Anais do em Biologia Celular e Estrutural UFMG, UFV, UFU, UFSJ · Anais do VI Simpósio de...
Transcript of Anais do em Biologia Celular e Estrutural UFMG, UFV, UFU, UFSJ · Anais do VI Simpósio de...
Anais do
VI Simpósio de Integração dos Programas de Pós-Graduação
em Biologia Celular e Estrutural – UFMG, UFV, UFU, UFSJ
Organização:
Camila Folly Baptista
Luiz Carlos Maia Ladeira
Nadja Biondine Marriel
Diagramação:
Camila Folly Baptista
i
ANAIS DO VI SIMPÓSIO DE INTEGRAÇÃO DOS
PROGRAMAS DE BIOLOGIA CELULAR - SIBC
VIÇOSA
17 a 20 de setembro de 2018
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa - MG, Brasil
Comissão Organizadora
Discentes
Nadja Biondine Marriel - Presidente
Ana Luiza Pereira Martins - Financeiro
Marina Souza Cunha - Financeiro
Felipe Couto Santos - Infraestrutura
Mariana Fonseca Xisto - Infraestrutura
Renan dos Santos Araújo - Infraestrutura
Lenise Silva Carneiro - Infraestrutura
Daniel Silva Sena Bastos - Infraestrutura
Sabrina Oliveira Emerick - Infraestrutura
Talita Amorim Santos - Comunicação
Cláudio Sérgio Marinato - Comunicação
Juliana Alves do Vale - Comunicação
Luiz Carlos Maia Ladeira - Comissão Científica
Camila Folly Baptista - Comissão Científica
Camila Moura Novaes - Comissão Científica
Priscila Marchioro - Comissão Científica
André Henrique de Oliveira - Comissão Científica
Luciana Ângelo de Souza - Comissão Científica
Victor Ferraz - Comissão Científica
Docentes
Profa. Erika Cristina Jorge - UFMG
Profa. Tatiana Carla Tomiosso - UFU
Profa. Patrícia Maria d'Almeida Lima - UFSJ
Prof. José Eduardo Serrão - UFV
ii
Realização
Universidade Federal de Viçosa (organização)
Universidade Federal de Minas Gerais (divulgação)
Universidade Federal de Uberlândia (divulgação)
Universidade Federal de São João del-Rei (divulgação)
Patrocinadores
CNPq
Departamento de Biologia Geral, DBG/UFV
Apoios
Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, UFV
Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE)
Arte e Sabor
My Labo
Number One
iii
APRESENTAÇÃO
Os programas em Biologia Celular e Estrutural formam profissionais capacitados a
atuar nas diferentes vertentes da biologia celular, contribuindo de maneira significante
para o surgimento de soluções inovadoras que acarretandam em um crescimento
científico e tecnológico. Outro benefício dos PPGs em Biologia Celular e Estrutural é a
contribuição para a área da saúde, avançando nas descobertas de soluções para doenças
como câncer, doenças reprodutivas e parasitológicas. Além disso, esta área contempla
pesquisas com grandes avanços em toxicologia, imunologia, virologia, morfologia e
morfofisiologia, biotecnologia aplicada à saúde humana e animal, células-tronco, dentre
outras. Diante destes aspectos, é de suma importância que o conhecimento gerado por
esses programas não seja divulgado somente por meio de publicações em periódicos, mas
também por meio de eventos nos quais os trabalhos realizados possam ser mostrados e
discutidos. Além disso, eventos de divulgação como simpósios e congressos permitem
que tais trabalhos sejam apresentados também aos alunos de graduação, mostrando a estes
os diversos ramos de pesquisa em biologia celular e estrutural e reforçando, de forma
objetiva e direcionada, o interesse existente nesta área.
Atualmente o Brasil possui apenas dois eventos em nível nacional, ligados à
biologia celular e estrutural: Encontro da Sociedade Brasileira de Biologia Celular
(SBBC) e o Congresso Nacional de Microscopia e Microanálise (CBMM). Ambos são
eventos bienais e não apresentam como foco principal a discussão da pesquisa em
biologia celular na pós-graduação e a apresentação da mesma para os alunos de graduação
em biologia e áreas afins. Além disso, é importante que haja uma integração entre os
PPGs existentes para melhor divulgação da área de estudo e um intercâmbio de
conhecimentos. Esse é o foco do Simpósio de Integração dos Programas de Pós-
graduação em Biologia Celular realizado pelas Universidades Federais de Viçosa (UFV),
Minas Gerais (UFMG), Uberlândia (UFU) e São João Del Rey (UFSJ). Essa integração
busca o fortalecimento das parcerias já existentes e, especialmente, o estabelecimento de
novas colaborações visando a excelência técnico-científica.
Nadja Biondine Marriel
Presidente da Comissão Organizadora do VI SIBC
Viçosa, Setembro de 2018
iv
HISTÓRICO DO EVENTO
O I Simpósio de Integração dos Programas de Pós-graduação em Biologia Celular
UFV, UFMG e UFU ocorreu na UFMG juntamente com o V Simpósio de Biologia
Celular da UFMG em 2012, tendo como objetivo promover e difundir a atividade
científica, além de ampliar a interação dos programas de Pós-graduação em Biologia
Celular de Minas Gerais com outras instituições brasileiras e internacionais. A segunda
edição ocorreu no ano seguinte (2013) na mesma universidade e permaneceu assumindo
um caráter de internacionalização e integração inter programas, mantendo a associação
com os Programas de Pós-Graduação em Biologia Celular de Minas Gerais.
Para dar a oportunidade a todos os programas envolvidos, agora o evento se
caracteriza como itinerante, podendo seus participantes ter um contato direto com a
instituição sede e com a realidade da pesquisa de cada um dos programas integrantes.
Dessa maneira a terceira edição ocorreu nos dias 10 a 12 de novembro de 2014, no
Campus da Universidade Federal de Viçosa. Mantendo o caráter itinerante, a quarta
edição ocorreu em Uberlândia, na UFU, em 2016. Ano passado, em 2017, retornando à
UFMG, ocorreu a quinta edição do Simpósio de Integração no período de setembro, além
disso a Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), que conta com recente
Programa de Pós-Graduação em Ciências Morfofuncionais, fez sua primeira participação
e desde então passou a integrar a comissão do evento auxiliando na organização. Válido
ressaltar que a realização dos eventos anteriores contou com o apoio e financiamento do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.
Nesta sexta edição, o evento retornou à Viçosa e ocorreu entre os dias 17 e 20 de
setembro de 2018 na Universidade Federal de Viçosa (UFV). O simpósio promoveu
palestras e minicursos proferidos por biologistas celulares formados ou atuantes nos
diversos cursos de pós-graduação em Biologia Celular do país. Além de apresentações de
pôsteres de alunos de graduação e pós-graduação e premiações de trabalhos. Na
programação o diferencial foi o espaço destinado às mesas temáticas de interação, com
diferentes temas coordenados por professores e pós-doutorandos, onde o objetivo foi
aproximar os alunos da pós-graduação. Nesse espaço os alunos tiveram a oportunidade
de conversar sobre os trabalhos que estão desenvolvendo, tirar dúvidas sobre técnicas,
conceitos e assuntos relacionados à sua linha de pesquisa, aumentando sua integração e
contato com estudantes e pesquisadores de diferentes instituições.
Dentre os temas propostos para discussão, compartilhamento de ideias e
experiências estavam: CRISPR, PCR-tempo real, citometria de fluxo, clonagem,
estatística, patologia, microscopia e fotografia.
O principal público ao qual direcionamos o evento foram os alunos de pós-
graduação de universidades de todo o país, a fim de apresentarmos os diversos contextos
da pesquisa na área e reforçar o interesse existente. Os alunos de graduação foram
igualmente contemplados, e assim tiveram a oportunidade de se informar a respeito das
novidades da biologia celular e do mundo científico.
v
INSTITUIÇÃO EXECUTORA
A Universidade Federal de Viçosa (UFV) originou-se da Escola Superior de
Agricultura e Veterinária (ESAV), criada pelo Decreto 6.053, de 30 de março de 1922,
pelo então Presidente do Estado de Minas Gerais, Arthur da Silva Bernardes.
A ESAV foi inaugurada em 28 de agosto de 1926, por seu idealizador Arthur
Bernardes, que na época ocupava o cargo máximo de Presidente da República. Em 1927,
foram iniciadas as atividades didáticas, com a instalação dos Cursos Fundamental e
Médio e, no ano seguinte, do Curso Superior em Agricultura. Em 1932, foi a vez do Curso
Superior em Veterinária. No período de sua criação, foi convidado por Arthur Bernardes
para organizar e dirigir a ESAV, o Prof. Peter Henry Rolfs.
Visando ao desenvolvimento da Escola, em 1948, o Governo do Estado
transformou-a em Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (UREMG), composta
pelas Escolas Superiores de Agricultura, de Veterinária, de Ciências Domésticas, pela
Escola de Especialização - Pós-Graduação, pelo Serviço de Experimentação e Pesquisa e
pelo Serviço de Extensão.
Graças à sua sólida base e ao seu bem estruturado desenvolvimento, a UREMG
adquiriu renome em todo o País, o que motivou sua federalização, em 15 de julho de
1969, com o nome de Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Desde 2006, com a adesão aos programas de expansão e melhoria da qualidade do
ensino superior do governo federal, a UFV conta com mais dois campi instalados nas
cidades mineiras de Florestal e Rio Paranaíba.
A UFV tem contado com o trabalho de professores e pesquisadores estrangeiros de
renome na comunidade científica que colaboram com o seu corpo docente, ao mesmo
tempo em que executa programas de treinamento que mantêm diversos profissionais se
especializando no país e no exterior. Nesse aspecto, a UFV é uma das instituições
brasileiras com índices mais elevados de pessoal docente com qualificação em nível de
pós-graduação.
Com uma trajetória que se estende ao longo de 96 anos, a UFV oferece hoje 67
cursos de graduação em seus três campi (Viçosa, Florestal e Rio Paranaíba). O bom
desempenho é alcançado também nos 40 programas de pós-graduação stricto sensu,
colocados, igualmente, entre os melhores em avaliações opcionais e em publicações
especializadas.
Entre os programas de pós-graduação stricto sensu, o programa de Pós-Graduação
em Biologia Celular e Estrutural, idealizador do presente evento, tem se dedicado a
soluções de problemas teóricos e práticos nas diferentes áreas da Biologia.
O Programa é atualmente composto por 24 professores, lotados em vários
departamentos da UFV (Departamento de Biologia Animal, Biologia Geral, Medicina
Veterinária, Bioquímica, Entomologia, Genética e Microbiologia), que orientam,
atualmente, 13 alunos de mestrado e 44 doutorandos. Este ano o programa completa o
seu décimo ano de existência e aproveita o evento de integração para comemorar a data.
O Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Estrutural da Universidade Federal
de Viçosa, em níveis de mestrado e doutorado reconhecidos pela CAPES (5), tem como
vi
objetivo a capacitação de recursos humanos na área de biologia celular e tecidual de
populações naturais.
Nos últimos anos, a biologia celular tem deixado de ser uma ciência meramente
descritiva para se tornar uma ciência investigativa, capaz de elucidar e, até mesmo,
interferir nos processos e sistemas biológicos. As pesquisas recentes em biologia celular
e tecidual têm incorporado conhecimentos de biologia molecular, bioquímica, genética,
fisiologia, matemática e bioinformática, permitindo a estruturação de um conhecimento
multidisciplinar, com aplicabilidade em sistemática, taxonomia, comportamento,
conservação e manejo de espécies, recuperação de áreas degradadas e melhoramento
genético. Adicionalmente, este programa incentiva a realização de treinamento parcial do
doutorando em outras instituições internacionalmente reconhecidas, para a sua completa
formação. Além disso, recebe profissionais da própria área e de áreas afins para
treinamento em pós-doutoramento.
vii
PROGRAMAÇÃO
17set segunda-feira
08h00-12h00, 14h00-18h00 – Minicursos
(1) Aplicação do sistema CRISPR-Cas9; (2) Fotografia científica; (3) Validação em PCR
em Tempo Real; (4) Cultivo celular; (5) Planejamento estatístico de experimentos;
(6) Ilustração científica; (7) Biologia Molecular; (8) Microscopia Eletrônica; (9) Estresse
oxidativo; (10) Cultivo de célula tumoral
18set terça-feira
08h00 – Credenciamento
09h30 – Mesa de abertura
Coordenadores dos programas de Biologia Celular: Prof. José Eduardo Serrão, UFV;
Profª. Érika Cristina Jorge, UFMG; Profª. Tatiana Carla Tomiosso, UFU; Profª.
Patrícia Maria d’Almeida Lima, UFSJ
10h00 – Palestra de abertura – Biologia Celular na UFV: Do passado ao futuro. Prof.
José Eduardo Serrão, UFV
12h00 – Almoço
13h00 – Apresentação de Painel
15h00 – Apresentação Oral de Trabalhos 1: Luíza Aparecida Ansaloni Chagas Pereira,
UFSJ; Maria Alice de Freitas Lopes, UFMG
15h30 – Palestra Técnica 1 – Núcleo de Microscopia e Microanálise, UFV
15h45 – Palestra Técnica 2 – MyLabo
16h00 – Coffee break
16h30 – Palestra 1 – Serine Arginine Protein Kinases (SRPKs): Papéis funcionais em
câncer e implicações na descoberta de fármacos. Prof. Gustavo Costa Bressan, UFV
17h15 – Palestra 2 – Microscopia confocal intravital. Profª. Maísa Mota Antunes, UFMG
19set quarta-feira
08h00-12h00 – Mesas temáticas: (1) CRISPR-CAS9; (2) Microscopia; (3) Fotografia; (4)
PCR-real time; (5) Genética e evolução
09h30 – Coffee break
12h00 – Almoço
14h00 – Mesa redonda 1 – Saúde Mental na Pós-graduação. Prof. Leandro David
Wenceslau (mediador); Profª.Maria Nena Santos; Profª. Marisa Renna Vitta
15h30 – Apresentação oral de trabalhos 2: Franciele Filardi Cimino Silva, IFMG; 4 –
Hélio Paulo Pereira Filho, UFV
16h00 – Coffee break
16h30 – Palestra técnica 3. Núcleo de Biomoléculas, UFV
17h00 – Palestra 3 – Modulação do fator Liberador de Corticotrofina (CRF) e de sítios
límbicos sobre as reações de defesa e comportamentos relacionados a ansiedade em
camundongos. Prof. Tadeu Miguel, UFU
20set quinta-feira
viii
08h00 – Palestra 4 – Restrição intrauterina de crescimento: avaliação e diagnóstico
utilizando modelos animais. Profª. Fernanda Radicchi Campos Lobato de Almeida,
UFMG
08h45 – Palestra 5 – CRISPR-CAS9: Uma nova ferramenta de edição genética. Prof.
Tiago Antônio de Oliveira Mendes, UFV
10h00 – Coffee break
10h30 – Mesa redonda 2 – Desafios no Ensino de Biologia Celular. Prof. Rafael Gustavo
Rigolon da Silva, UFV (mediador); Profª. Mara Garcia Tavares, UFV; Profª. Uyrá dos
Santos Zama, UFOP
12h00 – Almoço
14h00 – Palestra 6 – Correlação de inflamação e o reparo de feridas de pele. Profª. Raquel
Alves Costa, UFSJ
14h45 – Palestra 7 – Cromossomos, genomas e filogenias: Contribuições para o estudo
da história evolutiva das espécies. Prof. Danon Clemes Cardoso, UFOP
15h30 – Coffee break
16h00 – Palestra 8 – Citometria de fluxo: Aplicações e perspectivas na pesquisa. Prof.
Leandro Licursi de Oliveira, UFV
17h00 – Premiações e encerramento
20h00 – Festa de confraternização
ix
DESTAQUES
UFMG
Hipácia Werneck Gomes
Modulação hormonal do compartimento basal prostático: Possível relação entre células
basais e macrófagos intraepitelais.
UFV
Jamile Fernanda Silva Cossolin
Histologia e ultramorfologia das glândulas de veneno e Dufour do parasitoide
Hymenoepimecis bicolor Brullé, 1846 (Hymenoptera: Ichneumonidae).
UFSJ
Rafaela de Melo Barreto
Universidade das crianças: O estudo sobre células através da livre escolha.
Menção honrosa
UENF
Elaine Gimenez Guimarães
Avaliação in vitro da atividade antineoplásica de um composto de coordenação de cobre
e o sinergismo com a Cisplatina.
UFPR
Tugstênio Lima de Souza
Avaliação transgeracional da exposição parental e direta ao manganês na qualidade
espermática de camundongos Swiss.
x
APRESENTAÇÕES ORAIS
BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
Expressão de transportadores transepiteliais de cálcio varia em lesões da próstata
ventral de ratos idosos.
Bruna T. Maria, Gabriel H. Campolina-Silva, Monalise E. Jesus; Hipácia Werneck-
Gomes, Germán A. B. Mahecha Cleida A. Oliveira
Redução de receptor de andrógeno em lesões prostáticas de ratos em
envelhecimento.
Felipe L. Bento, Hipácia Werneck-Gomes, Gabriel H. Campolina-Silva, Bruna T. Maria,
Monalise E. Jesus, Germán A. B. Mahecha, Cleida A. Oliveira
Titulação e tropismo de um endossimbionte em fêmeas de Drosophila sturtevanti
(Diptera: Drosophilidae) Duda, 1927
Hélio P. Pereira Filho, Kamilla Caliman, Karla Yotoko e José Lino-Neto
Modulação hormonal do compartimento basal prostático: possível relação entre
células basais e macrófagos intraepitelais. *
Hipácia Werneck-Gomes, Gabriel H. Campolina Silva, Felipe L. Bento, Bruna T. Maria,
Germán A. B. Mahecha, Cleida A. Oliveira
Extrato hidroalcoólico de Davilla elliptica St. -Hil. (Dilleniaceae) causa alterações
testiculares em camundongos Swiss.
Janaina da Silva, Viviane G. S. Mouro, Fernanda C. R. Dias, Eduardo M. Damasceno,
Luiz Carlos M. Ladeira, Patrícia S. Mattosinhos, Sérgio L. P. Matta
Toxicologia comparativa dos metais pesados As+5, As+3, Cd, Pb, Cr e Ni na
qualidade espermática de camundongos.
Janaina da Silva, Amanda A. Lozi, Viviane G. S. Mouro, Diane C. Araujo, Patrícia S.
Mattosinhos, Sérgio L. P. Matta, Mariana M. Neves
Crotalus durissus (Linnaeus, 1758).
Lorena D. M. Silva, Camila M. Pacheco, Flávia C. Resende, Victor V. Souza, Gleide F.
Avelar
Modificações ultraestruturais são resultado de alterações no transcriptoma
ovariano devido à vitrificação.
Luiza A. A. C. Pereira, Íris J. A. Assis, Fernando O. Coelho, Tânia M. Segatelli, Érika C.
Jorge, Luiz L. Coutinho, Paulo H. A. Campos-Junior
xi
Efeito da fração enriquecida em flavonoides de D. elliptica St. -Hil. (Dilleniaceae)
nos testículos de camundongos Swiss.
Patrícia S. Mattosinhos, Janaina da Silva, Fernanda C. R. Dias, Viviane G. S. Mouro,
Eduardo M. Damasceno, Luiz C. M. Ladeira, Sérgio L. P. Matta
O decocto de Aristolochia triangularis Cham., 1832 afeta a espermatogênese?
Victor V. Souza, Camila M. Pacheco, Micheli S. Spadeto, Bárbara R. Cardoso, Gleide F.
Avelar
A toxicidade testicular do cádmio é dependente da via de administração.
Viviane G. S. Mouro, Ana Luiza P. Martins, Janaína da Silva, Marli C. Cupertino,
Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta
EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA
Estudo ultraestrutural de mitocôndrias e vesículas tubulares na maturação e
ativação do eosinófilo humano.
Igor N. Barbosa, Cinthia P. M. Silva, Rossana C. N. Melo
GENÉTICA E EVOLUÇÃO
Análise citogenética clássica e molecular da espécie Plebeia droryana Friese, 1900
(Hymenoptera: Apidae: Meliponini).
Franciele F. C. Silva, Priscila Marchioro, Ricardo Micolino, Camila M. Novaes, Denilce
M. Lopes
HISTOFISIOLOGIA
Laticíferos em Sapium glandulosum (L.) Morong (Hippomaneae, Euphorbiaceae):
anatomia, desenvolvimento e função.
José D. B. Miranda, Renata M. S. A. Meira
Ação dos extratos de Davilla elliptica St. -Hil (Dilleniaceae) no estado oxidativo do
fígado e rins de camundongos Swiss.
Patrícia S. Mattosinhos, Janaina da Silva, Luiz Carlos M. Ladeira, Fernanda C. R. Dias,
Viviane G. S. Mouro, Eduardo M. Damasceno, Talita A. Santos, Jerusa M. Oliveira,
Sérgio L. P. Matta
IMUNOLOGIA
A dinâmica das células CX3CR1+ hepáticas no desenvolvimento do fígado: do
nascimento à vida adulta.
Maria Alice F. Lopes, Bruna A. David, Brenda N. L. Nakagaki, Maísa M. Antunes,
Ariane B. Diniz, Érika de Carvalho, Mônica M. Santos, Raquel C. G. Weber, Kassiana
xii
Mafra, Mateus Lopes, Matheus Mattos, Hortência M. C. Oliveira, Camila D. M. Miranda,
Gustavo B. Menezes
PATOLOGIA
Doxiciclina Hiclato acelera a cicatrização de feridas cutâneas de segunda intenção
em ratos Wistar.
Luciana S. Altoé, Lyvia L. Miranda, Raul S. Alves, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B.
Queiroz Junior, Reggiani V. Gonçalves
Inibição de SRPKs (Serine/Arginine Protein Kinases) Como Estratégia Terapêutica
Para o Tratamento de Leucemia.
Raoni P. Siqueira, Marcus V. A. Barros, Éverton A. A. Barbosa, Thiago S. Onofre, Victor
H. S. Gonçalves, Higor S. Pereira, Abelardo S. Júnior, Leandro L. Oliveira, Márcia R.
Almeida, Juliana L. R. Fietto, Robson R. Teixeira, Gustavo C. Bressan
xiii
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS
BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
Detecção de células CX3CR1+ na próstata de camundongo.
Alessandra L. Araújo, Maria Luiza S. Ferreira, Maria Alice F. Lopes, Cleida A. Oliveira,
Gustavo B. Menezes, Mônica M. Santos
Doses de extrato hidroalcoolico de Pfaffia glomerata produz efeitos negativos sobre
os espermatozoides de camundongos Swiss.
A. L. Araújo, F. C. R. Dias, G. D. A. Lima, T. P. Menezes, M. M. Neves, G. M. Braga,
F. C. S. A. Melo, S. L. P. Matta
Uso descontinuo de extrato de Pfaffia glomerata potencializa seus efeitos no túbulo
seminífero de camundongos Swiss.
Amanda A. Lozi, Fernanda C. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins, Eduardo
M. Damasceno, Janaína Silva, Viviane G. S. Mouro, Diane C. Araújo, Fabiana C. S. A.
Melo, Sérgio L. P. da Matta.
Efeitos do extrato etanólico de Psychotria vellosiana Benth sobre a porção
intertubular dos testículos de ratos Wistar.
Amanda A. Lozi, Kyvia L. C. Costa, Marli C. Cupertino, Breno C. Vieira, João Paulo V.
Leite, Diane C. Araújo, Fernanda C. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins,
Grasielle A. V. Rodrigues, Sérgio L. P. da Matta
Avaliação da curcumina no desempenho reprodutivo de camundongos Swiss
fêmeas.
Ana Carolina Valim, Talita A. Santos, Guilherme A. V. Pereira, Julia R. Borges, Ianca
G. C. Monteiro, Amanda S. Gutierres, Fernanda C. R. Dias, Izabel R. S. C. Maldonado
Tratamento com citrato de sildenafila causa dano ao DNA de espermatozoides e
consequente perda embrionária.
Anderson A. Silva, Fernanda C. R. Dias, Graziela D. A. Lima, Tatiana P. Menezes, Maria
M. Neves, Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta
A utilização prolongada do extrato metanólico de Nim reduz o número de célula de
Leydig.
Anderson A. Silva, Fernanda C. R. Dias, Wolfgang Harand, Sérgio L. P. Matta, Elizabeth
N. Melo
xiv
Proliferação das células germinativas em Lithobates catesbeianus (shaw, 1802) após
tratamento bociogênico transitório.
Camila M. Pacheco, Susana P. Ribeiro, Gleide F. Avelar, Sérgio L. P. Matta
Avaliação do uso de LH como indutor de ovulação em receptoras bovinas para a
transferência de embriões em tempo fixo.
M. A. Azevedo Junior, C. A. Oliveira, D. E. C. Silva, V. R. A. Mendes, J. V. R. A. Pereira
Identificação de Leptospira hardjo em rebanho leiteiro no município de São João do
Oriente – MG
M. A. Azevedo Junior, C. A. Oliveira, D. E. C. Silva, V. R. A. Mendes, J. V. R. A. Pereira,
A. L. Martins, A. A. Martins, E. O. Daloy
Ginseng brasileiro causa aumento de espécies reativas de oxigênio (ERO) com
consequente dano aos espermatozoides.
Diane C. Araujo, Fernanda C. R. Dias, Graziela D. A. Lima, Tatiana P. Menezes, Mariana
M. Neves, Sérgio L. P. Matta, Amanda A. Lozi, Grasielle A. V. Rodrigues
Efeito do citrato de sildenafila sobre a qualidade espermática de camundongos
Swiss.
Elisa C. Rezende, Fernanda C. R. Dias, Graziela D. A. Lima, Tatiana P. Menezes,
Mariana M. Neves, Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta
Efeito da ingestão de curcumina por mães lactantes aos filhotes machos.
Elisa C. Rezende, Fernanda C. R. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins,
Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Grasiella A. V. Rodrigues, Talita A. Santos, Izabel
R. S. C. Maldonado, Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta
Extrato hidroalcoólico da folha de Renealmia pycnostachys interfere na organização
do túbulo seminífero de camundongos Swiss.
Elizabeth L. Oliveira, Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza Martins, Hiviny F. Olieira, Viviane
G. Mouro, Grasielle A. V. Rodrigues, Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Sergio L. P.
Matta
Extrato hidroalcoólico da folha de Renealmia pycnostachys tem ação afrodisíaca em
camundongos Swiss.
Elizabeth L. Oliveira, Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza Martins, Hiviny F. Olieira, Viviane
G. Mouro, Grasielle A. V. Rodrigues, Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Sergio L. P.
Matta.
Citrato de sildenafila provoca alterações a microestrutura testicular e dano as
espermátides alongadas de camundongos Swiss.
G. M. Braga, F. C. R. Dias, E. L. Oliveira, A. L. P. Martins, F. C. S. A. Melo, S. L. P.
Matta
xv
Azadirachtin A reduz produção espermática em Ratos Wistar.
G. M. Braga, F. C. R. Dias, W. Harand, S. L. P. Matta, F. C. S. A. Melo, E. M. Neves
Efeitos da polpa de Euterpe oleracea MARTIUS em parâmetros morfométricos
testiculares de camundongos expostos ao cádmio.
Grasielle A. V. Rodrigues, V. G. S. M., A. L. P. M., F. C. D. R., F. C. S. A. M., S. L. P.
M.
Composto Nimbidina reduz a produção espermática de ratos Wistar.
Grasielle A. V. Rodrigues, F. C. R. D., H. W., S. L. P. M., N. E. M., A. L. P. M., E. L.
O., A. A. L., D. C. A.
Efeitos do extrato hidroalcoólico da folha de Renealmia pycnostachys no intertúbulo
em camundongos Swiss.
Híviny F. O. Santos, Elizabeth L. Oliveira, Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza Martins,
Viviane G. Mouro, Grasielle A. V. Rodrigues, Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Sérgio
L. P. Matta
Efeitos do extrato hidroalcoólico do fruto de Renealmia pycnostachys na organização
do túbulo seminífero em camundongos Swiss.
Híviny F. O. Santos, Elizabeth L. Oliveira, Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza Martins,
Viviane G. Mouro, Grasielle A. V. Rodrigues, Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Sergio
L. P. Matta
Efeitos do extrato metanólico da semente da Azadirachta indica A JUSS sobre a
produção de espermatozoides de ratos Wistar.
Ingred C. Gonçalves, Fernanda C. R. Dias, Wolfgang Harand, Amanda A. Lozi, Diane C.
Araújo, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins, Grasielle A. V. Rodrigues, Sergio
L. P. Matta, Elizabeth N. Melo
Efeitos da exposição pré-pubere ao arsênio em parâmetros reprodutivos de ratos
Wistar machos.
John Lennon P. Coimbra, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz Otávio G.
Ervilha, Mariana M. Neves
Efeitos em parâmetros reprodutivos em ratos machos Wistar adultos expostos ao
arsênio durante a fase pré-pubere.
John Lennon P. Coimbra, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz Otávio G.
Ervilha, Mariana M. Neves
Influência da sazonalidade sobre o índice apoptótico de células de Sertoli em
alterações em parâmetros testiculares e espermatogênese de morcegos frugívoros
expostos ao pesticida glifosato.
Esteban G. Ospina, Mariella B. D. Freitas, Pedro H. C. Neves
xvi
Alterações nos caracteres morfométricos dos testículos de morcegos frugívoros
expostos ao pesticida glifosato.
Esteban G. Ospina, Mariella B. D. Freitas, Pedro H. C. Neves
Efeitos da toxicidade do herbicida glifosato no testículo de morcegos frugívoros.
Renata M. P. Freitas, Esteban G. Ospina, Jerusa M. Oliveira, Mariáurea M. Sarandy,
Mariella B. Freitas
Avaliação transgeracional da exposição parental e direta ao manganês na qualidade
espermática de camundongos Swiss. *
Tugstênio L. Souza, Amândia R. Batschauer, Patrícia Manuit, Anderson Martino-
Andrade, Claudia F. Ortolani-Machado
Polpa rica em fenóis de Euterpe oleracea MART possui ação antioxidante frente ao
estresse oxidativo induzido pelo cádmio.
Viviane G. S. Mouro, Janaína da Silva, Fernanda C. R. Dias, Fabiana C. S. A. Melo, ,
Sérgio L. P. Matta
EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA
A biologia além das células: estudando os sistemas por meio da anatomia humana.
Eduarda R. Fialho, Josicelli S. Crispim, Fabiana C. S. A. Melo, Luciano E. Pelúzio
Coloração de Gram: estudando as células procarióticas no ensino médio.
Eduarda R. Fialho, Josicelli S. Crispim, Denise M. S. Bazzolli, Jildete K.Santos
Avaliação da atividade antitumoral in vitro de derivados de dibenzoilmetano em
linhagens celulares normais e tumorais.
Mariá A. B. R. Oliveira, Jefferson V. P. B. Baeta, Anesia Santos
Universidade das crianças: o estudo sobre células através da livre escolha. *
Rafaela M. Barreto, Paola C. Medeiros, Letícia M. Ferreira, Beatriz R. Lara, Monique M.
Coelho, Regina S. R. Silva, Elisângela E. Ferreira, Raquel A. Costa
xvii
GENÉTICA E EVOLUÇÃO
Estudo citogenético de duas populações de Gnamptogenys striatula, Mayr
(Formicidae: Ectatominae): um enfoque taxonômico.
Gisele A. Teixeira, Hilton J. A. C. Aguiar, Luísa A. C. Barros, Denilce M. Lopes, Tânia
M. F. Salomão
Ocorrência de inversão cromossômica envolvendo genes rDNA 18S em Acromyrmex
Mayr (Formicidae: Myrmicinae)
Gisele A. Teixeira, Luísa A. C. Barros, Hilton J. A. C. Aguiar, Denilce M. Lopes, Tânia
M. F. Salomão
GENÉTICA MOLECULAR
Envolvimento de profagos na diversidade bacteriana de Desulfovibrio alaskensis
G20
Clara N. Laguardia, Josicelli S. Crispim, Larissa C. Araújo, Roberto S. Dias, Sérgio O.
de Paula
Isolamento e caracterização inicial de nova linhagem de Desulfovibrio marinus.
Clara N. Laguardia, Josicelli S. Crispim, Larissa C. Araújo, Jéssica D. Silva, Roberto S.
Dias, Maíra P. Sousa, Cynthia C. Silva, Sérgio O. de Paula
Estudo de uma sequência de DNA repetitivo em Tetragonisca angustula
(Hymenoptera, Meliponini).
Jaqueline A. Pereira, Tânia Maria F. Salomão, Denilce M. Lopes
Escaneamento e caracterização de profagos em genomas de bactérias do gênero
Desulfovibrio.
Josicelli S. Crispim, Roberto S. Dias, Pedro M. P. Vidigal, Maíra P. Sousa, Cynthia C.
Silva, Mateus F. Santana, Sérgio O. de Paula
Caracterização genômica de duas bactérias redutoras de sulfato do gênero
Desulfovibrio.
Josicelli S. Crispim, Pedro M. P. Vidigal, Lívia C. Fidélis, Clara N. Laguardia, Larissa C.
Araújo, Roberto S. Dias, Maíra P. Sousa, Sérgio O. de Paula, Cynthia C. Silva
Avaliação do perfil de expressão de genes do metabolismo hepático do nascimento à
vida adulta.
Kassiana Mafra, Brenda Nakagaki, Maísa Antunes, Hortencia Maciel, Camila Dutra,
Matheus Mattos, Mateus Lopes, Ariane Diniz, Maria Alice Lopes, Ana Carolina Silva,
Gustavo Menezes
xviii
Caracterização de um profago presente no genoma de Desulfovibrio alaskensis.
Larissa C. Araújo, Josicelli S. Crispim, Clara N. Laguardia, Roberto S. Dias, Sérgio O.
de Paula
Caracterização inicial de um nova linhagem de Desulfovibrio indonesiensis.
Larissa C. Araújo, Josicelli S. Crispim, Clara N. Laguardia, Jéssica D. Silva, Roberto S.
Dias, Maíra P. Sousa, Cynthia C. Silva, Sérgio O. de Paula
HISTOFISIOLOGIA
Avaliação morfológica dos corpúsculos renais de camundongos Swiss fêmeas
tratadas com curcumina.
Amanda S. Gutierres, Talita A. Santos, Ianca G. C. Monteiro, Guilherme A. V. Pereira,
Julia R. Borges, Ana C. Valim, Fernanda C. R. Dias, Izabel R. S. C. Maldonado
Histopatologia e estresse oxidativo hepático de camundongas nulíparas tratadas
com curcumina.
Amanda S. Gutierres, Talita A. Santos, Julia R. Borges, Ianca G. C. Monteiro, Guilherme
A. V. Pereira, Ana C. Valim, Janaína da Silva, Luiz Carlos M. Ladeira, Izabel R. S. C.
Maldonado
Status oxidativo hepático de camundongas lactantes tratadas com curcumina.
Ana C. Valim, Talita A. Santos, Janaina da Silva, Ianca G. C. Monteiro, Julia R. Borges,
Guilherme A. V. Pereira, Amanda S. Gutierres, Izabel R. S. C. Maldonado
Histologia das brânquias de alevinos de tilápia GIFT submetidos a ensaio de
toxicidade aguda de NH3.
Francielle F. V. Santana, Thatiane C. Teixeira, Sérgio L. P. Matta, Iván A. S. Ortiz,
Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza P. Martins
Efeito de semente de chia (Salvia hispanica L.) sobre parâmetros biométricos
testiculares de ratos Wistar imaturos.
Francielle F. V. Santana, F. C. R. Dias, B. P. Silva, M. Grancieri, H. S. D. Martino, E. L.
Oliveira, A. L. P. Martins, F. C. S. A. Melo, S. L. P. Matta
Efeito antioxidante do açaí da mata atlântica (Euterpe edulis) em intertúbulo
seminífero de camundongos Apoe -/-
Isabela P. S. Bento, Luiz O. G. Ervilha, Kyvia L. C. Costa Fernanda C. R. Dias Sérgio L.
P. Matta, Fabiana C. S. A. Melo
Açaí da mata atlântica (Euterpe edulis) e sua propriedade sobre testículos de
camundongos Apoe -/-
Isabela P. S. Bento, Luiz O. G. Ervilha, Kyvia L. C. Costa, Fernanda C. R. Dias, Sérgio
L. P. Matta, Fabiana C. S. A. Melo
xix
Análise histológica de órgãos após a inoculação de diferentes concentrações de
células B16-F10 no dorso de camundongos.
Priscila F. S. Martins, J. A. V., G. D. A. L., G.A. M., V. H. S. G., G. C. B., M. M.N.
Ação do extrato da polpa de juçara (Euterpe edulis Martius) sobre o fígado de ratos
Wistar intoxicados com chumbo.
Priscila G. Silva, Kyvia L. C. Costa, Ana Luiza P. Martins, Lidiane S. Nascimento, Sérgio
L. P. Matta
Parâmetros histomorfométricos do fígado de ratos Wistar adultos submetidos a
exposição ao chumbo.
Priscila G. Silva, Kyvia L. C. Costa, Ana Luiza P. Martins, Lidiane S. Nascimento, Sérgio
L. P. Matta
Efeito do herbicida glifosato sobre a capacidade antioxidante do fígado, rim e
músculo de morcego frugívoro.
Renata M. P. Freitas, Esteban G. Ospina, Jerusa M. Oliveira, Mariáurea M. Sarandy,
Mariella B. Freitas
Morfometria de pâncreas e a regulação da glicose no morcego A. caudifer
(Chiroptera, Phyllostomidae, Geoffroy, 1818).
Stella B. Silva, Mariella B. Freitas
IMUNOLOGIA
Caracterização fenotípica de células esplênicas e sua relação com a via colinérgica
por imunohistoquímica.
Filipe R. O. Souza, Patrícia M. A. Lima
Melhora do reparo de feridas incisionais pelos efeitos sistêmicos da tolerância oral
em camundongos senescentes.
Rafaela M. Barreto, Monique M. Coelho, Ana Luiza H. Torres, Vivian A. Resende, Juan
F. S. Monteiro, Raísa M. S. Oliveira, Rosiane A. Castro, Raquel A. Costa
IMUNOVIROLOGIA
O Zika vírus aumenta a produção de ROS em cultura primária de astricitos e de
células precursoras de oligodendróticas.
Ítalo E. P. Silva, Roberto S. Dias, Edjon G. Santos, Mario J. Oliveira Neto, Sérgio O. de
Paula
xx
Avaliação da influência de fago lítico no crescimento da bactéria Escherichia coli em
meio mínimo com diferentes fontes de Carbono.
Jéssica D. Silva, Roberto S. Dias, Josicelli S. Crispim, Mirelly J. Fernandes e Silva,
Maraisa M. Marcelino, Thainá I. Lima, Sérgio O. de Paula.
A influência da concentração e fonte de carbono na produtividade de bacteriófagos
em Escherichia coli.
Jéssica D. Silva, Roberto S. Dias, Josicelli S. Crispim, Déborah R. G. Lopes, Maraisa M.
Marcelino, Mirelly J. Fernandes e Silva, Thainá I. Lima, Sérgio O. de Paula
Otimização e expressão heteróloga da proteína NTPDase 2 de Leishmania (Viannia)
braziliensis (sp.) (Vianna, G.).
Nancy R. Torres, J. V. B. Moraes, R. S. Vasconcellos, G. C. Bressan, J. L. R. Fietto,
J.L.R.
MORFOLOGIA INTERNA DE INVERTEBRADOS
Morfologia do aparelho reprodutor masculino de Leptoglossus zonatus (Dallas,
1852) (Heteroptera: Coreidae).
Alessandra S. B. Toni, Edmilson A. Souza, Davy S. Gomes, Luciane C. O. Lisboa, Ézio
M. Silva
Histologia e ultramorfologia das glândulas de veneno e Dufour do parasitoide
Hymenoepimecis bicolor Brullé, 1846 (Hymenoptera:Ichneumonidae). *
Jamile F. S. Cossolin, Thiago G. Kloss, Jober F. Sobczak, Fabrícia G. Lacerda, Leandro
L. Oliveira, José E. Serrão
Morfologia das glândulas salivares de Scaptocoris castanea Perty, 1830 (Hemiptera:
Cydnidae).
Jamile F. S. Cossolin, Luis Carlos Martínez, Monica J. B. Pereira, Lucia M. Vivan, José
E. Serrão
MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS
Biometria renal e bioquímica sérica de ratos Wistar expostos ao arsenito de sódio.
Letícia G. Piuzana, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz O. G. Ervilha, Mariana
M. Neves
Análise óssea de ratos Wistar adultos expostos ao arsênio durante a fase pré-púbere.
Luiz O. G. Ervilha, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Mariana M. Neves
xxi
Efeitos da exposição ao arsênio em parâmetros ósseos durante a fase pré-púbere de
ratos Wistar.
Luiz O. G. Ervilha, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Mariana M. Neves
Microscopia eletrônica de varredura da língua dos squamatas Bothrops jararaca
(Viperidae) e Salvator merianae (Teiidae).
Maria Luiza A. Rodrigues, Sirlene S. R. Sartori
Microscopia eletrônica de varredura da língua de Hemidactylus mabouia
(Gekkonidae) e Tropidurus torquatus (Tropiduridae).
Maria Luiza A. Rodrigues, Sirlene S. R. Sartori
PARASITOLOGIA
A proteína recombinante de 21 KDA de Trypanosoma cruzi como um importante
imunógeno para vacina da doença de chagas.
Cassiano C. Rodrigues, Marlus A. Santos, Thaise L. Teixeira, Patrícia de Castilhos, Aline
A. Silva, Paula C. B. Tavares, Rebeca T. S. Brígido, Mariana F. Silva, Bruna C. Borges,
Samuel C. Teixeira, Fernanda S. Borges, Flávia A. Martins, Rafael M. Oliveira, Julia G.
Santos, Claudio V. Silva
Ação leishmanicida de derivados do ácido cinâmico sobre amastigotas de
Leishmania braziliensis em infecção in vitro de macrófagos.
Wemerson A. Menezes, Luciana A. Souza, Thiago S. Onofre, Michelle P. Rodrigues,
Róbson R. Teixeira, Juliana L. R. Fietto, Gustavo C. Bressan, Márcia R. Almeida
PATOLOGIA
Avaliação da Citotoxicidade e Endocitose da Nanopartícula Doxo-VLDP em Células
Tumorais.
Amanda P. Gonçalves, Anésia A. Santos, José E. B. Ramos Jr, Renko de Vries
Efeitos do treinamento físico associado à suplementação com açaí sobre parâmetros
cardíacos em ratos submetidos a uma dieta hiperlipídica.
Denise C. Miranda, Victor N. Lavorato, Filipe R. Drummond, Leôncio L. Soares, Maria
do Carmo G. Peluzio, Antônio J. Natali, Maria L. Pedrosa, Marcelo E. Silva
Bioacumulação de chumbo no fígado de ratos Wistar adultos.
Diane C. Araujo, Amanda A. Lozi, Kyvia L. C. Costa, Sérgio L. P. Matta, Marli C.
Cupertino, Fernanda C. R. Dias
xxii
Avaliação in vitro da atividade antineoplásica de um composto de coordenação de
cobre e o sinergismo com a Cisplatina. *
Elaine G. Guimarães, Marina B. Silva, Christiane F. Horn, Milton M. Kanashiro
Avaliação da interação entre Serine Arginine Protein Kinase 2 (SRPK2) e
Swiprosin-1 (SWS1).
Geniana S. Gomes, Mônica M. M. Caetano, Maria R. Silva, Gustavo C. Bressan
Análise das alterações morfológicas de células de leucemia linfoblástica aguda,
frente ao tratamento com composto de coordenação gálio.
Kíssila S. A. Pereira, Leide L. F. Maciel, Luana M. Pereira, Milton M. Kanashiro,
Christiane F. Horn, João C. A. Almeida
Atividade citotóxica in vitro e in vivo do composto de coordenação de platina na
linhagem de cãncer de mama MDA-MB-231.
Leide L. M., Marina B. Silva, Christiane F. Horn, Rafaela O. Moreira, Milton M.
Kanashiro, João C. A. Almeida
Avaliação ultraestrutural de células de câncer de pulmão tratadas com um composto
de cobre(II).
Luana M. Pereira, Leide L. F. Maciel, Kíssila S. A. Pereira,Milton M. Kanashiro,
Christiane F. Horn, João C. A. Almeida
Avaliação de enzimas antioxidantes na cicatrização de feridas cutâneas de ratos
tratados com Doxiciclina Hiclato.
Luciana S. Altoé, Raul S. Alves, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B. Queiroz Junior, Lyvia
L. Miranda, Reggiani V. Gonçalves
Avaliação da citotoxicidade de fármacos antineoplásicos in vitro e indução tumoral
in vivo para aplicação em pesquisas.
Marina B. Silva, Leide L. F. Maciel, Paula R. Siqueira, Elaine G. Guimarães, Milton M.
Kanashiro.
Histomorfometria tumoral de camundongos após o tratamento farmacológico com
SRVIC30.
Priscila F. S. Martins, J. A. V., V. H. S. G., G. A. M., N. C. L. M., G. D.A. L., R. R. T.,
G. C. B., M. M. N.
Doxiciclina (Hiclato) promove a proliferação celular e angiogênese em feridas
cutâneas de ratos.
Raul S. Alves, Luciana S. Altoé, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B. Queiroz Junior,
Reggiani V. Gonçalves
xxiii
Fibras colágenas tipo I e III na cicatrização de queimaduras em ratos Wistar
tratados com Brassica oleracea.
S. B. Queiroz-Júnior, L. L. Miranda, M. M. Sarandy, L. S. Altoé, R. S. Alves, R. V.
Gonçalves
Avaliação da neurotoxicidade do manganês após exposição parental e direta em
camundongos Swiss.
Amândia R. Batschauer, Tugstênio L. Souza, Patrícia Manuit, Ana Luiza B. O. Viana,
Nicoli M. Pereira, Ciro A. O. Ribeiro, Claudia F. Ortolani-Machado
1
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
EXPRESSÃO DE TRANSPORTADORES TRANSEPITELIAIS DE CÁLCIO
VARIA EM LESÕES DA PRÓSTATA VENTRAL DE RATOS IDOSOS.
Bruna T. Maria, Gabriel H. Campolina-Silva, Monalise E. Jesus; Hipácia Werneck-
Gomes, Germán A. B. Mahecha Cleida A. Oliveira
Laboratório de Biologia da Reprodução. Departamento de Morfologia, Instituto de
Ciências Biológicas (ICB), Universidade Federal de Minas Gerais. Avenida Presidente
Antônio Carlos, 6627, Pampulha, Belo Horizonte, MG, Brasil. CEP: 31270-901.
RESUMO. O transporte de cálcio através do epitélio prostático requer a participação de
diversas proteínas, como os canais TRPVs, que medeiam sua entrada nas células. A
difusão de Ca2+ pelo citoplasma ocorre pela ligação a calbindina-D28k (CaBP-D28k),
enquanto sua extrusão é possibilitada principalmente pela ATPase PMCA. Numerosos
estudos demonstram que o avançar da idade é um importante fator de risco para o
desenvolvimento de câncer de próstata, sendo que um desbalanço na homeostase local de
Ca2+ pode contribuir para a ocorrência desta e de outras desordens prostáticas. Ainda
assim, o conhecimento acerca da expressão de TRPV6, CaBP-D28k e PMCA1/4 durante
o envelhecimento e em lesões epiteliais da próstata senil é escasso. Desta forma, o
objetivo deste trabalho foi investigar se a expressão destas proteínas-chave envolvidas no
transporte transepitelial de Ca2+ varia ao longo da vida adulta (dos 3 aos 24 meses de
idade), assim como em sítios de lesão da próstata ventral de ratos Wistar idosos. TRPV6,
CaBP-D28k e PMCA1/4 foram observados na membrana plasmática apical, citoplasma
e membrana plasmática basolateral de células epiteliais prostáticas, respectivamente.
Alterações em seus níveis proteicos foram observados com o envelhecimento,
especialmente em regiões de lesões proliferativas, como PIN e metaplasia, onde todos os
transportadores de Ca2+ estudados tiveram sua expressão reduzida. Os níveis de
PMCA1/4 também foram drasticamente diminuídos no epitélio atrófico, quando
comparado ao epitélio normal adjacente. As reduções pontuais observadas para TRPV6,
CaBP-D28k e PMCA1/4 em lesões da próstata são indicativas de falha na disponibilidade
de Ca2+ intracelular. Além disso, os dados obtidos contribuem para um melhor
entendimento sobre as alterações celulares que podem levar ao
desenvolvimento/manutenção de lesões frequentes na próstata senil e que podem gerar
fenótipos malignos. Palavras-chave: Próstata, Lesões prostáticas, TRPV6, Calbindina-
D28K, PMCA1/4, Envelhecimento.
Palavras-chave: Próstata, Lesões prostáticas, TRPV6, Calbindina-D28K, PMCA1/4,
Envelhecimento.
2
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
REDUÇÃO DE RECEPTOR DE ANDRÓGENO EM LESÕES PROSTÁTICAS
DE RATOS EM ENVELHECIMENTO.
Felipe L. Bento, Hipácia Werneck-Gomes, Gabriel H. Campolina-Silva, Bruna T. Maria,
Monalise E. Jesus, Germán A. B. Mahecha, Cleida A. Oliveira
Laboratório de Biologia da Reprodução - Departamento de Morfologia ICB/UFMG.
RESUMO. O adenocarcinoma prostático é o câncer não cutâneo mais frequente no
mundo, sendo a idade o principal fator de risco para seu desenvolvimento. A próstata é
um clássico órgão andrógeno-dependente sendo a di-hidrotestosterona (DHT), um
metabólito da testosterona, o principal andrógeno a atuar na glândula, promovendo o
crescimento, desenvolvimento e diferenciação do tecido. Entretanto, outros esteroides
como estrógenos e vitamina D também são fundamentais na regulação prostática. Os
andrógenos exercem suas funções através da ligação de receptores nucleares, conhecidos
como receptores de andrógeno (AR), enquanto os estrógenos ligam-se aos receptores de
estrógeno (ERα e ERβ), e a vitamina D ao receptor de vitamina D (VDR). Ao longo do
envelhecimento o cenário hormonal do homem se altera, principalmente devido a redução
dos níveis de testosterona, favorecendo a ação dos estrógenos. Dados do nosso grupo
mostraram redução de VDR e ERβ em áreas de lesões proliferativas e inflamatórias na
próstata de animais senis, paralelamente a um aumento de ERα. Entretanto, pouco sabe-
se sobre a variação idade-dependente e a expressão do AR em áreas de lesões, o que
pretendemos investigar nesse estudo. Para isso, fragmentos de próstata de ratos Wistar
em envelhecimento (3, 6, 12, 18 e 24 meses) foram utilizados em ensaios
imunohistoquímicos. Intensa positividade nuclear e moderada marcação citoplasmática
foi identificada em células secretoras do epitélio normal. Não houve alteração na
expressão de AR nas áreas de epitélio normal em todas as idades analisadas. Entretanto,
em áreas de lesões epiteliais tais como PIN, atrofia, proliferação cribriforme e metaplasia
escamosa, foi observada redução na imunorreatividade para o receptor. Esses resultados
reforçam um desequilíbrio hormonal local, em que a redução dos níveis de AR, em
conjunto com os demais receptores, poderia favorecer o desenvolvimento de lesões
prostáticas.
Palavras-chave: Próstata, envelhecimento, receptor de andrógeno.
3
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
TITULAÇÃO E TROPISMO DE UM ENDOSSIMBIONTE EM FÊMEAS DE
Drosophila sturtevanti (DIPTERA: DROSOPHILIDAE) DUDA, 1927
Hélio P. Pereira Filho1, Kamilla Caliman2, Karla Yotoko3, José Lino Neto4
1 Programa de Pós graduação em Biologia Celular e Estrutural, DBG/UFV. 2
Bacharelado em Ciências Biológicas - LBE/DBG/UFV. 3 Laboratório de Bioinformática
e Evolução - LBE/ DBG/UFV. 4 Laboratório de Ultraestrutura Celular/DBG/UFV.
RESUMO. Bactérias do gênero Wolbachia (Rickettsiales: Alphaproteobacteria) são
endossimbiontes de herança matrilinear que infectam nematódeos e artrópodes. Estima-
se que pelo menos 70% das espécies de insetos estejam infectadas. Wolbachia induz
fenótipos reprodutivos que aumentam o valor adaptativo dos indivíduos infectados e
fazem com que a infecção se espalhe rapidamente pela população. Neste trabalho,
investigamos se a titulação da infecção e a distribuição da bactéria nos ovários se altera
com a idade da fêmea. Para isso, utilizamos fêmeas de três e 15 dias de Drosophila
sturtevanti de uma linhagem laboratorial sabidamente infectada por Wolbachia. Fizemos
uma abordagem de PCR semi-quantitativo que consiste em fazer as reações de PCR com
20, 25 e 30 ciclos, com 10 fêmeas de cada idade. Espera-se que indivíduos com titulação
elevada apresentem bandas nas três reações, enquanto indivíduos com baixa titulação
apresentem bandas apenas na reação com 30 ciclos. Utilizamos a técnica de Fluorescência
por Hibridação in situ de DNA-RNA (FISH) para localizar a infecção nos ovários a fim
de descrever o tropismo da bactéria e estabelecer se a titulação e a distribuição da bactéria
se altera com a idade dos hospedeiros. Nossos resultados sugerem maior titulação em
fêmeas de três dias de idade, com maior concentração de Wolbachia no germário. Aos 15
dias, as bactérias se encontram mais espalhadas no vitelário dos ovaríolos. Em 15 dias, o
sistema de defesa do hospedeiro possivelmente teve tempo de eliminar Wolbachia da
maioria dos tecidos (exceto nas gônodas e no tecido nervoso), explicando a diminuição
da titulação. Para garantir a transmissão para a prole, a bactéria infecta as células
germinativas, invadindo os ovaríolos a partir do germário, explicando o fato de
encontrarmos maior concentração no germário de fêmeas jovens.
Palavras-chave: Wolbachia, PCR, FISH, transmissão vertical.
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
4
MODULAÇÃO HORMONAL DO COMPARTIMENTO BASAL PROSTÁTICO:
POSSÍVEL RELAÇÃO ENTRE CÉLULAS BASAIS E MACRÓFAGOS
INTRAEPITELAIS. *
Hipácia Werneck-Gomes, Gabriel H. Campolina Silva, Felipe L. Bento, Bruna T. Maria,
Germán A. B. Mahecha, Cleida A. Oliveira
Laboratório de Biologia da Reprodução - Departamento de Morfologia ICB/UFMG.
RESUMO. As células basais podem ter diferentes contribuições estruturais e funcionais
na próstata. Acredita-se que essas células são resistentes à privação androgênica, o que
explica a recidiva do câncer mesmo após o bloqueio androgênico por castração. Dados
da nossa equipe mostraram aumento de células basais intensamente coradas para
aromatase em lesões prostáticas de ratos idosos. Porém sabe-se que após castração,
macrófagos são recrutados para a porção basal do epitélio prostático, e que, assim como
as células basais, eles podem expressar enzimas esteroidogênicas. Dessa forma, o objetivo
do presente trabalho foi investigar alterações no perfil de células basais na próstata de
ratos em diferentes microambientes hormonais, correlacionar com o possível
recrutamento de macrófagos para o compartimento basal do epitélio, e investigar a
expressão de aromatase nessas células. Para isso, ratos Wistar adultos foram submetidos
à castração, seguido de reposição com estradiol ou DHT. Fragmentos da próstata foram
usados para realização de imuno-histoquímica e imunofluorescência. A castração induziu
aumento de células basais e de células intensamente coradas para aromatase, bem como
recrutamento de macrófagos para a base do epitélio. Colocalização indicou positividade
de macrófagos intraepiteliais para aromatase. Reposição com estradiol aumentou ainda
mais o número de células basais e reduziu o recrutamento de macrófagos, comparado aos
castrados. Reposição com DHT manteve a proporção de células basais e impediu o
recrutamento de macrófagos para o epitélio, similar aos controles. Esses resultados
indicam que tanto células basais quanto macrófagos podem ser modulados, mas também
modular o microambiente hormonal prostático, revelando a complexidade do
compartimento basal do epitélio.
Palavras-chave: Próstata, células basais, macrófagos, aromatase.
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
5
EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Davilla elliptica ST. -HIL.
(DILLENIACEAE) CAUSA ALTERAÇÕES TESTICULARES EM
CAMUNDONGOS SWISS.
Janaina da Silva1, Viviane G. S. Mouro1, Fernanda C. R. Dias1, Eduardo M. Damasceno2,
Luiz Carlos M. Ladeira1, Patrícia S. Mattosinhos1, Sérgio L. P. Matta1
1 Universidade Federal de Viçosa – Laboratório de Biologia Estrutural. 2 Universidade
Federal do Espirito Santo – Campus São Mateus – Laboratório de Biologia Estrutural.
RESUMO. D. elliptica, conhecida como “seca-testículos”, é utilizada para tratamento de
várias doenças sendo seu efeito atribuído aos flavonoides. Sua fração rica em flavonoides
causou histopatologias nos túbulos seminíferos, mas não é sabido se essa classe de
metabólitos foi exclusivamente a responsável. Objetivou-se avaliar o efeito do extrato
hidroalcoólico, sem flavonoides, de D. elliptica (EHADE) nos testículos de camundongos
Swiss. 24 camundongos adultos foram distribuídos em quatro grupos (n=6): G1-Controle;
G2-EHADE 100mg/Kg; G3-EHADE 200mg/Kg; G4-EHADE 400mg/Kg. Folhas de D.
elliptica foram submetidas à percolação exaustiva com acetato de etila (retirada dos
flavonoides) e posterior percolação com álcool etílico-70% (obtenção do EHADE). O
tratamento foi administrado por gavagem (42 dias consecutivos). O procedimento foi
autorizado pelo CEUA-UFV (nº 40/2015). Os resultados foram analisados por ANOVA
seguida de post-hoc Student Newman Keuls (p≤0.05). A prospecção fitoquímica
comprovou a ausência de flavonoides na EHADE. A massa corporal reduziu em G3 e G4.
Apesar da massa do testículo não ter alterado, G4 teve redução na massa do parênquima.
A porcentagem de epitélio reduziu e a de lume aumentou em G4 mantendo a de túbulo.
No entanto, o volume de epitélio reduziu levando à diminuição do de túbulo em G4. Uma
vez que o diâmetro do túbulo e a altura do epitélio não alteraram, a redução do volume
tubular foi devido a diminuição do comprimento total de túbulo em G4. A proporção
volumétrica dos componentes intertubulares não alterou, mas tanto o diâmetro quanto o
volume nuclear de Leydig aumentaram em todos os grupos. Não houve alterações na
contagem de células do estádio 1. Na avaliação da atividade das enzimas antioxidantes, a
atividade da glutationa S-transferase reduziu em todos os grupos. Desse modo, o EHADE
foi capaz de desencadear alterações histomorfométricas e enzimática testiculares.
Palavras-chave: Fitoterápicos; histomorfometria testicular; estado oxidativo.
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
6
TOXICOLOGIA COMPARATIVA DOS METAIS PESADOS As+5, As+3, Cd, Pb,
Cr E Ni NA QUALIDADE ESPERMÁTICA DE CAMUNDONGOS.
Janaina da Silva, Amanda A. Lozi, Viviane G. S. Mouro, Diane C. Araujo, Patrícia S.
Mattosinhos, Sérgio L. P. Matta, Mariana M. Neves
Universidade Federal de Viçosa – Laboratório de Biologia Estrutural
RESUMO. Causas idiopáticas relacionadas à baixa qualidade espermática em humanos
têm sido atribuídas em parte à exposição aos metais pesados. Características como meia-
vida longa, não-biodegradáveis e tendência de bioacumulação contribuem para a alta
toxicidade dos mesmos, sendo descritas de maneira inespecífica e genérica para todos os
metais. Cada metal pesado tem um conjunto exclusivo de características e,
consequentemente, uma toxicidade que deve ser avaliada para proceder com específica
precaução e apropriado reparo. Assim, objetivou-se comparar a toxicidade aguda dos
metais pesados As, Cd, Pb, Cr e Ni nos parâmetros espermáticos de camundongos Swiss.
Para isso, 28 camundongos foram distribuídos em sete grupos (n=4/ grupo): G1-NaOH
0,9%; G2-1,5mg/Kg As+5; G3-1,5mg/Kg As+3; G4-1,5mg/Kg Cd; G5-1,5mg/Kg Pb;
G6-1,5mg/Kg Cr; G7-1,5mg/Kg Ni. O tratamento foi administrado por gavagem, dose
única, sendo a eutanásia 7 dias após exposição. Os resultados foram analisados por
ANOVA seguida de post-hoc Student Newman Keuls (p≤0.05). A motilidade espermática
reduziu no grupo que recebeu Cd, sendo esta diminuição também significativa quando
comparada com Ni. O número de espermátides e a produção espermática diária por
testículo reduziu com As+5, Cd, Pb, Cr e Ni e por grama de testículo reduziu com Cd,
Pb, Cr e Ni. Nesses parâmetros, Pb teve redução significativa quando comparado com
todos os outros metais pesados, além de causar redução no tempo de trânsito espermático
na cauda. A porcentagem de espermatozoides com membranas plasmática e acrossomal
intactas reduziu em todos os grupos tratados. Todos os metais pesados causaram danos
espermáticos, no entanto, Cd além de ter influenciado estruturalmente, com redução de
espermatozoides com membrana íntegra, influenciou funcionalmente, com redução da
motilidade. Além dos danos causados pelo Cd, os danos numéricos desencadeados pelo
Pb também se evidenciaram, pois foram estatisticamente mais severos do que os dos
outros metais pesados.
Palavras-chave: Reprodução, toxicidade, contaminantes ambientais.
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
7
INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE SOBRE O ÍNDICE APOPTÓTICO DE
CÉLULAS DE SERTOLI EM Crotalus durissus (LINNAEUS, 1758)
Lorena D. M. Silva, Camila M. Pacheco, Flávia C. Resende, Victor V. Souza, Gleide F.
Avelar
Laboratório de Biologia Celular, Departamento de Morfologia, ICB/UFMG.
RESUMO. A célula de Sertoli é essencial para organização testicular e desenvolvimento
da espermatogênese. Durante décadas foi considerado que em mamíferos essas células
não mais se dividem após a puberdade,entretanto, trabalhos recentes sugerem que a
proliferaçãopersiste em áreas específicas do testículo,resultando no aumento do
tamanhodo órgãoassim como da produção espermática. Além disso, espécies de
reprodução sazonal têm demonstrado atividade proliferativa de células de Sertoli
dependente das estações do ano.Nesse contexto, em Crotalus durissus a espermatogênese
inicia-se na primavera e o pico de produção de gametasocorre no verão. No outono e no
inverno os túbulos seminíferosencontram-se em regressão e, portanto, o menor peso
testicular é observado. Contudo, a dinâmica das células somáticas testiculares ao longo
do ciclo sazonal ainda não está esclarecida.Diante disso, o presente estudo teve como
objetivo investigar a ocorrência de apoptose de células de Sertolinas diferentes estações
do ano.Para tanto,foram eutanasiados quatro indivíduos por estação, sendo realizado o
protocolo de imunohistoquímica para Caspase-3.O menor índice gonadossomático foi
registrado no inverno (~0,1%), indicando menor investimento na atividade
espermatogênica nesta estação. Concomitantemente, 79% das células de Sertoli foram
positivas para Caspase-3, sendo esse valor significativamente maior quando comparado
com o índice apoptótico obtido no verão(34%). Nossos resultados preliminares indicam
que as células somáticas que compõem o epitélio seminífero estão sujeitas a alterações
em seu número, contribuindo para a redução da produção espermática durante os períodos
de outono e inverno. Adicionalmente, estudos em andamento em nosso laboratório
buscam identificar os fatores intrínsecos ou extrínsecos que influenciam nestes eventos,
bem como correlacionar com a atividade das demais células somáticas testiculares.
Palavras-chave: Célula de Sertoli, apoptose, sazonalidade, Crotalus durissus.
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
8
MODIFICAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS SÃO RESULTADO DE
ALTERAÇÕES NO TRANSCRIPTOMA OVARIANO DEVIDO À
VITRIFICAÇÃO.
Luiza A. A. C. Pereira¹, Íris J. A. Assis¹, Fernando O. Coelho¹, Tânia M. Segatelli², Érika
C. Jorge², Luiz L. Coutinho³, Paulo H. A. Campos-Junior¹
1 Fertility Preservation Research Group, Universidade Federal de São João del Rei. 2
Laboratório de Biologia Oral e do Desenvolvimento, Universidade Federal de Minas
Gerais. 3 Laboratório de Biotecnologia Animal, Departamento de Zootecnia,
ESALQ/Universidade de São Paulo.
RESUMO. Tratamentos oncológicos têm mostrado aumento significativo na taxa de
sobrevivência de pacientes com câncer. Tais tratamentos envolvem técnicas
gonadotóxicas resultando em um número crescente de pacientes com insuficiência
ovariana prematura e mulheres jovens inférteis. A vitrificação é uma opção para a
manutenção da fertilidade, no entanto, a aplicação desta técnica requer a investigação
global de genes. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da vitrificação
sobre o transcriptoma de tecido ovariano murino. Amostras de tecido ovariano fresco e
vitrificado (ambos n = 3) foram obtidas 20 dias após o transplante. O RNA total foi
extraído seguindo o protocolo do Illumina®. As bibliotecas foram preparadas com o
Illumina TruSeq e o sequenciamento realizado pelo FASTQC. O mapeamento foi feito
no STAR seguindo o genoma de referência mm 10. As leituras foram quantificadas pelo
HTseq e a expressão diferencial foi realizada pelo Deseq2. As classes funcionais mais
representadas foram analisadas pelo DAVID (GO-CC). Foram detectados 16.602 genes
no grupo vitrificado e 13.527 genes no grupo controle, dos quais 332 foram up regulados
e 291 foram reprimidos (vitrificados / controle). Os 10 genes mais diferencialmente
expressos dentro de GO-CC up regulados estão relacionados ao cistoesqueleto, superfície
celular e projeção celular e os down regulados se relacionam ao retículo endoplasmático,
aparelho de Golgi e componente integral da membrana plasmática. Através do qRT-PCR
foi possível validar os dados obtidos no RNA-seq. A MET mostrou abundância de
componentes de citoesqueleto e juncionais nas amostras vitrificadas em relação ao
controle e notou-se que a quantidade de organelas, como o retículo endoplasmático e as
mitocôndrias, foi maior nos oócitos e nas células foliculares frescas. Todavia, os
resultados indicam que a vitrificação implica em modificações ultraestruturais
relacionadas a um mecanismo compensatório na tentativa de sobrevivência celular.
Palavras-chave: RNA-seq, transcriptoma, vitrificação, tecido ovariano.
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
9
EFEITO DA FRAÇÃO ENRIQUECIDA EM FLAVONOIDES DE D. elliptica ST. -
HIL. (DILLENIACEAE) NOS TESTÍCULOS DE CAMUNDONGOS SWISS.
Patrícia S. Mattosinhos1, Janaina da Silva1, Fernanda C. R. Dias1, Viviane G. S. Mouro1,
Eduardo M. Damasceno2, Luiz C. M. Ladeira1, Sérgio L. P. Matta1
1 Universidade Federal de Viçosa – Laboratório de Biologia Estrutural. 2 Universidade
Federal do Espirito Santo – Campus São Mateus – Laboratório de Biologia Estrutural
RESUMO. Davilla elliptica é utilizada popularmente como cicatrizante e antisséptico
sendo seu efeito atribuído aos flavonoides. Embora conhecida como “seca-testículos”,
sua toxicidade reprodutiva ainda é pouco conhecida. Objetivou-se avaliar o efeito da
fração enriquecida em flavonoides de D. elliptica (FEFDE) na histomorfometria e estado
oxidativo testiculares de camundongos Swiss. 30 animais adultos foram distribuídos em
cinco grupos (n=6): G1-Controle; G2-Veículo (DMSO); G3-FEFDE 100mg/Kg; G4-
FEFDE 200mg/Kg; G5-FEFDE 400mg/Kg. Folhas de D. elliptica foram submetidas à
percolação exaustiva com acetato de etila (obtenção da FEFDE). O tratamento foi
administrado por gavagem (42 dias consecutivos). Todo procedimento foi autorizado pela
CEUA-UFV (nº 40/2015). Os resultados foram analisados por ANOVA seguida de post-
hoc Student Newman Keuls (p≤0.05). A prospecção fitoquímica comprovou a presença
de flavonoides na FEFDE. As áreas de túbulo, lume e epitélio, assim como a relação
túbulo/epitélio não alteraram. Na contagem de células do estádio 1, o índice e a
capacidade total de suporte de Sertoli aumentaram em G3. A proporção e volume do
intertúbulo, bem como de seus componentes, não alteraram exceto tecido conjuntivo que
aumentou em G3 e vaso sanguíneo que aumentou em G5. O diâmetro e volume nuclear
de Leydig aumentaram em G5, e o volume citoplasmático aumentou em G3, G4 e G5.
Essas alterações foram responsáveis pelo aumento do volume celular de Leydig em todos
os grupos tratados com FEFDE. O número de Leydig aumentou em todos os grupos,
inclusive no veículo, o que não permite afirmar que foi efeito exclusivo da FEFDE. Na
avaliação do estado oxidativo, a catalase e a glutationa S-transferase tiveram suas
atividades reduzidas, mas a atividade da superóxido dismutase aumentou em G5. A
FEFDE demonstrou atuar no compartimento intertubular, especificamente em Leydig
podendo desencadear perdas no processo espermatogênico.
Palavras-chave: Fitoterápicos; toxicologia reprodutiva.
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
10
O DECOCTO DE Aristolochia triangularis CHAM., 1832 AFETA A
ESPERMATOGÊNESE?
Victor V. Souza1, Camila M. Pacheco1, Micheli S. Spadeto2, Bárbara R. Cardoso1, Gleide
F. Avelar1
1 Departamento de Morfologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte – MG, Brasil. 2 Programa de Pós-Graduação em
Genética e Melhoramento, Centro de Ciências Agrárias e Engenharias, Universidade
Federal do Espírito Santo, Alegre – ES, Brasil.
RESUMO. De acordo com a OMS cerca de 20 mil plantas medicinais são utilizadas em
todo mundo, sendo uma delas a Aristolochia triangularis, conhecida popularmente como
cipó-de-mil-homens. Baseado em sua provável ação anti-inflamatória, o decocto de
A.triangularisé utilizado para cura ou alívio de reumatismo, gota e artrite. Entretanto,
plantas do gênero Aristolochia já causaram a intoxicação de aproximadamente 25 mil
pessoas na Bélgica, Croácia, Bulgária e Sibéria. Os sinais e sintomas são atribuídos à
exposição aos ácidos aristolóquicos, alcaloides produzidos a partir de metabólitos
secundários. Desse modo, se faz necessário compreender os efeitos da A.triangularis na
reprodução masculina. O decocto foi preparado a partir de caules secos de A. triangularis.
Camundongos adultos machos C57BL/6J receberam 500 µL do decocto (24 g l-1,
dosagem recomendada pela medicina popular) por sete dias, às 18 h. Solução salina a
0,9% foi utilizada como controle negativo. Os camundongos foram sacrificados 1, 21 e
35 dias após a última dose do decocto (n=6). Foi realizada mensuração do diâmetro
tubular (DT) e altura do epitélio (AE) em30túbulos seminíferos por animal.
Imunohistoquímica foi realizada para avaliar o índice de proliferação (IP) das células
germinativas por meio da incorporação BrdU e expressão de KI67. DT e AE dos animais
dos diferentes grupos tratados foram menores (p<0,05) quando comparados ao controle
negativo. As análises imunohistoquímicas revelaram efeito citotóxico dos decoctos, visto
que nos grupos tratados foram obtidos os menores IP (p<0,05), particularmente aos 35
dias. Nossos resultados indicam que os metabólitos derivados de A. triangularis levam à
perda das células germinativas bem como à redução da atividade proliferativa dessas
células. Esses efeitos caracterizam o potencial citotóxico, capaz de afetar a fertilidade de
indivíduos que consumirem o decocto.
Palavras-chave: Proliferação celular; Toxicogenética; Reprodução.
APRESENTAÇÕES ORAIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
11
A TOXICIDADE TESTICULAR DO CÁDMIO É DEPENDENTE DA VIA DE
ADMINISTRAÇÃO.
Viviane G. S. Mouro1, Ana Luiza P. Martins1, Janaína da Silva1, Marli C. Cupertino1,
Fabiana C. S. A. Melo2, Sérgio L. P. Matta1
1 Departamento de Biologia Geral – Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento
de Biologia Animal – Universidade Federal de Viçosa
RESUMO. A toxicidade do cádmio (Cd) em parâmetros reprodutivos é largamente
descrita na literatura. Grande parte dos modelos experimentais faz uso da via
intraperitoneal (i.p.), embora a intoxicação humana ocorra preferencialmente pela via
oral, podendo esta ser constante. No entanto, pouco se sabe sobre a influência das vias
de administração do Cd na estrutura testicular. Assim, comparou-se a exposição ao Cd
pelas vias i.p. e oral, utilizando doses equivalentes. Camundongos Swiss (n = 20) foram
divididos em quatro grupos (n = 5 animais/grupo), sendo um controle e três tratados. Os
grupos tratados receberam cloreto de cádmio nas doses de 1,5 mg/Kg i.p. e 30 mg/Kg
via oral (ODu) ambos dose única, e 4,28 mg/Kg via oral fracionada (OFr) por sete dias
consecutivos. Os testículos de todos os animais foram avaliados no 8º dia. O peso
testicular e do parênquima reduziram nas administrações via oral. O bioacúmulo de Cd
foi observado em todas as vias, sendo maior na OFr. As concentrações de Cálcio e
Cobre reduziram em todos os animais expostos ao Cd, enquanto que Zinco e Manganês
reduziram na via i.p.. A atividade de superóxido dismutase reduziu nas administrações
via oral, catalase aumentou na via i.p. e glutationa S-transferase aumentou em ambas as
vias. A testosterona sérica reduziu nas administrações via oral. O percentual de células
testiculares com danos aumentou em ambas as vias de administração do Cd, sendo
maiores nas formas via oral. A altura de epitélio e a relação túbulo epitélio reduziram na
OFr. Vacuolização no epitélio germinativo, desprendimento de células e degeneração do
túbulo seminífero foram observados em ambas as vias, sendo mais intensos na via OFr.
O maior acúmulo de Cd na via OFr pode ser devido ao fato do metal ter sido
administrado diariamente, mantendo a absorção contínua ao longo do período
experimental. De tal modo, o menor peso do testículo e a maior intensidade de danos
teciduais na via OFr, pode ter ocorrido por não haver intervalo para que o tecido
pudesse se recuperar dos danos. Assim, a toxicidade testicular do Cd, tende a ser mais
intensa quando a exposição ao metal é constante.
Palavras-chave: Histomorfometria, Metal pesado, Reprodução, Toxicologia.
APRESENTAÇÕES ORAIS – EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA
12
ESTUDO ULTRAESTRUTURAL DE MITOCÔNDRIAS E VESÍCULAS
TUBULARES NA MATURAÇÃO E ATIVAÇÃO DO EOSINÓFILO HUMANO.
Igor N. Barbosa, Cinthia P. M. Silva, Rossana C. N. Melo
Laboratório de Biologia Celular da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF
RESUMO. O eosinófilo é uma célula efetora do sistema imune inato caracterizado por
seu núcleo bilobulado, grânulos secretores contendo um cristaloide central e vesículas
tubulares derivadas destes grânulos, também conhecidas como Eosinophil Sombrero
Vesicles (EoSVs). Estas vesículas têm morfologia típica e desempenham papel
importante no transporte intracelular de mediadores imunes de eosinófilos, entretanto
ainda é desconhecido sobre quando as vesículas tubulares surgem durante a maturação
do eosinófilo. Além disso, a dinâmica mitocondrial em eosinófilos humanos imaturos,
maduros e ativados ainda é pobremente conhecida. O presente trabalho tem como objetivo
estudar tanto a população de EoSVs como de mitocôndrias em eosinófilos humanos
imaturos, maduros e em resposta à situações de ativação (como na presença de CCL11,
TNF-alfa e Síndrome Hipereosinofílica, sendo o último muito relacionado com uma
expressão elevada de IL-5, que estão associados com eventos de proliferação,
diferenciação, ativação e recrutamento de eosinófilos ao longo de sua maturação). Os
resultados indicam que a quantidade e o estado de fusão de mitocôndrias é maior nos
eosinófilos imaturos e diminuem ao longo da maturação até o estágio final de maturação.
Eosinófilos ativados não tiveram diferenças na população mitocondrial observadas em
relação aos não ativados. Foram observadas vesículas derivadas de mitocôndrias, indício
de um controle de qualidade mitocondrial durante a maturação. Vesículas tubulares foram
observadas na presença de grânulos apresentando condensação de cristaloide em células
imaturas, o que sugere que a formação de um cristaloide é necessário para o surgimento
das vesículas tubulares. A localização espacial das mitocôndrias no interior das células
foi a mesma para todos os grupos estudados. Portanto a redução de mitocôndrias e o
surgimento de vesículas tubulares são inerentes ao processo de maturação dos eosinófilos
e de seus grânulos respectivamente.
Palavras-chave: Eosinófilo, Mitocôndria, Vesículas Tubulares, EoSVs, Maturação.
APRESENTAÇÕES ORAIS – GENÉTICA E EVOLUÇÃO
13
ANÁLISE CITOGENÉTICA CLÁSSICA E MOLECULAR DA ESPÉCIE Plebeia
droryana FRIESE, 1900 (HYMENOPTERA: APIDAE: MELIPONINI).
Franciele F. C. Silva1, Priscila Marchioro2, Ricardo Micolino3, Camila M. Novaes2,
Denilce M. Lopes2
1 Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena. 2 Universidade
Federal de Viçosa, MG. 3 Universidade Federal do Paraná.
RESUMO. A citogenética tem fornecido informações importantes em estudos de
taxonomia, filogenia, diversidade genética, etc. Estudos citogenéticos foram realizados
com a abelha sem ferrão Plebeia droryana, contudo, se basearam somente na verificação
do número e morfologia dos cromossomos. Dessa forma, uma abordagem combinada de
citogenética clássica e molecular dessa espécie é proposta neste trabalho. A cariotipagem
foi realizada utilizando coloração convencional com solução de Giemsa. Para
visualização do conteúdo e distribuição da heterocromatina, empregou-se a técnica de
Banda C. Foi realizada a técnica de coloração sequencial com fluorocromos para
localização de regiões que apresentam predominância de pares de bases AT (DAPI+) e
GC (CMA3+) em diferentes cromossomos. Para mapear sequências cromossômicas
específicas foram utilizadas sondas dos microssatélites GA(15), TAT(10), TTAGG(6),
CAA(10), CA(15) e o rDNA 18S pelo método de hibridização fluorescente in situ de
DNA (FISH). O número cromossômico encontrado para P. droryana foi 2n=34
cromossomos sendo a fórmula cariotípica 2K= 26M+8SM. A distribuição da
heterocromatina se concentrou no centrômero e em um dos braços cromossômicos, assim
como em outras espécies do gênero, possuindo riqueza tanto em pares de base CG quanto
AT. As marcações do microssatélite GA(15) foram coincidentes com as regiões
eucromáticas dos cromossomos. Para o microssatélite CA(15) foi observado o inverso,
com marcações justapostas à regiões de heterocromatina. A marcação para o gene rDNA
18S foi observada na região terminal do braço heterocromático de um dos cromossomos
em machos. A sonda TTAGG marcou as extremidades dos dois braços de todos os
cromossomos. Os cromossomos de P. droryana não apresentaram marcações positivas
para as sondas TAT(10) e GAA(15).
Palavras-chave: Plebeia droryana, cariotipagem, citogenética molecular.
APRESENTAÇÕES ORAIS – HISTOFISIOLOGIA
14
LATICÍFEROS EM Sapium glandulosum (L.) MORONG (HIPPOMANEAE,
EUPHORBIACEAE): ANATOMIA, DESENVOLVIMENTO E FUNÇÃO.
José D. B. Miranda, Renata M. S. A. Meira
Laboratório de Anatomia Vegetal, Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. Laticíferos são estruturas secretoras de látex formadas por uma ou um
conjunto de células internas. O látex pode ter composição variável, ser translúcido, branco
leitoso, avermelhado, alaranjado ou amarelado, e atua na cicatrização de lesões e proteção
contra herbivoria. Os laticíferos são articulados, não articulados, anastomosados e
ramificados. Tais variações têm sido úteis para abordagens taxonômicas e filogenéticas.
Em Euphorbiaceae, laticíferos são comuns nas subfamílias Euphorbioideae e
Crotonoideae e raros em Acalyphoideae. Sapium glandulosum (L.) Morong
(Euphorbioideae, Hippomaneae) é conhecido como leiteiro pela exsudação leitosa.
Considerando a importância dos laticíferos e do látex em Euphorbiaceae, este trabalho
objetivou descrever os laticíferos de S. glandulosum contribuindo para ampliação da base
de dados em Hippomaneae. Foram utilizadas técnicas usuais de microscopia de luz para
a obtenção das lâminas histológicas. Os laticíferos se diferenciam do procâmbio, em
células que se dividem, sofrem citocinese e formam fileiras articuladas. As paredes
terminais dessas sequencias de células se dissolvem precocemente formando laticíferos
articulados anastomosados em uma rede de tubos conectados. Nos meristemas os
laticíferos podem ser estreito ou medir o dobro diâmetros destes, possuem núcleos
elípticos, cromatina descondensada e nucléolos evidentes. Nas folhas maduras o calibre
dos laticíferos não variou. Os testes histoquímicos evidenciaram lipídeos, borracha,
polissacarídeos, proteínas e alcaloides. Grãos de amido com o formato de bastonete foram
detectados no citoplasma do laticífero, e esféricos nas células parenquimáticas. Os
resultados corroboram as informações sobre a anatomia dos laticíferos em Sapium, com
a novidade da detecção de alcaloides. Sugere-se que estudos devam ser dirigidos para
avaliar o potencial desse caráter em outros representantes da tribo Hippomaneae.
Palavras-chave: Histoquímica, articulados, anastomosados.
APRESENTAÇÕES ORAIS – HISTOFISIOLOGIA
15
AÇÃO DOS EXTRATOS DE Davilla elliptica ST. -HIL (DILLENIACEAE) NO
ESTADO OXIDATIVO DO FÍGADO E RINS DE CAMUNDONGOS SWISS.
Patrícia S. Mattosinhos1, Janaina da Silva1, Luiz Carlos M. Ladeira1, Fernanda C. R.
Dias1, Viviane G. S. Mouro1, Eduardo M. Damasceno2, Talita A. Santos1, Jerusa M.
Oliveira1, Sérgio L. P. Matta1
1 Universidade Federal de Viçosa – Laboratório de Biologia Estrutural. 2 Universidade
Federal do Espirito Santo – Campus São Mateus – Laboratório de Biologia Estrutural.
RESUMO. Davilla elliptica é utilizada pela população para tratamento de várias doenças
sendo seus efeitos atribuídos aos flavonoides. Entretanto, pouco se sabe sobre sua ação
no fígado e rins. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos da fração enriquecida em
flavonoides de D. elliptica (FEFDE) e do extrato hidroalcoólico, pobre em flavonoides
(EHADE) no estado oxidativo do fígado e rins de camundongos machos Swiss. Os
animais foram distribuídos em oito grupos (n=5): G1- 0,6mL H2O (controle); G2- 4%
DMSO (veículo); G3- FEFDE 100mg/Kg; G4- FEFDE 200mg/Kg; G5- FEFDE
400mg/Kg G6- EHADE 100mg/Kg; G7- EHADE 200mg/Kg; G8- EHADE 400mg/Kg.
Folhas de D. elliptica foram submetidas à percolação exaustiva com acetato de etila
(obtenção da FEFDE) e álcool etílico-70% (obtenção do EHADE). O tratamento foi
administrado por gavagem durante 42 dias consecutivos. Foram avaliadas as atividades
das enzimas catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa S-transferase
(GST), e mensuradas as concentrações de óxido nítrico (ON) e malondialdeído (MDA).
Todo procedimento foi autorizado pela CEUA-UFV (nº 40/2015). Os resultados foram
analisados por ANOVA seguido de post-hoc Student Newman Keuls (p≤0.05). A
prospecção fitoquímica comprovou a presença de flavonoides na FEFDE e sua ausência
na EHADE. No fígado, a FEFDE aumentou a atividade da GST em G5 e diminuiu a
concentração de ON em G3 e G5. A EHADE não causou alteração nesses parâmetros
hepáticos analisados. Nos rins, a atividade da CAT e da SOD diminuiu com ambos os
extratos, independentemente da dose, assim como as concentrações de ON e MDA.
Adicionalmente, o EHADE aumentou a atividade da GST em G8. Os extratos
demonstraram ação mais efetiva nos rins, alterando principalmente a atividade das
enzimas antioxidantes. Conclui-se que EHADE é capaz de promover alterações no estado
oxidativo dos rins e FEFDE desencadeia tais alterações em ambos os órgãos analisados.
Palavras-chave: Fitoterápicos; toxicologia hepática e renal; estresse oxidativo.
APRESENTAÇÕES ORAIS – IMUNOLOGIA
16
A DINÂMICA DAS CÉLULAS CX3CR1+ HEPÁTICAS NO
DESENVOLVIMENTO DO FÍGADO: DO NASCIMENTO À VIDA ADULTA.
Maria Alice F. Lopes, Bruna A. David, Brenda N. L. Nakagaki, Maísa M. Antunes,
Ariane B. Diniz, Érika de Carvalho, Mônica M. Santos, Raquel C. G. Weber, Kassiana
Mafra, Mateus Lopes, Matheus Mattos, Hortência M. C. Oliveira, Camila D. M. Miranda,
Gustavo B. Menezes.
1 Center for Gastrointestinal Biology, Departamento de Morfologia, ICB – Universidade
Federal de Minas Gerais. 2 Department of Physiology and Pharmacology, University of
Calgary – Calgary, Canada. 3 - Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brazil.
RESUMO. O fígado apresenta uma numerosa população de células CX3CR1+
subcapsulares. O CX3CR1 é um receptor altamente expresso pelos precursores de
macrófagos/células dendríticas (DCs) durante os estágios embrionários da maturação do
sistema imune, mas pouco se sabe sobre como essas células se estabelecem no fígado no
desenvolvimento pós-natal. Para investigar a distribuição destas células in situ, células
F4/80+ de camundongos Cx3cr1gfp/wt foram marcadas e visualizadas in vivo em
diferentes idades após o nascimento (0, 7 dias, 3 e 8 semanas). A microvasculatura
hepática foi marcada com anti-CD31. No dia 0, observou-se a presença de CX3CR1+ e
F4/80+ nos compartimentos do fígado. Uma extensa população de células F4/80+ foi
encontrada nas regiões internas do tecido hepático do recém-nascido, mas apenas as
CX3CR1+ dendríticas circundavam a cápsula do fígado. Observaram-se células duplo-
positivas intravasculares até 1 semana após o nascimento, sugerindo que os precursores
partiram do fluxo sanguíneo para o órgão. As F4/80+ organizaram-se como macrófagos
intravasculares, e as CX3CR1+ configuraram-se em uma população distinta no espaço
extravascular ao longo do desenvolvimento hepático. Para entender se a dinâmica de
povoamento é similar ao repovoamento celular após a depleção, nós depletamos fagócitos
do fígado com injeção sistêmica de lipossomos clodronato (CLL). Para visualizar a
formação de um gradiente de quimiocina, foi corada Cx3cl1 – ligante de CX3CR1 - in
vivo. Visualizou-se Cx3cl1 na microvasculatura hepática, e a sua expressão aumentou
gradualmente no compartimento extravascular após a depleção. 17 dias após o tratamento
com CLL, a expressão inicial de Cx3cl1 foi restabelecida. Os dados sugerem, portanto,
que a produção de Cx3cl1 precede o extravasamento de DCs para os espaços
extravasculares e, similarmente ao estabelecimento celular, as células CX3CR1+ podem
ocupar o fígado a partir de uma via intravascular, fornecendo novas compreensões sobre
o desenvolvimento imune hepático.
Palavras-chave: CX3CR1, fígado, células dendríticas.
APRESENTAÇÕES ORAIS – PATOLOGIA
17
DOXICICLINA HICLATO ACELERA A CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
CUTÂNEAS DE SEGUNDA INTENÇÃO EM RATOS WISTAR.
Luciana S. Altoé, Lyvia L. Miranda, Raul S. Alves, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B.
Queiroz Junior, Reggiani V. Gonçalves
Laboratório de Patologia Experimental, Departamento de Biologia Animal, Universidade
Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, Brasil
RESUMO. A cicatrização é um processo biológico de restauração de lesão induzida por
agressão local e a procura por fármacos que acelerem o processo cicatricial datam da
antiguidade. Este estudo objetivou comparar os efeitos de duas doses de doxiciclina
hiclato (DOX-h) sobre a taxa de contração da ferida (TCF), e a área da ferida durante o
período de cicatrização de feridas de segunda intenção. Ratos Wistar (Rattus norvegicus)
machos (± 300g) foram randomizados em 3 grupos (n=5): Controle (água destilada), C1
(DOX-h 10%) e C3 (DOX-h 30%). O tratamento foi administrado por gavagem
diariamente durante 21 dias e os tecidos de diferentes feridas foram removidos a cada 7
dias. A área da ferida foi medida nos dias 0, 7, 14 e 21 após a incisão. No dia 21 os animais
experimentais foram eutanasiados por administração de Pentobarbital (70 mg/ kg de peso
do animal). A área das feridas foi calculada por planimetria computadorizada (software
Image Pro-Plus 4.5). A taxa de contração de feridas foi calculada pela seguinte razão:
área inicial da ferida - área medida em um determinado dia / área inicial da ferida × 100.
O grupo C1 apresentou uma menor área da ferida em comparação com o grupo controle
nos dias 7,14 e 21, já o grupo C3 apresentou uma menor área da ferida em relação ao
controle no dia 14. Em relação a taxa de contração das feridas os grupos C1 e C3
apresentaram uma maior TCF no dia 21 que a observada no grupo controle. Área da ferida
reduzida e o maior índice da TCF nos grupos tratados com DOX-h, sugerem sua ação
moduladora na proliferação celular bem como na produção de proteínas da matriz
extracelular no tecido cicatricial, mostrando que esse fármaco acelera o processo de
cicatrização cutânea.
Palavras-chave: Pele, taxa de contração, área da ferida.
APRESENTAÇÕES ORAIS – PATOLOGIA
18
INIBIÇÃO DE SRPKs (SERINE/ARGININE PROTEIN KINASES) COMO
ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA PARA O TRATAMENTO DE LEUCEMIA.
Raoni P. Siqueira, Marcus V. A. Barros, Éverton A. A. Barbosa, Thiago S. Onofre, Victor
H. S. Gonçalves, Higor S. Pereira, Abelardo S. Júnior, Leandro L. Oliveira, Márcia R.
Almeida, Juliana L. R. Fietto, Robson R. Teixeira, Gustavo C. Bressan
1 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 2 Departamento de Química, Universidade Federal de
Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 3 Departamento de Veterinária, Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 4 Departamento de Biologia Geral,
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil.
RESUMO. Serine/Arginine protein kinases (SRPKs) são componentes chave da
maquinaria de splicing através da regulação por fosforilação das proteínas SR, as quais
são cruciais para a seleção dos sítios de splicing alternativo. Entretanto, as SRPKs são
frequentemente encontradas superexpressas ou com atividade alterada em diversos tipos
de cânceres, inclusive em leucemias. Dessa forma, a busca por pequenas moléculas
inibidores destas quinases são de potencial interesse para o delineamento de novas
estratégias terapêuticas. Assim, neste trabalho é descrita a síntese de uma série de novos
inibidores de SRPKs além da avaliação in vitro dos seus efeitos antileucêmicos. Alguns
dos novos compostos sintetizados apresentaram efeitos citotóxicos superiores contra
linhagens de leucemia mieloide e linfoide em comparação com o SRPIN340, um inibidor
conhecido de SRPKs. Em particular, os compostos N-(2-(4-bromofenilamino)-5-
(trifluorometil)fenil)-2-cloronicotinamida (24), N-(2-(4-bromofenilamino)-5-
(trifluorometil)fenil)nicotinamida (30), e N-(2-(4-bromofenilamino)-5-
(trifluorometil)fenil)benzamida (36) apresentaram valores de IC50 na faixa de 6,0 – 35,7
µM (µmol L-1). Estes três compostos também foram capazes de desencadear eventos de
apoptose e autofagia, além de exibir efeito sinergístico em combinação com o agente
quimioterápico vincristina. Além disso, o composto 30 se mostrou mais eficiente que o
SRPIN340 na diminuição da fosforilação das proteínas SR bem como na diminuição da
expressão de isoformas oncogênicas dos genes MAP2K1, MAP2K2, VEGF, e RON.
Tomados conjuntamente, estes resultados sugerem que inibidores de SRPKs são capazes
de suprimir o crescimento celular através da regulação dos eventos de splicing e podem
ser considerados como ponto de partida importante para desenvolvimento de novas
estratégias terapêuticas contra leucemias e outros tipos de cânceres.
Palavras-chave: Serine/Arginine protein kinases; SRPKs; splicing de pre-mRNA;
SRPIN340; leucemia.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
DETECÇÃO DE CÉLULAS CX3CR1+ NA PRÓSTATA DE CAMUNDONGO.
19
Alessandra L. Araújo1, Maria Luiza S. Ferreira1, Maria Alice F. Lopes2, Cleida A.
Oliveira3, Gustavo B. Menezes2, Mônica M. Santos1
1 Departamento de Biologia Animal - Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brasil. 2 Center for Gastrointestinal Biology, Departamento de Morfologia, Universidade
Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Brasil. 3 Laboratório de Biologia da Reprodução,
Departamento de Morfologia, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais,
Brasil.
RESUMO. A próstata tem despertado grande interesse médico-científico, uma vez que
patologias relacionadas aos distúrbios do crescimento e da diferenciação celular ocorrem
com grande frequência em homens acima de 60 anos. Evidências que demostram uma
estreita relação entre o câncer de próstata (CaP) e a prostatite vêm se acumulando,
indicando aumento no risco de malignidade e/ou de reincidência do câncer devido à
presença da inflamação. Embora haja esta correlação, informações sobre perfis
leucocitários no CaP e no tecido sadio são escassas na literatura. Neste sentido, é evidente
a necessidade de identificar e caracterizar as células inflamatórias na próstata, sendo
proposto a padronização do estudo por microscopia intravital (MIV) e avaliação da
distribuição de células imunes da próstata de camundongos. Foram utilizados
camundongos C57BL/6 transgênicos para visualização de células específicas
(CX3CR1wt/GFP) que foram submetidos à MIV da próstata ventral. Para compreender
melhor a distribuição e localização destas células, fragmentos da próstata foram
removidos e congelados para obtenção de crio-secções. Foi identificada uma grande
densidade de células CX3CR1+ por MIV e crio-secções no tecido. Muitas células
apresentaram longos e delicados prolongamentos citoplasmáticos, enquanto outras
apresentaram apenas formato alongado, sendo uma menor proporção de células com
morfologia arredondada. Nas secções, foi possível verificar que as células se distribuem
acompanhando o contorno dos adenômeros, localizadas no estroma glandular, e em
menor proporção, fazendo parte do epitélio. Estes resultados demostram que existe uma
densa população de células CX3CR1+ na próstata e que existe uma íntima interação
entres estas células e o epitélio glandular, o que reforça a interação entre o sistema imune
e o tecido prostático e a necessidade de se entender de forma mais clara os efeitos destas
interações na fisiologia e patologia do órgão.
Palavras-chave: Próstata, imunologia, câncer de próstata, modelo animal, CX3CR1.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
20
DOSES DE EXTRATO HIDROALCOOLICO DE Pfaffia glomerata PRODUZ
EFEITOS NEGATIVOS SOBRE OS ESPERMATOZOIDES DE
CAMUNDONGOS SWISS.
A. L. Araújo1, F. C. R. Dias2, G. D. A. Lima2, T. P. Menezes2, M. M. Neves2, G. M.
Braga1, F. C. S. A. Melo1, S. L. P. Matta2
1 Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento
de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. Vários estudos reportam efeitos negativos de compostos ou plantas sobre a
fertilidade masculina, atuando sobre os espermatozoides. A Pfaffia glomerata é bastante
utilizada pela população como afrodisíaco, utilizando principalmente sua raiz.
Modificações nos ambientes onde ocorrem a produção e maturação espermática leva ao
comprometimento da fertilidade, por interferir na qualidade dos espermatozoides. Desta
forma objetivamos avaliar os efeitos do extrato hidroalcoolico da P. glomerata
administrada de forma continua e descontinua sobre os espermatozoides de camundongos
Swiss. Foram utilizados 30 camundongos machos divididos em três grupos: G1-
Controle, G2-200mg/Kg continuamente; G3-200mg/Kg descontinuo (3-3dias). O extrato
foi administrado por 42 dias via gavagem. No final do tratamento os animais foram
pesados, anestesiados, eutanasiados e os testículos foram retirados e fixados. Foram
realizadas analises espermáticas como: motilidade, morfologia, trânsito espermático. Os
dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA), seguido do teste de Student
Newman Keuls (SNK) com significância valores com p≤0,05. Verificamos
espermatozoides com motilidade reduzida no grupo descontinuo (G1-66.67±9.12; G2-
66.67±9.57 e G3- 0.00±0) e em ambos os grupos tratados um aumento de
espermatozoides morfologicamente anormais (G1-30±3.46; G2-55.67±12.34 e G3-
42.67±5.03). Essas alterações levaram a uma redução do número de espermatozoides por
grama de testículo nos grupos tratados (G1-229.16±32.29; G2-88.24±27.67 e G3-
60.89±14.15) refletindo numa redução da produção espermática diária G1-42.01±4.56;
G2-14.69±2.22 e G3- 11.35±2.65). Da mesma forma houve redução nos grupos tratados
do número de espermatozoides na cabeça e corpo (G1-367.81±21.61; G2-162.19±12.64
e G3-173.44±45.87) e na cauda do epidídimo (G1-812.34±33.35; G2-364.69±9.26 e G3-
418.21±45.71) não alterando o tempo de transito desses espermatozoides no epidídimo.
Embora as duas dosagens, tanto a contínua quanto a descontínua, tenham causados efeitos
negativos sobre os espermatozoides, a dose descontinua potencializou esse efeito,
comprometendo assim a motilidade dos espermatozoides, podendo causar redução na
fertilidade a até mesmo levar esses indivíduos a esterilidade.
Palavras-chave: Espermatozóide, reprodução, fitoterápico.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
21
USO DESCONTÍNUO DE EXTRATO DE Pfaffia glomerata POTENCIALIZA
SEUS EFEITOS NO TÚBULO SEMINÍFERO DE CAMUNDONGOS SWISS.
Amanda A. Lozi, Fernanda C. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins, Eduardo
M. Damasceno, Janaína Silva, Viviane G. S. Mouro, Diane C. Araújo, Fabiana C. S. A.
Melo, Sérgio L. P. da Matta.
Laboratório de Biologia Estrutural – Universidade Federal de Viçosa – UFV. Laboratório
de Morfologia Animal – Universidade Federal de Viçosa – UFV.
RESUMO. Dentre os diversos usos conhecidos das plantas medicinais, sua utilização
como afrodisíaco ocupa lugar de destaque na medicina popular, sendo ainda objeto de
grande interesse da comunidade científica. Uma dessas plantas é a Pfaffia glomerata,
conhecida como ginseng brasileiro. O presente estudo visou avaliar os efeitos do extrato
hidroalcoólico da raiz de P. glomerata em testículos de camundongos adultos. Foram
utilizados 30 animais divididos em 3 grupos: G1- Controle, G2- 200mg/Kg
continuamente; G3- 200mg/Kg descontinuo (3-3dias), administrados por 42 dias via
gavagem. No final do tratamento os animais foram pesados, anestesiados, eutanasiados,
orquiequitomizados e fixados. Foram analisados parâmetros biométricos, morfométricos
e estereológicos testiculares. O peso testicular aumentou no G3 (G1- 0,195±0,04; G2-
0,246±0,03 e G3- 0,264±0,01). Houve redução na altura do epitélio no G2 e G3 (G1-
75,52±2,73; G2-69,84±3,75 e G3-67,39±3,04) e, consequentemente, redução no
percentual de epitélio nos grupos tratados (G1-71,80±3,67; G2- 66,99±0,84 e G3-
67,43±1,25). No entanto, houve aumento do diâmetro de túbulo no grupo descontinuo
(G1-192,85±6,24; G2-186,96±6,23 e G3-210,10±8,11). O aumento do peso testicular e
do diâmetro de túbulo sem alteração na produção espermática pode ser explicado por uma
hipertrofia compensatória, pois estes grupos apresentavam maior área de células mortas
(G1- 0.0, G2- 5.97 ±2.68 e G3- 9.61±2.25), como tentativa de aumentar a produção e
suprir as deficiências. No entanto o G2 apresentou número maior de patologias (G1-12.0
± 1.0, G2–31.75±3.0 e G3-14.81±2.0), mostrando que o animal tentou eliminar muitas
células, preservando as integras, como tentativa de reverter o quadro de injuria. Conclui-
se que o tratamento descontinuo com o extrato hidroalcoolico da Pfaffia glomerata
potencializa os efeitos da dosagem, causando danos mais severos culminando em um
número maior de células mortas.
Palavras-chave: Morte celular, reprodução; fitoterápico.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
22
EFEITOS DO EXTRATO ETANÓLICO DE Psychotria vellosiana BENTH SOBRE
A PORÇÃO INTERTUBULAR DOS TESTÍCULOS DE RATOS WISTAR.
Amanda A. Lozi, Kyvia L. C. Costa, Marli C. Cupertino, Breno C. Vieira, João Paulo V.
Leite, Diane C. Araújo, Fernanda C. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins,
Grasielle A. V. Rodrigues, Sérgio L. P. da Matta
Laboratório de Biologia Estrutural – Universidade Federal de Viçosa – UFV. Laboratório
de Morfologia Animal – Universidade Federal de Viçosa – UFV.
RESUMO. A utilização de plantas como estimulante sexual é conhecida
tradicionalmente, porém estudos são necessários para comprovar sua intensidade, doses
eficientes e possíveis efeitos tóxicos. Neste contexto, o presente trabalho teve como
objetivo avaliar a ação do extrato de P. vellosiana sobre o compartimento intertubular dos
testículos de ratos Wistar adultos. Foram utilizados 25 animais distribuídos em cinco
grupos: o controle (G1) recebeu dimetilsulfóxido e os tratados (G2, G3, G4, G5)
receberam o extrato etanólico de P. vellosiana, nas dosagens de 100, 200, 300 e 400
mg/kg, por gavagem, durante 28 dias. Fragmentos testiculares foram processados para o
estudo em microscopia de luz. Para a análise morfométrica registraram-se 1000 pontos
por animal, coincidentes sobre os componentes intertubulares: vaso sanguíneo (VS),
espaço linfático (EL), tecido conjuntivo (TC), macrófago (MF) e células de Leydig (CL).
Para obtenção do diâmetro nuclear médio das células de Leydig (DL) trinta núcleos foram
mensurados para cada animal escolhendo-se aqueles que apresentavam o contorno mais
circular, cromatina perinuclear e nucléolos evidentes. Para a comparação das médias foi
utilizado o teste de Student Newman-Keuls (p≤0,05). A proporção de VS foi maior nos
grupos 2, 4 e 5, enquanto o TC foi menor nos grupos 3, 4 e 5, comparados ao controle.
Houve redução na proporção de MF no grupo 4, mas o percentual de CL foi maior nos
animais do grupo 2. Adicionalmente houve redução do percentual de EL nos grupos 2 e
5. Não houve alterações significativas na volumetria das células de Leydig dos grupos
tratados. Estes resultados mostram que o extrato de P. vellosiana não causa toxicidade e,
em doses baixas, apresentam efeitos sobre vaso sanguíneo e células de Leydig, podendo
levar ao aumento da testosterona atuando assim como afrodisíaco. Estudos
complementares precisam ser realizados para confirmar os resultados.
Palavras-chave: Estimulante sexual, Interstício, Fitoterapia.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
23
AVALIAÇÃO DA CURCUMINA NO DESEMPENHO REPRODUTIVO DE
CAMUNDONGOS SWISS FÊMEAS.
Ana Carolina Valim, Talita A. Santos, Guilherme A. V. Pereira, Julia R. Borges, Ianca
G. C. Monteiro, Amanda S. Gutierres, Fernanda C. R. Dias, Izabel R. S. C. Maldonado
Departamento de Biologia Geral – Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais
– Brasil.
RESUMO. Curcumina, principal composto ativo presente no rizoma de Curcuma longa
L, tem se destacado por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. A ação
fitoestrogênica da curcumina também tem sido comprovada, no entanto, estudos que
avaliem sua ação na reprodução de mamíferos são escassos. Diante disso, objetivou-se
avaliar o efeito da curcumina na reprodução de camundongos fêmeas. Os procedimentos
adotados neste estudo foram autorizados pela comissão de ética no uso animal da
Universidade Federal de Viçosa (protocolo nº 555/2016). Foram utilizados 48
camundongos da linhagem Swiss, 32 fêmeas e 16 machos, ambos com 90 dias de idade.
As fêmeas foram distribuídas aleatoriamente em quatro grupos (G) experimentais. O
grupo controle (G1) recebeu 0,2mL de dimetilsulfóxido (DMSO)/dia, e os grupos G2, G3
e G4 receberam curcumina, diluída em DMSO, nas seguintes e respectivas dosagens: 250,
500 e 1000mg/kg/dia. O DMSO e a curcumina foram administrados via gavagem. Após
28 dias consecutivos de tratamento as fêmeas foram acasaladas com machos adultos na
proporção de um macho para duas fêmeas, a cópula foi confirmada pela presença do
tampão ou esfregaço vaginal com espermatozoide. Os animais foram mantidos sob
temperatura (22 ± 2ºC) e luz controladas, em ciclo claro-escuro de 12h, com acesso a
alimento e água ad libitum. No 19º dia de gestação as fêmeas foram submetidas à
eutanásia e útero e ovários foram coletados para obtenção dos dados da performance
reprodutiva materna. Os resultados foram analisados por ANOVA seguido do teste
Newman Keuls (p≤0.05). A taxa de prenhez reduziu 14% e 50% em G2 e G4,
respectivamente e o Índice Placentário diminuiu nos três grupos tratados com curcumina.
Taxas de viabilidade fetal, implantação, perda pré e pós-implantação não sofreram
alterações com o tratamento. Conclui-se que altas doses de curcumina pode reduzir a
fertilidade em camundongas e comprometer a nutrição e o crescimento fetal.
Palavras-chave: Curcuminoides, reprodução e gestação.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
24
TRATAMENTO COM CITRATO DE SILDENAFILA CAUSA DANO AO DNA
DE ESPERMATOZOIDES E CONSEQUENTE PERDA EMBRIONÁRIA.
Anderson A. Silva, Fernanda C. R. Dias, Graziela D. A. Lima, Tatiana P. Menezes, Maria
M. Neves, Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta
RESUMO. Com o aumento dos casos de disfunção erétil e com o crescente uso de
inibidores de fosfodiesterases por jovens indiscriminadamente, o presente estudo visou
avaliar os efeitos do citrato de sildenafila nos espermatozoides e fertilidade de
camundongos adultos. Projeto autorizado pelo CEUA/UFV processo n.044/2015. Foram
utilizados 20 camundongos machos e 20 fêmeas divididos em 2 grupos: Controle (água)
e tratado 7mg/Kg de citrato de sildenafila administrado por 42 dias via gavagem. No fim
do período experimental, os machos foram colocados para acasalamento natural, ficaram
juntos por 4 dias. Os machos ficaram 4 dias em recuperação espermática e em seguida
eutanasiados para avaliação espermática. As fêmeas foram eutanasiados ao 16º dia de
gestação, os cornos uterinos gravídicos e os ovários foram fixados. Observou-se um
índice de acasalamento masculino e feminino de 100% entre os grupos, houve aumento
da motilidade espermática (G1- 66.67±9.12; G2- 86.67±18.92), houve um aumento do
número de espermatozoides morfologicamente anormais (G1- 30±3.46; G2- 58±8.89).
Danos ao espermatozoide podem trazer impacto no desenvolvimento embrionário e no
bem-estar da prole, nesse sentido verificamos que não houve perda pré implantação mas
houve perdas pós implantação (G1- 7.82±0.99; G2-26.85±8.98). As perdas pós-
implantação caracterizaram-se, no presente trabalho, com a ocorrência de fetos
mumificados e reabsorvidos. Podemos então sugerir que as perdas embrionárias estão
associadas à baixa qualidade do espermatozoide e danos do seu DNA. Espermatozoides
com DNA danificados são capazes de fertilizar ovócitos, causando maior incidência de
anormalidades estruturais em embriões implantados. Concluímos que o tratamento com
o citrato de sildenafila, promove dano ao DNA de espermatozoides levando a uma perda
embrionária.
Palavras-chave: Perda embrionária, fertilidade, inibidores de fosfodiesterases.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
25
A UTILIZAÇÃO PROLONGADA DO EXTRATO METANÓLICO DE NIM
REDUZ O NÚMERO DE CÉLULA DE LEYDIG.
Anderson A. Silva, Fernanda C. R. Dias, Wolfgang Harand, Sérgio L. P. Matta, Elizabeth
N. Melo
RESUMO. Azadirachta indica, mais conhecida como Nim, muito utilizado como
inseticida, apresenta dados controversos sobre seus efeito na reprodução masculina. O
objetivo trabalho foi avaliar o efeito do extrato metanólico da semente do Nim nos
parâmetros testiculares de ratos Wistar adultos. Foram utilizados 20 ratos machos adultos,
com dieta de manutenção (Labina®) e água ad libitum, sendo submetidos a um ciclo
invertido diário de 12/12h claro/escuro à 22±2°C. Aprovado pela Comissão de Ética da
UFPE (23076.007224/2009-19). Os animais foram distribuídos em 2 grupos: Controle
(CRL) - nenhuma substância; Extrato metanólico do Nim (EMN) - 5mg do EMN em 1ml
de água. Os animais receberam doses diárias de 1 ml por gavagem durante 30 dias. Vinte
e quatro horas após a administração da última dose, os animais foram pesados,
anestesiados. Os testículos foram retirados e pesados para depois serem encaminhados
para o processamento histológico e análises morfométricas. Foram analisados parâmetros
biométricos, morfométricos e estereológicos intertubulares. O percentual de intertubulo
aumentou no grupo tratado (CTRL - 7,00±1.33 e EMN - 9,17±1.43), bem como
aumentou o percentual de espaço linfático (CTRL - 3.04±0.93 e EMN- 6.32±1.29), no
entanto, houve uma redução no percentual (CTRL- 2.56 ± 1.36 e EMN- 1.36 ± 0.43),
número (CTRL - 55.76 ± 16.13 e EMN - 27.26 ± 32.20) e volume de células de Leydig
(CTRL - 0.0035±0.0005 e EMN - 0.0043±0.0007). Embora o extrato metanólico afete
as células de Leydig, os níveis séricos de testosterona não foram alterados, sugerindo que
o organismo priorizou sua síntese. Estudos sobre o efeito dessas alteração na fertilidade
e no túbulo seminífero devem ser avaliados.
Palavras-chave: Azadirachta indica; Reprodução; Intertúbulo.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
26
PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS GERMINATIVAS EM Lithobates catesbeianus
(SHAW, 1802) APÓS TRATAMENTO BOCIOGÊNICO TRANSITÓRIO.
Camila M. Pacheco1, Susana P. Ribeiro2, Gleide F. Avelar1, Sérgio L. P. Matta2
1 Departamento de Biologia Celular, Universidade Federal de Minas Gerais. 2
Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. As funções esteroidogênica e gametogênica do testículo são reguladas por
hormônios tireoidianos durante a fase neonatal. Diante disso, o objetivo do presente
trabalho foi quantificar as diferentes populações das células germinativas de Lithobates
catesbeianus adulto após tratamento com droga bociogênica realizado durante a fase de
girino e avaliar o índice mitótico e meiótico. Foram utilizados três grupos de 80 animais,
sendo, G1, controle; G2, animais tratados com solução de 6-n-propil-2-tiouracil (PTU)
na concentração de 75 ppm e G3,constituído pelos animais submetidos a 150 ppm de
PTU. Os grupos G2 e G3 foram tratados durante 60 dias, após os quais os animais foram
retirados das soluções bociogênicas e transferidos para tanques com água e mantidos até
atingirem a maturidade sexual. Durante todo esse período G1 foi mantido na água. O
processamento histológico ocorreu de acordo com o protocolo do Laboratório de Biologia
Celular e Estrutural da UFV. O índice mitótico foi calculado a partir da razão entre o
número de espermatogônias esperada no fim de oito gerações espermatogoniais, 256
células, e o número obtido de espermatócitos primários por cisto; enquanto o índice
meiótico foi calculado a partir da razão entre espermátides iniciais e espermatócito
primário. O número de células presentes nos cistos de espermatócitos primários,
espermatócitos secundários e espermátides iniciais foi obtido e não houve diferença
significativa dessas populações entre os grupos tratados e o controle. Os índices mitóticos
e meióticos demonstram que a maior perda celular ocorre durante a fase espermatogonial,
alcançando 60% das células esperadas. Contudo, não foram observadas diferenças desses
índices entre os grupos tratados e controle. Diante destes achados, pode-se inferir que o
hipotireoidismo transitório em rãs-touro não foi suficiente para alterar o percentual dos
componentes do parênquima testicular adulto.
Palavras-chave: Espermatogênese; Hipotireoidismo transitório; Reprodução.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
27
AVALIAÇÃO DO USO DE LH COMO INDUTOR DE OVULAÇÃO EM
RECEPTORAS BOVINAS PARA A TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES EM
TEMPO FIXO.
M. A. Azevedo Junior, C. A. Oliveira, D. E. C. Silva, V. R. A. Mendes, J. V. R. A. Pereira
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Faculdade Vértice –
Univértix, Matipó, Minas Gerais, Brasil.
RESUMO. A transferência de embriões bovinos em tempo fixo (TETF) é amplamente
difundida no rebanho brasileiro principalmente por remover a necessidade de observação
de cio, além de estar intrinsecamente associada a produção in vivo e in vitro de embriões.
O presente trabalho avaliou um dos indutores de ovulação recentemente utilizados com a
finalidade de aumentar a eficiência nos protocolos de sincronização das fêmeas bovinas
submetidas a TETF, o hormônio luteinizante (LH). Fisiologicamente, este induz a
ovulação do folículo pré-ovulatório, dentre outras funções sobre o mesmo. A aplicação
do análogo de LH também age diretamente sobre o folículo pré-ovulatório com o mesmo
objetivo. Esse estudo foi realizado no período de janeiro a março de 2016, no município
de Matipó, em Minas Gerais. Foram utilizadas oito fêmeas, novilhas e vacas, da raça
Tabapuã, com variação de escore de condição corporal (ECC) entre 3,0 e 4,25,
considerando a escala de 1 a 5. O seguinte protocolo foi realizado: D0 - benzoato de
estradiol (BE) + implante de progesterona (P4) intravaginal; D8 –PGF2α + cipionato de
estradiol (CE) + gonadotrofina coriônica equina (eCG) + retirada do implante; D10 – LH;
D16 - seleção das receptoras; e D17 - inovulação dos embriões. Os resultados do
protocolo avaliado mostraram taxa de sincronização de 75%; taxa de concepção de
16,7%; e área de corpo lúteo (CL) de 1,7 cm2. Os parâmetros avaliados foram testados
através da Análise de Variância (ANOVA). Tendo em vista os resultados alcançados,
conclui-se que a utilização do LH como indutor de ovulação em protocolo para
sincronização de receptoras de embriões bovinos apresentou valores abaixo do esperado.
Porém, os animais submetidos já haviam participado de dois protocolos de TETF nos
meses precedentes, sendo que alguns animais foram classificados como inaptos para
inovulação dos embriões nestes protocolos realizados anteriormente. Este fator pode ter
influenciado os baixos resultados de taxa de sincronização e de concepção obtidos no
presente estudo.
Palavras-chave: Sincronização; receptoras; transferência de embriões em tempo fixo;
hormônio luteinizante.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
28
IDENTIFICAÇÃO DE Leptospira hardjo EM REBANHO LEITEIRO NO
MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO ORIENTE – MG.
M. A. Azevedo Junior, C. A. Oliveira, D. E. C. Silva, V. R. A. Mendes, J. V. R. A. Pereira,
A. L. Martins, A. A. Martins, E. O. Daloy.
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Faculdade Vértice –
Univértix, Matipó, Minas Gerais, Brasil.
RESUMO. A reprodução está diretamente relacionada com a produção de leite, visto que
problemas reprodutivos aumentam o intervalo de partos, afetando diretamente a produção
de leite. A leptospirose é uma doença infectocontagiosa e zoonótica. Após a infecção,
esse agente tende a permanecer nos órgãos genitais da fêmea bovina. Pesquisas realizadas
em todo o Brasil demonstram altas taxas de contaminação das fêmeas bovinas por
Leptospira hardjo (L.hardjo). Os impactos relacionados à reprodução são elevados, uma
vez que esse agente é responsável por altos índices de aborto, retenção de placenta,
metrite e infertilidade. O presente trabalho avaliou a presença da leptospirose em um
rebanho leiteiro de 80 animais da raça girolando) de uma propriedade no município de
São João do Oriente - MG, durante o mês de julho de 2017. Realizou-se uma amostragem
de 10% do total de oitenta animais em lactação da propriedade, totalizando oito amostras
de sangue coletadas. As amostras foram devidamente encaminhadas ao Laboratório de
Tecnologia em Sanidade Animal (TECSA), em Belo Horizonte – MG. A técnica de
microaglutinação foi utilizada para identificar os animais positivos para leptospirose,
sendo esta técnica de alta sensibilidade e especificidade e considerada “padrão ouro” para
esta afecção. Dos oito animais avaliados, dois (25%) apresentaram sorologia positiva para
Leptospirose. Esse resultado, em conjunto com o histórico de elevado índice de aborto e
baixa taxa de concepção, demonstra a presença da doença no rebanho, sendo esta uma
provável causa dos problemas reprodutivos da propriedade.
Palavras-chave: Reprodução; produção de leite; leptospirose; microaglutinação.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
29
GINSENG BRASILEIRO CAUSA AUMENTO DE ESPÉCIES REATIVAS DE
OXIGÊNIO (ERO) COM CONSEQUENTE DANO AOS ESPERMATOZOIDES.
Diane C. Araujo, Fernanda C. R. Dias, Graziela D. A. Lima, Tatiana P. Menezes, Mariana
M. Neves, Sérgio L. P. Matta, Amanda A. Lozi, Grasielle A. V. Rodrigues
RESUMO. Vários estudos reportam efeitos negativos de compostos ou plantas sobre a
fertilidade masculina, atuando sobre os espermatozoides. No entanto muitas desses
efeitos negativos vem de modificações nos ambientes aonde ocorrem a produção e
maturação espermática levando ao comprometimento da fertilidade, por interferir na
qualidade dos espermatozoides. Desta forma objetivamos avaliar os efeitos do extrato
hidroalcoolico da pfaffia glomerata administrada de forma continua e descontinua sobre
o status oxidativo do epidídimo de camundongos Swiss. Foram utilizados 30
camundongos machos divididos em grupos: G1-Controle, G2-200mg/Kg continuamente;
G3-200mg/Kg descontinuo (3-3dias). O extrato foi administrado por 42 dias via
gavagem. No final do tratamento os animais foram pesados, anestesiados, eutanasiados e
os testículos foram retirados e fixados. Foram realizadas análises dos marcadores de
estresse oxidativo e espermatozoides. Verificamos um aumento na produção de H2O2
nos grupos tratados, enquanto apenas animais tratados com a dose continua apresentou
aumento de NO. A atividade da SOD não foi alterada, a atividade de CAT reduziu nos
grupos tratados e a atividade de GST aumentou no grupo descontinuo. Porém, somente
animais tratados com BGE 200 mg/kg/3-3 d apresentaram redução na concentração de
MDA. Quanto aos espermatozoides encontramos espermatozoides com motilidade
reduzida no grupo descontinuo (G1-66.67±9.12; G2-66.67±9.57 e G3- 0.00±0) e em
ambos os grupos tratados um aumento de espermatozoides morfologicamente anormais
(G1-30±3.46; G2-55.67±12.34 e G3-42.67±5.03). Concluímos então que o tratamento
com o ginseng brasileiro não promove um quadro de estresse oxidativo, embora promova
um aumento de espécies reativas de oxigênio, aumento esse suficiente para causar dano
aos espermatozoides desses animais.
Palavras-chave: Estresse oxidativo; qualidade espermática; fertilidade.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
30
EFEITO DO CITRATO DE SILDENAFILA SOBRE A QUALIDADE
ESPERMÁTICA DE CAMUNDONGOS SWISS.
Elisa C. Rezende1, Fernanda C. R. Dias2, Graziela D. A. Lima2, Tatiana P. Menezes2,
Mariana M. Neves2, Fabiana C. S. A. Melo3, Sérgio L. P. Matta2
1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de
Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 3 Departamento de Biologia Animal,
Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. Sabe-se que modificações nos ambientes onde ocorrem a produção e
maturação espermática leva ao comprometimento da fertilidade. Sabe-se também do uso
descontrolado dos inibidores de fosfodiesterases, já conhecidos por causarem alterações
a estrutura testicular quando consumidos sem controle. Desta forma objetivamos avaliar
os efeitos do citrato de sildenafila sobre os espermatozoides de camundongos Swiss.
Foram utilizados 20 camundongos machos divididos em dois grupos: Controle (água) e
tratado citrato de sildenafila 7mg/kg por 42 dias via gavagem. No final do tratamento os
animais foram pesados, anestesiados, eutanasiados e os testículos e epidídimos foram
retirados. O testículo e epidídimo esquerdo foram destinados a análise de trânsito e
congelados a -20ºC, o epidídimo direito foi utilizado para análise de motilidade,
morfologia e integridade de membrana. Foram realizadas análises espermáticas como
motilidade, morfologia, trânsito espermático. Como esperado verificou-se aumento da
motilidade dos espermatozoides do grupo tratado (G1-66.67±9.12 e G2-86.67±18.92),
verificou-se também um aumento no número de espermatozoides com morfologia
anormal (G1-30±3.46 e G2-58±8.89). Essas alterações refletiram numa redução do
número de espermátides por testículo (G1-229.16±32.29 e G2-64.63±5.49) com
consequente redução na produção espermática diária (G1-42.01±4.56 e G2-12.37±1.21).
Verificou-se também uma redução no número de espermatozoides na cabeça/corpo (G1-
367.81±21.61 e G2-125.31±21.15) e cauda (G1-812.34±33.35 e G2-245.31±9.37), essas
alterações não afetaram o tempo de trânsito desses espermatozoides, que é o tempo que
ele leva para passar pelo epidídimo. Os resultados encontrados confirmam os dados da
literatura, que o uso constante de inibidores de fosfodiesterases levam a danos testiculares
e consequentes danos espermáticos. Concluímos então que o citrato de Sildenafila usado
continuamente afeta a motilidade, qualidade e quantidade dos espermatozoides de
camundongos Swiss podendo acarretar em alterações na fertilidade desse animal.
Palavras-chave: Qualidade espermática, espermatozoide, tempo de trânsito.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
31
EFEITO DA INGESTÃO DE CURCUMINA POR MÃES LACTANTES AOS
FILHOTES MACHOS.
Elisa C. Rezende, Fernanda C. R. Dias, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins,
Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Grasiella A. V. Rodrigues, Talita A. Santos, Izabel R.
S. C. Maldonado, Fabiana C. S. A. Melo, Sérgio L. P. Matta
Laboratório de Biologia Estrutural – UFV
RESUMO. A Curcumina, também denominada diferuloylmetano, é o principal
curcuminoide encontrado no rizoma de Curcuma longa, espécie também conhecida como
Açafrão-da-terra e pertencente à família do gengibre, Zingiberaceae. Além do seu amplo
uso na culinária, nas últimas décadas, esse polifenol tem atraído a atenção de diversos
pesquisadores por conta de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Estudos
com filhotes de mães que receberam curcumina, analisados logo após o desmame,
mostrou que houve atraso no desenvolvimento testicular desses filhotes. Desta forma,
objetivamos assim avaliar o efeito da ingestão de doses altas de curcumina durante a
lactação na prole masculina em sua fase adulta. Foram utilizadas 24 fêmeas prenhas
divididas em 3 grupos. Após o nascimento as fêmeas receberam G1: água; G2 500mg/Kg
de curcumina e G3 1000mg/kg de curcumina durante os 21 dias de aleitamento por
gavagem. Os filhotes machos foram mantidos com alimentação comercial até chegar a
maturidade sexual, e aos 50 dias de idade foram pesados, anestesiados, orquiectomizados
e seus testículos fixados e posteriormente processados. Foram avaliados parâmetros
biométricos e morfométricos. Não houve alteração no peso corporal (G1:33.88±1.5;
G2:29.90±2.72 e G3:36.20±1.28), o peso da gônada não foi alterado (G1:0.14 ±0.01;
G2:0.11±0.02 e G3:0.14±0.02) sem alterar o índice gonadossomático (G1:0.42±0.04;
G2:0.38±0.08 e G3:0.39±0.08). Não houve alteração no diâmetro de túbulo, altura do
epitélio ou na área desses componentes. Sendo assim o tratamento com curcumina durante
o aleitamento não promove alterações morfométricas na fase adulta, porém em muitos
casos existe uma compensação no adulto para danos ocorridos durante a fase de
desenvolvimento podendo causar alterações na produção espermática, dessa forma mais
estudos são necessários para verificar possíveis alterações.
Palavras-chave: Açafrão; Desenvolvimento testicular; Reprodução.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
32
EXTRATO HIDROALCOOLICO DA FOLHA DE Renealmia pycnostachys
INTERFERE NA ORGANIZAÇÃO DO TÚBULO SEMINÍFERO DE
CAMUNDONGOS SWISS.
Elizabeth L. Oliveira1, Fernanda C. R. Dias1, Ana Luiza Martins1, Hiviny F. Olieira1,
Viviane G. Mouro1, Grasielle A. V. Rodrigues1, Amanda A. Lozi2, Diane C. Araújo2,
Sergio L. P. Matta1
1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de
Biologia Animal, Universidade Ferderal de Viçosa
RESUMO. A Renealmia pycnostachys pertence à família Zingiberaceae e o gênero
Renealmia, classificada como ameaçada de extinção, representada apenas pelo espécime
tipo coletado no Sudeste de Minas Gerais. De acordo com a população, ela possui efeitos
afrodisíacos. Baseando nessas informações tivemos como objetivo avaliar o efeito do
extrato hidroalcoólico da folha de Renealmia pycnostachys sobre morfometria do túbulo
seminífero. Camundongos Swiss adultos (n=28) foram divididos em grupos: Controle
(água), 3 grupos recebendo doses diárias do extrato da folha (100, 200 e 400 mg/Kg) por
42 dias. Foram eutanasiados, o material biológico coletado e análises de microscopia de
luz para morfometria, os cortes foram semi-seriados e corados com azul de toluidina
borato de sódio 1%. Túbulos considerados com patologia foram aqueles que apresentaram
alguma alteração de acordo com o escore modificado de Johnsen.Os dados biométricos,
corporal e testicular, os percentuais e volumes dos componentes tubulares, não
apresentaram alterações significativas. O diâmetro do túbulo seminífero aumentou 36%
na dose de 200 e 28% em 400, a altura do epitélio seminífero aumentou 35% na dose de
200 e 23% em 400, o diâmetro de lume aumentou 53% na dose de 400. O comprimento
de túbulo seminífero total reduziu 48% na dose de 200 e 39% em 400. A área de túbulo
aumentou 85% na dose de 200 e 68% em 400, área de epitélio aumentou 84% em 200 e
65,5% em 400, área do lume aumentou 134% na dose de 400. Aumento de patologias
leves na dose de 100 mg/Kg. A redução do comprimento de túbulo seminífero ocasiona
um aumento do diâmetro tubular que é justificado por um aumento da altura do epitélio
e do diâmetro do lúmen. Como consequência observou-se aumento das áreas de túbulo,
epitélio e lume e assim uma manutenção dessa relação túbulo-epitélio. Pelas análises
histopatológicas podemos concluir que o tratamento com o extrato hidroalcoólico da
folha de R. pycnostachys não causou alterações severas à microestrutura do tecido.
Palavras-chave: Afrodisíaco, plantas, fitoterápico, reprodução.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
33
EXTRATO HIDROALCOÓLICO DA FOLHA DE Renealmia pycnostachys TEM
AÇÃO AFRODISÍACA EM CAMUNDONGOS SWISS.
Elizabeth L. Oliveira, Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza Martins, Hiviny F. Olieira, Viviane
G. Mouro, Grasielle A. V. Rodrigues, Amanda A. Lozi, Diane C. Araújo, Sergio L. P.
Matta.
Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade Federal de Viçosa
RESUMO. A Renealmia pycnostachys pertence à família Zingiberaceae. O gênero
Renealmia comporta um conjunto de espécies de plantas que são consideradas raras,
sendo classificadas como ameaçadas de extinção. A R. pycnostachys é endêmica no
Brasil e foi citada como provavelmente extinta, sendo representada apenas pelo espécime
coletado em Minas Gerais. Pouco se sabe sobre esta espécie, porém de acordo com o
conhecimento popular, esta planta é utilizada por ter efeito afrodisíaco. O objetivo do
trabalho foi avaliar o efeito do extrato hidroalcoólico da folha de R. pycnostachys sobre
o sistema reprodutor de camundongos Swiss machos. Foram utilizados 28 camundongos
divididos em 4 grupos experimentais. Animais do grupo controle e de 3 doses do extrato,
100, 200 e 400mg/Kg, administrados por gavagem por 42 dias. Posteriormente foram
eutanasiados e o pênis foi dividido ao meio: o corpo foi utilizado para análise histológica
e a base para dosar o óxido nítrico (NO). A concentração de NO peniano aumentou 75%
na dose de 100mg/Kg e 37,5% em 200 mg/Kg. Houve redução na proporção do tecido
conjuntivo em 12% na dose de 100mg/Kg, 18% em 200 mg/Kg e 13% em 400 mg/Kg.
Por outro lado, houve aumento no percentual de corpo cavernoso, de 233% em 100
mg/Kg, 358% em 200 mg/Kg e 245% em 400 mg/Kg. O NO regula diversas funções
fisiológicas, participando inclusive no controle da esteroidogênese. Ele é o principal
estimulante da vasodilatação dos corpos cavernosos penianos. Como reflexo do aumento
de NO, os corpos cavernosos também aumentaram em todos os grupos tratados. Estudos
realizados demostraram os efeitos de extratos vegetais ou de seus constituintes isolados
sobre a ereção peniana e comprovaram sua ação sobre as células musculares vasculares,
tendo um efeito relaxante melhorando o mecanismo da ereção. Concluímos que o extrato
hidroalcoólico da folha de R. pycnostachys promove aumento de oxido nítrico peniano
com consequente aumento dos corpos cavernosos e, assim, atuando como afrodisíaco.
Palavras-chave: Reprodução, afrodisíaco, planta.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
34
CITRATO DE SILDENAFILA PROVOCA ALTERAÇÕES A
MICROESTRUTURA TESTICULAR E DANO AS ESPERMÁTIDES
ALONGADAS DE CAMUNDONGOS SWISS.
G. M. Braga1, F. C. R. Dias2, E. L. Oliveira2, A. L. P. Martins2, F. C. S. A. Melo1, S. L.
P. Matta2
1 Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento
de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa
RESUMO. Com o aumento de casos de disfunção erétil, surgem cada vez mais fármacos
conhecidos como inibidores de fosfodiesterases, que prolongam o relaxamento do tecido
e, consequentemente promovem a ereção. O uso do citrato de sildenafila por longos
períodos ou por jovens preocupa, pois não se sabe muito sobre os seus efeitos sobre a
estrutura testicular. Desta forma objetivamos avaliar os efeitos do citrato de sildenafila
sobre o testículo de camundongos Swiss. Foram utilizados 20 camundongos machos
divididos em 2 grupos: G1 - Controle, G2 – 7mg/kg/dia de citrato de sildenafila por 42
dias. No final do tratamento os animais foram pesados, anestesiados, eutanasiados e os
testículos foram retirados e fixados. Foram analisados parâmetros biométricos,
morfométricos e estereológicos testiculares. Os dados foram submetidos ao teste t, com
significância valores com p≤0,05. O uso do citrato de sildenafila não apresentou alteração
no peso testicular em gramas (CTRL- 0,195±0,04 e CSIL- 0,230±0,02), porém
apresentou uma redução no percentual de epitélio (CTRL- 71,80±3,67 e CSIL-
67,55±2,08). Com isso não foi verificado alterações no índice epiteliossomático (CTRL-
0,33±0,08 e CSIL - 0,35±0,08). Essas alterações não levaram a alteração na produção
espermática (CTRL - 47,76±29,92 e CSIL - 42,54±6,61). Essa manutenção na produção
pode ser justificada pela resposta do organismo em manter as células viáveis e eliminar
as danificadas, isso é verificado pelo aumento do número de patologias tubulares
moderadas (CTRL – 2.5 ± 1.0 e CSIL – 12. 25 ± 3.0). Verificou-se além desses
espermatozoides danificados, espermátides alongadas danificadas, em processo inicial de
morte. Concluímos com isso que o citrato de sildenafila altera a microestrutura testicular
podendo levar a alterações funcionais nos espermatozoides gerados, diante do alto nível
de túbulos patológicos e espermátides alongadas danificadas.
Palavras-chave: Morte celular; produção espermática; túbulo seminífero.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
35
AZADIRACHTIN A REDUZ PRODUÇÃO ESPERMÁTICA EM RATOS
WISTAR.
G. M. Braga1,F. C. R. Dias2, W. Harand3,S. L. P. Matta2, F. C. S. A. Melo1, E. M. Neves4
1 Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento
de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 3 Centro de Tecnologias Estratégicas
do Nordeste, CETENE. 4 Departamento de Anatomia, Universidade Federal de
Pernambuco.
RESUMO. Azadirachtin A é o principal composto da planta Azadirachta indica, mais
conhecida como nim, muito conhecido por ser utilizado como inseticida. Porém sabe-se
hoje que ela não mata o inseto, ela a deixa estéril. Desta forma objetivou-se avaliar a
ação do composto purificado Azadirachtin A na histologia testicular e produção
espermática de ratos Wistar adultos. Foram utilizados 20 ratos machos adultos, com idade
de 90 dias. Os animais possuíram uma dieta de manutenção (Labina® - Purina) e água ad
libitum, sendo submetidos a um ciclo invertido diário de 12/12h claro/escuro à 22±2°C.
Aprovado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal (CCB – processo nº
23076.007224/2009-19). Os animais foram distribuídos em 2 grupos: Controle (CRL) -
água; Azadirachtin A (AZA) - 5mg/kg/dia do AZA em 1ml de água, durante 30 dias por
gavagem. 24h após a administração da última dose, os animais foram pesados,
anestesiados e orquiequitomizados. Os testículos foram pesados e encaminhados para o
processamento histológico e análise morfométrica. Foram analisados parâmetros
biométricos, morfométricos e estereológicos testiculares. Os dados foram submetidos ao
teste t e considerados significativos os valores com p≤0,05. O peso testicular (g) foi
significativamente menor no grupo AZA em relação ao controle (CTRL- 1.62 ± 0.011 e
AZA - 1.55 ± 0.183), não houve alteração no diâmetro de túbulo (CTRL- 347.16 ± 0.75
e AZA -332.73 ± 33.47) e altura do epitélio (CTRL- 94.83 ± 9.7 e AZA - 88.83 ± 11.27).
No entanto, mostrou uma redução significativa na produção espermática diária por
testículo (CTRL-48.55 ± 0.59 e AZA - 19.63 ± 4.00) e por grama de testículo (CTRL-
78.62 ± 0.44 e AZA - 46.12 ± 5.77). O tratamento mostra que existe uma tendência à
redução da produção espermática visto que o tratamento não foi de um ciclo completo do
animal, mas confirmamos que o composto azadirachtin A tem efeitos sobre a produção
de espermatozoides em ratos Wistar. Palavras-chave: Azadirachta indica, fertilidade,
Nim.
Palavras-chave: Azadirachta indica, fertilidade, Nim.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
36
EFEITOS DA POLPA DE Euterpe oleracea MARTIUS EM PARÂMETROS
MORFOMÉTRICOS TESTICULARES DE CAMUNDONGOS EXPOSTOS AO
CÁDMIO.
Grasielle A. V. Rodrigues, V. G. S. M., A. L. P. M., F. C. D. R., F. C. S. A. M., S. L. P.
M.
Biologia Estrutural - Universidade Federal de Viçosa. Biologia Animal - Universidade
Federal de Viçosa.
RESUMO. Um dos mecanismos da toxicidade reprodutiva atribuída ao cádmio (Cd) se
dá pela geração de espécies reativas de oxigênio. Assim, estudos têm sido realizados na
busca de antioxidantes naturais que possam atuar contra a toxicidade do Cd. Dentre estes
sobressai-se o fruto do açaí (Euterpe oleracea), rico em compostos fenólicos, destacando-
se as antocianinas. Objetivou-se verificar se a polpa desengordurada de E. oleracea, rica
em compostos fenólicos (PDRF), apresenta atividade antioxidante frente aos efeitos
tóxicos do Cd no reprodutor masculino. Camundongos Swiss foram divididos em 6
grupos, sendo: 3 controles 1) controle negativo - água por 42 dias; 2) controle Cd - 4,28
mg/Kg de CdCl2 por via oral durante 7; 3) controle PDRF -300 mg/Kg de PDRF por 42
dias. Os tratamentos receberam 100, 200 e 300 mg/Kg de PDRF durante 42 dias, após a
intoxicação com Cd. Os testículos foram removidos, pesados, fixados e processados para
avaliação morfométrica. Observaram-se as seguintes alterações nos túbulos seminíferos
após a intoxicação pelo Cd: vacuolização, desprendimento de células e desorganização
do epitélio germinativo, bem como ausência de células germinativas e/ou células de
Sertoli. As mesmas alterações foram encontradas nos animais que receberam tratamento
com PDRF, inclusive no controle PDRF, embora em menor proporção. O percentual de
túbulos seminíferos com patologias classificadas como leves reduziu após tratamento
com PDRF comparado ao grupo que recebeu somente Cd, embora não tenha normalizado
totalmente. O percentual de patologias graves foi maior em todos os animais expostos ao
Cd, tratados ou não com PDRF, assim como no controle PDRF. Parâmetros
morfométricos tubulares apresentaram melhoria após o tratamento com PDRF. O
percentual de células com danos reduziu no tratamento com 300 mg/Kg. Dessa forma,
sugere-se que o tratamento com PDRF após intoxicação por Cd apresenta potencial
atividade antioxidante.
Palavras-chave: Fitoterápico, Metal Pesado, Reprodução, Toxicologia.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
37
COMPOSTO NIMBIDINA REDUZ A PRODUÇÃO ESPERMÁTICA DE RATOS
WISTAR.
Grasielle A. V. Rodrigues, F. C. R. D., H. W., S. L. P. M., N. E. M., A. L. P. M., E. L.
O., A. A. L., D. C. A.
Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade Federal de Viçosa. Centro de
Tecnologias Estratégicas do Nordeste, CETENE. Departamento de Anatomia,
Universidade Federal de Pernambuco.
RESUMO. Nimbidina é um composto extraído da semente da Azadirachta indica,
conhecida popularmente como Nim. Embora a literatura evidencie que ele apresenta ação
espermicida, os dados sobre a reprodução são controversos. Objetivou-se avaliar a ação
do composto Nimbidina nos parâmetros testiculares de ratos Wistar adultos, através de
análises morfométricas e da produção espermática diária. Vinte ratos machos adultos,
com idade de 90 dias foram distribuídos em 2 grupos (n=12): Controle (CRL) - nenhuma
substância; Extrato metanólico do Nim (NBD) - 5mg do NBD em 1ml de água. O
tratamento foi administrado por gavagem com doses diárias durante 30 dias. Os animais
receberam dieta de manutenção (Labina®) e água ad libitum, sendo submetidos a um
ciclo invertido diário de 12/12h claro/escuro à 22±2°C. Vinte e quatro horas após a
administração da última dose, os animais foram pesados, anestesiados, orquiectomizados
e os testículos pesados e encaminhados para o processamento histológico e análise
morfométrica. Os procedimentos foram aprovados pela Comissão de Ética da UFPE
(CCB – processo nº 23076.007224/2009-19). Foram analisados parâmetros biométricos,
morfométricos e estereológicos testiculares. Observou-se aumento do peso testicular
(CTRL - 1,616 ± 0,120 e NBD - 2,424 ± 0,195), redução de altura de epitélio (CTRL-
94,830 ±9,696 e NBD - 76,261±12,927) refletindo na redução da produção espermática
diária por grama de testículo (CTRL-90.03 ± 39.77 e NBD – 134.77 ± 28.87). Os
resultados demonstram que a planta pode ter função sobre os espermatozoides e o
composto afeta o sistema reprodutor, causando redução na produção dos espermatozoides
e alteração na fertilidade se não tomado os devidos cuidados, visto que, o tratamento em
questão foi por um período curto de tempo. Concluímos que o composto nimbidina causa
alterações a estrutura testicular que culminam na redução da produção espermática diária
de ratos Wistar.
Palavras-chave: Azadirachta indica, reprodução, fitoterapia, compostos purificados.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
38
EFEITOS DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DA FOLHA DE Renealmia
pycnostachys NO INTERTÚBULO EM CAMUNDONGOS SWISS.
Híviny F. O. Santos1, Elizabeth L. Oliveira1, Fernanda C. R. Dias1, Ana Luiza Martins1,
Viviane G. Mouro1, Grasielle A. V. Rodrigues1, Amanda A. Lozi2, Diane C. Araújo2,
Sérgio L. P. Matta1
1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de
Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. A Renealmia pycnostachys pertence à família Zingiberaceae, um gênero
endêmico no Brasil, sendo citada como provavelmente extinta. Atualmente é representada
apenas pelo espécime coletado em Minas Gerais. De acordo com o conhecimento popular,
esta planta possui efeito afrodisíaco. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do extrato
hidroalcoólico da folha de R. pycnostachys sobre o sistema reprodutor de camundongos
Swiss machos. Foram utilizados 28 animais divididos em 4 grupos: controle (água) e 3
doses do extrato 100, 200 e 400mg/k, administrados por gavagem durante 42 dias. Os
animais foram eutanasiados, o material biológico foi coletado e preparado para avaliações
morfológicas e morfométricas. O sangue foi coletado e centrifugado para determinação
da concentração de testosterona sérica. Houve aumento de 21% no percentual do
citoplasma de célula Leydig e 20% no percentual de célula de Leydig na dose de 200
mg/Kg. O percentual de tecido conjuntivo diminuiu em 63% na dose de 100mg/Kg e 38%
em 400mg/kg e o volume de tecido conjuntivo reduziu em 58% na dose de 400mg/kg.
Um número elevado de gotículas lipídicas foi observado nos animais tratados, sendo mais
evidente em 200mg/kg. Animais do grupo de 400mg/kg apresentaram aumento de 69%
nos níveis de testosterona sérica. Alterações nesses parâmetros indicam no aumento da
produção de testosterona, pois, a produção deste andrógeno está ligada diretamente com
as mitocôndrias e retículo endoplasmático pelas células de Leydig. Por outro lado, a
testosterona não sofreu alteração na dose de 200 mg/Kg. Talvez a inibição de cAMP, que
reduz o transporte de colesterol para a membrana interna das mitocôndrias, tenha
causando o acúmulo lipídico no citoplasma da célula de Leydig, sem ocorrer produção de
testosterona. Concluímos que o extrato hidroalcoólico de R. pycnostachys, interfere na
organização intertubular promovendo o aumento de testosterona na maior dose.
Palavras-chave: Afrodisíaco, planta, testosterona.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
39
EFEITOS DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DO FRUTO DE Renealmia
pycnostachys NA ORGANIZAÇÃO DO TÚBULO SEMINÍFERO EM
CAMUNDONGOS SWISS.
Híviny F. O. Santos1, Elizabeth L. Oliveira1, Fernanda C. R. Dias1, Ana Luiza Martins1,
Viviane G. Mouro1, Grasielle A. V. Rodrigues1, Amanda A. Lozi2, Diane C. Araújo2,
Sérgio L. P. Matta1
1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de
Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. A Renealmia pycnostachys pertence à família Zingiberaceae é citada como
provavelmente extinta, sendo representada apenas pelo espécime coletado em Minas
Gerais. Pouco se sabe sobre esta espécie, porém de acordo com o conhecimento popular,
esta planta é muito utilizada por ter efeito afrodisíaco. O objetivo do trabalho foi avaliar
o efeito do extrato hidroalcoólico do fruto de R. pycnostachys sobre as porções
gametogênicas. Foram utilizados 21 camundongos Swiss machos divididos em 3 grupos
experimentais: controle (água) e 2 doses do extrato 50 e 150mg/k, administrados por
gavagem por 42 dias. Foram eutanasiados, o material biológico coletado e análises de
microscopia de luz para morfometria realizadas, foram contados 20 túbulos seminíferos
no estádio 1 do ciclo. Os túbulos considerados com patologia foram aqueles que
apresentaram alguma alteração de acordo com o escore modificado de Johnsen. Na
contagem de célula no estádio 1, observou-se aumento de 31% no número corrigido de
células de Sertoli, 33% no número de células de Sertoli por testículo e 34% no número
de células de Sertoli por grama de testículo, na dose de 150 mg/Kg. Por outro lado, a
capacidade suporte da célula de Sertoli diminuiu 26% nesta mesma dose. As alterações
estruturais encontradas nos grupos tratados não chegaram a caracterizar um quadro de
patologia. Foi observado neste trabalho que o número de célula de Sertoli aumentou na
dose de 150 mg/Kg. A princípio acreditavam-se que a proliferação das células de Sertoli
cessava em testículos ainda imaturos, mas foi comprovado que na região de transição dos
túbulos seminíferos com a rede testicular a proliferação acontece até posteriormente na
vida adulta em roedores. Desse modo, concluímos que o extrato hidroalcoólico do fruto
de R. pycnostachys interferiu na organização tubular e promoveu o aumento no número
de células de Sertoli sem causar danos estruturais. Palavras-chave: planta, fitoterápico,
afrodisíaco.
Palavras-chave: Planta, fitoterápico, afrodisíaco.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
40
EFEITOS DO EXTRATO METANÓLICO DA SEMENTE DA Azadirachta indica
A JUSS SOBRE A PRODUÇÃO DE ESPERMATOZOIDES DE RATOS WISTAR.
Ingred C. Gonçalves, Fernanda C. R. Dias, Wolfgang Harand, Amanda A. Lozi, Diane C.
Araújo, Elizabeth L. Oliveira, Ana Luíza P. Martins, Grasielle A. V. Rodrigues, Sergio
L. P. Matta, Elizabeth N. Melo
Laboratório de Biologia Estrutural- Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. Azadirachta indica, mais conhecida como Nim, conhecida por ser utilizada
na medicina popular, produção de adubos e inseticida, e muito utilizada na agricultura
para controle de pragas. Sabe-se que o efeito no controle de pragas está relacionado à
indução da esterilidade nos insetos. Desta forma objetivou-se avaliar a ação do extrato
metanólico do Nim nos parâmetros testiculares de ratos Wistar adultos a fim de entender
como esta esterilidade acontece. Foram utilizados 20 ratos machos adultos mantidos com
dieta de manutenção (Labina®) e água ad libitum, sendo submetidos a um ciclo invertido
de 12/12h claro/escuro a 22±2°C. O procedimento experimental foi aprovado pela
Comissão de Ética da UFPE (23076.007224/2009-19). Os animais foram distribuídos em
2 grupos: Controle (CTRL) e tratados comextrato metanólico do Nim (EMN) - 5mg do
EMN em 1ml de água. Os animais receberam doses diárias por gavagem durante 30 dias.
Vinte e quatro horas após a administração da última dose, os animais foram pesados,
anestesiados e eutanasiados para retirada dos testículos para processamento histológico e
análises morfométricas e estereológicas. O percentual de túbulos seminíferos reduziu no
grupo tratado (CTRL- 93,00±1,33 e EMN – 90,83±1,44), assim como houve redução no
percentual de túnica própria (CTRL - 2,70±0,69 e EMN – 1,56±0,53). Embora não tenha
sido alterada a altura do epitélio ou quaisquer parâmetros conhecidamente associados à
produção espermática, o extrato reduziu a produção de espermatozoides nos animais
tratados (CTRL- 78,62± 0,44 e EMN - 52,92±8,90). O tratamento, embora não tenha sido
de um ciclo completo, pode ter resultado em danos às germinativas, o que culminou na
redução da produção de espermatozoides. Por esta razão o uso indiscriminado do Nim
merece atenção, a utilização prolongada pode levar a problemas na fertilidade e até causar
esterilidade, caso os danos não sejam reversíveis.
Palavras-chave: Azadirachta indica; Fertilidade, Reprodução, Testículo.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
EFEITOS DA EXPOSIÇÃO PRÉ-PUBERE AO ARSÊNIO EM PARÂMETROS
REPRODUTIVOS DE RATOS WISTAR MACHOS.
41
John Lennon P. Coimbra, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz Otávio G.
Ervilha, Mariana M. Neves
Laboratório de Biologia Estrutural- Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. Nos últimos anos, a contaminação de As na água de beber vem se tornando
uma importante questão de saúde pública. Trabalhos recentes mostraram que o As tem
efeitos deletérios sobre parâmetros testiculares e epididimários de ratos adultos, como
biometria e histomorfometria. No entanto, não se sabe quais os efeitos do As em órgãos
reprodutivos de animais pré-púberes. Neste contexto, 20 ratos Wistar com 21 dias de
idade foram separados aleatoriamente em dois grupos experimentais: animais do grupo
controle (C; n=10) receberam água filtrada como água de beber, enquanto que animais
do grupo As (n =10) foram tratados diariamente com solução de arsenito de sódio
(10mg/L) na água de beber. O tratamento durou 29 dias, até que os animais atingissem
50 dias de idade. No 51º dia de experimento, os animais foram eutanasiados (CEUA,
processo 96/2017) e os órgãos reprodutores dissecados e pesados. Os resultados foram
submetidos ao teste t de Student ao nível de 5%. O peso médio dos testículos direito e
esquerdo dos animais expostos ao As (D:1,09 ± 0,06 g; E:1,08 ± 0,05 g) foi menor do que
o dos animais controle (D:1,28 ± 0,04 g; E:1,29 ± 0,05 g) (P < 0,05). O peso dos
epidídimos também reduziu nos animais expostos ao As (D: 0,19 ± 0,01 g; E:0,20 ± 0,017
g) em relação aos animais do grupo controle (D:0,24 ± 0,01 g; E:0,24 ± 0,008 g) (P <
0,05). Estes resultados mostram que testículo e epidídimo, após a exposição durante a
fase pré-puberal, podem ser negativamente influenciado pela exposição ao As. Por outro
lado, o peso médio da próstata (C=0,48 ± 0,024 g; As=0,35 ± 0,019 g) e da vesícula
seminal (C=0,27 ± 0,022 g; As = 0,24 ± 0,02 g) não foram alterados (P > 0,05). Pode-se
concluir que o peso de testículo e epidídimo foram mais sensíveis a exposição ao As em
ratos pré-púberes que próstata e vesícula seminal, indicando um possível
comprometimento da fertilidade destes animais em sua vida adulta.
Palavras-chave: Reprodução, Parâmetros Reprodutivos, Arsênio, Toxicologia.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
42
EFEITOS EM PARÂMETROS REPRODUTIVOS EM RATOS MACHOS
WISTAR ADULTOS EXPOSTOS AO ARSÊNIO DURANTE A FASE PRÉ-
PUBERE.
John Lennon P. Coimbra, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz Otávio G.
Ervilha, Mariana M. Neves
Laboratório de Biologia Estrutural- Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. O arsênio (As) é um metaloide tóxico capaz de causar danos na
histomorfometria do epidídimo de ratos adultos. No entanto, não se sabe seu efeito sobre
o mesmo órgão quando a exposição acontece na fase pré-puberal. Neste sentido, este
trabalho objetivou avaliar parâmetros biométricos do testículo e epidídimo, bem como
quantificar os espermatozoides presentes nas regiões epididimárias de ratos Wistar pré-
púberes expostos ao As. Para isto, foram utilizados 20 animais com 21 dias de idade,
separados aleatoriamente em dois grupos experimentais. Animais do grupo controle (C;
n = 10) receberam água filtrada, enquanto que animais do grupo As (n = 10) receberam
diariamente solução de arsenito de sódio (10 mg/L) na água de beber até atingirem 50
dias de idade. No 51º dia de experimento, todos os animais passaram a receber água
filtrada até completarem 70 dias de idade, quando foram eutanasiados para obtenção dos
testículos e epidídimos (CEUA, processo 96/2017). Estes órgãos foram pesados, sendo
os epidídimos posteriormente processados para contagem de espermatozoides presentes
nas suas regiões. Os resultados foram submetidos ao teste t de Student ao nível de
significância de 5%. O peso médio dos testículos de animais controle (D: 1,63 ± 0,04 g;
E: 1,7 ± 0,02 g) foi similar ao observado no testículo de animais do grupo As (D: 1,7 ±
0,04 g; E: 1,7 ± 0,04 g; P > 0,05). O peso dos epidídimos entre animais controle (D: 0,58
± 0,01 g; E: 0,56 ± 0,01 g) e tratados com As (D: 0,57 ± 0,02 g; E: 0,56 ± 0,01 g) também
não variou (P > 0,05). O número de espermatozoides presentes nas regiões da cabeça/
corpo (60,37 ± 2,38 x 106) e cauda (69,43 ± 4,73 x 106) dos epidídimos de animais
expostos ao As foi menor em relação aos valores obtidos nos animais controle (94,83 ±
3,09 x 106 e 126,4 ± 9,03 x 106, respectivamente; P < 0,05). Conclui-se que a exposição
ao As reduz o número de espermatozoides presente no epidídimo de animais adultos
quando expostos no período pré-púberes, sem alterar os pesos de testículo e epidídimo.
Palavras-chave: Reprodução, Arsênio, Toxicologia.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
43
INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE SOBRE O ÍNDICE APOPTÓTICO DE
CÉLULAS DE SERTOLI EM ALTERAÇÕES EM PARÂMETROS
TESTICULARES E ESPERMATOGÊNESE DE MORCEGOS FRUGÍVOROS
EXPOSTOS AO PESTICIDA GLIFOSATO.
Esteban G. Ospina, Mariella B. D. Freitas, Pedro H. C. Neves
Laboratório de Ecofisiologia de Quirópteros - Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. O efeito dos agrotóxicos sobre o organismo de morcegos frugívoros é
relevante quando consideramos o contato direto que os animais tem com esses compostos
quando estão forrageando em culturas tratadas. O glifosato é um dos compostos ativos do
Roundup®, um herbicida organofosforado muito utilizado em todo mundo. Este estudo
teve como objetivo avaliar os efeitos de baixas concentrações de glifosato em parâmetros
testiculares e na espermatogênese dos morcegos frugívoros Artibeus lituratus. Morcegos
machos adultos foram coletados com redes de neblina e alimentados com frutas tratadas
sem glifosato (controle, n=7) e com 40 ml/L de calda (GLF, n=6) de glifosato por 3 dias.
Ao fim do tratamento os animais foram eutanasiados e pesados. O testículo esquerdo foi
fixado em Karnovsky, incluído em resina e foram feitos cortes histológicos com espessura
de 3μm para análise comparativas de parâmetros morfológicos entre os grupos. Dentre os
parâmetros testiculares não foram observados resultados significativos em peso do
testículo, peso da albugínea, peso do parênquima e índice gonadossomático entre os dois
grupos. Quanto ao resultado das médias referentes ao número corrigido de células do
epitélio seminífero no estágio 1 houveram diminuições nos números corrigidos de
espermatogônia tipo A, razão preleptóteno/leptóteno e de células de Sertoli no grupo
tratado quando comparado ao controle. Não ocorreu alterações nas médias de paquíteno
, espermátide arredondada e de células germinativas. Quanto ao rendimento intríseco da
espermatogênes não foi vista variação nos valores dos índices mitótico, meiótico, de
Sertoli, rendimento geral da espermatogênese e capacidade total da célula de Sertoli. Os
resultados referentes às medias da reserva testicular total e por grama de testículo também
não sofreram variações entre os dois grupos experimentais. Os resultados com alterações
estatísticas significativas evidenciam os danos histofisiológicos que o glifosato pode
causar nos testículos de morcegos frugívoros.
Palavras-chave: Glifosato, testículos, morcegos.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
44
ALTERAÇÕES NOS CARACTERES MORFOMÉTRICOS DOS TESTÍCULOS
DE MORCEGOS FRUGÍVOROS EXPOSTOS AO PESTICIDA GLIFOSATO.
Esteban G. Ospina, Mariella B. D. Freitas, Pedro H. C. Neves
Laboratório de Ecofisiologia de Quirópteros - Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. O efeito dos agrotóxicos sobre o organismo de morcegos frugívoros é
relevante quando consideramos o contato direto que os animais têm com esses compostos
quando estão forrageando em culturas tratadas. O glifosato é um dos compostos ativos do
Roundup®, um herbicida organofosforado muito utilizado em todo mundo. Este estudo
teve como objetivo avaliar os efeitos de baixas concentrações de glifosato nos caracteres
morfométricos dos testículos dos morcegos frugívoros Artibeus lituratus. Morcegos
machos adultos foram coletados com redes de neblina e alimentados com frutas tratadas
sem glifosato (controle, n=7) e com 40 ml/L de calda (GLF, n=6) de glifosato por 3 dias.
Ao fim do tratamento os animais foram eutanasiados e pesados. O testículo esquerdo foi
fixado em Karnovsky, incluído em resina e foram feitos cortes histológicos com espessura
de 3μm para análises comparativas de parâmetros morfológicos entre os grupos. Não
ocorreram variações significativas nos valores dos índices tubulo, parênquimo e
epitéliossomático e nos volumes dos túbulos seminíferos. Na composição do
compartimento tubular houve menor valor percentual de lúmen e túnica em GLF. Houve
aumento da área do lúmen e da relação túbulo/epitélio em GLF. Enquanto os valores
médios para diâmetro e comprimento dos túbulos seminíferos e não variaram entre os
grupos, o diâmetro do lúmen foi maior em GLF. No intertúbulo houve aumento
significativo no percentual de célula de Leydig, do núcleo e do citoplasma dessas células
e no percentual de espaço linfático no intertúbulo no grupo tratado. Já no parênquima
testicular foram observados aumentos dos volumes do núcleo de célula de Leydig e do
espaço linfático em GLF quando comparado ao controle. O número de células de Leydig
total e por grama de testículo foi maior nos animais tratados com glifosato. Os resultados
com alterações estatísticas significativas evidenciam os danos histofisiológicos que o
glifosato pode causar nos testículos de morcegos frugívoros.
Palavras-chave: Glifosato, testículos, morcegos.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
45
EFEITOS DA TOXICIDADE DO HERBICIDA GLIFOSATO NO TESTÍCULO
DE MORCEGOS FRUGÍVOROS
Renata M. P. Freitas, Esteban G. Ospina, Jerusa M. Oliveira, Mariáurea M. Sarandy,
Mariella B. Freitas
Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa MG, Brasil.
RESUMO. O glifosato, principal componente do herbicida Roundup®, e largamente
utilizado nos cultivares do mundo inteiro, é conhecido como disruptor endócrino e causa
efeitos adversos na reprodução. O estudo com animais silvestres e a ingestão desses
contaminantes ainda são escassos. Os morcegos frugívoros constituem um grupo
interessante para tal estudo já que no momento do forrageio estão em contato com esses
herbicidas. Nosso objetivo foi avaliar a toxicidade reprodutiva induzida pelo glifosato em
morcegos machos. Para isso, morcegos adultos Artibeus lituratus, foram coletados na
Mata da Biologia, na Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. Posteriormente
foram divididos em dois grupos, o grupo controle (n=6) foi alimentado com frutos sem o
herbicida e o grupo tratado, (n=6) com frutos aspergidos com calda contendo glifosato
em uma concentração de 4mL/100mL de água, concentração recomendada pelo
fabricante. Após 3 dias de tratamento os animais foram pesados e eutanasiados. Todos
procedimentos estão de acordo com o CEUA UFV. Os testículos foram retirados e
utilizados para as análises de enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD),
catalase (CAT) e glutationa s-transferase (GST), foram mensurados também os produtos
do estresse oxidativo, proteína carbonilada e malondialdeído (MDA). A estatística foi
realizada no programa STATISTICA, e os resultados apresentados com média ± desvio
padrão. Foi observado aumento da atividade das enzimas SOD e CAT no grupo tratado
com o herbicida em relação ao grupo controle, indicando a necessidade de uma possível
defesa contra danos oxidativos. Além disso, os níveis de proteína carboniladas também
foram maiores no grupo tratado em relação ao controle, indicando a oxidação das
proteínas. A atividade da enzima GST e os níveis de MDA não expressaram aumento
significativo. Os resultados demonstram que o Roundup® causou toxicidade testicular
em morcegos frugívoros expostos a baixas concentrações e por um curto período de
exposição.
Palavras-chave: Quirópteros, toxicidade reprodutiva, estresse oxidativo, Roundup®.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
46
AVALIAÇÃO TRANSGERACIONAL DA EXPOSIÇÃO PARENTAL E DIRETA
AO MANGANÊS NA QUALIDADE ESPERMÁTICA DE CAMUNDONGOS
SWISS. *
Tugstênio L. Souza1, Amândia R. Batschauer1, Patrícia Manuit1, Anderson Martino-
Andrade2, Claudia F. Ortolani-Machado1
1 Laboratório de Embriotoxicologia. Departamento de Biologia Celular. Universidade
Federal do Paraná, Centro Politécnico – Curitiba, PR. 2 Laboratório de Fisiologia
Endócrina e Reprodutiva Animal. Departamento de Fisiologia. Universidade Federal do
Paraná, Centro Politécnico – Curitiba, PR.
RESUMO. O Manganês (Mn) é um elemento essencial para o organismo, sendo utilizado
como cofator para enzimas envolvidas em diversos processos metabólicos. Entretanto,
em determinadas concentrações este metal pode promover quadros de toxicidade. Desta
forma, o presente estudo teve como objetivo analisar o efeito da exposição ao Mn em
doses realísticas, ao longo de uma geração, na qualidade espermática de camundongos
Swiss. Quarenta fêmeas e 20 machos (geração F0) foram tratados por 60 dias com MnCl2,
via gavagem, nas doses de: 0, 0,013, 0,13 e 1,3 mg/kg/dia, sendo as doses estabelecidas
de acordo com a exposição diária humana, via ingestão. Em seguida, foi realizada a
cópula para obtenção da geração F1. O tratamento com MnCl2 foi contínuo durante o
período de gestação e amamentação da prole. No momento do desmame a prole foi
dividida em duas categorias, respeitando as mesmas doses utilizadas nos progenitores:
animais que receberam Mn apenas via parental (EP), durante a gestação e amamentação;
e aqueles que foram expostos via parental e direta (EPD), na mesma condição que os
progenitores. Após 60 dias os animais foram eutanasiados e análises de parâmetros
espermáticos, como motilidade, concentração, vitalidade e morfologia foram realizadas.
Houve um aumento do número de espermatozoides imóveis e móveis não progressivos
nos animais 0,13 e 1,3 mg/kg/dia, na condição EP e EPD. Já a concentração espermática
foi reduzida em todas as doses e condições de exposição, incluindo a geração F0. Em
relação à vitalidade, apenas os animais 0,13 e 1,3 mg/kg/dia EPD apresentaram redução
no número de espermatozoides vivos. Para a morfologia espermática notou-se na geração
F1, em ambas as condições de exposição, um aumento dose-dependente do número de
anomalias na peça intermediária, estando correlacionada com a perda de motilidade
espermática. Sendo assim, constatou-se que o Mn, mesmo em baixas concentrações, é
capaz de promover uma redução na qualidade espermática ao longo de uma geração.
Palavras-Chave: Reprodução, toxicologia reprodutiva.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
47
POLPA RICA EM FENÓIS DE Euterpe oleracea MART POSSUI AÇÃO
ANTIOXIDANTE FRENTE AO ESTRESSE OXIDATIVO INDUZIDO PELO
CÁDMIO.
Viviane G. S. Mouro1, Janaína da Silva1, Fernanda C. R. Dias1, Fabiana C. S. A. Melo2,
Sérgio L. P. Matta1,2
1 Departamento de Biologia Geral – Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de
Biologia Animal – Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. Os testículos são órgãos particularmente sensíveis a toxicidade do Cádmio
(Cd). Este metal apresenta capacidade de competir com minerais essenciais e levar ao
estresse oxidativo. Assim, espécies vegetais com atividade antioxidante tem sido testadas
frente a toxicidade do Cd. Entre estas destaca-se os frutos de Euterpe oleracea, que são
ricos em compostos fenólicos, principalmente antocianinas, e com alto conteúdo mineral.
Dessa forma, verificou-se a ação antioxidante da polpa desengordurada de E. oleracea
rica em compostos fenólicos (PDRF) frente ao conteúdo mineral testicular e o estresse
oxidativo induzidos pelo Cd. Camundongos Swiss foram divididos em 6 grupos: sendo 3
controles; 1) controle negativo água; 2) 4,28 mg/Kg de CdCl2 por 7 dias e 3) 300 mg/Kg
PDRF e 3 expostos ao Cd e tratados com 100, 200 e 300 mg/Kg de PDRF por 42 dias.
Verificou-se que a PDRF apresentou alta concentração de Cálcio, Magnésio e Manganês.
Sendo que Zinco, Ferro e Cobre também foram encontrados em menores concentrações.
A polpa apresentou resultado negativo para Cd. Nos testículos foi observado redução de
Cobre em todos os tratamentos, à medida que o Ferro reduziu apenas nos receberam 100
mg/Kg de PDRF. Todos os animais que tratados com PDRF após intoxicação pelo Cd
apresentaram maior atividade de superóxido dismutase (SOD) comparados àqueles que
receberam somente Cd. O tratamento com 100 mg/Kg de PDRF aumentou a atividade de
SOD em comparação ao controle PDRF. A atividade de catalase reduziu no controle Cd
e no tratamento com 300 mg/Kg de PDRF. Sendo que este último apresentou maior
concentração de malondialdeído em relação demais grupos experimentais. A Glutationa
S-transferase aumentou no controle PDRF. O óxido nítrico aumentou nos animais
tratados com 100 mg/Kg de PDRF. Este parâmetro também se mostrou elevado no
controle PDRF em relação ao controle negativo. Dessa forma, a PDRF apresenta ação
antioxidante ao nível de suplementação com minerais essenciais e estimulação
enzimática.
Palavras-Chave: Estresse oxidativo, Fitoterapia, Metal pesado, Testículo, Toxicologia.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA
48
A BIOLOGIA ALÉM DAS CÉLULAS: ESTUDANDO OS SISTEMAS POR MEIO
DA ANATOMIA HUMANA.
Eduarda R. Fialho1, Josicelli S. Crispim1, Fabiana C. S. A. Melo2, Luciano E. Pelúzio3
1 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas
Gerais, Brasil. 2 Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 3 Colégio de Aplicação – CAp-COLUNI, Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, Brasil.
RESUMO. A disciplina de Biologia é pouco atrativa para os alunos devido à dificuldade
em assimilar o conteúdo com a vida real. Este fato é ainda mais visível quando o assunto
de Anatomia Humana é ministrado em sala de aula. A anatomia estuda a constituição e
funcionamento do corpo humano por meio dos sistemas. Os sistemas são formados de
órgãos, que por sua vez, são constituídos por tecidos, um conjunto de células que
desempenham a mesma função. Com o objetivo de estimular a curiosidade de estudantes
do ensino médio do CAp-COLUNI da UFV pela área de anatomia humana, aulas práticas
foram desenvolvidas utilizando a infraestrutura da UFV. As aulas foram ministradas para
um total de 259 alunos por um professor da área no Laboratório de Anatomia e Fisiologia
Humana, nos anos de 2016 e 2017. A aula foi baseada na descrição dos sistemas humanos
por meio da demonstração de órgãos e de um cadáver, relacionando o assunto de
histologia visto na escola. Para avaliação da aula foi aplicado aos alunos o questionário
Likert com 5 escalas de alternativas (muito bom, bom, indiferente, ruim e muito ruim).
Aproximadamente 98%, 99% e 91% dos alunos de ambos os anos classificaram como
muito boa e boa a aula desenvolvida fora do ambiente escolar, a ministração da aula por
um professor da área e o contato com órgãos humanos, respectivamente. Os dados e
comentários dados pelos alunos mostraram que as aulas instigaram a curiosidade pela
área biológica, ajudaram na escolha da futura profissão e quebraram a barreira do medo
que existe em relação a presença de cadáveres e órgãos verdadeiros em aula. Assim, este
trabalho permitiu o contato de alunos do ensino médio com a área de anatomia dentro de
um ambiente universitário, ajudando no autoconhecimento dos alunos sobre a aptidão por
profissões da área biológica, demonstrando a importância da parceria escola-universidade
na escolha profissional.
Palavras-chave: Anatomia humana, ensino, aula prática.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA
49
COLORAÇÃO DE GRAM: ESTUDANDO AS CÉLULAS PROCARIÓTICAS NO
ENSINO MÉDIO.
Eduarda R. Fialho1, Josicelli S. Crispim1,2, Denise M. S. Bazzolli2, Jildete K.Santos1
1 Colégio de Aplicação/COLUNI, Universidade Federal de Viçosa, Brasil, Minas Gerais.
2 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Brasil, Minas Gerais.
RESUMO. "As células são classificadas em procarióticas e eucarióticas e apresentam
grande diversidade de formas e tamanhos. Dentro do grupo de células procarióticas
encontra-se o grupo das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, que se diferem na
composição da parede celular. As células são invisíveis a olho nu, sendo necessário o uso
de microscópios para seu estudo. Algumas escolas possuem microscópios, mas seu uso
tende a ser limitado pela escassez de equipamentos. O Colégio de Aplicação (COLUNI)
é uma escola pública de nível médio que faz parte da UFV. Esta escola possui laboratório
equipado com poucos microscópios para a grande demanda de alunos. Por outro lado, o
Dep. de Microbiologia da UFV possui um laboratório de aulas práticas equipado. Com
intuito de fortalecer o ensino na área de diversidade celular dos estudantes do ensino
médio do COLUNI, este trabalho teve como objetivo a realização de aula prática
utilizando a infraestrutura da UFV. Pós-graduandos em Microbiologia Agrícola da UFV
ministraram aula para 160 alunos da 2° série no ano de 2017. Para avaliação da aula foi
aplicado aos alunos o questionário Likert com 5 escalas de alternativas (muito bom, bom,
indiferente, ruim e muito ruim). A aula foi baseada na técnica de Coloração de Gram, na
qual os alunos puderam manusear equipamentos, preparar lâminas e discutir sobre a
morfologia da célula bacteriana e a classificação em Gram-negativas e Gram-positivas.
Um total de 95,0% dos alunos classificaram como muito boa e boa a realização da aula
fora do ambiente escolar convencional. Em relação ao acesso aos microscópios, 98,6%
dos alunos classificaram em muito bom e bom. Já em relação à aprendizagem dos alunos,
foi verificado que 87.1% classificaram como muito boa e boa. Os resultados sugerem que
a parceria COLUNI e UFV deve ser incentivada e aperfeiçoada para contribuir ainda mais
com o aprendizado dos alunos na área de Biologia.
Palavras-chave: Educação, ensino, células procarióticas.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA
50
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTITUMORAL IN VITRO DE DERIVADOS
DE DIBENZOILMETANO EM LINHAGENS CELULARES NORMAIS E
TUMORAIS.
Mariá A. B. R. Oliveira, Jefferson V. P. B. Baeta, Anesia Santos
Departamento de Biologia Geral; Departamento de Bioquímica Biologia Molecular.
Deparamento de Biologia Geral - Universidade Federal de Viçosa – MG.
RESUMO. Desde a descoberta da cisplatina, várias tentativas têm sido feitas com o
objetivo de desenvolver novos quimioterápicos com menor toxicidade e efeitos colaterais
para tratamento do câncer. Entre as diversas classes de compostos descritas na literatura,
que apresentam atividade antitumoral, in vitro e in vivo, encontram-se os
dibenzoilmetanos, conhecidos como DBM que formam um grupo raro de pequenas β-
dicetonas que apresentam diversas propriedades farmacológicas, como fotoproteção,
atividades antiinflamatória, antitumoral, antiviral e outras (Quiniro et al., 2006). Tais
compostos estão presentes em inúmeras de famílias de plantas como por exemplo
Annonaceas, Astraceas, Menispermaceae, Rosaceae, Salicaceae e, especialmente,
Leguminoseae. Estudos demonstraram que derivados de DBM apresentam capacidade de
interagir diretamente com a molécula de DNA em ensaios de pinçamento óptico in vitro
(Nascimento et al., 2018) e iniciar uma cascata de sinalização que culmina em morte
celular por apoptose. Com o presente trabalho, três compostos derivados do
dibenzoilmetano (DBM) foram sintetizados de acordo com a patente PI0006583-8, no
Laboratório de Química e Bioquímica de Produtos Naturais da Universidade Federal de
Viçosa. Para a purificação das amostras foi realizada a técnica de Cromatografia de Alta
Eficiência (CLAE) usando um sistema HPLC-SHIMADZU. Os compostos, depois de
caracterizados por espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C, foram
submetidos a avaliação antiproliferativa e citotóxica em linhagens celulares normais e
tumorais, com a finalidade de avaliar a eficiência quimioterápica e a seletividade dos
compostos inéditos obtidos. Tais resultados demonstrarão o potencial das novas drogas
obtidas e servirão de guia para futuros ensaios clínicos de fase I que pretendemos realizar
para cânceres tipo melanoma e outros.
Palavras-chave: câncer, dibenziolmetano, cultura de células, antiproliferativo,
aintitumotal.
Palavras-chave: Câncer, dibenziolmetano, cultura de células, antiproliferativo,
aintitumotal.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – EDUCAÇÃO EM BIOLOGIA
51
UNIVERSIDADE DAS CRIANÇAS: O ESTUDO SOBRE CÉLULAS ATRAVÉS
DA LIVRE ESCOLHA. *
Rafaela M. Barreto, Paola C. Medeiros, Letícia M. Ferreira, Beatriz R. Lara, Monique M.
Coelho, Regina S. R. Silva, Elisângela E. Ferreira, Raquel A. Costa
RESUMO. Universidade das Crianças é um projeto de extensão que pertence a uma rede
mundial e tem como objetivo a divulgação científica através da livre escolha e tomada de
decisão das crianças. Isto é, as crianças têm a oportunidade de escolherem, dentre diversas
opções, o que querem aprender, mantendo seus interesses e a sua motivação. Segundo
Lino (2014), a escolha requer que a criança pense sobre as alternativas e possibilidades
em uma determinada situação, contribuindo assim para o seu desenvolvimento cognitivo
e social. Sendo assim, foram realizadas oficinas em duas turmas de 5º ano da Escola
Estadual Ministro Gabriel Passos em São João del Rei - Minas Gerais. Em um primeiro
momento, apresentamos o tema “Células”, escolhido previamente pelas professoras das
turmas, através de uma atividade que consistia em adivinhar o nome de diferentes objetos
utilizando tato, olfato e paladar. Assim, foi colocado uma venda nos olhos dos alunos e
os mesmos retiravam os objetos que estavam dentro de uma sacola e tentavam adivinhar
o nome de cada item. Ao final desta atividade, cada aluno escreveu perguntas acerca do
tema proposto. Com as perguntas foi possível organizar o que os alunos gostariam de
saber sobre células, permitindo, em um segundo momento realizar a oficina Mitos e
Verdades, na qual eram mostradas afirmações sobre o tema e os alunos julgavam como
corretas ou incorretas. Além disso, foram utilizados cartazes, lâminas observadas em
microscópio óptico e um modelo anatômico. Os resultados foram significativos,
obtivemos muitas perguntas dos alunos que se envolveram nas atividades propostas. Os
métodos utilizados auxiliaram para atingir os objetivos, como despertar o interesse e
atenção levando uma melhor compreensão do tema e, principalmente, empoderar os
alunos na construção do seu próprio conhecimento e desenvolvimento.
Palavras-chave: Células, conhecimento, livre escolha, divulgação científica, educação.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA E EVOLUÇÃO
52
ESTUDO CITOGENÉTICO DE DUAS POPULAÇÕES DE Gnamptogenys
striatula, MAYR (FORMICIDAE: ECTATOMINAE): UM ENFOQUE
TAXONÔMICO.
Gisele A. Teixeira, Hilton J. A. C. Aguiar, Luísa A. C. Barros, Denilce M. Lopes, Tânia
M. F. Salomão
1 Laboratório de Citogenética de Insetos, Universidade Federal de Viçosa. 2
Universidade Federal do Amapá - Campus Oiapoque. 3 Laboratório de Biologia
Molecular de Insetos - Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. As formigas do gênero Gnamptogenys incluem 140 espécies com ampla
distribuição, sendo sua maior diversidade observada na região neotropical. Algumas
espécies neotropicais apresentam uma complexa taxonomia, como é o caso de
Gnamptogenys striatula, em que se observa notável variabilidade morfológica em
diferentes populações, o que indica se tratar de um complexo de espécies. Estudos
citogenéticos em formigas têm auxiliado na resolução taxonômica de muitas espécies.
Dados citogenéticos em Gnamptogenys estão disponíveis para 14 táxons e incluem
somente número e morfologia cromossômica. Assim, esse estudo objetivou caracterizar
duas populações de G. striatula (Rio de Janeiro-RJ e Petrópolis-RJ) por meio de técnicas
citogenéticas clássicas (número e morfologia cromossômica) e moleculares (mapeamento
de genes rDNA 18S). Metáfases mitóticas foram obtidas de gânglios cerebrais de larvas
pós-defecantes e coradas com Giemsa. Para o mapeamento dos genes rDNA 18S foi
utilizada a técnica de FISH. As sondas foram obtidas por amplificação via PCR
utilizando-se primers 18S desenhados para a abelha Melipona quinquefasciata e marcadas
de forma indireta. No Rio de Janeiro, G. striatula apresentou 2n=32 (20m+10sm+2st)
cromossomos e os blocos de genes rDNA 18S localizaram-se na região intersticial do
braço curto do sexto par metacêntrico, enquanto que em Petrópolis, foi observado 2n=34
(18m+8sm+8st) cromossomos e o quinto par metacêntrico foi o carreador dos genes
rDNA 18S. As diferenças cariotípicas observadas entre essas populações sugerem que G.
striatula seja um complexo de espécies, confirmando os dados morfológicos. Esses
resultados demonstram que a citogenética pode ser uma ferramenta útil para auxiliar na
resolução taxonômica de G. striatula.
Palavras-chave: Citogenética, Hymenoptera, complexo de espécies, Gnamptogenys.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA E EVOLUÇÃO
53
OCORRÊNCIA DE INVERSÃO CROMOSSÔMICA ENVOLVENDO GENES
rDNA 18S EM Acromyrmex MAYR (FORMICIDAE: MYRMICINAE)
Gisele A. Teixeira1, Luísa A. C. Barros2, Hilton J. A. C. Aguiar2, Denilce M. Lopes1,
Tânia M. F. Salomão3
1 Laboratório de Citogenética de Insetos, Universidade Federal de Viçosa. 2
Universidade Federal do Amapá - Campus Oiapoque. 3 Laboratório de Biologia
Molecular de Insetos - Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. Estudos citogenéticos moleculares utilizando a técnica de Hibridização in situ
Fluorescente (FISH) para mapeamento de genes ribossomais em formigas têm auxiliado
na resolução de problemas taxonômicos e na compreensão da evolução cromossômica de
diferentes grupos. Os genes rDNA são ricos em pares de bases GC e por isso, em geral,
coincidem com as marcações evidenciadas pelo fluorocromo CMA3. O gênero
Acromyrmex inclui 33 espécies e é considerado o mais derivado dentre as formigas
cultivadoras de fungos em termos filogenéticos e citogenéticos. Dados citogenéticos
moleculares estão disponíveis para cinco espécies com 2n=38 cromossomos, que
apresentam os genes rDNA coincidindo com os blocos CMA3+ na região telomérica do
braço curto do maior par subtelocêntrico (par ST1). A espécie A. echinatior (2n=38)
apresenta marcações CMA3+ na região intersticial no braço curto desse par ST1,
sugerindo a ocorrência de uma inversão paracêntrica em Acromyrmex. No entanto, dados
citogenéticos moleculares para A. echinatior são ausentes. Assim, o presente estudo
objetivou mapear fisicamente os genes rDNA 18S por meio de FISH em A. echinatior
coletada em Barro Colorado, Panamá, e comparar esses dados com as marcações CMA3+
já conhecidas. Metáfases mitóticas foram obtidas de gânglios cerebrais de larvas pós-
defecantes e submetidas à solução hipotônica de colchicina e fixadores. As sondas de
rDNA 18S foram obtidas por amplificação via PCR utilizando-se primers 18S desenhados
para a abelha Melipona quinquefasciata e marcadas de forma indireta. A. echinatior
apresentou os genes rDNA 18S na região intersticial do braço curto do par ST1. Essa
localização dos genes ribossomais coincidiu com os blocos GC anteriormente observados
no par ST1 de A. echinatior, diferindo assim das demais espécies do gênero já estudadas.
Esse resultado, portanto, confirma a ocorrência de rearranjo cromossômico do tipo
inversão paracêntrica envolvendo a região de genes ribossomais em Acromyrmex.
Palavras-chave: Citogenética molecular, rDNA 18S, formiga cortadeira, Evolução
cromossômica.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR
54
ENVOLVIMENTO DE PROFAGOS NA DIVERSIDADE BACTERIANA DE
Desulfovibrio alaskensis G20
Clara N. Laguardia1, Josicelli S. Crispim2, Larissa C. Araújo1, Roberto S. Dias1, Sérgio
O. de Paula1
1 Departamento de Biologia Celular, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brasil. 2 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brasil.
RESUMO. As Bactérias Redutoras de Sulfato (BRS) são um grupo caracterizado pela
redução de sulfato e produção de sulfeto de hidrogênio (H2S). Além da toxicidade do gás,
as BRS induzem a biocorrosão, gerando problemas na indústria petrolífera. Assim, há a
necessidade de controlar suas populações e uma forma é a utilização de bacteriófagos.
Esses vírus infectam bactérias, recebendo o nome de profagos aqueles que integram seu
material genético no genoma do hospedeiro. O objetivo deste trabalho é caracterizar dois
de quatro elementos profago-like de Desulfovibrio alaskensis previamente identificados
pelo nosso grupo de pesquisa. Os elementos profago-like foram identificados pelo
programa PHASTER a partir do genoma da linhagem D. alaskensis G20. A caracterização
dos elementos foi feita com os programas PSI-BLAST, BLASTn e Mauve. A D.
alaskensis G20 possui dois elementos profago-like com aproximadamente 78% de
identidade, classificados como completos e pertencentes à família Myoviridae, cobrindo,
em conjunto, por volta de 2,4% do genoma bacteriano. Um deles apresenta 41409 pb e
63,1% de conteúdo GC, enquanto o outro apresenta 48688 pb e 60,7% de conteúdo GC.
A análise comparativa desses profagos mostrou que são colineares e estão localizados de
forma invertida em fitas opostas do DNA. Além disso, o maior desses profagos possui
uma inserção de genes bacterianos de 7kp, demonstrando seu envolvimento com a
transferência horizontal de genes e diversidade bacteriana. Esses elementos apresentam
sequências que codificam integrase, peptidase, DNA metiltransferase, proteínas da cauda
do fago, do capsídeo, do portal, lisozima e uma proteína de membrana bacteriana. Este
estudo mostra que D. alaskensis G20 apresenta profagos muito similares que estão
envolvidos com a diversidade bacteriana. Estudos posteriores são necessários para
verificar a expressão desses profagos e estudar a possibilidade de sua utilização no
controle de BRS.
Palavras-chave: BRS, elementos profago-like, bacteriófagos.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR
55
ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO INICIAL DE NOVA LINHAGEM DE
Desulfovibrio marinus.
Clara N. Laguardia1, Josicelli S. Crispim2, Larissa C. Araújo1, Jéssica D. Silva2, Roberto
S. Dias1, Maíra P. Sousa3, Cynthia C. Silva2, Sérgio O. de Paula1
1 Departamento de Biologia Celular, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brasil. 2 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brasil. 3 Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello,
CENPES, Rio de Janeiro, Brazil.
RESUMO. As Bactérias Redutoras de Sulfato (BRS) são um grupo que reduz sulfato e
produz sulfeto de hidrogênio (H2S). Além da toxicidade do gás, as BRS apresentam efeito
de biocorrosão, gerando problemas na indústria petrolífera. Uma opção no controle das
BRS é o uso de bacteriófagos. Esses vírus infectam bactérias podendo induzí-las a
produzir partículas virais e liberá-las através de lise celular, no ciclo lítico. O objetivo do
presente trabalho é isolar e caracterizar uma nova linhagem de BRS que será utilizada,
em estudos posteriores, para o isolamento de bacteriófagos líticos. Para isso, amostras de
um separador de uma plataforma de petróleo da Bacia de Campos, Rio de Janeiro, Brasil,
foram utilizadas para o isolamento bacteriano em meio sólido Postgate C. A técnica de
coloração de Gram e microscopia eletrônica de transmissão foram utilizadas para
caracterização do Gram e da morfologia bacteriana, respectivamente. Para identificação
da linhagem no nível de espécie foi realizado o sequenciamento do gene rRNA 16S.
Sequências de rRNA 16S com identidades próximas à sequência rRNA 16S do isolado
deste trabalho foram alinhadas pelo método Muscle e a árvore filogenética gerada pelo
método neighbor-joining, ambos usando o programa MEGA 6. A curva de crescimento
bacteriano foi determinada por meio de leituras da densidade óptica de 600nm da cultura.
O isolado bacteriano deste trabalho foi caracterizado como linhagem P48SEP que
apresenta a forma vibrio, coloração Gram-negativa e com crescimento à 30°C, sendo a
fase exponencial de crescimento visualizada entre 10 e 140 horas. O gene rRNA 16S
apresentou identidadede 99,66% com o gene rRNA 16S da linhagem IMP-2 de
Desulfovibrio marinus. As características de Gram, morfologia, condições de crescimento
e identidade do gene 16S nos levaram a classificar o isolado como pertencente à espécie
D. marinus.
Palavras-chave: Bactéria redutora de sulfato, petróleo, Gram-negativa.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR
56
ESTUDO DE UMA SEQUÊNCIA DE DNA REPETITIVO EM Tetragonisca
angustula (HYMENOPTERA, MELIPONINI).
Jaqueline A. Pereira, Tânia Maria F. Salomão, Denilce M. Lopes
Laboratório de Citogenética de Insetos, Universidade Federal de Viçosa
RESUMO. As sequências de DNA repetitivo são um dos principais constituintes do
genoma dos eucariotos, sendo encontradas principalmente nas regiões heterocromáticas.
Atualmente várias funções têm sido atribuídas a essas sequências como manutenção e
formação da heterocromatina. Espécies da Tribo Meliponini apresentam grande
quantidade de heterocromatina, como em espécies do gênero Tetragonisca que ocorre um
predomínio em todo o braço curto dos cromossomos. Estudos com sequências repetitivas
são escassas na Tribo Meliponini, assim com o intuito de ampliar o conhecimento dessas
sequências isolamos e analisamos a distribuição de uma sequência de DNA repetitivo na
espécie Tetragonisca angustula. A obtenção da sequência foi feita a partir da digestão do
DNA total de Tetragonisca angustula por meio da enzima Bsp68I, o produto da digestão
foi avaliado em gel de agarose e a sequência de interesse purificada e utilizada como
sonda pela Hibridização fluorescente in situ. Os resultados mostraram que a sequência
isolada de T. angustula estava presente na heterocromatina de todos os cromossomos
dessa espécie. Esse resultado indica que possivelmente na heterocromatina dessa espécie
predomina uma determina sequência repetitiva e que essa sequência pode estar
contribuindo para formação e manutenção dessas regiões. Esse estudo servirá como base
para subsidiar discussões envolvendo sequências repetitiva e sua relação com a evolução
da heterocromatina em outras espécies da Tribo Meliponini.
Palavras-chave: Abelha sem ferrão, heterocromatina, enzima de restrição.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR
57
ESCANEAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PROFAGOS EM GENOMAS DE
BACTÉRIAS DO GÊNERO Desulfovibrio.
Josicelli S. Crispim1, Roberto S. Dias1, Pedro M. P. Vidigal2, Maíra P. Sousa3, Cynthia
C. Silva1, Mateus F. Santana1, Sérgio O. de Paula4
1 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brazil.
2 Núcleo Análise de Biomoléculas, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brazil. 3 Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello,
CENPES, Rio de Janeiro, Brazil. 4 Departamento de Biologia Geral, Universidade
Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brazil.
RESUMO. Bactérias do gênero Desulfovibrio pertencem ao grupo de Bactérias
Redutoras de Sulfato (BRS). As BRS causam significativos prejuízos à indústria de
petróleo devido a capacidade de causar corrosão microbiologicamente induzida,
formação de biofilme e produção de H2S. Bacteriófagos são uma forma alternativa para
o controle das BRS, cuja informação para este grupo de bactérias, entretanto, é escassa.
Assim, este trabalho teve como objetivo identificar e caracterizar profagos em genomas
de Desulfovibrio. Para isso, foram utilizados 47 genomas depositados em banco de dados.
Os genomas foram analisados pelo programa PHASTER e manualmente pela busca por
genes chaves na procura por elementos profagos-like. Os elementos que apresentaram
integrase, genes estruturais virais e características para a classificação nas famílias virais
pelo programa VirFam foram classificados como completos. A relação filogenética entre
os profagos completos foi verificada por Inferência Bayesiana e a sintenia entre as
sequências pelo programa Mauve. O sistema CRISPR-Cas foi identificado pelo programa
CRISPRfinder. Foram identificados 53 profagos completos em 46 dos 47 genomas. Estes
foram classificados dentro da ordem Caudovirales, com 69,82% pertencentes à família
Myoviridae. Dezeito dos profagos identificados possuem genes que codificam para
lisozima e holina. Quatro dos genomas analisados apresentam profagos com identidade
acima de 50% na mesma linhagem, cuja análise comparativa demonstrou a existência de
colinearidade entre as sequências. Dos 17 genomas bacterianos fechados analisados, 6
possuem sistema CRISPR-Cas classificado como inativo. A identificação da poli-
lisogenia, a proximidade entre os profagos completos e a possível inatividade do
CRISPR-Cas nos genomas fechados analisados, permitiu a escolha de linhagens poli-
lisogênicas com profagos pertencentes à família Myoviridae para isolamento de profagos
e testes em linhagens relacionadas para estudos posteriores.
Palavras-chave: Bacteriófagos, Bactérias redutoras de sulfato, CRISPR-Cas.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR
58
CARACTERIZAÇÃO GENÔMICA DE DUAS BACTÉRIAS REDUTORAS DE
SULFATO DO GÊNERO Desulfovibrio.
Josicelli S. Crispim1, Pedro M. P. Vidigal2, Lívia C. Fidélis1, Clara N. Laguardia3, Larissa
C. Araújo3, Roberto S. Dias3, Maíra P. Sousa4, Sérgio O. de Paula3, Cynthia C. Silva1
1 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brazil.
2 Núcleo Análise de Biomoléculas, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brazil. 3 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa, Minas
Gerais, Brazil. 4 Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de
Mello, CENPES, Rio de Janeiro, Brazil.
RESUMO. As BRS tem a capacidade de reduzir sulfato e produzir H2S como produto
do metabolismo. O H2S é extremamente tóxico para os trabalhadores das plataformas de
extração de petróleo e reduz a qualidade do mesmo devido ao processo de souring. Além
disso, as BRS tem a capacidade de formação de biofilme, que leva a corrosão de
tubulações de petróleo. Este trabalho teve como objetivo isolar, montar e sequenciar o
genoma de duas BRS. Para isso, amostras de plataformas de extração de petróleo da Bacia
de Campos, Rio de Janeiro, disponibilizadas pelo Cenpes-Petrobrás, foram utilizadas para
isolamento bacteriano. A extração de DNA das amostras foi realizada por meio do método
da proteinase K e enviado para sequenciamento pelo sistema HiSeq 2x300 (Illumina). A
montagem dos genomas foi realizada pelo método de novo por meio do programa CLC
Genomics (versão 9.5). A presença de elementos profagos-like e de sistema CRISPR-Cas
foram identificados pelos programas PHASTER e CRISPRone, respectivamente. Os
genes rRNA 16S das linhagens P37SLT e P48SEP apresentaram, aproximadamente,
99,7% de identidade com o gene rRNA 16S das linhagens D. indonesiensis OP12
(KP682307.1) e Desulfovibrio marinus IMP-2 (DQ365925.1), respectivamente, o que nos
levou a classificar as linhagens como pertencentes a estas espécies. D. indonesiensis
P37SLT foi isolada de um tanque slop (slop tank) e possui 4,2 Mp, 334 contigs, N50 igual
a 7, 4.026 genes, 3.958 CDSs, 4 arranjos CRISPR e dois locus cas (I-C e I-E).
Desulfovibrio marinus P48SEP foi isolada de um separador (sep) e possui 5,1 Mp, 392
contigs, N50 igual a 7, 4.748 genes, 4.680 CDSs, 1 arranjo CRISPR e um locus cas (I-C).
Ambas as linhagens possuem elementos relacionados à profagos, uma característica
comum do gênero Desulfovibrio. Estes são os primeiros genomas das espécies
Desulfovibrio indonesiensis e Desulfovibrio marinus, demonstrando a importância do
estudo dos mesmos.
Palavras-chave: BRS, CRISPR-Cas, profago.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR
59
AVALIAÇÃO DO PERFIL DE EXPRESSÃO DE GENES DO METABOLISMO
HEPÁTICO DO NASCIMENTO À VIDA ADULTA
Kassiana Mafra, Brenda Nakagaki, Maísa Antunes, Hortencia Maciel, Camila Dutra,
Matheus Mattos, Mateus Lopes, Ariane Diniz, Maria Alice Lopes, Ana Carolina Silva,
Gustavo Menezes
Center for Gastrointestinal Biology, Departamento de Morfologia, Instituto de Ciências
Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, 31279-
901, Brasil.
RESUMO. O fígado desempenha múltiplas funções e sua importância vital tem início no
período gestacional. Entretanto ainda é desconhecido como o fígado adapta sua
organização uterina para reagir aos desafios pelos quais um recém-nascido passa ao longo
da vida, incluindo mudanças abruptas e na exposição a diferentes antígenos. O objetivo
deste trabalho foi caracterizar em alta dimensão a dinâmica de expressão hepática de vias
de metabolismo de carboidratos, lipídeos, xenobióticos e de síntese biliar desde os
primeiros momentos do nascimento até a fase adulta. Ainda, investigamos os impactos
das mudanças na agenda dietética no processo de maturação do fígado ao longo da vida..
Para isso, examinamos a expressão de 29 genes metabólicos em amostras de fígado de
camundongos através de q-PCR em diferentes grupos: animais 0 e 4 dias, 1, 2, 3, 4 e 8
semanas dos animais (n=5/grupo). Dividimos ainda em dois grupos de acordo com a
dieta, sendo animais com desmame convencional (3a semana de vida) e desmamados
precocemente (2a semana de vida; n=5/grupo) para todas as idades acima. Diversas vias
de metabolismo de carboidratos, lipídeos, metabolismo de xenobióticos e ácidos biliares
apresentaram uma menor expressão nas idades de 0 e 4 dias em comparação com a idade
adulta, alcançando um perfil de expressão semelhante aos adultos apenas no período
próximo ao desmame. De maneira interessante, os animais desmamados precocemente
apresentaram alterações na expressão das enzimas metabólicas, demonstrando que o
programa normal de desenvolvimento metabólico não é predeterminado, podendo ser
modulado pela dieta. Resultados anteriores de nosso grupo de pesquisa demonstraram
que há uma alta retenção de células imunes durante o período neonatal, que reduz
significativamente no adulto. Tais mudanças também ocorreram em concomitância com
o período de desmane dos animais. Desta forma, nossos dados sugerem que a agenda
dietética pode ser crucial para guiar o desenvolvimento do fígado na fase pós-natal.
Palavras-chave: metabolismo do fígado, desenvolvimento neonatal, desmame precoce.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR
60
CARACTERIZAÇÃO DE UM PROFAGO PRESENTE NO GENOMA DE
Desulfovibrio alaskensis.
Larissa C. Araújo1, Josicelli S. Crispim2, Clara N. Laguardia1, Roberto S. Dias1, Sérgio
O. de Paula1
1 Departamento de Biologia Celular, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brasil. 2 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brasil.
RESUMO. As bactérias redutoras de sulfato (BRS) compõem um diverso grupo de
microrganismos anaeróbicos. Esses procariotos, como espécies do gênero Desulfovibrio,
são responsáveis pela biocorrosão de metais, que podem causar sérios danos na indústria
petrolífera. Uma das opções para controlar esses procariotos são os bacteriófagos.
Bacteriófagos são vírus que infectam bactérias, recebendo o nome de profagos aqueles
que integram seu material genético no genoma da célula hospedeira. Assim, o objetivo
desse trabalho consiste em caracterizar 1 de 4 elementos profago-like de Desulfovibrio
alaskensis G20, previamente identificados pelo nosso grupo de pesquisa, com intuito de
estudar a possibilidade de sua utilização como controle das BRS. A sequência do
elemento profago-like em análise foi avaliada pelos programas FGENESV0, para
predição de genes virais e PSI-BLAST, para predição de proteínas não identificadas. Foi
encontrado um tamanho de 40229pb, que cobre 1,07% do genoma bacteriano, e um
conteúdo G+C de 55,2%. Dentre os genes que compõe esse elemento, pode-se destacar
os que codificam proteínas integrases, peptidades, do portal, capsídeo, terminases, cauda,
fibras da cauda e replicação. De acordo com essa composição, esse elemento foi
classificado como um profago completo e pertencente à família Myoviridae, sendo um
possível profago induzível de D. alaskensis G20. Outro gene encontrado neste elemento
codifica uma proteína bacteriana, um transportador ABC envolvido no transporte de
lantibióticos. Além disso, três genes que codificam para transposases estão presentes. A
presença desses genes mostra a relação desse elemento na transferência horizontal de
genes, estando envolvido na diversidade bacteriana da linhagem. Outros estudos são
necessários para confirmar a expressão desse elemento, para posteriormente verificar a
possível utilização de profagos induzíveis de D. alaskensis G20 como controle de BRS.
Palavras-chave: Bacteriofagos, BRS, Myoviridae.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – GENÉTICA MOLECULAR
61
CARACTERIZAÇÃO INICIAL DE UM NOVA LINHAGEM DE Desulfovibrio
indonesiensis.
Larissa C. Araújo1, Josicelli S. Crispim2, Clara N. Laguardia1, Jéssica D. Silva2, Roberto
S. Dias1, Maíra P. Sousa3, Cynthia C. Silva2, Sérgio O. de Paula1
1 Departamento de Biologia Celular, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brasil. 2 Departamento de Microbiologia, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais,
Brasil. 3 Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello,
CENPES, Rio de Janeiro, Brasil.
RESUMO. As Bactérias Redutoras de Sulfato (BRS) compõem um grupo de organismos
que reduzem sulfato, produzindo sulfeto de hidrogênio (H2S). Esses procariotos são
responsáveis pela biocorrosão de metais, que pode causar sérios danos na indústria
petrolífera. Por isso, é necessário controlar o crescimento deste grupo e uma das
alternativas é o uso de bacteriófagos. O objetivo deste trabalho foi isolar e caracterizar
uma BRS, que será utilizada no isolamento de bacteriófagos em estudos posteriores. Para
isso, amostras foram coletadas de tanque slop do poço 37 de uma plataforma de extração
de petróleo da Bacia de Campos, Rio de Janeiro. O isolamento bacteriano foi realizado
em meio sólido Postgate C. O isolado foi analisado por coloração de Gram e microscopia
eletrônica de transmissão, para determinação do Gram e da morfologia, respectivamente.
O crescimento bacteriano em tubos do tipo hungate foi verificado por meio da leitura da
densidade óptica de 600nm por 150 horas à 30°C. Para verificação da espécie bacteriana
foi realizado a extração de DNA e o sequenciamento do gene rRNA 16S. A árvore
filogenética foi montada por meio do programa MEGA6 com uso do método neighbor-
joining após alinhamento com sequências de rRNA 16S relacionadas. O isolado foi
identificado como vibrio Gram-negativo, cuja morfologia foi confirmada por microscopia
eletrônica de transmissão. Além disso, o isolado apresenta fase exponencial de
crescimento com início em 24h de incubação, que se estende até aproximadamente 65h,
quando se observa a queda do crescimento bacteriano. Pela análise da árvore filogenética
foi possível identificar que o isolado é pertencente à espécie Desulfovibrio indonesiensis,
com 99,79% de identidade do gene rRNA 16S com o gene rRNA 16S de D. indonesiensis
OP12. Todas as características fenotípicas analisadas neste trabalho confirmaram as
características da espécie, o que nos levou a classificar este isolado como D. indonesiensis
P37SLT.
Palavras-chave: Bactérias, Bacteriófagos, Gram-negativa.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
62
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DOS CORPÚSCULOS RENAIS DE
CAMUNDONGOS SWISS FÊMEAS TRATADAS COM CURCUMINA.
Amanda S. Gutierres, Talita A. Santos, Ianca G. C. Monteiro, Guilherme A. V. Pereira,
Julia R. Borges, Ana C. Valim, Fernanda C. R. Dias, Izabel R. S. C. Maldonado
Laboratório de Biologia Estrutural – Departamento de Biologia Geral – Universidade
Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais – Brasil.
RESUMO. A curcumina, derivado tumérico de Curcuma longa L., tem comprovada
função antioxidante e efeito protetor sobre a nefropatia diabética. Contudo, há
necessidade de se realizarem mais estudos, no sentido de averiguar, o efeito de doses
crescentes de curcumina, in vivo, pois um mesmo composto, a depender da dose, pode
ter efeitos tanto benéficos quanto nocivos. Neste estudo objetivou-se analisar os efeitos
de doses crescentes de curcumina sobre a morfologia dos corpúsculos renais de
camundongos fêmeas. Os procedimentos adotados foram autorizados pela comissão de
ética no uso animal da Universidade Federal de Viçosa (protocolo nº 555/2016). Foram
utilizadas vinte e quatro camundongas Swiss fêmeas, com 90 dias de idade, distribuídas
aleatoriamente em quatro grupos experimentais. O grupo controle (G1) recebeu 0,2mL
de dimetilsulfóxido (DMSO)/dia, e os grupos G2, G3 e G4 receberam curcumina, diluída
em DMSO, nas seguintes e respectivas dosagens: 250, 500 e 1000mg/kg/dia. O DMSO e
a curcumina foram administrados via gavagem durante 28 dias consecutivos. Os animais
foram mantidos sob temperatura (22 ± 2ºC) e luz controladas, em ciclo claro-escuro de
12h, tendo acesso a alimento e água ad libitum. No 29º dia de administração por gavagem
os animais foram pesados e submetidos à eutanásia. Posteriormente, o rim esquerdo foi
dissecado, pesado e fixado em solução Karnovsky. As análises morfométricas foram
feitas com a utilização do software ImageJ®. Os resultados foram analisados por
ANOVA seguido do teste Newman Keuls (p≤0.05). O animas do grupo G2 não sofreram
alterações nos parâmetros avaliados. Os grupos G3 e G4 apresentaram aumento do peso
relativo do rim e redução do diâmetro do corpúsculo renal. O grupo G4 apresentou
aumento no número de corpúsculo renal por área e peso absoluto do rim. Concluiu-se que
o consumo de altas doses de curcumina podem alterar a morfologia dos corpúsculos renais
de camundongos.
Palavras-chave: Açafrão, curcuminoides e morfologia renal.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
63
HISTOPATOLOGIA E ESTRESSE OXIDATIVO HEPÁTICO DE
CAMUNDONGAS NULÍPARAS TRATADAS COM CURCUMINA.
Amanda S. Gutierres, Talita A. Santos, Julia R. Borges, Ianca G. C. Monteiro, Guilherme
A. V. Pereira, Ana C. Valim, Janaína da Silva, Luiz Carlos M. Ladeira, Izabel R. S. C.
Maldonado
Laboratório de Biologia Estrutural – Departamento de Biologia Geral – Universidade
Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais – Brasil.
RESUMO. Curcumina é um polifenol presente no rizoma de Curcuma longa L. e suas
propriedades farmacológicas têm sido comprovadas experimentalmente. Este estudo
avalia se o consumo de curcumina em altas doses pode causar hepatoxicidade em
camundongas. Os procedimentos adotados foram autorizados pela comissão de ética no
uso animal da Universidade Federal de Viçosa (CEUA-UFV protocolo nº 555/2016).
Foram utilizadas 24 camundongas fêmeas da linhagem Swiss, com 90 dias de idade,
mantidas sob temperatura (22 ± 2ºC) e luz controladas, em ciclo claro-escuro de 12 h,
com acesso a alimento e água ad libitum. Os grupos experimentais consistiram em
controle (G1), que recebeu 0,2mL de dimetilsulfóxido (DMSO)/dia, e os grupos G2, G3
e G4, que receberam curcumina, diluída em DMSO, nas seguintes e respectivas dosagens:
250, 500 e 1000mg/kg/dia. O DMSO e a curcumina foram administrados via gavagem
durante 28 dias consecutivos. No 29º dia após o início da gavagem, as fêmeas foram
pesadas e submetidas à eutanásia. O fígado foi dissecado, pesado e dividido em dois
fragmentos, um foi congelado a -80°C e o outro fixado em solução Karnovsky. No
fragmento congelado foram mensuradas as atividades das enzimas antioxidantes catalase
(CAT), glutationa S-transferase (GST) e superóxido dismutase (SOD), e a concentração
de marcadores de estresse oxidativo, óxido nítrico (ON), malondialdeído (MDA) e
proteína carbonilada (PC). O material fixado foi destinado à análise histopatológica
utilizando o software ImageJ®. Os resultados foram analisados por ANOVA seguido do
teste Newman Keuls (p≤0.05). O grupo G2 não apresentou alterações hepáticas. Por outro
lado, animais dos grupos G3 e G4 apresentaram um aumento nos níveis de GST, ON,
MDA, PC e infiltrados inflamatórios. Apesar de sua segurança comprovada em baixas
doses, curcumina pode induzir lesão hepática quando consumida de forma contínua e
numa dosagem elevada.
Palavras-chave: Curcuminoides, enzimas antioxidantes e inflamação.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
64
STATUS OXIDATIVO HEPÁTICO DE CAMUNDONGAS LACTANTES
TRATADAS COM CURCUMINA.
Ana C. Valim, Talita A. Santos, Janaina da Silva, Ianca G. C. Monteiro, Julia R. Borges,
Guilherme A. V. Pereira, Amanda S. Gutierres, Izabel R. S. C. Maldonado
Laboratório de Biologia Estrutural – Departamento de Biologia Geral – Universidade
Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais – Brasil.
RESUMO. Curcuma longa é uma planta medicinal oriunda da Ásia, cujo rizoma é rico
em curcuminoides entre os quais a curcumina é o componente bioativo predominante. O
objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da administração de curcumina nos níveis de
enzimas antioxidantes e marcadores de estresse oxidativo no fígado de camundongas
lactantes. Os procedimentos adotados foram autorizados pela comissão de ética no uso
animal da Universidade Federal de Viçosa (protocolo nº 555/2016). Vinte e quatro
camundongas lactantes da linhagem Swiss, com 90 dias de idade, foram distribuídas
aleatoriamente em quatro grupos (G) experimentais. O grupo controle (G1) recebeu
0,2mL de dimetilsulfóxido (DMSO)/dia, e os grupos G2, G3 e G4 receberam curcumina,
diluída em DMSO, nas seguintes e respectivas dosagens: 250, 500 e 1000mg/kg/dia. O
DMSO e a curcumina foram administrados via gavagem durante 21 dias de lactação. Os
animais foram mantidos sob temperatura (22 ± 2ºC) e luz controladas, em ciclo claro-
escuro de 12h, com acesso a alimento e água ad libitum. No 22º dia após o ínicio da
gavagem os animais foram pesados e submetidos à eutanásia. O fígado foi dissecado,
pesado e congelado a -80°C para posterior determinação da atividade de enzimas
antioxidantes: catalase (CAT), glutationa S-transferase (GST) e superóxido dismutase
(SOD), e da concentração dos marcadores de estresse oxidativo, óxido nítrico (ON) e
malondialdeído (MDA). Os resultados foram analisados por ANOVA seguido do teste
Newman Keuls (p≤0.05). Os níveis de GST, SOD, ON E MDA não sofreram alterações
com o tratamento. Já os níveis de CAT foram reduzidos em 62%, 46% e 67% nos grupos
G2, G3 e G4, respectivamente. O consumo de curcumina durante a lactação reduz os
níveis de catalase, enzima antioxidante que auxilia o fígado no combate ao excesso de
radicais livres.
Palavras-chave: Catalase, curcuminoides e estresse oxidativo.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
65
HISTOLOGIA DAS BRÂNQUIAS DE ALEVINOS DE TILÁPIA GIFT
SUBMETIDOS A ENSAIO DE TOXICIDADE AGUDA DE NH3.
Francielle F. V. Santana, Thatiane C. Teixeira, Sérgio L. P. Matta, Iván A. S. Ortiz,
Fernanda C. R. Dias, Ana Luiza P. Martins
RESUMO. A amônia é, depois do oxigênio dissolvido, o segundo parâmetro mais
importante na produção piscícola. A sua toxicidade, dependendo da concentração na
água, pode produzir desde alterações comportamentais até redução no crescimento e
ganho de peso, bem como mortalidades massivas. As brânquias são órgãos-alvo, sendo o
primeiro a reagir em condições ambientais desfavoráveis. Seu permanente contato com a
água, aliada à sua delgada estrutura, são as principais razões da sua grande sensibilidade.
Amostras de tecidos branquiais foram avaliadas em alevinos de tilápia GIFT com 0,47 g
de peso. Doze tratamentos, nas concentrações de 0,89, 1,58, 2,81 e 5 mg NH3/L, e nas
densidades de estocagem 5, 10 e 20 peixes/aquário, foram conduzidos em um ensaio de
toxicidade aguda de 96 h. As mortalidades registradas para as densidades de 5, 10 e 20
peixes/aquário foram: para a concentração de 0,89 mg NH3/L de 2, 5 e 16 peixes; para
1,58 mg/L de 2, 6 e 12 peixes; para 2,81 mg/L de 3, 4 e 13 peixes; e para 5 mg/L de 16,
19 e 50 peixes. Nas preparações foram identificadas alterações nas brânquias como:
aneurisma (A), dilatação de vasos sanguíneos (DV), dilatação do vaso central (DVC),
fusão lamelar (FL), hiperplasia (Hp), deleção do filamento secundário (DFS), deleção do
filamento primário (DFP), deformação do filamento primário devido à hiperplasia
(DFPH) e hemorragia (H). Para 0,89 mg/L, predominou DV; para 1,58 mg/L, DV
moderada a severa e DVC, bem como DFS, com maior redução no comprimento do
filamento secundário; para 2,81 mg/L, DV, DVC, FL, comprimento do filamento
branquial secundário muito reduzido; para 5,0 mg/L DV, DVC, Hp, comprimento do
filamento secundário muito reduzido, e acentuadas FL, DFS, DFP, H e DFPH. Apesar de
ter havido mortes, entende-se que a tilápia GIFT é uma variedade com alta tolerância aos
efeitos tóxicos da amônia, superior à resistência de outras linhagens. A máxima
concentração para criação segura de alevinos, com peso de 0,47 g ou maiores, é de 0,48
mg NH3/L.
Palavras-chave: Qualidade da água, histopatologia, tilápia, toxicidade aguda.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
66
EFEITO DE SEMENTE DE CHIA (Salvia hispanica L.) SOBRE PARÂMETROS
BIOMÉTRICOS TESTICULARES DE RATOS WISTAR IMATUROS
Francielle F. V. Santana1, F. C. R. Dias2, B. P. Silva3, M. Grancieri3, H. S. D. Martino3,
E. L. Oliveira2, A. L. P. Martins2, F. C. S. A. Melo1, S. L. P. Matta2
1 Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento
de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 3 Departamento de Nutrição,
Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. A chia (Salvia hispanica L.) é uma planta herbácea da família das lamiáceas,
originária do México, suas sementes já eram utilizadas como alimento pelos povos das
civilizações da América Central há muitos séculos. A importância do consumo desta
semente tem sido reforçada por especialistas em nutrição humana, uma vez que nela são
encontrados ácidos graxos poli-insaturados essenciais, fibras, proteínas e outros
nutrientes. Por seus diversos efeitos a chia vem sendo largamente utilizada pela
população. O objetivo do trabalho então foi avaliar os efeitos da ingestão de chia no
sistema reprodutor de ratos Wistar pós desmame. 16 machos (Rattus norvegicus,
linhagem Wistar, variação albinus), recém-desmamados, com 21 dias de vida distribuídos
em 2 grupos, alocados em gaiolas individuais de aço inox, em ambiente com temperatura
controlada (21 ± 1°C) e ciclo de claro e escuro de 12 horas controlado automaticamente.
Os animais receberam água destilada e suas respectivas dietas experimentais ad libitum.
Os grupos experimentais receberão as seguintes dietas: G1: controle (AIN-93G); G2:
controle (AIN-93G) + semente de chia. Ao final de 42 dias, após jejum de 12 horas, os
animais foram pesados, anestesiados com tiopental (30mg/Kg/IP) e orquiequitomizados.
Em seguida os testículos foram orquiequitomizados e pesados. Os dados foram
submetidos ao teste t e considerados significativos quando p≤0,05. O experimento foi
aprovado pela comissão de ética sob protocolo 20/2017. Foi observado aumento
significativo no peso corporal dos animais tratados (G1: 221.62±14.56 e G2:
247.98±11.99) e um aumento significativo no peso testicular (G1: 2.23±0.26 e G2:
2.74±0.23) no entanto não houve diferença no índice gonadossomático (G1: 1.01±0.09 e
G2: 1.10±0.08). Concluímos que a ingestão de chia na infância promove alterações
biométricas corporais e testiculares aumentando o peso testicular em animais na
puberdade sendo necessários estudos mais aprofundados para verificar os efeitos do
aumento do peso testicular nos parâmetros reprodutivos.
Palavras-chaves: Animais imaturos; Biometria; Reprodução.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
67
EFEITO ANTIOXIDANTE DO AÇAÍ DA MATA ATLÂNTICA (Euterpe edulis)
EM INTERTÚBULO SEMINÍFERO DE CAMUNDONGOS APOE -/-
Isabela P. S. Bento1, Luiz O. G. Ervilha2, Kyvia L. C. Costa Fernanda C. R. Dias Sérgio
L. P. Matta2, Fabiana C. S. A. Melo
1 Laboratório de Morfologia, Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal
de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 2 Laboratório de Biologia Estrutural,
Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais,
Brasil.
RESUMO. Capazes de adiar e precaver os danos estruturais causados por radicais livres,
os antioxidantes protegem o organismo. O açaí da Mata Atlântica, o Euterpe edulis,
Martius (gênero), é uma das fontes desses radicais, sendo uma fonte natural absorvida na
dieta, por ser rico em flavonoides. Frágeis à radicais livres, os gametas masculinos
precisam da proteção de antioxidantes durante o processo espermatogênico, por isso é
necessário a descobertas de formas exógenas para auxiliar a proteção natural dos mesmos.
Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito antioxidante do açaí da Mata Atlântica
sobre o intertúbulo e células de Leydig, através de análises morfométricas, utilizando
camundongos APOE -/- como modelo experimental. Utilizaram-se 40 camundongos
adultos com 14 semanas de vida. Estes foram divididos aleatoriamente em 4 grupos
experimentais: G1:(controle – dieta AIN-93M), M2% (dieta AIN-93M com açaí 2%),
M6% (dieta AIN-93M com açaí 6%) e SM (dieta AIN-93M com 50mg/kg/dia de
Sinvastatina). Após 75 dias os animais foram pesados, eutanasiados por asfixia com CO2
e em seguida orquiequitomizados. Os testículos foram fixados em Karnovsky e
processados em série etanólica crescente. Fragmentos dos testículos foram incluídos em
resina e destinados às análises morfométrica. Em comparação ao grupo controle, em
M2% houve um aumento na proporção (69,29%) e volume (97,76%) de vasos sanguíneos
dos intertúbulos. Em M6% ocorreu um aumento de 38,71% e 42,59% na proporção e no
volume de tecido conjuntivo, respectivamente. Em SM houve um aumento na proporção
(61,95%) e no volume (55,19%) de tecido conjuntivo e houve uma redução na proporção
de células (58,37%) e citoplasma (16,16%) de Leydig. O grupo M2% atuou sobre os vasos
sanguíneos, no entanto com o aumento da dose houve um aumento das células do
conjuntivo, podendo indicar fibrose testicular; enquanto o grupo SM atuou
principalmente sobre as células de Leydig e seus parâmetros.
Palavras-chaves: Antioxidante, intertúbulo, Leydig.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
68
AÇAÍ DA MATA ATLÂNTICA (Euterpe edulis) E SUA PROPRIEDADE SOBRE
OS TESTÍCULOS DE CAMUNDONGOS APOE -/-
Isabela Pereira da Silva Bento¹; Luiz Otávio Guimarães Ervilha2; Kyvia Lugate Cardoso
Costa; Fernanda Carolina Ribeiro Dias; Sérgio Luis Pinto da Matta²; Fabiana Cristina
Silveira Alves de Melo¹.
1 Laboratório de Morfologia, DBA, Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, Minas
Gerais, Brasil. 2 Laboratório de Biologia Estrutural, DBG, Universidade Federal de
Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, Brasil.
RESUMO. O açaí é uma fonte natural antioxidantes absorvida na dieta. Os antioxidantes
são capazes de retardar e prevenir os danos estruturais que os radicais livres geram no
organismo. O açaí é Rico em flavonoides, uma de suas espécies é conhecida como juçara
Euterpe edulis, Martius (espécie), conhecido como o açaí da Mata Atlântica. Os gametas
masculinos são vulneráveis aos radicais livres e é importante a descoberta de fontes
exógenas de antioxidantes que possam atuar nos danos causados pelo excesso de radicais
livres durante o processo espermatogênico. Este trabalho tem como objetivo avaliar o
efeito do açaí da Mata Atlântica sobre o processo espermatogênico, através de análises
morfométricas testiculares, utilizando camundongos APOE -/- como modelo
experimental. Foram utilizados 40 camundongos adultos com 14 semanas de vida. Os
animais foram divididos aleatoriamente em 4 grupos experimentais: G1: (controle – dieta
AIN-93M), M2% (dieta AIN-93M com açaí 2%), M6% (dieta AIN-93M com açaí 6%) e
SM (dieta AIN-93M com 50mg/kg/dia de Sinvastatina). Após 75 dias os animais foram
pesados, eutanasiados por asfixia com CO2 e em seguida orquiequitomizados. Os
testículos foram fixados em Karnovsky e processados em série etanólica crescente.
Fragmentos dos testículos foram incluídos em resina e destinados às análises
morfométricas testiculares. Em comparação ao grupo controle, houve redução na altura
do epitélio (12,5%), dos índices tubulossomático (15,53%) e epiteliossomático (92,2%)
em todos os grupos tratados. Houve redução da proporção de túbulo em M2% (1,62%).
Observou-se aumento na área do lúmen (36,32%), na relação túbulo/epitélio (8,21%), e
aumento do diâmetro do lúmen (17,11%) em M6% e SM. Conclui-se então que o
tratamento com açaí da Mata Atlântica apresenta influência sobre o sistema reprodutor
masculino, reduzindo parâmetros tubulares, podendo ter influenciado negativamente a
produção de espermatozoides.
Palavras-chave: Testículo, açaí, reprodução.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
69
ANÁLISE HISTOLÓGICA DE ÓRGÃOS APÓS A INOCULAÇÃO DE
DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE CÉLULAS B16-F10 NO DORSO DE
CAMUNDONGOS.
Priscila F. S. Martins1, J. A. V.1, G. D. A. L.1, G.A. M.2, V. H. S. G.2, G. C. B.2, M. M.N.1
1 Departamento de Biologia Geral. 2 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Universidade Federal de Viçosa-Brasil.
RESUMO. Melanoma é conhecido por ser bastante agressivo, altamente metastático e
letal. A elevada letalidade relacionada a esse tipo de câncer de pele está relacionada à sua
capacidade de invadir e colonizar outros órgãos, como pulmão, fígado e baço. Um dos
mais importantes modelos animais para o estudo do melanoma é o tumor subcutâneo, o
qual utiliza células de melanoma murino B16-F10 inoculadas no dorso de camundongos
C57BL/6. Com o intuito de padronizar a concentração de células B16-F10 a ser utilizada
em experimentos futuros, o objetivo desse trabalho foi avaliar a histologia de fígado,
pulmão e baço, frente a três concentrações de células B16-F10. Para isso, foram utilizados
24 camundongos machos C57BL/6 divididos em quatro grupos experimentais
(n=6/grupo), de acordo com as seguintes concentrações celulares: 1x105, 2x105, e 4x105
células B16-F10, além do grupo controle, o qual foi inoculado apenas com 200 μL de
PBS (CEUA/UFV, processo 41/2016). O volume tumoral e a massa do animal foram
mensurados a cada dois dias e os animais foram eutanasiados quando o primeiro animal
chegou ao volume tumoral de 3000 mm³. Os resultados mostraram que, apesar da massa
absoluta do fígado nos animais inoculados com 1x105 e com 2x105 células, da massa
relativa do fígado dos animais inoculados com 2x105 células e da massa absoluta do baço
dos animais inoculados com 1x105 mostrarem-se maiores, não foram observadas
metástases visíveis macro e microscopicamente. Além disso, análises histológicas não
diagnosticaram alterações morfológicas nesses órgãos. No entanto, o baço de animais
inoculados com 1x105 células apresentou pontos escuros em grande parte do campo
histológico. Tal presença pode ser correlacionada com a fagocitose de eritrócitos após
processos hemorrágicos decorrentes da presença do tumor. Portanto, conclui-se que não
ocorreram alterações histológicas nos órgãos avaliados, diante das concentrações
celulares de melanoma utilizadas.
Palavras-chave: Melanoma, metástase, fígado, pulmão, baço.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
70
AÇÃO DO EXTRATO DA POLPA DE JUÇARA (Euterpe edulis MARTIUS)
SOBRE O FÍGADO DE RATOS WISTAR INTOXICADOS COM CHUMBO.
Priscila G. Silva1, Kyvia L. C. Costa1, Ana Luiza P. Martins2, Lidiane S. Nascimento2,
Sérgio L. P. Matta2
1 Laboratório de Citologia e Histologia, Universidade do Estado de Minas Gerais-
Unidade Carangola, Minas Gerais. 2 Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade
Federal de Viçosa, Minas Gerais.
RESUMO. A polpa de juçara tem sido objeto de estudo em função do elevado teor de
antocianinas e pode ser aliada no combate a danos hepáticos provocados pela exposição
do organismo a agentes tóxicos, como o chumbo. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos
do extrato hidroalcoólico da polpa de juçara sobre os parâmetros morfométricos do fígado
de ratos Wistar expostos ao chumbo. O experimento foi aprovado pelo Comitê de Ética
da UFV (protocolo 69/2010). Foram utilizados 34 ratos Wistar machos adultos. O grupo
I recebeu água destilada, o grupo II recebeu extrato de polpa de juçara na dose de 400
mg/kg, os grupos III e IV receberam chumbo nas doses de 32 e 128 mg/kg,
respectivamente, enquanto os grupos V e VI receberam extrato de polpa de juçara (400
mg/kg) e chumbo (32 e 128 mg/kg, respectivamente), por gavagem, durante 58 dias
consecutivos. Fragmentos hepáticos foram processados para microscopia de luz e
analisados com auxílio do software Image-Pro Plus. Para a análise morfométrica
registraram-se 2660 pontos por animal, coincidentes sobre os componentes hepáticos
(citoplasma e núcleo de hepatócitos, capilares sinusóides, vasos sanguíneos e células de
Kupffer) e gotículas lipídicas. Para a comparação das médias foi utilizado o teste de
Student Newman-Keuls (p≤0,05). O percentual de citoplasma diminuiu nos grupos
tratados em relação ao controle, enquanto a proporção de capilares sinusóides aumentou.
Houve aumento no percentual de células de kupffer e de lipídeos no grupo II e V,
respectivamente. O percentual de núcleos foi maior nos grupos II,IV,V eVI em relação
ao controle e grupo III. Não houve alteração significativa no diâmetro e no volume
nuclear. Porém, os volumes celular e citoplasmático diminuíram nos grupos II e VI em
relação ao grupo I. O uso do extrato, associado a doses altas de chumbo, potencializou os
danos hepáticos resultando em alterações na arquitetura celular e função hepática.
Palavras-chave: Juçara; metal pesado; hepatócitos.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
71
PARÂMETROS HISTOMORFOMÉTRICOS DO FÍGADO DE RATOS WISTAR
ADULTOS SUBMETIDOS A EXPOSIÇÃO AO CHUMBO.
Priscila G. Silva1; Kyvia L. C. Costa1; Ana Luiza P. Martins2; Lidiane S. Nascimento2;
Sérgio L. P. Matta2.
1 Laboratório de Citologia e Histologia,Universidade do Estado de Minas Gerais-
Unidade Carangola, Minas Gerais. 2 Laboratório de Biologia Estrutural-Universidade
Federal de Viçosa, Minas Gerais.
RESUMO. Por ser um metal onipresente no ambiente, o chumbo permanece associado a
diversas patologias sendo por isso, considerado um poluente com séria ameaça para saúde
humana. Embora seja bem conhecido que o chumbo exerce efeitos tóxicos sobre o fígado,
poucos estudos têm quantificado as alterações estruturais no tecido hepático após
exposição ao metal. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos do chumbo sobre o fígado de
ratos Wistar adultos intoxicados com diferentes doses do metal. O experimento foi
aprovado pelo Comitê de Ética da UFV, protocolo 69/2010. Foram utilizados 25 ratos
Wistar machos. O grupo controle (I) recebeu água destilada e os grupos tratados (II, III,
IV e V) receberam chumbo nas doses de 16, 32, 64 e 128 mg/kg, respectivamente, por
gavagem durante 60 dias consecutivos. Fragmentos hepáticos foram processados para
microscopia de luz e analisados com auxílio do software Image-Pro Plus. Para a análise
morfométrica registraram-se 2660 pontos por animal, coincidentes sobre os componentes
hepáticos (citoplasma e núcleo de hepatócitos, capilares sinusóides, vasos sanguíneos e
células de Kupffer) e gotículas lipídicas. Para a comparação das médias foi utilizado o
teste de Student Newman-Keuls. O percentual de citoplasma diminuiu nos grupos III, IV
e V em relação ao grupo I e II. Houve aumento na proporção de capilares sinusóides nos
grupos IV e V, e redução no percentual de células de Kupffer nos grupos II e III em
relação ao grupo I. Houve aumento no volume e no diâmetro dos núcleos dos hepatócitos
nos grupos tratados com chumbo. O percentual de núcleo, o percentual de lipídeos, o
volume citoplasmático e o volume celular não apresentaram alterações entre os grupos
experimentais. A exposição ao chumbo promoveu alterações estruturais no tecido
hepático, podendo afetar a capacidade de desintoxicação do órgão e comprometer assim,
a sua função.
Palavras-chave: Metal pesado, tecido hepático, morfometria.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
72
EFEITO DO HERBICIDA GLIFOSATO SOBRE A CAPACIDADE
ANTIOXIDANTE DO FÍGADO, RIM E MÚSCULO DE MORCEGO
FRUGÍVORO.
Renata M. P. Freitas, Esteban G. Ospina, Jerusa M. Oliveira, Mariáurea M. Sarandy,
Mariella B. Freitas
Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa MG, Brasil.
RESUMO. O desenvolvimento da agricultura vem acompanhado do intenso uso de
inseticidas, herbicidas e outros pesticidas que podem afetar organismos não-alvo.
Morcegos frugívoros podem estar expostos a esses herbicidas. O objetivo deste trabalho
foi avaliar a toxicidade do glifosato (Roundup) em tecidos relacionados ao metabolismo
energético. Morcegos machos adultos da espécie Artibeus lituratus, foram coletados em
matas próximas à Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. Posteriormente foram
divididos em dois grupos, o grupo controle (n=6) foi alimentado com frutos sem o
herbicida, e o grupo tratado (n=6), alimentados com frutos aspergidos com calda contendo
glifosato em uma concentração de 4 mL/100 mL de água, concentração comercial
recomendada pelo fabricante. Após 3 dias de tratamento os animais foram pesados e
eutanasiados. O fígado, rim e músculo peitoral foram retirados, homogeneizados,
centrifugados e o sobrenadante resultante foi utilizado para as análises de enzimas
antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa s-transferase
(GST). Foram mensurados também os níveis de óxido nítrico e de malondialdeído
(MDA). Neste trabalho não foi observado aumento significativo das enzimas SOD, CAT
e GST nos tecidos estudados, do grupo controle em relação ao tratado. Os níveis de MDA
e óxido nítrico também não sofreram aumento significativo, quando comparado ao
controle. Uma das possíveis explicações para a ausência de resultados significativos pode
ser o fato do glifosato ser um disruptor endócrino do sistema reprodutor e de os morcegos
terem sido expostos por um curto período de tempo.Novos estudos são necessários
considerando o tempo de exposição do animal ao herbicida, já que morcegos frugívoros
estão em constante contato com diferentes concentrações desse contaminante.
Palavras-chave: Quirópteros, ecotoxicologia, glifosato, estresse oxidativo.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – HISTOFISIOLOGIA
73
MORFOMETRIA DE PÂNCREAS E REGULAÇÃO DA GLICOSE NO
MORCEGO Anoura caudifer (CHIROPTERA, PHYLLOSTOMIDAE,
GEOFFROY, 1818).
Stella Bicalho Silva1, Mariella Bontempo Duca de Freitas1,2
1 Universidade Federal de Viçosa. 2 Departamento de Biologia Animal, Universidade
Federal de Viçosa.
RESUMO. Os morcegos (Mammalia: Chiroptera) apresentam uma rica diversidade de
hábitos alimentares. Dentre eles, os morcegos nectarívoros A. caudifer se alimentam de
uma fonte rica de energia, apresentando alta taxa metabólica, podendo consumir em
néctar o equivalente a um quarto de sua massa corporal. O objetivo deste estudo foi
investigar a possível existência de adaptações envolvidas na regulação de sua glicemia
por meio de análises histomorfométricas de ilhotas pancreáticas e análises de insulina
plasmática de A. caudifer. Dez morcegos adultos foram capturados com o uso de redes
de neblina durante a estação chuvosa em pomares com cultivos de bananas do Campus
da Universidade Federal de Viçosa. Foram alojados em caixas vazadas no Laboratório de
Ecofisiologia de Quirópteros e eutanasiados por decapitação. O sangue foi coletado para
posterior análise de glicose e insulina plasmática. Os pâncreas foram processados
histologicamente e destinados à morfometria onde se analisou volume, diâmetro, área e
perímetro das ilhotas pancreáticas. A captura, alojamento e procedimentos experimentais
foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal de
Viçosa (protocolo 883/2017) e registrados no Sistema de Autorização e Informação em
Biodiversidade – SISBIO. Em cativeiro, os animais foram alimentados com água, mel e
polpas de frutas (mamão, pêssego e banana). Os resultados mostraram aumento de 13%
no volume das ilhotas pancreáticas, se comparado a morcegos com dietas diferentes já
evidenciados pela literatura. Porém, ao contrário do esperado para um mamífero de dieta
rica em carboidratos, os níveis de insulina plasmáticos foram baixos, resultados
encontrados respaldam a hipótese que morcegos nectarívoros não regulam sua glicemia
apenas pela secreção de insulina e parecem necessitar de mecanismos compensatórios
como o exercício de alta atividade para manter sua normoglicemia.
Palavras-chave: Glicose, histomorfometria de pâncreas, dieta hiperglicêmica.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOLOGIA
74
CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA DE CÉLULAS ESPLÊNICAS E SUA
RELAÇÃO COM A VIA COLINÉRGICA POR IMUNOHISTOQUÍMICA.
Filipe R. O. Souza, Patrícia M. A. Lima
Laboratório de Cardiofisiologia e Biologia Molecular - Universidade Federal de São João
Del Rei.
RESUMO. O peptídeo vasoativo intestinal (VIP) é um neuropeptídeo de efeitos
modulatórios em células do sistema imune, inibindo a produção de citocinas pró-
inflamatórias e estimulando a produção de citocinas antiinflamatórias. VIP atua através
de seus receptores de membrana, VIPR1 e VIPR2, expressos por, por exemplo, linfócitos
e macrófagos. Neste trabalho, foram caracterizados fenotipicamente baços de
camundongos C57/BL/WT neonatos e adultos para verificar a presença dos receptores
VIPR1 e VIPR2, que podem estar envolvidos na modulação da resposta antiinflamatória.
Os baços foram submetidos ao protocolo de imunohistoquímica clássica em parafina, e a
reação revelada com Streptavidina-Peroxidase e Diaminobenzidina (DAB). Os cortes
foram realizados em triplicata e contra-corados com Hematoxilina de Harrys. Para a
análise estatística, foi utilizado o teste Student-t, unicaudal independente para
comparação entre as populações positivas: VIPR1 adulto vs. VIPR1 neonato; VIPR2
adulto vs. VIPR2 neonato e VIPR1 vs. VIPR2 entre adultos e entre neonatos, com p≤0,05.
Em adultos, a população VIPR1+ foi maior quando comparada com a população VIPR2+.
Em neonatos, a população VIPR2+ foi maior, apesar de não haver diferença
estatisticamente significativa em ambos os testes. A expressão de VIPR1, quando
comparada entre adultos e neonatos, demonstrou maior presença em adultos, apesar da
diferença não ser estatisticamente significativa (p=0,06). Os resultados deste estudo
evidenciam a importância da atividade de VIP na fase neonatal no baço, uma vez que há
expressão dos receptores para VIP neste órgão. A presença dos receptores VIPR1 e
VIPR2 em ambas as fases adulta e neonatal evidencia seu papel na modulação da
atividade de linfócitos e macrófagos esplênicos, principalmente na manutenção da
homeostase antiinflamatória em neonatos. As informações provenientes deste trabalho
poderão ser usadas para a compreensão da atividade modulatória de VIP em diferentes
condições fisiológicas e patológicas.
Palavras-chave: Inflamação; VIP; VIPR1; VIPR2.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOLOGIA
75
MELHORA DO REPARO DE FERIDAS INCISIONAIS PELOS EFEITOS
SISTÊMICOS DA TOLERÂNCIA ORAL EM CAMUNDONGOS
SENESCENTES.
Rafaela M. Barreto, Monique M. Coelho, Ana Luiza H. Torres, Vivian A. Resende, Juan
F. S. Monteiro, Raísa M. S. Oliveira, Rosiane A. Castro, Raquel A. Costa
1 Universidade Federal de São João del Rei.
RESUMO. A cicatrização é o processo mais comum de reparo de feridas em mamíferos,
sendo piorada durante o envelhecimento. Feridas realizadas em fetos e em animais
imunodeficientes fecham por regeneração em vez de cicatrização. Diante disso, diminuir
o processo de inflamação é importante para um melhor reparo de feridas. O fenômeno da
tolerância oral (TO), que consiste na ingestão voluntária por via oral de uma proteína
seguida de imunizações parenterais com a mesma proteína, gera supressão da resposta
imune. Já temos evidências que a imunização com uma proteína tolerada melhora a
cicatriz de feridas em camundongos jovens (Costa et al 2016; 2011). Neste trabalho,
avaliou-se os efeitos sistêmicos da TO no dia em que ferida foi feita na pele de
camundongos senescentes, aprovado pelo CEUA-UFSJ-(n=5). Para indução da TO os
animais dos grupos Tolerante (tolerizados com 8 ou 67 semanas) receberam uma solução
de clara de ovo 1:5 por ingestão voluntária durante 5d como única fonte de líquido. Os
grupos Lesão e Imune ingeriram água ad libitum. Após sete dias os grupos Tolerante e
Imune depois de anestesiados receberam a injeção i.p. de 0,25ml de 10μg OVA+1,6 mg
Al(OH)³ e em seguida foi feita a lesão incisional e o grupo Lesão recebeu salina i.p. Para
avaliação histológica, os fragmentos de pele contendo a ferida foram coradas com
Hematoxilina-Eosina e Tricromático de Gomori com 5 e 40d após a lesão. Os efeitos
sistêmicos da TO não alteraram estatisticamente a cinética e o número de células
inflamatórias e fibroblastos. Avaliação quantitativa e qualitativa demonstram que os
animais tolerantes apresentam uma área de cicatriz menor com uma organização da matriz
extracelular mais próxima da pele intacta 40d após a lesão. Concluímos que em animais
senescentes os efeitos sistêmicos da TO contribuem para o reparo de lesões, apresentando
uma melhor distribuição das fibras colágenas quando tolerizados com 67 semanas.
Palavras-chave: Tolerância Oral; Senescência; Cicatrização; Reparo; Pele.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOVIROLOGIA
76
O ZIKA VÍRUS AUMENTA A PRODUÇÃO DE ROS EM CULTURA PRIMÁRIA
DE ASTRICITOS E DE CÉLULAS PRECURSORAS DE
OLIGODENDRÓTICAS.
Ítalo E. P. Silva, Roberto S. Dias, Edjon G. Santos, Mario J. Oliveira Neto, Sérgio O. de
Paula
Laboratório de Imunovirologia Molecular- DBG- UFV
RESUMO. Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, até 29 de outubro de 2016, foram
notificados 10.039 casos de microcefalia relacionadas ao ZIKV. Sabe-se que uma das
principais causas de dano celular no Sistema Nervoso Central (SNC) se deve ao aumento
e consequente acúmulo de Espécies Reativas de Oxigênio (ROS), que podem ser causadas
também por infecções virais, conforme descrito para Dengue, Encefalite Japonês,
Hepatite C, entre outras doenças virais. Com base na sua suscetibilidade à infecção por
ZIKV e seu papel na homeostase do SNC, os astrócitos e as células precursoras de
oligodendrócitos (OPC) fornecem um bom modelo celular para investigar os mecanismos
de entrada do vírus nas células e seus efeitos. A cultura primária destas células é uma
ferramenta utilizada neste trabalho, tendo em conta a sua maior similaridade com as
funções in vivo. Para a cultura primária, foram utilizados camundongos Swiss neonatos
(1-4 dias de idade), nesta fase o desenvolvimento do cérebro murino é equivalente ao
segundo trimestre do desenvolvimento do SNC humano. Os animais foram eutanasiados,
o cérebro removido e as células separadas enzimaticamente. Após o plaqueamento, as
células da glia foram separadas em astrócitos e células precursoras de OPC por agitação.
Para quantificação da produção de ROS, o reagente DCFDA foi utilizado no ensaio de
microplaca, as células foram então analisadas no leitor de fluorescência SpectraMax 4M.
As leituras foram realizadas em intervalos de tempo pós-infecção. Os dados mostram um
aumento gradual na produção de ROS ao longo do tempo, onde há um acúmulo
significativo no intervalo entre 12 e 24 horas após a infecção. OPC mostram uma
produção e acumulação de ROS ainda maiores em comparação com as outras duas linhas
celulares analisadas (astrócitos e VERO). Análises feitas no citômetro de fluxo BD FACS
mostram que o número de células com alta produção de ROS também aumenta a partir
de 3 horas após a infecção, onde mais uma vez os OPCs têm um índice mais elevado do
que as outras células. Esses dados sugerem que os tipos de células reagem de maneira
diferente às infecções por ZIKV e que um grande acúmulo de ROS ocorre ao longo do
tempo de infecção.
Palavras-chave: Zika Virus, Neuroglia Cells, ROS.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOVIROLOGIA
77
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE FAGO LÍTICO NO CRESCIMENTO DA
BACTÉRIA Escherichia coli EM MEIO MÍNIMO COM DIFERENTES FONTES
DE CARBONO.
Jéssica D. Silva, Roberto S. Dias, Josicelli S. Crispim, Mirelly J. Fernandes e Silva,
Maraisa M. Marcelino, Thainá I. Lima, Sérgio O. de Paula.
Laboratório de Imunovirologia Molecular
RESUMO. Os vírus que infectam bactérias, bacteriófagos, são promissoras ferramentas
biotecnológicas, tendo um importante papel na genética bacteriana, na produção de
oligopeptídeos e anticorpos, pela técnica de “phage display” e no controle do crescimento
bacteriano. Fagoterapia é o termo utilizado quando determinado grupo bacteriano,
normalmente patogênicos ou de importância ambiental, tem sua ação combatida pela lise
promovida por bacteriófagos líticos. A bactéria Escherichia coli é um micro-organismo
modelo, que coloniza o intestino de animais endotérmicos e possui cepas de importância
médica. O objetivo desse trabalho foi comparar a dinâmica de crescimento de uma
linhagem selvagem de E. coli isolada de casos de mastite clínica, em diferentes fontes de
carbono, e o impacto desse crescimento quando a bactéria é exposta à diferentes MOI
(Multiplicity Of Infection) de um fago lítico capaz de infectá-la. Para a avaliação da
influência do fago na curva de crescimento, a bactéria foi cultivada em meio mínimo M9,
com 3 fontes de carbono (Glicerol, Lactato e Succinato), além do meio comercial comum,
Luria Bertani (LB). Alíquotas de 200 μL de bactéria na densidade óptica (DO) 0,1,
crescidas nas diferentes fontes de carbono, foram adicionados à uma microplaca,
incubada à 37 °C durante 24 horas, com a DO sendo lida a cada 15 minutos após leve
agitação. Os fagos foram inoculados em diferentes MOI (10; 1; 0,1; 0,01; 0,001) em cada
poço no início do crescimento bacteriano. A fonte de carbono demonstrou ser um
importante fator na dinâmica de crescimento bacteriano, uma vez que Lactato e Glicerol
apresentaram curvas de crescimento com D.O final maior do que a apresentada pelo meio
comercial LB. Além disso, mesmo tendo sido inoculadas diferentes concentrações de
bacteriófagos, o crescimento bacteriano foi atingido de forma similar, com valores
inferiores a DO 0,3, independente do MOI utilizado. Nos controles sem a presença do
fago, a D.O chegou a 0,7. Esses valores demonstram que o fago inibiu fortemente o
crescimento bacteriano
Palavras-chave: Bacteriófagos, fagoterapia, curva de crescimento, Escherichia coli.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOVIROLOGIA
78
A INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO E FONTE DE CARBONO NA
PRODUTIVIDADE DE BACTERIÓFAGOS EM Escherichia coli.
Jéssica D. Silva, Roberto S. Dias, Josicelli S. Crispim, Déborah R. G. Lopes, Maraisa M.
Marcelino, Mirelly J. Fernandes e Silva, Thainá I. Lima, Sérgio O. de Paula
Laboratório de Imunovirologia Molecular
RESUMO. Bacteriófagos são vírus que infectam bactérias, e são utilizados em diversas
aplicações biotecnológicas. A capacidade de lisar as células bacterianas após a infecção
é uma das características mais exploradas desses organismos, pois dessa forma, os fagos
podem ser usados para controlar o crescimento de seu hospedeiro, numa abordagem
denominada fagoterapia. Enzimas fágicas capazes de desfazer o biofilme bacteriano,
como as depolimerases, também são promissoras ferramentas a serem exploradas. Sendo
assim, a produção otimizada de partículas fágicas, com o menor custo de produção e o
maior título viral possível é um objetivo a ser alcançado na fagoterapia. Esse trabalho
compara o número de Unidades Formadoras de Placas (UFP) obtidas a partir da infecção
de um bacteriófago lítico T4-like em uma linhagem de Escherichia coli, ambos
pertencentes ao acervo do Laboratório de Imunovirologia Molecular. A bactéria foi
cultivada em meio mínimo M9, com seis diferentes fontes de carbono - piruvato,
succinato, lactato, acetato, glicerol e glicose - em duas concentrações, 0,2% e 0,4%. Aos
5 mL do inóculo bacteriano em D. O inicial de 0,1, foram adicionados a alíquota de fagos,
no MOI (Multiplicity of Infection) de 0,01. A mistura foi cultivada sob agitação por 20
horas, a 37°C e 200 rpm. O número de UFP obtido a partir das diferentes condições de
cultivo foram comparados aos encontrados quando a bactéria foi cultivada em meio
comercial Luria Bertani - LB. Tanto em 0,2%, quanto em 0,4%, piruvato foi a fonte de
carbono que apresentou maior número de UFP, enquanto acetato foi a fonte que
apresentou o menor número. Em 0,2% piruvato apresentou 20 vezes mais UFP do que
acetato, e em 0,4%, 8 vezes mais (Teste de Tukey, p < 0,05). Já quando se avalia as UFP
formadas a partir de diferentes concentrações de uma mesma fonte de carbono, não foi
observada diferença (Teste T, p> 0,05). Os resultados obtidos indicam que a natureza da
fonte de carbono influenciou mais no número final de UFP do que as concentrações
testadas.
Palavras-chave: Bacteriofágos, Meio mínimo, UFP.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – IMUNOVIROLOGIA
79
OTIMIZAÇÃO E EXPRESSÃO HETERÓLOGA DA PROTEÍNA NTPDase 2 DE
Leishmania (VIANNIA) braziliensis (sp.) (VIANNA, G.)
Nancy R. Torres, J. V. B. Moraes, R. S. Vasconcellos, G. C. Bressan, J. L. R. Fietto,
J.L.R.
Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa/ MG, Brazil.
RESUMO. Leishmania braziliensis é o principal causador da leishmaniose tegumentar
no Novo Mundo. Não há vacina para uso humano e as drogas disponíveis para tratamento
causam toxicidade e resistência. Cepas de L. braziliensis possuem diferente atividade
ectonucleotidásica, que afeta o desenvolvimento da doença (LEITE et. al., 2012). Sugere-
se que alta hidrólise de nucleotídeos está relacionada à maior virulência e que a NTPDase
2 está envolvida nesse processo. Resultados prévios, indicam polimorfismos não
silenciosos na sequência da enzima de NSL, sugerindo uma possível influência na
atividade enzimática. Assim, objetivo do trabalho consistiu na otimização da sequência e
expressão da enzima de ambas as cepas a fim de avaliar se elas diferem bioquimicamente.
A otimização das sequências foi feita utilizando a ferramenta Codon optimization (IDT)
e analisadas no programa Geneious para análise de sítios de restrição e frame. As
construções obtidas comercialmente foram transformadas em células pRARE, induzidas
por 0h, 1h, 2h, 3h, 4h e 24h com 0,6mM de Isopropyl ß-D-1-thiogalactopyranoside
(IPTG), um análogo da lactose não hidrolisável. Os pellets foram processados e
analisados por SDS-PAGE e western blotting. As concentrações de 0,2mM, 0,3mM,
0,4mM e 0,5mM de IPTG também foram avaliadas. As amostras foram processadas e a
fração solúvel e corpo de inclusão foram analisadas por SDS-PAGE e western blotting.
Foi observada pouca expressão nos tempos 0h e 24h, com maior quantidade de proteína
expressa em 2h para ET e 4h para NSL, predominantemente no corpo de inclusão. Como
perspectiva, pretendemos avaliar a relação dos polimorfismos com a atividade dessas
enzimas. Realizar estudos de atividade in vitro em clones do parasito que tenham essas
mutações e avaliar se tais clones possuem diferenças quanto à infecção, que possam
relacionar o papel da enzima NTPDase 2 com a capacidade infecciosa dos parasitos.
Palavras-chave: Protozoário, ectonucleotidases, polimorfismos.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE INVERTEBRADOS
80
MORFOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR MASCULINO DE
Leptoglossus zonatus (Dallas, 1852) (HETEROPTERA: COREIDAE).
Alessandra S. B. Toni, Edmilson A. Souza, Davy S. Gomes, Luciane C. O. Lisboa, Ézio
M. Silva
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Viçosa, Campus
Rio Paranaíba.
RESUMO. A descrição morfológica dos aparelhos reprodutores masculinos e
espermatozoides dos insetos tem sido utilizada como importante característica para
análises taxonômicas. Apesar da anatomia dos testículos dos Coreidae variar pouco, a
descrição histológica permanece escassa. Este trabalho tem como objetivo descrever
histologicamente o aparelho reprodutor masculino de Leptoglossus zonatus. Sete
indivíduos foram coletados em lavouras de milho no município de Rio Paranaíba, Minas
Gerais. Os aparelhos reprodutores foram dissecados, incluídos em historesina Leica,
seccionados à 3µm de espessura e corados com Azul de Toluidina. O aparelho reprodutor
masculino de L. zonatus apresenta um par de testículos, um par de ductos deferentes, um
par de glândulas acessórias e ducto ejaculatório. Os testículos possuem forma de leques
e são formados por sete folículos separados por septos. A membrana que envolve cada
folículo possui coloração avermelhada. Nos folículos são observadas regiões diferentes
de acordo com o estágio da espermatogênese. Foram observadas células em divisão na
região distal (germário). A região de maturação e redução foi caracterizada pela divisão
meiótica dos espermatócitos. Na região proximal dos folículos, várias espermátides em
processo de espermiogênese foram observadas. As glândulas acessórias apresentaram
epitélio simples com células variando de cúbica a colunar. A vesícula seminal, local de
armazenamento de espermatozoides, apresentou epitélio de revestimento simples colunar.
Geralmente, os Coreidae apresentam testículos com sete folículos e membrana peritoneal
variando da cor laranja a vermelha, como foi observado em L. zonatus.
Palavras-chave: Histologia, Taxonomia, Percevejo-do-milho.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE INVERTEBRADOS
81
HISTOLOGIA E ULTRAMORFOLOGIA DAS GLÂNDULAS DE VENENO E
DUFOUR DO PARASITOIDE Hymenoepimecis bicolor BRULLÉ, 1846
(HYMENOPTERA:ICHNEUMONIDAE). *
Jamile F. S. Cossolin, Thiago G. Kloss, Jober F. Sobczak, Fabrícia G. Lacerda, Leandro
L. Oliveira, José E. Serrão
1 Laboratório de Ultraestrutura Celular, Departamento de Biologia Geral, Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa-MG, Brasil, 36.570-900. 2 Departamento Ciências Biológicas,
Universidade do Estado de Minas Gerais, Ubá-MG, Brasil, 36.502-000. 3 Universidade
da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB, Acarape-CE, Brasil,
62.785-000. 4 Departamento de Biologia, Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde,
Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre-ES, Brasil, 29500-000.
RESUMO. Vespas parasitoides do gênero Polysphincta (sensu Townes 1969) paralisam
exclusivamente aranhas pela inoculação de substâncias químicas produzidas pelas
glândulas de veneno e de Dufour, seguida da deposição de um ovo no abdômen da aranha
hospedeira. Para este estudo 15 glândulas foram dissecadas e fixadas em Zamboni por
24h. Em seguida, o material foi desidratado em série crescente de etanol e preparados
para as microscopias de luz e eletrônica de varredura. A glândula de veneno é formada
por uma porção secretora ramificada em formato tubular alongado, que se conecta ao
reservatório a partir de várias entradas. As extremidades distais de cada tubo secretor se
dilatam e terminam em uma extremidade fechada, curta e fina. As células secretoras
compreendem um epitélio simples colunar, contendo um núcleo volumoso com cromatina
descondensada. O citoplasma é basófilo e rico em vacúolos. Acima da camada secretora,
há uma camada de células achatadas produtoras de cutícula que reveste o lúmen da
glândula de veneno. O reservatório da glândula de veneno possui formato de saco
alongado, contendo uma camada de células cúbicas e um núcleo central e volumoso. Todo
o epitélio secretor e do reservatório é revestido por cutícula. A glândula de Dufour tem
forma de um pequeno saco alongado com a extremidade distal fechada. O epitélio secretor
compreende células basófilas, colunares, contendo um núcleo esférico com cromatina
descondensada. O epitélio desta glândula é revestido por uma espessa cutícula. A
morfologia da glândula de veneno varia dentro dos Hymenoptera. Em Apis mellifera
(Apidae), a porção secretora é bifurcada distalmente, tendo um único ponto de entrada
para o reservatório, já em Myrmica rubra (Formicidae) são dois pontos de entrada para o
reservatório, sendo que cada porção secretora termina em um fundo cego. Com relação a
glândula de Dufour, sua morfologia tem se mostrado preservada dentro dos Hymenoptera.
Palavras-chave: Vespa, glândulas do ferrão, Polysphincta, parasitismo. APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE INVERTEBRADOS
MORFOLOGIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES DE Scaptocoris castanea
PERTY, 1830 (HEMIPTERA: CYDNIDAE).
82
Jamile F. S. Cossolin1, Luis Carlos Martínez2, Monica J. B. Pereira3, Lucia M. Vivan4,
José E. Serrão1
1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa, 36570-000 Viçosa,
Minas Gerais, Brasil. 2 Departamento de Entomologia, Universidade Federal de Viçosa,
36570-000 Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 3 Departamento de Agronomia, Universidade
do Estado de Mato Grosso, 78300-000 Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil. 4 Fundação
de Apoio a Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil.
RESUMO. O percevejo Scaptocoris castanea (Hemiptera: Cydnidae) tem hábito
alimentar fitófago sendo também praga agrícola nas culturas de soja, algodão e pastagem.
Nos Hemiptera, a ingestão do alimento é dependente da digestão extra-oral. Este tipo de
estratégia de alimentação consiste na injeção de enzimas digestivas no alimento para ser
liquefeito e posteriormente ingerido. Tais enzimas digestivas são produzidas pelas
glândulas salivares, as quais podem terem diversas formas, dependendo da posição
taxonômica do inseto. Assim, o trabalho tem como objetivo estudar a morfologia e
ultraestrutura das glândulas salivares de Scaptocoris castanea. Para análise ultraestrutural,
5 pares de glândulas salivares foram analisadas em microscópio eletrônico de varredura
e para análise histológica, 15 pares de glândulas salivares foram seccionados e observados
em microscópio de luz. O sistema salivar de S. castanea está localizado no tórax sendo
formado por um par de glândulas principais e um par de glândulas acessórias. A glândula
salivar principal tem dois lobos, sendo o lobo anterior menor e parcialmente esférico com
lúmen fracamente corado e granular e o lobo posterior maior e alongado com lúmen
basófilo. A glândula salivar principal, foi ligada ao aparelho bucal por um ducto salivar
principal, que tem início no hilo localizado entre os dois lobos. A glândula acessória, teve
formato tubular longo e foi conectada ao hilo da glândula salivar principal pelo ducto da
glândula acessória, seu lúmen é estreito. O epitélio secretor das glândulas principal e
acessória é simples, possuindo células cúbicas contendo núcleo central esférico, grumos
de cromatina condensada e nucléolo aparente. No entanto, na glândula acessória foi
encontrado pequenas células na base do epitélio que não atinge o lúmen. O sistema salivar
de S. castanea é similar ao de outros Hemiptera Pentatomorpha, porém com ocorrência
de células na base na glândula salivar acessória que não se comunicam com o lúmen.
Palavras-chave: Glândula salivar, Hemiptera, Ultraestrutura, Morfologia.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS
BIOMETRIA RENAL E BIOQUÍMICA SÉRICA DE RATOS WISTAR
EXPOSTOS AO ARSENITO DE SÓDIO.
83
Letícia G. Piuzana, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Luiz O. G. Ervilha, Mariana
M. Neves
Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade Federal de Viçosa
RESUMO. O rim é responsável pela eliminação de formas orgânicas do arsênio (As),
produzidas pela oxidação de suas formas inorgânicas, como arsenito de sódio, presentes
na água de beber contaminada. Não se sabe, porém, se altas concentrações de arsenito
podem atuar negativamente sobre a biometria renal e a concentração de proteínas
marcadoras da função renal. Para este fim, portanto, o presente trabalho utilizou 32 ratos
Wistar machos com 21 dias de idade, que foram divididos em dois grupos experimentais
(n = 16 animais/ grupo). Animais controle (C) receberam água filtrada, enquanto que
animais tratados com As receberam diariamente 10 mg/L de arsenito de sódio por 29 dias,
até completarem 50 dias de idade. No 51º dia de experimento, metade dos animais de
cada grupo foi eutanasiada, sendo estes denominados como C50 e As50, respectivamente.
Os animais restantes receberam água filtrada até os 70 dias de idade, formando assim os
grupos C70 e As70. Após a eutanásia (CEUA/UFV no 96/2017), os rins foram dissecados,
sendo pesados e avaliados quanto ao seu volume. Já o sangue foi coletado por punção
cardíaca para obtenção do soro usado para quantificar ureia e creatinina, por testes
colorimétricos (Bioclin). Os resultados obtidos foram submetidos ao teste t de Student (P
= 5%). O peso médio dos rins esquerdo e direito, bem como seus respectivos volumes,
não diferiram entre animais dos grupos C50 e As50, bem como C70 e As70 (P > 0,05).
Enquanto a concentração sérica de ureia não alterou entre animais dos grupos C50 e As50
(P > 0,05), o valor médio de creatinina foi menor no grupo As50 em comparação com
animais C50 (P < 0,05). Aos 70 dias de idade, a concentração de ureia aumentou nos
animais tratados com As em relação aos controles (P < 0,05), sem alteração na creatinina
sérica (P > 0,05). Pode-se concluir que 10 mg/L de arsenito de sódio altera valores séricos
de creatinina e ureia, mas não parâmetros biométricos renais, de ratos Wistar nas duas
idades avaliadas.
Palavras-chave: Arsênio, rim.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS
ANÁLISE ÓSSEA DE RATOS WISTAR ADULTOS EXPOSTOS AO ARSÊNIO
DURANTE A FASE PRÉ-PÚBERE.
84
Luiz O. G. Ervilha, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Mariana M. Neves
Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. O arsênio (As) é um metaloide naturalmente encontrado no solo, ar e água.
Devido a ação antrópica, este passa a contaminar a água de beber de animais e seres
humanos, causando danos a órgãos reprodutivos, rins e fígado. Neste contexto, não está
claro o efeito do As sobre os ossos, especialmente quando a exposição acontece durante
a fase de crescimento corporal. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do As
sobre parâmetros ósseos em animais contaminados durante a fase de crescimento do
fêmur. Para isto, ratos machos com 21 dias de idade foram tratados com água filtrada
(grupo controle - C; n = 8) e com solução de arsenito de sódio a 10 mg/L (As; n = 8)
diariamente na água de beber, por 29 dias. Em seguida, os animais (C e As) foram tratados
com água filtrada até os 70 dias de idade, quando foram eutanasiados para obtenção do
fêmur direito (CEUA no 96/2017). Medidas do osso, bem como o teste de flexão de três
pontos foram realizados para obtenção de dados biométricos e biomecânicos. Os
resultados foram submetidos ao teste t de Student utilizando o software Graph-Pad Prism
(P = 5%). Não houve diferença entre os animais C e As para peso corporal (C = 205,6 ±
3,93g; As = 209,7 ± 6,04g), bem como peso (C = 1,349 ± 0,01g; As = 1,401 ± 0,03g),
comprimento (C = 36,60 ± 0,15mm; As = 36,07 ± 0,27mm), largura da diáfise (C = 4,58
± 0,07mm; As = 4,60 ± 0,08mm), largura distal (C = 7,28 ± 0,12mm; As = 7, 08 ±
0,16mm) e largura proximal (C = 8,45 ± 0,08mm; As = 8,23 ± 0,13mm) do fêmur (P >
0,05). Parâmetros biomecânicos, como carga máxima (C =51,59 ± 1,89N; As=50,01 ±3
,52N), deslocamento (C = 1,471 ± 0,11mm; As = 1,344±0,14mm) e a rigidez (C = 35,83
± 3,49N/mm; As = 38,00 ± 3,2N/mm) também não foram alterados. Desse modo, pode-
se concluir que a exposição ao As durante a fase de crescimento de ratos machos não
alterou parâmetros biométricos e biomecânicos do fêmur na fase adulta.
Palavras-chave: Arsênio, osso, crescimento, adulto.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS
EFEITOS DA EXPOSIÇÃO AO ARSÊNIO EM PARÂMETROS ÓSSEOS
DURANTE A FASE PRÉ-PÚBERE DE RATOS WISTAR.
Luiz O. G. Ervilha, Felipe C. Santos, Ana Cláudia F. Souza, Mariana M. Neves
85
Laboratório de Biologia Estrutural, Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. Estudos mostram que animais adultos expostos ao arsênio (As) apresentam
danos hepáticos, reprodutivos e renais. Todavia, não está claro os efeitos desse metaloide
sobre parâmetros ósseos durante o período pré-puberal. Portanto, o objetivo do estudo foi
avaliar parâmetros biométricos e mecânicos do osso longo em ratos Wistar expostos ao
arsênio durante o período pré-púberal. Animais com 21 dias de idade foram divididos,
aleatoriamente, em dois grupos experimentais. Enquanto que os animais do grupo
controle (C; n=8) receberam água filtrada, os demais do grupo As (n=8) receberam
solução de arsenito de sódio na concentração de 10 mg/L. Os ratos foram tratados
diariamente por 29 dias, até atingirem 50 dias de idade, quando foram pesados e
eutanasiados para obtenção do fêmur (CEUA, processo 96/2017). Parâmetros biométricos
e biomecânicos (Teste de flexão de três pontos) foram realizados nos fêmures. Os
resultados obtidos foram submetidos ao teste t Student utilizando o software Graph-Pad
Prism (P = 5%). Análises biométricas mostraram que o peso corporal dos animais
expostos ao As (199,3 ± 4,88 g) foi menor que o dos animais controle (218,6 ± 4,99g). A
exposição ao As alterou todos os parâmetros biométricos do fêmur em relação aos animais
controle, como peso (C = 1,06 ± 0,03 g; As = 0,79 ± 0,01g), comprimento (C = 31,48 ±
0,04mm; As = 29,68 ± 0,31mm), largura da diáfise (C = 4,06 ± 0,17mm; As = 3,53 ±
0,04mm), largura distal (C = 6,74 ± 0,06mm; As = 6,36 ± 0,07mm) e largura proximal (C
= 7,63 ± 0,15mm; As = 7,05 ± 0,18mm). Já aspectos biomecânicos não foram alterados
após exposição ao As, como medida da carga máxima (C = 51,59 ± 1,89N; As = 50,01 ±
3,52N), deslocamento (C = 1,47 ± 0,11mm; As = 1,34 ± 0,14mm) e rigidez (C = 35,09 ±
3,49 N/mm; As = 37,32 ± 3,21 N/mm). Pode-se concluir que a exposição ao As no período
pré-puberal induz a alterações na macroarquitetura óssea do animal, mas não em
parâmetros biomecânicos.
Palavras-chave: Arsênio, osso, crescimento.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DA LÍNGUA DOS
SQUAMATAS Bothrops jararaca (VIPERIDAE) E Salvator merianae (TEIIDAE).
Maria Luiza A. Rodrigues, Sirlene S. R. Sartori
86
Laboratório de Morfologia, Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de
Viçosa.
RESUMO. A morfologia da língua varia de acordo com a sua função, e com a
alimentação e o habitat da espécie. Para um estudo morfológico da língua de répteis
squamatas, foram utilizados cinco exemplares adultos do lagarto Salvator merianae e da
serpente Bothrops jararaca. As línguas foram seccionadas em três fragmentos (anterior,
médio e posterior), que foram processados para análise em microscópio eletrônico de
varredura. A língua de B. jararaca encontra-se envolta pelo assoalho bucal, é longa,
protrátil e possui ápice bifurcado, o que condiz com sua função sensorial olfativa, em
associação com o órgão vomeronasal. Ela é queratinizada e com ondulações por toda sua
extensão, sendo que no dorso também se observa um sulco central profundo, e na lateral
há sulcos transversais. Tais relevos podem auxiliar na captura de moléculas odoríferas e
sua transferência ao órgão vomeronasal, enquanto a queratina confere proteção contra
danos físicos. Não foram visualizadas papilas, o que implica que a língua dessa espécie
não está envolvida na admissão direta de alimento. A língua de S. merianae também é
protrátil e bifurcada, estando envolvida com a captura e transferência de odores ao órgão
vomeronasal. Entretanto, após o ápice bifurcado, há papilas linguais no dorso, deixando-
o com aspecto escamiforme. Tais papilas estão envolvidas com a admissão de alimento,
uma vez que auxiliam na captura e manutenção da presa na cavidade oral, contribuindo
também para a deglutição. As células da superfície tem formato poligonal, embora seja
difícil visualizar o seus limites devido à presença de queratina. Colônias de bactérias
foram vistas sobre o revestimento lingual, o que reflete o hábito alimentar generalista
dessa espécie, se alimentando inclusive de carniça. Dessa forma, nota-se uma clara
relação entre a morfologia da língua e suas funções nos répteis squamatas estudados.
Palavras-chave: Morfologia, répteis, lagartos, serpentes.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – MORFOLOGIA INTERNA DE VERTEBRADOS
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DA LÍNGUA DE
Hemidactylus mabouia (GEKKONIDAE) E Tropidurus torquatus
(TROPIDURIDAE).
Maria Luiza A. Rodrigues, Sirlene S. R. Sartori
87
Laboratório de Morfologia, Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de
Viçosa.
RESUMO. A língua dos répteis refletem adaptações a um habitat seco ou à água do mar,
de modo que a estratificação e queratinização do epitélio são características frequentes.
Para estudo morfológico da língua de répteis squamatas foram utilizados cinco
exemplares adultos dos lagartos Hemidactylus mabouia e Tropidurus torquatus. As
línguas foram seccionadas em três fragmentos (anterior, médio e posterior), que foram
processados para análise em microscópio eletrônico de varredura. Em H. mabouia, a
língua pode ou não apresentar uma pequena bifurcação no ápice, que é queratinizado. O
dorso lingual possui papilas, que são baixas e poligonais na porção anterior, e altas e
filiformes nas demais porções, com função mecânica, auxiliando a captura e manutenção
da presa na cavidade oral. As células da superfície dorsal têm formato poligonal e relevo
irregular, enquanto as do ventre possuem projeções labirintiformes. Na raiz lingual há
células ciliadas e células arredondadas com aspecto mucossecretor, as quais contribuem
com a deglutição. Em T. torquatus o ápice lingual é queratinizado e há relevos irregulares
e baixos, após os quais aparecem inúmeras papilas altas e colunares que se estendem até
a parte posterior. Nas papilas da porção média, o epitélio superficial tem aspecto de
buquê, devido à projeção das suas células; já nas papilas da parte posterior o epitélio
superficial é formado por células achatadas. Nas laterais de ambas as papilas as células
são arredondas com aspecto mucossecretor, importante para proteção e lubrificação do
revestimento lingual, assim como para apreensão de presas e deglutição. Na raiz lingual
as células são achatadas e dispostas em rosetas, com uma fosseta central, certamente para
liberação de secreção glandular. Dessa forma, nota-se uma clara relação entre a
morfologia da língua e suas funções nos répteis squamatas estudados.
Palavras-chave: Morfologia, répteis, squamatas, lagartos.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PARASITOLOGIA
A PROTEÍNA RECOMBINANTE DE 21 KDa DE Trypanosoma cruzi COMO UM
IMPORTANTE IMUNÓGENO PARA VACINA DA DOENÇA DE CHAGAS.
Cassiano C. Rodrigues, Marlus A. Santos, Thaise L. Teixeira, Patrícia de Castilhos, Aline
A. Silva, Paula C. B. Tavares, Rebeca T. S. Brígido, Mariana F. Silva, Bruna C. Borges,
88
Samuel C. Teixeira, Fernanda S. Borges, Flávia A. Martins, Rafael M. Oliveira, Julia G.
Santos, Claudio V. Silva
Universidade Federal de Uberlândia - Av. Pará 1720 bloco 2B sala 200 - Umuarama -
Uberlândia - Minas Gerias. [email protected]
RESUMO. Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da Doença de Chagas, é
disseminado na natureza, circulando entre hospedeiros triatomíneos e mamíferos
silvestres, podendo infectar humanos e causar complicações cardíacas no processo
infeccioso. Durante a invasão celular, ocorrem muitas interações entre as moléculas que
são secretadas e da superfície do parasita com os receptores de superfície da célula
hospedeira, resultando na internalização do parasita. Nesse contexto, nosso grupo de
pesquisa, identificou em T. cruzi, uma nova proteína de 21 kDa, envolvida na invasão
celular, designada P21. A forma recombinante da P21 nativa (rP21) é utilizada em estudos
sobre aspectos biológicos de T. cruzi, fornecendo evidências de sua atividade na infecção
pelo protozoário. O presente trabalho teve como objetivo investigar diferentes estratégias
de imunização com rP21 em camundongos infectados ou não por T. cruzi para entender
a interação desta proteína com o sistema imunológico do animal, bem como identificar
um esquema de imunização que reduzisse a fibrose causada pela infecção crônica e
promovesse a preservação do tecido cardíaco. Avaliamos a imunogenicidade da rP21 in
vivo; imunizamos camundongos BALB/c (n=6/grupo) com 10µg de rP21 por animal,
associando um adjuvante de Freud em três doses distintas; realizamos um ensaio de
invasão in vivo com 104 tripomastigotas de T. cruzi cepa Y após a imunização com rP21;
fizemos a parasitemia dos animais imunizados e infectados com tripomastigotas durante
a fase aguda; quantificamos a carga parasitária por qPCR em tempo real; avaliamos a
fibrose tecidual por coloração de Picrosirious Red e analisamos a produção de anticorpos
anti-rP21 IgG total, IgG1 e IgG2a. Os resultados indicam que a imunização com a
proteína rP21 associada ao Adjuvante de Freud controlou a parasitemia na fase aguda,
aumentou as populações de células de defesa do sistema imunológico, e reduziu a carga
parasitária tanto na fase aguda quanto na crônica. Ainda, observou-se uma resposta
imunológica humoral robusta, por meio de produção de anticorpos IgG2a anti-rP21 que
promoveu uma menor deposição de fibras colágenas no tecido cardíaco. Nesse aspecto,
conluimos que a imunização com a proteína rP21 levou uma modulação da resposta
imunológica positiva a favor do hospedeiro e que sua aplicação poderia permitir novos
métodos profiláticos de tratamento para a DC, utilizando metodologias baratas e
convencionais para a confecção de um modelo vacinal eficaz.
Palavras-chave: Imunização, Proteína rP21, Cardiomiopatia Chagásica Crônica. APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PARASITOLOGIA
AÇÃO LEISHMANICIDA DE DERIVADOS DO ÁCIDO CINÂMICO SOBRE
AMASTIGOTAS DE Leishmania braziliensis EM INFECÇÃO IN VITRO DE
MACRÓFAGOS.
89
Wemerson A. Menezes1,2, Luciana A. Souza1,2, Thiago S. Onofre2, Michelle P.
Rodrigues3, Róbson R. Teixeira3, Juliana L. R. Fietto2, Gustavo C. Bressan2, Márcia R.
Almeida2
1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Laboratório de
Bioquímica Celular e Bioprodutos, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular,
Universidade Federal de Viçosa. 3 Laboratório de Química Supramolecular e
Biomimética, Departamento de Química, Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. As leishmanioses são um importante problema de saúde pública, sendo
endêmicas em diversos países do mundo. Dentre as formas clínicas, a mais comum é a
leishmaniose tegumentar, causada principalmente por Leishmania braziliensis e
Leishmania mexicana no Novo Mundo, cuja transmissão se faz por meio da picada de
fêmeas de flebotomíneos infectadas. Este trabalho teve como objetivo testar o efeito
citotóxico de compostos derivados do ácido cinâmico sobre formas amastigotas de L.
braziliensis cepa M2904 na infecção de macrófagos Raw 264.7. Os testes foram feitos
em placas de 96 poços e o efeito dos compostos na concentração de 10 µM avaliado após
48 horas pelo método da resazurina. O IC50 dos melhores compostos foi determinado
para macrófagos, promastigotas axênicos e amastigotas intracelulares de L.braziliensis.
As concentrações de 80 µM a 1 µM foram usadas para determinação do IC50 e os cálculos
foram feitos no GraphPad Prisma 5.03. No ensaio de infecção os compostos identificados
como MP6, MP5, MP25 e S2 após 48 horas inibiram o crescimento de amastigotas em
80,12%, 78,98%, 76% e 70,89% respectivamente, resultados comparáveis à droga
controle Anfotericina B que inibiu o crescimento em 98,41%. Para os compostos MP16
e S2, o IC50 destes para macrófagos após 48 horas foi maior do que 80 µM, o que indica
uma baixa ou ausência de toxicidade celular. Para promastigotas axênicos de
L.braziliensis, o IC50 do MP16 foi 3,05 µM e do S2 7,58 µM. No ensaio de infecção, o
IC50 do MP16 foi maior do que 80 µM, enquanto que para o S2 esse índice foi de 23,75
µM, o que indica que o MP16 apresenta efeito citotóxico muito baixo contra amastigotas
intracelulares de L.braziliensis. Para o composto S2, determinou-se o Índice de
Seletividade (IS), cujo valor foi de 3,37. Os resultados abrem caminhos para outros
ensaios com os compostos testados, como o teste de associação de drogas, visando um
maior efeito sobre o parasito com concentrações menores dos compostos.
Palavras-chave: Leishmanioses, ácido cinâmico, Leishmania braziliensis
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE E ENDOCITOSE DA
NANOPARTÍCULA Doxo-VLDP EM CÉLULAS TUMORAIS.
Amanda P. Gonçalves1, Anésia A. Santos1, José Ésio B. Ramos Jr2, Renko de Vries3
90
1 Departamento de Biologia Geral; 2 Departamento de Física. Universidade Federal de
Viçosa, Viçosa - MG. 3 Department of Agrotechnology and Food Sciences, Wageningen
University, Netherlands.
RESUMO. O câncer ocupa o segundo lugar dentre as causas de morte no Brasil. Dentre
os métodos convencionais de tratamento, o mais utilizado mundialmente é a
quimioterapia. No entanto, esta possui vários problemas associados, como por exemplo:
acesso limitado do quimioterápico ao tecido tumoral e ausência de seletividade. Estudos
recentes apontam a nanotecnologia como uma alternativa terapêutica para superar tais
obstáculos, seja pela possibilidade de associação de nanomateriais a ferramentas
moleculares que lhes proporcionem seletividade ou pela capacidade destes serem retidos
no microambiente de tumores sólidos. Na tentativa de contornar os problemas expostos,
este trabalho objetivou o desenvolvimento de uma nanopartícula revestida por proteína
sintética virus-like, constituída de moléculas DNA carreando a droga intercalante
doxorrubicina. Através de ensaio MTT e microscopia de fluorescência foi demonstrado
que a endocitose da nanopartícula ocorreu eficientemente e o potencial quimioterápico da
droga, quando carreada, foi aumentado. Com esta construção, as linhagens tumorais de
melanoma (B16F10) e glioma (C6) murinos apresentaram taxas máximas de morte
celular de 67% e 92%, respectivamente, ao passo que, nas mesmas concentrações, a droga
não carreada apresentou morte de 56% e 78% apenas. Estes resultados apontam a
possibilidade do emprego da construção no tratamento de diferentes tipos de câncer.
Contudo, foi observado atraso no acúmulo intracelular de doxorrubicina, e estudos das
bases celulares e moleculares do processo de absorção da nanopartícula estão sendo
realizados para investigar tal fenômeno. Com base nos resultados obtidos, é possível
inferir que a nova construção obtida possui potencial para utilização na clínica médica,
uma vez que a mesma pode ser engenheirada a fim de minimizar os efeitos colaterais,
além de apresentar citotoxicidade aumentada a células tumorais in vitro.
Palavras-chave: Câncer, Nanotecnologia, Virus-like protein.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO ASSOCIADO À SUPLEMENTAÇÃO
COM AÇAÍ SOBRE PARÂMETROS CARDÍACOS EM RATOS SUBMETIDOS
A UMA DIETA HIPERLIPÍDICA.
91
Denise C. Miranda1, Victor N. Lavorato2, Filipe R. Drummond3, Leôncio L. Soares3,
Maria do Carmo G. Peluzio4, Antônio J. Natali3, Maria L. Pedrosa2, Marcelo E. Silva2
1 Laboratório de Hipertensão - Universidade Federal de Ouro Preto. 2 Laboratório de
Bioquímica Metabólica - Universidade Federal de Ouro Preto. 3 Laboratório de Biologia
do Exercício - Universidade Federal de Viçosa. 4 Laboratório de Bioquímica Nutricional
-Universidade Federal de Viçosa.
RESUMO. O objetivo do estudo é avaliar o efeito do treinamento físico aeróbio e da
suplementação com açaí sobre parâmetros mecânicos e bioquímicos de cardiomiócitos
em um modelo animal submetido à dieta hiperlipídica. Foram utilizados ratos Fisher com
sessenta dias de idade, divididos em cinco grupos: C: Controle; H: Dieta Hiperlipídica;
HA: Dieta Hiperlipídica + Açaí; HT: Dieta Hiperlipídica + Treinamento físico aeróbio;
HAT: Dieta Hiperlipídica + Açaí + Treinamento físico aeróbio. Os grupos alimentados
com dieta hiperlipídica receberam 21,8% de banha e 1% de colesterol. Os grupos
suplementados com açaí liofilizado receberam 1% de açaí na dieta. Os animais dos grupos
treinados foram submetidos a um programa progressivo de corrida em esteira por 8
semanas, sendo a duração e a intensidade final de 60 minutos e 60-70% da velocidade
máxima de corrida, respectivamente. A massa dos ventrículos e coração, além da massa
relativa dos ventrículos e coração foram mensuradas. As propriedades mecânicas e o
transiente intracellular global de cálcio ([Ca2+]i) dos cardiomiócitos foram mensuradas
usando-se um sistema de detecção de bordas e indicador fluorescente de Ca2+ Fura-2
AM, respectivamente. No coração, houve aumento da massa do ventrículo direito e
efeitos deletérios nos parâmetros mecânicos e do transiente de [Ca2+]i dos animais do
grupo hiperlipídico. Observou-se aumento da amplitude de contração celular e redução
do tempo para o pico do transiente de ([Ca2+]i no grupo hiperlipídico e suplementado
com açaí. Nos cardiomiócitos, o treinamento físico foi capaz de melhorar todos os danos
ocasionados pela dieta hiperlipídica. O tratamento sinérgico entre açaí e treinamento
físico não conseguiu potencializar os efeitos dessas duas intervenções isoladas. Concluiu-
se que o treinamento físico e a suplementação com açaí promoveram adaptações
benéficas no coração dos animais que consumiram dieta hiperlipídica, todavia a
associação dos tratamentos não potencializou estas adaptações.
Palavras-chave: Dieta hiperlipídica. Treinamento físico. Açaí. Cardiomiócitos.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
BIOACUMULAÇÃO DE CHUMBO NO FÍGADO DE RATOS WISTAR
ADULTOS.
Diane C. Araujo1, Amanda A. Lozi1, Kyvia L. C. Costa2, Sérgio L. P. Matta1, Marli C.
Cupertino1, Fernanda C. R. Dias1
92
1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa. 2 Universidade do
Estado de Minas Gerais
RESUMO. O chumbo (Pb) é um metal amplamente distribuído no ambiente e tem sido
utilizado em grande escala por diferentes indústrias, levando ao aumento da sua
ocorrência nos sistemas biológicos. O Pb acumula-se de maneira lenta e gradual, não
sendo metabolizado pelo organismo. O fígado é um órgão envolvido na metabolização e
eliminação de compostos estranhos, sendo por este motivo, alvo frequente de substâncias
tóxicas, que podem causar alterações bioquímicas e estruturais. Objetivando avaliar o
acúmulo de Pb no fígado de roedores, foram utilizados 25 ratos Wistar adultos, divididos
em 5 grupos (n=5): o grupo controle (I) (água destilada) e quatro grupos tratados (II, III,
IV, V) que receberam acetato de chumbo, por gavagem durante 30 dias consecutivos, nas
doses de 16, 32, 64 e 128 mg Pb/Kg, respectivamente. Para a determinação de
concentração de chumbo, amostras de fígados foram pesadas, secas em estufa a 70°C, até
o peso seco constante e, posteriormente colocadas em Erlenmeyers de 25mL juntamente
com 1,5mL de HNO3 concentrado e 0,5mL de HClO4 (70%) e transferidas para uma
chapa aquecedora onde a temperatura foi aumentada gradativamente de 70°C até 90°C,
até completa digestão e então diluídas em água deionizada e filtrada em papel filtro. A
determinação da concentração de chumbo das amostras foi feita em espectrofotômetro de
absorção atômica (SpecthAA 200FS Varian). Foram realizados testes de média
utilizando-se o programa Statistica sendo significativo p≤0,05. Não houve alterações nos
parâmetros biométricos como peso corporal, peso do fígado e índice hepatossomático
(IHS). Por outro lado, foi observada maior concentração (p≤0,05) do metal nos grupos
III, IV e V em relação ao grupo controle e ao grupo II. É de se esperar que sob exposição
contínua, haja aumento das concentrações de Pb, tendo em vista sua bioacumulação e não
degradação. Assim, concluímos que, a partir da dose de 32 mg/Kg, o fígado tende a
acumular chumbo, o que poderia interferir na sua função.
Palavras-chave: Chumbo, bioacumulação, fígado.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA DE UM
COMPOSTO DE COORDENAÇÃO DE COBRE E O SINERGISMO COM A
CISPLATINA. *
Elaine G. Guimarães, Marina B. Silva, Christiane F. Horn, Milton M. Kanashiro
93
Laboratório de Biologia do Reconhecer (LBR) - Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro UENF
RESUMO. A atuação sinérgica da associação entre terapias desempenha um papel
importante no tratamento do câncer. Dentre as estratégias clínicas adotadas está a
combinação da Cisplatina com outros quimioterápicos, impulsionando assim o uso
combinado de novos complexos metálicos e fármacos antineoplásicos, visando superar
os desafios associados ao uso de derivados de platina como antitumorais. Neste sentido,
os compostos de coordenação baseados em metais endógenos têm ganhado grande
destaque devido às atividades antineoplásicas promissoras e o baixo custo. Diante disso,
este trabalho tem como objetivo verificar a atividade citotóxica da associação entre um
composto de coordenação de cobre (CC1) e a Cisplatina (CIS) frente às linhagens
BXPC3, MDA-MB, PC3, H460 e A549, através do ensaio de viabilidade celular baseado
na metabolização do MTT (brometo de 3-(4,5-17 dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltretazólio)
para determinar a concentração do fármaco que induz 50% da concentração efetiva
(EC50) e a identificação do tipo de morte celular induzida. A EC50 do CC1 para as
linhagens mencionadas foi de 11,9 ±1,2; 14,4 ±1,1; 14,6 ±1,0; 24,92 ±1,0; 35,20 ±1,4
(µM/L), respectivamente. A CIS apresentou valores de EC50 de 10,7 ±1,1; 51,3 ±1,0;
42,8 ±1,0; 24,53 ±1; 83,90 ±1,0 (µM/L), respectivamente. Desta forma, a EC50 da CIS é
maior que a EC50 do CC1 para MDA-MB, PC3 e A549, variando entre 2 a 3,5 vezes
mais. Quando testados em associação frente a BXPC3, MDA-MB, PC3 e H460, o cálculo
da concentração inibitória fracionada (FIC) correspondeu a 0,49, 0,45, 0,53 e 1,
respectivamente, sugerindo a atuação sinérgica dos compostos. Definimos, então, a
associação de CC1 e CIS na proporção de 1:2, respectivamente e a denominamos de MIX.
A associação MIX foi testada frente à linhagem MDA-MB, cujos valores de EC50
(µM/L) foram 5,15 ± 1,4 CC1; 20,43 ± 1,0. Sendo assim, a associação dos compostos
demonstrou a redução de 60,2% e 64,2% na EC50 da CIS e CC1.
Palavras-chave: Câncer; Metalofármacos; Sinergia.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO ENTRE SERINE ARGININE PROTEIN
KINASE 2 (SRPK2) E SWIPROSIN-1 (SWS1).
Geniana S. Gomes, Mônica M. M. Caetano, Maria R. Silva, Gustavo C. Bressan
Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade Federal de Viçosa
94
RESUMO. Serine Arginine Protein Kinases (SRPKs) estão envolvidas na regulação do
splicing do pré-mRNA pelo reconhecimento e fosforilação de proteínas SR. Estudos
envolvendo SRPKs são importantes para o desenvolvimento de novas estratégias
antitumorais, pois essas proteínas são encontradas superexpressas em melanoma,
leucemia, câncer de pulmão e cólon. Um ensaio de duplo-híbrido em leveduras realizado
pelo nosso grupo de pesquisa mostrou uma possível interação entre SRPK2 e Swiprosin-
1 (SWS1), uma proteína envolvida na regulação da despolimerização de F-actina,
migração celular e formação de metástases em tumores. SWS1 está superexpressa
principalmente em câncer de cólon, melanoma e câncer de pulmão. O objetivo deste
trabalho foi confirmar a interação entre SRPK2 e SWS1 para que seja possível a
compreensão dos mecanismos de atuação dessas proteínas na formação de metástases.
Para o ensaio de pulldown, 6xhis-SRPK2 foi expressa em E. coli BL21 e purificada por
cromatografia de afinidade em coluna carregada com resina de níquel, em sistema FPLC.
GST-SWS1 ou GST (controle negativo) foram obtidas a partir da fração solúvel do lisado
de E. coli, ligadas à resina de glutationa-sefarose e incubadas com 6xhis-SRPK2
purificada. As proteínas foram detectadas por western blotting utilizando os anticorpos
primários anti-His e anti-GST. O ensaio de co-imunoprecipitação foi realizado utilizando
a linhagem celular HEK293T co-transfectada com pCDNA5/FRT/TO/SRPK2 e pEGFP-
C1/SWS1 ou pCDNA5/FRT/TO/vazio e pEGFP-C1/SWS1 (controle negativo). Os
lisados de HEK293T foram incubados com a resina de agarose proteína A e anticorpo
anti-FLAG. A detecção das proteínas foi feita por western blotting utilizando os
anticorpos primários anti-FLAG e anti-GFP. A interação entre SRPK2 e SWS1 foi
detectada nos dois ensaios realizados. Estes resultados nos permitem avançar em outros
estudos que investigarão mais profundamente a relação entre essas proteínas no contexto
de tumores metastáticos.
Palavras-chave: SRPK, SWS1, câncer.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DE CÉLULAS DE
LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA, FRENTE AO TRATAMENTO COM
COMPOSTO DE COORDENAÇÃO GÁLIO.
Kíssila S. A. Pereira1, Leide L. F. Maciel1, Luana M. Pereira1, Milton M. Kanashiro2,
Christiane F. Horn3, João C. A. Almeida
95
1LFBM/ CBB- UENF; 2LBR/ CBB- UENF; 3LCQUI/ CCT- UENF
RESUMO. O câncer tem aumentando sua incidência, sendo a segunda causa de mortes
na atualidade. A Leucemia é o termo utilizado para cânceres desenvolvidos na medula
óssea, sendo tratada incialmente com quimioterápicos, os quais provocam efeitos
colaterais, desenvolvimento de resistência ao medicamento e pouca eficiência em alguns
casos, pois os medicamentos não são seletivos às células tumorais. Assim, o
desenvolvimento de novos metalofármacos é uma alternativa para contornar estes
problemas. O gálio (III) tem mostrado atividade terapêutica relevante frente a variados
tipos de câncer, pois este elemento pode ser transportado para o interior da célula através
da ligação com a transferrina, devido à semelhança deste com o ferro (III). O presente
trabalho tem por objetivo avaliar através das técnicas de Microscopia Eletrônica de
Varredura (MEV) e Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET), as alterações
morfológicas das células de Leucemia Linfoblástica Aguda Humana (Molt-4), quando
tratadas com o composto de gálio (III), desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Química
de Coordenaçãoda UENF. Para avaliar a citotoxidade do composto frente às células da
linhagem MOLT-4, foi realizado o ensaio colorimétrico MTT, onde foram obtidos os
valores referentes a IC50 Ga β= 15,15 ± 1,04 e para a cisplatina IC50 Cis-Pt= 83,98±
1,11.As células foram cultivadas de maneira padrão com meio D-MEM F12, incubadas
com o composto de gálio(III), na concentração de 30 μM ( 2X IC50) por 4, 8 e 12 h, e
analisadas através da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). A análise das imagens
sugere que o composto de gálio (III) provoque alterações morfológicas nas células
tumorais sendo proposto que a morte celular seja provocada por mecanismo apoptótico.
Palavras-chave: Leucemia linfoblástica aguda, composto de gálio (III), análise
morfológica.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
ATIVIDADE CITOTÓXICA IN VITRO E IN VIVO DO COMPOSTO DE
COORDENAÇÃO DE PLATINA NA LINHAGEM DE CÃNCER DE MAMA
MDA-MB-231
Leide L. F. Maciel1,2, Marina B. Silva2, Christiane F. Horn3, Rafaela O. Moreira4, Milton
M. Kanashiro2, João C. A. Almeida1
96
1 LFBM/CBB – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) -
Campos dos Goytacazes/RJ. 2 LBR/CBB – Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro (UENF) - Campos dos Goytacazes/RJ. 3 LCQUI/CCT – Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) - Campos dos Goytacazes/RJ 4
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET) - Campus
Nova Friburgo/RJ.
RESUMO. O carcinoma mamário é o segundo tipo de câncer mais incidente entre as
mulheres e leva a óbito milhões de pessoas em todo mundo. Desde o advento da
Cisplatina (CDDP) em 1978, pesquisadores têm se concentrado no desenho de novos
metalofármacos que podem ser administrados no tratamento do câncer e outras doenças
humanas. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a atividade citotóxica mediada por
quatro complexos de platina 1, 2, 3 e 4, frente às linhagens neoplásicas de mama (MDA-
MB-231 e MCF7), próstata (PC3), pâncreas (BXPC3) e células sadias mononucleares do
sangue periférico (PBMC). Para os testes in vitro foi realizado o ensaio de viabilidade
celular por MTT. O mecanismo de morte foi averiguado pela análise do ciclo celular e
alterações no potencial de membrana mitocondrial (PMM). A avaliação morfológica foi
observada por microscopia de fluorescência, eletrônica de varredura e transmissão. O
ensaio in vivo foi realizado em modelo murino e determinada a toxicidade do composto
através da DL50 (dose letal mediana). Os resultados apontam que o composto 2 foi ativo
contra todas as linhagens neoplásicas e reduziu expressivamente a viabilidade das células
MDA-MB-231, com IC50=8,72µM contra 63,14µM da CDDP e para as PBMC
apresentou IC50=28µM, demonstrando ser mais seletivo para células tumorais e menos
tóxico para células normais. Avaliação do ciclo celular, redução do PMM e marcação por
microscopia de fluorescência, revelam que o composto induz alterações associadas ao
processo apoptótico. Alterações ultraestruturais foram detectadas como blebbing de
membrana, diminuição das microvilosidades e fragmentação de DNA. Outrossim, o
composto 2 apresentou DL50 de 92,6 mg/kg contra 6,6 mg/kg da CDDP, evidenciando
ser menos tóxico que o fármaco padrão. Em síntese, sugere-se que o composto 2 inibe a
proliferação das células MDA-MB-231, o que reforça seu potencial antineoplásico
promissor motivando os estudos in vivo.
Palavras-chave: Câncer. Composto de platina. Quimioterapia. APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
AVALIAÇÃO ULTRAESTRUTURAL DE CÉLULAS DE CÂNCER DE PULMÃO
TRATADAS COM UM COMPOSTO DE COBRE(II).
Luana M. Pereira1, Leide L. F. Maciel1, Kíssila S. A. Pereira1, Milton M. Kanashiro2,
Christiane F. Horn3, João C. A. Almeida
1 LFBM/CBB - UENF; 2 LBR/CBB – UENF; 3 LCQUI/CCT – UENF
97
RESUMO. O câncer é a segunda causa de morte mundial, estando associado
principalmente a fatores genéticos e ambientais. O câncer de pulmão é considerado de
complexo diagnóstico, levando a óbito um grande número de pessoas anualmente. Em
geral, o câncer caracteriza-se como uma doença de difícil terapêutica, devido à fatores
como: resistência às diversas drogas utilizadas no tratamento, ausência de seletividade
dos fármacos convencionais e severos efeitos colaterais que surgem durante o tratamento.
Desta forma, é essencial o desenvolvimento de novos fármacos antitumorais mais
potentes, seletivos e menos tóxicos, neste sentido, compostos de coordenação como o
metal de transição cobre têm demonstrado atividade promissora. No presente trabalho
avaliamos o efeito citotóxico de um composto de cobre em células de carcinoma de
pulmão NCI-H460. O composto de cobre(II)• foi desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa
em Química de Coordenação da UENF. Para o ensaio de viabilidade celular, foi realizado
o ensaio colorimétrico usando MTT, os valores de IC50 foram de 32,15 ± 1,04 para o
cobre(II)• e de >100 para a cisplatina, metalofármaco padrão no tratamento dessa
neoplasia, comprovando uma maior atividade desse composto frente a linhagem em
estudo. Para avaliação das alterações ultraestruturais foram utilizadas técnicas de
Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET) e Varredura (MEV), as células foram
incubadas com o composto nos tempos de 4, 8 e 12h. As análises das imagens indicam
que o composto de cobre(II)• promove alterações nas células de carcinoma de pulmão
como: blebbing de membrana, condensação da cromatina e vacuolização citoplasmática,
tais características apontam um provável mecanismo apoptótico de morte celular,
demonstrando o potencial citotóxico do composto de cobre.
Palavras-chave: Câncer de pulmão. Composto de cobre. Análise ultraestrutural.
Composto sob sigilo de patente.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
AVALIAÇÃO DE ENZIMAS ANTIOXIDANTES NA CICATRIZAÇÃO DE
FERIDAS CUTÂNEAS DE RATOS TRATADOS COM DOXICICLINA
HICLATO.
Luciana S. Altoé, Raul S. Alves, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B. Queiroz Junior, Lyvia
L. Miranda, Reggiani V. Gonçalves
98
Laboratório de Patologia Experimental, Departamento de Biologia Animal, Universidade
Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, Brasil
RESUMO. Doxiciclina Hiclato (DOX-h) é um antibiótico da família das tetraciclinas
que possui ação antibiótica e anti-inflamatória. A DOX-h tem ação inibitória das
metaloproteinases, que são enzimas (endopeptidases) responsáveis pela degradação dos
componentes da matriz extracelular e das membranas basais. O objetivo deste estudo foi
avaliar os níveis de enzimas antioxidantes de ratos tratados com DOX-h durante a
cicatrização de feridas. Ratos Wistar machos (± 300g) foram divididos em três grupos
(n=5) e mantidos em gaiolas com alimento e água ad libitum. Três feridas cutâneas
(12mm de diâmetro) foram criadas no dorso dos animais e estes divididos aleatoriamente
em 3 grupos: Controle (água destilada), C1 (DOX-h 10%) e C3 (DOX-h 30%). O
tratamento foi administrado por gavagem diariamente durante 21 dias e os tecidos de
diferentes feridas foram removidos a cada 7 dias. Fragmentos de tecido foram
homogeneizados e o sobrenadante foi utilizado para análise de Superóxido dismutase
(SOD) e Catalase (CAT). Nos dias 7 e 14 os níveis de CAT foram maiores nos grupos C1
e C2 em comparação com o grupo controle. Já no dia 21 os níveis de CAT foram maiores
nos tecidos retirados dos animais tratados com DOX-h 10% que com 30%. No dia 21 os
valores de SOD foram maiores no grupo C1 em comparação com o grupo controle e C3.
Tais resultados sugerem que DOX-h (10% e 30%) levou ao aumento na atividade
antioxidante na cicatrização de feridas em ratos, sugerindo que a concentração 10% seja
possivelmente mais efetiva devido aos maiores níveis de CAT no último dia de
tratamento.
Palavras-chave: Pele, superóxido dismutase, catalase, estresse oxidativo.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DE FÁRMACOS ANTINEOPLÁSICOS
IN VITRO E INDUÇÃO TUMORAL IN VIVO PARA APLICAÇÃO EM
PESQUISAS.
Marina B. Silva, Leide L. F. Maciel, Paula R. Siqueira, Elaine G. Guimarães, Milton M.
Kanashiro.
99
Laboratório De Biologia Do Reconhecer (Lbr) - Centro Ciências E Biotecnologia -
Universidade Estadual Do Norte Fluminense (Uenf).
RESUMO. Cânceres figuram entre as principais causas de mortalidade atualmente. Os
tratamentos clínicos disponíveis causam efeitos colaterais severos e, muitas vezes, são
ineficazes para erradicar a doença. Portanto, pesquisas nessa área de conhecimento são
de suma importância. Nesse sentido, esse trabalho objetivou determinar a IC50
(concentração capaz de reduzir a viabilidade celular em 50%) de fármacos utilizados na
clínica oncológica, para servir como parâmetro em ensaios de citotoxicidade e, também,
induzir tumor heterotópico xenográfico em modelo murino, para testar o potencial
anticancerígeno de novas moléculas. O método utilizado para definir a IC50 dos fármacos
Vincristina, Doxorrubicina e Cisplatina, sobre 4 linhagens neoplásicas de pâncreas
(BxPC-3), mama (MDA MB 231), próstata (PC-3) e pulmão (A-549), foi o ensaio
colorimétrico de viabilidade celular baseado na metabolização do brometo de 3-(4,5-17
dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltretazólio (MTT) in vitro. Para indução tumoral, in vivo,
camundongos BALB/c nude (n= 6) com idades entre 6-8 semanas, receberam anestesia
intraperitoneal e injeções subcutâneas dorsais de 1 x 106 células BxPC-3 veiculadas em
50μL de PBS. Após 30 dias de inóculo, o volume tumoral foi determinado pela fórmula:
Vmm3 = (C x L2)/2. Estudo aprovado pelo Comitê Ético de Uso de Animais
(CEUA/192/2012) da UENF. Os resultados experimentais revelaram os seguintes valores
de IC50 da Vincristina, Doxorrubicina e Cisplatina: BxPC-3 (3,2 ± 1,2; 3,6 ± 1,1; 13,1 ±
1,1), MDA (5,3 ± 1,2; 9,2 ± 1,2; 53,3 ± 1,0), PC-3 (2,6 ± 1,2; 4,7 ± 1,2; 77,8 ± 1,0) e A-
549 (9,0 ± 1,1; 9,1 ± 1,2; 52,6 ± 1,1) em µM/L, respectivamente. A indução tumoral foi
bem sucedida, pois os animais desenvolveram lesões com volumes variando entre 180,3
e 190,4 mm3. O êxito desse trabalho foi importante, já que os dados obtidos podem
contribuir para o avanço de pesquisas que buscam novas substâncias contra o câncer.
Palavras-chave: Câncer, fármaco antineoplásico, carcinoma pancreático.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
HISTOMORFOMETRIA TUMORAL DE CAMUNDONGOS APÓS O
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO COM SRVIC30.
Priscila F. S. Martins1, J. A. V.1, V. H. S. G.2, G. A. M.2, N. C. L. M.1, G. D.A. L.1, R. R.
T.3, G. C. B., M. M. N.1
1 Departamento de Biologia Geral. 2 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular.
3 Departamento de Química - Universidade Federal de Viçosa-Brasil
100
RESUMO. Modelos animais são úteis para a avaliação de compostos antitumorais em
potencial, já que permitem testar a segurança e eficácia de fármacos. Na busca de novos
compostos com melhor atividade antitumoral, criou-se o SRVIC30. O SRVIC30 é um
análogo do SRPIN340, o qual possui atividade antitumoral descrita contra leucemia e
melanoma. Testes in vivo iniciais já foram realizados com o SRVIC30 em camundongos
C57BL/6 inoculados com células de melanoma murino B16-F10 pela veia caudal, não
tendo sido tóxico e nem debilitando o animal. No presente estudo, objetivo foi avaliar o
efeito do tratamento farmacológico com SRVIC30 no tumor subcutâneo de melanoma
murino. Para isso, 20 camundongos C57BL/6 foram inoculados com células B16-F10 na
concentração celular de 2x105. Esses animais foram divididos em quatro grupos
experimentais (n=5/grupo). Os primeiros dois grupos foram tratados por via tópica, sendo
o grupo controle o que recebeu apenas a pomada comercial (Lanette®) e o grupo tratado
o que recebeu o SRVIC30 diluído na Lanette®; os outros dois grupos foram tratados por
via peritumoral, sendo que o grupo controle recebeu 150 µl de DMSO 1% e o grupo
tratado recebeu 150 µl do SRVIC30 diluído em DMSO 1% (CEUA/UFV, processo
41/2016). O volume tumoral e a massa animal foram mensurados a cada três dias e o
tratamento ocorreu durante 14 dias, sendo os animais eutanasiados no 15º dia. Os
resultados mostraram que, o volume tumoral e a massa animal não alteraram. Porém, as
análises histológicas mostraram um aumento do percentual de células mortas no tumor
dos animais do grupo tratado, principalmente nos animais tradados com a pomada
contendo o SRVIC30. Em conclusão, nossos achados mostraram que a aplicação tópica
de SRVIC30 induziu morte celular nos tumores tratados. Embora o volume tumoral não
tenha reduzido de forma significativa, na concentração e tempos testados, SRVIC30 pode
ser considerado um composto promissor para o tratamento do melanoma.
Palavras-chave: Melanoma, histologia, morte celular.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
DOXICICLINA (HICLATO) PROMOVE A PROLIFERAÇÃO CELULAR E
ANGIOGÊNESE EM FERIDAS CUTÂNEAS DE RATOS.
Raul S. Alves, Luciana S. Altoé, Mariáurea M. Sarandy, Sérgio B. Queiroz Junior,
Reggiani V. Gonçalves
Laboratório de Patologia Experimental, Departamento de Biologia Animal, Universidade
Federal de Viçosa
101
RESUMO. O tratamento de lesões cutâneas pode variar de acordo com a profundidade e
extensão, que vão desde medidas simples como a higienização, utilização de fármacos ou
até mesmo a aplicação de curativos especiais. A doxiciclina hiclato (DOX) é um
antibiótico da família das tetraciclinas, que possui um amplo espectro de atividade. O
objetivo deste estudo foi avaliar a proliferação celular e a densidade de vasos sanguíneos
no tecido cicatricial de ratos tratados com doxiciclina hiclato. Ratos Wistar machos (±
300g) foram mantidos em gaiolas com alimento e água ad libitum. Três feridas cutâneas
(12mm de diâmetro) foram criadas no dorso dos animais e estes divididos aleatoriamente
em 3 grupos (n=15): Controle (água destilada), C1 (DOX 10%) e C3 (DOX 30%). O
tratamento via gavagem foi administrado diariamente durante 21 dias, e os tecidos de
diferentes feridas foram removidos a cada 7 dias. Os fragmentos coletados foram fixados
na solução de Karnovsky, incorporados em parafina, seccionados (4 μm) e as secções
coradas com hematoxilina e eosina. Em geral, o número de células no dia 7, 14 e 21 foi
maior nos grupos C1 e C3 em comparação ao controle. Em relação a angiogênese, os
grupos tratados com DOX no dia 7, mostraram maior número de vasos que o grupo
controle, já no dia 14 e 21, o achado foi maior no grupo controle. A maior celularidade
observada nos grupos tratados com DOX, indica que este medicamento tem papel na
proliferação celular em geral, bem como na migração de células inflamatórias. O aumento
da vascularização em C1 e C3 no dia 7, proporcionou um ambiente adequado para
atividades metabólicas celulares no início do reparo, otimizando e reduzindo o tempo do
processo de cicatrização nos grupos tratados com DOX. Por tanto, o uso de doxiciclina
hiclato é eficaz no tratamento de feridas cutâneas, estimulando a proliferação celular e
formação de novos vasos sanguíneos, favorecendo o processo de cicatrização.
Palavras-chave: Neovascularização, celularidade, pele, fármaco.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
FIBRAS COLÁGENAS TIPO I E III NA CICATRIZAÇÃO DE QUEIMADURAS
EM RATOS WISTAR TRATADOS COM Brassica oleracea.
S. B. Queiroz-Júnior1, L. L. Miranda1, M. M. Sarandy2, L. S. Altoé1, R. S. Alves1, R. V.
Gonçalves2
1 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa, MG, Brasil. 2
Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa, MG, Brasil.
102
RESUMO. O processo cicatricial é dividido em três fases: inflamatória, de proliferação
e de remodelamento. A etapa de proliferação é marcada pelo aumento da celularidade e
da vascularidade, formando o tecido de granulação, rico em fibras colágenas do tipo III,
o qual é substituído pelo colágeno do tipo I durante o remodelamento, conferindo à
cicatriz força e resistência. As folhas de Brassica oleraceae var. capitata L. (Brassicaceae)
são usadas na medicina tradicional para cura de feridas e alívio da dor nas articulações.
Esse trabalho teve como objetivo quantificar os níveis de colágeno do tipo I e III no
decorrer do processo de cicatrização de queimaduras de terceiro grau em ratos Wistar
tratados com pomada a base de extrato de B. oleraceae var. capitata. Foram realizadas
duas feridas por queimadura (12mm de diâmetro) no dorso de 25 ratos Wistar machos (±
300g), os quais foram aleatoriamente divididos em cinco tratamentos (n=5): Sal: salina;
VP: veículo da pomada (lanolina e vaselina); SS: controle positivo (sulfadiazina de prata
1%); PB1: pomada B. oleracea a 10%; e PB2: pomada B. oleracea a 20%. Os animais
foram tratados diariamente, durante oito dias. Os fragmentos foram fixados na solução de
Karnovsky, incorporados em parafina, seccionados (4 μm), montados sobre lâmina
histológica e corados com Sirius Red. No quarto dia, a proporção de fibras colágenas do
tipo I foi maior no grupo PB2 em relação aos demais, enquanto no oitavo dia os grupos
PB1, PB2 e SS apresentaram maior proporção quando comparados com os grupos SAL e
VP. Quanto ao colágeno III, observou-se que no dia 8, PB1 e PB2 apresentaram menor
quantidade desta fibra do que os grupos SAL e VP. Estes resultados mostram que a
pomada à base do extrato de B. oleracea, quando aplicada nas concentrações de 10 e 20%,
estimula a síntese de fibras colágenas tipo I e redução do colágeno tipo III, demonstrando
elevado índice de maturação do tecido, modulando assim o processo cicatricial em
queimaduras de terceiro grau.
Palavras-chave: Brassica oleraceae var. capitata, cicatrização, queimadura, fibras
colágenas.
APRESENTAÇÕES DE PAINÉIS – PATOLOGIA
AVALIAÇÃO DA NEUROTOXICIDADE DO MANGANÊS APÓS EXPOSIÇÃO
PARENTAL E DIRETA EM CAMUNDONGOS SWISS.
Amândia R. Batschauer, Tugstênio L. Souza, Patrícia Manuit, Ana Luiza B. O. Viana,
Nicoli M. Pereira, Ciro A. O. Ribeiro, Claudia F. Ortolani-Machado
1 Laboratório de Embriotoxicologia. Departamento de Biologia Celular. Universidade
Federal do Paraná, Centro Politécnico – Curitiba, PR. 2 Laboratório de Toxicologia
Celular. Departamento de Biologia Celular. Universidade Federal do Paraná, Centro
Politécnico – Curitiba, PR.
103
RESUMO. A toxicidade causada pelos metais é um problema conhecido e crescente
devido ao aumento das concentrações destes nos ambientes naturais. O manganês (Mn) é
um metal essencial para diversos processos biológicos, porém em altas concentrações
causa efeitos neurológicos severos e trabalhos recentes citam que este metal, em
concentrações realísticas de exposição, afeta o sistema nervoso central. Desta forma, este
estudo utilizou quatro grupos experimentais que foram expostos, via gavagem, ao Mn nas
concentrações de Mn de 0, 0,013, 0,13 e 1,3 mg.kg-1.dia-1. Casais de cada grupo foram
expostos durante 60 dias antes do acasalamento, as fêmeas continuaram expostas durante
a gestação e lactação e, após o desmame, a prole foi submetida às mesmas concentrações
dos progenitores, durante 60 dias. Foram realizadas quantificações químicas do Mn e
análise da glutationa (GSH), glutationa S-transferase (GST) e colinesterase (ChE) nas
regiões do hipocampo (HC), corpo estriado (CE), hipotálamo (HT) e córtex pré-frontal
(PF). Os resultados apresentaram aumento da atividade da ChE no HC (p<0,0002), CE
(p<0,006) e PF (0,0005) no grupo 0,013 mg.kg-1 e aumento na atividade da ChE no HC
(p<0,0002) e CE (p<0,0001) no grupo 0,13 mg.kg-1. No grupo de maior concentração
(1,3 mg.kg-1) houve diferença na distribuição do Mn no cérebro, com diminuição em PF
e aumento em HT. Além disso, houve diminuição da atividade da GST no CE (p<0,0008)
e PF (p<0,007) e aumento da atividade da ChE no HC (p<0,001) e CE (p<0,024). Este
estudo demonstrou que a exposição ao Mn de forma parental e direta nos primeiros anos
de desenvolvimento, mesmo em baixas concentrações, causa diferença de sua distribuição
no cérebro e alteração nas atividades da GST e ChE nas regiões importantes para memória
e cognição. Estes resultados abrem novas questões para investigação sobre a toxicidade
do Mn em vertebrados mamíferos, principalmente nos estágios iniciais de
desenvolvimento.
Palavras-chave: Manganês, neurotoxicidade, camundongo, exposição crônica.
104