Alexandro Teixeira

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS II CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA ALEXSANDRO TEIXEIRA DOS SANTOS ANÁLISE DO CONSUMO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES E/ OU VITAMINAS ENTRE OS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO ALAGOINHAS – BA 2010

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS II

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ALEXSANDRO TEIXEIRA DOS SANTOS

ANÁLISE DO CONSUMO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES E/ OU VITAMINAS ENTRE OS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

ALAGOINHAS – BA

2010

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ALEXSANDRO TEIXEIRA DOS SANTOS

ANÁLISE DO CONSUMO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES E/ OU VITAMINAS ENTRE OS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

ALAGOINHAS - BA 2010

Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física para obtenção do título em Licenciatura Plena em Educação Física da Universidade do Estado da Bahia – Campus II.

Orientador: Prof. Ms .Valter Abrantes

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Dedico esse trabalho a toda minha família: pai, mãe, irmãos, meus amigos e as pessoas especiais que Deus pôs no meu caminho, que são os grandes incentivadores do meu sucesso.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus primeiramente por me dar sabedoria e discernimento para

poder ter um bom entendimento e sabedoria por toda a minha vida.

Aos meus pais Jonas Alves dos Santos e Ivanete Teixeira dos Santos, por

serem as pessoas mais importantes da minha vida e que sempre batalharam para

criar os seus filhos e poder dar uma boa educação, tendo até que se privarem de

certas coisas para o seu bem próprio e com seus esforços não deixaram que eu

desistisse dos meus sonhos.

Ao meu Irmão de sangue Arleques Teixeira dos Santos, onde sempre tive o

seu incondicional apoio, não só com a parte financeira, mas também me apoiando

nas decisões que vim a tomar.

A Vanessa Garcia que me ensinou que temos que ir atrás do que queremos e

nunca desistir.

As pessoas que deus colocou em minha vida, Domingos e Lurdes que são

meus pais de muita consideração, meus irmãos por escolha Daniel Tiago e Daniela

e uma pessoinha que é recém - chegada das mãos de deus para a alegria de todos,

a filhinha de Daniel, Joana Clara. Essas pessoas me acolheram em suas vidas sem

pedir nada em troca .

Aos meus amigos Dinho, Fred, Antonio Amarante (Branco), Henrique, Carlos

nobre, Alex Batista, Pedro (Mineiro), Vinícius, Reinaldo(Pulga), Sergio, Roberval,

Robson, Marcio, Sandro, Marcus, Marília de Moraes Silva (Lilah), que eu tenho

certeza que mesmo de longe me davam forças para suportar a saudade e para que

eu nunca desistisse ou viesse a fraquejar .

Aos componentes do nosso grupo os feras Tiago, Daniel Diogo e Alex que

sempre foram mal vistos por alguns colegas de sala, mas estávamos sempre juntos

pra o que der e vier

Aos meus professores principalmente aqueles que lutaram pela

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implementação do curso de Educação Física no Campus II da UNEB. e também

aqueles que alem de serem professores são amigos e confiavam que eu podia e

posso tudo que eu venha a me empenhar pra concretizar; também àquelas que

desacreditavam que eu poderia me formar, agradeço a essa torcida contra que me

deu mais força ainda pra provar que eu sou capaz “O meu muito obrigado “.

Ao meu orientador Valter Abrantes, por acreditar no meu potencial e além de

tudo ser meu amigo. Espero que essa amizade não acabe.

Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação

acadêmica e apostaram em mim.

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Resumo

Quando a ingestão alimentar é limitada, a suplementação se torna útil para alcançar as doses diárias recomendadas. Estudos apontam para um crescimento na utilização inadequada dessas substâncias, a comercialização cresce a cada dia com o apelo da mídia, porém são poucas as comprovações cientificas dos seus benefícios, e estão no topo do consumo entre os praticantes de atividades físicas como a musculação. Os praticantes de musculação têm uma grande acessibilidade aos suplementos e outras substâncias, por estarem sempre a procura de uma estética corporal perfeita, tornado assim um consumo abusivo sem nenhuma orientação profissional e deixando de preservar pela sua própria saúde que é o que mais importa. Objetivou-se avaliar o consumo de suplementos alimentares entre os praticantes de musculação da academia Ladance na Cidade de Alagoinhas-BA Palavras-Chave: suplementação, musculação, consumo, saúde

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ABSTRACT When food intake is limited, supplementation becomes useful to achieve the recommended daily allowances studies point to a rise in inappropriate use of these substances to marketing is growing every day with the appeal of the media but there are few scientific proofs of its benefits, and are at the top of the consumption among the practitioners of physical activities like weight training the body builders have a high accessibility to supplements and other substances because they are always looking for a perfect body aesthetics, making it one abuse without professional guidance and leaving preserve for their own health which is what matters most.The objective was to evaluate the consumption of dietary supplements among bodybuilders in the gym Ladance City Alagoinhas BA Keywords: supplementation, bodybuilding, consumption, health

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 - Uso de suplementos ou vitaminas............................................23

GRÁFICO 2 -. Suplemento usado...................................................................24

GRÁFICO 3 -. Tempo de uso em meses........................................................26

GRÁFICO 4 - Objetivo.....................................................................................27

GRÁFICO 5 -. Pretensão de usar outros........................................................28

GRÁFICO 6 -. Indicação.................................................................................29

GRÁFICO 7 – Apresentação de efeito adverso..............................................30

GRÁFICO 8 - Escolaridade.............................................................................31

GRÁFICO 9 - Tempo de prática......................................................................32

GRÁFICO 10 - Tipo de atividade....................................................................33

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ....................................................................................................09

CAPÍTULO 01- MUSCULAÇÃO E SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR.................11

1.1. SUPLEMENTAÇÃO COM PROTEÍNA E CREATINA E OS

SEUS EFEITOS.........................................................................16

CAPÍTULO 02- METODOLOGIA APLICADA...................................................21

2.1 AMOSTRA...........................................................................21

2.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO........................21

2.3 MÉTODO.............................................................................22

CAPÍTULO 03- DISCUSSÃO E RESULTADOS...............................................24

CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................34 REFERÊNCIAS.........................................................................35 APÊNDICE................................................................................39 APÊNDICE A............................................................................40 APÊNDICE B............................................................................42 .

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INTRODUÇÃO

O ambiente das academias favorece a disseminação de padrões estéticos

estereotipados, como o corpo magro, com baixa quantidade de gordura ou com

elevado volume e tônus muscular, fazendo com que os alunos que estão fora desse

estereótipo busquem por fórmulas milagrosas, onde possam ter a sua massa

muscular aumentada.

A concepção que os alunos têm sobre suplementação é induzida pela mídia,

que reforça a busca pelo “corpo perfeito” e deixam de lado o seu bem-estar físico e

mental. Atendendo a esse apelo, os mesmos procuram os meios mais rápidos para

obter esse “corpo perfeito”.

Levando em consideração a forma indiscriminada pela qual os indivíduos

aderem à ingestão de suplementos, sem comprovação se tais estratégias que irão

atuar como potencializador no aumento da massa muscular, os praticantes de

hipertrofia muscular possuem necessidades nutricionais diferenciadas dos indivíduos

sedentários ou pouco ativos porém, o problema ocorre quando a preocupação de um

indivíduo - de que seu corpo seja pequeno ou franzino - se torna excessiva,

passando a ter um padrão alimentar específico, que geralmente é composto por

dieta hiperprotéica além de inúmeros suplementos alimentares ou substâncias para

aumentar o rendimento físico, sem a devida orientação, trazendo danos à saúde

O consumo dos suplementos alimentares, quando bem administrado e

supervisionado por nutricionistas, pode ajudar os praticantes de musculação a

adquirir um desempenho melhor no seu treinamento, otimizando a absorção dos

nutrientes contidos nos suplementos, que podem ser encontrados em alguns

alimentos, sendo esta a maneira mais saudável para adquirir os resultados

esperados pelos praticantes de musculação.

Estudos realizados por Rocha e Pereira (1998) e Araújo (2002) em diferentes

regiões do Brasil, têm indicado que uma parcela expressiva de indivíduos que

freqüentam academias esportivas faz uso de suplementos alimentares. Contudo, o

uso de suplementos alimentares por esses indivíduos e por atletas é questionável,

devido à carência de estudos que demonstrem efetivamente seus benefícios e os

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efeitos prejudiciais do consumo, em doses elevadas de tais produtos.

A Indicação do uso por atletas que tem maior dispêndio de energia é seguido

por adeptos da musculação, procurando uma melhor performance e os resultados

almejados por grande parte desses praticantes, e com isso não se preocupam com a

sua saúde.Esse mesmo suplemento pode gerar risco e complicações aos usuários

por não terem noção ou instrução adequada para terem um suporte para esse

consumo em excesso.

Essa monografia apresenta como objetivo analisar o consumo de

suplementos alimentares e/ou vitaminas por parte dos praticantes de musculação da

academia Ladance na cidade de Alagoinhas-Bahia, bem como verificar quais os

tipos de suplementos mais utilizados por parte dos praticantes de musculação e os

possíveis efeitos adversos com o consumo de tais suplementos. O interesse por este

estudo surgiu a partir da minha experiência enquanto frequentador de academias e

também por estagiar por algum tempo na mesma. Era muito questionado de qual

suplemento os alunos poderiam usar, com isso tive a iniciativa de fazer uma

pesquisa sobre o referido assunto.

Inicialmente realizei um levantamento e estudo bibliográfico da literatura

referente às temáticas e aos conceitos básicos da investigação, partindo de

constatações acerca das práticas realizadas pelos praticantes de musculação na

referida academia. Na pesquisa, foi utilizada como instrumento de coleta de dados

entrevistas e questionários, com uma linguagem simples e direta.

Esta monografia está estruturada em três capítulos. No primeiro capítulo

apresento um panorama sobre a prática de musculação e consumo de suplementos

alimentares. No segundo capítulo, apresento a metodologia aplicada na pesquisa,

bem como os sujeitos da mesma. No capítulo 3, as informações, discussões e

resultados obtidos através dos questionários e entrevistas respondidos, através de

gráficos. O embasamento teórico que fundamenta esse trabalho está pautado nos

estudos e análise de vários autores, dentre os quais destaco Ana Lúcia Castro,

Bruno Gualano, Carvalho de Tales, Marcia Daskal Hirschbruch, Luis Mochizuki.

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CAPÍTULO 01 - MUSCULAÇÃO E SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR

A prática de atividade física é de suma importância para se ter uma vida

saudável e livre de doenças proveniente do sedentarismo, bem como para a melhora

do condicionamento físico. Neste contexto, o uso de suplementos alimentares por

parte de alguns indivíduos tem se intensificado, observando resultados positivos e

negativos.

Os suplementos alimentares surgiram há quatro décadas, destinados as

pessoas que não conseguiam suprir suas necessidades nutricionais somente com a

alimentação. No início da década de 90, o químico americano Linus Pauling - Prêmio

Nobel de Química em 1954 e da Paz em 1962 - divulgou a idéia de que mega doses

diárias de vitaminas, principalmente a C, prolongariam a juventude e combateriam

inúmeras doenças. Ele mesmo abusava das vitaminas e morreu em 1994, com

câncer de próstata, mas aos 93 anos (VEJA 2002).

Os suplementos alimentares são produtos destinados a complementar o

conteúdo de energia, proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e fibras

da dieta, dependendo das necessidades individuais. As justificativas para uso de

suplementos alimentares são pautadas na necessidade de suprir as necessidades

nutricionais, induzidas por uma dieta inadequada, ou para sustentar o aumento da

necessidade energética e de nutrientes essenciais promovido pelo treinamento físico

e para melhorar o desempenho (BACURAU, 2001).

Os suplementos prometem reposição rápida da energia gasta durante as

atividades físicas, diminuindo o intervalo entre os exercícios, mas lembra que podem

engordar pessoas com atividade física leve ou moderada. (VEJA, 2002 p.43).

Ao considerar as preocupações sobre o consumo de suplementos

alimentares, entende-se que as razões que levam os adolescentes e adultos jovens

a consumir suplementos alimentares estão ligadas aos padrões estéticos. Segundo

Castro (2003), muitos padrões de beleza foram criados e modificados conforme os

costumes de cada época. Contudo, na década de 1980 o corpo ganhou uma

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valorização nunca antes evidenciada. A história vista, tornando o culto ao corpo uma

verdadeira obsessão, sendo no início do século XXI, transformado em estilo de vida.

Isso se deve ao fato de, nessa época, as práticas corporais terem se tornado mais

regulares, fazendo parte do cotidiano dos indivíduos, o que motivou a proliferação

das academias de ginástica por todos os centros urbanos

O senso comum também difunde que musculação não pode ser realizada por

quem almeja a perda de peso. Sabe-se que a musculação também pode ser

utilizada por pessoas que desejam a eliminação de peso, pois como qualquer outro

exercício físico, os exercícios resistidos geram um gasto energético, contribuindo

com a eliminação de sobre peso. O gasto energético diário declina progressivamente

durante a vida adulta, e a massa livre de gordura é o principal determinante do

metabolismo basal.

Entre os benefícios do treinamento de força pode-se destacar: o desenvolvimento e manutenção da força, resistência muscular, da massa corpórea livre de gordura e na distribuição da massa corpórea, prevenção e reabilitação de problemas musculares e ortopédicos, redução de riscos de algumas doenças (SIMÃO, 2003, pg. 53).

Para Wilmore e Costill (2001), o ganho muscular esta relacionada à genética,

ao estado hormonal, nutricional e nível de atividade física do individuo. A nutrição é

um dos fatores que pode aperfeiçoar o desempenho atlético, e que de forma bem

equilibrada pode reduzir a fadiga, lesões, ou repará-las rapidamente, otimizar os

depósitos de energia para saúde geral de individuo. A ingestão de suplementação

demasiada, sem o devido cuidado, sem a orientação de um nutricionista, pode

acarretar varias complicações com a saúde. Ainda neste contexto,

O crescente número de salas de musculação em clubes,..Os indivíduos que participam de um universidades e escolas atestam à popularidade dessa forma de condicionamento físico programa de treinamento de força esperam que ele produza determinados benefícios, tais como aumento de força, aumento de massa magra, diminuição de gordura corporal e melhoria do desempenho físico em atividades esportivas e da vida diária um programa de treinamento de força bem elaborado e consistente desenvolvido pode produzir todos esses benefícios (FLECK; KRAEMER, 2006, p. 19)

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De acordo com Baylis et al.(2001), existem diversas definições de

suplementos, algumas focadas somente em vitaminas e minerais, enquanto outras,

também em alimentos esportivos especialmente formulados (bebida esportiva, barra

protéica, gel repositor, etc.) e produtos herbais. Os autores consideram importante

incluir todos os produtos alimentícios especiais para esportistas, uma vez que a

distinção entre esses produtos é arbitrária. Além do enfoque em suplementos

diferentes, alguns estudos analisam os suplementos em categorias (ex.:

predominantemente protéicos repositores, etc.).

Como os estoques de carboidratos são limitados no organismo e suficientes

para poucas horas de exercícios, a manipulação da dieta com alimentação rica em

carboidratos, tem como objetivo aumentar os estoques corporais tanto nos músculos

quanto no fígado, melhorando o processo de recuperação e promovendo substrato

energético prontamente disponível para a utilização durante as atividades físicas.

Para otimizar a recuperação muscular, recomenda-se que o consumo de

carboidratos esteja entre 05 e 08g/Kg/peso corpóreo, dependendo do tipo e da

duração do exercício físico escolhido e dos objetivos do individuo (TALES, 2003;

COELHO et al, 2004).

Segundo Wilmore e Costill (1999), a Creatina - substância composta de dois

aminoácidos (glicina e arginina) que é produzida em nossas células - é a principal

molécula de ressíntese de ATP (que é nossa energia celular) nos primeiros 10

segundos de atividades máximas, o que significa que quando sua concentração é

aumentada pela suplementação, a recuperação é mais rápida. Assim como a

glutamina, tem sido relacionada a uma maior síntese protéica, ou seja, maior e

manter os músculos, sua função ergogênica ocorre, quase que exclusivamente, na

capacidade de formar músculos em exercícios de alta intensidade e curta duração.

Segundo Bacurau (2007), em nosso organismo, a creatina é produzida pelo

fígado, rins e pâncreas a partir dos aminoácidos, glicina, arginina e mitionina. Ela

também pode ser obtida pelo consumo de vários tipos de carnes e outros derivados,

entrando diretamente na corrente sanguínea. Em indivíduos normais, saudáveis, a

creatina é suportável a taxa de 02g/dia pela síntese endógena e dieta a

suplementação oral de elevadas doses de creatina (20g/d-30g/d) por vários dias

aumenta significativamente as concentrações durante o repouso.

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Os suplementos alimentares têm se tornando companheiros inseparáveis de

todos aqueles que estão em busca da boa forma. No entanto, o que poucos sabem

é que o uso desse tipo de substância só é recomendado nos casos em que há uma

deficiência alimentar e que não é indicado para pessoas com doenças pré-

existentes, como hipertensão e hipoglicemia, por exemplo.

Essas substâncias ditas ergogênicas têm um lugar essencial para os atletas e

não atletas. Segundo Wilmore e Costill (1999), o termo é derivado de duas palavras

gregas “Ergon” (Trabalho) e “Gennam” (Produzir). Diante desse conceito, uma

substancia ergogênica poderá melhorar ou intensificar a capacidade de trabalho em

indivíduos sadios e que eliminam a sensação dos sintomas de cansaço e fadiga

física e mental, dessa forma potencializando a performance. Existe no mercado uma

gama de substancias que prometem os efeitos desejados, porém só alguns

possuem propriedades ergogênica ou fenômenos supostamente ergogênicos são

muito poucos.

Os suplementos prometem reposição rápida da energia gasta durante as

atividades físicas, diminuindo o intervalo entre os exercícios, NO ENTANT podem

engordar pessoas com atividade física leve ou moderada. (Veja 2002, p 43)

Segundo Wilmore e Costill, (1999), algumas substâncias ditas ergogênicas

podem produzir um efeito chamado ergolíticos, efeitos prejudiciais sobre o

rendimento. Entretanto, para uma substancia ser legitimamente classificada como

ergogênica, ela deve comprovadamente melhorar o desempenho. Sendo assim,

estudos científicos nessa área são essenciais para diferenciar uma resposta

ergogênica verdadeira de uma resposta pseudoergogênica, na qual o desempenho

melhora simplesmente porque o indivíduo espera a melhora, efeito placebo.

De acordo com Bacurau (2001, p.271), a carnitina tem o intuito de melhorar a

performance e reduzir a massa gorda. A carnitina é um dos componentes do sistema

enzimático que controla a entrada de ácidos graxos de cadeia longa principal tipo

armazenado no organismo; na mitocôndria, este mecanismo, se comprovado,

aumentaria a oxidação de ácidos graxos durante a atividade física, e assim

estimularia os mecanismos de conservação do glicogênio muscular, retardando a

fadiga.

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Desde que foi demonstrado que a suplementação de creatina (20 g/dia por 5-

7 dias) promove aumento de 20% nas concentrações de creatina muscular, diversos

estudos investigaram o efeito da suplementação no rendimento esportivo.

Atualmente, são bem documentados os efeitos ergogênicos da suplementação de

creatina em atividades intermitentes de alta intensidade e curta duração. Além disso,

estudos recentes têm demonstrado que a suplementação de creatina pode ser

benéfica em certos acometimentos neuromusculares, em doenças crônico-

degenerativas e tolerância à glicose. Em contrapartida, as dúvidas acerca dos

efeitos adversos dessa substância são inúmeras, sobretudo no que tange à função

renal. (Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 2008)

Segundo Bacurau (2007, p.269), a glutamina é um aminoácido que agi na

síntese protéica, volume celular e síntese de glicogênio; sugere que ele promove o

crescimento muscular e minimiza a imunossupressão induzida pelo exercício, por

meio desses, esse aminoácido exerce papel estimulador sobre a síntese protéica

através do volume celular da pressão osmótica, ela estabelece uma particularidade

com a creatina no aumento da síntese de proteína.

Suplementos com nomes comerciais diferentes, nem sempre contêm

substâncias diferentes. Muitas vezes, adeptos da musculação consomem vários

pitos de suplementos ao mesmo tempo, não sabendo que os mesmos contêm os

princípios ativos, e com grandes quantidades de substancias já existentes nos

alimentos. Substancias são ingeridas indiscriminadamente e na grande maioria das

vezes indicadas por amigos que freqüentam as academias há mais tempo não se

preocupando em procurar um nutricionista para ter um melhor suporte para que não

haja nenhuma complicação com o consumo dos suplementos, estes quando bem

administrados, com o auxilio de um nutricionista, pode ajudar o praticante de

musculação a ter um melhor desempenho na pratica dos exercícios.

Há uma relação positiva entre a prática de exercícios e o uso de suplementos.

O consumo de suplementos entre alunos de academias de musculação é

significante e suficiente para despertar interesse de estudos mais detalhados. Os

autores mostram que o consumo é maior em homens, que ingerem aminoácidos e

outros concentrados protéicos diariamente. A imagem corporal inconstante nos

adolescentes e a falta de tempo para treinamento adequado nos jovens adultos,

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aliada à impaciência em atingir os resultados esperados e ao desejo de aparentar o

seu melhor, tornam os jovens propensos a consumir qualquer coisa que se

apresente como atalho para atingir o padrão de beleza imposto, já que a estética é

um dos principais motivos da prática esportiva nessa faixa etária.

Vários estudos demonstram baixa ingestão calórica e desequilíbrio nutricional

nas dietas de atletas profissionais e/ou amadores. Apesar da comprovada eficiência

do carboidrato na recuperação do glicogênio muscular, atletas de elite ainda

demonstram resistência no consumo deste nutriente. A alimentação adequada em

termos de oferta de carboidratos contribui para a manutenção do peso corporal e a

adequada composição corporal, maximizando os resultados do treinamento e

contribuindo para a manutenção da saúde. (Diretriz da Sociedade Brasileira de

Medicina do Esporte).

1.1 SUPLEMENTAÇÃO COM PROTEÍNA E CREATINA E OS SEUS EFEITOS

No caso da maior parte dos suplementos, não há provas conclusivas de

benefícios à saúde e à performance, e qualquer melhora nesta, tende a ser mediada

por um efeito placebo. Na maioria dos casos, os suplementos são simplesmente

formas mais caras de proteínas, açúcares ou vitaminas. Contudo, quando os

esportistas estão convencidos de que certos alimentos, dietas ou suplementos

melhoram o desempenho, essas substâncias ou técnicas podem fornecer benefícios

psicológicos, mais que fisiológicos. As informações errôneas se espalham na mídia

para os atletas, seus técnicos, os treinadores e o público. Alguns vão comprar os

suplementos e experimentá-los, por via das dúvidas. (HIRSCHBRUCH, Revista

Brasileira de Medicina do Esporte, 2008).

Segundo Willims (2002), a proteína geralmente não é considerada uma fonte

de energia importante durante o exercício, porque o carboidrato e as gorduras

prestam-se muito bem a esse propósito, para tanto o seu consumo está relacionado

com a prática de exercícios físicos. Entretanto, atualmente pesquisas demonstram

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que, sob certas condições, a proteína pode representar uma fonte significativa de

energia durante o exercício.

As proteínas são fundamentais para qualquer dieta, pois são utilizadas para o

reparo e construção muscular. Durante períodos de treinamento intenso e

prolongados, a ingestão inadequada de proteínas pode levar a uma degradação

protéica superior a síntese, resultando em perda de tecido muscular (BOMPA;

CORNACCHIA, 2000). As necessidades protéicas de atletas têm recebido atenção

especial dos investigadores nas últimas décadas por fazerem parte essencial no

reparo de micro lesões musculares decorrentes da prática esportiva. Essas

necessidades aumentam com o tipo de exercício praticado, sua intensidade,

duração e frequência e não há uma definição em relação a diferenças quanto ao

sexo. (GUALANO, Revista Brasileira de Medicina do Esporte 2009).

Para Philips et al.(2004), até o momento, não há nenhuma evidência para

sugerir que suplementos protéicos são necessários para a otimização do

crescimento muscular ou ganho de força, devido ao fato de que o estímulo para a

síntese protéica aumenta a eficiência da utilização de proteínas, o que reduz as

elevadas doses da dieta. Contudo, os praticantes de hipertrofia insistem em utilizar

as proteínas em excesso para a otimização dos treinos.

Segundo Bacurau (2007), a segurança na utilização de suplementos é um

fator importante que deve influenciar a decisão do individuo em optar por ingerir

suplementos alimentares. Alguns cientistas acreditam que o consumo dos

suplementos é uma pratica segura, já outros preferem ser mais cautelosos dizendo

que existem poucos estudos para apoiar o consumo. Sem critérios e consumidos

indiscriminadamente, os suplementos não trazem quaisquer benefícios e podem,

sim, comprometer o funcionamento harmônico do corpo. Alguns repositores

hidroeletrolíticos - produtos formulados a partir de concentração variada de minerais,

associada a concentrações variadas de carboidratos - têm por objetivo a reposição

hídrica durante atividade física de longa duração.

Segundo Bertolucci et. al (2002), a recomendação de proteína no exercício de

musculação vai desde 1,0 a 3,0 g/Kg/dia. Apesar de sua função anabólica, não

existe nenhuma vantagem na ingestão excessiva de proteínas, tendo em vista a

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impossibilidade de seu armazenamento pelo organismo. Todo o excesso calórico na

forma de proteína deverá ser transformado em gordura, assim como o nitrogênio

adicional advindo da maior ingestão protéica deverá ser eliminado pelo sistema

urinário.

Nosso organismo está apto a absorver 0,8 gramas por cada quilo de peso

corporal de proteína. Se os adeptos da musculação já têm uma dieta rica em

proteína, seu organismo não conseguirá acumular qualquer excesso. Portanto, se

ele ingerir um suplemento protéico, isso será eliminado pela urina ou, na pior das

hipóteses, poderá sobrecarregar o rim em longo prazo (WOLISKY E HIKSON

JUNIOR, 1996)

Por estarem sempre procurando meios mais rápidos para obter um resultado

mais rápido, os praticantes de musculação fazem uso de vários tipos de

suplementos e vitaminas para estarem bem ou consigo mesmo ou manter a estética,

como o padrão de beleza que está se querendo chegar. Segundo Carvalho (2003), o

uso excessivo de suplementos alimentares no Brasil, está vinculado a finalidades

ergonômicas e estéticas. Essa prática está generalizada nas academias de

musculação e alguns outros ambientes de praticas esportivas e ambientes de prática

de exercícios físicos. Contudo, não podemos esquecer que deveríamos entender o

suplemento como um acessório, e não fazer o uso indiscriminado de substâncias

que nem se quer sabemos os seus reais benefícios. Temos que entender que a

melhor suplementação esta nos alimentos que ingerimos todos os dias; alimentação

balanceada e de qualidade associada à prática de atividade física bem orientada

ainda é o essencial.

O processo de hipertrofia muscular ocorre quando a taxa de síntese protéica

muscular excede a taxa de degradação, acarretando um saldo positivo no balanço

protéico muscular. A síntese protéica muscular pode permanecer elevada até 48

horas pós-exercício. Visando maximizar o ganho de massa muscular, é necessário

otimizar os fatores que promovam a síntese protéica e diminuam a degradação

protéica, como uma adequada recuperação entre as sessões de treinamento, visto

que os efeitos do treinamento de força sobre o músculo pode persistir por cinco dias

ou mais e um maior número de refeições para auxiliar na manutenção da

concentração sanguínea de aminoácidos. A proteína só realizará sua função plástica

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na síntese protéica se as necessidades energéticas são adequadas em relação ao

gasto energético diário, intensidade e duração do treinamento, caso contrário será

utilizada como substrato energético, prejudicando alguma função estrutural do

indivíduo, ao invés de ajudar poderá atrapalhar o processo de hipertrofia muscular

(JUNIOR; ROGERO;TIRAPEGUI, 2005).

A explicação para essa falta de cuidado na ingestão dos suplementos pode

ser facilmente encontrada em conversa com freqüentadores de academia de

musculação. A maioria dos nutricionistas não conhece a composição dos

suplementos, exceto os nutricionistas esportivos que têm informações mais

específicas nessa área. O corpo precisa de carboidratos e proteínas em equilíbrio.

Assim, aumentar o consumo de proteínas e eliminar o carboidrato de sua vida pode

ser uma péssima idéia.

Os suplementos não substituem a dieta normal, na verdade, eles devem ser

vistos como coadjuvantes para suprir as necessidades nutricionais. A quantidade de

calorias que uma pessoa deve ingerir varia de acordo com as necessidades exigidas

pelo organismo, por exemplo, há uma discrepância entre a necessidade de consumo

de calorias por um atleta que treina regularmente de 05 a 06 vezes por semana e um

esportista, que não tem uma rotina de treinamento. Quem consume mais calorias

tem uma necessidade maior de nutrientes.

Ao considerar que a preocupação dos praticantes de musculação é

essencialmente estética, temos uma visão e podemos entender as razões que levam

os adolescentes e adultos jovens a consumir suplementos alimentares. A grande

maioria dos indivíduos que aderem a programas regulares de exercícios com pesos,

têm grande preocupação estética, que se resume ao aumento da força e massa

musculares à custa do treinamento associado à suplementação, objetivando assim a

ingestão de uma dieta hiperprotéica (Rev. Bras. Med Esporte, 2006).

Estudo realizado por Kantikas (2007) verificou que 52% da população

masculina fazem uso de suplementos nutricionais com objetivo de ganho de massa

muscular. Em um estudo com 183 praticantes de musculação, 62 indivíduos (34%)

consumiam suplementos alimentares e os mais utilizados foram à base de proteínas

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e aminoácidos (49%). Em outro estudo, 22,6% dos indivíduos consumiram

suplementos alimentares e apresentaram consumo protéico acima do recomendado.

Koshy et al.(1999), indicaram a suplementação de creatina como causadora

de nefrite intersticial aguda e injúria tubular focal, em um homem de 25 anos

aparentemente saudável. Esse sujeito apresentou aumento nas concentrações

séricas de creatinina (2,3 mg/dl) e pressão sanguínea 160/100. Infelizmente, os

autores não forneceram maiores informações acerca do histórico clínico do sujeito.

Revai et al.(2003) relataram um caso no qual um indivíduo de 22 anos de

idade, usuário de esteróide anabólico (metadiona) e creatina em grande quantidade

(200 g/dia) apresentava glomerulonefrite membranoproliferativa difusa do tipo I.

Os efeitos da suplementação de creatina sobre a função renal são debatidos

intensamente na literatura científica. Enquanto alguns pesquisadores posicionam-se

cautelosamente quanto ao uso dessa substância, uma vez que estudos de caso têm

sugerido efeitos deletérios à função renal, há autores que se debruçam sobre

estudos longitudinais, que embora possuam sérias limitações metodológicas,

indicam a segurança da suplementação de creatina. Diante da incerteza em torno do

tema, a mídia e os órgãos reguladores de cada país têm tomado suas próprias

posições acerca dos riscos desse suplemento. (HIRSCHBRUCH, Revista Brasileira

de Medicina do Esporte, 2008).

É comum observar inúmeros especialistas da área de saúde condenando,

veementemente, o consumo de creatina, sobretudo com a alegação de que esse

suplemento é prejudicial à função renal. A dedução é simples e até mesmo lógica, a

creatina é convertida espontaneamente a creatinina, a qual é excretada pelos rins. O

excesso de creatina obtida pela suplementação geraria uma sobrecarga renal ao ser

excretada. (HIRSCHBRUCH, idem, 2008).

Page 22: Alexandro Teixeira

21

CAPÍTULO 02 - METODOLOGIA APLICADA

O método a ser utilizado para a realização da pesquisa consiste no modelo

quantitativo de coleta de dados, pois este modelo se caracteriza por permitir a

realização da pesquisa com uma grade amostra de sujeitos que se pretenda

estudar, de maneira eficaz. É também utilizado para a análise de um determinado

fenômeno e para a análise de hipóteses. Como afirma Lakatos e Marconi (2002,

p.84),

Consistem em investigação de pesquisa empírica cuja principal finalidade é o delineamento ou analisa das características de fatos ou fenômenos, a avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais ou chave. [...] com a finalidade de fornecer dados para a verificação de hipóteses.

A abordagem quantitativa foi escolhida por se encaixar na proposta do estudo, já

que o trabalho consiste em analisar o consumo de suplementos alimentares e ou

vitaminas entre os praticantes de musculação da Academia Ladance na cidade de

Alagoinhas Bahia, sendo então necessária, uma forma eficaz de coleta de dados, que

permita uma grande abrangência de participantes.

2.1 AMOSTRA

Foram entrevistados 34 alunos do sexo masculino da academia Ladance. Esse

número “pequeno” de entrevistados se deu por uma má aceitação por parte dos

alunos em responder ao referido assunto, sendo que eles não têm um conhecimento

sobre o mesmo. Foi usado um questionário elaborado por mim e com o auxilio do

meu orientador, este questionário continha16 perguntas com o intuito de esclarecer

algumas duvidas sobre os consumidores dos suplementos e o seu perfil.

2.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

2.2.1 Critérios de inclusão

Estar com idade compreendida entre 18 a 30 anos no período que foi

realizado a coleta de dados;

Page 23: Alexandro Teixeira

22

Estar freqüentando a academia à pelo menos quatro meses;

Freqüentar academias de musculação no período que foi realizada a

pesquisa e estarem matriculados a pelo menos quatro meses.

2.2.2 Critérios de exclusão

Preenchimento incorreto do questionário;

Falta de assinatura nos termos de consentimento livre e esclarecido;

Estar fora da faixa etária estabelecida;

Ter menos de quatro meses de freqüência na academia.

2.3 MÉTODO

Pra a realização da coleta de dados, foi realizada a elaboração de um

questionário (ANEXO) que atendesse a proposta do referido trabalho, já que não

existia nenhum questionário que atendesse as especificações de pesquisa em

curso, de analisar o consumo de suplementos alimentares ou vitaminas entre os

praticantes de musculação na academia Ladance na cidade de Alagoinhas-Bahia.

Esse questionário foi composto por de dezesseis perguntas em anexo ao

questionário foi utilizado um termo de consentimento livre e esclarecido em duas

vias, onde uma fica com o sujeito pesquisado e a outra com o pesquisador. Nos

casos em que o sujeito possuía idade inferior a 18 anos, os termos de

consentimento livre e esclarecidos eram assinados pelo responsável do sujeito.

A coleta dos dados foi realizada pelo próprio pesquisador seleção da amostra

foi feita de forma aleatória, resguardando os critérios de inclusão na pesquisa. Os

freqüentadores da academia foram abordados diretamente na academia, em

diferentes horários do dia e em diversos dias da semana. A coleta dos dados foi

feita em uma única fase e em uma única academia, e os resultados foram

apresentados na forma de proporção, através dos percentuais de cada resposta

obtida através do questionário.

Page 24: Alexandro Teixeira

23

CAPÍTULO 03- DISCUSSÃO E RESULTADOS

Após análise dos questionários, os resultados foram descritos por meio de

gráficos, na forma de percentagem onde foi observada a escolaridade, tempo de

pratica, tipo de atividade, freqüência de treino, duração do treino, uso de

suplementos, qual suplemento usado, qual a freqüência de uso, objetivo, quem o

indicou, Pretensão em usar outro tipo de substancia, apresentação de algum efeito

adverso.

Gráfico 1 .

O objetivo principal da pesquisa esta neste tópico. O que é o uso ou não de

suplementos ou vitaminas para que essas venham ajudar no desempenho e uma

boa performance. A grande maioria de adeptos dos suplementos alimentares que é

foco da pesquisa representa 79% dos alunos que responderam o questionário, os

que não usam somam 21%.

Page 25: Alexandro Teixeira

24

Em estudos realizados por ROCHA e PEREIRA (1998) entre praticantes de

atividade física em academias apontam percentuais de 25% e 32% de consumo,

diferente do presente trabalho que somam 79%,dos indivíduos que usam

suplementos alimentares .

Gráfico 2 .

Os suplementos usados pelos alunos da academia tiveram destaques os mais

conhecidos e mais baratos. O mais utilizado pelos alunos foi o Whey Protein que

teve 26% dos alunos entrevistados confirmando que utilizam esse suplemento, não

só o Whey Protein sozinho, mas junto com outros complementos como é o caso do

BCAA/wheyprotein com 15% dos alunos, mas uma mistura foi percebida nas

respostas dos alunos BCAA / Albumina com 6% da preferência dos alunos; a

creatina teve 3%%, a Albumina também com 3%. Também houve indivíduos que

não usam nenhum tipo de suplementos ou vitaminas que somam 23%. O BCAA teve

os 23% da preferência dos indivíduos. Os suplementos utilizados estão

supostamente recomendados ao ganho de massa muscular.

Page 26: Alexandro Teixeira

25

Um dos suplementos mais utilizado segundo a pesquisa é o Whey Protein

que é a base de proteína junto com a Albumina. Resultados encontrados por outros

autores indicaram consumo de suplementos a base de aminoácidos e proteína por

praticantes de atividades físicas em quantidades mais elevadas, em torno de 63%

(SANTOS; SANTOS, 2002) e 38,9% (PEREIRA; LAJOLO; HIRSCHBRUCH, 2003).

Também foi encontrado consumo menor desse tipo de suplemento (17%) por Araújo,

Andreolo e Silva (2002).

O BCAA é entre os suplementos um dos mais consumidos pelos

frequentadores da academia, por ser um dos mais conhecidos e também pelo fato

de ser facilmente encontrado em qualquer farmácia ou lojas especializadas.

De acordo com BURKE (1993), o BCAA são aminoácidos de cadeia

ramificada, valina, leucina e isoleucina. A maior quantidade de estudos com BCAA

deve-se ao quadro da fadiga central. As estratégias para utilização do BCAA em

relação à fadiga central procuram estabelecer que sua suplementação realmente

atrase o início da fadiga e assim ter um bom desempenho na pratica da musculação.

Atualmente existem três manobras nutricionais para evitar a fadiga central:

suplementação de Carboidratos durante o exercício, o que diminuiria o uso de

BCAA, e consequentemente sua queda no sangue; suplementação com BCAA para

manter seus níveis no sangue; uma mistura de BCAA e Carboidratos durante o

exercício. Os praticantes da musculação que estão nas academias para treinar, sem

um intuito de competir, não estão cientes dessas manobras, mas mesmo assim as

faz por intuição e nem se quer sabem o que estão fazendo, misturando vários tipos

de suplementação sem devidos cuidados.

A creatina por sua vez, não está mais sendo bem aceita pelos praticantes da

musculação, por acharem que não está mais fazendo efeito, já não estão ficando

“grandes” como é uma gíria dos mesmos e por estar com a venda proibida até o

momento, foi liberada pela ANVISA no mês de abril com venda com receita médica;

estão procurando outros suplementos como é o caso dos Pack, nessa pesquisa não

tivemos nenhum aluno que evidenciasse isso não sei se por receio ou pelo custo

que é bastante alto.

Page 27: Alexandro Teixeira

26

Gráfico 3 .

O tempo de uso dos suplementos também influencia na pesquisa para ter

uma idéia de como os indivíduos administrava o consumo e a freqüência desse

consumo dos suplementos. Tiveram os indivíduos que não usam nenhum tipo de

suplementos que somam 23%%, os que vinham consumindo há um mês são 44%,

dois meses tem uma parcela de 9%, seis meses 3%, doze meses 6%,trinta e seis

meses 12% e os indivíduos que já vinham consumindo os suplementos por setenta e

sois meses somam 3% .

Na pesquisa realizada por Rocha e Pereira (1998), o tempo de utilização dos

suplementos alimentares diferiu dos resultados encontrados no presente trabalho,

sendo que o tempo maior de utilização, relatados pelos autores, foi entre 06 meses e

1 ano (37,2%) e apenas (15,7%) de indivíduos utilizavam suplementos a mais de um

ano. Os resultados deste trabalho comparados a de outros autores sugerem que os

freqüentadores de academias estão utilizando suplementos alimentares por um

tempo menor.

Page 28: Alexandro Teixeira

27

Gráfico 4 .

O objetivo dos praticantes de musculação, como já era esperado que é o ganho

de massa muscular, ou seja, hipertrofia muscular, que por sua vez também tem

relação com o gasto calórico, onde indivíduos com maior quantidade de músculos

tem um maior dispêndio energético do que um outro que não venha a ter a mesma

quantidade, ou menos que um ínvido treinado, que é o sonho de qualquer praticante

de musculação. A maioria dos alunos teve como objetivo o ganho de massa

muscular com 71%, os alunos que preferem massa muscular e força foram 0%,

também estão nesse meio os alunos que não consomem nenhum suplemento que

foram 23% deles, já os alunos que preferem só força esses são 6%.

Dados semelhantes foram encontros por Araújo, Andreolo e Silva (2002), Santos

e Santos (2002), onde o principal objetivo do uso de suplementos foi ganho de

massa muscular (hipertrofia), com valores percentuais de 75% e 56%,

respectivamente.

Page 29: Alexandro Teixeira

28

Gráfico 5 .

Quando se foi perguntado se eles pretendiam usar algum outro tipo de

substância, tivemos 26% deles que afirmam que sim, e a grande maioria afirmam

que não, os 74%. Mas o que se vê na realidade é totalmente diferente. Sempre

querem outra formula milagrosa pra atingir a hipertrofia, mas sabemos que

musculação não tem receita, cada um tem suas deficiências, biótipos diferentes,

genéticas diferentes, por isso o que se pode fazer bem pra alguns pode não vir a

fazer o mesmo efeito para o outro.

Page 30: Alexandro Teixeira

29

Gráfico 6.

Outra questão a ser esclarecida é como os indivíduos chegam aos

suplementos, quem os indicou. Os nutricionistas, que são os profissionais

qualificados para recomendar esse tipo de substancia, tiveram 3% de participação

na hora desses indivíduos tomarem esses suplementos; médicos 0%; balconista 0%;

instrutor 35%. Na maioria das academias é normal os alunos irem perguntar ao

instrutor qual o melhor suplemento para se tomar, às vezes pelo mesmo ter um

corpo bem definido e os alunos vêem no instrutor um corpo que eles querem ter. Os

amigos também têm grande influência, às vezes ficam com vergonha de perguntar

ao instrutor ou acham que não precisa ter a orientação de um profissional da

nutrição, assim recorrem aos amigos, que os mesmos tiveram a escolha de 26% dos

alunos; a família nunca é procurada com 0%; por conta própria 9%, a chamada alta

medicação que pode vir a acarretar alguns danos a saúde; outros 3% e os

indivíduos que não usam 24%.

Neste presente trabalho, as fontes mais utilizadas para a recomendação de uso

foi os instrutores com 35%, seguido pelos amigos 26%, os que não usam 24%, conta

própria 9%, nutricionista 3% e outros também 3%. Já em estudo feito por Krumbach

et al. (1999), a fonte mais utilizada para indicação do suplemento foi o próprio

Page 31: Alexandro Teixeira

30

consumidor (40,6%), seguida do nutricionista (32,1%), familiares e amigos (31,1%),

treinadores (23,6%) e médico ou farmacêutico (12,2%). Segundo trabalho realizado

por Rocha e Pereira (1998), 32 alunos (63,0% da amostra) receberam alguma

orientação para o consumo de suplementos, dos quais 13 (41,0%) foram orientados

por profissionais de saúde, 9 por médicos e 4 por nutricionistas e os demais 19

(59,0%) através de "instrutores", "amigos", "leitura sobre o assunto", entre outras

fontes.

Gráfico 7 .

Quando é perguntado aos alunos se já sofreram algum efeito adverso como

diarréia, infecções, problemas dos rins, dor de cabeça, palpitações, náuseas, entre

outros, a grande maioria com 94% dizem que não, o restante 6% afirmam que sim.

Outros estudos tiveram resultado diferentes e relataram efeitos colaterais

como problemas renais e hepáticos, diminuição do desempenho sexual, tonteira,

enjôo, irritação, insônia e acne e aumento do sono (ROCHA; PEREIRA, 1998) e

(ARAÚJO; ANDREOLO; SILVA, 2002).

Page 32: Alexandro Teixeira

31

Em alguns casos, a suplementação de alguns nutrientes pode ocasionar

desequilíbrios, toxicidade ao organismo (ARAUJO, SOARES, 1999). Os vários

suplementos são comercializados com informações nos rótulos sobre conseqüências

da sua utilização, mas não se tem estudos suficientes para que afirmem os

benefícios do seu uso. (PEREIRA, LAJOLO , HIRSCHBRCH, 2003).

De acordo com as evidências encontradas na maioria das pesquisas, Kreider

(1998) afirma que a suplementação de creatina parece ser uma prática clinicamente

segura, quando usada em doses descritas na literatura. Para Juhn e Tarnopolys

(1998), a suplementação com doses maiores de creatina não deveria ser uma

prática comum entres as pessoas que tem uma maior propensão a desenvolver

doenças renais e aquelas que já possuem algum tipo de disfunção renal. Estudos

relataram alguns sintomas gastrointestinais como náuseas vômitos e ou diarréias

com o uso de creatina. (JUHN e TARNOPOLSKY, 1998 e SCHILLING et al. 2001).

Gráfico 8 .

Dos freqüentadores da academia entrevistados, 3% dos mesmos tem o

ensino fundamental completo; também com essa margem está o ensino médio

Page 33: Alexandro Teixeira

32

incompleto 3%; os indivíduos com o ensino médio completo representa a grande

maioria dos entrevistados com 59%; logo atrás está os indivíduos cursando o ensino

superior que representam 18%; o restante dos mesmos tem o curso superior

completo e representam 17%.

Em estudo anterior, cerca de 69,9% dos usuários de suplementos alimentares

tinham nível superior completo e incompleto ( PEREIRA LAJOLO, HIRSCHBRUCH,

2003), diferente do presente trabalha que evidenciou que os alunos usuários de

suplementos alimentares têm o Ensino médio completo que somam (59%).O

consumo de suplementos alimentares independe do seu grau de escolaridade todos

podem consumir,melhor seria com a orientação de um profissional de nutrição

esportiva .

Gráfico 9 .

Como critério de inclusão no estudo, os indivíduos teriam o tempo mínimo de

prática na academia a pelo menos 04 meses. Os entrevistados com o tempo mínimo

de tolerância para que fossem considerados incluídos na pesquisa tiveram a menor

percentagem onde somaram 9%, 6 meses foram 18%, os indivíduos com 1 ano de

prática foram catalogados com um total de 26%, 02 anos tiveram o mesmo numero

Page 34: Alexandro Teixeira

33

de indivíduos 26%, já os indivíduos com 3 anos ou mais de freqüência na academia

foram de 21%.

Gráfico 10 .

Analisando as atividades realizadas pelos usuários da academia, foi

evidenciado que a grande maioria dos indivíduos pratica só a musculação como

atividade com 68% dos mesmos; já musculação e aeróbico que já é pra aqueles

freqüentadores que além de ficarem fortes querem manter o peso ou mesmo perdê-

los, esses somam 29%; outra modalidade foi só o treino aeróbico com 3% dos

mesmos e com 0% os indivíduos que praticam ginástica - preferência do público

feminino, que não faz parte dessa pesquisa.

Dados de outros autores mostraram que 50% (ROCHA; PEREIRA, 1998) e

93% (SANTOS; SANTOS, 2002) dos indivíduos consumidores de suplementos

alimentares praticavam musculação. Neste trabalho, 68% dos indivíduos praticam

musculação.

Page 35: Alexandro Teixeira

34

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como foco os praticantes de musculação com os

alunos da academia Ladence, em Alagoinhas/Bahia, onde foram esclarecidos os

tipos de suplementos mais utilizados, como os suplementos protéicos - os mais

evidenciados entre os alunos entrevistados. Ressaltou-se também a necessidade de

haver uma maior preocupação com esse uso excessivo dos suplementos e também

com misturas e combinações, onde não há uma certeza dos seus efeitos benéficos .

Sabe-se que a pratica de atividade física é de grande importância para o bem-

estar dos indivíduos, para a saúde ou até mesmo para a auto-estima, bem como os

benefícios de ter uma melhor qualidade de vida.

Ao final deste trabalho foi evidenciado que o objetivo dos alunos praticantes

da academia - como já esperado – era o ganho de massa muscular. Evidenciou-se

também que a maioria dos alunos pratica musculação e já concluíram o ensino

médio. Quanto ao uso dos suplementos, observou-se que os alunos utilizam os

suplementos hiper protéicos, que na sua maioria são indicados pelos instrutores. O

tempo de uso desses suplementos tem significativas prerrogativas para futuras

complicações. Segundo os entrevistados nunca houve efeitos colaterais com uso de

alguns suplementos.

Diante de todos os estudos e questionamentos levantados, conclui-se que

estes dados são relevantes e reforçam a necessidade de mais pesquisas para

identificar o consumo de suplementos alimentares na população em geral, bem

como estudos que avaliem os efeitos do uso prolongado dos suplementos

alimentares, seus benefícios e seus malefícios.

Page 36: Alexandro Teixeira

35

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Page 40: Alexandro Teixeira

39

APÊNDICE

Page 41: Alexandro Teixeira

40

APÊNDICE A

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS II

COLEGIADO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Questionário

01. Idade: ____ anos

02. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

03. Escolaridade: ( ) Fundamental Incompleto ( )Fundamental Completo ( )Médio Incompleto( ) Médio Completo ( ) Superior Incompleto ( ) Superior Completo

04. Há quanto tempo pratica esta atividade física na academia? _________________________________________________________________

05. Qual a atividade praticada na academia? ( )Musculação ( ) Musculação + Aeróbico ( ) Aeróbico ( ) Ginástica

06. Quantas vezes por semana freqüenta a academia? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7

07. Qual a duração dos exercícios por dia? ( )30min ( )45min ( )1h ( )1h30min

( )2h ou mais

08. Você faz ou já fez uso de algum tipo de suplemento (vitaminas, minerais, proteínas, aminoácidos, carnitina, creatina, extratos botânicos)? ( ) Sim ( ) Não

09.Qual foi o produto?____________________________________________

( ) Protéicos ( ) CHO. Carboidratos ( ) Estimuladores ( ) Anabolizantes ( ) Vitaminas

Outros:

___________________________________________________________________

Page 42: Alexandro Teixeira

41

___________________________________________________________________

_________________________________________________________________

10.Qual foi a dosagem?______________________________________________

11.Qual a freqüência de uso?_________________________________________

________________________________________________________________

12.Quanto tempo de uso? ____________________________________________

_________________________________________________________________

13.O que lhe levou a usar?________________________________________

_________________________________________________________________

14. Quem indicou? ( ) Nutricionista ( ) Médico ( ) Balconista de Farmácia ou Loja Específica ( ) Instrutor ( ) Amigos ( ) Familiares ( ) Conta Própria ( )Outros.

Quem?___________________________________________________________

15. Pretende usar pretende usar outro tipo de substância ? ( )SIM ( ) NÃO.

Qual?___________________________________________________________

16 Você já sofreu algum efeito adverso dos suplementos (diarréia,infecções,problemas dos rins ,dor de cabeça palpitações náuseas) outros?

___________________________________________________________________

_________________________________________________________________

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42

APÊNDICE B

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS II

COLEGIADO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Senhor_____________________________________________

Estamos realizando uma pesquisa com o objetivo de avaliar o consumo de

suplementos e/ou vitaminas entre os praticantes de musculação da Academia

Ladance na cidade de Alagoinhas-Bahia, tendo como responsável o Prof. Ms. Valter

Abrantes e pesquisador Alexsandro Teixeira dos Santos

Este estudo pretende seguir os princípios éticos de pesquisas envolvendo

seres humanos, evitando danos/ agravos aos sujeitos envolvidos na pesquisa. Sua

participação é voluntária e, a qualquer momento, estaremos a sua disposição para

esclarecimentos sobre a pesquisa e você terá todo o direito de desistir dela quando

não se sentir devidamente satisfeito, sem nenhum prejuízo para o senhor. Será

garantido o sigilo de todas as informações individuais coletadas nessa pesquisa,

preservando a sua identidade. Os resultados desse estudo serão publicados e

poderão ajudar a entender e avaliar o consumo de suplementos e/ou vitaminas na

referida academia na cidade de Alagoinhas-Bahia. Se você concordar em participar,

deverá assinar este termo. Uma cópia dele ficará com você e a outra com os

pesquisadores.

Alagoinhas (BA), _____/_____/_____

Assinatura do sujeito_____________________________________________