ANÁLISE DA PROVINHA BRASIL DE 2015 E 2016 SOB A...
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ISSN 2176-1396
ANÁLISE DA PROVINHA BRASIL DE 2015 E 2016 SOB A ÉGIDE DOS
GÊNEROS TEXTUAIS NA SEMED/MANAUS.
Vanessa Cardoso dos Santos Souza1 - SEMED
Nataliana de Souza Paiva2 - UNINORTE
Eixo– Avaliação da Educação
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
Este trabalho é o resultado de relato de experiência a partir do trabalho de análise dos resultados
educacionais da Secretaria Municipal de Educação –SEMED/Manaus realizada pela Divisão de
Avaliação e Monitoramento - DAM. Os dados com os resultados de todas as avaliações externas
e em larga escala são tratados, interpretados pedagogicamente e transformados em relatórios
pedagógicos neste setor por duas assessoras e depois são enviados às escolas, aos professores,
gestores e alunos, como também aos setores macros da Secretaria como à Divisão Distrital
Zonal - DDZ, que trata das operações administrativas e pedagógicas divididas em sete zonas da
cidade. Os objetivos da pesquisa são compreender os processos da avaliação educacional e a
Provinha Brasil; analisar os gêneros textuais como suporte para entender o item e realizar uma
análise dos resultados dos alunos da Zona Leste de Manaus a partir dos itens Língua Portuguesa
no guia da Provinha Brasil do teste 02 dos anos de 2015 e 2016. Enquanto procedimentos
metodológicos utilizamos a revisão de literatura sobre a Provinha Brasil (BRASIL, 2015,
2016); sobre os elementos que fazem parte da elaboração de itens Depresbiteris (2009) e para
gêneros textuais Marcuschi (2003), Távora (2008), Maingueneau (2013); Motta-roth (2011),
como também pesquisa quantitativa dos dados recolhidos e tratados pelas pesquisadoras sobre
a frequência dos descritores, dos gêneros textuais usados como texto-base nos itens da Provinha
Brasil e seus reflexos no desempenho dos alunos das escolas localizadas na DDZ Leste I da
SEMED/Manaus. Os resultados mostram que a prova tem em média 50% dos descritores D6,
D7, D8, D9 e D10, estas também mais presença de conto literário, de fragmento de divulgação
científica, texto instrucional e de fragmento de reportagem do que outros gêneros e por fim que
existe geralmente são mais difíceis para os alunos responderem.
Palavras-chave: Avaliação externa. Provinha Brasil. Gêneros textuais.
1 Especialista em Gestão do Currículo e desenvolvimento de práticas pedagógicas pela Universidade Estadual do
Amazonas. Assessora Pedagógica da Divisão de Avaliação e Monitoramento da SEMED/MANAUS, trabalha com
a análise dos resultados das avaliações externas. E-mail: [email protected]. 2Mestre em Educação pela Universidade Federal do Amazonas. Professora do Curso de Pedagogia do Centro
Universitário do Norte - Uninorte e a Assessora Pedagógica da Divisão de Avaliação e Monitoramento da
SEMED/MANAUS, trabalha com a análise dos resultados das avaliações externas. E-mail:
2742
Introdução
O cenário de Avaliação Educacional no Brasil, difundiu-se nos estados e municípios
uma cultura de avaliação externas e em larga escala, devido à necessidade por informações mais
rápidas, precisas e próximas da realidade dos estudantes de cada rede de ensino. Alguns estado
e municípios brasileiros criaram seus próprios sistemas de avaliação, administrando seus testes.
Em 2007, com os indicadores gerados pelo Sistema de Avaliação da Educação -SAEB,
destacando-se o desempenho em Leitura e interpretação, o Ministério da Educação e Cultura –
MEC - e do Plano Nacional de Metas – Compromisso Todos pela Educação, destacou a
necessidade de avaliar, por meio da Provinha Brasil, a eficácia do processo de alfabetização das
crianças nas escolas públicas.
A SEMED/Manaus seguindo a mesma tendência desde de 2007 vem aplicando os testes
da Provinha Brasil aos alunos do 2ª ano do ensino fundamental, mas este ano com o ofício nº
127/2017/ GAB-INEP, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira – INEP, tornou público a decisão da não realização da Provinha Brasil a partir do ano
de 2017, alegando já avaliar o processo de alfabetização por meio da Avaliação Nacional da
Alfabetização – ANA e a necessidade de revisão das Matrizes de Referência da Provinha Brasil
pela Base Nacional Comum, salientamos que esta decisão desfavorecerá as escolas quanto ao
desempenho dos estudantes no processo de alfabetização.
Neste sentido, optamos como o cerne dessa pesquisa a análise das questões da Provinha
Brasil, porque acreditamos que as habilidades adotadas por esta avaliação em leitura fornecer
informações relevantes em função dos objetivos que lhe aferem e ainda considerando ressaltar
a importância de seus resultados, tanto como diagnóstico, quanto para reorganização do
planejamento do professor para as escolas do município.
Desta forma, começaremos pela compreensão dos processos da avaliação educacional e
a Provinha Brasil; depois o entendimento dos gêneros textuais como texto-base para construção
do item e realizar uma análise dos resultados dos alunos da Zona Leste de Manaus a partir dos
itens Língua Portuguesa no guia da Provinha Brasil do teste 02 dos anos de 2015 e 2016.
1. Processos avaliativos e a Provinha Brasil
Preocupado com o cenário educacional do país, o Governo Federal teve a incumbência
de implementar políticas públicas e governamentais na educação. Para tanto, o MEC instituiu
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o SAEB. Esse Sistema, por meio da Avaliação Nacional da Educação Básica - Aneb avalia a
qualidade e equidade do ensino ministrado nas escolas públicas e privadas, os resultados são
divulgados para unidades da federação, regiões e Brasil.
Desde então, o INEP vem produzindo indicadores sobre o sistema educacional brasileiro
mediante as avaliações em larga escala. Destacamos as principais avaliações: a Provinha Brasil,
a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), a Anresc (Prova Brasil), o Exame Nacional para
Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) e o Exame Nacional do Ensino
Médio (ENEM).
A Provinha Brasil, foi pensada em 2007, a partir do Plano de Metas Compromisso Todos
pela Educação na qual no art. 2º, inciso II, do Decreto nº 6.094, de abril de 2007 que estabelece
a alfabetização de crianças, até no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por
exame periódico específico.
Mediante a todo esse cenário é relevante pensar que “ a complicada relação entre
escolarização e desenvolvimento econômico, social e individual tem balizado o empenho dos
organismos internacionais e dos governos em evidenciar esforços para a melhoria da
alfabetização” (2014, p. 112).
No ano seguinte, foi aplicada a primeira edição da Provinha Brasil em aproximadamente
3.133 municípios e 22 Unidades Federativas composta por 27 questões de leitura e escrita. Para
essa aplicação, o MEC/FNDE disponibilizou tanto o material impresso no teste 1 e também em
mídia a partir do teste 2 com download na página do Inep.
Segundo o INEP, na Portaria Normativa nº 10, de 26 de abril de 2007 são objetivos da
Provinha Brasil, enquanto avaliação diagnóstica:
a) avaliar o nível de alfabetização dos educandos nos anos iniciais do ensino
fundamental;
b) oferecer às redes e aos professores e gestores de ensino um resultado da
qualidade da alfabetização, prevenindo o diagnóstico tardio das dificuldades de
aprendizagem;
c) concorrer para a melhoria da qualidade de ensino e redução das desigualdades,
em consonância com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes da
educação nacional.
Neste sentido, para avaliar o nível de alfabetização, as primeiras edições traziam um
diagnóstico voltado exclusivamente para a leitura, só a partir de 2011, passou para 40 questões
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sendo 20 de leitura e 20 para o monitoramento das habilidades de Matemática. Corroborando
com este sentido diagnóstico Luckesi (2008) entende que para uma perspectiva diagnóstica de
avaliação, esta precisa servir para democratização do ensino.
Desta maneira, garantindo o acompanhamento do processo de alfabetização por
professores, pedagogos e gestores das escolas públicas longe das cobranças classificatórias,
uma vez que a avaliação diagnóstica serve “como um instrumento de compreensão do estágio
de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e
satisfatórias para que possa avançar no seu de aprendizagem” (LUCKESI, 2008, p. 81).
A cada ano essa avaliação é composta pelos testes de leitura, considerando três eixos:
Apropriação do sistema de escrita, Leitura e Compreensão e valorização da cultura escrita e de
Matemática que compreende quatro eixos: Números e operações, Geometria, Grandezas e
medidas e Tratamento da informação.
Participar desse processo é opcional, a aplicação fica a critério de cada Secretaria de
Educação das Unidades Federativas mediante um termo de adesão assinado pelo Secretário (a)
de Educação e cada escola recebeu até 2015 kit impresso da Provinha Brasil, composto por
Caderno do Aluno com teste de Leitura e de Matemática, Guia de Aplicação com
procedimentos para aplicação e o Guia de Correção e Interpretação de Resultados, mas em 2016
já foi apenas disponibilizado no site INEP e quem quisesse aplicá-lo teria que imprimi-lo.
Em 2015, o Inep desenvolveu um Sistema online com o objetivo de analisar os dados e
gerar relatórios, para que o professor tivesse os dados de forma rápida e sistêmica. Em 2016,
cada professor já pôde lançar os dados no Sistema, obtendo a análise e relatórios com mais
precisão, assim reorganizar, caso necessário, a prática pedagógica da área do conhecimento
avaliada.
Seus resultados permitem aos professores identificarem o que foi agregado na
aprendizagem das crianças dentro do período avaliado, bem como as habilidades que precisarão
desenvolver, o próprio caderno de Guia de Correção e Interpretação de Resultados traz
sugestões de como fazer potencializar isso na sala de aula.
O foco desta pesquisa está no Eixo 02 da Matriz de Referência desta Provinha Brasil
teste 02 dos anos de 2015 e 2016 nos descritores D6, D7, D8, D9 e D10, todos que usam como
gêneros textuais, enquanto suporte para elaboração de itens de avaliações, como veremos a
seguir.
2. Os Gêneros Textuais como texto-base (suporte) para entender o Item
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Para que não se confunda texto-base para elaboração de itens de avaliações com suporte
entendemos ser relevante trazer alguns estudos relacionados ao significado de Gênero
Textual/Discurso e suporte. Hoje, há muitas literaturas referentes em GTs, no entanto citamos
quatro autores renomados da área de linguística para a definição dos GTs: Bakhitin (1997),
Marcuschi (2008), Bonini (2011) e Motta-Roth (2011). Para a definição de suporte, embasamo-
nos nos autores: Maingueneau (2013), Marcuschi (2003) e Távora (2008).
Segundo Bakhtin nos gêneros textuais apresentam-se como gêneros do discurso, e são
tipos relativamente estáveis de enunciados produzidos pelas mais diversas esferas da atividade
humana (1997). Para o autor, o gênero pode sofrer mudanças de acordo com a situação em que
é empregado, por exemplo quando é empregamos ao desde um simples e-mail com uma
linguagem mais formal e/ou rebuscada ao seu chefe do que enviaria a um colega.
Em consonância com Bakhitin (1997), para Marcuschi (2008), os gêneros são entidades
empíricas em situações comunicativas e se expressam em designações diversas, constituindo
em princípio listagens abertas (2008, p.155). Assim, mediante a comunicação, os gêneros vão
se adaptando conforme a necessidade de um dado grupo de indivíduos e/ou sociedade, sob
inferência do contexto histórico e social do processo comunicativo.
Temos ainda Bonini (2011, p. 63) que conceitua gênero como “um conjunto de
características mais ou menos estáveis, responsáveis pela realização de ações e práticas sociais
que se materializam como texto‖. Para o autor o gênero nada mais é do que um conjunto de
práticas”. No caso de um bilhete, além do emissor (quem escreve - escrita) e do receptor (quem
ler - leitura), ainda há a escolha do papel que será utilizado para a escrita, que caneta escrever,
em que local deixar.
Motta-Roth (2011) estuda o gênero como fenômeno estruturador da “cultura” que, por
sua vez, constitui como um conceito complexo, que pode sofrer vários recortes (2011, p.156).
Para a autora os mais variados gêneros estão contidos nas atividades humanas de um
determinado grupo social, por exemplo: cartas pessoais trocadas por amigas adolescentes,
entrevista para emprego, orçamento de um empresário a um cliente.
Seja gênero textual ou discursivo, todos os autores concordam que o gênero mudará de
acordo com a situação em que está sendo recebido, considerando o ambiente, a cultura (alguns
casos) e/ou a intenção do emissor.
A organização do suporte para Maingueneau (2013) está relacionada à sua
funcionalidade, localidade e momento legítimo, suporte material e organização textual.
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[...] uma modificação do suporte material de um texto modifica radicalmente um
gênero de discurso: um debate político pela televisão é um gênero de discurso
totalmente diferente de um debate em sala de aula para um público exclusivamente
formado por ouvintes presentes. (MAINGUENEAU, 2013, p. 68).
Para Marcuschi (2003), suporte é “um locus físico ou virtual com formato específico
que serve de base ou ambiente de fixação do gênero materializado como texto” (2003, p. 11).
O autor entende que existem duas formas de suporte: o convencional (elaborado exatamente
com o objetivo de portar textos) e o incidental (que apresenta outros objetivos, mas
eventualmente pode servir como base de fixação de textos).
Na concepção de Bonini (2011) suporte é um portador de textos e estão divididos em
duas formas de suporte; os físicos (o álbum, o outdoor, etc.) e os convencionados (o jornal, a
revista, etc.). Para o autor o gênero e suporte não são categorias tão independentes como
pensada em Marcuschi (2013).
Távora (2008) em sua tese vê o suporte como uma entidade de interação, que se realiza
graças a uma materialidade formalmente organizada, que permite que se avaliem os processos
de difusão aos quais os gêneros estão submetidos sejam eles + orais ou + escritos. Ele divide o
suporte em três componentes: registro, atualização e acesso, compreendendo o suporte como
uma entidade que estabelece interação.
Assim, para compreendermos como os gêneros textuais são usados como texto-base nos
itens da Provinha Brasil, comecemos por entender que “um item consiste na unidade básica de
um instrumento de coleta de dados, que pode ser uma prova, um questionário etc” (Brasil Inep,
2006).
Um item na Provinha Brasil é constituído de texto-base (unidade de comunicação verbal
e não verbal) comando (explicitação do desafio para o desenvolvimento da habilidade),
distratores (opções incorretas) e gabarito (opção correta), as justificativas e comentários e só
pode avaliar uma única especificação da habilidade no caso de língua portuguesa.
Segundo o Guia de elaboração de Itens - Provinha Brasil (2012), esse texto base/suporte
serve para auxiliar na contextualização do problema a ser resolvido pelo estudante e deve conter
informações necessárias para a resolução do problema proposto. O Guia também nos deixa
algumas recomendações quanto a esse texto base/suporte:
Selecionar textos significativos, interessantes e atrativos aos alunos;
Apresentar os textos cm referência bibliográfica completa;
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Ao utilizar fragmento de textos, eles deverão ser identificados logo após o título
e devem possuir sentido completo;
Os textos devem seguir a mesma estrutura gráfica utilizada na fonte;
Os textos não podem ser muito extensos.
Quando se planeja um instrumento (avaliativo), deve-se pensar sobre quais as suas
finalidades (DEPRESBITERIS; TAVARES, 2009). Por tanto, ao se elaborar um item, devemos
ter muito claro a habilidade que será testada, escolhendo e/ou construindo o problema do texto-
base, pois este precisa servir como auxílio na compreensão do que foi solicitado, como deixa
muito claro o Guia de Elaboração de itens da Provinha Brasil (2012), que sugere diversificar os
gêneros textuais, utilizar situações ou contextos próximos da realidade, ainda temáticas ligadas
ao contexto infantil e sempre que possível levar em consideração o universo infantil.
A escolha do gênero textual é fundamental para o estudante na hora de responder seu
teste, pois quanto maior a variedade de gêneros textuais, maior será o reconhecimento
diagnóstico que o professor receberá de sua turma, podendo reorganizar suas aulas para que o
estudante passe a conhecer os mais variados gêneros textuais. Portanto,
O professor pode contribuir na formação de um leitor autônomo se gerar condições
didáticas que articulem as diversas habilidades presentes no exercício da leitura, como
a antecipação de sentidos do texto, a decodificação do código escrito, a verificação e
a confirmação das hipóteses levantadas antes da leitura, a inferência e a seleção de
informações. (KOCHE; MARINELLO; BOFF, 2012, p. 11).
Dessa forma, com ações dinâmicas e integradoras o professor contribuirá para uma
aprendizagem significativa e levará o estudante, a reconhecer e usar os gêneros mais variados
no seu cotidiano, como também em avaliações como a Provinha Brasil.
Os gêneros textuais são um dos meios pela qual a leitura é inserida no contexto social,
pois, são nossa forma de inserção, ação e controle social no dia-a-dia (MARCUSCHI, 2013).
Assim, os Gêneros Textuais mediante suportes vistos nas avaliações externas, como a
Provinha Brasil, têm contribuído no desenvolvimento das habilidades relativas à alfabetização
e letramento, apoiando o trabalho do professor na reorganização das aulas, fazendo-o refletir
que não se pode estagnar em um grupo de gêneros textuais, pois como visto em Marcuschi
(2013), o suporte não é neutro e o gênero não fica indiferente a ele (2013, p. 13), e para que o
estudante compreenda o item é importante que ele tenha internalizado as variedades discursivas
trazidas pelos gêneros textuais em um determinado suporte.
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3. Análise dos Gêneros textuais usados nos descritores – D6, D7, D8, D9 e D10 da Matriz
da Provinha Brasil 2015 e 2016.
Esta pesquisa tem como objetivo entender os reflexos dos gêneros textuais utilizados
nos testes 02 da Matriz da Provinha Brasil 2015 e 2016 nos descritores D6, D7, D8, D9 e D10,
a frequência das habilidades, quanto cada uma delas representam a Prova e quais os gêneros
textuais foram utilizados com texto-base e o desempenho dos alunos Secretaria Municipal de
Educação de Manaus, da Divisão Distrital Zonal – DDZ Leste 01 nestas avaliações para que o
diagnóstico da situação dos alunos.
Abaixo veremos a análise da frequência e percentual dos descritores nas Provinhas Teste
02 de 2015 e 2017.
Tabela 1 – Dados sobre a Frequência e Percentual dos Descritores na Provinha Brasil 2015 e 2016.
2º EIXO Leitura Fr - Provinha
Brasil/2015
Fr - Provinha
Brasil/2016
% de
2015
% de
2016
D6 – Localizar
informação
explícita em textos.
D6.1 – Localizar informação
explícita em textos. 2 1 10 % 5%
D7 – Reconhecer
assunto de um texto
D7.1 – Reconhecer o assunto do
texto com apoio das características
gráficas e do suporte.
1 0 % 5%
D7.2 – Reconhecer o assunto do
texto com base no título. 1 2 5 % 10%
D7.3 – Reconhecer o assunto do
texto a partir da leitura individual
(sem apoio das características
gráficas ou do suporte).
3 1 15% 5%
D8 – Identificar a
finalidade do texto.
D8.1 – Reconhecer a finalidade do
texto com apoio das características
gráficas do suporte ou do gênero.
1 2 5% 10%
D8.2 – Reconhecer a finalidade do
texto a partir da leitura individual
(sem apoio das características
gráficas do suporte ou do gênero).
1 5% 0%
D9 – Estabelecer
relação entre partes
do texto.
D9.1 – Identificar repetições e
substituições que contribuem para
a coerência e coesão textual.
1 1 5% 5%
D10 – Inferir
informação.
D10.1 – Inferir informação. 2 1 10% 5%
Total 11 9 55% 45%
Fonte: Dados organizados pelas autoras, com base nas análises da Provinha Brasil 2015 e 2016.
Diante dos dados podemos notar que alguns descritores se fizeram mais frequentes
nessas avaliações o D6.1 – Localizar informação explícita em textos; D7.2 – Reconhecer o
assunto do texto com base no título; D8.1 – Reconhecer a finalidade do texto com apoio das
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características gráficas do suporte ou do gênero; e o D10.1 – Inferir informação com 15% de
frequência nas duas provas. Ainda, o D7.3 – Reconhecer o assunto do texto a partir da leitura
individual (sem apoio das características gráficas ou do suporte) com 20% somando a
frequência nas duas avaliações.
Percebe-se uma preocupação do INEP na elaboração da Matriz de Encomenda da
Provinha Brasil com a o tamanho do texto, sequência da apresentação das ideias e localização
da informação no corpo do texto (início, meio ou fim).
Com relação a diversidade de texto-base com gêneros textuais verbais, percebemos a
diversificação já não se apresenta tão variada, com a presença de 15% de conto literário, 30%
de fragmento de divulgação científica, 15% de texto instrucional e 10% de fragmento de
reportagem.
Tabela 2 – Dados sobre a Frequência e Percentual dos Texto-Base de gêneros textuais verbais dos
descritores estudados da Provinha Brasil 2015.
Provinha Brasil - 2015 Fr %
Conto 3 15
Lei 1 5
em fragmento de divulgação científica 3 15
Convite 1 5
História em Quadrinho 1 5
Tirinha 1 5
Instrucional: regras de jogos 1 5
Total 11 55
Fonte: Dados organizados pelas autoras, com base nas análises da Provinha Brasil 2015.
Tabela 3 – Dados sobre a Frequência e Percentual dos Texto-Base de gêneros textuais verbais dos
descritores estudados da Provinha Brasil 2016.
Provinha Brasil - 2016 Fr %
em fragmento de divulgação científica 3 15
Instrucional 2 10
fragmento de reportagem. 2 10
em apresentação de livro 1 5
Fábula 1 5
Total 9 45
Fonte: Dados organizados pelas autoras, com base nas análises da Provinha Brasil 2016.
Mesmo que as escolas tivessem que pôr os dados referentes a Provinha Brasil no Sistema
do INEP, a DAM fez suas análises a partir de planilhas enviadas pelas escolas para
gerenciamento das informações da Rede, com isso apresentaremos informações desses
relatórios.
2750
Nesta perspectiva, apresenta-se os resultados da aplicação da Provinha Brasil de Leitura
(Teste-2 2015 e 2016) na Divisões Distritais Zonais – DDZ Leste 01 Rede Municipal de
Manaus, que apresentou uma melhoria 5% no resultado voltado ao nível de leitura de 2015 para
2016.
Tabela 3 – Percentual de Alunos por Nível de Desempenho em Leitura da DDZ Leste 01.
NÍVEL DE
DESEMPENHO
TESTE 2 - 2015 TESTE 2 - 2016
% de Desempenho do
alunos
% de Desempenho do
alunos
NÍVEL 1 0% 1%
NÍVEL 2 2% 2%
NÍVEL 3 13% 8%
NÍVEL 4 18% 17%
NÍVEL 5 67% 72%
TOTAL 100% 100%
Fonte: Dados organizados pelas autoras, com base nas análises da Provinha Brasil 2016.
Na Divisão Distrital Zona Leste 1 participaram da Avaliação da Provinha em Leitura
3.016 alunos na 2ª aplicação de 2015 e 4.024 alunos na 2ª aplicação de 2016. Os estudantes
neste nível já avançaram expressivamente no processo de alfabetização e letramento, além das
habilidades dos níveis anteriores demonstram ainda reconhecer o assunto de um texto longo
com base no título; reconhecer o assunto de textos médios por meio de inferências, a partir de
leitura individual; identificar informação explícita não trivial; inferir informação não trivial em
textos médios com base em leitura individual ou com o apoio de leitura pelo aplicador;
reconhecer a finalidade de um texto de construção complexa lido silenciosamente com o apoio
de suporte.
Todos esses dados fazem-se necessário para a entendermos que melhorar os níveis de
aprendizagem neste tido de prova precisam que o sistema de ensino municipal junto aos seus
setores competentes ajude a escolas e professores nas escolas a oferecer muito mais do que uma
diversidade de possibilidades de gêneros textuais aos seus alunos, mas que estimule as
competências leitoras dos mesmos.
Para Gontijo (2014) afirma que mesmo os resultados os resultados não serem utilizados
pelo MEC para compor o Índice de Desempenho da Educação Básica – IDEB, é preciso tomar
cuidado para não transforma as escolas em “vestibulinho” e não organizarem seu proposta
curricular e ensino a partir de uma matriz de referência, como a da Provinha Brasil.
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Considerações Finais
A Provinha Brasil tem como objetivo ser uma avaliação diagnóstica, é aplicada aos
estudantes no 2º ano de escolarização das escolas públicas do País. Assim, os resultados
apresentados nesta comunicação possibilitam o acompanhamento do desenvolvimento
cognitivo dos estudantes pela Divisão Distrital Zonal Leste 01, dando possibilidades de
promoverem ações estratégicas para a correção ou avanço do processo educacional nas turmas
de 3º ano do ensino fundamental.
Os resultados mostram que a prova tem em média 50% dos descritores D6, D7, D8, D9
e D10, estas também mais presença de conto literário, de fragmento de divulgação científica,
texto instrucional e de fragmento de reportagem do que outros gêneros e por fim que existe
geralmente são mais difíceis para os alunos responderem.
Por fim, é importante ressaltar que por todos esses anos a Provinha Brasil, foi
fundamental para o auxílio aos professores, diretores e pedagogos quanto ao nível de
desempenho do estudante, pois enquanto diagnóstica, contribui com os setores das áreas afins
nas orientações às escolas quanta a correção de insuficiências apresentadas nas áreas de leitura
e escrita da SEMED/Manaus, respectivamente da DDZ Leste I.
REFERÊNCIAS
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