Ana Francisca -Prostituição Auditiva - conto de Mia Couto
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ESCOLA SECUNDÁRIA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO
Ano lectivo 2008/2009
Disciplina de Portguês
“Prostituição Auditiva”
Na Berma de Nenhuma Estrada,
Mia Couto
Prof.ª Elisabete Miguel
Ana Francisca Silva
Turma F
Ano 10º
O trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina de “Português”.
O conto “Prostituição auditiva”, escolhido do livro Na Berma de
Nenhuma Estrada de Mia Couto, cujo objectivo fundamental é “saber
ler”, está organizado por tópicos de forma a garantir ao leitor uma
percepção mais clara dos pontos que abordei.
Apreciação do conto O espaço e tempo do conto não são definidos, o que faz com
que o leitor imagine a história de uma forma pessoal e sem a
influência destes dois elementos.
Inicialmente estamos perante os serviços, inesperados, de uma
prostituta a um soldado sem nome e que não a toca.
Mais tarde, numa outra sessão, a prostituta chora a morte de
uma colega de profissão, acontecimento pelo qual o soldado já havia
passado e que compreende. Ao ver a prostituta a lamentar-se, o
soldado quebra a regra e aconchega-se perto dela, consolando-a.
Esta acção demonstra que os sentimentos são a base das
acções de cada um e que mudam o cenário de qualquer situação.
Frase Interessante
“...Eu transpiro para as ter, tu tem-las transpiradas.“
O soldado trabalha e esforça-se para sobriviver e ser
recompensado monetariamente.
A prostituta não tem qualquer contacto sexual com o soldado e,
mesmo assim, é recompensada. O único esforço que faz é despertar
o apetite sexual no soldado.
Imagem Ilustrativa do Conto
Paul Gauguin
Escolhi esta imagem de Gauguin por me parecer haver
similitude com o conto. A mulher, deitada na cama, e o soldado,
sentado a um canto. Separados por escassos centimetros, existe uma
barreira invisível que se chama racismo.
“...Não toco em negra...” argumentava o soldado.
A dormir confortavelmente, está Mariana enquanto o soldado
a observa.
Categorias da Narrativa
Está subentendido que o soldado Raimundo e a prostituita
Mariana se encontram ao longo de várias sessões mas o local de
encontro não é definido.
O soldado Raimindo, homem português com uma educação
racista, pois não toca em negras, não estabelecia contaco fisíco com
a prostituta negra. Porém, o soldado necessita de estar perto dela,
estabelecendo contacto humano.
A prostituta Mariana, negra e de cabelos compridos, é uma
mulher desinibida e sofrida.
A acção atinge o ponto culminante, quando o soldado
compreende a tristeza da prostituta e os dois acabam por ter
rerlaçõoes sexuais.
Não sabemos se se repetirá no futuro ou se foi uma única vez.
O narrador é presente e omnisciente pois sabe tudo sobre o se
passa naquele espaço, e os sentimentos que dominam as
personagens.
Desfecho do Conto A meu ver, o desfecho do conto é aberto, deixando ao leitor a
dúvida se as personagens se irão apaixonar e criar algum tipo de
relação afectiva ou se haverá algum acontecimento que condicione o
futuro entre o soldado e a prostituta.
O que cria em volta do enredo uma curiosidade por descobrir
e/ou imaginar um possivel final.
Com a leitura deste conto e consequente reflexão no tema,
concluo que a prostituição não existe só fisicamente, todos os nossos
sentidos podem ser usados.
Também pude ter um primeiro contacto com a escrita do
escritor moçambicano, e gostei.
A sua leitura é, inicialmente, estranha mas tornou-se-me
acessível logo que me familiarizei com os processos usados. Tive
contacto com o diálogo afro-português e também fiquei a conhecer as
palavras inventadas com muito nexo por Mia Couto.
Plano de Apresentação Oral
A apresentação do conto escolhido, “Prostituição Auditiva” de Mia
Couto, é a seguinte:
1. apreciação do conto
2. frase que achei mais interessante.
3. imagem ilustrativa
4. explicação e relação da imagem com o conto
5. categorias da narrativa
6. desfecho.
O suporte digital é em Power Point, por isso, peço, desde já,
a requisição dos meios necessários.