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ANÁLISE DA CAPACIDADE DE RESPOSTA DO SETOR DE ENGENHARIA ATRAVÉS DO ESTUDO DOS SEUS ÍNDICES DE AUTOMAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA PRODUTORA DE VÁLVULAS. Moises dos Santos Rocha (UEMA ) [email protected] Oswaldo Luiz Agostinho (UNICAMP ) [email protected] As condições de negócios atuais forçam as empresas competirem através das cadeias de valor das quais fazem parte e não mais como unidades de negócios individuais. Para poderem competir eficientemente devem lançar mão de metodologias ou modeelos que as ajudem a se tornarem mais eficientes no atendimento dos seus clientes. Nesse contexto, propõe-se a aplicação de um modelo de analise de integração através dos índices de automação. Este modelo pode auxiliar as organizações a identificarem suas ineficiências pertinentes aos sistemas de manufatura. Assim, este trabalho consiste na aplicação deste modelo no setor de engenharia de uma indústria dedicada a produção de válvulas de aço industriais. Para a realização desse trabalho foi estabelecido o seguinte objetivo geral: identificar os níveis de integração de um processo de negócios de uma empresa através de índices de automação de suas subatividades. A abordagem metodológica utilizada inclui pesquisa de campo, bibliográfica e estudo de caso. Conclui-se que o modelo de analise de integração através de índices de automação apresenta-se muito útil na identificação e análise de ineficiências do sistema de manufatura, indicando que o setor de engenharia da empresa analisada, nesse estudo, não apresenta características de integração, devendo sofrer ajustes para atender tal requisito. Palavras-chave: Automação, Índices de automação, Integração da Manufatura, Processo de Engenharia, Indústria de válvulas. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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ANÁLISE DA CAPACIDADE DE

RESPOSTA DO SETOR DE

ENGENHARIA ATRAVÉS DO ESTUDO

DOS SEUS ÍNDICES DE AUTOMAÇÃO:

UM ESTUDO DE CASO EM UMA

INDÚSTRIA PRODUTORA DE

VÁLVULAS.

Moises dos Santos Rocha (UEMA )

[email protected]

Oswaldo Luiz Agostinho (UNICAMP )

[email protected]

As condições de negócios atuais forçam as empresas competirem

através das cadeias de valor das quais fazem parte e não mais como

unidades de negócios individuais. Para poderem competir

eficientemente devem lançar mão de metodologias ou modeelos que as

ajudem a se tornarem mais eficientes no atendimento dos seus clientes.

Nesse contexto, propõe-se a aplicação de um modelo de analise de

integração através dos índices de automação. Este modelo pode

auxiliar as organizações a identificarem suas ineficiências pertinentes

aos sistemas de manufatura. Assim, este trabalho consiste na aplicação

deste modelo no setor de engenharia de uma indústria dedicada a

produção de válvulas de aço industriais. Para a realização desse

trabalho foi estabelecido o seguinte objetivo geral: identificar os níveis

de integração de um processo de negócios de uma empresa através de

índices de automação de suas subatividades. A abordagem

metodológica utilizada inclui pesquisa de campo, bibliográfica e

estudo de caso. Conclui-se que o modelo de analise de integração

através de índices de automação apresenta-se muito útil na

identificação e análise de ineficiências do sistema de manufatura,

indicando que o setor de engenharia da empresa analisada, nesse

estudo, não apresenta características de integração, devendo sofrer

ajustes para atender tal requisito.

Palavras-chave: Automação, Índices de automação, Integração da

Manufatura, Processo de Engenharia, Indústria de válvulas.

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1. Introdução

As condições de negócios atuais forçam as empresas a competirem através das cadeias de

valor das quais fazem parte e não mais como unidades de negócios individuais.

Para que as empresas possam se sobressaírem frente à concorrência, bem como para

atingirem os níveis adequados de responsividade no atendimento aos seus consumidores

necessitam integrar seus processos tanto internamente quanto aos processos de seus parceiros

de negócios.

Uma forma possível de integração de processos das empresas consiste na automação desses

processos de modo a possibilitar a integração dos diversos processos de negócio. Desse modo,

são criadas as condições para que as empresas consigam ser competitivas.

De acordo com Agostinho (2014), sendo a atividade de engenharia um dos quatro conjuntos

processos de negócios que compõem o Sistema de Manufatura (além de chão de fábrica,

negócios e suporte), com um papel importante na sobrevivência de uma empresa, surge à

seguinte questão-chave desse trabalho: “Como identificar os níveis de integração de um

processo de negócios de uma empresa através de índices que quantifiquem os níveis de

automação suas atividades componentes?”.

Para responder a este questionamento foi estabelecido o seguinte objetivo geral: identificar os

níveis de integração de um processo de negócios de uma empresa através de índices de

automação de suas subatividades. Este objetivo foi decomposto em objetivos específicos:

Pesquisar a bibliografia;

Caracterizar a organização a ser estudada;

Identificar os índices de integração do processo de engenharia da empresa em estudo;

Avaliar as características de integração do setor de engenharia da empresa estudada.

2. Abordagem metodológica

A abordagem metodológica utilizada nesse trabalho pode ser classificada como: pesquisa de

campo, estudo de caso e pesquisa bibliográfica. A pesquisa de campo consistiu na aplicação

de um questionário (ANEXO I) para identificação dos índices de automação das atividades do

setor de engenharia da empresa em análise.

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De acordo com Lakatos e Marconi (2000), pesquisa de campo é utilizada objetivando adquirir

informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual se procura uma resposta.

Segundo Fleury et al (2012), o método de caso pode ser aplicado em diversas situações, nas

fases iniciais de uma investigação (exploração), construção da teoria (explanatório), teste de

teorias e na extensão ou refinamento de uma teoria.

A Figura 1 apresenta um modelo para a condução da pesquisa de campo desenvolvido por

Fleury et al (2012). Esse modelo apresenta os seguintes passos: definir uma estrutura

conceitual-teórica, planejar os casos, conduzir teste piloto, coletar dados, analisar os dados e

gerar relatório.

Segundo Severino (2007), a pesquisa bibliográfica tem como objetivo a analise de textos

referentes à problemática que envolve o tema, bem como informações públicas da empresa

analisada e de empresas que possuam alguma relação com esta.

Figura 1 – Condução da pesquisa de campo

Fonte: Segundo Fleury et al (2012)

Essa pesquisa pode ainda ser classificada como exploratória, como explica Severino (2007)

esse tipo de pesquisa busca apenas levantar informações sobre determinado objeto

delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação desse

objeto.

3. Fundamentação teórica

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3.1. Automação

Segundo Bittar (2014), a palavra "automação" é derivada da palavra grega "auto-matos", que

significa "ação própria". Ela refere-se a um aparato, a um processo ou a um sistema que é

capaz de operar por conta própria sem assistência externa.

Para Barbosa (2012), a palavra automação está diretamente ligada ao controle automático, ou

seja, ações que não dependem da intervenção humana. Porém Silva (2007) apud Barbosa

(2012) afirma que este conceito é discutível devido às impossibilidades da construção e da

implementação dos processos automáticos sem a presença do elemento humano.

Figura 2 - Os dez graus de automação

Fonte: Agostinho (2014)

Segundo Makris e Alexopoulos (2012) há problemas com a automação da engenharia

de produção, a geração e a execução de um projeto de engenharia de produção podem levar

um longo tempo e podem envolver várias organizações em diversas localizações geográficas.

Para os mesmos autores, outro ponto delicado reside no acompanhamento e melhoria dos

planos de produção que podem ser complexas e difíceis de serem automatizadas.

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Segundo Fantoni et al (2014), o processo de fabricação atual caracterizado por etapas do

processo manuais e complexos, tamanho de lote pequeno, um elevado número de variantes e

as propriedades difíceis dos materiais.

Agostinho (1995) faz uma classificação da automação em 10 graus como apresentado na

Figura 2. Este quadro está dividido em três colunas, a primeira apresenta os graus de

automação, atributo humano (mecanizado e automatizado) e exemplos de automação.

3.2. Processo de engenharia como subsistema da manufatura

O processo denominado Engenharia pertencente ao sistema de manufatura engloba a

engenharia de produto, engenharia de fabricação e o controle de qualidade segundo Agostinho

(2014).

A Figura 3 apresenta o processo de Engenharia como componente do Sistema de Manufatura

Simplificado desenvolvido por Agostinho (2014). Inicialmente, o Marketing coleta no

mercado as informações de aceitação e as condições de competição dos seus produtos e os

traduz em termos de simplificações, alterações e melhoria necessárias e as repassa para a

Engenharia de Produto, que desenvolve ou altera características dos produtos e/ou serviços.

A Engenharia do Produto, por sua vez, especifica novos desenhos, especificações,

necessidades de instrumentos e normas e envia tanto para Engenharia de Fabricação quanto

para o Controle de Qualidade.

Figura 3 – Processo de engenharia como componente do sistema de manufatura simplificado

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Fonte: Agostinho (2014)

3.3. Índices de automação da manufatura

Para que as informações fluam de maneira eficaz através de um Sistema de Manufatura

automatizado, os níveis de automação, das várias atividades componentes desse sistema,

devem ser compatíveis (AGOSTINHO, 1995). Caso os níveis de automação das atividades do

Sistema de Manufatura utilizem tecnologias compatíveis, segundo Agostinho (1995) o

sistema possuirá características de integração.

Com o intuito de quantificar os níveis de automação das atividades do Sistema de Manufatura

Agostinho (1995) propôs índices de automação para esse sistema. A definição de índice de

automação é feita através da seguinte relação, exposto na Equação 1.

onde:

= índice de automação (variando de 0 ≤ ≤1);

= número de atividades do homem substituídas por dispositivos aparelhos com

conceito de automação;

Equação (1)

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= número total de atividades exercidas pelo homem.

Agostinho (1995) estabelece que a faixa de valores que deve assumir 0 ≤ ≤ 1, nas

condições limites, pode-se dizer que:

= 0 → todas as atividades são exercidas pelo homem;

= 1 → todas as atividades são exercidas pelos dispositivos de automação,

substituindo as atividades correspondentes.

Dentro desse contexto, Agostinho (1995) divide o conceito de automação em automação fixa

ou rígida e automação programável.

A automação fixa ou rígida é aquela na qual a sequência das operações do roteiro de

fabricação é definida pela configuração do equipamento. As principais características da

automação rígida são: alto custo de investimento inicial; altas taxas de produção adequadas

para altos volumes; as operações básicas são normalmente simples; a integração e a

coordenação de um grande número de operações em um único equipamento tornam o sistema

complexo; sistema flexível ou rígido, as alterações no processo para permitirem alterações de

produto são difíceis e de alto custo. As linhas de transferência, máquinas indexadoras, linhas

de montagem automáticas, etc. são exemplos típicos da automação rígida. (AGOSTINHO,

1995).

De acordo com Agostinho (1995), a automação programável é feita através da troca de

programas de instrução através de programação computacional. As duas principais

características são: alto custo de investimento, tão alto quanto da automação rígida. Em

algumas aplicações, o investimento pode se tornar ainda maior que uma instalação similar

com automação rígida; a sequência de operações é controlada por um programa (de

instruções). O sistema pode ser reprogramado para se alterar a sequência de operações; a

flexibilidade torna o sistema adequado para produção em baixas quantidades de produtos

diferentes; baixas taxas de produção quando comparadas aos sistemas de automação rígidos.

São apresentados por Agostinho (1995) exemplos típicos de automação programável ou

flexível: máquinas-ferramenta comandadas numericamente (CNC). O programa CNC da peça

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controla a sequência de operações para se usinar determinada peça. Novas peças e/ou projetos

são feitos a partir de novos programas.

De acordo com as definições relacionadas aos tipos de automação, rígida e flexível,

Agostinho (1995) define os índices de automação para esses dois tipos de automação são

apresentadas pelas Equações 2 e 3.

Índice de Automação Rígida

=

onde:

= índice de automação rígida;

número de atividades do homem substituídas por dispositivos de

automação rígida;

= número total de atividades exercidas pelo homem.

Índice de Automação Programável

=

onde:

= índice de automação programável;

número de atividades do homem substituídas por dispositivos ou

aparelhos com conceito de automação programável;

= número total de atividades exercidas pelo homem.

Os limites de e de são os mesmos de . Agostinho (1995) convencionou que o índice

de automação será positivo, quando a substituição das atividades do homem for exercida

através de automação programável, e será negativo, quando as atividades do for substituída

por automação rígida.

Para realizar esta avaliação, Agostinho (1995) apresenta um modelo do Sistema de

Manufatura através quatro conjuntos de processos de negócios principais: Engenharia, Chão-

Equação (2)

Equação (3)

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de-Fábrica, Negócios e Suporte. Esses, por sua vez, são divididos em subgrupos de processos

de negócios, bem como a comunicação entre os processos de negócios é feita através de suas

interrelações internas e externas.

A análise do nível de integração proposta por Agostinho (1995) requer que os processos de

negócios do Sistema de Manufatura sejam decompostos em subatividades. Em seguida, essas

subatividades devem ser avaliadas quanto aos índices de automação que, posteriormente são

comparados para identificar se possuem índices de automação compatíveis e avaliar se o

sistema possui características de integração. A Figura 4 apresenta o modelo simplificado do

Sistema de Manufatura.

Observa-se que processos de negócios Chão-de-Fábrica encontram-se na parte central desse

modelo, possui o subgrupo de processos de negócios composto por: Transformação de Forma

e Característica, Fluxo de Materiais e Gerenciamento e Controle da Informação. As

interrelações que este processo de negócio possuem são todas internas com os demais

processos de negócios do sistema.

Figura 4 - Sistema de manufatura modelo simplificado

Fonte: Agostinho (1995)

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O processo de negócio engenharia é composto pelo subgrupo de processos de negócios:

Geração do Produto, Geração dos Meios de Manufatura e Comunicação com o Chão-de-

Fábrica. Além das interrelações internas com o Chão-de-Fábrica, possui interrelações externas

com os demais processos de negócios.

O processo de negócio de Suporte é formado pelo subgrupo: Suporte à Qualidade, Suporte à

Operação e Suporte à Facilidades. Este processo de negócio possui interrelações internas com

o processo de negócio de Chão-de-fábrica e externas com Engenharia e Negócios.

Por fim, o processo Negócios é formado pelo subgrupo: Marketing, Suprimentos e

Planejamento. Possui inter-relações internas com o processo de negócio de Chão-de-fábrica e

externas com os demais processos de negócios que compõem o Sistema de Manufatura.

O segundo quando o atributo humano decorrente ao seu esforço mental é substituído por um

programa de instruções residente em um computador. A Figura 5 apresenta os tipos de

automação relacionados ao sistema de Manufatura definidos por Agostinho (1995).

Assim, a atividade de Chão-de-fábrica pode sofre automação rígida através do uso de linhas

de transferência e de manipuladores mecânicos. A automação programável a este sistema

pode ser feito pela aplicação de sistemas flexíveis de manufatura e de robôs estacionários ou

de pórtico.

Figura 5 - Aplicações de automação fixa e programável para as atividades principais da manufatura

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Fonte: Agostinho (1995)

Ainda de acordo com Agostinho (1995), a Engenharia pode sofrer automação rígida ou fixa

através do uso de pranchetas, réguas, esquadros e pastas. A automação programável para a

atividade de manufatura quando são utilizados sistemas computacionais gráficos. A atividade

de negócio pode sofrer automação fixa quando são empregadas fichas de controle de

produção e arquivos-pastas. Sendo a automação programável quando são empregados

sistemas computacionais de Chão-de-fábrica.

Por fim, quando são empregados métodos manuais de controle estatístico e tabelas à atividade

de Suporte, este subsistema sofre automação fixa. Quando são aplicados programas de

computador para controle estatístico de processo e programas de manutenção preventiva,

então a atividade de suporte sofre automação programável.

3.4. Modelo de integração

Modelo de integração é definido por Agostinho (2014):

“A integração do Sistema de Manufatura representa um estado de organização,

refletido na capacidade de transitar informações sinergicamente entre suas atividades

e subatividades” (AGOSTINHO, 2014, p.3).

Agostinho (1995) determinou para efeito de modelagem de automação do Sistema de

Manufatura, que quando a substituição das atividades do homem for realizada através de

automação programável, o índice de automação será positivo. E o índice será negativo,

quando a substituição das atividades do homem for realizada por automação rígida.

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As atividades do Sistema de Manufatura estão subdivididas em três subatividades, os valores

nos eixos assumem valores positivos, zero e negativos, a Figura 6 apresenta os principais

aspectos do modelo em foco. Os pontos nos segmentos vermelhos representam índices

relacionados à automação rígida, na parte azul do segmento estão os índices relacionados à

automação programável. S.A.1, S.A2 e S.A.3 representam as os subprocessos de negócios

referentes a um processo de negócio particular.

Os pontos da reta variam de 0 a 1 na parte azul do eixo e de 0 a -1 na parte vermelha das retas.

Assim, emergindo do centro do gráfico os pontos assumem os valores 0, 0,33, 0,66 e

1(representando os níveis de automação programável em ordem crescente). Do outro lado, os

pontos assumem os mesmos valores, mas com sinal negativo para indicar automação rígida.

Quanto maior o valor absoluto maior o nível de automação rígida ou flexível.

Figura 6 - Modelo genérico dos gráficos de automação rígido e programável do sistema de

manufatura

Fonte: Adaptado de Agostinho (1995)

Devido à evolução e a obsolescência dos elementos de automação (mecanismos, dispositivos,

softwares etc.) utilizados em cada subatividade alguns gráficos dos subsistemas do sistema de

manufatura não possuem todos os eixos contemplados na Figura 6. Agostinho (1995) apud

Bittar (2014) apresenta as condições de Integração para o Sistema de Manufatura ilustrado

pela Figura 7.

Figura 7 - Condições de integração para o sistema de manufatura

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Fonte: Adaptado de Agostinho (1995) apud Bittar (2014)

Pode-se observar que a condição para a integração entre os processos em cada subgrupo é

obtida pela compatibilidade entre as tecnologias utilizadas. O processos Engenharia e

Comercial seus componentes possuem índices de automação compatíveis ambos com valores

iguais a 1.

O processo Suporte também apresenta índices de automação idênticos dos seus componentes,

todos iguais a 0,33. O processo de negócio Chão de fábrica, por sua vez, apresenta índices

compatíveis entre suas atividades, todos com 0,66.

3.5. Tecnologias utilizadas na automação do processo de engenharia e níveis de

integração

Nesta seção serão apresentadas as ferramentas empregadas na automação do processo de

engenharia, bem como seus respectivos enquadramentos relacionados ao nível de automação

em cada um dos seus subprocessos. A Figura 8 apresenta as tecnologias empregadas no

processo Engenharia e contempladas no trabalho de Agostinho (1995).

Observa-se que na atividade de geração do produto as ferramentas utilizadas no mais alto

nível de automação são o CAE, o CAT, o PDM e o CAD. Em nível mediano nesta atividade

são utilizados o computador e o protótipo. E no nível mais básico são utilizadas pranchetas.

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Figura 8 - Principais tecnologias usadas nas atividades da Engenharia

Fonte: adaptado de Agostinho (1995)

Na atividade de Geração dos Meios de Manufatura, no nível mais elevado de automação são

utilizadas as ferramentas CAD, TDM, CAV e o CAPP. O computado é a ferramenta de

automação utilizada quando o índice de automação é de 0,66. No nível em que o índice de

automação é igual a 0,33 são utilizados documentos físicos e pranchetas.

Na atividade de Comunicação com o Chão de fábrica com as atividades de Chão de fábrica,

quando o índice de automação atinge o nível 1 são utilizadas as ferramentas: MES, DNC,

CAQ e CAPP. Quando o nível é de 0,66 são utilizados computadores e a ferramenta SCADA,

Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados. No nível 0,33 os documentos físicos

prevalecem.

Segundo o modelo desenvolvido por Agostinho (1995) representa-se o subgrupo de processos

de negócio em cada atividade principal no Sistema de Manufatura em um gráfico com três

eixos para realizar de modo apropriado a analise das características de integração do processo

de engenharia. A Figura 11 apresenta o processo de Engenharia com características de

integração.

Observa-se que as atividades na Figura 9 apresentam índices de automação das subatividades

do processo de Engenharia idênticos nas três arquiteturas apresentadas. As configurações

apresentam características de integração devido ao fato de que as ferramentas tecnológicas

utilizadas são compatíveis, viabilizando o fluxo contínuo de informações.

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Figura 9 - Gráfico do processo de engenharia com características de integração

Fonte: Agostinho (1995)

As atividades pertencentes ao subgrupo do processo podem não apresentar características de

integração. Isso ocorre quando os índices de automação das atividades componentes não

apresentam características de integração (AGOSTINHO, 1995). Quando isso ocorre há uma

interrupção no fluxo de informação, esta situação é apresentada através da Figura 10.

Na primeira arquitetura da Figura 10 o processo de geração de produto apresenta índice igual

a um e os processo de Comunicação com Chão-de-fábrica e Geração dos meios de manufatura

apresentam o índice igual a 0,33.

Na arquitetura 2 o processo de Comunicação com Chão-de-fábrica apresenta índice igual a 1

e os demais processos apresentam índice de 0,33. Por fim, na arquitetura 3 o processo de

geração de produto apresenta índice igual a 1, enquanto as demais atividades apresentam

índice 0,33.

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Todas essas arquiteturas demonstram a utilização de ferramentas de automação que não

possuem interfaces amigáveis entre si. O que dificulta a comunicação entre esses processos de

negócio. (AGOSTINHO, 1995).

Figura 10 - Gráfico do processo de engenharia sem características de integração

Fonte: Agostinho (1995)

4. Estudo de caso

A empresa analisada nesse estudo está localizada na cidade de São Paulo. A empresa foi

fundada em 1986, nessa época seu mix de produtos contava com conexões de aço forjadas

(cotovelos, tês, uniões etc.). Nos anos 90 devido à abertura de mercado a empresa passou a

produzir válvulas levando-a a mudar sua razão social.

Em 2005, a empresa ampliou suas instalações o que elevou a capacidade instalada da

organização para 3500 válvulas. Com relação ao desenvolvimento dos seus produtos a

empresa investiu em ferramentas como CAD, CAE e CFX. Além de ter estabelecidos

parcerias com instituições como o Instituto de Pesquisa em Energia Nuclear (IPEN) e a

Universidade de São Paulo (USP).

A Figura 11 apresenta uma análise das características de integração, através dos índices de

automação, das atividades do subgrupo que compõem o processo de Engenharia da Empresa.

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Observa-se na Figura 11 que a atividade de Geração de Produto utiliza as ferramentas CIM

(CAE, CAD e CAD) e a comunicação da atividade é realizada através da rede. O índice de

automação da atividade de Comunicação com o Chão-de-fábrica foi avaliado em 0,66 devido

ao fato de serem utilizados computadores e a comunicação ser feita através da transferência

isolada de dados. O índice de automação da atividade de Geração dos Meios de Manufatura

também foi avaliado em 0,66.

As atividades do processo de Engenharia com índices iguais, Geração dos meios de

Manufatura e Comunicação com o Chão-de-fábrica, apresentam características de integração

entre si por utilizarem tecnologias de automação de mesmo nível.

A atividade de Geração de Produto, por sua vez, teve seu índice de automação avaliado em 1,

devido ao fato de utilizarem as tecnologias (ferramentas) mais sofisticadas a serem utilizadas

na realização do seu conjunto de tarefas. Dessa forma, o conjunto geral das atividades de

Engenharia dessa indústria de válvulas não apresenta características de integração.

A falta de integração tende a dificultar a comunicação entre as atividades e reduzir a

velocidade desse processo. Isso levará a organização a ser menos competitiva nos mercados

em que atua.

Figura 11 – Índices de integração da empresa de válvulas

Devido ao fato de que, atualmente, as empresas atuarem em mercados com elevados níveis de

competitividade, a saída mais viável seria a elevação dos índices de automação das atividades

de Comunicação com o Chão-de-fábrica a de Geração dos Meios de Manufatura. Essa solução

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eliminaria a “ilha” tecnológica que ocorre com a atividade de Geração de Produto com

relação às outras atividades do processo de Engenharia como defendem (AGOSTINHO,

1995) e (BITTAR, 2014).

5. Conclusões e considerações finais

A realização desse trabalho apresentou algumas conclusões relacionadas à problemática que

envolve o tema, o modelo de análise de integração através dos índices de automação, bem

como sobre a aplicação no setor de engenharia da indústria de válvulas e das limitações

enfrentadas.

A análise de publicações nacionais e internacionais levou ao enriquecimento do trabalho, bem

como auxiliaram na caracterização dos temas abordados, automação, índices de automação,

sistema de manufatura e engenharia.

Pode-se concluir que a pesquisa de campo mostrou-se útil para a realização do estudo. Essa

abordagem metodológica se mostrou eficaz na análise da integração do departamento de

engenharia da empresa analisada nesse estudo, pois identificou a situação partir da aplicação e

análise de um questionário simples.

O modelo desenvolvido por Agostinho (1995) mostra-se bastante útil na análise dos processos

empresariais, principalmente no que diz respeito à identificação das ineficiências dos

processos componentes do sistema de manufatura. Tais ineficiências estão relacionadas à

incompatibilidade de dispositivos ou ferramentas de utilizados para automação dos

subprocesso de manufatura de uma mesma empresa.

Muitas empresas sofrem com a falta de integração dos seus sistemas de manufatura, o que as

leva a não atenderem de modo adequado sua base de clientes. Sendo assim, essas empresas

devem aplicar o modelo aqui utilizado para identificar e auxiliar a sanar tais problemas.

A análise na integração do processo de engenharia da empresa analisada foi de extrema

importância para exercitar e compreender o modelo desenvolvido por Agostinho (1995), bem

como sobre o sistema produtivo em analise.

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O setor de engenharia analisado não apresenta características de integração devido à falta de

compatibilidade entre os processos de Geração dos Meios de Manufatura e a Comunicação

com o Chão-de-fábrica com a atividade de Geração de Produto.

Para sanar o problema de falta de integração, diagnosticado nesse estudo, a solução que

parece ser a mais viável consiste em elevar os níveis de automação das atividades de Geração

dos Meios de Manufatura e a Comunicação com o Chão-de-fábrica.

REFERÊNCIAS

AGOSTINHO, Oswaldo Luiz. Sistemas de Manufatura: Atributos, Metodologia e tecnologias. Unicamp.

Campinas. 2014.

AGOSTINHO, Oswaldo Luiz. Manufatura como Pré-Requisito de Competitividade. Campinas: UNICAMP,

1995. Tese (Livre Docência) - Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas,

Campinas, 1995.

BARBOSA, Gustavo Franco. Desenvolvimento de um modelo de analise para a implantação de automação

na manufatura aeronáutica, orientado pelos requisitos de metodologias de Projeto para a Excelência

(DFX – Designe for Excellence) e Produção Enxuta (Lean Manufacturing). São Paulo: USP. 332 p. Tese

(Doutorado) - Programa de Pós-Graduação Engenharia Mecânica, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2012.

BITTAR, Rita de Cássia da Silveira Marconcini. Proposta de Metodologia para Avaliação da Integração na

Empresa Estendida Associada a Índices de Automação. Campinas: UNICAMP, 1995. 240 p. Tese

(Doutorado) - Programa de Pós-Graduação Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas,

Campinas, 2014.

FANTONI, Gualtiero; SANTOCHI, Marco; DINI, Gino, TRACHT, Kirsten; SCHOLZ-REITER, Bernd;

FLEISCHER, Juergen; LIEN, Terje Kristoffer; SELIGER, Guenther; REINHART, Guenther; FRANKE, Joerg;

HANSEN, Hans Nørgaard; VERL, Alexander. Grasping devices and methods in automated production

processes. In CIRP Annals - Manufacturing Technology, 2014.

FLEURY, Afonso Carlos Correa; MELLO, Carlos Henrique Pereira; NAKANO, Davi Noboru; TURRIONI,

João Batista; HO, Linda Lee; MIGUEL, Paulo Augusto Chauchick; NETO, Reinaldo Morabito, MARTINS,

Roberto Antônio, PUREZA, Vitória. Metodologia de Pesquisa em Engenharia de Produção e Gestão de

Operações. Editora Campus Elsevier, 2009 – 1° edição.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2000.

MAKRIS, Sotiris. ALEXOPOULOS, Komas. AutomationML server - A prototype data management system

for multi disciplinary production engineering. In Anais do 1st CIRP Global Web Conference on

Interdisciplinary Research in Production Engineering. 2012.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23ª ed. Revisada. São Paulo: Cortez, 2007.

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ANEXO

Questionário para identificação e avaliação dos níveis de automação do processo de

engenharia.