Analise Algebrica Da Demanda (2)

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  • 8/17/2019 Analise Algebrica Da Demanda (2)

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    Tratamento algébrico

    Prof. Renilson R. Silva

    TEORIA DA DEMANDA

    MICROECONOMIA I - PROF. DR. RENILSON R SILVA

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    A FUNÇÃO DE DEMANDA

    1. Maximizar a utilidade

    I. Função de utilidade do tipo Cobb-Douglas

    Bem comportada

    Monotônica convexa

    A fórmula que a descreve é a fórmula algébrica maissimples que gera preferências bem comportadas

    (Varian, p.66)

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    A FUNÇÃO DE DEMANDA

    Uma função de demanda refere-se à demanda de um bem aqualquer nível de preço (uma curva)

    Quantidade demandada refere-se à demanda de um bem a

    um determinado nível de preços (ponto na curva)

    1. Demanda Marshaliana

    O consumidor maximiza sua função de utilidade supondo

    que sua renda real permaneça constante.Tem como propriedade ser homogênea de grau zero

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      , ≡ ,  

    Veja que é uma identidade. Assim,

    ela é válida para qualquer valor de p 

    e R . Em palavras o que ele diz é que,se o consumidor escolhe a cesta x

    (p, R), quando os preços são p e a

    renda é R , e se multiplicam todos os

    preços e renda por um fator, α > 0, o

    consumidor irá escolher a mesma

    cesta depois da multiplicação. Como

    antes, , ≡ , .

    Uma função é homogênea se:

      , =   ,  

       é o grau da função

    Exemplo:  , = 2 + 2 

    = ()2+()2 

    = 2 2+ 2 2 

    = 2

    (

    2

    +

    2

      , = 2 (, )

    FUNÇÕES HOMOGÊNEAS

    Função homogênea Função homogênea de grau zero (economia)

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    O TEOREMA DO ENVELOPE E IDENTIDADE DE ROY Qual o significado da função objetivo indireta?

    Em qualquer problema de otimização, a função objetivo ou é

    maximizada ou minimizada para um dado conjunto de parâmetros

    (Chiang, p.406)

    A função objetivo indireta rastreia todos os valores de máximo da

    função objetivo à medida que esses parâmetros variam. Portanto, a função objetivo indireta é um envelope do conjunto de

    funções objetivos otimizadas geradas pelas variações dos

    parâmetros. Ou seja, trata-se de uma curva envoltória.

    Assim, podemos dizer que o teorema do envelope envolve ou

    envelopa todas as demandas marshallianas nos seus pontos de

    máximo.

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    O TEOREMA DO ENVELOPE E IDENTIDADE DE ROY = 1, 2  

    = 1 1 + 22 

    Sujeito a:

    Demanda ordinária ou marshalliana

    1 = 1   1, 2,  

    2 = 2   1, 2,  

    Substituindo na função objetivo, tem-se:

    = 1

    , 2

    = 1, 2,  

    Função de utilidade indireta

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    O TEOREMA DO ENVELOPE E IDENTIDADE DE ROY

    Pelo teorema do envelope temos que:

    1, 2,

    1=

    1= −1

     

    ...e que:

    1, 2,

      =

     =  

    Em que lambda é a utilidade marginal da renda

    = 1

    , 2

    = 1, 2,  

    Função de utilidade indireta

    Tomando a razão entre essas duas derivadasparciais, vemos que:

    1, 2,

    1 1, 2,

    =−

    1

      = −1  

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    O TEOREMA DO ENVELOPE E IDENTIDADE DE ROY

    1 = 1, 2, = −

    1, 2, 1

    1, 2,

    = −1 

    Temos então que :

    Identidade de Roy

    A identidade de Roy mostra que a demanda marshalliana é a negativa da razão entre duasderivadas parciais da função de valor máximo V em relação aos preços e à renda. (Chiang,p.416)

    Com isso, se aplicarmos a identidade de Roy em uma função de utilidade indireta V, obtemosa demanda Marshalliana.

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    O TEOREMA DO ENVELOPE E O LEMA DE SHEPARD

    = 11 + 22 

    1, 2   = ∗ 

    Sujeito a:

    Demanda compensada ou hicksiana

    1 = 1

    1, 2, ∗  

    2 = 2

    1, 2, ∗  

    Substituindo na função de lagrange, tem-se:

    1, 2, ∗ = 11

    + 22 + ∗ − 1

    , 2

     

    Função despesa ou função gasto = valor mínimonecessário para obter o nível de utilidade U*.

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    O TEOREMA DO ENVELOPE E O LEMA DE SHEPARD

    1, 2, ∗ = 11

    + 22 + ∗ − 1

    , 2

     

    Função despesa ou função gasto

    Pelo teorema do envelope temos que:

    1, 2, ∗

    1=

    1= 1

     

    1, 2, ∗

    2=

    2= 2

     

    1, 2, ∗

    ∗  =

    ∗ =  

    Lema de Shepard

    Com o lema de shepard é possível obter ademanda hickisiana/compensada a partir dafunção gasto.

    1 1, 2,

    ∗ = 1, 2,

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    SÍNTESE DO USO DO TEOREMA DO ENVELOPE

    Funçãoutilidade indireta

    Identidadede Roy

    Demanda ordinária/marshalliana

    1 = 1, 2, =

    1, 2,

    1 1, 2,

     

    1, 2,  

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    SÍNTESE DO USO DO TEOREMA DO ENVELOPE

    Funçãogasto

    Lemade shepard

    Demanda Compensada/Hicskiana

    1, 2, ∗  

    1 1, 2,

    ∗ = 1, 2, ∗

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    A RELAÇÃO ENTRE OS PROBLEMAS PRIMAL E DUAL

    A despesa mínima com a qual se alcança o máximo nível de utilidade

    possível, dados os preços dos bens e um determinado nível de renda R, é justamente o nível de renda.

    O inverso também é verdadeiro, isto é, o máximo nível de utilidade U quese pode alcançar gastando o mínimo possível, é justamente o nível deutilidade:

    Ambos os problemas geram a mesma solução (a mesma cesta ótima) se

    u = v (P 1, P 2 , R) e se e (P 1, P 2 ,u) = R.

    Portanto, essas duas funções são uma o inverso da outra.

    1, 2, 1, 2,   =  

    1, 2, 1, 2,   =  

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    Então, se inserirmos a FUI na função gasto:

    O inverso também é verdadeiro, isto é, se inserirmos a função gasto na

    F.U.I. temos:

    1, 2, 1, 2,   =  

    1, 2, 1, 2,   =  

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    O

    x2

    R/p1 X1

    u*=v(P, m) 

    O

    x2

    e/p1 X1

     A

    U o

     x* = x(p, R)   x* = h(p, u o ) 

    Primal Dual

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    FORMAS DE CALCULAR AS DEMANDAS

    Forma de obter a demanda marshalliana a partir da hicksiana

    1. Inverter a função gasto e(p1; p2 ; U) para obter a FUI = v(p1; p2 ; R ):Então, use a identidade de Roy para obter a demandamarshalliana.

    1, 2, 1

    1, 2,

    =  = , ,  

    ∗ = , , ∗  

    ∗ = , = , ∗  

    F.U.I. a partir de da Função gasto

        i    d   e   n    t    i    d   a    d   e    d

       e    R   o   y

    ≡  

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    FORMAS DE CALCULAR AS DEMANDAS

    Formas de obter hicksiana a partir da marshalliana

    Inverter a FUI para obter a função gasto e depois usar Shepard.

    1. Pode-se fazer o processo contrário

    = , ,  

    ∗ = , = , ∗  

    Função gasto a partir de da F.U.I

    1, 2, ∗

    1= 

    , , ∗  

        L   e   m   a    d   e    S

        h   e   p   a   r    d

    ≡ ∗ 

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    Diferença entre as demandas

    A função x (p, R) responde à questão: “qual

    cesta de bens maximiza a utilidade quando os

    preços são p e a renda é R ?” 

    A função h (p, u) responde à questão: “qual

    cesta de bens minimiza o custo de alcançar a

    utilidade u quando os preços são p?

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    A EQUAÇÃO DE SLUTSKY

    Equação do problema dual

    ℎ   ; ∗ =   ;  

    ℎ   ; ∗ ≡   ; ,

    ∗  

    Como a renda é igual à função gasto,

    Temos

    , ,   =  

    Diferenciando os dois lados da equação acima com respeito p, tem-se:

    ℎ(,∗)

      ;  

    +

      ;  

    ,∗

     

    em que K é a quantidade demanda do bem em questão

    ≡  

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    A EQUAÇÃO DE SLUTSKY

    Equação do problema dual

    ℎ , ∗ = ,∗

      =  

    Por shepard, sabemos que a derivada da função gasto é igual à demanda hicksiana

    Substituindo em (1), tem-se:

    (1)

    (2)

    (3)

    ℎ(,∗)

      ;  

    +

      ;  

    ,∗

     

    ℎ(,∗)

    ≡   ;

     

    +

      ;  

       

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    A EQUAÇÃO DE SLUTSKY

    A equação de Slutsky

    Reodernando (3), obtemos a equação de Slutsky

    (4)

    (3)

      ;  

     ≡

    (,∗)

     −

     ;  

        

    ℎ(,∗)

      ;  

    +

      ;  

       

    Efeito total Efeito Subst. Efeito renda

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