Ana nery corrosão de metais

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Corrosão de metais Físico Química II Joseval Estigaribia

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Corrosão de metais

Físico Química IIJoseval Estigaribia

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Corrosão - O que é e consequências.

• Corrosão é um processo irreversível envolvendo reações REDOX simultâneas na interface material - ambiente corrosivo, sendo: → espontâneo, resultante da ação química ou eletroquímica ou → não espontâneo, resultante da ação eletrolítica de um meio sobre um material.

• Ocorre também em concreto e polímeros.• Na indústria, afeta os custos de manutenção e substituição de

equipamentos, tubulações.• Impacta o meio ambiente ao facilitar vazamentos, colocando em risco a

vida humana nas possíveis explosões e incêndios.• Deterioração de mobília e monumentos históricos.• Cerca de 30% do aço produzido mundialmente é usado na reposição de

peças corroídas.• A corrosão pode ser eletroquímica, química ou eletrolítica.

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Corrosão – como ocorre• Qualquer reação REDOX, didaticamente pode ser separada em uma

semirreação de oxidação que acontece na região do metal denominada anódica e uma semirreação de redução na região denominada catódica.

• A corrosão sempre se manifesta na região anódica, onde os cátions liberados pelo metal poderão reagir com o meio e formar produtos de corrosão solúveis e insolúveis.

• A região catódica permanece intacta, ocorrendo reações de redução das espécies do meio corrosivo: geralmente água, prótons e oxigênio.

• A resistência à corrosão de um material metálico em diferentes meios ou de dois materiais metálicos num único meio é um parâmetro meramente comparativo.

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Velocidade de corrosão• Seu conhecimento permite estimar a vida útil de tubulações,

estruturas, equipamentos e instalações industriais expostas aos mais diversos meios como, entre estes, a atmosfera.

• A velocidade ou taxa de corrosão representa a velocidade média de ‘desgaste’ da superfície metálica.

• Os valores das taxas de corrosão podem ser expressos por:→ meio da perda de massa por unidade de área e de tempo – por

exemplo, mg/dm²/dia (mdd) .→ pela redução de espessura do material por unidade de tempo –

mm/ano ou em milésimos de polegada por ano (mpy) .• Os dois parâmetros são equivalentes, sendo que o segundo se

determina a partir do primeiro e, quando expressos na unidade de tempo, representam a taxa de corrosão.

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Corrosão eletroquímica• Ocorre quando o metal está em contato com uma solução de um

eletrólito, ocorrendo reações anódicas e catódicas.• Mais comum na natureza (ferrugem), onde se forma uma pilha de

corrosão – presença de água e oxigênio, á temperatura ambiente:Reação anódica (oxidação): Fe → Fe2+ + 2 e– (1)Reação catódica (redução): 2 H2O + 2 e– → H2 + 2 OH– (2)• Os íons Fe2+ migram em direção à região catódica, enquanto os íons

OH– direcionam-se para a anódica.• Na região intermediária ocorre a formação de hidróxido ferroso:

Fe2+ (aq) + 2 OH– (aq) → Fe(OH)2 (aq) (3)

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Corrosão eletroquímica

• Em meio com baixo teor de O2 (g), ocorre:

3 Fe(OH)2 → Fe3O4 + 2 H2O + H2 (4)

• Em meio com alto teor de O2 (g), ocorre:

2 Fe(OH)2 + H2O + ½ O2 → 2 Fe(OH)3 (5)

2 Fe(OH)3 → Fe2O3.H2O + 2 H2O (6)

• Assim, a ferrugem, consiste nos compostos Fe3O4 (coloração preta) e Fe2O3.H2O (coloração alaranjada ou castanho-avermelhada).

• Quando se colocam dois metais diferentes ligados na presença de um eletrólito, temos uma pilha galvânica. Na figura abaixo, a área anódica (Fe), sofre desgaste. O eletrólito envolve as áreas anódica e catódica ao mesmo tempo.

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Corrosão eletroquímica

A intensidade do processo de corrosão é avaliada pela carga ou quantidade de íons que se descarregam no catodo ou pelo número de elétrons que migram do anodo para o catodo, sendo que a diferença de potencial da pilha (ddp) será mais acentuada quanto mais distantes estiverem os metais na tabela de potenciais de eletrodo.

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Corrosão eletroquímica

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Corrosão química• Ou corrosão seca, corresponde ao ataque de um agente químico

isento de água diretamente sobre o material, sem transferência de elétrons de uma área para outra.

• No caso de um metal, o processo consiste numa reação química entre o meio corrosivo e o material metálico, resultando na formação de um produto de corrosão sobre a sua superfície.

• Um exemplo desse processo é a corrosão de zinco metálico em presença de ácido sulfúrico: Zn (s) + H2SO4 → ZnSO4 + H2P (7)

• No caso dos polímeros, é possível um ataque por solventes ou por agentes oxidantes enérgicos, havendo a cisão das macromoléculas, alterando as propriedades desses materiais, como no caso do poliéster, onde há perda de rigidez e flexibilidade.

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Corrosão química• A destruição do concreto, observada nas pontes e viadutos, tem

como uma de causas a corrosão química, devida à ação dos agentes poluentes sobre seus constituintes (cimento, areia e agregados de diferentes tamanhos).

• Fatores mecânicos (vibrações e erosão), físicos (variação de temperatura), biológicos (bactérias) ou químicos (em geral ácidos e sais dispersos na atmosfera) são os responsáveis por esse processo.

• O concreto é constituído principalmente por silicatos e aluminatos de cálcio e óxido de ferro, que se decompõem ao entrar em contato com ácidos, conforme abaixo representado:3 CaO.2 SiO2.3 H2O + 6 HCl → 3 CaCl2 + 2 SiO2 + 6 H2O (9)

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Corrosão química

Uma segunda causa para a deterioração do concreto é a corrosão eletroquímica que ocorre nas armaduras de aço-carbono em seu interior. A figura ilustra dois exemplos de corrosão química em concreto armado e consequente exposição da estrutura de vergalhões de aço, a qual é passível de corrosão eletroquímica.

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Corrosão eletrolítica• Se dá com a aplicação de energia elétrica externa, sendo caso de

reação não espontânea.• Esse fenômeno é provocado por correntes de fuga, também

chamadas de parasitas ou estranhas, e ocorre com freqüência em tubulações de petróleo e de água potável, em cabos telefônicos enterrados, em tanques de postos de gasolina etc.

• Essas correntes são devidas a deficiências de isolamento ou de aterramento, fora de especificações técnicas.

• Normalmente, acontecem furos isolados nas instalações, onde a corrente escapa para o solo.

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Corrosão eletrolítica

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Como minimizar os efeitos? Proteção catódica

• Os processos mais empregados para a prevenção da corrosão são a proteção catódica e anódica, os revestimentos e os inibidores de corrosão.

• A proteção catódica é a técnica que transforma a estrutura metálica que se deseja proteger em uma pilha artificial, evitando, assim, que a estrutura se deteriore.

• É empregada em tubulações enterradas para o transporte de água, petróleo e gás, e grandes estruturas portuárias e plataformas marítimas.

• Consiste na injeção de corrente elétrica por meio de duas técnicas: a proteção por anodos galvânicos (espontânea) e a proteção por corrente impressa (não espontânea).

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Como minimizar os efeitos? Proteção catódica

Proteção catódica por anodo de zinco em casco de navio: (a) vista inferior do navio em dique seco; (b) fixação do anodo de zinco no casco do navio.

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Como minimizar os efeitos? Proteção anódica

• A proteção anódica é um método de aumento da resistência à corrosão que consiste na aplicação de uma corrente anódica na estrutura a proteger.

• A corrente anódica favorece a passivação do material dando-lhe resistência à corrosão. A proteção anódica é empregada com sucesso somente para os metais e ligas formadores de película protetoras, especialmente o titânio, o cromo, ligas de ferro-cromo, ligas de ferro-cromo-níquel.

• O seu emprego encontra maior interesse para eletrólitos de alta agressividade (eletrólitos fortes), como por exemplo um tanque metálico para armazenamento de ácidos.

• A proteção anódica não só propicia a formação da película protetora mas principalmente mantém a estabilidade desta película. O emprego de proteção anódica é ainda muito restrito no Brasil, porém tem grande aplicação em outros países na indústria química e petroquímica.

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Como minimizar os efeitos? Revestimentos

• São aplicados sobre superfícies metálicas formando uma barreira entre o metal e o meio corrosivo e, consequentemente, impedindo ou minimizando o processo de corrosão.

• As tintas, como as epoxídicas e o zarcão, são revestimentos muito utilizados na proteção de tubulações industriais, grades e portões.

• A galvanização é um método que consiste na superposição de um metal menos nobre sobre o metal que será protegido. É uma técnica muita empregada, como no caso de parafusos de ferro galvanizados com zinco.

• Os inibidores de corrosão são substâncias inorgânicas ou orgânicas que, adicionadas ao meio corrosivo, objetivam evitar, prevenir ou impedir o desenvolvimento das reações de corrosão, sejam elas na fase gasosa, aquosa ou oleosa.

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Como minimizar os efeitos? Revestimentos

• Recentemente, desenvolveu-se novos materiais mais resistentes e duradouros, como ligas metálicas, polímeros e cerâmicas.

• A questão principal é o custo, pois há materiais que custam até 50 vezes mais que os materiais atualmente em uso.

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Série galvânica

• Au – Ag – Cu –Bi – Sn – Pb –Ni – Co – Fe – Cr – Zn – Al – Mg

Ordem crescente de oxidação dos metais.