Alicerce2
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ções de pobreza e de exclusão social;
Dar a mão a organizações
da sociedade civil e a ONG na área da luta contra a
pobreza e a exclusão social;
Ajudar a derrubar os estereótipos e a estigmati-
zação da pobreza e da exclusão social;
Fomentar uma sociedade
que garanta a qualidade de vida, o bem-estar social e a
igualdade de oportunidades
para todos;
Reforçar a solidariedade
entre gerações e garan-tir o desenvolvimento sustentável.
In: ec.europa.eu
Apesar de a União Europeia ser
uma das regiões mais ricas do mundo, 17% da sua população
não tem os meios necessá-rios para satisfazer as suas
necessidades mais básicas.
A pobreza é normalmente asso-ciada aos países em vias de desen-
volvimento nos quais a subnutri-ção, a fome e a falta de água limpa
e potável são desafios quotidia-nos. Contudo, a Europa também
é afectada pela pobreza e pela exclusão social, onde apesar de
estes problemas poderem não ser tão gritantes, são ainda assim
inaceitáveis. A pobreza e a exclu-são de um indivíduo implicam o
empobrecimento de toda a socie-dade. A Europa só pode ser forte
se utilizar ao máximo o potencial de cada um dos seus cidadãos.
Não há nenhuma solução mila-
grosa para acabar com a pobreza e com a exclusão social mas uma
coisa é certa: não podemos ven-cer esta batalha sem si. É tempo
de renovarmos o nosso compro-misso para com a solidariedade, justiça social e maior inclusão.
Chegou o momento do Ano
Europeu Contra a Pobreza e a
Exclusão Social.
Um valor fundamental da União Europeia é a solidarieda-
de, particularmente importante em tempos de crise. A palavra
“União” diz tudo – enfrenta-mos juntos a crise económica e
é esta solidariedade que nos protege a todos.
Aqui ficam algumas das coisas
que iremos fazer juntos:
Encorajar a participação e o compromisso político
de todos os segmentos da sociedade para participa-
rem na luta contra a pobreza e a exclusão
social, desde o nível euro-peu ao nível local, no
sector público e no priva-do;
Motivar todos os cida-dãos europeus a participa-
rem na luta contra a pobreza e a exclusão
social;
Dar voz às preocupações e necessidades de todos
quanto atravessam situa-
2010: Ano Europeu de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social
Globalização... “Escrevo num computador
montado em Taiwan, com software norte-americano que foi programado por indianos. Tenho um telemó-
vel escandinavo fabricado no Extremo Oriente com componentes de 20 países.
A roupa que visto tanto pode ter sido feita no Vale do Ave como na China, no
Paquistão ou na Indonésia,
mas é de marca italiana. A
de ontem era de marca espanhola. Ao almoço, comi um prato brasileiro. As uvas da sobremesa vieram do
Chile. Mas também havia bananas do Equador. O pão, esse, foi feito por mãos
africanas, a partir de trigo produzido na América do Sul, com sementes canadia-
nas, transportado em navios
com bandeira do Panamá,
movidos a petróleo do Médio Oriente. O carro do meu pai é japonês, mas tem componentes de mais de
100 países diferentes. O mesmo aconteceria se fosse
francês, italiano ou alemão.
Acho que é a isto que cha-
mam globalização…”
Março 2010 Edição: DCSH - EMRC Secundário
Alicerce
1 tijolo A cidadania é a responsa-
bilidade perante nós e
perante os outros, cons-
ciência de direitos e deve-
res, sentido de pertença,
de preocupação e partici-
pação, é insatisfação
perante o que é injusto ou
está mal, é ser solidário, é
ter vontade de aperfei-
çoar. O alicerce da cida-
dania é a educação. Esta
sim é o fundamento que
se encontra abaixo da
superfície e que serve de
base ou suporte ao peso
da construção da Casa.
Consta na Declaração
Universal dos Direitos
Humanos, no artigo 26.º,
que a educação deve visar
a plena expansão da per-
sonalidade humana, o
reforço dos direitos do
homem e das liberdades
fundamentais e deve
favorecer a compreensão,
a tolerância e a amizade
entre todas as nações e
todos os grupos raciais ou
religiosos.
Criar um espaço de exer-
cício da cidadania é impe-
rativo numa comunidade
escolar. Com esta convic-
ção lançou-se o Alicerce.
Depois de percorrer hospitais e orfanatos nas principais cidades do Haiti, a Unicef esti-
ma que quase 50 mil crianças estejam sozinhas no país depois do terramoto. O número
dá a dimensão do desafio que a ONU e o governo do Haiti terão de enfrentar para con-
trolar a saída de crianças do país e evitar que se transforme num paraíso para redes de
traficantes de menores. Veronique Taveau, porta-voz da Unicef, explica que não se trata
de 50 mil órfãos. "Nesse cálculo que fizemos, sabemos que existem órfãos. Mas também
incluímos o número de crianças que simplesmente estão sozinhas. Isso não quer dizer
que elas não têm mais família. Mas que, nesse momento, essas famílias estão desapareci-
das ou a criança está perdida", explicou. A Unicef insiste que a adopção deva ser apenas
o último recurso e que encontrar parentes dessas 50 mil crianças deve ser a prioridade.
Unicef estima que Haiti tem 50 mil crianças “sozinhas”
Cruz Vermelha aponta higiene grande problema no Haiti
A melhor
maneira de
tornar as
crianças
boas, é torná
-las felizes.
Oscar Wilde
Página 2 Alicerce
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmou que os problemas de higiene
e saneamento transformaram-se num dos principais desafios do Haiti. Através de um comunicado, os activistas no terreno, da Cruz Vermelha, afirmaram que a
escassez de água tanto para consumo como para higiene é alarmante. A Cruz Vermelha está distribuir água potável a cerca de 12 mil pessoas na capital, Porto
Principe, algo que é totalmente insuficiente. Outras das principais preocupações é a subi-da repentina dos preços, que torna difícil adquirir a quem ainda tem dinheiro, e inacessí-vel a quem o não tem. O CICV atendeu em Petit-Goave 500 pacientes com material de
primeira necessidade, e também estabeleceu um sistema de registo de pessoas que pro-curam parentes desaparecidos, e, até ao momento, 23,5 mil pessoas inscreveram-se, das
quais 1.6 mil pessoas conseguiram encontrar os seus entre queridos.
2. Alcançar a educação
primária universal;
3. Promover a igualda-de do género e capaci-
tar as mulheres;
4. Reduzir a mortalida-
de infantil;
5. Melhorar a saúde
materna;
6. Combater o HIV/SIDA, a malária e
outras doenças;
...os 189 estados da
ONU concordaram, no ano 2000, cooperar para alcançar oito objectivos, no prazo de
2 5 a n o s . A “Declaração do Milé-nio” aponta os seguin-
tes objectivos a serem atingidos pela comuni-
dade internacional:
1. Erradicar a pobreza
extrema e a fome;
7. Assegurar a sustentabilidade
ambiental;
8. Desenvolver uma parce-ria global para o desenvol-
vimento.
Sabias que...
O rapaz que domou o vento
Tem 22 anos, nasceu numa aldeia recôndita do Malaui e,
aos 14, construiu um moinho de vento a partir de um dia-
grama que observara num livro e com a ajuda de materiais
que recolheu do lixo. A história de William Kamkwuamba
é o perfeito exemplo de como o poder de uma só pessoa
consegue transformar toda uma comunidade e de como é
possível lutar contra todas as adversidades. Uma história
de verdadeira inspiração e de leitura obrigatória.
www.ver.pt/conteudos/Sermais.aspx
É necessária
uma
globalização
da
Solidariedade.
João Paulo II
Página 3 Edição: DCSH - EMRC Secundário
mente sempre que se trata de fazer o
bem.
8. Informa-te sobre as
várias iniciativas de
Voluntariado.
9. Reserva parte do teu tempo livre a
fazer algo para tor-
nar os outros felizes.
10. Não te esqueças que o exercício da soli-
dariedade começa
em casa!
In Juvenil 495
1. Não arranjes descul-pas, quando os teus
amigos precisam da
tua ajuda.
2. Habitua-te a colabo-rar nas iniciativas do
teu bairro ou da tua
cidade
3. Escolhe uma activi-dade de solidarieda-
de já existente e pergunta se há lugar
para ti.
4. Trabalha em sintonia
com os outros
5. Não desanimes
perante as primeiras
dificuldades
6. Não te perguntes se o teu empenho
mudará o mundo:
certamente que
o tornará melhor.
7. Trabalha gratuita-
Artigo 1.º
Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em
espírito de fraternidade.
Artigo 25.º Toda a pessoa tem direito a
um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua
família a saúde e o bem-estar, principalmente
quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à
assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais
necessários, e tem direito à segurança no desemprego,
na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou
noutros casos de perda de meios de subsistência por
circunstâncias inde-pendentes da sua vontade.
Decálogo para nos tornarmos
solidários
Solidariedade, onde estás? Solidariedade, onde estás?
Não encontro palavras para des-
crever-te
Neste mundo caótico, frio e distan-
te...
Solidariedade, onde estás?
Procuro-te, mas não te acho
Tanta dificuldade, tanta fome,
tanto frio...
Solidariedade, onde estás?
Onde te escondes?
Por onde andas?
Queria dar-te a mão
E pelo mundo afora
Repartirmos o pão, o peixe, a água,
o vinho, a lã
O pão e o peixe que matam a fome
A água que sacia a sede
O vinho que alimenta a alma
A lã que aquece o corpo
Povos, línguas e nações clamam por
ti
Bem-aventurada aquela que supre
a necessidade dos povos
Sei, que sozinha tu não podes
Precisas de mim, do próximo, do
outro e mais outro... e
Outro, outro... outro? Outro.
E numa roda viva, firme e forte
Envolveríamos o planeta de cima
abaixo
Com teus braços quentes
Aproximaríamos gentes
E todos juntos construiríamos um
mundo melhor
Solidariedade, tu, és o elo
A chave-mestra das portas tran-
cadas
Vem unir
Vem abrir caminhos novos
Dando rumo novo a esta geração
carente de ti
Solidariedade, onde estás?
De repente... um sorriso, um olhar
profundo, um raio de
Luz...
Encontrei-te!
Tu estás aqui. Ali. Acolá. Alhures...
Comigo, contigo, consigo, connosco,
convosco, com Ele...
Amém!
(Rita de Cássia Cortes Pedro Dias).
“A genuína solidariedade
é aquela praticada com
quem nem sequer
conhecemos”.
RECONSTRUIR COM O HAITI
- Unidade de Saúde Materno-Infantil PORQUE VALE A PENA ACREDITAR!
A Cáritas de Coimbra mobiliza a sociedade e Igreja diocesana para a cons-trução de uma Unidade de Saúde Materno-Infantil no Haiti.
Cf. http://www.caritas.pt/coimbra
Declaração Universal dos
Direitos Humanos