ALTERAÇÕES PULPARES E PERIAPICAIS DECORRENTES DE ...livros01.livrosgratis.com.br/cp152119.pdf ·...
Transcript of ALTERAÇÕES PULPARES E PERIAPICAIS DECORRENTES DE ...livros01.livrosgratis.com.br/cp152119.pdf ·...
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ Luiz Fernando Varrone
ALTERAÇÕES PULPARES E PERIAPICAIS DECORRENTES DE SOBRECARGA
OCLUSAL EM RATOS ASSOCIADAS OU NÃO À PERIODONTITE INDUZIDA
Taubaté – SP 2010
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ Luiz Fernando Varrone
ALTERAÇÕES PULPARES E PERIAPICAIS DECORRENTES DE SOBRECARGA
OCLUSAL EM RATOS ASSOCIADAS OU NÃO À PERIODONTITE INDUZIDA
Dissertação apresentada para a obtenção do Título de Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Odontologia do Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté. Área de Concentração: Endodontia Orientadora: Profa. Dra. Sandra Márcia Habitante
Taubaté – SP 2010
LUIZ FERNANDO VARRONE
Data: ___________________________
Resultado:_______________________
BANCA EXAMINADORA
Profa. Dra. Sandra Márcia Habitante Universidade de Taubaté
Assinatura:_______________________
Prof. Dr. _________________________ Universidade ___________________
Assinatura:_______________________
Prof. Dr. _________________________ Universidade ___________________
Assinatura:_______________________
Aos meus filhos Luiz
Felipe, Gabriela e Juliana.
Que a ânsia e a busca
pelo conhecimento se
façam sempre presentes
em suas vidas.
À Danièlle Alessa
Que sua compreensão, seu
companheirismo e sua
cumplicidade se façam
sempre presentes em
minha vida.
AGRADECIMENTOS
À Profa. Sandra Márcia Habitante, minha orientadora, pela sua
confiança na minha capacidade, pela dedicação e disposição, pela valiosa
orientação e pelo empenho e paciência na condução deste trabalho.
À Profa. Lucilene Hernandes Ricardo, pela cessão das lâminas
utilizadas no trabalho bem como pela sua valorosa contribuição na orientação,
leitura e confecção das mesmas além, é claro, pela sua amabilidade e
paciência na condução de todas estas etapas.
Aos colegas de curso, pela grande amizade que se formou entre
nós, pela motivação nos momentos de dificuldades e pela alegria em
compartilhar os momentos de conquistas e superação dos obstáculos
enfrentados.
À Universidade Federal do Tocantins – UFT, em especial ao Prof.
Rafael Pimenta, por permitir a utilização do Laboratório de Microscopia para
que eu pudesse, estando em casa, dar continuidade a este trabalho.
Ao Laboratório de Histologia da Universidade de Taubaté –
Unitau, na pessoa da funcionária Maria de Fátima Pacheco, que foi de suma
importância no feitio das lâminas estudadas nesse trabalho.
Varrone LF. Alterações pulpares e periapicais decorrentes de sobrecarga oclusal em ratos associadas ou não à periodontite induzida [Dissertação de mestrado]. Taubaté: Universidade de Taubaté, Departamento de Odontologia, 2010. 59p.
RESUMO
As alterações pulpares e periapicais decorrentes de sobrecarga oclusal são problemas que acometem considerável parcela da população. Geralmente causadas por contato prematuro de restaurações com material em excesso, provocam um trauma de baixa intensidade, porém de alta frequência. Objetivo: Avaliar as alterações pulpares e periapicais, induzidas por esta sobrecarga oclusal associada ou não à doença periodontal induzida em dentes de ratas. Método: Foram utilizadas vinte ratas (Wistar) com noventa dias de idade e peso aproximado de 250g divididas em quatro grupos (n=5): GC (controle), GT (trauma), GL (ligadura) e GLT (ligadura e trauma), com sobrecarga oclusal e periodontite induzida restritas aos primeiros molares inferiores, que receberam a ligadura. As superfícies oclusais dos segundos e terceiros molares superiores receberam desgastes, sem que houvesse exposição pulpar e os animais foram observados por um período de quatro semanas. Depois de anestesiados, estes foram decapitados com uma guilhotina e, após a eutanásia, as hemi-mandíbulas foram enviadas para a análise histológica do tecido pulpar e periapical, com coloração por hematoxicilina-eosina, para avaliação da presença de nódulos pulpares, lacunas de reabsorção e células inflamatórias, além de submetidos à análise histoquímica pela Fosfatase Ácida Tartarato Resistente (TRAP) para avaliação da presença de células clásticas e pré-clásticas. Resultados: Histologicamente, os dentes submetidos à ligadura apresentaram presença moderada de fibras e vasos, enquanto os submetidos ao trauma e ao conjunto trauma-ligadura apresentaram grande aumento de vasos e fibras além de infiltrado neutrofílico e, por vezes, nódulos. Histoquimicamente, notou-se certa normalidade no GC, uma irregularidade na região cervical externa no GL e maior presença de lacunas dentinárias e células multinucleadas no GT e GLT. Conclusão: A sobrecarga oclusal provoca alterações pulpares e periapicais assim como a doença periodontal induzida. Mas a associação da doença periodontal e da sobrecarga é mais lesiva aos tecidos pulpares e radiculares. Palavras-chave: Sobrecarga oclusal; Fosfatase ácida tartarato resistente; Alterações pulpares; Reabsorções radiculares; Nódulos pulpares.
Varrone LF. Pulp and periapical changes due to occlusal overload in rats associated or not induced periodontitis [Dissertação de mestrado]. Taubaté: Universidade de Taubaté, Departamento de Odontologia, 2010. 59p.
ABSTRACT
Pulp and periapical changes resulting from occlusal overload are problems that affect a considerable portion of the population. Generally caused by premature contact of restorations with material in excess, cause a trauma of low intensity, however high frequency. Objective: To evaluate the changes of pulpal and periapical induced by this overload occlusal associated or not to the induced periodontal disease in teeth of rats. Method: Used twenty rats (Wistar) with ninety days old and weighing approximately 250g divided into four groups (n = 5): GC (control), GT (overload), GL (ligature) and GLT (ligature and overload) with occlusal overload and induced periodontitis restricted to lower first molars, which received the ligature. The occlusal surfaces of upper second and third molars were worn away, with no pulp exposure and the animals were observed for a period of four weeks. Once anesthetized, they were beheaded with a guillotine and, after euthanasia, the hemi-mandibles were sent for histological analysis of pulp and periapical with hematoxylin-eosin staining for evaluation of nodules pulp, resorption gaps and inflammatory cells, and analyzed by immunohistochemistry Tartrate Resistant Acid Phosphatase (TRAP) for assessing the presence of clastic cells and pre-clastic. Results: Histologically, the teeth underwent to ligature showed the presence of fibers and vessels, while the other submitted to overload and overload-ligature group showed a large increase in vessels and fibers as well as neutrophil infiltration and sometimes nodules. Histochemically, it was noted some degree of normality in the GC, an irregularity in the external cervical region in the GL and greater presence of dentinal gaps and multinucleated cells in the GT and GLT. Conclusion: The occlusal overload causes changes pulp and periapical as well as induced periodontal disease. But the association between periodontal disease and the overload occusal is more damage to pulp and root tissues. Keywords: Traumatic dental occlusion; Tartrate-resistant acid phosphatase; Dental pulp changes; Root resorption; Dental pulp stone.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Grupos experimentais 28
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Anestesia 29
Figura 2 - Instalação de ligadura 30
Figura 3 - Aplicação de sobrecarga por desgaste oclusal 31
Figura 4 - Escore 1 = Polpa normal 33
Figura 5 - Escore 2 = Polpa com discreta reação inflamatória 34
Figura 6 - Escore 3 = Polpa com reação inflamatória moderada 34
Figura 7 - Apresenta as imagens, coradas com HE, dos grupos GC,
GT, GL e GLT
36
Figura 8 - Apresenta as imagens, coradas com TRAP, dos grupos GC,
GT, GL e GLT
37
Figura 9 - Lâmina do GT corada com TRAP 40
Figura 10 - Lâmina do GL corada com TRAP 41
Figura 11 - Lâmina do GLT corada com TRAP 42
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 11
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................. 14
2.1 SOBRECARGA OCLUSAL .......................................................... 14
2.2 ALTERAÇÕES PULPARES ......................................................... 18
2.2.1 Nódulos ................................................................................ 18
2.2.2 Reabsorção radicular .......................................................... 20
2.3 MÉTODO DE AVALIAÇÃO .......................................................... 24
2.3.1 Fosfatase ácida tartarato resistente ................................... 24
3 PROPOSIÇÃO .................................................................................. 28
4 MATERIAL E MÉTODO .................................................................... 29
4.1 ANIMAIS ...................................................................................... 29
4.2 ANESTESIA................................................................................. 30
4.3 INDUÇÃO DA PERIODONTITE ................................................... 31
4.4 APLICAÇÃO DA SOBRECARGA OCLUSAL ............................... 32
4.5 EUTANÁSIA ................................................................................ 33
4.6 ANÁLISE HISTOLÓGICA ............................................................ 33
4.7 AVALIAÇÃO DOS CORTES HISTOLÓGICOS ............................ 33
4.8 ANÁLISE DE CÉLULAS TRAP+ .................................................. 36
4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA .............................................................. 36
5 RESULTADOS .................................................................................. 37
6 DISCUSSÃO ..................................................................................... 44
7 CONCLUSÕES ................................................................................. 48
REFERÊNCIAS .................................................................................... 49
APÊNDICES ........................................................................................ 55
ANEXO ................................................................................................ 60
Introdução ________________________________________________________ 11
1 INTRODUÇÃO
Existe atualmente, uma preocupação muito grande com as alterações oclusais, por
estas causarem várias patologias nas articulações temporomandibulares, nos
tecidos periodontais, pulpares e nos próprios dentes.
De acordo com Stillman (1917) apud Vedovello Filho et al. (2004, p.297), a
sobrecarga oclusal foi definida por muito tempo como consequência do ato de ocluir
levando a lesões apenas nos tecidos periodontais. No entanto, Vellini-Ferreira
(1996) salientou que deve-se levar em consideração não só o ato de ocluir, mas
todas as estruturas bucais que possam contribuir ou agravar o trauma como: lábios,
bochecha, músculos mastigatórios e língua.
Segundo Lindhe (2010), a sobrecarga oclusal pode ser classificada em
primária e secundária sendo, primária quando está relacionada a danos produzidos
no tecido periodontal normal ou secundária quando as forças oclusais agem em um
periodonto comprometido.
A sobrecarga oclusal também pode ser classificada em aguda ou crônica,
sendo aguda quando é decorrente de interferência causada por alterações bruscas
na força de oclusão ou produzida por restaurações, próteses inadequadas e
movimentação ortodôntica que levam a alterações na direção das forças oclusais
tornando-se nocivas ao periodonto e aos tecidos pulpares e periapicais.
A crônica manifesta-se frente a situações de alterações lentas e graduais
decorrentes de atrito, apinhamento e extrusão dos dentes aliados a hábitos
parafuncionais como bruxismo e apertamento. Este tipo de trauma é mais comum
Introdução ________________________________________________________ 12
que a sobrecarga oclusal aguda e causa danos em longo prazo enquanto que a
aguda causa danos mais imediatos.
Os danos causados podem se manifestar como dores musculares, problemas
na ATM, problemas periodontais (perda óssea e recessão gengival), alterações no
esmalte cervical (abfração) e problemas pulpares (nódulos, reabsorções, fibrose e
necrose).
Os sintomas mais frequentes ocorrem na forma de desgaste dental,
mobilidade, dor articular, dor no ouvido, muscular, na cabeça, reabsorção radicular,
anquilose e alterações inflamatórias ou degenerativas na polpa.
O diagnóstico nestes casos é muito complexo, pois às vezes o cirurgião
dentista não consegue visualizar indícios do trauma e este tende a se agravar.
Alguns sinais clínicos como: facetas de desgaste, mobilidade dental, perda do
ponto de contato, migração dentária, dor localizada, dor na ATM, mastigação
unilateral, posição viciosa, perda da continuidade da lâmina dura, alterações na
espessura do espaço periodontal, reabsorção radicular externa, hipercementose,
osteosclerose, nódulos pulpares, fraturas, perda óssea vertical, são indícios de
sobrecarga oclusal.
A sobrecarga oclusal deve ser diagnosticada o mais rápido possível, pois leva
a alterações em vários tecidos entre eles o pulpar e periapical que podem ser
visualizados no exame clinico e radiográfico.
Na literatura encontram-se vários estudos na periodontia e na ortodontia, mas
na endodontia este assunto é pouco explorado.
Em dentes submetidos à sobrecarga oclusal, encontra-se na grande maioria
dos casos, alterações degenerativas como fibrose e calcificações que podem ser
difusas ou na forma de nódulos. No caso das degenerações fibrosas a polpa perde a
Introdução ________________________________________________________ 13
capacidade de reparação por ter menos células. No caso dos nódulos o paciente
pode manifestar quadros de dores difusas e menor capacidade de reparação do
tecido pulpar.
Outro fator que contribui para alterar o tecido pulpar é a doença periodontal.
Mesmo nos casos nos quais não há envolvimento evidente endodôntico periodontal,
há relatos de alterações pulpares.
Vários métodos são usados para avaliação das alterações pulpares e
periapicais no caso de sobrecarga oclusal, como coloração com hematoxilina eosina
(HE) para observar reação inflamatória, fibroblastos, vasos sanguíneos e
calcificações; tricrômico de Mallory, para quantificar o número de células e fibras
colágenas, e TRAP que cora, por reação histoquímica, células precursoras da
reabsorção. Porém estudos que revelem se ocorrem reabsorções e se existem
células com potencial para reabsorção não foram contemplados.
Desse modo, justifica-se a preocupação com estudos que esclareçam as
alterações que ocorrem nos tecidos pulpar e periodontal diante da sobrecarga
oclusal.
Revisão de literatura ________________________________________________ 14
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 SOBRECARGA OCLUSAL
Itoiz et al. (1963) avaliaram as alterações periodontais em molares de ratas
submetidas a sobrecarga oclusal inserindo amálgama em cavidades oclusais e
observando por uma, duas e quatro semanas. Visualizaram reabsorções ósseas e
cementárias na área interradicular nos molares que permaneceram até o final do
período experimental.
Dotto et al. (1966) estudaram as alterações periodontais em ratos da raça
Wistar quando submetidos à sobrecarga oclusal após sessenta e 120 dias de
aplicação. Observaram que após 28 dias já havia um aumento da reabsorção óssea
no osso periodontal e após sessenta dias iniciava-se a reparação. Ao findar os 120
dias o osso periodontal e o ligamento periodontal estavam adaptados a nova
condição.
Landay et al. (1970) mostraram que, após aplicada sobrecarga oclusal em
dentes de ratos, clinicamente notou-se que houve ocorrência de hiperemia pulpar,
pulpite, necrose, calcificações pulpares e rompimento de vasos na região periapical.
Para tanto realizaram restaurações de amálgama nos primeiros molares superiores
direitos de 34 ratos Wistar com o intuito de estudar as polpas dos dentes
antagonistas, ou seja, dos primeiros molares inferiores direitos. Os animais foram
sacrificados após zero, dois, três, cinco, sete, nove, dez, 12, 14, 16, vinte, 28 e 35
dias e três, cinco, seis e sete meses. Os dentes avaliados foram seccionados e
Revisão de literatura ________________________________________________ 15
corados com HE e tricrômio de Masson para avaliação histológica. As conclusões
foram as seguintes:
a) as alterações causadas por sobrecarga oclusal leves foram
encontradas no ligamento periodontal e foram mais severas aos 14, 16
e vinte dias subsequentes;
b) o método de restauração de amálgama com excesso de material não é
eficiente para produzir uma sobrecarga oclusal severa por um período
mais longo;
c) sobrecarga oclusal leve, por curtos períodos não causam alterações
pulpares significativas.
Cooper et al. (1971) utilizaram pinos de aço inox nos primeiros molares
superiores direitos de 22 ratos Wistar para que houvesse uma sobrecarga oclusal,
no intuito de estudarem a polpa e o periodonto dos antagonistas, ou seja, dos
primeiros molares inferiores direitos. Após zero, sete, 14, 21 dias, um, dois, três,
quatro, sete e dez meses e um ano foram sacrificados dois animais sendo os outros
dez utilizados como controle. Os elementos a serem estudados foram seccionados e
corados com HE e tricrômio de Masson para serem avaliados histologicamente. As
conclusões foram as seguintes:
a) a técnica da utilização de pinos de aço inox foi mais eficaz do que a do
uso de amálgama para a indução de sobrecarga oclusal em ratos;
b) as alterações observadas no ligamento periodontal parecem ter sido
causadas pelo fato de a sobrecarga oclusal permanecer por mais
tempo do que no primeiro estudo, realizado por Landay et al., (1970);
c) após sete meses mudanças patológicas foram encontradas, tais como
uma significativa concentração de macrófagos e linfócitos, ruptura da
Revisão de literatura ________________________________________________ 16
camada odontoblástica, bem como deposição de dentina reparadora
no assoalho da câmara pulpar e ao longo da raiz;
d) sobrecarga oclusal excessiva por um curto período de tempo não
causam alterações pulpares significativas;
e) sobrecarga oclusal moderada, causam alterações pulpares após
intervalos de sete, dez meses e um ano.
Häugen & Mjör (1975) examinaram o tecido pulpar em dentes de macacos
submetidos a atrição e visualizaram alterações pulpares em 18 dos 58 dentes
examinados. As alterações mais frequentes foram: presença de dentina secundária
nos cornos pulpares, formação de dentina irregular, acúmulo de células na polpa e
alterações vasculares localizadas. Concluíram que a atrição pode causar alterações
inflamatórias na polpa.
Kivinnsland et al. (1992) avaliaram, após um, dois, cinco, dez, 15, vinte e
trinta dias, o fluxo sanguíneo pulpar e periodontal em ratos submetidos a trauma
oclusal, provocado pela colocação de 1mm de resina composta na face oclusal do
primeiro molar superior direito. Observaram aumento do fluxo sanguíneo na polpa e
no ligamento periodontal nos estágios iniciais quando comparados ao lado não
submetido ao trauma. Em estágios finais o fluxo aumentou no lado experimental e
no lado controle. Concluíram que o trauma não causa apenas alterações locais mas,
com o passar do tempo ocorrem alterações em outros dentes também.
Harn et al. (2001) apresentaram dois casos clínicos e demonstraram que a
sobrecarga oclusal pode afetar a cura de periapicopatias. Apresentaram dois casos
de dentes com doença perirradicular que não responderam com sucesso ao
tratamento convencional do canal radicular nem à cirurgia parendodôntica. Foram
realizados ajustes oclusais em ambos os casos e, notaram que ocorreu a cura sem
Revisão de literatura ________________________________________________ 17
complicações com a devida reparação periapical em ambos os casos. Os resultados
nestes dois casos sugeriram que a sobrecarga oclusal pode desempenhar um papel
na cicatrização de doenças periapicais. Verificaram que a sobrecarga oclusal está
correlacionada com as alterações nos tecidos periodontais.
Yu (2004) apresentou dois casos clínicos demonstrando que a sobrecarga
oclusal pode desempenhar um papel na indução e progressão da inflamação pulpar
e perirradicular. O sintoma de dor persistente não desapareceu após o início do
tratamento endodôntico e, em ambos os casos, identificaram a sobrecarga oclusal
como sendo a principal causa. Após o ajuste oclusal, observou gradual
desaparecimento dos sintomas. Comentou que a sobrecarga oclusal é muitas vezes
negligenciada no diagnóstico e tratamento das doenças endodônticas.
Yoshinaga et al. (2007) investigaram a distribuição de células que expressam
RANKL no periodonto de ratos durante inflamação induzida por lipopolissacarídeo
com ou sem sobrecarga oclusal. Para tanto, injetaram lipopolissacarídeos em
gengiva de ratos, na região do primeiro molar inferior esquerdo, para induzir a
inflamação. Paralelamente a isso, a superfície oclusal do primeiro molar superior
esquerdo do rato foi elevada, com um recobrimento de ouro, para induzir a
sobrecarga oclusal no primeiro molar inferior esquerdo e observaram,
histoquimicamente, a nutrição de células que expressam RANKL. Muitos
osteoclastos foram observados no septo inter-radicular apical no quinto dia, porém,
estavam reduzidos no prazo de dez dias. Por outro lado, no modelo inflamatório com
sobrecarga oclusal, um número ainda maior de osteoclastos foi observado ao
décimo dia. Concluiram, portanto, que este experimento demonstrou claramente que
a quantidade de RANKL nas células endoteliais, células inflamatórias e células do
ligamento periodontal está envolvida na reabsorção óssea inflamatória e é ainda
Revisão de literatura ________________________________________________ 18
mais avigorada pela sobrecarga oclusal. Estes resultados sugeriram que a
quantidade de RANKL, induzida por sobrecarga oclusal, sobre essas células está
intimamente envolvida no aumento dos osteoclastos.
2.2 ALTERAÇÕES PULPARES
2.2.1 Nódulos
A polpa dentária sofre alterações fisiológicas frente ao processo de
envelhecimento tecidual e em resposta a estímulos irritantes, tais como cárie,
doença periodontal, traumatismos ou procedimentos de restaurações dentárias. Isto
se dá pela deposição de tecido mineralizado, na periferia da câmara pulpar e no
interior do tecido conjuntivo pulpar, sob a forma de nódulos. Assim, há uma redução
progressiva do espaço pulpar, podendo haver fechamento do canal, isquemia
pulpar, necrose e osteíte periapical. Afirmaram também que existe estreita relação
entre morfologia interna e técnica endodôntica, pois canais severamente calcificados
podem dificultar ou mesmo inviabilizar o tratamento endodôntico, devido à
impossibilidade de acesso (Fachin et al., 2002).
Pereira Junior & Varoli (1995) estudaram a presença de alterações teciduais
patológicas ou não, na polpa dental em dentes, comprometendo suas funções sob
movimentação ortodôntica. Entre essas alterações, estão as calcificações que
ocorrem pela deposição de minerais na polpa dos dentes, formando nódulos ou
depósitos irregulares de cálcio, porém, são considerados processos fisiológicos
Revisão de literatura ________________________________________________ 19
normais, como um processo progressivo de degeneração muitas vezes relacionado
à idade da polpa. Com o passar dos anos, existe uma tendência natural de atrofia da
polpa o que faz com que ela passe por um processo de fibrose visto que ocorre uma
diminuição do fluxo sanguíneo, estreitamento do forame apical bem como da
circunferência da polpa pela contínua deposição de dentina nas paredes da
cavidade pulpar.
Torneck & Torabinejad (1997), considerando a importância do envelhecimento
pulpar, narraram que entre as idades de vinte e setenta anos, a densidade celular é
reduzida em aproximadamente 50%, afetando todas as células, desde os
odontoblastos até as células indiferenciadas de reserva.
Zöllner et al. (2001) avaliaram radiografias panorâmicas antes e após o
tratamento ortodôntico de 49 pacientes e encontraram 32 casos sem nódulos
pulpares (65,3%) e 17 casos com presença de nódulos pulpares (34,9%).
Consolaro (2007) afirmou que o envelhecimento pulpar decorre da perda de
celularidade pulpar resultante do fechamento gradual com a idade do forame apical,
que reduz a nutrição celular, causando hialinização, fibrosamento pulpar e
estabelecimento de nódulos pulpares. Comentou também que fatores como
desgastes dentários, abfração, procedimentos restauradores, estéticos e cáries
dentárias estão relacionados ao envelhecimento precoce. Os pequenos
traumatismos podem diminuir parcial e transitoriamente a nutrição pulpar e contribuir
com o envelhecimento pulpar precoce.
Revisão de literatura ________________________________________________ 20
2.2.2 Reabsorção radicular
A reabsorção radicular é uma situação clínica que pode acontecer do ponto de vista
fisiológico durante a mudança da dentição decídua pela permanente, ou então
devido a um processo patológico, do qual resulta a destruição do cemento e dentina
com consequente perda do dente. Julga-se que, a pressuposição de reabsorção
idiopática, seja em decorrência de lesões nos tecidos do ligamento periodontal ou no
tecido pulpar. Esta ocorrência clínica pode ser o efeito de traumatismos que
desencadearam luxações, fraturas radiculares ou avulsões, bem como seja sequela
de infecções crônicas da polpa ou das estruturas periodontais. Persistem ainda
relatos de reabsorções radiculares infligidas ao movimento dentário induzido
ortodonticamente (Brezniak & Wasserstein, 1993; Fuss et al., 2003; Lee et al., 2004;
Armstrong et al., 2006).
Pierce et al. (1991) relataram que os osteoclastos são células gigantes
multinucleadas mostrando estruturas especializadas de membrana, com bordas
franjeadas e contornadas por áreas claras, que são responsáveis pelo processo de
reabsorção óssea. Essas células chegam ao local de reabsorção através da corrente
sanguínea provenientes de células mononucleares, derivadas de precursores do
baço ou medula óssea, que se fundem antes da reabsorção. Estudos de
microscopia eletrônica revelaram detalhes da ultra-estrutura destas células e, em
combinação com técnicas estereológicas, mostraram a resposta das células a vários
estímulos hormonais. Recentes avanços em campos como imunocitoquímica e
técnicas de congelamento de fratura têm contribuído para uma definição mais
detalhada do perfil antigênico, a estrutura do citoesqueleto e localização de vias
Revisão de literatura ________________________________________________ 21
enzimáticas. Os osteoclastos estão sujeitos a inúmeros mecanismos de regulação,
os quais desempenham um papel importante na mediação dos efeitos dos
hormônios osteotrópicos e dos mediadores locais sobre essas células.
Noxon et al. (2001) notaram que a presença de osteoclastos, em locais de
remodelação óssea alveolar antecede a movimentação ortodôntica e que estes
osteoclastos são ajustados por meio de um mecanismo de regulação. Pesquisas em
outros tecidos revelaram que muitas células morrem depois de exercerem suas
funções, e a isso se dá o nome de apoptose, ou morte celular programada. Os
referidos autores realizaram este estudo com o objetivo de examinar o papel da
apoptose na contagem dos osteoclastos nos sítios tratados ortodonticamente em
função do tempo e localização. Aparelhos ortodônticos foram colocados em 96 ratos
da linhagem Sprague-Dawley. Os ratos foram marcados tanto para o tratamento
como simulação (controle), mantidos por um, três, cinco e sete dias após a
colocação do aparelho. Amostras de tecidos foram preparadas para avaliação
histoquímica e quantificação de características morfológicas. Foram usados
Fosfatase ácida tartarato-resistente (TRAP) e ApopTag (TdT-mediated dUTP-biotin
nick 3 fim de etiquetagem) para corar e identificar os osteoclastos e preosteoclastos
incumbidos de discriminar entre os núcleos apoptóticos e não apoptóticos. Núcleos
picnóticos e corpos apoptóticos foram também considerados como uma avaliação
morfológica da apoptose. As percentagens de núcleos positivos TRAP/ApopTag
foram medidos em quatro diferentes regiões periodontais. Houve uma diferença
altamente significativa na percentagem total de núcleos positivos de TRAP/ApopTag
entre os grupos controle e tratamento em três, cinco e sete dias. Critérios
morfológicos também foram estatisticamente diferentes nos dias cinco e sete. Estes
Revisão de literatura ________________________________________________ 22
dados sugeriram fortemente que os osteoclastos recrutados para movimentação
ortodôntica são pelo menos em parte, compensados pela apoptose.
Consolaro (2005) comentou que, para que haja um processo de reabsorção óssea é
necessário haver também a ação de clastos, osteoblastos e macrófagos que, juntos,
formam um conjunto denominado unidade osteorremodeladora. As informações, na
forma de mediadores químicos, são recebidas pelos osteoblastos, nas superfícies
das corticais e trabéculas ósseas, e a repassam para as demais células. Estes
receptores para mediadores químicos indutores da reabsorção óssea não estão
presentes nos cementoblastos, portanto, se estes estiverem presentes a integridade
da estrutura radicular será mantida.
Takahashi et al. (2007) salientaram que os osteoclastos são células móveis, gigantes,
derivados da fusão de até cinquenta monócitos-macrófagos. Têm ciclo de vida curto
e representam um tipo de célula óssea transiente que é inativada e removida por
processos de apoptose. Secretam ácidos que diminuem o pH do microambiente
ósseo ao seu redor solubilizando o cálcio, descalcificando em colagenases e outras
enzimas lisossômicas que atacam a matriz e a desfazem. Por descalcificar o osso e
decompor a matriz osteóide, o osteoclasto é capaz de escavar depressões
arredondadas na superfície trabecular, subcortical e periostal cavando túneis na
estrutura óssea. Essa destruição do osso faz parte do desenvolvimento, crescimento,
manutenção e reparo normais do osso.
A diferença estrutural e funcional entre os dentinoclastos, cementoclastos e
osteoclastos são insignificantes, ainda que detectáveis (Hammarströn & Lindskog,
1985; Pierce et al., 1989). Para Sasaki (2003) não há diferença entre essas células
depois de estudá-las comparativamente na microscopia eletrônica e
Revisão de literatura ________________________________________________ 23
imunoenzimaticamente. Essas células podem ser referidas simplesmente como
clastos.
Pizzo et al. (2007) comentaram que a reabsorção radicular é considerada um
processo inflamatório que leva a isquemia e necrose do ligamento periodontal. Seu
início bem como sua progressão está relacionado à duração do tratamento
ortodôntico, intensidade do tratamento, método de aplicação e direção da
movimentação da força como também alguns fatores de risco tais como
susceptibilidade individual genética, doenças sistêmicas, anomalias na morfologia da
raiz, trauma dental, movimentação ortodôntica anterior.
Camargo et al. (2008) salientaram que atualmente, o conhecimento dos diferentes
tipos de reabsorções radiculares é fundamental para o diagnóstico correto e o
sucesso no seu tratamento. É importante que a constatação seja precoce para que
se tenha um bom prognóstico. Discutiram por meio de uma revisão da literatura e
apresentação de três casos clínicos, as características das reabsorções externa e
interna destacando-se a importância dos recursos radiográficos no diagnóstico,
evolução, tratamento e acompanhamento. Notaram que, por serem, as reabsorções
internas e externas, um problema multifatorial, a intervenção deveria ser feita por
vários profissionais para possibilitar uma adequada resolução clínica e que a
definição para o tratamento adequado, que varia de caso para caso, deveria ser
precedida pelo devido conhecimento da etiologia e do mecanismo de
desenvolvimento das reabsorções radiculares não se esquecendo também de
destacar que, por haver risco de recidiva do processo de reabsorção, necessário se
faz o acompanhamento para que se tenha o devido controle e manutenção do
sucesso clínico.
Revisão de literatura ________________________________________________ 24
2.3 MÉTODO DE AVALIAÇÃO
2.3.1 Fosfatase ácida tartarato resistente
A fosfatase ácida tartarato resistente foi citoquimicamente localizada nos
osteoblastos, osteócitos e osteoclastos (Minkin, 1982; Hammarström et al., 1983).
Os osteoclastos foram identificados, pelo critério morfológico, como uma célula
gigante, multinucleada, que fica em contato com a matriz óssea e exibe bordas
franjeadas cercadas por zonas claras (Gothin & Ericsson, 1976). Consiste em um
marcador químico para estudos experimentais da diferenciação e função dos
osteoclastos.
Com base na sensibilidade à inibição ao tartarato, dois tipos de fosfatase ácida
podem ser identificados no osso. Ambas as formas foram caracterizadas
bioquimicamente no que diz respeito à especificidade de substrato, pH ótimo, e tem
se mostrado funcionalmente sensível aos hormônios osteotrópicos in vitro (Minkin,
1982; Ibbotson et al., I984). Fosfatase ácida tartarato sensível foi citoquimicamente
localizada em osteoblastos, osteócitos e osteoclastos, enquanto a fosfatase ácida
tartarato resistente (TRAP) está presente em osteoclastos (Minkin, 1982;
Hammarström et al., 1983). Fosfatase ácida tartarato resistente como um marcador
bioquímico e histoquímico para os osteoclastos proporciona uma ferramenta
adicional experimental para estudar a diferenciação osteoclástica e sua função.
Segundo Cole & Walters (1987) fosfatase ácida tartarato resistente (TRAP) é
capaz de mostrar a presença de osteoclastos. Assim, tem sido utilizado como
marcador histoquímico de osteoclastos em muitos estudos (Brudvik & Rygh, 1993-
Revisão de literatura ________________________________________________ 25
1994; Rody et al., 2001; Kawarizadeh et al. 2003-2004; Kawasaki et al., 2004;
Fukushima et al., 2005).
Katagiri & Takahashi (2002) afirmaram que a fosfatase ácida tartarato resistente
(TRAP) é uma enzima lisossômica presente primariamente no osso, próstata,
plaquetas, eritrócitos e baço e sua quantificação reflete mais o número do que a
atividade dos osteoclastos. Já as moléculas interligadoras do colágeno tipo I são
atualmente os melhores marcadores bioquímicos da reabsorção óssea e, mostram
boa correlação com estudos histomorfométricos.
Casa et al. (2006) estudaram as células clásticas sobre a superfície radicular de
dentes pré-molares superiores humanos quando submetidos a movimentação
ortodôntica. Após uma, duas, três e quatro semanas da aplicação da força
ortodôntica, extraíram os pré-molares dos pacientes. Em seguida, fizeram o
processamento histoquímico para fosfatase ácida tartarato resistente e avaliaram
por meio de microscopia eletrônica de transmissão. Resultados mostraram que as
células coradas eram mononucleares positivos para fosfatase ácida tartarato
resistente e apareceram duas semanas após a movimentação enquanto as células
multinucleadas (TRAP positivas) foram numerosas, porém surgiram a partir da
terceira e quarta semanas. O exame ultraestrutural revelou muitas células clásticas
em contato com lacunas de reabsorção. Mais ainda, surgiram cementoblastos que
são células secretoras proporcionando neoformação de cemento sobre lacunas
previamente reabsorvidas. Concluíram que, na maioria das vezes as lacunas de
reabsorção e o número de células clásticas aumentaram com a duração da força
aplicada as quais foram encontradas na superfície do cemento nas áreas de
pressão. Alguns sinais de reparação de cemento, também foram percebidos, mesmo
com a manutenção do nível da força.
Revisão de literatura ________________________________________________ 26
Roberts et al. (2007) afirmaram que a fosfatase ácida tartarato resistente (TRAP) é
uma proteína que contém ferro que é altamente expressa pelos osteclastos,
macrófagos e células dendríticas. A enzima é secretada pelos osteoclastos durante
a reabsorção óssea, e a atividade do TRAP está relacionada com as desordens no
metabolismo ósseo, sendo essencial para o desenvolvimento esquelético.
Naves et al. (2007) mostraram as alterações clínicas e histoquímicas do ligamento
periodontal sobre o lado direito, após a extração de dentes molares superiores do
lado esquerdo em gerbils. Depois de dois meses, os ligamentos periodontais foram
removidos e processados para análise histoquímica. Os dados mostraram que a
reação de TRAP foi capaz de evidenciar a atividade osteoclástica na hiperfunção
hemimandíbula direita, explicando as mudanças funcionais no ligamento periodontal
após extração de dentes, e uma pequena recessão gengival e exposição radicular
de dentes sem função nos molares inferiores do lado esquerdo.
Tsuchiya et al. (2008) entendem que lacunas de reabsorção radicular são formadas
principalmente por odontoclastos e que essas células possuem mesma origem dos
osteoclastos, com núcleos menores e uma zona menos clara. Por essa razão,
supõe-se que os odontoclastos possuem menos diferenciação nas características de
reabsorção da matriz do que os osteoclastos. Para testar esta teoria, compararam
as áreas de TRAP-positivos, bem como os padrões de aparecimento de duas
importantes enzimas proteolíticas, a catepsina K e a metaloproteinase da matriz
extracelular 9 (MMP-9), entre odontoclastos e osteoclastos em molares de ratos. O
número de núcleos e de TRAP-positivo nos odontoclastos foi significativamente
menor em relação aos osteoclastos. Além disso, células supostamente precursoras
de odontoclastos normalmente apareceram no meio do ligamento periodontal em
três semanas de idade, reveladas também em ambas as enzimas. Em contrapartida,
Revisão de literatura ________________________________________________ 27
a maioria dos osteoclastos amadureceu revelando apenas a catepsina K, mas não a
MMP-9. Concluíram que, os odontoclastos são comparáveis aos osteoclastos com
menor diferenciação no que diz respeito ao aparecimento de enzimas proteolíticas.
Tendo em vista a ocorrência de formação de nódulos e a presença de
reabsorções e a necessidade de maior conhecimento da ocorrência dessas
alterações é que se justificam trabalhos que venham a contribuir para aprimorar o
conhecimento e traçar estratégias para contê-las ou impedi-las.
Proposição _______________________________________________________ 28
3 PROPOSIÇÃO
O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações nos tecidos pulpares e
periapicais em molares de ratas, decorrentes da sobrecarga oclusal, associada ou
não à periodontite induzida.
Material e Método __________________________________________________ 29
4 MATERIAL E MÉTODO
4.1 ANIMAIS
Para este experimento foram utilizadas vinte ratas (Rattus novergicus, variação
albinus, Wistar) com dez semanas de idade pesando aproximadamente 250g,
mantidas em gaiolas, em temperatura ambiente, alimentadas com água e ração ad
libitum, fornecidas pelo Biotério do Instituto Básico de Biociências da Universidade
de Taubaté. As ratas foram divididas em quatro grupos: grupo C (controle), GT
grupo com sobrecarga oclusal, GL grupo com ligadura e GLT grupo com ligadura e
sobrecarga (Tabela 1). Este trabalho foi realizado de acordo com os princípios éticos
para experimentação animal adotados pelo Colégio Brasileiro de Experimentação
Animal (COBEA) e foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa Animal da
UNITAU, protocolo número 010/2005 (Anexo A).
Tabela 1 - Grupos experimentais
Grupos Trauma Ligadura
GC Sem Sem
GT Com Sem
GL Sem Com
GLT Com Com
GC – controle, GT – trauma, GL – ligadura, GLT – ligadura e trauma
Material e Método __________________________________________________ 30
4.2 ANESTESIA
Os animais foram pesados para o cálculo da dosagem utilizada para a realização da
anestesia por via intraperitoneal.
Utilizou-se uma solução anestésica composta de Cloridrato de Xilazina (Virbaxil,
Lab. Virbac, Roseira-SP, Brasil) com o relaxante muscular com Ketamina Base
(Francator, Virbac, Roseira-SP, Brasil) como anestésico geral, na proporção de
1:0,5mL. A dose aplicada foi de 0,1mL para cada 100g de peso do animal, segundo
protocolo anestésico para animais de pequeno porte da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG).
Figura 1 – Anestesia
Material e Método __________________________________________________ 31
4.3 INDUÇÃO DA PERIODONTITE
Figura 2 – Instalação da ligadura
Os animais foram pesados antes da colocação das ligaduras para determinar se
houve o ganho ou a perda de peso após a inserção da ligadura e para a
quantificação do anestésico geral e relaxante muscular, que foram utilizados para
anestesia. Para a indução da periodontite, os animais receberam a inserção de um
fio de linha de algodão marca Corrente, nº 10, em torno do primeiro molar inferior do
lado direito. A ligadura foi atada no lado mesial mantendo-se subgengival nas faces
distal e lingual e na face vestibular.
A ligadura foi mantida por um prazo de 28 dias. Durante este período os animais
passaram por uma verificação semanal da estabilidade da ligadura dentro do sulco
gengival, através do exame visual e, quando notada alguma alteração, a mesma era
reajustada com o uso de um instrumental.
Material e Método __________________________________________________ 32
4.4 APLICAÇÃO DA SOBRECARGA OCLUSAL
Figura 3 – Aplicação de sobrecarga por desgaste oclusal
Para a aplicação da sobrecarga oclusal sobre os primeiros molares inferiores,
foi realizado um desgaste das superfícies oclusais dos segundos e terceiros molares
superiores para a eliminação dos contatos oclusais, realizado com brocas
diamantadas, em baixa rotação, sob irrigação e sem exposição pulpar, de maneira
que, após esse desgaste, foi verificado a ausência de cúspides ou um aplainamento
das superfícies oclusais.
Material e Método __________________________________________________ 33
4.5 EUTANÁSIA
A eutanásia ocorreu após 28 dias e, para isso, os animais foram anestesiados
e decapitados com uma guilhotina e as mandíbulas foram removidas e mantidas no
formol a 10% e encaminhadas para análise histológica.
4.6 ANÁLISE HISTOLÓGICA
As peças encaminhadas para o processamento histológico foram
descalcificadas em solução de EDTA 17%, e a avaliação da descalcificação foi
realizada por meio do teste de penetração da agulha. As peças descalcificadas
foram incluídas em parafina com a face vestibular voltada para o plano de corte.
Foram obtidos sete cortes no sentido mesio-distal com espessura de 6µm. Cinco
cortes foram corados com HE para avaliação da reação inflamatória, presença de
reabsorção e nódulos pulpares. Dois cortes foram corados com o Kit Acid
Phosphatase Leukocyte (Sigma – Aldrich) para avaliação das células pré-clásticas e
clásticas.
4.7 AVALIAÇÃO DOS CORTES HISTOLÓGICOS
Os cortes histológicos foram avaliados por meio de escores no microscópio
óptico no aumento de 400X:
Material e Método __________________________________________________ 34
Escore 1 = Ausência de reação inflamatória - polpa normal: região central é rica em
células (fibroblastos, células mesenquimatosas indiferenciadas) e fibras, além de
vasos e nervos mais calibrosos. Odontoblastos, formando uma camada de células
dispostas em paliçada na região periférica. Entre estas regiões, uma camada com
poucas células, mas rica rede vascular e nervosa.
Escore 2 = Discreta reação inflamatória - presença discreta de infiltrado neutrofílico,
poucos vasos sanguíneos com calibre aumentado, pequena quantidade de fibras
colágenas e ausência de nódulos.
a b c
D
P
Figura 4 - Escore 1 = Polpa normal (a - pré dentina,
b - camada odontoblástica, c - camada subodontoblástica)
Material e Método __________________________________________________ 35
Figura 5 - Escore 2 = Polpa com discreta reação inflamatória
Escore 3 = Reação Inflamatória moderada - grande quantidade de infiltrado
neutrofílico, fibras colágenas formando feixes e presença de nódulos pulpares.
D
P
VS
D
P a
b
Figura 6 - Escore 3 = Polpa com reação inflamatória moderada
a – vasos com calibre aumentado, b – rompimento de vasos
Material e Método __________________________________________________ 36
4.8 ANÁLISE DE CÉLULAS TRAP+
As lâminas coradas com o Kit Acid Phosphatase Leukocyte (Sigma - Aldrich)
foram fotografadas no aumento de 400X, nas regiões da coroa, assoalho, furca,
terço cervical, médio e apical. Foram observadas nestas regiões o número de áreas
reabsorvidas e também realizou-se a análise descritiva dos cortes histológicos das
lâminas coradas.
4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os escores foram tabulados e submetidos ao teste de Kruskal- Wallis para
comparações múltiplas em amostras independentes com distribuição não normal e
utilizamos o programa GMC 7.0. Adotou-se o nível de significância de 0,5% para as
comparações.
Resultados _______________________________________________________ 37
5 RESULTADOS
Na figura 7 e na figura 8, observa-se as imagens dos grupos estudados, coradas
com HE e as coradas com TRAP, respectivamente.
Figura 7 - Apresenta as imagens, coradas com HE, com aumento de 200x, dos grupos GC, GT, GL e GLT (em sentido horário, iniciando pelo superior esquerdo)
P
P
P P D D
D D
E
Resultados _______________________________________________________ 38
O teste de aderência à curva normal mostrou distribuição não normal dos dados,
desse modo optou-se pela aplicação do teste de Kruskal-Wallis.
Analisando o grupo controle (GC), observa-se, em todas as lâminas, características
de uma polpa normal, quais sejam: região central rica em células (principalmente
fibroblastos, células mesenquimatosas indiferenciadas), fibras, além de pequenos
vasos com paredes regulares e sem dilatação, odontoblastos, formando uma
camada de células dispostas em paliçada na região periférica e entre estas regiões,
uma camada com poucas células, mas rica rede vascular.
Nas observações relativas à análise das lâminas coradas com HE, do grupo com
trauma (GT) obteve-se escore 2 em três das 14 lâminas examinadas que significa
Figura 8 – Apresenta as imagens, coradas com TRAP, com aumento de 100 x, a
primeira e a terceira e de 400x a segunda e a quarta, dos grupos GC, GT, GL e GLT
(em sentido horário, iniciando pelo superior esquerdo)
D
D
D D
P
P P
P
Resultados _______________________________________________________ 39
reação inflamatória discreta com presença de infiltrado neutrofílico, poucos vasos
sanguíneos com calibre aumentado e fibras colágenas. Em 11, das 14 lâminas
examinadas, obteve-se escore 3 que significa reação inflamatória moderada com
presença de grande quantidade de infiltrado neutrofílico e de vasos aumentados em
seu diâmetro, em algumas lâminas com rompimento, fibras colágenas em
abundância, formando feixes e, em alguns casos, presença de nódulos pulpares,
demonstrando que a sobrecarga oclusal causa danos significativos no tecido pulpar.
Neste grupo observou-se numerosas áreas de reabsorção, principalmente na região
do terço médio no interior do canal radicular e região de furca.
Com relação ao grupo com ligadura (GL), observou-se em sete lâminas de nove,
escore 2 com discreta reação inflamatória com aumento do número de vasos,
principalmente na região cervical, presença, em alguns casos, de reabsorção na
região do assoalho e deposição de tecido calcificado nas mesmas, mas em duas
lâminas de nove observou-se escore 3 com vários vasos aumentados na região
cervical, envolvendo tanto a câmara coronária quanto os canais radiculares.
E, finalmente, no grupo com ligadura e trauma (GLT), observou-se em duas lâminas
de 14, escore 2 e em 12, escore 3. Histologicamente constatou-se numerosos vasos
sanguíneos com dilatação e alguns com rompimento e hemorragia no tecido pulpar
e fibras colágenas, apresentando, em alguns casos desorganização do tecido pulpar
e reabsorção externa radicular no forame apical. Este grupo apresentou maior
quantidade de reabsorções, sendo que estas estavam na coroa e na raiz,
principalmente no terço apical deformando o forame.
Com relação aos achados histológicos nas lâminas coradas com o TRAP, observou-
se, no GC, polpa coronária com odontoblastos em paliçada, células cilíndricas com
núcleos elípticos nas regiões dos cornos pulpares, teto e paredes laterais,
Resultados _______________________________________________________ 40
características de uma polpa normal; observou-se também, deposição de pré-
dentina nas paredes laterais, corno e teto da câmara pulpar, causada pela
continuidade da erupção dentária e o desgaste oclusal dos molares nestes animais
(característica anátomo-fisiológica dos ratos), além da presença de odontoblastos
com núcleos cubóides, tecido conjuntivo com fibroblastos, poucas fibras colágenas,
vasos com paredes bem definidas e com aspecto normal, concentração maior de
células na região mesial da coroa. A polpa radicular com odontoblastos em paliçada
com células cubóides e núcleos arredondados nas regiões laterais, o tecido pulpar
com poucos fibroblastos, vasos sem hiperemia e região periapical com cemento
celular e tecido conjuntivo denso fibroso normal. Foram encontradas poucas células
fortemente coradas por TRAP na região apical, provavelmente pela característica de
crescimento contínuo do dente.
No GT, também em relação à análise das lâminas coradas com TRAP, observou-se
no tecido pulpar da coroa grande quantidade de infiltrado neutrofílico, vasos
sanguíneos com calibre aumentado principalmente na região próxima ao assoalho,
tecido desorganizado, poucas fibras colágenas, áreas hemorrágicas, irregularidades
na região da parede do assoalho com formação de pré-dentina e dentina reacional.
Na raiz, áreas irregulares com formação de pré-dentina no terço médio com menor
espessura de cemento e dentina e reabsorção cervical.
Resultados _______________________________________________________ 41
. Figura 9 – Lâmina do GT corada com TRAP
O GL apresenta vasos com calibre aumentado nas regiões do terço cervical e médio
da raiz, grande concentração de células inflamatórias na região cervical, ausência de
formação de dentina na região radicular, sendo possível notar uma diminuição da
espessura da dentina e do cemento no terço cervical da raiz, áreas irregulares com
formação de pré-dentina, além de reabsorção na parede interna do canal radicular
na face mesial da raiz distal, nos terços cervical, médio e apical.
P D
Resultados _______________________________________________________ 42
Figura 10 – Lâmina do GL corada com TRAP
Finalizando com a análise das lâminas do GLT, observou-se presença de nódulos
na câmara pulpar envoltos em grande quantidade de infiltrado neutrofílico, vasos
dilatados, irregularidades no assoalho pulpar, formação de pré-dentina na região
cervical, áreas de reabsorção nos terços médio e apical do canal radicular além de
irregularidades na região de furca e presença de abscesso na raiz mesial.
P
D
Resultados _______________________________________________________ 43
As alterações encontradas nos grupos GL e GLT como aumento do calibre dos
vasos sanguíneos, presença de infiltrado neutrofílico, grande quantidade de
fibroblastos e presença de nódulo pulpar também foram observadas por outros
autores como: Stenvik & Mjör (1970), Tronstad & Langeland (1971), Häugen & Mjör
(1975) e Penna & Rode (2000).
P
D
a b c
Figura 11 – Lâmina do GLT corada com TRAP a – nódulo pulpar, b – infiltrado neutrofílico, c – pré dentina
Discussão ________________________________________________________ 44
6 DISCUSSÃO
A sobrecarga oclusal ganhou grande destaque na literatura principalmente por
levarem em consideração as alterações nas articulações temporomandibulares, no
entanto, quando o paciente apresenta este tipo de problema ocorrem alterações de
maior ou menor monta nos tecidos pulpar, periapical e periodontal.
Existe uma deficiência de informações quanto às alterações ocorridas nos tecidos
pulpar e periapical, porém são tão importantes quanto as que acontecem em outros
tecidos e precisam ser estudadas para que seja estabelecido o tratamento correto.
Tanto isso é verdadeiro, que Consolaro (2007) afirmou que os pequenos
traumatismos podem diminuir a nutrição pulpar e contribuir para o envelhecimento
pulpar precoce, com a perda da vascularização, causando hialinização, fibrosamento
pulpar e formação de nódulos pulpares.
A ocorrência mais comum de sobrecarga oclusal se dá ao se restaurar um ou mais
elementos dentários, há uma mudança do padrão oclusal, causando uma
interferência que pode provocar lesões ou alterações na polpa, bem como nas
raízes do elemento (Harn et al., 2001; Yu, 2004). Portanto, este fato merece especial
atenção não só dos clínicos, mas também de trabalhos de pesquisa (Penna & Rode,
2000).
O presente estudo procurou avaliar os danos causados aos tecidos pulpar e
periapical, decorrentes da sobrecarga oclusal, associada ou não à periodontite
induzida.
Há uma necessidade inerente no controle de variáveis que ocorrem nos estudos em
humanos e isso pode ser uma indicação importante para o uso de modelos animais
Discussão ________________________________________________________ 45
em estudos que avaliam a instalação e a evolução de doenças bem como, a
resposta a procedimentos terapêuticos. Dessa forma, Benatti et al. (2003) e Nociti
Júnior et al. (2000-2001) explanaram sobre a necessidade da utilização de ratos,
quando da realização de estudos experimentais, para que haja um favorecimento na
avaliação da influência de determinados fatores de risco sobre a instalação e o
agravamento de doenças.
Para tanto, neste estudo, usou-se roedores pois consegue-se controlar melhor
variáveis como: tempo de vida, tamanho, peso, custo, armazenagem, alimentação, e
aplicação das variáveis. Quanto à idade e o peso procurou-se usar animais com
pesos e idades semelhantes para evitar que o desgaste fisiológico e o contínuo
crescimento dos dentes pudessem interferir nos resultados.
Muitos autores usaram ratos como modelo experimental como Noxon et al. (2001),
Yoshinaga et al. (2007) e Tsuchiya et al. (2008).
A sobrecarga pode ser induzida por vários métodos como: restauração com
amálgama (Penna & Rode, 2000), fios de aço cortados em pequenos pedaços (Itoiz
et al., 1963; Dotto et al., 1966), aparelhos protéticos (Häugen & Mjör, 1975), resina
composta (Kivinnsland et al., 1992), porém optou-se pelo desgaste do segundo e
terceiro molares superiores por ser mais rápido de se obter e evitar que a
restauração ou o dispositivo se soltasse durante o período experimental e também
por ser um modelo experimental testado por Nogueira-Filho et al. (2004) com bons
resultados.
Ao contrário de Landay et al. (1970) que encontraram alterações pulpares após sete
meses de experimento, neste trabalho detectou-se alterações pulpares após 28 dias,
fato corroborado por Penna & Rode (2000) que encontraram alterações após dez,
vinte e trinta dias, provavelmente por diferenças nas metodologias empregadas.
Discussão ________________________________________________________ 46
Quanto a indução da periodontite pela instalação de ligadura é uma metodologia
muito empregada na periodontia por autores como Galvão et al. (2003) e Gaspersic
et al. (2003), porém na endodontia não existem muitos trabalhos observando
interações entre a periodontite e alterações pulpares. O tempo de observação
escolhido foi de 28 dias, uma vez que Kuhr et al. (2004) observaram alterações
periodontais após 15 dias e estas se mantiveram inalteradas após sessenta dias.
Pela proposição deste estudo, optou-se pela aplicação de duas técnicas, com tipos
distintos de corantes, para avaliar as combinações de análise com relação à
resposta, tanto da polpa quanto dos tecidos periapicais dos molares, frente à
sobrecarga oclusal, associada ou não à periodontite induzida pois, com um método
isolado, não seria possível avaliar todos os aspectos. Sendo assim, optou-se pela
utilização do HE, para avaliar a presença de células inflamatórias, fibras,
reabsorções, nódulos pulpares e, por meio do TRAP, a avaliação das lacunas de
reabsorção com presença de células pré-clásticas.
A escolha por estes grupos experimentais teve por objetivo verificar o aspecto
normal (GC), a presença de alterações frente á periodontite (GL), a presença de
alterações frente a sobrecarga oclusal (GT) e a interação dos fatores (GLT) desse
modo não se tem uma visão unilateral dos fatores, mas sim as modificações frente
ao fato isolado e suas interações.
Notou-se que a sobrecarga oclusal causa mais danos à polpa e periápice do que
alterações periodontais e estes danos são maiores quando se associa sobrecarga e
alterações inflamatórias periodontais, em ordem decrescente da média dos escores
obteve-se: GLT(2,85)>GT(2,78)>GL(1,81)>GC(0,90).
Diante desses resultados que foram corroborados por outros autores, observou-se
que, embora a sobrecarga ocorra apenas no esmalte, os tecidos pulpares e
Discussão ________________________________________________________ 47
periapicais, participam ativamente do processo, respondendo com inflamação e
reabsorção e esta se agrava ao somar fatores como alterações inflamatórias no
periodonto. Por este motivo, deve-se procurar restabelecer a oclusão do paciente de
forma correta e atentar para problemas inflamatórios periodontais procurando saná-
los de forma adequada para que este elemento dental retorne as funções
mastigatórias, estéticas e fonéticas de forma harmoniosa.
Conclusões _______________________________________________________ 48
7 CONCLUSÕES
1 - A sobrecarga oclusal leva a alterações pulpares e periapicais na forma de
reação inflamatória e reabsorções.
2 - A associação da sobrecarga oclusal e alterações periodontais (GLT) aumenta
as alterações pulpares e periapicais.
Referências _______________________________________________________ 49
Referências elaboradas segundo o modelo Vancouver
REFERÊNCIAS
1. Vedovello Filho M, Pagagnini GA, Tróia Júnior MG, Simões W. Trauma oclusal e ortodontia. RGO 2004 Out; 52(4): 297-300.
2. Vellini-Ferreira F. Ortodontia – Diagnóstico e planejamento clínico. Porto Alegre: Artes Médicas; 1996. p.503.
3. Lindhe J. Tratado de periodontia clínica e implantologia oral. 5a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010. p.1321.
4. Itoiz ME, Carranza Júnior FA, Cabrini RL. Histologic and histometric study of experimental occlusal trauma in rats. J Periodontol 1963; 34: 305-314.
5. Dotto CA, Carranza FA, Itoiz ME. Efectos mediatos del trauma experimental en ratas. Rev Asoc Odont Argent 1966 Feb; 54(2): 48-51.
6. Landay MA, Nazimov H, Seltzer S. The effects of excessive occlusal force on the
pulp. J Periodontol 1970 Jan; 41(1): 3-11.
7. Cooper M, Landay M, Seltzer S. The effects of excessive occlusal force on the pulp: heavier and long term forces. J Periodontol 1971 Jun; 42(6): 353-359.
8. Häugen E, Mjör IA. Pulpal reactions to attrition. J Endod 1975 Jan; 1(1): 12-14.
9. Kvinnsland S, Kristiansen AB, Kvinnsland I, Heyeraas KJ. Effect of experimental traumatic occlusion on periodontal and pulpal and blood flow. Acta Odontol Scand 1992 Aug; 50(4): 211-219.
10. Harn WM, Chen MC, Chen YH, Liu JW, Chung CH. Effect of occlusal trauma on healing of periapical pathoses: report of two cases. Int Endod J 2001 Oct; 34(7): 554-561.
Referências _______________________________________________________ 50
Referências elaboradas segundo o modelo Vancouver
11. Yu CY. Role of occlusion in endodontic management: report of two cases. Aust Endod J 2004 Dec; 30(3): 110-115.
12. Yoshinaga Y, Ukai T, Abe Y, Hara Y. Expression of receptor activator of nuclear factor kappa B ligand relates to inflammatory bone resorption, with or without occlusal trauma, in rats. J Periodontal Res 2007 Oct; 42(5): 402-409.
13. Fachin EVF, Luisi SB, Borba MG. O processo de calcificação pulpar. Rev ABO Nac 2001-2002 Dez-Jan; 9(6): 347-351.
14. Pereira Júnior W, Varoli OJ. Alterações pulpares em resposta a movimentação
ortodôntica dos dentes: calcificações pulpares. Estudo radiográfico longitudinal. Rev Odontol Univ São Paulo 1995 Out-Dez; 9(4): 265-277.
15. Torneck CD, Torabinejad M. Biologia da polpa e tecidos da região periapical. In: Walton R, Torabinejad M. Princípios e prática em endodontia. 2a ed. São Paulo: Santos; 1997. p. 6-28.
16. Zölnner NA, Teixeira CD, Rodrigues CBB, Habitante SM. Formação de nódulos pulpares durante o tratamento ortodôntico. Rev Eap Apcd 2001 Dez; 3(1): 9-11.
17. Consolaro A. Alterações pulpares induzidas pelo tratamento ortodôntico: dogmas e falta de informações. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2007 Jan-Fev; 12(1): 15-17.
18. Brezniak N, Wasserstein A. Root resorption after orthodontic treatment: Part 2. Literature review. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1993 Feb; 103(2): 138-146.
19. Fuss Z, Tsesis I, Lin S. Root resorption - diagnosis, classification and treatment choices based on stimulation factors. Dent Traumatol, 2003 Aug; 19(4): 175-182.
20. Lee A, Schneider G, Finkelstein M, Southard T. Root resorption: the possible role of extracellular matrix proteins. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2004 Aug; 126(2): 173-177.
21. Armstrong D, Kharbanda OP, Petocz P, Darendeliler MA. Root resorption after orthodontic treatment. Aust Orthod J 2006 Nov; 22(2): 153-160.
Referências _______________________________________________________ 51
Referências elaboradas segundo o modelo Vancouver
22. Pierce AM, Lindskog S, Hammarström L. Osteoclasts: structure and function. Electron Microscv Rev 1991; 4(1): 1-45.
23. Noxon SJ, King GJ, Gu G, Huang G. Osteoclast clearance from periodontal tissues during orthodontic tooth movement. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2001 Nov; 120(5): 466-476.
24. Consolaro A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 2a ed. Maringá: Dental Press, 2005. p. 615.
25. Takahashi N, Ejiri S, Yanagisawa S, Ozawa H. Regulation of osteoclast polarization. Odontology 2007 Jul; 95(1): 1-9.
26. Hammarström L, Lindskog S. General morphologic aspects of resorption of teeth and alveolar bone. Int Endod J 1985 Apr; 18(2): 93-108.
27. Pierce A, Berg J, Lindskog S. Calcitonin as an alternative treatment for root resorption. Rev Esp Endodoncia 1989 Jan-Mar; 7(1): 13-17.
28. Sasaki T. Differentiation and functions of osteoclasts and odontoclasts in mineralized tissue resorption. Microsc Res Tech 2003 Aug; 61(6): 483-495.
29. Pizzo G, Licata ME, Guiglia R, Giuliana G. Root resorption and orthodontic treatment. Review of the literature. Minerva Stomatol 2007 Jan-Feb; 56(1): 31-44.
30. Camargo SEA, Moraes MEL, Moraes LC, Camargo CHR. Principais características clínicas e radiográficas das reabsorções radiculares internas e externas. Rev Odontol Univ São Paulo 2008 Mai-Ago; 20(2): 195-203.
31. Minkin C. Bone acid phosphatase: tartrate-resistant acid phosphatase as a marker of osteoclast function. Calcif Tissue Int 1982 May; 34(3): 285-290.
32. Hammarström LE, Anderson TR, Marks SC Jr, Toverud SU. Inhibition by dithionite and reactivation by iron of the tartrate-resistant acid phosphatase in bone of osteopetrotic (ia) rats. J Histochem Cytochem 1983 Oct; 31(10): 1167-1174.
Referências _______________________________________________________ 52
Referências elaboradas segundo o modelo Vancouver
33. Göthlin G, Ericsson JL. The osteoclast: review of ultrastructure, origin, and structure-function relationship. Clin Orthop Relat Res 1976 Oct; (120): 201-231.
34. Ibbotson KJ, Roodman GD, McManus LM, Mundy GR. Identification and characterization of osteoclast-like cells and their progenitors in cultures of feline marrow mononuclear cells. J Cell Biol 1984 Aug; 99(2): 471–480.
35. Cole AA, Walters LM. Tartrate-resistant acid phosphatase in bone and cartilage following decalcification and cold-embedding in plastic1. J Histochem Cytochem 1987 Feb; 35(2): 203-206.
36. Brudvik P, Rygh P. The initial phase of orthodontic root resorption incident to local compression of the periodontal ligament. Eur J Orthod 1993 Aug; 15(4): 249-263.
37. Brudvik P, Rygh P. Multi-nucleated cells remove the main hyalinized tissue and start resorption of adjacent root surfaces. Eur J Orthod 1994 Aug; 16(4): 265-273.
38. Rody WJ, King GJ, Gu G. Osteoclast recruitment to sites of compression in orthodontic tooth movement. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2001 Nov; 120(5): 477-489.
39. Kawarizadeh A, Bourauel C, Jäger A. Experimental and numerical determination of initial tooth mobility and material properties of the periodontal ligament in rat molar specimens. Eur J Orthod 2003 Dec; 25(6): 569-578.
40. Kawarizadeh A, Bourauel C, Zhang D, Götz W, Jäger A. Correlation of stress and strain profiles and the distribution of osteoclastic cells induced by orthodontic loading in rat. Eur J Oral Sci 2004 Apr; 112(2): 140-147.
41. Kawasaki N, Hamamoto Y, Nakajima T, Irie K, Ozawa H. Periodontal regeneration of transplanted rat molars after cryopreservation. Arch Oral Biol 2004 Jan; 49(1): 59-69.
42. Fukushima H, Jimi E, Okamoto F, Motokawa W, Okabe K. IL-1- induced receptor activador of NF-kappa B ligand in human periodontal ligament cells involves ERK-dependent PGE2 production. Bone 2005 Feb; 36(2): 267-275.
Referências _______________________________________________________ 53
Referências elaboradas segundo o modelo Vancouver
43. Katagiri T, Takahashi N. Regulatory mechanisms of osteoblast and osteoclast differentiation. Oral Dis 2002 May; 8(3): 147-159.
44. Casa MA, Faltin RM, Faltin K, Arana-Chaves VE. Root resorption on torqued human premolars shown by tartrate-resistant acid phosphatase histochemistry and transmission electron microscopy. Angle Orthod 2006 Nov; 76(6): 1015-1021.
45. Roberts HC, Knott L, Avery NC, Cox TM, Evans MJ, Hayman AR. Altered collagen in tartrate-resistant acid phosphatase (TRAP)-deficient mice: a role for TRAP in bone collagen metabolism. Calcif Tissue Int 2007 Jun; 80(6): 400-410.
46. Naves LML, Issa JPM, Pitol DL, Fukada SY, Di Matteo MAS, Iyomasa MM. Clinical and histochemical alterations of the periodontal ligament in gerbils after malocclusion induced. Int J Morphol 2007 Oct-Dec; 25(4): 907-910.
47. Tsuchiya M, Akiba Y, Takahashi I, Sasano Y, Kashiwazaki J, Tsuchiya S, et al. Comparison of expression patterns of cathepsin K and MMP-9 in odontoclasts and osteoclasts in physiological root resorption in the rat molar. Arch Histol Cytol 2008 Sep; 71(2): 89-100.
48. Stenvik A, Mjör IA. Pulp and dentine reactions to experimental tooth intrusion. A istologic study of the initial changes. Am J Orthod 1970 Apr; 57(4): 370-385.
49. Tronstad L, Langeland K. Effect of attrition on subjacent dentin and pulp. J Dent Res 1971 Jan-Feb; 50(1): 1-30.
50. Penna LA, Rode SM. Morphological study of the pulp of Wistar rats molars under
experimental occlusal interference. Pesq Odont Bras 2000 Abr-Jun; 14(2): 159-164.
51. Benatti BB, Nogueira-Filho GR, Diniz MC, Sallum EA, Sallum AW, Nocit FH Jr. Stress may enhance nicotine effects on periodontal tissues. An in vivo study in rats. J Periodontal Res 2003 Jun; 38(3): 351-353.
52. Nociti Júnior FH, Nogueira-Filho GR, Primo MT, Machado MA, Tramontina VA, Barros SP, et al. The influence of nicotine on the bone loss rate in ligature-induced periodontitis. A histometric study in rats. J Periodontol 2000 Sep; 71(9): 1460-1464.
Referências _______________________________________________________ 54
Referências elaboradas segundo o modelo Vancouver
53. Nociti Júnior FH, Nogueira-Filho GR, Tramontina VA, Machado MA, Barros SP, Sallum EA, et al. Histometric evaluation of the effects of nicotine administration on periodontal breakdown: an in vivo study. J Periodontal Res 2001 Dec; 36(6): 361-366.
54. Nogueira-Filho GR, Fróes Neto EB, Casati MZ, Reis SR, Tunes UR, Sallum EA, et al. Nicotine effects on alveolar bone changes induced by oclusal trauma: a histometric study in rats. J Periodontol 2004 Mar; 75(3): 348-352.
55. Galvão MPA, Charpper A, Rösing CK, Ferreira MB, Souza MA. Methodological considerations on descriptive studies of induced periodontal diseases in rats. Pesqui Odontol Bras 2003 Jan-Mar; 17(1): 56-62.
56. Gaspersic R, Stiblar-Martincic D, Osredkar J, Skaleric U. Influence of subcutaneous administration of recombinant TNF- alpha on ligature-induced periodontitis in rats. J Periodontal Res 2003 Apr; 38(2): 198-203.
57. Kuhr A, Popa-Wagner A, Schmoll H, Schwahn C, Kocher T. Observations on experimental marginal periodontitis in rats. J Periodontal Res 2004 Apr; 39(2): 101-106.
Anexo___________________________________________________________ 55
APÊNDICES
APÊNDICE A – Escores obtidos em cada lâmina nos grupos GC, GT, GL e GLT, e as observações encontradas nas leituras
LÂMINA ESCORE OBSERVAÇÕES
GC ---------------- -----------------------------------------------------------------
GC124 1 Normal
GC125 1 Normal
GC131 1 Normal
GC132 1 Normal
GC133 1 Normal
GC234 1 Normal
GC313 1 Normal
GC515 1 Normal
GC516 1 Normal
GC525 1 Normal
GC612 1 Normal
GT ------------------ -----------------------------------------------------------------
GT123 2 Infiltrado nos cornos mediano e mesial
GT141 2 Infiltrado na raiz distal (cervical e médio) e na
mesial da coroa
GT216 2 Infiltrado na raiz distal e na mesial da coroa
GT231 3 Grande infiltrado na mesial da coroa e na raiz
distal
GT327 3 Presença de nódulos e vasos aumentados e
rompidos
GT334 3 Presença de fibras, vasos aumentados e
nódulos
GT424 3 Grande número de vasos e fibras
GT435 3 Grande número de vasos e fibras
Apêndices_________________________________________________________ 56
LÂMINA ESCORE OBSERVAÇÕES
GT632 3 Grande número de vasos
LÂMINA ESCORE OBSERVAÇÕES
GT ---------------- -----------------------------------------------------------------
GT634 3 Grande número de vasos
GT643 3 Grande número de vasos (raiz distal e mesial da
coroa) presença de grande quantidade de fibras
GT645 3 Grande número de vasos (na raiz distal e na
mesial da coroa) presença de grande quantidade
de fibras
GT652 3 Grande número de vasos, com rompimento (na
raiz distal e na mesial da coroa) presença de
grande quantidade de fibras
GT655 3 Presença de muitas fibras, vasos aumentados
GL ------------------ -----------------------------------------------------------------
GL11 2 Número de vasos aumentados na cervical
GL12 2 Número de vasos aumentados na raiz distal e na
cervical
GL13 2 Número de vasos aumentados no ápice da raiz
distal e na cervical
GL22 2 Presença de infiltrado na região de corno pulpar
mediano e mesial, presença de reabsorção na
região do assoalho e deposição de tecido
calcificado nas mesmas
GL31 2 Número de vasos aumentados no terço médio
da raiz
GL43 2 Número de vasos aumentados na cervical (raiz e
coroa) e pouco menos no corno pulpar distal
GL51 2 Número de vasos aumentados no terço médio e
cervical da raiz e na cervical da coroa
GL61 3 Excessiva presença de vasos aumentados na
raiz distal
Apêndices_________________________________________________________ 57
GL71 3 Excessiva presença de vasos aumentados no
terço cervical (raiz e coroa)
LÂMINA ESCORE OBSERVAÇÕES
GLT --------- -------------------------------------------------------------
GLT116 3 Grande número de vasos e fibras e presença de
inflamação e reabsorção apical externa
GLT121 3 Excessiva presença de fibras, vasos
aumentados
GLT125 3 Grande número de vasos e fibras
GLT133 3 Excessiva presença de fibras, vasos
aumentados
GLT135 3 Excessiva presença de fibras, vasos
aumentados
GLT211 3 Grande quantidade de fibras e quantidade
mediana para vasos
GLT226 3 Excessiva presença de fibras, vasos
aumentados
GLT231 3 Grande número de vasos e fibras
GLT411 3 Quantidade de vasos e fibras, com
desorganização do tecido pulpar no corno mesial
GLT413 3 Quantidade de vasos e fibras, com
desorganização do tecido pulpar no corno mesial
GLT424 2 Quantidade mediana de vasos e fibras
(tendendo para escore 3)
GLT426 2 Quantidade mediana de vasos e fibras
(tendendo para escore 3)
GLT512 3 Presença de muitas fibras, vasos aumentados
GLT514 3 Grande quantidade de fibras e vasos com
reabsorção externa radicular no forame apical
Apêndices_________________________________________________________ 58
APÊNDICE B – Descritivo obtido na leitura das lâminas coradas com TRAP
Grupo Descritivo
GC Polpa coronária apresentando odontoblastos em paliçada com
células cilíndricas com núcleos elípticos nas regiões dos cornos
pulpares, teto e paredes laterais. Deposição de pré-dentina nas
paredes laterais, corno e teto da câmara pulpar. Presença de
odontoblastos com núcleos cubóides. Presença de tecido
conjuntivo com fibroblastos, poucas fibras colágenas, vasos com
paredes bem definidas e com aspecto normal. Concentração maior
de células na região mesial da coroa. Polpa radicular com
odontoblastos em paliçada com células cubóides com núcleos
arredondados nas regiões laterais. Tecido pulpar com poucos
fibroblastos, vasos sem hiperemia. Região periapical com cemento
celular e tecido conjuntivo denso fibroso normal.
GT Grande concentração de células inflamatórias na polpa coronária,
vasos com calibre aumentado na região de terço cervical. Áreas
irregulares no assoalho pulpar com formação de pré-dentina.
Áreas de tecido desorganizado no corno distal com áreas
hemorrágicas. Deformações na face interna do canal radicular na
face mesial da raiz distal com formação de pré-dentina. Áreas
irregulares na região interna da raiz distal com formação de pré-
dentina no terço médio no interior do canal radicular na face distal
da raiz distal
Coroa com grande quantidade de infiltrado neutrofílico, vasos
sanguíneos com calibre aumentado principalmente na região
próxima ao assoalho e na Distal. Tecido desorganizado e poucas
fibras colágenas. Áreas hemorrágicas irregularidades na região da
parede do assoalho com formação de pré-dentina.
GT Formação de dentina reacional. Terço médio e cervical da raiz,
face mesial, com menor espessura de cemento e dentina;
reabsorção cervical na raiz distal (lado distal, externo);
irregularidades na parede interna da raiz (terço médio, lado
mesial), deposição de dentina; reabsorção cervical na raiz
Apêndices_________________________________________________________ 59
Grupo Descritivo
GT distal (perda do cemento e reabsorção da dentina).
GL Vasos com calibre aumentado nas regiões do terço cervical e
médio da raiz distal, grande concentração de células inflamatórias
na região cervical, ausência de formação de dentina na região
radicular. Nota-se diminuição da espessura da dentina e do
cemento no terço cervical na face mesial da raiz distal, áreas
irregulares com formação de pré-dentina na região cervical na face
mesial da raiz distal.
Reabsorção na parede interna do canal radicular na face mesial da
raiz distal, nos terços cervical, médio e apical.
GLT Presença de nódulo próximo ao corno mediano preso no teto da
câmara pulpar envolto em grande quantidade de infiltrado
neutrofílico, vasos dilatados; irregularidades no assoalho pulpar,
formação de pré-dentina na região cervical no interior do canal,
áreas de reabsorção nos terços médio e apical do canal distal;
parede externa distal da raiz distal sem alterações; irregularidades
na região de furca; presença de abscesso na raiz mesial.
Tecido desorganizado, com grande quantidade de células
inflamatórias no corno mediano. Irregularidades sugestivas de
reabsorção no interior no canal distal na região cervical, média e
apical. Irregularidades no assoalho e região de furca (abscesso na
raiz mesial). Furca bastante irregular com aumento da camada de
cemento.
Tecido desorganizado, grande quantidade de células inflamatórias
no corno mediano, vasos dilatados.
GLT Reabsorção no interior do canal distal na região cervical. Grande
reabsorção no terço apical na parede mesial do canal distal. Áreas
irregulares na região de assoalho, formação de dentina na cervical
e no terço médio da raiz. Na região apical do canal radicular,
observa-se área bastante irregular.
Anexo___________________________________________________________ 60
ANEXO
ANEXO A – Declaração do Comitê de Ética em Pesquisa Animal da Unitau
Anexo___________________________________________________________ 61
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial desta obra, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Luiz Fernando Varrone Taubaté, setembro de 2010
Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo