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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE RIO DE MOURO Guião de procedimentos para a seleção do diretor do AERM, março de 2013 página 1 de 14 GUIÃO DE PROCEDIMENTOS PARA A SELEÇÃO DO DIRETOR DO AERM (Anexo ao RI) Introdução: O propósito deste guião é orientar não só a comissão especializada do conselho geral, do Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro, na seleção do diretor para o agrupamento, mas também os possíveis candidatos ao referido cargo. Além de uma bibliografia mínima de suporte, o guião foi elaborado com base na seguinte legislação: Lei nº 43/89, de 3 de fevereiro (que estabelece a autonomia das escolas); Lei de Bases do Sistema Educativo, nº 46/86, de 14 de Outubro; Lei nº 64/2011 de 22 de dezembro; Lei nº 66-B/2007, de 28 de dezembro (Avaliação do desempenho dos quadros dirigentes superiores da administração pública); Decreto-Lei n.º 6/96 de 31 de janeiro (Código do Procedimento Administrativo); Decreto-Lei n.º 41 /2012, de 21 de fevereiro (Estatuto da carreira docente); Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril; Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho; Portaria n.º 266/2012 de 30 de agosto; Projeto Educativo do Agrupamento de escolas PAN; Projeto Educativo da ESLC e Regulamento Interno do AERM. (1) Os seres humanos vivem em sociedade pois essa é a melhor forma de desenvolverem as suas potencialidades e procurarem sentidos para as suas existências. As sociedades humanas alicerçam-se em diferentes tipos de instituições, das quais se destaca a escola. A instituição escola é um dos motores do desenvolvimento pessoal, social, cultural e profissional dos indivíduos. Esta tarefa não é simples nem isenta de fracassos - uma das causas da infelicidade dos seres humanos reside, justamente, nas deficientes instituições sociais. A vitalidade de uma instituição, o seu funcionamento adequado e socialmente proveitoso, depende da participação ativa de todos os elementos que a integram. No caso da escola são alunos, funcionários técnicos e operacionais, professores e representantes da comunidade envolvente. Sem menorizar a importância da participação de todos estes elementos na construção de um projeto comum, é ao líder que cabe o papel de maestro: é ele quem conduz a orquestra, quem dá consistência ao todo. (1) Este documento não dispensa a consulta da legislação que enquadra a selecção do director de agrupamento de escolas.

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GUIÃO DE PROCEDIMENTOS PARA A SELEÇÃO DO DIRETOR DO AERM (Anexo ao RI)

Introdução:

O propósito deste guião é orientar não só a comissão especializada do conselho geral, do

Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro, na seleção do diretor para o agrupamento, mas

também os possíveis candidatos ao referido cargo.

Além de uma bibliografia mínima de suporte, o guião foi elaborado com base na seguinte

legislação: Lei nº 43/89, de 3 de fevereiro (que estabelece a autonomia das escolas); Lei de

Bases do Sistema Educativo, nº 46/86, de 14 de Outubro; Lei nº 64/2011 de 22 de dezembro;

Lei nº 66-B/2007, de 28 de dezembro (Avaliação do desempenho dos quadros dirigentes

superiores da administração pública); Decreto-Lei n.º 6/96 de 31 de janeiro (Código do

Procedimento Administrativo); Decreto-Lei n.º 41 /2012, de 21 de fevereiro (Estatuto da

carreira docente); Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril; Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de

julho; Portaria n.º 266/2012 de 30 de agosto; Projeto Educativo do Agrupamento de escolas

PAN; Projeto Educativo da ESLC e Regulamento Interno do AERM. (1)

Os seres humanos vivem em sociedade pois essa é a melhor forma de desenvolverem as

suas potencialidades e procurarem sentidos para as suas existências. As sociedades humanas

alicerçam-se em diferentes tipos de instituições, das quais se destaca a escola. A instituição

escola é um dos motores do desenvolvimento pessoal, social, cultural e profissional dos

indivíduos. Esta tarefa não é simples nem isenta de fracassos - uma das causas da infelicidade

dos seres humanos reside, justamente, nas deficientes instituições sociais. A vitalidade de uma

instituição, o seu funcionamento adequado e socialmente proveitoso, depende da participação

ativa de todos os elementos que a integram. No caso da escola são alunos, funcionários

técnicos e operacionais, professores e representantes da comunidade envolvente. Sem

menorizar a importância da participação de todos estes elementos na construção de um

projeto comum, é ao líder que cabe o papel de maestro: é ele quem conduz a orquestra, quem

dá consistência ao todo.

(1) Este documento não dispensa a consulta da legislação que enquadra a selecção do director de agrupamento de escolas.

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A liderança, nos dias de hoje, não pode reduzir-se ao seu aspeto gestacional e

administrativo. O diretor de uma instituição como a escola deve, acima de tudo, ser um líder,

inspirar os seus colaboradores a participarem num projeto comum, numa visão. E porque a

escola deve ser o berço de uma nação livre, justa e desenvolvida, liderá-la exige nada menos

do que a excelência; uma atitude, um conjunto de valores, conhecimentos e competências de

alto nível. É a estas exigências que o diretor de uma escola deve dar resposta.

Caracterização em números do Agrupamento de Escolas de Rio de Mouro

O referido Agrupamento situa-se na freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra e distrito

de Lisboa. É constituído por seis escolas, a saber: secundária de Leal da Câmara (escola sede);

Básica 2,3 Padre Alberto Neto; EB1/JI Rio de Mouro nº 1; EB1/JI Rio de Mouro nº 2; EB1

Rinchoa nº 2 e EB1/JI Serra das Minas nº 2, num total de, aproximadamente, 320 docentes,

115 assistentes técnicos e operacionais e 3600 alunos (para uma caracterização mais profunda

consulte-se os projetos educativos do agrupamento).

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1. Recrutamento, procedimento concursal e eleição

Artigo 1.º

Recrutamento

1. O diretor é eleito pelo conselho geral.

2. Para recrutamento do diretor, desenvolve-se um procedimento concursal, prévio à eleição,

nos termos do artigo seguinte.

3. Podem ser opositores ao procedimento concursal referido no número anterior docentes de

carreira do ensino público ou professores profissionalizados com contrato por tempo

indeterminado do ensino particular e cooperativo, em ambos os casos com, pelo menos, cinco

anos de serviço e qualificação para o exercício de funções de administração e gestão escolar,

nos termos do número seguinte.

4. Consideram-se qualificados para o exercício de funções de administração e gestão escolar os

docentes que preencham uma das seguintes condições:

a) Sejam detentores de habilitação específica para o efeito, nos termos das alíneas b) e c) do

n.º 1 do artigo 56.º do Estatuto da Carreira Docente dos Educadores de Infância e dos

Professores dos Ensinos Básico e Secundário;

b) Possuam experiência correspondente a, pelo menos, um mandato completo no exercício

dos cargos de diretor, subdiretor ou adjunto do diretor, presidente ou vice-presidente do

conselho executivo, diretor executivo ou adjunto do diretor executivo ou membro do

conselho diretivo e ou executivo, nos termos dos regimes aprovados respetivamente pelo

“Regime de Autonomia”, pelo Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de maio, alterado pelo Decreto-

Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº137/2012, de 2 de

julho, pela Lei n.º 24/99, de 22 de abril, pelo Decreto -Lei n.º 172/91, de 10 de maio, e pelo

Decreto-Lei n.º 769 -A/76, de 23 de outubro;

c) Possuam experiência de, pelo menos, três anos como diretor ou diretor pedagógico de

estabelecimento do ensino particular e cooperativo;

d) Possuam currículo relevante na área da gestão e administração escolar, como tal

considerado, em votação secreta, pela maioria dos membros da comissão prevista no n.º 5

do artigo 22.º do “Regime de Autonomia”.

5. As candidaturas apresentadas por docentes com o perfil a que se referem as alíneas b), c) e

d) do número anterior só são consideradas na inexistência ou na insuficiência, por não

preenchimento de requisitos legais de admissão ao concurso, das candidaturas que reúnam os

requisitos previstos na alínea a) do número anterior.

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6. O subdiretor e os adjuntos são nomeados pelo diretor de entre os docentes de carreira que

contem pelo menos cinco anos de serviço e se encontrem em exercício de funções no

agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

Artigo 2.º

Abertura do procedimento concursal

1. Não sendo aprovada a recondução do diretor cessante, o CG delibera a abertura do

procedimento concursal até 60 dias antes do termo do mandato daquele.

2. O procedimento concursal para preenchimento do cargo de diretor é obrigatório, urgente e

de interesse público.

3. O aviso de abertura do procedimento contém, obrigatoriamente, os seguintes elementos:

a) O agrupamento de escolas para que é aberto o procedimento concursal;

b) Os requisitos de admissão ao procedimento concursal fixados no “Regime de Autonomia”;

c) A entidade a quem deve ser apresentado o pedido de admissão ao procedimento, com

indicação do respetivo prazo de entrega, forma de apresentação, documentos a juntar e

demais elementos necessários à formalização da candidatura;

d) Os métodos utilizados para a avaliação da candidatura.

4. O procedimento concursal é aberto por aviso publicitado do seguinte modo:

a) Em local apropriado das instalações do Agrupamento;

b) Na página eletrónica do Agrupamento e na do serviço competente do Ministério da

Educação e Ciência;

c) Por aviso publicado no Diário da República, 2.ª série, e divulgado em órgão de imprensa de

expansão nacional através de anúncio que contenha referência ao Diário da República em

que o referido aviso se encontra publicado.

5. Com o objetivo de proceder à apreciação das candidaturas, o CG incumbe a sua comissão

permanente ou uma comissão especialmente designada para o efeito de elaborar um relatório

de avaliação.

6. Para efeitos da avaliação das candidaturas, a comissão referida no número anterior

considera obrigatoriamente:

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a) A análise do curriculum vitae de cada candidato, designadamente para efeitos de

apreciação da sua relevância para o exercício das funções de diretor e do seu mérito;

b) A análise do projeto de intervenção no agrupamento de escolas;

c) O resultado de entrevista individual realizada com o candidato.

Artigo 3.º

Candidatura

1. A admissão ao procedimento concursal é efetuada por requerimento acompanhado, para

além de outros documentos exigidos no aviso de abertura, pelo curriculum vitae e por um

projeto de intervenção no Agrupamento de escolas.

2. É obrigatória a prova documental dos elementos constantes do currículo, com exceção

daquela que já se encontre arquivada no respetivo processo individual existente neste

agrupamento.

3. No projeto de intervenção, o candidato identifica os problemas, define a missão, as metas e

as grandes linhas de orientação da ação, bem como a explicitação do plano estratégico a

realizar no mandato.

Artigo 4.º

Avaliação das candidaturas

1. As candidaturas são apreciadas pela comissão permanente do CG ou por uma comissão

especialmente designada para o efeito por aquele órgão.

2. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 18.º, os métodos utilizados para a avaliação das

candidaturas são aprovados pelo CG, sob proposta da sua comissão permanente ou da

comissão especialmente designada para a apreciação das candidaturas.

3. Previamente à apreciação das candidaturas, a comissão referida no número anterior

procede ao exame dos requisitos de admissão ao concurso, excluindo os candidatos que os

não preencham, sem prejuízo da aplicação do artigo 76.º do Código do Procedimento

Administrativo.

4. Das decisões de exclusão da comissão de apreciação das candidaturas cabe recurso, com

efeito suspensivo, a interpor para o CG, no prazo de dois dias úteis e a decidir, por maioria

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qualificada de dois terços dos seus membros em efetividade de funções, no prazo de cinco dias

úteis.

5. A comissão que procede à apreciação das candidaturas, além de outros elementos fixados

no aviso de abertura, considera obrigatoriamente:

a) A análise do curriculum vitae de cada candidato, designadamente para efeitos de

apreciação da sua relevância para o exercício das funções de diretor e o seu mérito;

b) A análise do projeto de intervenção no agrupamento;

c) O resultado da entrevista individual realizada com o candidato.

6. Após a apreciação dos elementos referidos no número anterior, a comissão elabora um

relatório de avaliação dos candidatos, que é presente ao conselho geral, fundamentando,

relativamente a cada um, as razões que aconselham ou não a sua eleição.

7. Sem prejuízo da expressão de um juízo avaliativo sobre as candidaturas em apreciação, a

comissão não pode, no relatório previsto no número anterior, proceder à seriação dos

candidatos.

8. A comissão pode considerar no relatório de avaliação que nenhum dos candidatos reúne

condições para ser eleito.

9. Após a entrega do relatório de avaliação ao CG, este realiza a sua discussão e apreciação,

podendo para o efeito, antes de proceder à eleição, por deliberação tomada por maioria dos

presentes ou a requerimento de pelo menos um terço dos seus membros em efetividade de

funções, decidir efetuar a audição oral dos candidatos, podendo nesta sede serem apreciadas

todas as questões relevantes para a eleição.

10. A notificação da realização da audição oral dos candidatos e as respetivas convocatórias

são efetuadas com a antecedência de, pelo menos, oito dias úteis.

11. A falta de comparência do interessado à audição não constitui motivo do seu adiamento,

podendo o conselho geral, se não for apresentada justificação da falta, apreciar essa conduta

para o efeito do interesse do candidato na eleição.

12. Da audição é lavrada ata contendo a súmula do ato.

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Artigo 5.º

Eleição

1. Após a discussão e apreciação do relatório e a eventual audição dos candidatos, o conselho

geral procede à eleição do diretor, considerando-se eleito o candidato que obtenha maioria

absoluta dos votos dos membros do CG em efetividade de funções.

2. No caso de o candidato ou de nenhum dos candidatos sair vencedor, nos termos do número

anterior, o CG reúne novamente, no prazo máximo de cinco dias úteis, para proceder a novo

escrutínio, ao qual são admitidos consoante o caso, o candidato único ou os dois candidatos

mais votados na primeira eleição, sendo considerado eleito aquele que obtiver maior número

de votos favoráveis, desde que em número não inferior a um terço dos membros do conselho

geral em efetividade de funções.

3. Sempre que o candidato, no caso de ser único, ou o candidato mais votado, nos restantes

casos, não obtenha, na votação a que se refere o número anterior, o número mínimo de votos

nele estabelecido, é o facto comunicado ao serviço competente do Ministério da Educação e

Ciência, para os efeitos previstos no artigo 66.º do “Regime de Autonomia”.

4. O resultado da eleição do diretor é homologado pelo diretor-geral da Administração Escolar

nos 10 dias úteis posteriores à sua comunicação pelo presidente do CG, considerando-se após

esse prazo tacitamente homologado.

5. A recusa de homologação apenas pode fundamentar-se na violação da lei ou dos

regulamentos, designadamente do procedimento eleitoral.

Artigo 6º

Disposição final e transitória O disposto no n.º 5 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, na redação dada

pelo Decreto-Lei 137/2012, de 2 de julho, não é aplicável aos procedimentos concursais

abertos até final do ano escolar de 2014-2015, aos quais podem ser opositores, em igualdade

de circunstâncias, os candidatos que preencham os requisitos previstos nas alíneas a), b), c) e

d) do n.º 4 do mesmo artigo.

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2. Perfil do Diretor do AERM

A liderança de um agrupamento de escolas, sobretudo com a complexidade e a dimensão

do presente agrupamento (em número poderia ser considerado uma média empresa)

pressupõe um perfil exigente; um conjunto de características capazes de garantir uma boa

liderança, gestão e administração em todos os domínios exigidos.

2.1. Competências/ atitudes e valores (o diretor deve):

a) Promover valores éticos e democráticos. O diretor deve liderar o agrupamento de acordo

com princípios éticos e democráticos universalmente reconhecidos (justiça, solidariedade,

tolerância, harmonia, liberdade, honestidade, etc.), de forma a promover esses valores entre

os elementos da comunidade escolar.

b) Reger-se por padrões de excelência. O diretor deve promover a excelência em todos os

domínios da sua atividade profissional.

c) Transmitir credibilidade à comunidade. O diretor deve ser uma pessoa capaz de transmitir

confiança a toda a comunidade educativa e manifestar um comportamento irrepreensível na

sua conduta profissional e pessoal.

d) Exercer uma liderança democrática e inspiradora. O diretor deve ser um líder assertivo,

motivador, influente, comunicador, bom ouvinte, capaz de coordenar e dirigir as diferentes

estruturas escolares sob a sua alçada de uma forma democrática e para o bem comum. Deve,

ainda, inspirar os outros a segui-lo, despertando nos seus colaboradores um sentido de

responsabilidade e de pertença a uma causa comum. As suas decisões devem revelar

transparência, segurança, coerência e propósito.

e) Ter capacidade de diálogo. O diretor deve saber escutar os seus colaboradores, respeitar as

suas opiniões, ainda que sejam contraditórias, e partilhar a sua visão dos diferentes assuntos.

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f) Revelar apetência para exercer uma gestão em equipa. Se os Projetos Educativos do AERM,

e a legislação sobre a matéria, pressupõem uma escola de gestão democrática e participada, o

diretor deve saber trabalhar em equipa, descentralizar o poder delegando competências e

promovendo a participação ativa dos restantes colaboradores.

g) Articulação e mediação. Estando a escola inserida numa comunidade a quem é pedida a

participação na sua gestão, o diretor deve ser uma pessoa de reconhecida idoneidade, capaz

de dialogar com os diferentes parceiros comunitários, articular e mediar as relações entre os

mesmos.

h) Ser o rosto credível do agrupamento. Sendo a escola repetidamente solicitada para

participar em atividades exteriores - particulares e institucionais -, deve o diretor ser capaz de

representá-la de forma digna e inteligente.

i) Ser capaz de se autoavaliar e promover a avaliação da equipa/agrupamento. A avaliação

deve fazer parte de qualquer processo, nomeadamente de gestão e administração. Dado que

nenhum sistema está isento de falhas, a avaliação é uma forma de corrigir problemas e

melhorar desempenhos. O diretor deve ser o principal agente dinamizador de uma cultura de

autoavaliação e heteroavaliação transparente e credível.

j) Ser capaz de solucionar problemas: Qualquer organização complexa tem problemas. O

diretor deve procurar resolvê-los de forma definitiva, sem adiar ou tomar medidas paliativas

que encubram momentaneamente o problema.

k) Adequada condição emocional. A gestão de um agrupamento desta dimensão exige

estabilidade psicológica e emocional.

l) Ter disponibilidade temporal. O trabalho desenvolvido pela gestão de um agrupamento

desta natureza pressupõe um horário flexível, não se adequando a um horário regular com

hora de entrada e saída rigorosamente determinada. De acordo com a legislação própria, o

diretor de um agrupamento de escolas tem isenção de horário.

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2.2. Conhecimentos (o diretor deve):

a) Ter uma visão de futuro. O diretor não pode limitar-se a gerir e a administrar o

Agrupamento, deve ter um projeto, uma visão estratégica que lance o Agrupamento no futuro.

b) Conhecer e identificar-se com os projetos educativos do AERM. O projeto que o candidato

a diretor apresentar para o Agrupamento deve respeitar, nas suas linhas gerais, o Projeto

Educativo do Agrupamento, promovendo a sua consecução.

c) Conhecer a realidade do Agrupamento que vai liderar: o diretor precisa de conhecer o

Agrupamento globalmente e cada uma das escolas associadas, os seus Projetos Educativos e

outros, as suas potencialidades, problemas e desafios.

d) Conhecer a comunidade educativa envolvente: o diretor deve ter um conhecimento efetivo

do contexto socioeconómico e cultural da comunidade que acolhe o Agrupamento. Deve

conhecer o meio onde os alunos vivem e entender as suas famílias.

e) Conhecer os assuntos pedagógicos, técnicos, administrativos, financeiros e legislativos

relativos ao agrupamento: o diretor deve estar atualizado em relação a todos estes domínios

e como afetam a gestão da escola.

f) Experiência em gestão escolar (preferencialmente).

g)Formação complementar: preferencialmente, o diretor deve possuir formação

complementar relevante para o desempenho da sua função.

h) Entender os desafios da educação: o diretor deve ter um conhecimento efetivo dos

problemas e desafios que se colocam à educação no contexto de uma sociedade aberta e

multicultural. Deve, ainda, ser um defensor do conhecimento como forma de progresso

pessoal, cultural e social.

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3. Análise do CV do opositor ao concurso de diretor de agrupamento

De acordo com a legislação e os restantes itens deste guião.

3.1. Habilitações literárias e profissionais.

• Habilitação específica para o desempenho das funções de diretor e respetiva

classificação.

• Formação complementar relevante.

3.2. Experiência profissional

• Exercício de cargos de direção educativa: diretor, subdiretor ou adjunto do diretor,

presidente ou vice-presidente do conselho executivo, diretor executivo ou adjunto do

diretor executivo ou membro do conselho diretivo e ou executivo, diretor ou diretor

pedagógico de estabelecimento do ensino particular e cooperativo.

• Exercícios de cargos de direção na área da gestão e administração educativa.

• Exercícios de cargos de relevância social e política, nomeadamente, em Ministérios,

Autarquias, Associações.

• Exercícios de cargos escolares de coordenação, nomeadamente: presidente de

Conselho Geral. Presidente de Assembleia de Escola, assessor de direção, coordenador

de departamento, delegado/representante de grupo disciplinar, coordenadores de

diretores de turma, coordenadores de cursos profissionais, coordenador de

biblioteca/CRE, coordenador de secretariado de exames, etc.

• Intervenção pública e publicação de artigos e (ou) obras na área da educação.

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4. Análise do Projeto de Escola apresentado pelo opositor ao referido concurso.

Critérios de análise de acordo com o estipulado no art.º 22.º-A do Decreto-Lei n.º 137/2012,

de 2 de julho:

a) Descrição do Agrupamento: enquadra o Agrupamento de forma adequada. Explicita as

linhas gerais dos Projetos Educativos do Agrupamento.

b) Diagnóstico do Agrupamento com identificação dos seus problemas e potencialidades:

apresenta um diagnóstico correto. Conhece os resultados da última avaliação interna

(Observatórios da Qualidade) e externa (IGE) do Agrupamento. Refere e toma posição

fundamentada sobre as áreas de intervenção prioritária identificadas no Plano de Melhoria do

Agrupamento.

c) Definição de objetivos pedagógicos, de gestão e administração, de caráter geral tendo em

conta os PEs do AERM. Define a missão, identifica as metas e as grandes linhas gerais de

orientação da sua ação.

d) Explicitação do plano estratégico: evidencia uma visão de futuro. Apresenta estratégias,

atividades, recursos humanos e materiais para a consecução dos objetivos. O projeto de

intervenção respeita, nas suas linhas gerais, os Projetos Educativos do Agrupamento.

Pronuncia-se sobre os projetos extracurriculares existentes no Agrupamento no sentido de

lhes dar continuidade, reformular ou eliminar.

Área educativa geral: promoção de uma cidadania democrática e responsável, de uma

cultura de excelência, e do sucesso educativo; melhoria da relação pedagógica; prevenção

de problemas disciplinares e reforço da prevenção do abandono escolar.

Área de professores: valorização e proteção do trabalho docente; promoção da

autonomia e responsabilização dos docentes; promoção do trabalho em equipa;

explicitação dos critérios de nomeação da coordenação das estruturas intermédias e

promoção do bom funcionamento destas estruturas; promoção da formação contínua.

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Área de Assistentes Operacionais e Técnicos: valorização e proteção do trabalho dos

assistentes; promoção da autonomia e responsabilização dos assistentes; critérios de

recrutamento e seleção, promoção da formação contínua e de um espírito de equipa.

Área de gestão de recursos materiais e financeiros: plano para a manutenção e bom

funcionamento do parque escolar e da rede informática. Segurança no Agrupamento.

Planificação do orçamento. Parcerias a estabelecer.

Área comunitária: estratégias de promoção do Agrupamento na comunidade e de

envolvimento da comunidade na vida do Agrupamento.

Constituição da equipa responsável pela gestão: identifica os elementos constituintes da

equipa de gestão.

e) Mecanismos de avaliação: Prevê e explicita os instrumentos de avaliação da consecução

dos objetivos, atividades, recursos e calendarização.

5. Entrevista

Conjunto de perguntas a elaborar de acordo com legislação própria e os critérios delineados

neste guião, com o objetivo de avaliar:

a) O perfil do diretor.

b) O Projeto de intervenção no Agrupamento. Será pedido ao candidato que faça uma

apresentação deste projeto com a duração aproximada de 20 minutos.

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Bibliografia

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� Projetos Educativo do AEPAN

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Conselho Geral Transitório, Março de 2013