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alcochete FRENTE RIBEIRINHA E EDUCAÇÃO SÃO PRIORIDADES › PÁGINAS 8 E 9 Informação da Câmara Municipal de Alcochete ABRIL 2011 | Número 0 | Distribuição Gratuita www.cm-alcochete.pt AUTARQUIA PERSPECTIVA O FUTURO DO CONCELHO ATÉ 2025 › PÁGINAS 4 E 5 REQUALIFICAÇÃO NO LARGO ANTÓNIO DOS SANTOS JORGE › PÁGINA 7 ALFREDO CANÁRIO DESTACA INVESTIMENTOS NA SOC. IMPARCIAL › PÁGINAS 12 E 13 ENTREVISTA com Presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Luís Miguel Carraça Franco

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alcochete

FRENTE RIBEIRINHA E EDUCAÇÃO SÃO PRIORIDADES› PÁGINAS 8 E 9

Informação da Câmara Municipal de AlcocheteABRIL 2011 | Número 0 | Distribuição Gratuita

www.cm-alcochete.pt

AUTARQUIA PERSPECTIVA O FUTURO DO CONCELHO ATÉ 2025› PÁGINAS 4 E 5

REQUALIFICAÇÃO NO LARGO ANTÓNIO DOS SANTOS JORGE› PÁGINA 7

ALFREDO CANÁRIO DESTACA INVESTIMENTOS NA SOC. IMPARCIAL› PÁGINAS 12 E 13

ENTREVISTA com Presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Luís Miguel Carraça Franco

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in SÍNTESE

2.inalcochete | Abril 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

FICHA TÉCNICA

PERIODICIDADE Bimestral | PROPRIEDADE Câmara Municipal de AlcocheteMORADA Largo de São João 2894-001 Alcochete | Telef.: 212 348 600DIRECTOR Luís Miguel Carraça Franco, Presidente da Câmara Municipal de AlcocheteEDIÇÃO SCI – Sector de Comunicação e Imagem | COORDENAÇÃO DE REDACÇÃO Susana NascimentoREDACÇÃO Íngride Nogueira, Micaela Ferreira, Rosa Monteiro | FOTOGRAFIA SCIPAGINAÇÃO CJORGE – Design & Comunicação e Rafael Rodrigues/SCI IMPRESSÃO Empresa Gráfica FUNCHALENSE | DEPÓSITO LEGAL (em emissão) REDACÇÃO E FOTOGRAFIA SCI – Sector de Comunicação e Imagem | Telef.: 212 348 [email protected] | TIRAGEM 10 000 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

CÂMARA APROVA PRESTAÇÃO DE CONTAS 2010Na reunião de Câmara realizada a 13 de Abril, nosPaços do Concelho, o Executivo Municipal aprovoupor maioria, com a abstenção dos Vereadores do Partido Socialista, a Prestação de Contas e o Relatório de Gestão 2010. As contas municipaisreferentes ao ano transacto ficaram marcadas poruma significativa redução das receitas ao nível dos impostos indirectos e pelos valores positivosalcançados ao nível do IMT e do IMI.

1.INFOCO “Alcochete 2025”– Câmara Municipal elabora Plano Estratégico e de Desenvolvimento para o Município. Participação da população e de todosos agentes económicos e sociais é fundamental para constituir uma visão e estratégia futura.

2.INLOCAL Obras decorrem no Concelho: em São Francisco, destaque para a construção do Centro Escolar e, em Alcochete, para as intervenções na Rua João de Deus e no Largo António dos Santos Jorge.

3.GRANDEPLANO Em entrevista, o Presidente da Câmara Municipal destaca os grandes investimentos e desafios para o Concelho. Ordenamento do território e regeneração urbana são as grandes apostas deste mandato.

4.INVIDA O Fórum Cultural é novamente palco de grandes artistas nacionais.

Em Março, David Fonseca encerrou a digressão em Alcochete e, em Abril,Sérgio Godinho actua nas comemorações do 25 de Abril.

5.INMOVIMENTO Alfredo Canário cumpre o segundo mandato à frente da Sociedade Imparcial de Alcochete e, nesta edição, salienta os desafios alcançados por esta colectividade

6.INEMPRESARIAL A Dias de Sousa é uma das principais empresas de importação de equipamentos analíticos e científicos no país e está sedeadano Parque Industrial do Batel. Em entrevista, o Eng.º Dias de Sousa revela o percurso desta empresa que conta já com 28 anos de actividade.

7.ENCANTOS E TRADIÇÕES Em Abril, com a realização de mais um Círio dos Marítimos, Alcochete protagoniza momentos de fé e culto à Nossa Senhorada Atalaia.

1. 2.

4. 5.

MUNÍCIPES ADEREM AO PROJECTO HORTAS SOCIAISNo âmbito do projecto “Hortas Sociais”, a Câmara Municipal e a Fundação dasSalinas do Samouco reuniram, este mês,no Fórum Cultural, com os 33 candidatosa hortelões. Durante a sessão foram atribuídas as diferentes parcelas de terrenoe foi apresentado o regulamento de funcionamento das Hortas Sociais.

Inalcochete

A partir do n.º 1 do InAlcochete, a Câmara Municipal vai incluir no alinhamento desta nova publicação uma nova secção, intitulada InPlural, na qual será divulgada informação sobre as matérias abordadas em Assembleia Municipal, pelas três forças políticas representadas neste órgão autárquico.

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Abril 2011 | inalcochete.3Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Caros (as) Munícipes,

Após quase quatro anos de existência, o InAlcochete, tal como o conhecemos, em forma-to newsletter (folha informativa), despede-se de nós e passará a circular, a partir deste mêsde Abril, num novo formato e com uma nova periodicidade. Embora, tenhamos tido sempre a percepção de que a população depressa se identificoucom aquele projecto, o qual também muito nos satisfez no imediato, sempre existiu danossa parte a noção de que o mesmo, em termos de espaço era bastante exíguo o que nosfazia sentir, cada vez mais, a necessidade de reflectir junto da nossa população a imensaactividade que a Câmara Municipal produz, quase que diariamente, conducente à progres-siva concretização dos compromissos assumidos perante a população.E, precisamente, dada a sua exiguidade modificámos o seu formato com base em doisprincípios fundamentais: Como verdadeiro instrumento de cidadania de participação cívi-

ca dos cidadãos e de democracia directa e partici-pativa e, deste modo, encontrar, mais espaço parainformar, mais e melhor os nossos munícipes, de ummodo mais relevante, transparente e objectivo sobrea actividade desenvolvida pela CMA e, por outrolado, uma maior racionalização de custos, pois aocontrário do que possamos pensar este é um for-mato que nos permite uma maior redução no orça-mento, incluindo os custos inerentes à publicidadeprópria do Município.O InAlcochete, que tem agora nas suas mãos, dei-xou assim o seu formato de newsletter e surge-nosem formato tradicional, o de um jornal de 16 pági-nas, divididas nas mais variadas secções, nas quais

destaco aquelas em que damos voz ao nosso movimento associativo, em que damos aconhecer as empresas sediadas no concelho de Alcochete e aquela na qual destacamos asdiferentes sensibilidades da actividade política dos três partidos com assento na Assem-bleia e Câmara Municipal. Neste número zero gostaria de destacar a grande reportagem“Alcochete 2025 – um futuro planeado”, os artigos sobre as obras de requalificação no Lar-go António Santos Jorge e as entrevistas a Alfredo Canário, Presidente da Sociedade Im-parcial 15 de Janeiro de 1898, ao Eng.º Dias de Sousa, Administrador do Grupo Dias deSousa, e a um nome incontornável da música portuguesa, Sérgio Godinho.Não seria possível terminar sem fazer uma alusão à passagem de mais um aniversário do25 de Abril. Comemoramos 37 anos de Liberdade e Democracia, valores fundadores donosso regime político e que introduziram profundas transformações na nossa sociedade,comemoramos, igualmente, o nascer de uma nova sociedade, assente na cidadania, a qual,apesar dos momentos complicados que atravessa, se vem desenvolvendo e encarando coma confiança necessária o futuro. Os desafios que temos pela frente não são fáceis e exigem--nos muita dedicação, persistência e trabalho, mas estamos certos que com a nossa forçae o nosso empenho continuaremos a merecer a confiança da nossa população na constru-ção de um Concelho cada vez mais desenvolvido!

Novo InAlcochete para melhorinformar os nossos munícipes

EDITORIAL

LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCOPresidente da Câmara Municipal de Alcochete

Um novo instrumento de cidadania,

de participação cívica dos cidadãos

e de democracia directa e participativa,

com mais espaço para informar.

3.

6.

7.

PROTECÇÃO CIVIL SENSIBILIZA UTENTES DA PISCINA MUNICIPALCom o objectivo de prevenir os utentes da Piscina Municipal sobre as medidas a adoptarem situação de sismo, o Serviço Municipal deProtecção Civil realizou um conjunto de acçõesde sensibilização neste equipamento municipal.“O cidadão é o primeiro agente de protecçãocivil” foi o lema desta iniciativa que sensibilizoucerca de 700 munícipes.

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4.inalcochete | Abril 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

in FOCO

Alcochete 2025– um futuro planeado

tica e ambiciosa, abraçar a mudança eo que é inovador sem esquecer as raí-zes e a forte identidade local existente,que constitui por si só um atractivo esimultaneamente um aspecto dife-renciador, agarrar as oportunidadesexistentes e atrair novas vontades eagentes são alguns dos princípios quenorteiam a elaboração deste plano.Alcochete precisa de uma estratégiade mudança que preserve de formainteligente os aspectos identitários exis-tentes, assim como a riqueza cultural,patrimonial e natural, geradores deriqueza e pólos de atracção para no-vos mercados e investidores.

TERRITÓRIO ATRACTIVO E INTEGRATIVO COM ENORMESPOTENCIALIDADESIntegrado na Área Metropolitana de

Lisboa, o Município de Alcocheteregista uma taxa de crescimentodemográfico, no período entre2001-2008, na ordem dos 34%, umcrescimento urbanístico acelerado,com 3216 fogos licenciados parahabitação no mesmo período. A proximidade ao rio confere-lheuma dinâmica muito própria comimplicações na definição de aspec-tos identitários, práticas, usos e cos-tumes, à qual não é alheia a eviden-te relação integrativa que o Estuáriodo Tejo mantém com o Núcleo An-tigo da vila de Alcochete, revelado-ra de um valioso património social,cultural e ambiental.O enquadramento paisagístico comas áreas protegidas, localizadas noterritório, confere ao concelho de Al-cochete um posicionamento privi-

legiado para o desenvolvimento doturismo e lazer na natureza, tirandopartido da qualidade paisagística eambiental existente.A componente rural assume tam-bém neste território uma grandeimportância, associada à crescenteprocura de produtos naturais e acti-vidades de lazer em espaço rural, va-lorizando a tradição e genuinidadeassociada aos produtos rurais.Este é um território com uma forteidentidade cultural, onde tem sidopossível manter um ritmo de cres-cimento populacional equilibrado.Perante estes indicadores, revelado-res que o Concelho continua a serum território atractivo com enormespotencialidades, sem esquecer a no-va localização do Novo Aeroportode Lisboa, os projectos estruturan-

O Plano Estratégico para o Desen-volvimento de Alcochete tem sub-jacente a definição de um modelode desenvolvimento que valorize aspotencialidades turísticas, económi-cas, sociais e de inovação do Con-celho, num horizonte temporal até2025, e que reflicta simultaneamen-te as necessidades dos munícipes.“Pretende-se que este instrumentoseja o resultado de um envolvimen-to absoluto de todos os intervenien-tes, construindo a concertação neces-sária e desenhando as soluções paramelhor responder aos desafios quetemos pela frente, privilegiando ummodelo de governação democráticae participada”, referiu o presidente daCâmara, Luís Miguel Franco, aquan-do da apresentação pública do Plano.Encarar o futuro de uma forma pragmá-

Pensar e perspectivar Alcochete num horizonte temporal até 2025 constitui o grande desafio que a Câmara Municipal quer partilharcom os munícipes, no âmbito do “Alcochete 2025”– Plano Estratégico e de Desenvolvimento para o Município. No que concerne à visãoe estratégia para um território que enfrenta grandes desafios, o plano estratégico tem subjacente a ideia de se constituir como a CartaMagna do Concelho, indutora de uma acção concertada entre todos os agentes com intervenção local. Ou seja uma carta de compromissos, não apenas para a Câmara Municipal, mas um instrumento operacional dirigido a todos os serviços públicos, agentes económicos, sociais, culturais e aos cidadãos em geral, envolvendo-os de forma directa na definição de “Alcochete 2025 – Visão e Estratégia”.

Alcochete precisa de uma estratégia de mudança que preserve de forma inteligente os aspectosidentitários existentes.

O Concelho continua a ser um territórioatractivo com enormespotencialidades.

O FUTURO SUSTENTADO DE ALCOCHETE PASSA PELA REGENERAÇÃO URBANA.

CÂMARA DEBATE “ALCOCHETE 2025” COM AGENTES ECONÓMICOS A Câmara Municipal promoveu no passado dia 14 de Abril, no Clube Náutico Alfoz, uma reunião de trabalho como professor Augusto Mateus, que envolveu agentes económicos, dirigentes e representantes de organismosregionais e nacionais, no âmbito da elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Município –“Alcochete 2025”.Luís Miguel Franco destacou a importância de envolver os agentes e a população na elaboração deste instrumentode planeamento: “Identificámos 5 eixos estratégicos, que agora estão sujeitos a discussão e reflexão, e pretendemosobter uma análise critica em relação ao que é proposto em termos de desenvolvimento para o Município”.Neste encontro no qual foram abordadas as grandes linhas orientadoras do Plano, assim como os modelos de parceria e cooperação que se podem estabelecer entre a Câmara Municipal e os agentes económicos, participaram, entre outros, a Presidente da CCDR-LVT, Arq. Teresa Almeida, e o Presidente do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, o Eng. Tito Rosa.

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Abril 2011 | inalcochete.5Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inFOCO

Fase preliminarde diagnóstico está concluída

REGENERAÇÃO DA FRENTE RIBEIRINHA ALTERA PORTA DE ENTRADA EM ALCOCHETE

Objecto de candidatura no âmbitodo Programa Operacional Regional de Lisboado QREN, o programa de acção para a Regeneração da Frente Ribeirinha de Alcochete constitui uma prioridade para a Câmara Municipal. A Regeneração da Frente Ribeirinha é o pontode partida na implementação de um novomodelo de valorização da Vila, com evidentesimpactos ao nível do ordenamentodo território e repercussões arquitectónicas,paisagísticas, ambientais, sociais e económicas.Após a conclusão do estudo conceptualsegue-se o desenvolvimento dos projectos de execução, projectos de especialidade, quenuma fase posterior vão possibilitar o lançamento de concursos relacionados comcada uma das intervenções.Neste sentido a Autarquia contemplou já para2011, no que diz respeito ao Plano Plurianualde Investimento, as dotações das rubricas correspondentes, que permitirão lançar os procedimentos e eventualmente iniciar as obras durante o segundo semestredo próximo ano.

Neste programa de acção estão integrados os projectos e estudos considerados estruturantes para o Concelho e que se revelam na requalificação do MiradouroAmália Rodrigues, da Rua do Norte, do Largoda Misericórdia, da Av. D. Manuel I (vertenteterrestre e marítima), da Rua Chão do Conde/Rua Carlos Manuel Rodrigues Francisco, daRua João de Deus/ Rua do Catalão e do LargoCoronel Ramos da Costa/ Largo João da Horta.Destaque-se ainda o Plano de Pormenor do Alto dos Moinhos – Parque UrbanoRibeirinho, desenvolvido em parceria com a Libertas S.A. e que se constituirá num aprazível espaço verde, de estadia e lazer, comcerca de oito hectares. Recorde-se que a Fundação João GonçalvesJúnior, a Santa Casa da Misericórdia, o Institutode Conservação da Natureza e Biodiversidade/Reserva Natural do Estuário do Tejo e a Administração do Porto de Lisboa são as entidades que, em parceria com a CâmaraMunicipal, se candidataram ao Programa de Acção para a Regeneração da FrenteRibeirinha.

empreendedorismo e localização em-presarial; Eixo 4 - Alcochete espaçode atractividade residencial; Eixo 5 -Governança e governabilidade.

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO PÚBLICAO processo de participação públicaassume agora uma importância vi-tal na elaboração do Plano pois pre-tende envolver, de forma directa, oscidadãos de maneira a integrar as suaspreocupações, opiniões e receios.É nesse sentido que a Autarquia es-tá a promover a realização de Ses-

sões Temáticas, abertas à participa-ção da população em geral, dos agen-tes económicos, sociais e educativos,para que desta forma o plano estra-tégico integre as reflexões de todos.Além disso a Autarquia criou o e-mail [email protected],que já recebeu alguns contributos,e está a desenvolver um site exclu-sivamente dedicado às questões doplano estratégico, onde poderá serencontrada toda a informação so-bre a elaboração, as diferentes fasesdo diagnóstico deste documento es-tratégico fundamental para o desen-volvimento sustentável do Concelho.As redes sociais pelo seu crescenteimpacto na sociedade moderna es-tão também incluídas neste proces-so, nomeadamente nos canais daCâmara Municipal no Facebook eno Twitter. Participe! Envie-nos a sua opinião.Consigo construímos o futuro!

Em elaboração pela equipa técnicade Augusto Mateus e Associados, oPlano Estratégico e de Desenvolvi-mento de Alcochete já conheceutrês momentos públicos, nomeada-mente, na conferência “Que desa-fios para o Concelho de Alcochete?,realizada a 3 de Julho de 2009, noFórum Cultural de Alcochete, naqual estiveram presentes, além doExecutivo Municipal e do Prof. Au-gusto Mateus, muitos cidadãos queparticiparam activamente no deba-te de ideias, que marcou o início dadelineação da visão e estratégia a lon-go prazo para o Município de Alco-chete.Mais recentemente, o Plano esteveem discussão na reunião de Câmarade 16 de Fevereiro último, na qualfoi aprovado, por unanimidade, oprocesso de participação pública domesmo, e na reunião da AssembleiaMunicipal, de 25 de Fevereiro úl-

Estão claramente identificados os eixosestratégicos de intervenção.

timo, durante a qual os deputadosmunicipais tomaram conhecimen-to do estado de maturidade do mes-mo.Após muitas reuniões de trabalhona Câmara Municipal, deslocaçõesao terreno e identificação dos pila-res fundamentais para a concepçãoda estratégia que melhor defenda osinteresses de Alcochete, o plano estáactualmente numa fase de diagnós-tico, onde estão claramente identi-ficados os pontos fortes e fracos des-de concelho ribeirinho, a dinâmicaterritorial, além dos eixos estratégi-cos de intervenção nas diferentesáreas, nomeadamente: Eixo 1 - Al-cochete espaço de capitalidade nasfunções associadas à biodiversidadee conservação da natureza e "portade entrada" da Reserva Natural doEstuário do Tejo; Eixo 2 - Alcoche-te espaço de visitação e lazer; Eixo3 - Alcochete espaço de iniciativa,

tes tais como a Plataforma Logísticado Poceirão, a nova Ponte Barreiro-Chelas, a Rede de Alta Velocidade eas novas acessibilidades rodo-ferro-viária, com forte impacto para a Re-gião e para o País, a Câmara Munici-pal decidiu adequar o ritmo da re-visão do Plano Director Municipal,lançar procedimentos concursais paraa elaboração das cartas da REN e daAvaliação Ambiental Estratégica, eparticipar simultaneamente, no pro-cesso de alteração do Plano Regio-nal de Ordenamento do Territórioda Área Metropolitana de Lisboa(PROT-AML).No caso da Avaliação Ambiental Es-tratégica, cujo relatório de factorescríticos para a decisão já foi apresen-tado no passado mês de Fevereiro,em reunião de Câmara e AssembleiaMunicipal, constitui mesmo uma obri-gatoriedade inerente ao processo derevisão do PDM, enquanto instru-mento que avalia a forma como as es-tratégias do PDM-Alcochete respon-dem aos problemas de sustentabili-dade críticos no Município, e quais osriscos e oportunidades que poderãoser suscitados no futuro.

A Câmara Municipaldecidiu adequar o ritmoda revisão do PDM, lançar procedimentosconcursais para a elaboração das cartasda REN e da AvaliaçãoAmbiental Estratégica e participar simultaneamente, no processo de alteração do PROT-AML

PROJECTO DE REQUALIFICAÇÃO DA AVENIDA D. MANUEL I.

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in LOCAL

No âmbito de uma política detransparência, a Câmara Municipalelaborou um conjunto de normasque vão regulamentar as transferências do Município paraos estabelecimentos de educaçãopré-escolar e do 1.º Ciclo do EnsinoBásico da rede pública do Concelho.Numa altura em que se vivem fortes constrangimentos económicos, a Autarquia integrounum único documento as normas e os princípios que devem orientaras transferências financeiras que são realizadas para apoiar a gestão do Agrupamento, a concretizaçãode projectos ou actividades pedagógicas decorrentes do planoanual de actividades e a acçãosocial escolar.

Reuniãoem São Franciscoincluiu visitaao Centro Escolar

Associações de Pais e Câmara partilhampreocupações sobre rede escolar

PARQUE DE MERENDAS EM SAMOUCO COM SANITÁRIOS PÚBLICOSOs cidadãos que frequentam o Parque das Merendas em Samouco vão poder beneficiar dos sanitários públicos que foram instalados neste espaço verde, junto à Praia Fluvial desta freguesia. Este equipamento, adquirido pela Junta de Freguesia de Samouco, vem dar respostaàs necessidades dos cidadãos que usufruem deste espaço para momentos de lazer ao ar livre.Antes da instalação deste novo equipamento, a Câmara Municipal pavimentou a área envolvente com lajetas de betão, estabeleceu a ligação às redes de água e de águas residuais e dotou esta área das condições necessárias para, numa fase posterior, ser instalada iluminaçãopública. A manutenção dos sanitários públicos fica a cargo da Câmara Municipal de Alcochete.

AUTARQUIA CRIANORMAS PARATRANSFERÊNCIA DE VERBAS PARA ESCOLAS

A Câmara Municipal concluiu emMarço um conjunto de trabalhosque reforçaram a sinalização horizontal no Concelho.Nas Estradas Municipais 501 e 502,nas Avenidas São Francisco de Assise D. João II, que estabelecem a ligação entre as freguesias deAlcochete e São Francisco, e numtroço do Caminho Municipal 1004,entre o Pinheiro da Cruz e oEntroncamento, foram repintadosos eixos rodoviários e as respectivasguias laterais. Devido à intensa circulação rodoviária,a sinalização horizontal nestas viaspúblicas apresentava pouca visibilidade, o que dificultava umacirculação em segurança. Com o mesmo objectivo, a Autarquia reforçou ainda a pinturados eixos rodoviários no CaminhoMunicipal 1003, num troço do Caminho Municipal 1004, entreo Pinheiro da Cruz e São Francisco,na Rua do Futebol Clube de SãoFrancisco e nas Avenidas Canto do Pinheiro e 5 de Outubro, emAlcochete. O conjunto destas intervenções representou um custode €20.754,82.

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL REFORÇA SEGURANÇANAS ESTRADAS

Para o próximo dia 27 de Abril está agendadaa segunda reunião descentralizada deste ano daCâmara Municipal, no edifício da Junta de Fre-guesia de Samouco. Todas as reuniões de Câ-mara são públicas e o Executivo aposta na sua des-centralização para promover o diálogo e envol-ver os munícipes na gestão autárquica.Quinzenalmente, às quartas-feiras, às 17h30,o Executivo Municipal de Alcochete reúne noedifício dos Paços do Concelho, na vila de Al-cochete, excepto nas datas em que realiza, emhorário nocturno, as reuniões descentraliza-das noutros locais do Concelho (ver quadro).

A primeira reunião descentralizada do Execu-tivo Municipal decorreu a 30 de Março, noedifício da Junta de Freguesia de São Francis-co, após a visita às obras de construção donovo Centro Escolar de São Francisco, o maiorinvestimento financeiro realizado no conce-lho pela Autarquia, conforme referiu o Presi-dente da Câmara de Alcochete, no encerra-mento da referida reunião.Com capacidade para 300 crianças do Pré-Es-colar e 1.º Ciclo do Ensino Básico, o Centro Es-colar de São Francisco tem inauguração previs-ta para este ano e representa um investimentode cerca de três milhões de euros, comparticipa-dos pelo QREN e pelo Programa de Alargamen-to da Rede do Pré-Escolar.

uma perda de qualidade dos projectos pedagó-gicos que são desenvolvidos e fomenta o afas-tamento entre o público escolar e os quadrosdirectivos numa altura em que se registam, ca-da vez mais, fenómenos de indisciplina. A estes argumentos acrescenta-se ainda a cons-trução de novos equipamentos escolares, comoo Centro Escolar de São Francisco, que vão per-mitir uma reorganização educativa mais ade-quada à realidade do concelho de Alcochete.De forma a manifestar e a afirmar a sua posiçãosobre esta medida, que foi elaborada sem auscul-tação dos Municípios, a Câmara Municipal apro-vou em sessão pública de Câmara e em Assem-bleia Municipal uma moção que foi remetida àDirecção e Conselho Geral da Escola Secundáriade Alcochete, ao Agrupamento de Escolas El-ReiD. Manuel I, à Direcção Regional de Lisboa e Valedo Tejo e à Secretaria de Estado da Educação.

Com o objectivo de informar e dialogar sobrematérias educativas, a Autarquia realizou emFevereiro, no Fórum Cultural, uma reunião comas Associações de Pais do Concelho. Repre-sentantes da Federação das Associações de Paise Encarregados de Educação do Concelho deAlcochete (FAPEECA) e das direcções do Agru-pamento de Escolas El-Rei D. Manuel I e daEscola Secundária de Alcochete marcaram pre-sença nesta reunião dirigida pelo Vereador daEducação, Paulo Alves Machado.Para além das questões relacionadas com ofuncionamento dos estabelecimentos de ensi-no, durante esta reunião a Câmara Municipalpartilhou as suas preocupações relativas à cons-tituição de mega agrupamentos, uma medidaelaborada pelo Ministério da Educação que de-fende a junção de todos os estabelecimentos deensino da rede pública (incluindo o de ensino se-

cundário) num único Agrupamento. Para a Câ-mara Municipal esta é uma iniciativa governa-mental que não se adequa à realidade concelhiae não vai ao encontro da Carta Educativa do Mu-nicípio que prevê a constituição de dois agrupa-mentos verticais e a manutenção da Secundáriade Alcochete como escola não agrupada. Por ou-tro lado, esta concentração pode contribuir para

O Executivo Municipal visitouas futuras instalações do novoCentro Escolar, uma empreitadaque está a decorrer a bomritmo na Freguesia de SãoFrancisco e que vai proporcionarcondições dignas para ofuncionamento do Pré-Escolare do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

OS AUTARCAS VISITARAM A OBRA DE CONSTRUÇÃO DO NOVO CENTRO ESCOLAR DE SÃO FRANCISCO.

A CÂMARA MUNICIPAL REUNIU COM AS ASSOCIAÇÕES DE PAISSOBRE O TEMA DOS MEGA AGRUPAMENTOS.

6.inalcochete | Abril 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

REGUESIAS / LOCALIDADES 1.º SEMESTRE 2.º SEMESTRE LOCALSão Francisco 30 de Março 20 de Julho Edifício da Junta de FreguesiaSamouco 27 de Abril 31 de Agosto Edifício da Junta de FreguesiaValbom 25 de Maio 28 de Setembro Sede do Vulcanense Futebol ClubePassil 8 de Junho 26 de Outubro Edifício do Centro ComunitárioFonte da Senhora 22 de Junho 23 de Novembro Delegação da Junta de Freguesia de Alcochete

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inLOCALOBRAS PERMITEM ALARGAR CAMINHOEM SÃO FRANCISCOCom o objectivo de assegurar a drenagem das águaspluviais e aumentar a segurança rodoviária, a CâmaraMunicipal procedeu à regularização da linha de águaque confina com a estrada da Grafonha, em SãoFrancisco.Esta obra, situada junto ao entroncamento com a Estrada Real, foi realizada numa extensão de 80metros e permitiu aumentar a largura do caminho,

tornando mais segura a circulação rodoviária naqueletroço.Executada por administração directa de 25 de Janeiro a 8 de Fevereiro, esta intervenção custou 2.250 euros,verba que abrange os custos de mão-de-obra e a aquisição dos materiais necessários ao revestimentoda linha de água com manilhas de betão, à construçãodos muretes de protecção e à colocação de sinalização.

Integrada numa visita de dois dias a Portugal, o Príncipe Carlos deInglaterra esteve, no passado dia 29de Março, em Alcochete, paraconhecer a empresa Vitacress, umaempresa do Grupo RAR, que sededica à produção biológica de vegetais. Na companhia doPresidente da Câmara, Luís MiguelFranco, e dos responsáveis daempresa, o herdeiro da coroa britânica visitou as estufas de tomatebiológico, ficou a conhecer os procedimentos aplicados no tratamento orgânico dos solos, a utilização de abelhas enquantopolinizadoras naturais e os projectosde utilização de energias renováveis.

PRÍNCIPE CARLOS DE INGLATERRAVISITA EMPRESA DO CONCELHO

Na vila de Alcochete, as obras naRua João de Deus estão a decorrerdesde Janeiro e prosseguem a bomritmo. Depois de concluída a execução das redes de drenagemde esgotos domésticos e pluviais, os trabalhos neste arruamento prosseguem com a execução deuma rede pública de abastecimentode água com vista a melhorar o fornecimento deste bem. De forma a minimizar os incómodosque advêm da substituição da antiga rede em fibrocimento, a Câmara Municipal executou umarede provisória à superfície que vaigarantir o abastecimento de águanestes arruamentos. Assim que anova rede em PVC esteja concluída,a rede provisória será de imediatodesactivada e removida do local. Após a conclusão da execução dasreferidas redes será repavimentada a via de circulação rodoviária comum novo perfil e definida uma zonade estacionamento e de estar juntoao acesso à Rua do Catalão.

OBRAS EM CURSONA RUA JOÃO DE DEUS

Privilegiar a área pedonal, eliminar o estacio-namento desordenado e alterar a circulaçãorodoviária são os principais desafios que aAutarquia quer ver concretizados neste Largosituado no centro da Vila de Alcochete. Local de passagem e de acesso a vários servi-ços, o Largo António dos Santos Jorge registadiariamente vários constrangimentos, como aintensa circulação rodoviária e o estacionamen-to abusivo, que convivem com as esplanadase áreas de estadia existentes. De forma a alterar esta realidade e tornar o Lar-go António dos Santos Jorge num espaço pú-blico funcional e harmonioso, a Câmara Mu-nicipal vai investir €48.237,20 na execuçãode um conjunto de trabalhos realizados poradministração directa. Antes de iniciar o novo arranjo arquitectóni-co foi substituído um troço de conduta de águade modo a garantir um fornecimento destebem com maior qualidade. Para que os munícipes e visitantes possamusufruir deste espaço que reúne um conjun-to de restaurantes e estabelecimentos comer-ciais, os serviços municipais vão alterar o tra-çado rodoviário e o respectivo acesso ao Lar-go que, após a requalificação, será efectuadoatravés da Rua do Espírito Santo com saída

pela Rua Senhora da Vida. Vão ser criados cin-co lugares de estacionamento, incluindo os lu-gares para cargas e descargas, e na área centraldo Largo vai ser delimitada uma área de esta-dia para colocação de três esplanadas. Em todo o Largo vão ser realizadas alteraçõesao pavimento, com recurso à calçada miúda,a fonte existente será reactivada e o mobiliá-rio urbano será substituído de acordo com oPlano de Harmonização da Sinalética e Mo-biliário Urbano que está a ser elaborado pelaCâmara Municipal no âmbito da RegeneraçãoUrbana de Alcochete.Os espaços verdes existentes no Largo foramjá alvo de intervenção com a substituição dostrês ulmeiros existentes por duas palmeirasjunto à sede da Sociedade Imparcial 15 deJaneiro de 1898, uma acção que contribuipara uma maior coerência entre as espéciesarbóreas que embelezam este Largo. Os ulmei-ros foram replantados na praceta junto à RuaFernão Lopes e no parque infantil no Canto doPinheiro em Alcochete.A requalificação do Largo António dos SantosJorge representa mais um passo na política deregeneração urbana que está a ser implemen-tada no Município e que visa o ordenamentodos espaços públicos.

Autarquia investena requalificação do LargoAntónio dos Santos JorgeEm Alcochete, a Câmara Municipal já arrancou com a intervenção de requalificação no Largo Antóniodos Santos Jorge. A decorrerem desde 9 de Março, as obras vão transformar este Largo do NúcleoAntigo num espaço pedonal por excelência.

A INTERVENÇÃO NO LARGO ANTÓNIO DOS SANTOS JORGE PRIVILEGIA O ACESSO PEDONAL.

No Largo vão ser realizadasalterações ao pavimento, com recurso à calçada miúda,a fonte existente será reactivadae o mobiliário urbano serásubstituído

Abril 2011 | inalcochete.7Informação da Câmara Municipal de Alcochete

SAIBA MAIS

› DEVIDO ÀS OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO, A CÂMARA MUNICIPAL INFORMA QUE, ENTRE OS DIAS 9 DE MARÇO E 9 DE MAIO, O TRÂNSITO NO LARGO ANTÓNIO SANTOS JORGE ESTÁ INTERDITO.

› NA RUA DO NORTE ESTÃO RESERVADOS DOIS LUGARES DE ESTACIONAMENTO PARA CARGAS E DESCARGAS.

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GRANDEPLANO

8.inalcochete | Abril 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Alcochete tem de se assumircomo uma marca ainda maisdistinta no seio da GrandeÁrea Metropolitana de Lisboa.

Considerando a actual conjuntura económi-co-financeira que afecta o nosso País e queconsequentemente penaliza as Autarquias,em termos de PIDDAC e ao nível das trans-ferências decorrentes do Orçamento do Es-tado, de que forma vai a Autarquia enfrentaros desafios que se colocam ao Município?A partir de 2009, com o agravamento da criseno plano nacional, também em Alcochete sen-timos de forma muito veemente os efeitos des-sa crise. Primeiro assistimos ao não cumpri-mento integral das Finanças Locais e, conse-quentemente, a uma diminuição das verbasprovenientes do Orçamento Geral do Estadopara as Autarquias. Depois verificamos uma cres-cente transferência de competências para os Mu-nicípios, sem que as mesmas tivessem sidoacompanhadas das respectivas contrapartidasfinanceiras. Veja-se o que se verificou nas áreasda Educação, Saúde e Acção Social. Por suavez, aumentaram os encargos e prestações paraa Caixa Geral de Aposentações e SegurançaSocial, acompanhadas de cortes consideráveisnos rendimentos dos trabalhadores das Au-tarquias e respectivas famílias. Finalmente, nãonos podemos esquecer que os sucessivos Pro-gramas de Estabilidade e Crescimento tive-ram reflexos ao nível das Autarquias. Refirosó dois: o segundo PEC que alterou por com-pleto as regras relacionadas com as capacidadesde endividamento dos Municípios, e nessaaltura a Câmara Municipal tinha disponíveiscerca de um milhão e oitocentos mil euros aonível da sua capacidade de endividamento, mascom o outro agravamento, aquando da aprova-ção da Lei do Orçamento de Estado para 2011,foram reduzidos, de forma significativa, os valo-res que decorrem dessa fonte de financiamen-to para a Câmara Municipal. O investimentoprimordial da Câmara Municipal de Alcoche-te, que tem subjacente apoios comunitários,

está vocacionado para a frente ribeirinha deAlcochete e para os dois centros escolares, paraos quais temos fontes de financiamento. Do la-do da receita continuamos com intenções de in-vestimento privados que temos em carteiradevido à atractividade própria do Município.

Os grandes investimentos para o correnteano de 2011 são a educação e a requalifica-ção da frente ribeirinha. No que concerneà educação é visível o estado de construçãodo Centro Escolar de São Francisco. Paraquando está prevista a sua entrada em fun-cionamento e em que fase estão os projectospara a construção do Centro Escolar da Que-brada Norte em Alcochete?As obras do Centro Escolar de São Franciscoestão a avançar a bom ritmo, está a decorrer aprimeira fase relacionada com a construçãodo Pré-escolar mas, em simultâneo, já está adecorrer a segunda fase relacionada com o Nú-cleo de 1.º Ciclo. Contamos que esse Centro

forma é que esta situação vai evoluir nos tem-pos mais próximos. A construção deste CentroEscolar na freguesia de Alcochete continua aser um objectivo da Câmara Municipal, atéporque faz parte da Carta Educativa.

A requalificação da Frente Ribeirinha é umainiciativa ambiciosa de regeneração de umaextensa área com grande impacto ao nívelpaisagístico e arquitectónico. Como reagiramas pessoas aos projectos já apresentados pu-blicamente?Eu diria que as pessoas reagiram muito bem.Houve uma preocupação muito grande porparte da Câmara Municipal em contratar al-guém, que no caso foi o Professor Sidónio Par-dal, que nos desse garantias da qualidade dosprojectos, principalmente relacionados comaquele eixo principal de intervenção referenteao miradouro Amália Rodrigues, à Rua doNorte, ao Largo da Misericórdia, à Avenida D.Manuel I e ao Jardim do Rossio, na medida emque pudessem respeitar a matriz identitáriada vila de Alcochete. Não quisemos projectosda natureza dos Pólis, porque entendemos quenão se adequavam à nossa idiossincrasia, à nos-sa identidade, à forma como nós vivemos o es-paço público. Não tenho dúvidas de que essesprojectos, quando estiverem concretizados,vão tornar a frente ribeirinha ainda mais ape-lativa, ainda mais bonita, e acho que vão fazercom que nós ainda nos orgulhemos mais donosso enquadramento paisagístico. Esta inter-venção traduz um investimento muito signi-ficativo, que tem subjacente um apoio de fun-dos comunitários que ascendem a 50% e mes-mo a 65%, relativamente às despesas que efec-tivamente forem efectuadas no ano de 2011.

No capítulo da saúde, a Câmara Municipalcumpriu uma promessa eleitoral com a cons-

Escolar entre em funcionamento no início dopróximo ano lectivo. Em simultâneo, a Câma-ra Municipal solicitou a reprogramação finan-ceira e física do Centro Escolar da Quebradae estamos neste momento em fase de conclu-são do respectivo projecto. Solicitámos essa re-programação física e financeira junto da Co-missão Directiva do QREN precisamente por-que vivemos numa situação económico-finan-ceira difícil e precisamos de perceber de que

“NUNCA NA HISTÓRIA DO MUNICIPALISMO EM ALCOCHETE SE INVESTIUTANTO EM PLANEAMENTO,ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E REGENERAÇÃO URBANA”

ENTREVISTA COM PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALCOCHETELUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO

Neste segundo mandato o InAlcochete falou com o Presidente daCâmara Municipal de Alcochete, Luís Miguel Franco, sobre os grandesdesafios e oportunidades que se apresentam ao Concelho. Para o Autarca se há Município na Área Metropolitana de Lisboa que temcondições para implementar um paradigma de desenvolvimento sustentável, esse Município é Alcochete.

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Abril 2011 | inalcochete.9Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Temos condições para implementar um paradigma de desenvolvimento sustentável com os pilares económico, social e ambiental.

trução da extensão no Samouco do Centro deSaúde de Alcochete. A obra está concluída,porque é que o edifício não está a funcionar?A obra está concluída, o edifício está pronto afuncionar, mas o Agrupamento de Centros deSaúde ainda não afectou às novas instalaçõesos recursos humanos e também outros recur-sos técnicos, que são necessários para o fun-cionamento daquelas instalações. Devo dizerque se aquele equipamento está concluído foiporque a Câmara Municipal fez dele questãode honra. A Câmara Municipal de Alcochetediligenciou incontáveis vezes junto da Sr.ª Di-rectora do ACES, sem ter obtido uma resolu-ção do problema. Assim sendo, reunimo-noscom a Sra. Ministra que se comprometeu a criarcondições para a abertura e funcionamento doequipamento o mais rapidamente possível.

Talvez mais do que no passado o posiciona-mento territorial do Concelho assume agorauma importância à qual a Câmara Municipalnão pode ficar indiferente. Teme que se percaa identidade cultural existente no Concelho?Haveria esse perigo ou esse risco se nós nãotivéssemos criado condições em termos deinstrumentos de planeamento para o mitigar-mos ou mesmo para o eliminarmos. Entendoque a proximidade a Lisboa é positiva, a pon-te Vasco da Gama foi de uma enorme impor-tância para o concelho de Alcochete. O NovoAeroporto Internacional de Lisboa será tam-bém fundamental para o desenvolvimento eco-nómico e social do Município. Apesar de euachar que Alcochete vive muito bem sem oAeroporto, não é uma imprescindibilidade, oque importa é a Câmara ter os instrumentosde planeamento necessários para prever o cres-cimento demográfico, que inevitavelmente sevai verificar e prever até quantos habitantes que-remos nós crescer sustentadamente e com que

referência temporal. A Câmara Municipal temdesenvolvido esse trabalho ao nível dos instru-mentos de planeamento. Nunca na históriado Municipalismo em Alcochete se investiutanto em planeamento, ordenamento do ter-ritório e regeneração urbana. O Plano Estraté-gico de Desenvolvimento do Município de Al-cochete que designámos de “Alcochete 2025” éum desses instrumentos de planeamento, masnão nos podemos esquecer do processo derevisão do Plano Director Municipal, da parti-cipação fundamental da Câmara Municipal aonível do processo de alteração do Plano Regio-nal de Ordenamento do Território de Lisboa eVale do Tejo, da carta da REN, de Planos dePormenor, de avaliações ambientais estratégi-cas, de cartas educativas e desportivas. Temosainda uma parceria com a Parque Expo, S.A.,que elaborou os estudos para o novo paradig-ma urbano dos municípios de Almada, Seixale Barreiro no seio da Arco Ribeirinho Sul S.A.e que também ele é um importante instru-

mento de planeamento concretizável no âm-bito da Arco Ribeirinho Sul S.A..

Neste âmbito quais são os grandes objecti-vos da Câmara Municipal?Um dos objectivos fundamentais da CâmaraMunicipal é conciliar o crescimento demográ-fico com o desenvolvimento económico e so-cial, mas mantendo sempre, como cúpula aestes dois objectivos, o princípio fundamentalde preservação e valorização da identidade cul-tural. Porque eu acho que é essa identidade cul-tural que nos distingue dos demais municí-pios da AML, porque ninguém tenha dúvidasde que em Alcochete há identidade. Apesarda construção da Ponte Vasco da Gama, ape-sar do crescimento demográfico, as pessoas queescolheram Alcochete para viver, “bebem” anossa cultura e estão integradas plenamentena nossa comunidade. Portanto, havendo rigoré possível que Alcochete se desenvolva econo-micamente com mais emprego, reduzindo-sealgumas carências sociais e preservando aqui-lo que nos orgulha que é a identidade cultural.Alcochete tem de se assumir como uma mar-ca ainda mais distinta no seio da Grande ÁreaMetropolitana de Lisboa. Porque se se conse-guir isso estamos a falar da Área Metropolitanamais importante do país e Alcochete terá umavisibilidade não só nacional como internacional.

Alcochete é um concelho com fortes dinâmi-cas territoriais. Como pensa rentabilizar o po-tencial turístico existente e dinamizar o ter-ritório?Há uma aposta muito clara ao nível do turis-mo mas não descurando outras dinâmicas por-que Alcochete não pode ficar única e exclusi-vamente dependente do turismo. O aproveita-mento da nossa vocação turística vai ser fun-damental, assim como o aperfeiçoamento eampliação da nossa área de investimento doponto de vista industrial, privilegiando sem-pre as indústrias não poluentes. Assim, comovai ser importante a nossa plataforma logísti-ca situada no Passil como complemento da pla-taforma logística que vai ser construída no Po-ceirão, como vai ser fundamental a existênciade um parque tecnológico em Alcochete, quecontenha serviços e, quem sabe, instituiçõesdo ensino superior associadas. E acho que sãoobjectivos ambiciosos mas que, paulatinamen-te, com muito esforço podem vir a ser concre-tizados. Neste momento, por exemplo, do pon-to de vista turístico existe um plano de por-menor da Barroca d’Alva que contém inclusi-vamente 200 ha para um parque de biodiver-sidade de nível metropolitano, existe outro em-preendimento turístico em fase de licenciamen-

to na Praia dos Moinhos, que depois vai pos-sibilitar uma nova requalificação de mais umsegmento da Frente Ribeirinha.

A proximidade com a Reserva Natural do Es-tuário do Tejo tem um grande impacto no ter-ritório. Uma das questões que se impõe é sa-ber se vai Alcochete conseguir voltar-se maispara o rio Tejo?Nós não podemos esquecer que uma dasopções estratégicas do Município deve ser aBiodiversidade e a Conservação da Natureza,associadas ao importante e valioso patrimónionatural do Estuário e da RNET. Temos umafrente ribeirinha, eu diria única, mas alguns se-gmentos ou troços dessa frente ribeirinha esta-vam inacessíveis à população. O que nós pre-tendemos é que ao longo de toda a nossa fren-te ribeirinha, desde o Sítio das Hortas até ao caispalafítico do Samouco existam percursos pedo-nais, zonas de lazer e de prática desportiva oude mera contemplação da magnificência do nos-so enquadramento paisagístico, e isso vai clara-mente aproximar as pessoas ao rio. Temos in-clusivamente a noção de que o rio é um bemprecioso e os Municípios do Distrito de Setú-bal entenderam esta realidade há muito tem-po e têm contribuído no âmbito do sistema mul-timunicipal de tratamento de águas residuais,para que o Tejo esteja mais limpo. Entende-mos que Alcochete tem características que po-dem levar ao fomento no rio da prática des-portiva. A Câmara Municipal já o faz e está re-ceptiva para o estabelecimento de parcerias,com entidades interessadas em aproveitar o rioenquanto plataforma de lazer e de prática de des-portos não poluentes. Em Alcochete nós temoscondições para implementar um paradigma dedesenvolvimento sustentável com os pilareseconómico, social e ambiental. Se há municípiona Área Metropolitana de Lisboa que tem con-dições para concretizar este objectivo é Alco-chete, a sua população e a Câmara Municipal.

Preconizando desde o primeiro mandato ummodelo de democracia participada, a Câma-ra Municipal promove um novo momentode discussão pública sobre o “Alcochete 2025”.O que espera da participação dos munícipes?Nós vamos ter diferentes momentos de parti-cipação direccionados para agentes específicose vamos ter momentos de participação abertosà população em geral. O que eu espero é queas pessoas se interessem, e acho que se vão in-teressar, relativamente a um instrumento quevai ter impacto nas suas próprias vidas no fu-turo. Em relação ao Plano Estratégico, os prin-cípios que vão estar em discussão pública nãoestão cristalizados, não são irreversíveis. O queeu espero e desejo é que as pessoas se sintam,não com o dever, mas motivadas a participar,com a certeza de que quaisquer observações,quaisquer comentários e contributos serão de-vidamente apreciados no âmbito da elabora-ção da versão final do Plano Estratégico de De-senvolvimento do Município de Alcochete.

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10.inalcochete | Abril 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inVIDA

No concerto em Alcochete vamos poder as-sistir à apresentação de novos temas ou se-rá uma revisitação ao passado?Estes concertos já estavam marcados há al-gum tempo e vamos fazê-los com a bandamais reduzida, em quarteto, sem que issoreduza a qualidade, a comunicação, a energiae a emoção que há num espectáculo. Nós gos-tamos de experimentar mais do que um for-mato, o que varia também de acordo com oslocais. Com certeza que vai ter canções novasporque também vou entrar em estúdio mas,naturalmente, não serão tantas quanto issoporque temos que as maturar muito e tam-bém não achamos que seja muito honestoapresentar as canções quando elas ainda nãoestão, perante nós, suficientemente rodadas.Mas isto são coisas muito relativas, que nós sen-timos e não necessariamente o público.

Relativamente aos seus 40 anos de percur-so há algum projecto ou concerto que o te-nha marcado de forma especial?Os muitos espectáculos que fiz, em tantos lo-cais diferentes, foram marcando-me de formasdiferentes. Eu gosto muito da itinerância, e denão estar sempre nos mesmos palcos. É bom

pessoas gostam muito. Depois existem projec-tos que fiz em determinadas alturas e que me sãocaros, como por exemplo o “Três Cantos” quefiz em conjunto com o José Mário e o Fausto.Foi um projecto para quatro espectáculos, umdisco e um DVD e, como é evidente, foi umprojecto especial e que resultou muito bem.

Há algum projecto que ainda não realizoue quer concretizar a curto prazo?A curto prazo não, até porque vou entrar emestúdio e neste momento estou focado nisso.Depois teremos espectáculos relacionadoscom esse disco mas não só, porque um espec-táculo não se faz só de um disco e eu mistu-ro sempre canções mais conhecidas com ou-tras que as pessoas não conhecem tão bem,mas que assim têm oportunidade de ir assi-milando e aprendendo.

Nos espectáculos intitulados “Final de Ras-cunho” para além das canções do novo dis-co, o Sérgio apresentou também algumaspoesias que constam no seu livro “O San-gue por um Fio”…Eu queria mostrar algo desse universo poéti-co e que é muito diferente. “O Sangue por

um Fio” é um livro bastante exigente ao nívelde leitura e surgiu de uma associação livre deideias… É um livro que não tem um fio nar-rativo muito claro, é mais críptico e eu quisler alguns poemas nesse espectáculo para fa-zer coexistir esses dois universos. Há tambémum longo poema, que tem uma parte canta-da mas pequena, que fará parte do novo dis-co. Chama-se “Mão na Música” e não constano livro mas abriu estes espectáculos e cons-tará no novo disco… são reflexões poéticassobre a música.

Quando é que percebe que já não estáperante um “rascunho”?Há um momento na criação em que a pessoasente que não pode ir mais além, que estáfeito. Sentimos que a canção está cá. Depoispodem haver melhoramentos ou alteraçõesmas pontuais, por exemplo, na alteração deum adjectivo ou numa rima… Se não sinto,perante mim mesmo, que as coisas ainda nãoestão bem continuo a trabalhar.

Em Alcochete vai actuar no âmbito das Co-memorações do 25 Abril. Tem algum signi-ficado para si?Claro que tem, absolutamente. Pessoalmentee socialmente, o 25 de Abril é uma data char-neira e para mim tem um significado cantarnesta data. Felizmente, desde que voltei paraPortugal sempre tive espectáculos no 25 de Abrile fico muito contente em ir a Alcochete numadata especial. Não conheço Alcochete como pú-blico mas vou sempre com a maior energia eemoção e, por isso, sei que vai correr bem. Antes do 25 de Abril estive nove anos sempoder vir ao meu país e daí referir que é umadata que tem um significado pessoal. Contudo,isso não chegaria para considerarmos umadata socialmente importante para a históriade Portugal e o 25 de Abril é uma data histó-rica que deve ser comemorada.

O Sérgio viveu o Maio de 68 em França eregressou a Portugal no pós Revolução de74. Considera que estes dois acontecimen-tos históricos foram determinantes na cons-trução da sua pessoa enquanto artista?Foram coisas diferentes… Na altura do Maiode 68, eu tinha 22 anos e estava completa-mente envolvido naquilo. Cheguei a dormirna Sorbonne e sobretudo aqueles fóruns de dis-cussão na rua eram muito importantes, aspessoas conversavam todas umas com as ou-tras, eram espontâneas, tinham opiniões dife-rentes mas conversavam. Depois ocupámos aCasa dos Estudantes portugueses, houve fó-runs permanentes e foi uma aprendizagemmuito interessante… Quando houve o reflu-xo disso fiquei bastante chocado porque, naaltura, uma pessoa convence-se que as coisasvão ser sempre assim. Mas aprendi qualquercoisa… quando voltei a Portugal, depois do25 de Abril, foi exaltante todo esse período eeu estive muito imerso nele, mas, quando sefalava ‘nas conquistas irreversíveis’ eu semprepensei que a História não se faz assim e issodeu-me uma lucidez. É demasiado simplespensar que a história se faz assim.

O Sérgio Godinho também está muito asso-ciado à música de intervenção…Eu não percebo muito bem o que é, nuncapercebi bem essa gaveta ou prateleira da mú-sica de intervenção… Não é que recuse, por-que eu não recuso essas canções, o que eu

SÉRGIO GODINHO“FICO MUITO CONTENTE POR IR A ALCOCHETE NUMA DATA ESPECIAL”

Músico, cantor, poeta e compositor. Nome incontornável da música portuguesa, Sérgio Godinhorespira arte e a vida é a sua principal inspiração. Numa altura em que celebra 40 anos de canções,Sérgio Godinho actua pela primeira vez em Alcochete, a 23 de Abril.

Há um momento na criaçãoem que a pessoa sente que não pode ir mais além, queestá feito. Sentimos que a canção está cá.

A última canção do meu primeiro disco, “A Maré Alta” é puro rock. Eu acho que se consegue cantar diversas linguagens em português.

descobrir pessoas de outras cidades e desco-brirem-me também porque eu acho que não indoaos locais as pessoas vão criando “clichés” umpouco redutores daquilo que eu faço. Porexemplo, há pessoas que ainda têm o cliché docantor com viola, o que em espectáculos sóacontece vinte por cento… Em palco eu gostode um lado teatral, de andar de um lado parao outro, de interagir com os músicos, há umadinâmica, uma energia que vem de dentro e as

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inVIDA

Abril 2011 | inalcochete.11Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Envolvido num cenário diferente do que éhabitual, David Fonseca surgiu sozinho empalco e explicou ao público a génese do es-pectáculo: “isto é a reprodução exacta da mi-nha sala de ensaios. Como vêem tenho ins-trumentos à minha volta e o que eu vou mos-trar aqui é como é que estas canções nascemantes de serem produzidas em disco”. Rodeado por cinco televisores que durante oespectáculo despertaram a atenção do públi-co para alguns detalhes e envolvido num jogode luzes pouco convencional, David Fonsecarevelou a sua versatilidade e uma qualidade ar-tística que não se esgota na voz mas tambémna arte de tocar vários instrumentos. Guitarrasacústica e eléctrica, bateria, sintetizador, xilofo-ne, telefone, máquina de ritmos e uma deze-na de pedais foram os instrumentos que esti-veram à disposição do músico português nes-ta viagem musical em que foram revisitados te-mas bem conhecidos do público.“Kiss Me, Oh Kiss Me”, “Someone that CannotLove”, “Superstars”, “A Cry 4 Love”, “U KnowWho I Am” e “Who Are You?” foram algumasdas canções interpretadas por David Fonseca,tendo havido ainda espaço no alinhamento paratemas que não são da sua autoria.

E num espectáculo com características úni-cas, David Fonseca não hesitou em interagircom o público e registar alguns momentos doespectáculo com a Polaroid. “Eu sou um apai-xonado por fotografia e, para mim, a Polaroidé um dos géneros fotográficos mais parecidoscom aquilo que é a vida”, revelou David Fonseca. Em Alcochete, e após o concerto que assina-lou o fim da digressão “U Know Who I Am”que esteve na estrada desde Dezembro de

2010 e percorreu vários auditórios do país,David Fonseca não escondeu a nostalgia porter terminado este ciclo de sessões e destacouum balanço bastante positivo: “correu muitobem, as pessoas esgotaram sistematicamenteos teatros e isso, obviamente, deixa-me muitosatisfeito. Fico muito feliz por as pessoas esta-rem comigo, a partilhar canções, histórias…E a oportunidade de estar com as pessoasnum formato radicalmente diferente do habi-tual foi muito divertido”. Assumindo-se como um “músico inquieto”,que procura “novas formas de arte e exploranovos caminhos”, David Fonseca já tem nasua agenda a participação em eventos inter-nacionais, como o Rock in Rio Brasil. “Sei quetenho bastantes ouvintes no Brasil e espero en-contrá-los nesta ocasião e convencer outros ajuntarem-se à nossa causa musical”, referiu so-bre este convite.Já para os fãs de Alcochete, David Fonsecatambém deixou uma mensagem: “Quero agra-decer por apoiarem a música portuguesa epor saírem de casa para presenciá-la ao vivo.É sempre incrível ver as caras de quem apoiaa música nacional em plena participação naaventura de um concerto frenético”.

acho é que esse epíteto muitas das vezes é umpouco redutor em relação ao que faço porqueeu misturo géneros e essa palavra, muitas dasvezes, não define todos os meus percursos, osdo Zeca ou os do Zé Mário. Quando afirmam que eu sou um cantor deintervenção, sim é verdade, eu sou em muitosaspectos mas também misturo universos egosto dessas contaminações. Falo de preocu-pações sociais mas também acho que faço muitomais do que isso.

E quando regressou a Portugal, Zeca Afon-so foi uma fonte de inspiração?Não foi uma inspiração, foi um estímulo. Eufazia coisas parecidas com o Zeca Afonso masnão eram tão boas (risos) e até encontrar aminha maneira pessoal de as fazer… De re-pente abriu-se um dique, comecei a comporem português e as coisas começaram a surgircom muita força. Nunca gravei em francêsmas digamos que fiz experimentações, tam-bém como forma de compor e aquilo saía-mebem em francês. Há quatro canções dos “So-breviventes” que tiveram as primeiras letrasem francês e só depois é que surgiram as le-tras em português. Dos noves anos que estivefora, apenas três vivi em Paris, tive uma vidamuito errante… Estive na Suíça, Amesterdão,no Brasil (fui preso no Brasil em 1971) depoisfui para o Canadá, estive em muitos sítios.

Hoje em dia o Sérgio Godinho é também umafonte de inspiração para os jovens músicos?Acho que sim, eu constato isso por muitasindicações, até directas, que acontecem há jámuitos anos e até a níveis diferentes. Por umlado, eu fico muito contente e dá-me alegriaessa transmissão de saberes e sensibilidades,por outro lado, acho natural que isso aconte-ça porque há uma curiosidade e eu acho queos músicos de hoje em dia estão muito sensí-veis em relação ao que se fez antes. Mas euacho natural que assim seja porque eu própriofui assim quando comecei, sempre aprendicom outros, sejam portugueses ou estrangeirose também é assim que se constrói uma identi-dade. Portanto eu fico contente que isso acon-teça. Repara, isso foi acontecendo ao longo dostempos, por exemplo, nos anos 80 os “Tro-vante” apelidavam-me de tio. Eu não tenhonenhuma obsessão em querer tocar ou intera-gir com gente mais nova porque eu não queroser mais novo à força, eles dão-me estímulo masforam sempre eles que vieram ter comigo.

A música portuguesa está a gostar mais de-la própria?Não tenho a mínima dúvida. Há muita gentea cantar em inglês mas acho que há cada vezmais gente a ter agilidade na escrita em por-tuguês. Por exemplo, os Xutos e Pontapés nãotiveram que cantar em inglês para cantaremrock e eu próprio quando comecei… A últi-ma canção do meu primeiro disco, “A MaréAlta” é puro rock. Eu acho que se conseguecantar diversas linguagens em português. Éevidente que o inglês soa bem, mas pode nãoquerer dizer nada. Agora, quando eu disse hábocado que comecei a escrever em francêsporque não conseguia em português, eu per-cebo esse bloqueio. Não estou aqui com umaatitude condenatória e até digo a muitas pes-soas amigas que escrever em português não éassim tão difícil… Felizmente hoje em dia hámuita gente a fazer trabalhos em portuguêsmuito interessantes.

DAVID FONSECA TERMINA DIGRESSÃO NO FÓRUM CULTURAL DE ALCOCHETE

Acompanhado por mil instrumentos e uma Polaroid, David Fonseca subiu ao palco do FórumCultural, no passado 26 de Março, para encerrar a digressão “U Know Who I Am”com um concerto intimista que teve com lotação esgotada.

David Fonseca revelou a suaversatilidade e uma qualidadeartística que não se esgota na voz.

O músico não hesitou em interagir com o público e registar alguns momentos do espectáculo com a Polaroid.

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inMOVIMENTO

ESCOLA SECUNDÁRIA ORGANIZOU FEIRA DA SAÚDERastreios de saúde, massagens e uma banca com sugestões de alimentação saudável foram algumas das sugestões que os munícipes puderam encontrar no passado dia 7 de Abril, na Feira da Saúde promovida pela Escola Secundária de Alcochete com o apoio da Câmara Municipal.Através deste evento, que decorreu em frente à Escola Secundária, os alunos do Curso Tecnológico de Desporto alertaram a população para estilos de vida saudáveis e para comportamentos sadios que podem ser adoptados no dia-a-dia.Na Feira da Saúde, os visitantes puderam ainda conhecer o seu índice de massacorporal, a percentagem de gordura, a atitude postural, a glicemia, o colesterol, a pressão arterial e divertirem-se na área que disponibilizava aparelhos de fitness.

12.inalcochete | Abril 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

O Sr. Alfredo Canário nasceu em 1929 emAlcochete e aos 26 anos começou a desem-penhar vários cargos, como dirigente, naSociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898.Como é que tudo começou?Havia na altura um senhor que era amicíssimodesta colectividade, uma pessoa extraordináriae dedicada, chamada José Ferreira Madruga,que esta colectividade tardiamente homena-geou em 2008 e que me convidou para a colec-tividade. O cargo que desempenhei com maispersistência foi o de secretário e por duas vezesfui presidente da Sociedade: pela primeira vez,aquando da compra deste edifício nos princí-pios da década de 70 e depois em 2007.

Qual era então a realidade da Sociedade equais as condições que tinha para desenvol-ver actividades?Quando entrei para a Sociedade, a sede nãotinha condições nenhumas. No primeiro an-dar do edifício onde hoje é a sede do PartidoComunista faziam-se os ensaios da banda eos bailes. As condições eram péssimas… Tí-nhamos a sede ali e o prédio (onde hoje estáo banco) que foi comprado em 1939 por JoséFerreira Madruga.Posteriormente houve a oportunidade da com-pra deste imóvel e quem nos valeu foi o Eng.ºSamuel Lupi, que foi um grande homem paraesta casa… Uma pessoa que andou segura-mente envolvida nisto foi o Joaquim Pires Jú-nior, que tratou das questões junto do SamuelLupi e que negociou a renovação da livrança.De maneira que o Samuel Lupi ficou comoavalista da Sociedade por 350 mil escudos.

Porque é que a reconstrução do edifício do“Salão Joaquim Nunes Janeiro” era uma ques-tão prioritária?Por várias razões, mas para mim a razão fun-damental é esta: se lançassemos os olhos pelas

mos a tratar dos projectos e chegámos ao pon-to em que está aí o salão. E agora diz-me: e senão houvesse o protocolo? Não havia nada fei-to, estávamos no ponto zero, a bola continua-va no centro do campo e ninguém lhe dava opontapé de saída. E depois juntou-se a Juntade Freguesia de Alcochete, com um protoco-lo também interessante com validade de 14/15 anos, e o povo anónimo. O dinheiro nãochegou, tivemos que fazer um empréstimo de200 mil euros e depois mais 60 mil euros. ASociedade teve que pedir ao Montepio, que éseu inquilino, 260 mil euros, porque nós con-távamos com uma verba da CCDR, que final-mente nos chegou no montante de 45 mil euros.

Quais as condições do novo edifício?Uma acústica de oiro, que é elogiada pelas pes-soas entendidas no assunto. Tivemos aqui pes-soas com grande dedicação: o Arquitecto Fer-nando Carona que desde a primeira hora nosacompanhou gratuitamente e que nos deu aconhecer o Eng.º Carlos Fafaiol, um enge-nheiro de categoria. Temos um palco em quese pode fazer concertos, um bar anexo bastan-te bom que é preciso pôr em funcionamentoe ficámos com um salão de acordo com a dig-

nidade da própria Sociedade com capacidadepara mais de duzentas pessoas.

No início de um novo século, quais as con-dições que a Sociedade oferece às crianças,jovens e adultos que queiram aprender mú-sica e canto?As condições de acesso e frequência são gra-tuitas. Temos um Orfeão digno de elogio, por-que as pessoas são de uma dedicação extrema,sempre prontas para irem aqui e ali fazer es-pectáculos. Temos a Escola de Música, frequen-tada por crianças, para onde entram com sete,oito, nove anos e até mais velhos e de ondesaem os futuros músicos. Esta é a fonte de ali-mento da Banda. Temos vinte e tal alunos, seismonitores e o maestro, que também é umapessoa que merece um destaque especial por-que eu acho que ele faz mais do que aquiloque é obrigado a fazer, já não falando da suacompetência que ninguém põe em xeque.Pelo contrário, o trabalho dele podia ser limi-tado no tempo, mas não, é um indivíduo quedá aquilo que é seu em prol do prestígio daBanda e muitas das condecorações foram al-cançadas no tempo dele e no tempo do seupai, que o antecedeu. Já está à frente da Banda

colectividades congéneres ou amigas haviaum sentimento dentro de mim de revolta e in-veja. Quando visitava essas colectividades, pen-sava: “não há direito, Alcochete não tem umsalão onde possa realmente desenvolver as suasactividades, praticar o associativismo, reunir ossócios, realizar convívios, as festas”. Aqui resi-dia, digamos assim, a minha pena, mas só nes-te aspecto, nos outros aspectos tínhamos adevida superioridade. Isto arrastou-se até estaaltura e esta superioridade ganhou ênfase comose vê actualmente com as distinções, tudo fru-to de um trabalho insano, de muita dedicaçãoe de muita amizade a esta casa.

Como é que foi possível concretizar este in-vestimento?Já tinha havido um projecto mas as coisas nãoforam para a frente, tudo ficou nas gavetas enada avançava. De maneira que é assim: esta-mos a ver um jogo de futebol, estão as duasequipas e uma bola ao meio. Com a moedaao ar vamos ver quem é que dá o pontapé desaída para a bola e aqui quem deu o pontapéde saída foi a Câmara Municipal de Alcoche-te. Esta é a metáfora que eu encontro para ex-plicar a situação. Foram 100 mil euros que nosabalançou a tomarmos este compromisso, cum-prido na íntegra.Há uma sequência interessante. Em 15 deJaneiro de 2008 é assinado o protocolo da con-cessão dos 100 mil euros pela Câmara Muni-cipal de Alcochete. Com a garantia desse di-nheiro, que foi integralmente pago, começá-

O meu mandato à frente desta casa tem sido facilitadopela disponibilidade da Câmara Municipal de Alcochete

SOCIEDADEIMPARCIALREFORÇA PATRIMÓNIOEDIFICADO

A Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 inaugurou este ano o seu novo salão de festas, uminvestimento superior a 300 mil euros, que contoucom o decisivo apoio da Câmara Municipal.

NO SEU SEGUNDO MANDATOCOMO PRESIDENTE

DA SOCIEDADE IMPARCIAL,ALFREDO CANÁRIO DESTACA

O ESFORÇO QUOTIDIANO DE TODA A DIRECÇÃO NA

RESOLUÇÃO DOS PROBLEMASDA COLECTIVIDADE.

O PRESIDENTE DA EDILIDADE DESCERROU A PLACA COMEMORATIVA DA INAUGURAÇÃO DO NOVO SALÃO DE FESTAS DA COLECTIVIDADE, NO DIA 15 DE JANEIRO DE 2011.

Page 13: alcochete...Em Março, David Fonseca encerrou a digressão em Alcochete e, em Abril, Sérgio Godinho actua nas comemorações do 25 de Abril. 5. INMOVIMENTO Alfredo Canário cumpre

“JOGOS DO FUTURO”CHEGAM EM JUNHODe 3 a 5 de Junho, os atletas da Região de Setúbalvão poder demonstrar as suas aptidões desportivasdurante os “Jogos do Futuro 2011”, uma iniciativa promovida por oito Câmaras Municipais da Região,em parceria com o movimento associativo, escolas e associações distritais. Neste evento de âmbito intermunicipal que vaidecorrer nos oito Concelhos promotores, o Município de Alcochete vai estar representado

nas competições de futsal, futebol 7 e 11, andebol,natação, atletismo e ténis. Para além destas categorias, os “Jogos do Futuro” incluem ainda a realização de torneios de basquetebol, voleibol,judo e ténis de mesa. No dia 4 de Junho, Alcochete recebe os “Jogos do Futuro”nos pavilhões desportivos de Alcochete e de Samouco, com a realização de torneios de futsal,e nos cortes de ténis do parque do Valbom e do Grupo Desportivo Alcochetense (GDA) onde vão decorrer as competições de ténis.

inMOVIMENTO

Abril 2011 | inalcochete.13Informação da Câmara Municipal de Alcochete

O Movimento Associativo está representado no Concelho por mais de 45associações que asseguram a prática de uma grande diversidade de actividades desportivas, culturais e recreativas, acessíveis a todos os munícipes.Em muitas situações são estas colectividades que garantem o acesso às maisdiferentes modalidades desportivas, artes plásticas e teatrais envolvendo crianças, jovens e seniores do nosso Concelho.Nesta primeira edição do InAlcochete Jornal não poderíamos deixar de lembrar as colectividades que festejaram mais um aniversário ao serviço da comunidade.

ESTIVERAM DE PARABÉNSEM JANEIRO…Grupo Desportivo Alcochetense | fundado a 1 de Janeiro de 1937Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 | fundada a 15 de Janeiro de 1898Grupo Desportivo da Fonte da Senhora | fundado a 15 de Janeiro de 1983Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Rancho Folclórico de Danças e Cantares do Passil | fundada a 19 de Janeiro de 1991

EM FEVEREIRO…Associação Gilteatro | fundada a 3 de Fevereiro de 1996Centro Social de São Brás | fundado a 3 de Fevereiro de 2002Associação Equestre de Alcochete | fundada a 8 de Fevereiro de 1995Clube Taurino de Alcochete | fundado a 18 de Fevereiro de 1998

EM MARÇO…Sociedade Recreativa de São Francisco | fundada a 1 de Março de 1944Associação de Caçadores de Alcochete | fundada a 13 de Março de 1989Associação de Pescadores de Alcochete | fundada a 18 de Março de 2005Futebol Clube de São Francisco | fundado a 19 de Março de 1977Associação Académica de Alcochete | fundada a 23 de Março de 1994

EM ABRIL…A Casa do Povo de Alcochete comemorou a 15 de Abril o seu 68.º Aniversário e promove durante este mês a Quinzena da Reciclagem, que integra diferentesactividades.Desenvolvida em parceria com a Câmara Municipal, a Quinzena da Reciclagem,teve início a 15 de Abril, com a inauguração de uma exposição de fotografiasobre a reutilização de materiais e da reciclagem, integrou no dia 18 uma visitaguiada à empresa Valorsul e no dia 27 realiza-se um ateliê de produção de papel, dirigido às crianças que estão nas actividades extra curriculares.A Quinzena da Reciclagem termina no dia 30 com uma sessão pública, marcada para as 16h00, na Casa do Povo de Alcochete, durante a qual a Câmara Municipal vai apresentar informações sobre a importância da reutilização de materiais e da reciclagem no concelho de Alcochete e seráprojectado um filme sobre as vantagens do tratamento do lixo.A Feira Agrícola, uma iniciativa promovida anualmente pela Casa do Povo de Alcochete está de volta ao Jardim do Coreto, em Alcochete, no próximo dia 7 de Maio, entre as 9h00 e as 14h00.

MOVIMENTO ASSOCIATIVO

CAMPANHA “SABER E AJUDAR”DONATIVOS JÁ FORAM PARA MOÇAMBIQUE

há 12 anos. Mas vou dizer-lhe uma coisa: todoeste trabalho que se desenvolve aqui dentroao nível directivo é digno de ser registado.Eu, sozinho, não sou nada. Nós somos umcolectivo de pessoas com cargos específicos,de harmonia com os estatutos. De maneiraque temos de elogiar a disponibilidade, o tra-balho, a dedicação, a resolução de problemaspelos directores, muitas vezes em prejuízodas suas próprias vidas. Os cargos das direc-ções são gratuitas, as pessoas não estão aquipor dinheiro, estão pela sua dedicação, caro-lice, pelo gosto que têm pela Sociedade.

Em termos associativos, quais os projectospara o futuro?Para além de manter com um nível elevado anossa Banda e o nosso Orfeão, que estão actual-mente em movimento, temos que aproveitaras potencialidades que o salão possa dar: oassociativismo, as conferências, os eventos cul-turais, os convívios, as iniciativas próprias dequem gere esta casa e das entidades que quei-ram utilizar o salão, porque temos um gran-de compromisso monetário e temos que ren-tabilizar.

Ao longo da sua história, a Sociedade Impar-cial, através da sua Banda de Música, tem con-quistado notáveis prémios. Em Janeiro de2008, o Município de Alcochete distinguiu aSociedade com a atribuição do seu nome auma artéria da Vila e com a entrega da Me-dalha de Mérito Municipal D. Manuel I. Oque é que esta distinção representa para a co-lectividade?O meu mandato à frente desta casa tem sidofacilitado pela disponibilidade da Câmara Mu-nicipal de Alcochete e dos homens que estãoà frente da Câmara Municipal. Só não fazemo que não podem. Não foram só 100 mil euros,a Câmara deu apoio logístico que significamuito dinheiro. É preciso ter isso em conta. Em relação à Medalha é uma distinção de mé-rito pelo reconhecimento daquilo que a So-ciedade e a sua Banda representam na vida deAlcochete e além fronteiras. A atribuição donome da Sociedade a uma artéria da Vila foiuma coisa extraordinária. Portanto, a 15 deJaneiro de 2008 foi dado o nome a uma ave-nida, depois a assinatura do protocolo com aCMA em 2009, no dia 15 de Janeiro. Dá-seum interregno que foi o tempo que se levoua fazer a obra e em 2011, também no dia 15

Há uma sequência interessante. Em 15 de Janeirode 2008 é assinado o protocolo da concessão dos 100 mil euros pela CâmaraMunicipal de Alcochete.

de Janeiro, foi inaugurado o novo salão. Foi oPresidente da Câmara que inaugurou o edifí-cio com toda a justiça.

Anualmente, nas comemorações do 15 deJaneiro de 1898, que festejam a autonomiapolítica e administrativa local e que são or-ganizadas em sintonia com a Câmara Muni-cipal, a Sociedade Imparcial faz questão dedistinguir os seus sócios com a entrega dosemblemas dos 25 e 50 anos de associados.Porquê?É uma tradição que vem de longe e que cons-tam dos regulamentos desta casa. Além de seruma coisa estatutária, cinquenta anos comosócio é uma vida, é realmente digno de elogioquem se aguenta muitos anos a pagar quotas.Os 25 anos não deixam de ter o mesmo valor.Por isso é que todos os anos a Sociedade fazesta distinção com muita gratidão aos associa-dos. Os sócios são importantes por aquiloque podem dar de opinião, de interesse e pelaparte económica na questão da quotização.Temos cerca de 800 sócios, andamos a corri-gir os cadernos e estamos a fazer a revisão to-tal dos estatutos e dos regulamentos de gestãointerna, a ver se são aprovados antes do finaldeste mandato, em Outubro de 2011.

Na sequência da euforia dos alcochetanoscom a Restauração da autonomia do Concelhono histórico dia 15 de Janeiro de 1898, dataintensamente vivida por um grupo de músi-cos que levaram à constituição da Imparcial15 de Janeiro de 1898, a música e o amor dosalcochetanos à Banda passaram a fazer parte,de forma indelével, da identidade local. Oque é que sente quando a Banda sai à rua?Sinto o mesmo que sentem aqueles que gos-tam da Banda e de a ouvir: uma alegria con-tagiante. O povo de Alcochete gosta da suaBanda, gosta da Banda desta Sociedade e mui-tas vezes, nas corridas de toiros, somos abor-dados por pessoas que nos pedem cd´s e nosfazem muitos elogios.

A BANDA DA SOCIEDADE E O ORFEÃO, DIRIGIDOS PELO MAESTRO ANTÓNIO MENINO, INTERPRETARAM O HINO DA RESTAURAÇÃO NA INAUGURAÇÃO DO NOVO EDIFÍCIO.

O envio de um contentor repleto de donativos foi o culminar da Campanha“Saber e Ajudar”que, dinamizada pela munícipe Luísa Reis, terminou no passado mês de Março. Produtos alimentares e de higiene, roupa, materialescolar e brinquedos são exemplos de alguns dos donativos enviados para ascrianças que residem na província de Gurué, em Moçambique. Com o objectivode recolher bens e produtos, Luísa Reis dinamizou no Concelho várias iniciativas, tais como a “Feirinha dos Sabores”, um recital de canto e piano, umespectáculo de fado, o espectáculo “A Magia do Natal”e um jantar convívio.O contentor foi enviado no passado 10 de Abril e chegará ao seu destino no próximo mês de Maio.

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14.inalcochete | Abril 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inEMPRESARIAL

A Dias de Sousa é uma empresa que estárelacionada com as áreas de pesquisa e in-vestigação. Quais os principais objectivosdesta empresa?Nós somos importadores directos de equipa-mentos analítico e científico e, ao mesmo tem-po, somos distribuidores desse equipamentono mercado nacional e não só. Estamos a ten-tar internacionalizar a nossa actividade sobre-tudo para os países de língua portuguesa nãosó para os PALOP’s mas para o Brasil também.Trabalhamos com fabricantes que, por sua vez,produzem equipamentos que não existem emPortugal, isto é, cuja fabricação não existe emPortugal, e portanto não estamos a deteriorarnada em termos de concorrência de mercadonacional. Em Portugal não há produção da-quilo que nós importamos. Depois temos tam-bém a parte de serviço e apoio técnico. Em cer-tos equipamentos, como os de ressonância mag-nética nuclear, somos a única empresa em Por-tugal que tem técnicos que dão assistência aesses equipamentos que, normalmente, só sãomantidos por técnicos estrangeiros.

É também uma empresa com 29 anos de ac-tividade… Qual o balanço que faz deste per-curso?Tenho que fazer um balanço positivo porquerealmente eu comecei absolutamente sozinho,em 1982/83. Vim para Portugal por razões pessoais. Estavanuma boa situação na Bélgica, larguei tudo evim para Portugal sem saber o que fazer. Es-crevi uma carta aos meus amigos e um delesera director de pesquisa e desenvolvimentonuma empresa italiana de cromatografia gaso-sa, que é uma técnica analítica bastante utili-zada. Perguntou-me se eu não queria ser o dis-tribuidor dos seus equipamentos em Portugale foi assim que a Dias de Sousa começou. Aminha secretária foi a segunda funcionária daempresa porque o primeiro funcionário fui eue a partir daí foi crescendo. Actualmente somosuma das principais empresas em Portugal no

também no Parque Industrial do Passil. Gra-ças à ponte e às ligações com as auto-estradasestamos, sem dúvida, bem localizados.

A Dias de Sousa está integrada num Gru-po do qual fazem parte a AmbiControl e aControlLab. Houve uma necessidade de di-ferenciar serviços com a criação de mais em-presas?Houve uma necessidade por razões puramen-te económicas e lógicas. Com um tipo de equi-pamento científico que é a cromatografia gaso-sa, nós fomos a primeira empresa a criar umcentro de apoio para os nossos clientes. Quan-do estávamos no escritório na Póvoa de SantaIria investimos em dois equipamentos que fo-ram caros e nós não tínhamos a rentabilidadenecessária para o investimento feito. Quer dizer,comprámos os equipamentos a um preço es-pecial de fábrica, para equipamento de de-monstração e apenas conseguíamos três ouquatro demonstrações por ano porque o merca-do era muito pequeno. Não podia ter o inves-timento parado durante meses. E então foi as-sim que nasceu a ControLab. Criei um labora-tório para poder utilizar esses equipamentosque nos serviriam, ao mesmo tempo, de equi-pamentos de demonstração mas que, entre-tanto, na altura em que não houvesse de-monstrações pudesse ser rentabilizado com arealização de análises para o exterior, para clien-tes que não têm justificação financeira para in-vestir num equipamento, quando apenas têmdez ou vinte análises para fazer por ano. E foiassim que nasceu e cresceu a ControLab que éum laboratório certificado e é um dos melhoresem Portugal. Depois surgiu a AmbiControl por uma necessida-de de nos especializarmos na área do ambiente.

Quais os argumentos que utilizaria juntode um empresário para que o mesmo imple-mentasse o seu negócio no Parque Indus-trial do Batel?Primeiro, referiria a localização privilegiada por-

que estamos muito bem situados em relaçãoao sul e ao norte do país. Portanto, a localiza-ção e as acessibilidades são um bom argumen-to. E depois diria que o ambiente camarário ébom, o que é importante em termos de ajudaindirecta e, a esse nível, a experiência que eutenho com Alcochete é boa, há uma boa rela-ção. São pessoas que gostam de ajudar e têm osentimento do que é bom para o Concelho. Asempresas ao virem para cá, pagam os seus im-postos e trazem pessoas para o Concelho. Paraalém de estar extremamente bem localizado,o núcleo histórico de Alcochete é uma mara-vilha, as pessoas gostam imenso. Alcochetetem um charme muito especial que atrai aspessoas e conjuga uma série de factores positi-vos para que os empresários venham para cá.

Actualmente, quem são os principais clien-tes da Dias de Sousa?Em 2010 fizemos um estudo estatístico sobreos nossos clientes, e aproximadamente 60%dos nossos clientes são indústrias, desde aindústria farmacêutica à metalúrgica, … E oresto, os cerca de 40% são Estado sobretudouniversidades e instituições de pesquisa, istoporque só as universidades e estas institui-ções é que recebem dinheiro da CE e do Es-tado para comprar grandes equipamentos.Os hospitais também são nossos clientes, masmenos, porque nós não estamos dedicados aocampo hospitalar, fornecemos equipamentosda área química para os hospitais mas não é onosso ponto forte. Felizmente, temos um le-que muito diversificado de clientes e é assimque temos passado pelas crises porque temosuma enorme variedade de equipamentos quedão para todas as áreas económicas.

Em 2007, a Dias de Sousa recebeu a visitado Executivo Municipal no âmbito da 1.ªQuinzena Empresarial. Qual a sua opiniãosobre esta iniciativa?Eu acho muitíssimo bem porque permite daruma perspectiva real das empresas ao elencocamarário. É bom termos a noção no terrenodaquilo que se está a passar. Eu sou engenhei-ro, depois sou químico e, por isso, sou muitopragmático e gosto muito da parte prática. E,nesta iniciativa, a parte prática é visitar as em-presas, falar com as pessoas e saber o que osagentes económicos precisam porque são elesem grande parte que desenvolvem o Conce-lho. Para o empresário, estas visitas tambémdão conhecimento e facilitam a comunicaçãoproporcionando assim um maior relaciona-mento. E por isso, acho muito bem a realiza-ção deste tipo de iniciativas.

Perante uma conjuntura económica difícil,quais os projectos futuros que se avizi-nham para a Dias de Sousa?No quadro económico em que nos encontra-mos, se conseguirmos manter-nos já é muitodesafiante. Aliás, nós desafiamos os nossos co-laboradores, em reuniões de “brainstorming”, paraque eles tenham ideias e para nos conseguirmosmanter e criar oportunidades dentro da crise.

“Alcochete tem um charmemuito especial que atrai as pessoas”Instalada no Parque Industrial do Batel, a Dias de Sousa é uma das principais empresas de importaçãoe distribuição de equipamentos analíticos e científicos em Portugal. Para o administrador Dias de Sousa,a qualidade de vida e a localização privilegiada são dois factores que distinguem Alcochete.

“Somos a única empresa em Portugal que tem técnicosque dão assistência a equipamentos que, normalmente, só são mantidospor técnicos estrangeiros”.

“A ControLab é um laboratóriocertificado e é um dos melhores em Portugal”

ENTREVISTA COM DIAS DE SOUSA

nosso ramo, sendo igualmente dentro das gran-des empresas uma das mais jovens, senão amais jovem. Nós temos 28 anos e as nossas gran-des concorrentes têm mais de cem anos.

Porque escolheu Alcochete para a sede daempresa-mãe do Grupo Dias de Sousa?É fácil responder, eu teria escolhido Alcoche-te desde o primeiro dia só que, na altura, ascondições de trabalho em Alcochete eram dife-rentes. De maneira que só vim para Alcoche-te, já a ponte tinha começado a ser construída.Até à data, Lisboa era um ponto mais centralem termos de relacionamento com os clientes,e até mesmo com os bancos. A ponte Vasco daGama veio mudar muita coisa… Houve um“boom”, um desenvolvimento aqui no Batel e

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Abril 2011 | inalcochete.15Informação da Câmara Municipal de Alcochete

ENCANTOS & TRADIÇÕES

Na Páscoa, o concelho de Alcochete vive com uma intensa ale-gria e participação a sua festividade mais antiga: o Círio dosMarítimos de Alcochete, cuja origem permanece desconhecidamas que remonta há alguns séculos e que terá surgido emcumprimento de uma promessa à Nossa Senhora da Atalaia.Com uma acentuada vertente de convivialidade, os pontos al-tos desta festividade são o desfile de mulheres, casadas e soltei-ras, na tarde do Domingo de Páscoa, na vila de Alcochete, e oleilão de bandeiras e fogaças, à segunda-feira, no adro do san-tuário da Atalaia.O culto à Nossa Senhora da Atalaia terá tido origem numafonte, que fica situada a cerca de 500 metros da actual Igreja,onde apareceu uma imagem da Santa, “acontecimento” que es-tará na raiz do topónimo da localidade que se chama Fonte daSenhora.A organização do Círio dos Marítimos de Alcochete é exercidapor uma comissão que tem as suas raízes nos marítimos locaise que, uma vez por ano, em representação da povoação, se di-rige ao santuário da Atalaia para cumprir uma antiga promessa.

Em 2011, pelo quinto ano consecutivo a família Marques é res-ponsável pela organização da festa que tem início no Sábado deAleluia com a chegada de manhã do “chininá”, nome dado aosmúsicos, um gaiteiro e um percussionista (caixa), que percorremas ruas da Vila a anunciar a realização do Círio.O carácter convivial é particularmente expresso na realizaçãode refeições colectivas (jantar e almoço), reservadas aos arre-matantes das bandeiras e fogaças e aos convidados, que decor-rem durante os quatro dias em Alcochete e na Atalaia e queobedecem a uma ementa tradicional, que alterna carne e peixee que conta com a fogaça e arroz doce à sobremesa.No Domingo de Páscoa, que este ano se comemora a 24 deAbril, cerca das 17h30, tem início na Vila de Alcochete, o típi-co desfile das mulheres solteiras e casadas, montadas em bur-ros e viradas para o rio, seguindo à frente do cortejo o filho dofesteiro, a juíza e o juiz. Está prevista a participação de mais de30 jovens e mulheres no desfile deste ano.Todos os participantes ostentam coloridas e diferentes meda-lhas, que são emblemas feitos com cartão, papel, tecidos e mis-

sangas, usados para exibir, de forma simbólica, a comemoraçãoe identificar a função hierárquica de cada participante na festa.À segunda-feira de Páscoa, que este ano coincide com o Dia daLiberdade, de manhã, os alcochetanos rumam à Atalaia, uns decarro, outros fazem o percurso a pé, com as bandeiras quearremataram no ano anterior e que agora serão pagas e devol-vidas ao festeiro para nova arrematação, assegurando assim osrecursos financeiros para a realização do Círio em cada ano.Neste dia, na Igreja da Atalaia, realiza-se a missa e a procissãodas bandeiras, decorrendo durante a tarde o leilão das bandei-ras e fogaças no adro da Igreja. No final da arrematação, os par-ticipantes regressam à Vila de Alcochete para um segundo desfile, nas ruas, com as mulheres montadas em burros e comos participantes, que agora exibem as bandeiras leiloadas queserão guardadas nas respectivas casas até à festa do ano se-guinte.O Círio dos Marítimos de Alcochete termina na terça-feira, dia26 de Abril, à tarde, com o desfile a pé dos intervenientes pelasruas da vila de Alcochete.

CÍRIO DOS MARÍTIMOS DE ALCOCHETE: UMA MARCADAS TRADIÇÕES LOCAIS

O Círio dos Marítimos é uma tradição genuína que se realiza na vila de Alcochete na época da Páscoa, assente na profissão dos antigos marítimos e que anualmente movimenta um elevado número de pessoas da comunidade local.

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Comemorações emwww.cm-alcochete.pt

23 DE ABRIL

Concerto com Sérgio Godinho21h30 - Fórum Cultural

25 DE ABRIL

Exposição“Abril sai à Rua”00h00 - Núcleo Antigoda Vila de Alcochete

Hastear das Bandeiras09h00Câmara Municipal de Alcochete09h15Junta de Freguesia de Alcochete09h30Junta de Freguesiade São Francisco10h00Junta de Freguesia de Samouco

Manhãs infantis10h00 – Alcochete, Samouco,S. Francisco, Passil, Fonteda Senhora e Barroca d’Alva

Sessão Soleneda Assembleia Municipal22h00 – Salão Nobredos Paços do Concelho

29 DE ABRIL

Poesia“Na Voz dos Jovens”10h30 – Largo de São João

Festival de Folclorede Alcochete21h30 – Largo de São João

30 DE ABRIL

Espectáculo“O Cleva é um espectáculo!”16h00 – Biblioteca de Alcochete

Concerto com“Banda do Andarilho”21h30 – Largo de São João

6 DE MAIO

Concerto com“Velha Gaiteira”22h00 – Fórum Cultural

7 DE MAIO

Skate em Liberdade10h00 às 13h00e das 14h00 às 17h00– Skate Parque,Praia dos Moinhos