutegio baixo geralmente densas e de contorno e base bem
definidos desenvolvem-se em sentido vertical em forma de montiacuteculos domos ou torres satildeo
constituiacutedas majoritariamente por gotiacuteculas de aacutegua (PRETOR-PINEY 2008 p 22) Elas
ocorrem em alturas que variam de 300 a no maacuteximo 1500 metros poreacutem em raras ocasiotildees
satildeo observadas em torno de ateacute 1800 metros de altura no Aeroporto de Uberlacircndia
As Cumulus Congestus ou TCU satildeo as proacuteprias nuvens Cumulus poreacutem com maior
desenvolvimento vertical portanto possuem sua base em niacuteveis baixos No entanto devido
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sua capacidade de ascensatildeo na atmosfera satildeo consideradas como nuvens de grande
desenvolvimento vertical pois podem atingir os estaacutegios das nuvens meacutedias e altas satildeo
constituiacutedas por gotiacuteculas de aacutegua e podem conter tambeacutem partiacuteculas de gelo em sua porccedilatildeo
superior (VAREJAtildeO-SILVA 2006 p 376) A Meteorologia Aeronaacuteutica considera 750m a
altura miacutenima da base de um TCU
As nuvens Cumulus Congestus podem evoluir ainda mais dando origem agrave nuvem CB
ou se dissipar o que depende de diversas condiccedilotildees atmosfeacutericas reinantes num determinado
local eou dos sistemas atuantes Dessa forma a formaccedilatildeo de um CB sempre eacute precedida pelo
estaacutegio de Cumulus Congestus
As trovoadas podem ser definidas de acordo com sua origem dessa forma elas
possuem dois modos principais das quais se originam satildeo eles trovoadas de massas de ar e as
frontais tambeacutem conhecidas como dinacircmicas (SONNEMAKER 1991 p 83)
As chamadas trovoadas de massas de ar satildeo formadas no interior de uma mesma massa
de ar quente e uacutemida ou seja uma parcela da atmosfera que possua caracteriacutesticas
semelhantes de temperatura umidade e pressatildeo Normalmente ocorrem de forma isolada ou
esparsa Satildeo divididas em (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas convectivas satildeo originadas devido a processos convectivos onde
determinada massa de ar quente e uacutemida se eleva na atmosfera devido sua baixa
densidade e agraves condiccedilotildees de instabilidade da troposfera
Trovoadas orograacuteficas originadas por condiccedilotildees orograacuteficas onde uma parcela de ar
uacutemido e instaacutevel eacute forccedilada a ascender atraveacutes de um terreno montanhoso
Trovoadas advectivas ocorrem devido ao movimento horizontal de ar quente e uacutemido
sob uma determinada aacuterea de ar instaacutevel ou advecccedilatildeo de ar frio sobre aacutereas onde se
encontram ar quente eacute a menos comum das trecircs
As trovoadas derivadas de sistemas frontais podem ocorrer em qualquer eacutepoca do ano
e a qualquer hora do dia satildeo geralmente intensas de maior duraccedilatildeo e extensas
horizontalmente Satildeo elas (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas frontais ocorrem associadas a sistemas frontais frios quentes e oclusos
Trovoadas de linha de instabilidade ocorrem na dianteira das frentes ou seja nas
linhas e aacutereas preacute-frontais
Satildeo estas origens e definiccedilotildees que iratildeo definir a forma de como os CBs iratildeo se
apresentar no tempo e espaccedilo podendo ocorrer das seguintes formas (DECEA 200- p 2)
isolados quando numa determinada aacuterea haacute ocorrecircncia isolada da nuvem
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multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
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sua capacidade de ascensatildeo na atmosfera satildeo consideradas como nuvens de grande
desenvolvimento vertical pois podem atingir os estaacutegios das nuvens meacutedias e altas satildeo
constituiacutedas por gotiacuteculas de aacutegua e podem conter tambeacutem partiacuteculas de gelo em sua porccedilatildeo
superior (VAREJAtildeO-SILVA 2006 p 376) A Meteorologia Aeronaacuteutica considera 750m a
altura miacutenima da base de um TCU
As nuvens Cumulus Congestus podem evoluir ainda mais dando origem agrave nuvem CB
ou se dissipar o que depende de diversas condiccedilotildees atmosfeacutericas reinantes num determinado
local eou dos sistemas atuantes Dessa forma a formaccedilatildeo de um CB sempre eacute precedida pelo
estaacutegio de Cumulus Congestus
As trovoadas podem ser definidas de acordo com sua origem dessa forma elas
possuem dois modos principais das quais se originam satildeo eles trovoadas de massas de ar e as
frontais tambeacutem conhecidas como dinacircmicas (SONNEMAKER 1991 p 83)
As chamadas trovoadas de massas de ar satildeo formadas no interior de uma mesma massa
de ar quente e uacutemida ou seja uma parcela da atmosfera que possua caracteriacutesticas
semelhantes de temperatura umidade e pressatildeo Normalmente ocorrem de forma isolada ou
esparsa Satildeo divididas em (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas convectivas satildeo originadas devido a processos convectivos onde
determinada massa de ar quente e uacutemida se eleva na atmosfera devido sua baixa
densidade e agraves condiccedilotildees de instabilidade da troposfera
Trovoadas orograacuteficas originadas por condiccedilotildees orograacuteficas onde uma parcela de ar
uacutemido e instaacutevel eacute forccedilada a ascender atraveacutes de um terreno montanhoso
Trovoadas advectivas ocorrem devido ao movimento horizontal de ar quente e uacutemido
sob uma determinada aacuterea de ar instaacutevel ou advecccedilatildeo de ar frio sobre aacutereas onde se
encontram ar quente eacute a menos comum das trecircs
As trovoadas derivadas de sistemas frontais podem ocorrer em qualquer eacutepoca do ano
e a qualquer hora do dia satildeo geralmente intensas de maior duraccedilatildeo e extensas
horizontalmente Satildeo elas (SONNEMAKER 1991 p 83)
Trovoadas frontais ocorrem associadas a sistemas frontais frios quentes e oclusos
Trovoadas de linha de instabilidade ocorrem na dianteira das frentes ou seja nas
linhas e aacutereas preacute-frontais
Satildeo estas origens e definiccedilotildees que iratildeo definir a forma de como os CBs iratildeo se
apresentar no tempo e espaccedilo podendo ocorrer das seguintes formas (DECEA 200- p 2)
isolados quando numa determinada aacuterea haacute ocorrecircncia isolada da nuvem
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multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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62 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
multiceacutelulas quando numa determinada aacuterea haacute a presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CB
poreacutem natildeo apresentam uma disposiccedilatildeo organizada
em linhas de instabilidade eacute formado pela presenccedila de vaacuterias ceacutelulas de CBs
alinhados comum quando ocorrem os sistemas frontais precedendo-os
superceacutelulas quando ocorrem formaccedilotildees conjuntas em aacutereas muito extensas satildeo
capazes de se manterem sozinhas em atividade por diversas horas
Este trabalho natildeo pretende adentrar nas caracteriacutesticas eleacutetricas da estrutura dos CBs
poreacutem informaccedilotildees aprofundadas neste campo podem ser encontradas nas obras do
pesquisador Dr Osmar Pinto Jr os quais satildeo grandes referecircncias
Informaccedilotildees baacutesicas sobre as trovoadas
As condiccedilotildees de tempo ocasionadas pelas trovoadas satildeo severas tanto ao longo da
camada da troposfera quanto em superfiacutecie podendo ocorrer em maior ou menor grau de
severidade os seguintes elementos (SONNEMAKER 1991 p 84) turbulecircncia chuvas
torrenciais granizo gelo saraiva rajadas de vento raios relacircmpagos tornados e trombas
drsquoaacutegua
Para a aviaccedilatildeo a presenccedila das trovoadas eacute um limitador do espaccedilo aeacutereo sendo que o
voo dentro de uma nuvem CB eacute considerado de extremo risco devido possuir fortes correntes
de ventos ascendentes e descendentes com gelo granizo aleacutem da ocorrecircncia de relacircmpagos
(DECEA 200- p 1) As operaccedilotildees aeacutereas de pousos e decolagens satildeo afetadas tambeacutem pelas
cortantes de vento geradas por estas nuvens agrave superfiacutecie ou proacuteximas a ela pois em seu
entorno ocorrem fortes correntes de ventos ascendentes e descendentes gerando grandes
riscos a estas operaccedilotildees (DECEA 200- p 1)
Discussatildeo e anaacutelise dos resultados
Optou-se neste trabalho por exibir os totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e
minutos devido os dados obtidos serem muito pontuais ao contraacuterio do tradicional iacutendice
ceraacuteunico que leva em consideraccedilatildeo apenas a quantidade de dias No entanto ao final da
anaacutelise os dados foram tambeacutem dispostos neste mesmo iacutendice
A distribuiccedilatildeo das trovoadas ao longo de qualquer um dos anos desta pesquisa mostra
que eacute possiacutevel dividi-los em duas temporadas Uma primeira temporada que vai de janeiro a
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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66 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
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Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
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Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
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Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
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marccedilo e de outubro a dezembro de um mesmo ano onde se encontram altos iacutendices de
trovoadas o que corresponde aproximadamente agraves estaccedilotildees de veratildeo e primavera
respectivamente E uma segunda temporada que vai de abril a setembro com iacutendices
menores correspondente agraves estaccedilotildees de outono e inverno aproximadamente Esse
comportamento se enquadra a qualquer modelo climatoloacutegico proposto para o municiacutepio pois
as ocorrecircncias de trovoada acompanham os periacuteodos secos e chuvosos na sua intensificaccedilatildeo
ou escassez Como apresentado por Novais (2011 p 158) Uberlacircndia possui de 4 a 5 meses
secos (maio-agosto e eventualmente setembro) sendo seu periacuteodo chuvoso de outubro a
marccedilo com maior concentraccedilatildeo pluviomeacutetrica no veratildeo (dezembro a fevereiro) o que faz
uma relaccedilatildeo direta com o fenocircmeno das trovoadas
A figura 4 exibe estes dois periacuteodos semestrais entre os anos de 1998 e 2012 sendo
possiacutevel perceber notaacutevel aumento de horas de ocorrecircncia do fenocircmeno nos anos de 2011 e
2012 em ambos os periacuteodos
Figura 4 Distribuiccedilatildeo do total de trovoadas em horasano nos semestres de maior e de menor
ocorrecircncia
Linha avermelhada totais dos meses de janeiro a marccedilo e de outubro a dezembroano
Linha azulada totais dos meses de abril a setembroano
Fonte RIBEIRO 2013
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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______ Comando da Aeronaacuteutica Meteorologia Manual de Estaccedilotildees Meteoroloacutegicas de
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MONTEIRO Carlos Augusto de Figueiredo Teoria e clima urbano Satildeo Paulo
Universidade de Satildeo Paulo ndash Instituto de Geografia (IGEOG-USP) 1976 (Seacuterie Teses e
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Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
73 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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Em todos os anos como eacute tiacutepico da proacutepria climatologia da localidade o
comportamento das trovoadas iraacute compor graficamente com ligeiras alternacircncias uma
espeacutecie de paraacutebola pois haacute dois pontos equidistantes que correspondem aos extremos dos
anos os meses de janeiro-fevereiro e novembro-dezembro com seus valores maacuteximos de
trovoadas em horas A figura 5 exemplifica esta consideraccedilatildeo para o ano de 1998 que eacute o
primeiro da anaacutelise
Figura 5 Trovoadas em horas mensais no ano de 1998
Fonte RIBEIRO 2013
A quantidade de ocorrecircncias de trovoadas em horas mantem-se com estabilidade ao
longo dos anos de 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ou seja com
poucas variaccedilotildees entre os anos exibindo um comportamento semelhante entre eles A meacutedia
deste periacuteodo eacute do valor de 225h e 21min No ano de 2007 que possui o total de 133h e
47min de trovoadas haacute um decliacutenio na ocorrecircncia do fenocircmeno em 41 em relaccedilatildeo agrave meacutedia
dos anos de 1998 a 2006 que foram os anos que se comportaram semelhantemente O ano
seguinte 2008 os valores voltam a se comportar semelhante agrave meacutedia ocorrida de 1998 a
2006 com o total de 198h e 49min totais ao passo que nos anos seguintes os valores totais do
fenocircmeno em horas aumentaram expressivamente
A partir de 2009 os totais de horas de trovoadas passam a se elevar a cada ano
chegando ao total de 737h e 03min no ano de 2012 o uacuteltimo do periacuteodo de anaacutelise A meacutedia
dos anos de maior ocorrecircncia os anos de 2009 2010 2011 e 2012 (4 anos ao todo) estaacute em
torno de 532h e 34min contra 225h e 21min dos anos de 1998 a 2006 (9 anos ao todo) Isso
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
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Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Geral ndash Condiccedilotildees Atmosfeacutericas Adversas ao Voo ndash Trovoadas Satildeo Joseacute dos Campos
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mostra que nestes 4 anos (de 2009 a 2012) ocorreu mais que o dobro da quantidade de horas
de trovoadas dos 9 anos anteriores (de 1998 a 2006) ou pouco mais que 57 a mais no valor
de ocorrecircncias desses 4 anos sobre os 9 anos anteriores
O ano de 2007 eacute o recordista com a menor ocorrecircncia do fenocircmeno com o total de 133h
e 47min onde constam trecircs meses (maio junho e agosto) sem qualquer ocorrecircncia de
trovoadas sendo dezembro o seu mecircs com maior valor total em horas de ocorrecircncia com 28h
e 42min A figura 6 exibe os totais mensais para este ano
Figura 6 Trovoadas em horas mensais no ano de 2007
Fonte RIBEIRO 2013
Quanto ao ano de maior ocorrecircncia total de trovoadas em horas os dados apontam ser
2012 com o total de 737h e 03min Apenas o total do ano de 2012 eacute suficiente para superar a
os totais de 1998 1999 e 2000 juntos Este ano possui agosto como o uacutenico mecircs com a
ausecircncia do fenocircmeno e dezembro seu mecircs de maior ocorrecircncia com o acumulado de 129h e
58min A figura 7 exibe esta distribuiccedilatildeo anual para 2012
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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66 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
67 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
68 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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69 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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70 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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71 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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______ Instituto do Controle do Espaccedilo Aeacutereo (ICEA) Operaccedilatildeo de estaccedilatildeo meteoroloacutegica
de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo classe II MET-005 Meteorologia
Geral ndash Nebulosidade ndash Nuvens Satildeo Joseacute dos Campos 2003 27 p
______ Instituto do Controle do Espaccedilo Aeacutereo (ICEA) Operaccedilatildeo de estaccedilatildeo meteoroloacutegica
de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo classe II MET-005 Meteorologia
Geral ndash Condiccedilotildees Atmosfeacutericas Adversas ao Voo ndash Trovoadas Satildeo Joseacute dos Campos
2003 15 p
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Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
72 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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73 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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66 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Figura 7 Trovoadas em horas mensais no ano de 2012
Fonte RIBEIRO 2013
O ano de 2012 representa um aumento de 82 sobre o ano de menor ocorrecircncia que foi
2007 Como ano recorde em maior ocorrecircncia ele representa uma superioridade de 20 sobre
a meacutedia dos anos onde houve comportamento semelhante ou seja de 1998 a 2006
A figura 8 exibe a distribuiccedilatildeo em horas e minutos totais de ocorrecircncia deste fenocircmeno
a cada ano do periacuteodo selecionado onde se pode perceber o aumento acentuado nos totais a
partir de 2010
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
67 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
68 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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69 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
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Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
71 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
72 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Minas Gerais ndash Uberlacircndia ndash
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73 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
67 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Figura 8 Totais das ocorrecircncias de trovoadas em horas e minutos por ano
Fonte RIBEIRO 2013
O iacutendice ceraacuteunico como jaacute mencionado eacute definido como a quantidade de dias de
trovoada por ano em determinado lugar (BOHN 200- p 2)
Estes mesmos totais jaacute exibidos quando convertidos para este iacutendice podem ser
visualizados da seguinte forma
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
68 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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69 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
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70 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
71 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
73 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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STEacuteFANI Rodrigo Verardino de Metodologia de projeto de sistema de proteccedilatildeo contra
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Engenharia Eleacutetrica) Satildeo Paulo Universidade de Satildeo Paulo 2011 Disponiacutevel em lt
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Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
68 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Tabela 1 - Totais das ocorrecircncias de trovoadas em dias horas e minutos por ano
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Portanto ao aplicar este meacutetodo normalmente desprezam-se as horas e minutos
excedentes e consideram-se apenas a quantidade de dias Dessa forma eacute possiacutevel se obter o
seguinte graacutefico
Figura 9 Iacutendice ceraacuteunico de Uberlacircndia medido pela EMS-1 do Aeroporto de Uberlacircndia
dos anos de 1998 a 2012
Fonte RIBEIRO 2013
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
69 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
70 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
71 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Referecircncias
BENEDETTI Marcelo Muniz et al Resistecircncia do solo agrave penetraccedilatildeo em um latossolo
vermelho distroacutefico tiacutepico sob diferentes usos Goiacircnia Centro Cientiacutefico Conhecer
Enciclopeacutedia Biosfera vol 6 N 11 p01 a 09 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwconhecerorgbrenciclop2010cresistencia20do20solopdfgt Acesso em 10
dez 2012
BOHN Adolar Ricardo Projeto de Sistema de Proteccedilatildeo Contra Descargas Atmosfeacutericas
Santa Catarina Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnoloacutegico Departamento
de Engenharia Civil 22 p [200-] Disponiacutevel em lt
httpwwwcentralmatcombrArtigosMaisprojetoSPDApdfgt Acesso em 10 mar 2013
COMANDO DA AERONAacuteUTICA Instituto do Controle do Espaccedilo Aeacutereo (ICEA)
Operaccedilatildeo de estaccedilatildeo meteoroloacutegica de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo
classe II MET-005 Meteorologia Geral ndash Meteoros Satildeo Joseacute dos Campos 2003 15 p
______ Instituto do Controle do Espaccedilo Aeacutereo (ICEA) Operaccedilatildeo de estaccedilatildeo meteoroloacutegica
de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo classe II MET-005 Meteorologia
Geral ndash Nebulosidade ndash Nuvens Satildeo Joseacute dos Campos 2003 27 p
______ Instituto do Controle do Espaccedilo Aeacutereo (ICEA) Operaccedilatildeo de estaccedilatildeo meteoroloacutegica
de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo classe II MET-005 Meteorologia
Geral ndash Condiccedilotildees Atmosfeacutericas Adversas ao Voo ndash Trovoadas Satildeo Joseacute dos Campos
2003 15 p
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPACcedilO AEacuteREO Subdepartamento de
Operaccedilotildees Divisatildeo de Meteorologia Aeronaacuteutica Cuidado Cumulonimbus na Aacuterea
[200-] 3 p Disponiacutevel em lt httpwwwredemetaermilbrArtigoscumulonimbuspdfgt
Acesso em 16 de nov 2012
DIAS Rosilene N MESQUITA Claacuteudia R VISACRO Silveacuterio Aplicaccedilotildees de mapas de
densidade de descargas atmosfeacutericas na engenharia de proteccedilatildeo avaliaccedilotildees e limitaccedilotildees In
DEacuteCIMO TERCER ENCUENTRO REGIONAL IBEROAMERICANO DE CIGREacute 13
2009 Belo Horizonte Anais Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais
Lightning Research Center 7 p 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwlabplanufscbrcongressosXIII20EriacB2B2-08pdfgt Acesso em 20 fev
2013
ELAT Grupo de Eletricidade Atmosfeacuterica Infograacutefico ndash Mortes por Raios Disponiacutevel em
lthttpwwwinpebrwebelathomepagemenuinforinfografico-mortesporraiosphpgt
Acesso em 21 fev 2013
FACULDADE CATOacuteLICA DE UBERLAcircNDIA Coordenadoria de Pesquisa Manual de
normas para elaboraccedilatildeo e formataccedilatildeo de trabalhos cientiacuteficos Faculdade Catoacutelica de
Uberlacircndia 2012 57 p Disponiacutevel em lt httpwwwcatolicaonlinecombrportalwp-
contentuploads200912MANUAL-DE-NORMAS-atualizada-conforme-NBR-14724-de-
abril-de-2011-1-31pdfgt Acesso em 10 dez 2012
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
72 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Minas Gerais ndash Uberlacircndia ndash
Infograacuteficos evoluccedilatildeo populacional e piracircmide etaacuteria Disponiacutevel em lt httpwwwcidadesibgegovbrpainelpopulacaophplang=ampcodmun=317020ampsearch=mina
s-gerais|uberlandia|infogrE1ficos-evoluE7E3o-populacional-e-pirE2mide-
etE1riagt Acesso em 12 jan 2013
INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaacuteria Meteorologia
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aeronauticahtmlgt Acesso em 27 nov 2014
MINISTEacuteRIO DA DEFESA Comando da Aeronaacuteutica Meteorologia Manual de Coacutedigos
Meteoroloacutegicos (MCA 105-10) 2012 252 p
______ Comando da Aeronaacuteutica Meteorologia Manual de Estaccedilotildees Meteoroloacutegicas de
Superfiacutecie (MCA 105-2) 2011 60 p
MONTEIRO Carlos Augusto de Figueiredo Teoria e clima urbano Satildeo Paulo
Universidade de Satildeo Paulo ndash Instituto de Geografia (IGEOG-USP) 1976 (Seacuterie Teses e
Monografias ndeg 25) 181 p
NOVAIS Giuliano Tostes Caracterizaccedilatildeo Climaacutetica da Mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do Entorno da Serra da Canastra (MG) 2011 80 f
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geografia) - Instituto de Geografia Universidade Federal de
Uberlacircndia Uberlacircndia 2011 Disponiacutevel em
lthttprepositorioufubrhandle1234567891195gt Acesso em 07 nov 2012
OUTAtildeO Antonio Ricardo Ribeiro BARROS Airton Bodstein de Alternativa contra
descargas atmosfeacutericas para novos preacutedios da UFF In SEMINAacuteRIO INTERNACIONAL DE
DEFESA CIVIL 5 2009 Satildeo Paulo Anais p 1-11 Disponiacutevel em lt
httpwwwdefesaciviluffbrdefencil_5Artigo_Anais_Eletronicos_Defencil_11pdf gt
Acesso em 05 maio 2013
PINTO JR Osmar A arte da guerra contra os raios Satildeo Paulo Oficina de Textos 2005
PINTO JR Osmar PINTO Iara de Almeida Relacircmpagos Satildeo Paulo Brasiliense 1996
PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLAcircNDIA Secretaria Municipal de Planejamento
Urbano Banco de Dados Integrados Volume I 2011 43 p Disponiacutevel em lt
httpwwwuberlandiamggovbruploadscms_b_arquivos1428pdfgt Acesso em 02 fev
2013
PRETOR-PINNEY Gavin Guia do observador de nuvens Traduccedilatildeo de Claacuteudio
Figueiredo Rio de Janeiro Intriacutenseca 2008
REIS Ruibram Januaacuterio dos Mapeando a climatologia das descargas atmosfeacutericas em
Minas Gerais utilizando dados de 1989 a 2002 ndash uma anaacutelise exploratoacuteria 2005 216 f
Tese (Doutorado em Geografia) PUC Minas Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lt
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2013
SECRETARIA DE AVIACcedilAtildeO CIVIL DA PRESIDEcircNCIA DA REPUacuteBLICA Agecircncia
Nacional de Aviaccedilatildeo Civil ndash ANAC Aeroacutedromos Puacuteblicos Brasiacutelia 2013 Disponiacutevel em lt
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
73 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
httpwwwanacgovbrConteudoaspxslCD_ORIGEM=8ampttCD_CHAVE=118gt Acesso
em 06 jun 2013
SILVA Nathalie Ribeiro Caracterizaccedilatildeo do regime climaacutetico regional uma anaacutelise dos
paracircmetros de temperatura precipitaccedilatildeo balanccedilo hiacutedrico do Triacircngulo Mineiro ndash MG 2010 59 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Geografia) Uberlacircndia Universidade Federal de
Uberlacircndia ndash Instituto de Geografia 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwgeografiaememoriaigufubrdownloadsnathalie_ribeiro_silvapdf gt Acesso em
21 dez 2012
SONNEMAKER Joatildeo Baptista Meteorologia Satildeo Paulo Asa 1991
STEacuteFANI Rodrigo Verardino de Metodologia de projeto de sistema de proteccedilatildeo contra
descargas atmosfeacutericas para edifiacutecio residencial 2011 54 f Monografia (Graduaccedilatildeo em
Engenharia Eleacutetrica) Satildeo Paulo Universidade de Satildeo Paulo 2011 Disponiacutevel em lt
wwwtccscuspbrgt Acesso em 15 fev 2013
VAREJAtildeO-SILVA Maacuterio Adelmo Meteorologia e Climatologia Recife versatildeo digital
2005 Disponiacutevel em lt
httpwwwicatufalbrlaboratorioclimadatauploadspdfMETEOROLOGIA_E_CLIMATO
LOGIA_VD2_Mar_2006pdfgt Acesso em 10 jan 2011
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
69 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Quanto aos periacuteodos do dia em que ocorrem as trovoadas optou-se nesta avaliaccedilatildeo
dividi-los em 4 turnos satildeo eles (em horaacuterio local)
1deg periacuteodo do dia ou turno das 0000 as 0600
2deg periacuteodo do dia ou turno das 0600 as 1200
3deg periacuteodo do dia ou turno das 1200 as 1800
4deg periacuteodo do dia ou turno das 1800 as 0000
Foi possiacutevel efetuar um percentual de ocorrecircncias de trovoadas apenas entre os anos de
1998 a 2010 o qual foram obtidos atraveacutes de dados em Excel fornecidos pela INFRAERO jaacute
os anos de 2011 e 2012 ficaram de fora deste percentual devido se encontrarem nos softwares
da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica de Superfiacutecie do Aeroporto de Uberlacircndia em formato e padratildeo o
qual natildeo se permitiu uma visualizaccedilatildeo por estes turnosdias
Dentro do total de 3005 registros de trovoadas entre 1998 e 2010 o fenocircmeno ficou
distribuiacutedo da seguinte forma
Tabela 1 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 433 1440
2ordm turno 123 409
3ordm turno 1426 4745
4ordm turno 1023 3404
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Para o periacuteodo mais ativo das trovoadas como mencionado que vai de janeiro a marccedilo
e de outubro a dezembro de um mesmo ano os totais e proporccedilotildees entre 1998 a 2010 satildeo os
seguintes
Tabela 2 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de maior atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 360 1390
2ordm turno 103 397
3ordm turno 1242 4797
4ordm turno 884 3414
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Jaacute para o periacuteodo anual com menos atividade que se refere aos meses de abril a
setembro entre 1998 a 2010 tem-se os seguintes resultados
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
70 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
71 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Referecircncias
BENEDETTI Marcelo Muniz et al Resistecircncia do solo agrave penetraccedilatildeo em um latossolo
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dez 2012
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Santa Catarina Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnoloacutegico Departamento
de Engenharia Civil 22 p [200-] Disponiacutevel em lt
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Operaccedilatildeo de estaccedilatildeo meteoroloacutegica de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo
classe II MET-005 Meteorologia Geral ndash Meteoros Satildeo Joseacute dos Campos 2003 15 p
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de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo classe II MET-005 Meteorologia
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de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo classe II MET-005 Meteorologia
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DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPACcedilO AEacuteREO Subdepartamento de
Operaccedilotildees Divisatildeo de Meteorologia Aeronaacuteutica Cuidado Cumulonimbus na Aacuterea
[200-] 3 p Disponiacutevel em lt httpwwwredemetaermilbrArtigoscumulonimbuspdfgt
Acesso em 16 de nov 2012
DIAS Rosilene N MESQUITA Claacuteudia R VISACRO Silveacuterio Aplicaccedilotildees de mapas de
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2009 Belo Horizonte Anais Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais
Lightning Research Center 7 p 2009 Disponiacutevel em lt
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ELAT Grupo de Eletricidade Atmosfeacuterica Infograacutefico ndash Mortes por Raios Disponiacutevel em
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abril-de-2011-1-31pdfgt Acesso em 10 dez 2012
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
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IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Minas Gerais ndash Uberlacircndia ndash
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INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaacuteria Meteorologia
Aeronaacuteutica Disponiacutevel em lt httpwwwinfraerogovbrindexphpbrmeteorologia-
aeronauticahtmlgt Acesso em 27 nov 2014
MINISTEacuteRIO DA DEFESA Comando da Aeronaacuteutica Meteorologia Manual de Coacutedigos
Meteoroloacutegicos (MCA 105-10) 2012 252 p
______ Comando da Aeronaacuteutica Meteorologia Manual de Estaccedilotildees Meteoroloacutegicas de
Superfiacutecie (MCA 105-2) 2011 60 p
MONTEIRO Carlos Augusto de Figueiredo Teoria e clima urbano Satildeo Paulo
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Acesso em 05 maio 2013
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PINTO JR Osmar PINTO Iara de Almeida Relacircmpagos Satildeo Paulo Brasiliense 1996
PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLAcircNDIA Secretaria Municipal de Planejamento
Urbano Banco de Dados Integrados Volume I 2011 43 p Disponiacutevel em lt
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2013
PRETOR-PINNEY Gavin Guia do observador de nuvens Traduccedilatildeo de Claacuteudio
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REIS Ruibram Januaacuterio dos Mapeando a climatologia das descargas atmosfeacutericas em
Minas Gerais utilizando dados de 1989 a 2002 ndash uma anaacutelise exploratoacuteria 2005 216 f
Tese (Doutorado em Geografia) PUC Minas Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lt
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2013
SECRETARIA DE AVIACcedilAtildeO CIVIL DA PRESIDEcircNCIA DA REPUacuteBLICA Agecircncia
Nacional de Aviaccedilatildeo Civil ndash ANAC Aeroacutedromos Puacuteblicos Brasiacutelia 2013 Disponiacutevel em lt
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
73 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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em 06 jun 2013
SILVA Nathalie Ribeiro Caracterizaccedilatildeo do regime climaacutetico regional uma anaacutelise dos
paracircmetros de temperatura precipitaccedilatildeo balanccedilo hiacutedrico do Triacircngulo Mineiro ndash MG 2010 59 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Geografia) Uberlacircndia Universidade Federal de
Uberlacircndia ndash Instituto de Geografia 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwgeografiaememoriaigufubrdownloadsnathalie_ribeiro_silvapdf gt Acesso em
21 dez 2012
SONNEMAKER Joatildeo Baptista Meteorologia Satildeo Paulo Asa 1991
STEacuteFANI Rodrigo Verardino de Metodologia de projeto de sistema de proteccedilatildeo contra
descargas atmosfeacutericas para edifiacutecio residencial 2011 54 f Monografia (Graduaccedilatildeo em
Engenharia Eleacutetrica) Satildeo Paulo Universidade de Satildeo Paulo 2011 Disponiacutevel em lt
wwwtccscuspbrgt Acesso em 15 fev 2013
VAREJAtildeO-SILVA Maacuterio Adelmo Meteorologia e Climatologia Recife versatildeo digital
2005 Disponiacutevel em lt
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LOGIA_VD2_Mar_2006pdfgt Acesso em 10 jan 2011
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
70 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Tabela 3 - Total de ocorrecircncias por turnos entre 1998 e 2010 no periacuteodo de menor atividade
Periacuteodo do dia
Total de ocorrecircncias
Percentual
1ordm turno 73 1754
2ordm turno 20 480
3ordm turno 184 4423
4ordm turno 139 3341
Organizaccedilatildeo RIBEIRO 2013
Dessa forma os dados nos trecircs modos de exposiccedilatildeo exibem que o turno de maior
atividade das trovoadas eacute o que se determinou como 3deg com mais de 44 das ocorrecircncias
totais Em segundo lugar tem-se o 4deg turno com 33 ou mais das ocorrecircncias O 1deg turno se
estabelece na terceira posiccedilatildeo apresentando-se com iacutendices relativos a 13 ou mais das
ocorrecircncias totais Jaacute o 2deg turno se mostrou com a menor atividade natildeo atingindo nem 5 nas
trecircs exibiccedilotildees do comportamento deste fenocircmeno
Consideraccedilotildees finais
Faz-se necessaacuterio compreender espacialmente e em frequecircncia a distribuiccedilatildeo das
trovoadas nas cidades tendo em vista que cidades como Uberlacircndia estatildeo em contiacutenuo
crescimento e expansatildeo de seu sistema urbano
Dentro de um contexto climaacutetico prolongado talvez esse aumento possa natildeo ser tatildeo
representativo poreacutem no contexto atual e inclusive considerando-se o aumento e a expansatildeo
urbana do municiacutepio em questatildeo eacute niacutetido o aumento da ocorrecircncia das trovoadas a partir do
ano de 2010 tendo seu aacutepice ateacute entatildeo no ano de 2012
Alguns fatores podem ser apontados como contribuintes a este aumento tais como
urbanizaccedilatildeo mudanccedilas no uso e ocupaccedilatildeo do solo e o aumento nos niacuteveis de poluiccedilatildeo do ar o
que pode vir a refletir em interferecircncias no clima numa micro ou meso escala como por
exemplo a formaccedilatildeo de ilhas de calor ou ainda pode haver associaccedilatildeo com as eacutepocas de El
Nintildeo e La Nintildea para a intensificaccedilatildeo ou natildeo das trovoadas (REIS 2005 p 154)
Este tema pode e deve apresentar maior exploraccedilatildeo e monitoramento futuros tendo em
vista que as trovoadas as quais muitas vezes se apresentam acompanhadas de chuvas
torrenciais interferem diretamente nas diversas atividades humanas
Estudar detalhadamente as influecircncias e o comportamento climaacutetico nos acircmbitos
regional e local se faz necessaacuterio sendo que a estrutura da Meteorologia Aeronaacuteutica no
Brasil se apresenta como forte contribuinte devido seu monitoramento ininterrupto
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
71 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
Referecircncias
BENEDETTI Marcelo Muniz et al Resistecircncia do solo agrave penetraccedilatildeo em um latossolo
vermelho distroacutefico tiacutepico sob diferentes usos Goiacircnia Centro Cientiacutefico Conhecer
Enciclopeacutedia Biosfera vol 6 N 11 p01 a 09 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwconhecerorgbrenciclop2010cresistencia20do20solopdfgt Acesso em 10
dez 2012
BOHN Adolar Ricardo Projeto de Sistema de Proteccedilatildeo Contra Descargas Atmosfeacutericas
Santa Catarina Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnoloacutegico Departamento
de Engenharia Civil 22 p [200-] Disponiacutevel em lt
httpwwwcentralmatcombrArtigosMaisprojetoSPDApdfgt Acesso em 10 mar 2013
COMANDO DA AERONAacuteUTICA Instituto do Controle do Espaccedilo Aeacutereo (ICEA)
Operaccedilatildeo de estaccedilatildeo meteoroloacutegica de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo
classe II MET-005 Meteorologia Geral ndash Meteoros Satildeo Joseacute dos Campos 2003 15 p
______ Instituto do Controle do Espaccedilo Aeacutereo (ICEA) Operaccedilatildeo de estaccedilatildeo meteoroloacutegica
de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo classe II MET-005 Meteorologia
Geral ndash Nebulosidade ndash Nuvens Satildeo Joseacute dos Campos 2003 27 p
______ Instituto do Controle do Espaccedilo Aeacutereo (ICEA) Operaccedilatildeo de estaccedilatildeo meteoroloacutegica
de superfiacutecie e de centro meteoroloacutegico de aeroacutedromo classe II MET-005 Meteorologia
Geral ndash Condiccedilotildees Atmosfeacutericas Adversas ao Voo ndash Trovoadas Satildeo Joseacute dos Campos
2003 15 p
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPACcedilO AEacuteREO Subdepartamento de
Operaccedilotildees Divisatildeo de Meteorologia Aeronaacuteutica Cuidado Cumulonimbus na Aacuterea
[200-] 3 p Disponiacutevel em lt httpwwwredemetaermilbrArtigoscumulonimbuspdfgt
Acesso em 16 de nov 2012
DIAS Rosilene N MESQUITA Claacuteudia R VISACRO Silveacuterio Aplicaccedilotildees de mapas de
densidade de descargas atmosfeacutericas na engenharia de proteccedilatildeo avaliaccedilotildees e limitaccedilotildees In
DEacuteCIMO TERCER ENCUENTRO REGIONAL IBEROAMERICANO DE CIGREacute 13
2009 Belo Horizonte Anais Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais
Lightning Research Center 7 p 2009 Disponiacutevel em lt
httpwwwlabplanufscbrcongressosXIII20EriacB2B2-08pdfgt Acesso em 20 fev
2013
ELAT Grupo de Eletricidade Atmosfeacuterica Infograacutefico ndash Mortes por Raios Disponiacutevel em
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Acesso em 21 fev 2013
FACULDADE CATOacuteLICA DE UBERLAcircNDIA Coordenadoria de Pesquisa Manual de
normas para elaboraccedilatildeo e formataccedilatildeo de trabalhos cientiacuteficos Faculdade Catoacutelica de
Uberlacircndia 2012 57 p Disponiacutevel em lt httpwwwcatolicaonlinecombrportalwp-
contentuploads200912MANUAL-DE-NORMAS-atualizada-conforme-NBR-14724-de-
abril-de-2011-1-31pdfgt Acesso em 10 dez 2012
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
72 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Minas Gerais ndash Uberlacircndia ndash
Infograacuteficos evoluccedilatildeo populacional e piracircmide etaacuteria Disponiacutevel em lt httpwwwcidadesibgegovbrpainelpopulacaophplang=ampcodmun=317020ampsearch=mina
s-gerais|uberlandia|infogrE1ficos-evoluE7E3o-populacional-e-pirE2mide-
etE1riagt Acesso em 12 jan 2013
INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaacuteria Meteorologia
Aeronaacuteutica Disponiacutevel em lt httpwwwinfraerogovbrindexphpbrmeteorologia-
aeronauticahtmlgt Acesso em 27 nov 2014
MINISTEacuteRIO DA DEFESA Comando da Aeronaacuteutica Meteorologia Manual de Coacutedigos
Meteoroloacutegicos (MCA 105-10) 2012 252 p
______ Comando da Aeronaacuteutica Meteorologia Manual de Estaccedilotildees Meteoroloacutegicas de
Superfiacutecie (MCA 105-2) 2011 60 p
MONTEIRO Carlos Augusto de Figueiredo Teoria e clima urbano Satildeo Paulo
Universidade de Satildeo Paulo ndash Instituto de Geografia (IGEOG-USP) 1976 (Seacuterie Teses e
Monografias ndeg 25) 181 p
NOVAIS Giuliano Tostes Caracterizaccedilatildeo Climaacutetica da Mesorregiatildeo do Triacircngulo
MineiroAlto Paranaiacuteba e do Entorno da Serra da Canastra (MG) 2011 80 f
Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Geografia) - Instituto de Geografia Universidade Federal de
Uberlacircndia Uberlacircndia 2011 Disponiacutevel em
lthttprepositorioufubrhandle1234567891195gt Acesso em 07 nov 2012
OUTAtildeO Antonio Ricardo Ribeiro BARROS Airton Bodstein de Alternativa contra
descargas atmosfeacutericas para novos preacutedios da UFF In SEMINAacuteRIO INTERNACIONAL DE
DEFESA CIVIL 5 2009 Satildeo Paulo Anais p 1-11 Disponiacutevel em lt
httpwwwdefesaciviluffbrdefencil_5Artigo_Anais_Eletronicos_Defencil_11pdf gt
Acesso em 05 maio 2013
PINTO JR Osmar A arte da guerra contra os raios Satildeo Paulo Oficina de Textos 2005
PINTO JR Osmar PINTO Iara de Almeida Relacircmpagos Satildeo Paulo Brasiliense 1996
PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLAcircNDIA Secretaria Municipal de Planejamento
Urbano Banco de Dados Integrados Volume I 2011 43 p Disponiacutevel em lt
httpwwwuberlandiamggovbruploadscms_b_arquivos1428pdfgt Acesso em 02 fev
2013
PRETOR-PINNEY Gavin Guia do observador de nuvens Traduccedilatildeo de Claacuteudio
Figueiredo Rio de Janeiro Intriacutenseca 2008
REIS Ruibram Januaacuterio dos Mapeando a climatologia das descargas atmosfeacutericas em
Minas Gerais utilizando dados de 1989 a 2002 ndash uma anaacutelise exploratoacuteria 2005 216 f
Tese (Doutorado em Geografia) PUC Minas Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lt
httpwwwbibliotecapucminasbrtesesTratInfEspacial_ReisRJ_1pdfgt Acesso em 15 fev
2013
SECRETARIA DE AVIACcedilAtildeO CIVIL DA PRESIDEcircNCIA DA REPUacuteBLICA Agecircncia
Nacional de Aviaccedilatildeo Civil ndash ANAC Aeroacutedromos Puacuteblicos Brasiacutelia 2013 Disponiacutevel em lt
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
73 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
httpwwwanacgovbrConteudoaspxslCD_ORIGEM=8ampttCD_CHAVE=118gt Acesso
em 06 jun 2013
SILVA Nathalie Ribeiro Caracterizaccedilatildeo do regime climaacutetico regional uma anaacutelise dos
paracircmetros de temperatura precipitaccedilatildeo balanccedilo hiacutedrico do Triacircngulo Mineiro ndash MG 2010 59 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Geografia) Uberlacircndia Universidade Federal de
Uberlacircndia ndash Instituto de Geografia 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwgeografiaememoriaigufubrdownloadsnathalie_ribeiro_silvapdf gt Acesso em
21 dez 2012
SONNEMAKER Joatildeo Baptista Meteorologia Satildeo Paulo Asa 1991
STEacuteFANI Rodrigo Verardino de Metodologia de projeto de sistema de proteccedilatildeo contra
descargas atmosfeacutericas para edifiacutecio residencial 2011 54 f Monografia (Graduaccedilatildeo em
Engenharia Eleacutetrica) Satildeo Paulo Universidade de Satildeo Paulo 2011 Disponiacutevel em lt
wwwtccscuspbrgt Acesso em 15 fev 2013
VAREJAtildeO-SILVA Maacuterio Adelmo Meteorologia e Climatologia Recife versatildeo digital
2005 Disponiacutevel em lt
httpwwwicatufalbrlaboratorioclimadatauploadspdfMETEOROLOGIA_E_CLIMATO
LOGIA_VD2_Mar_2006pdfgt Acesso em 10 jan 2011
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
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Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
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Geral ndash Nebulosidade ndash Nuvens Satildeo Joseacute dos Campos 2003 27 p
______ Instituto do Controle do Espaccedilo Aeacutereo (ICEA) Operaccedilatildeo de estaccedilatildeo meteoroloacutegica
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Operaccedilotildees Divisatildeo de Meteorologia Aeronaacuteutica Cuidado Cumulonimbus na Aacuterea
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Acesso em 16 de nov 2012
DIAS Rosilene N MESQUITA Claacuteudia R VISACRO Silveacuterio Aplicaccedilotildees de mapas de
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2009 Belo Horizonte Anais Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais
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2013
ELAT Grupo de Eletricidade Atmosfeacuterica Infograacutefico ndash Mortes por Raios Disponiacutevel em
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Acesso em 21 fev 2013
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abril-de-2011-1-31pdfgt Acesso em 10 dez 2012
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
72 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Minas Gerais ndash Uberlacircndia ndash
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Aeronaacuteutica Disponiacutevel em lt httpwwwinfraerogovbrindexphpbrmeteorologia-
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21 dez 2012
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Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
72 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaacuteria Meteorologia
Aeronaacuteutica Disponiacutevel em lt httpwwwinfraerogovbrindexphpbrmeteorologia-
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MINISTEacuteRIO DA DEFESA Comando da Aeronaacuteutica Meteorologia Manual de Coacutedigos
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PINTO JR Osmar PINTO Iara de Almeida Relacircmpagos Satildeo Paulo Brasiliense 1996
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2013
PRETOR-PINNEY Gavin Guia do observador de nuvens Traduccedilatildeo de Claacuteudio
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REIS Ruibram Januaacuterio dos Mapeando a climatologia das descargas atmosfeacutericas em
Minas Gerais utilizando dados de 1989 a 2002 ndash uma anaacutelise exploratoacuteria 2005 216 f
Tese (Doutorado em Geografia) PUC Minas Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lt
httpwwwbibliotecapucminasbrtesesTratInfEspacial_ReisRJ_1pdfgt Acesso em 15 fev
2013
SECRETARIA DE AVIACcedilAtildeO CIVIL DA PRESIDEcircNCIA DA REPUacuteBLICA Agecircncia
Nacional de Aviaccedilatildeo Civil ndash ANAC Aeroacutedromos Puacuteblicos Brasiacutelia 2013 Disponiacutevel em lt
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
73 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
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SONNEMAKER Joatildeo Baptista Meteorologia Satildeo Paulo Asa 1991
STEacuteFANI Rodrigo Verardino de Metodologia de projeto de sistema de proteccedilatildeo contra
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2005 Disponiacutevel em lt
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LOGIA_VD2_Mar_2006pdfgt Acesso em 10 jan 2011
Anaacutelise da Variabilidade das Trovoadas e Exibiccedilatildeo de Iacutendice Ceraacuteunico entre os
Anos de 1998 a 2012 no Aeroporto de UberlacircndiaMG
Fabiano Ferfoglia Ribeiro Giuliano Tostes Novais
73 OBSERVATORIUM Revista Eletrocircnica de Geografia v6 n17 p 52-73 out 2014
httpwwwanacgovbrConteudoaspxslCD_ORIGEM=8ampttCD_CHAVE=118gt Acesso
em 06 jun 2013
SILVA Nathalie Ribeiro Caracterizaccedilatildeo do regime climaacutetico regional uma anaacutelise dos
paracircmetros de temperatura precipitaccedilatildeo balanccedilo hiacutedrico do Triacircngulo Mineiro ndash MG 2010 59 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Geografia) Uberlacircndia Universidade Federal de
Uberlacircndia ndash Instituto de Geografia 2010 Disponiacutevel em lt
httpwwwgeografiaememoriaigufubrdownloadsnathalie_ribeiro_silvapdf gt Acesso em
21 dez 2012
SONNEMAKER Joatildeo Baptista Meteorologia Satildeo Paulo Asa 1991
STEacuteFANI Rodrigo Verardino de Metodologia de projeto de sistema de proteccedilatildeo contra
descargas atmosfeacutericas para edifiacutecio residencial 2011 54 f Monografia (Graduaccedilatildeo em
Engenharia Eleacutetrica) Satildeo Paulo Universidade de Satildeo Paulo 2011 Disponiacutevel em lt
wwwtccscuspbrgt Acesso em 15 fev 2013
VAREJAtildeO-SILVA Maacuterio Adelmo Meteorologia e Climatologia Recife versatildeo digital
2005 Disponiacutevel em lt
httpwwwicatufalbrlaboratorioclimadatauploadspdfMETEOROLOGIA_E_CLIMATO
LOGIA_VD2_Mar_2006pdfgt Acesso em 10 jan 2011