A.L.1.2 SERÁ NECESSÁRIO UMA FORÇA PARA QUE UM … · 2011-10-17 · FÍSICA 11.ºANO...
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A .L .1.2 SERÁ NECESSÁRIO UMA FORÇA PARA QUE UM CORPO SE
MOVA?
FÍSICA 11.ºANO
QUESTÃO-PROBLEMA
Dois alunos discutem: um diz que é preciso aplicar constantemente uma força a um
corpo para que este se mantenha em movimento; o outro afirma que a resultante de
forças que actuam sobre um corpo pode ser nula e ele continuar em movimento,
Quem tem razão?
Com esta actividade, integrante da unidade “Movimento na Terra e no espaço”,
pretende-se que os alunos:
• identifiquem as forças que actuam sobre um corpo;
• reconheçam que, no movimento de um corpo apoiado no plano
horizontal, a força gravítica é equilibrada pela acção do apoio sobre o
corpo;
• estudem o movimento de um corpo que se move em linha recta num
plano horizontal, sujeito a uma resultante de forças diferente de zero, e a
alteração deste movimento quando a resultante passa a ser nula;
• analisem esta última situação no sentido de verificar se este movimento
obedece à lei da inércia;
• infiram com base nos resultados da experiência se os efeitos do atrito são
desprezáveis ou consideráveis e discutam as soluções da questão
proposta em ambas as situações;
• confrontem os resultados da experiência com os pontos de vista de
Aristóteles, de Galileu e, posteriormente, de Newton.
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PREPARAÇÃO PRÉVIA
De forma a preparar convenientemente a actividade experimental, os alunos
devem rever teoricamente:
• Interpretação do movimento segundo Aristóteles, Galileu e Newton
• 1ª e 2ª leis de Newton;
• Movimento uniforme;
• Movimento uniformemente variado.
TRABALHO LABORATORIAL
MATERIAL (POR TURNO)
Material e equipamento Quantidades
Carrinho 4
Roldana 4
Massas marcadas 4
Calculadora gráfica com CBR 4
Fios de ligação
PROCEDIMENTOS1
1. Fazer uma montagem semelhante à da figura.
1 Adaptado de Ventura, G., Fiolhais, M., Fiolhais, C., Paiva, J., & Ferreira, A. J. (2009). 11 F - Física e Química A - Física - Bloco 2 - 11.º/12.º ano. Lisboa: Texto Editores, Lda.
3
2. Configurar uma calculadora gráfica com CBR.
3. Libertar o carrinho por acção da massa, registando na calculadora o
gráfico velocidade-tempo.
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REGISTO E TRATAMENTO DE DADOS
t(s) v (m/s) 0,00 0,005 0,10 0,230 0,30 0,723 0,40 0,900 0,50 1,300 0,70 1,595 0,80 1,587 0,90 1,557 1,10 1,556
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Analisando os resultados, os alunos observaram facilmente diferentes momentos
no movimento do carrinho. Durante os primeiros 0,50 segundo a velocidade do
carrinho aumentou, devido à massa de encontrar a cair por acção da força
gravítica. Entre os 0,50 e 0,70 segundos verificou-se o embate da massa no
solo, pelo que, a resultante das forças que actua sobre o carrinho é nula. Por fim
a velocidade do carrinho permanece praticamente constante, manifestando a
aceleração nula, como previsto. Os alunos puderam identificar que na fase
y = 2.4931x - 0.0166 R² = 0.98894
y = -0.1045x + 1.6651 R² = 0.77681
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
1.6
1.8
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
v (m
/s)
t (s)
Gráfico velocidade-tempo
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representada a verde no gráfico, o carrinho se deslocava com movimento
rectilíneo uniformemente acelerado e na fase representada a azul, se deslocava
com movimento rectilíneo e uniforme.
Relativamente à questão problema, é importante que os alunos desmontem a
concepção errada de que é imprescindível uma força para que um corpo se
mova. Além disso, é importante ter em conta que esta questão sugere
fortemente o uso da linguagem correcta, precisa, clara e objectiva é fundamental
pois os alunos da questão não estão necessariamente a contradizer-se. Se um
aluno considerar implicitamente a existência da força de atrito e que “a força
que é preciso aplicar” é uma força directamente aplicada, enquanto o outro
aluno se refere à resultante das forças e por isso considera explicitamente que
se houver atrito é preciso outra força, eles não se contradizem. No entanto se o
primeiro aluno pretende afirmar que a resultante deverá ser constantemente
diferente de zero para manter o corpo em movimento, haverá contradição entre
eles.
CONSIDERAÇÕES
1. O comprimento da corda é determinante, sendo adequado um
comprimento que permita o embate da massa quando o carrinho está
sensivelmente a meio da calha.
2. Pode, alternativamente, utilizar-se um digitímetro e células fotoeléctricas
para realizar a experiência. Para tal são escolhidos pontos na calha onde
é medida a velocidade usando uma célula fotoeléctrica e, posteriormente,
medidos os intervalos de tempo entre a posição inicial e os mesmo
pontos na calha, usando agora duas células.
BIBLIOGRAFIA
Ventura, G., Fiolhais, M., Fiolhais, C., Paiva, J., & Ferreira, A. J. (2009). 11 F -
Física e Química A - Física - Bloco 2 - 11.º/12.º ano. Lisboa: Texto Editores, Lda.
Martins, I. P., & al., e. (2003). Programa de Física e Química A, 11º ou 12º anos.
Ministério da Educação.