Agricultura e Sustentabilidade

22
Escola Secundária de Paços de Ferreira Biologia 12ºD 2011/ 2012 Agricultura e Sustentabilidade A agricultura desempenha em Portugal um papel fundamental para o futuro dos jovens e para a melhoria da qualidade de vida de todos os portugueses.Trabalho realizado por: Cristiana Ribeiro nº7, Joana Ferreira nº14 & Juliana Silva nº17

Transcript of Agricultura e Sustentabilidade

Page 1: Agricultura e Sustentabilidade

Escola Secundária de Paços de Ferreira

Biologia

12ºD

2011/ 2012

Agricultura e Sustentabilidade

“A agricultura desempenha em Portugal um papel fundamental para o futuro dos jovens e para

a melhoria da qualidade de vida de todos os portugueses.”

Trabalho realizado por: Cristiana Ribeiro nº7, Joana Ferreira nº14 & Juliana Silva nº17

Page 2: Agricultura e Sustentabilidade

2

“O analfabetismo ambiental é a maior ameaça

à sustentabilidade da espécie humana na Terra”

Gemebaldo Freire Dias

Page 3: Agricultura e Sustentabilidade

3

Índice:

I. Introdução 4

II. Tipos de Agricultura: Vantagens e Desvantagens 5

1. Agricultura Tradicional 5

2. Agricultura Intensiva 6

3. Agricultura Biológica 7

III. Pesticidas e Fertilizantes 11

IV. Contaminação dos solos 14

1. Uso de fertilizantes 14

Estudo de caso 15

2. Uso de herbicidas e pesticidas 15

3. Práticas agrícolas 16

V. Métodos Alternativos 18

VI. Sustentabilidade em perigos 19

VII. Conclusão 21

VIII. Bibliografia 22

Imagens:

i. Prática agrícola com recurso a animais 5

ii. Trabalho manual 5

iii. Trabalho realizado por máquinas 6

iv. Agricultura Biológica 4

v. Aplicação de pesticidas e fertilizantes químicos 11

vi. Agricultura moderna- utilização de agrotóxicos 16

Page 4: Agricultura e Sustentabilidade

4

Introdução:

A humanidade enfrenta um grande desafio para ultrapassar os conflitos e

produzir complementaridades entre a agricultura e a biodiversidade. Enfrentar

estes desafios requer o confronto com os motivos base para a perda de

biodiversidade agrária, o que obriga à mudança das práticas, paradigmas e

políticas, bem como a compromissos das instituições e governos.

Cada vez mais tornam-se evidentes os impactos ambientais provocados pela

necessidade, cada vez maior, do aumento de áreas cultiváveis em redor do

nosso país e do mundo.

Caso as atividades intensivas de agricultura se mantiverem fiéis às atuais,

certamente, os recursos destinados a manter a agricultura em níveis elevados de

produção, não serão suficientes para combater a devastação causada pelas

mudanças climáticas. Assim, torna-se bastante necessária a divulgação do

conceito de sustentabilidade, o “suprir as necessidades da geração presente sem

afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas” - Relatório de

Brundtland (1987, p. 23).

Neste sentido, o presente trabalho centra-se numa exploração do tema da

agricultura, tendo em conta as diversas técnicas utilizadas, bem como as

vantagens e desvantagens que as mesmas acarretam, promovendo assim

políticas e práticas que enaltecem a sustentabilidade e a diversidade dos

ecossistemas.

Page 5: Agricultura e Sustentabilidade

5

Tipos de Agricultura:

1. Agricultura Tradicional:

Caracteriza-se pelo cultivo de pequenas áreas em regime de policultura, com

utilização de técnicas que preservam a rentabilidade do solo, tais como:

Aplicação de adubos orgânicos;

Associação de espécies com diferentes necessidades em elementos

minerais;

Rega manual, muitas vezes com recurso a desvio de água dos rios ou a

poços;

Trabalho essencialmente manual ou com a ajuda de animais;

Produção de alimentos em pequena quantidade, que apenas satisfaz as

necessidades familiares ou de uma pequena comunidade;

Mantém a fertilidade do solo;

Não causa poluição do solo ou da água; preserva os recursos hídricos.

No entanto, esta prática torna-se muito demorada, com pouca produtividade e

muito vulnerável quando contacta com condições ambientais adversas.

Fig.1: Prática agrícola com recurso a animais

(http://danielafafe.blogspot.pt )

Fig.2: Trabalho manual

(http://danielafafe.blogspot.pt )

Page 6: Agricultura e Sustentabilidade

6

2. Agricultura Intensiva

Caracteriza-se por um sistema de produção agrícola que faz uso intensivo dos

meios de produção e na qual se produzem grandes quantidades de um único

tipo de produto. Desta forma, o alimento torna-se mais acessível ao

consumidor, já que os custos de produção são menores.

Requer grande uso de combustível e pode acarretar alto impacto ambiental,

pois não é utilizada a rotação de terra (desmate, queimada, plantio,

esgotamento de solo, abandono e reinício do processo em outra área).

As tecnologias aplicadas incluem:

Utilização de adubos sintéticos;

Utilização de pesticidas;

Rega automática;

Trabalho executado por máquinas.

Fig.3: Trabalho executado por máquinas

(http://danielafafe.blogspot.pt )

Page 7: Agricultura e Sustentabilidade

7

Desvantagens:

A obtenção de novas áreas agrícolas é muitas vezes feita à custa da

desflorestação;

Os elementos minerais do solo esgotam-se rapidamente, conduzindo à

degradação do solo e à desertificação;

Limitação e destruição do habitat natural de maioria das criaturas

selvagens;

A falta de biodiversidade torna mais comum o aparecimento de doenças

e de pragas;

O excesso de adubos e pesticidas polui o solo e a água;

Os volumes de água utilizados na irrigação contribuem para o

esgotamento dos recursos hídricos;

Consumo de grandes quantidades de energia fóssil;

A utilização de pesticidas tem numerosos efeitos negativos ao nível da

saúde dos trabalhadores, das pessoas que vivem nas proximidades da

área de aplicação ou a jusante, e ao nível dos consumidores.

3. Agricultura Biológica

Consiste na produção de alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso

de produtos químicos sintéticos, tais como fertilizantes e pesticidas, nem de

organismos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de

agricultura sustentável. Além disto respeita as relações existentes no

ecossistema e devolve a matéria orgânica à terra de modo a incitar as cadeias

alimentares.

Page 8: Agricultura e Sustentabilidade

8

Desvantagens:

Os produtos biológicos são mais caros que os produtos de agricultura

industrial;

Os pontos de venda são menos comuns;

Os processos de transporte, armazenamento, conservação e exposição no

ponto de venda são mais dispendiosos;

Por vezes, os produtos apresentam pior aspeto;

Menor prazo de validade.

Fig.4: Agricultura Biológica

(http://cfmt.wordpress.com)

Page 9: Agricultura e Sustentabilidade

9

Vantagens:

É mais benéfica para a saúde;

Provém de um método de cultivo mais amigo do ambiente;

Existe um controlo ao nível da sua produção;

Contribui para uma sociedade mais justa e económica;

Não se utilizam OGM na sua produção;

Os alimentos têm mais sabor;

O método de produção respeita o bem-estar animal;

Não contém aditivos prejudiciais na sua constituição;

A sua produção dignifica o agricultor e o meio, sendo dada prioridade às

variedades regionais na produção;

A longo prazo, é a única forma de deixarmos uma herança de orgulho às

gerações vindouras.

Contribui para uma diminuição do efeito de estufa (menor utilização de

maquinaria pesada);

Utilização de técnicas de rotação e pousio que contribuem para um menor

desgaste do solo.

Principais práticas e técnicas agrícolas associadas:

Rotações de culturas e respetivo afolhamento;

Associação de culturas;

A adubação verde ou sideração, com o cultivo de plantas melhoradoras do

solo e para adubar a cultura seguinte;

A fertilização orgânica com base nos estrumes, resíduos das culturas de

agricultura biológica, matos e outros resíduos florestais, transformados

pela técnica da compostagem;

A fertilização complementar (produtos homologados para MPB);

Page 10: Agricultura e Sustentabilidade

10

As mobilizações do solo só quando necessário, para evitar destruir a

estrutura do solo e os organismos úteis que nele vivem;

Técnicas de proteção das culturas de vários tipos, excluindo a utilização de

pesticidas químicos de síntese, com carácter mais preventivo que curativo;

Meios de luta cultural e meios de luta biológica, através das faixas de

compensação ecológica;

Luta biotécnica;

Luta química (com produtos homologados para MPB);

Monda mecânica e térmica para controlo das infestantes;

Técnicas de produção animal que respeitem as necessidades dos animais e

em ligação com a produção vegetal biológica.

Page 11: Agricultura e Sustentabilidade

11

Pesticidas e Fertilizantes:

Os pesticidas “venenos da lavoura” ou

“agrotóxicos”, são compostos utilizados

na agricultura para combater plantas,

insetos ou fungos indesejáveis, visando

garantir maior produtividade.

No entanto, em algumas áreas, o seu uso

impróprio, sem empregar as chamadas

“boas práticas agrícolas”, tem vindo a

fomentar grande impacto no meio

ambiente; estes são utilizados em

quantidades desnecessariamente maiores e em épocas diferentes das

tecnicamente recomendadas.

Tipos de pesticidas:

Acaricidas - pesticidas usados no extermínio dos ácaros.

Bactericidas - antibióticos que destroem a parede bacteriana, eliminando

a bactéria. Há outro tipo de bactericidas que impedem o crescimento das

bactérias.

Fungicida - pesticida que destrói ou inibe a ação dos fungos que

geralmente atacam as plantas.

Herbicida - produto químico utilizado na agricultura para o controlo de

ervas classificadas como ervas daninhas.

Inseticida - pesticida usado para exterminar insetos, destruindo ovos e

larvas principalmente.

Moluscidas - pesticidas usados no controle de moluscos, como as lesmas

e caracóis.

Fig.5: Aplicação de pesticidas e fertilizantes químicos

(http://naturlink.sapo.pt)

Page 12: Agricultura e Sustentabilidade

12

Nematicida - pesticida químico usado para matar nematoides parasitas

(vermes).

Rodenticidas - veneno de elevada toxicidade utilizado para exterminar

ratos e roedores em geral.

Exemplos de pesticidas:

Hexaclorobenzeno (HCB) – insecticida organoclorado ( formado por carbono e

cloro). Estável e fácil de preparar a partir do cloro e benzeno, foi utilizado

durante várias décadas como fungicida de uso agrícola nas colheitas de cereais,

mas é um produto extremamente persistente.

Aldrin e dieldrin - pesticidas do tipo ciclodieno. Chegaram ao mercado por

volta de 1950, mas diante de sua persistência, do seu potencial de toxidade e da

sua tendência a se acumular em tecidos gordurosos, o uso de quase todos esses

compostos está atualmente proibido ou rigorosamente restrito em muitos

países.

Endossulfano - inseticida (ciclodieno) com uso extensivo em todo o mundo

com aplicações domésticas e agrícolas. A sua bioconcentração e persistência

ambiental são muito menores que de outros ciclodienos.

Organofosforados e Carbamados - são do tipo não persistente, representando

uma vantagem sobre os organoclorados, contudo apresentam geralmente um

efeito tóxico mais agudo (imediato) para os seres humanos e outros animais.

Muitos desses produtos representam um grande perigo para a saúde daqueles

que os aplica e para qualquer pessoa que entre em contato com os mesmos.

Page 13: Agricultura e Sustentabilidade

13

Inseticidas naturais:

Muitas plantas podem fabricar certas substâncias para a sua autoproteção,

substâncias essas capazes de matar ou de incapacitar insetos. Dada a

descoberta, os químicos começaram a isolar alguns desses compostos para

serem usados no controlo de pragas.

Exemplos de inseticidas naturais:

Nicotina

Roterona

Feromonas

Hormonas juvenis

Nota:

Um grupo desses pesticidas que é usado há séculos é o grupo das

piretrinas, cujos compostos originais foram obtidos através de certas

espécies de crisântemos.

Page 14: Agricultura e Sustentabilidade

14

Contaminação dos solos:

Um solo contaminado pode ser definido quando há comprovadamente

poluição ou contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou

resíduos que nele tenham sido depositados, acumulados, armazenados,

enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural.

Primeiramente, a degradação surge da desflorestação de um lugar seguido da

compactação, lixiviação, erosão e transporte de partículas, além da diminuição

de aeração do solo. No entanto, além disso, existe a contaminação proveniente

da utilização dos defensivos agrícolas, fungicidas, herbicidas, genericamente

chamados de venenos para controlo de pragas. Estes contaminam o solo, a

água, o ar, os alimentos, a fauna e consequentemente o homem que respira o ar

e consome alimentos e água contaminados.

1. Uso de fertilizantes

A progressiva intensificação cultural veio a exigir a utilização de produtos

capazes de atuar mais rapidamente e com maior eficácia na alimentação das

plantas. Estas substâncias, designadas por fertilizantes, podem atuar nas

produções mediante uma ação essencialmente direta, isto é, proporcionando às

culturas uma maior disponibilidade dos elementos nutritivos que lhes são mais

necessários, ou através de ações predominantemente indiretas, ou seja,

exercendo uma influência benéfica nas diferentes características do solo.

No entanto, estas substâncias podem tornar o solo com níveis elevados de

certas substâncias revelando toxicidade.

Page 15: Agricultura e Sustentabilidade

15

O manejo adequado do solo, para evitar a sua contaminação, está na relação

entre a aplicação de nutrientes adequados para cada tipo de cultura e

característica do solo, em dosagem certa, em conjunto com diversos outros

fatores: preparo da terra, variedade, adaptação climática, espaçamento,

disponibilidade de água, conservação de solo, etc.

ESTUDO DE CASO:

Pesquisas realizadas em solos da camada arável (0 – 20 cm de profundidade),

na região nordeste do Vale do Rio São Francisco (Petrolina / Joazeiro), foram

encontrados teores muito altos de fósforo em muitas dessas amostras (41%)

indicando que essas áreas vêm recebendo adubação fosfatada em excesso, o que

pode resultar em desequilíbrios nutricionais como, por exemplo, a indução de

deficiência de Zinco nas plantas. Contatou-se que quanto maior o teor de

fósforo disponível observado no solo, maior o teor de Cádmio extraível obtido,

o que constitui uma fonte potencial de urânio.

2. Uso de herbicidas e pesticidas

Os herbicidas, tem gerado preocupações quanto ao lançamento inadequado

desses compostos no meio ambiente. Sendo os agroquímicos tóxicos ao homem

e organismos vivos, devem ser tomadas precauções quanto a sua aplicação e,

principalmente, quanto aos resíduos provenientes das mais diversas fontes e à

disposição final adequada, sem comprometimento do meio ambiente como um

todo e dos solos em particular. Os herbicidas são os pesticidas mais persistentes

no ambiente, ou seja, são degradados mais lentamente que os outros

agrotóxicos atuais. O 2-4D e vários outros POPs (poluentes orgânicos

persistentes) em geral são exemplos de pesticidas bastante estáveis, e por isso,

são encontrados até hoje no ambiente natural.

Page 16: Agricultura e Sustentabilidade

16

3. Práticas agrícolas

Além da contaminação causada pelo uso de fertilizantes e herbicidas, existe a

contaminação através de efluentes provenientes de atividades agrícolas, de

onde se destacam aquelas que apresentam um elevado risco de poluição, como

sendo, as agropecuárias intensivas (suinoculturas), com taxa bastante baixa de

tratamento de efluentes, cujo efeito no solo depende do tipo deste, da

concentração dos efluentes e do modo de dispersão, os sistemas agrícolas

intensivos que têm grandes contributivos de pesticidas e adubos, podendo

provocar a acidez dos solos, que por sua vez facilita a mobilidade dos metais

pesados, e os sistemas de rega, por incorreta implantação e uso, podem originar

a salinização do solo e/ou a toxicidade das plantas com excesso de nutrientes.

Por exemplo: Resíduos da cana-de-açúcar

O Vinhoto ou vinhaça é o resíduo pastoso e malcheiroso que sobra após a

destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar (garapa) fermentado, para a

obtenção do etanol (álcool etílico). Para cada litro de álcool produzido, 12 litros

de vinhoto são deixados como resíduo. Quando jogado nos rios ou no solo

constitui uma séria fonte de poluição.

Fig.6: Agricultura moderna – utilização de

agrotóxicos

(http://professormarcianodantas.blogspot.pt)

Page 17: Agricultura e Sustentabilidade

17

Alguns cuidados ao usar pesticidas:

Todos os produtos químicos orgânicos, inorgânicos ou naturais precisam ser

usados seguindo os devidos cuidados e orientações para se obter um bom

resultado e diminuir riscos e problemas futuros.

Segundo Castelo (2001) os pesticidas, no momento da aplicação, podem

penetrar no corpo do aplicador por quatro vias: a pele (mãos, braços, pernas e

pés), o aparelho respiratório, a boca e os olhos, por isso é muito importante o

uso de EPI (equipamento de proteção individual), esses são: o protetor para o

rosto, luvas, óculos de proteção, botas, macacão ou calças compridas e camisa

de mangas longas, chapéu ou boné e máscara respiratória.

Depois de usadas as embalagens dos pesticidas não podem ser reutilizados,

nem jogadas em qualquer lugar; devem ser colocadas em locais apropriados

para lixos tóxicos, esses locais podem ser indicados por um técnico. O aplicador

não pode também lavar as mãos, as roupas e o aparelho que usou nas fontes de

água, para evitar o risco de envenenamento de pessoas e animais.

Ainda segundo Castelo (2001) os recipientes, latas, vidros ou caixas dos

pesticidas têm uma faixa colorida que indica o grau de toxidade do produto: os

de faixa vermelha indicam que o produto tem alto grau de toxidade, sendo

extremamente perigoso, os de faixa amarela são menos tóxicos que os de faixa

vermelha, os de faixa azul tem toxidade média e os de faixa verde são os menos

tóxicos.

O agricultor precisa estar bem informado sobre os perigos, sobre os tipos de

defensivos indicados para cada tipo de praga e para isso é muito importante a

ajuda de um técnico especializado.

Page 18: Agricultura e Sustentabilidade

18

Métodos alternativos:

Práticas de cultura alternativa:

Cultivo de espécies em locais onde não existem as pragas que as

atacam;

Rotação de culturas;

Culturas marginais, que desviam as pragas;

Culturas em faixas;

Plantação de sebes em redor das culturas, o que cria habitats para os

inimigos naturais das pragas;

Ajuste dos ciclos de cultura de forma a fazer coincidir a altura de

maior produção com a fase do ciclo de vida em que a praga é menos

ativa.

Controlo Biológico (Regulação das populações de pragas pelos seus

inimigos naturais, como predadores, parasitas e agentes patogénicos)

Esterilização de insectos (Machos de insectos criados em laboratório

tornados estéreis são libertados numa zona infestada. O seu

acasalamento com as fêmeas não produz descendência e a população da

praga diminui)

Uso de Ferormonas

Hormonas juvenis de muda

Biopesticidas

Engenharia Genética

Luta integrada

Page 19: Agricultura e Sustentabilidade

19

Sustentabilidade em perigo:

Os impactos causados pelo ser humano são muitos, porém é possível reduzi-

los. Assim, para que possamos buscar soluções aos problemas do mundo

moderno, precisamos começar por identificar quais os maiores impactos

causados pela atividade de maior impacto no meio-ambiente: a agricultura. São

eles:

Desflorestação - destruição intensiva das florestas.

Erosão – perda de solo causada pela associação do uso incorrecto do

solo associado com as chuvas e ventos. Essa perda, consiste na remoção

das camadas superiores do solo, chegando até as rochas, tornando o solo

não agricultável.

Perdas de biodiversidade – as espécies estão a desaparecer/ extinguir-

se com a desflorestação.

Esgotamento da água doce - mais de 60% da água doce é utilizada na

irrigação de campos agrícolas.

Poluição atmosférica – por mais que a produção de material vegetal

capture carbono da atmosfera, o carbono liberado por actividades

relacionadas supera a quantidade capturada. Esse carbono é liberado

pela queima de diesel dos tractores, produção de fertilizantes e

defensivos agrícolas, além da decomposição de restos de cultura.

Poluição de águas – o uso descontrolado de adubos e defensivos

agrícolas tem causado sérios problemas de contaminação de águas por

resíduos e materiais lixiviados no solo.

Desertificação – com o uso inadequado o solo vai se desgastando,

tornando-os inférteis. Assim, nenhuma planta consegue sobreviver em

muitas dessas áreas, tornando-as desertas.

Page 20: Agricultura e Sustentabilidade

20

Destruição de mananciais – o avanço da agricultura sobre as matas

nativas causa destruição das nascentes, por soterramento,

impermeabilização, entre outros factores.

Concentrar esforços em orientar e qualificar melhor o homem do campo, dando

meios e ferramentas para que ele utilize técnicas modernas e menos agressivas

em suas plantações, a utilização de menos defensivos químicos e a

implementação de técnicas, como o terraceamento, curvas de nível e associação

de culturas, são algumas das estratégias a adotar para garantir que toda a área

agricultável do nosso território nacional seja coberta pelas práticas e princípios

da sustentabilidade na agricultura de grande escala de forma a proporcionar

um rendimento maior, colheitas mais abundantes e saudáveis e populações

rurais mais felizes e satisfeitas com suas atividades corriqueiras.

E com isso, ganha o mundo, ganha o país e ganhamos todos nós.

Nota:

Terraceamento: fazer cortes formando degraus (terraços) nas encostas

das montanhas, dificulta, ao quebrar a velocidade de escoamento da

água, o processo erosivo.

Curvas de nível: consiste em arar o solo e depois fazer a semeadura

seguindo as cotas altimétricas do terreno, reduzindo a velocidade de

escoamento superficial da água da chuva. Para reduzi-la ainda mais, é

comum a construção de obstáculos no terreno, espécies de canaletas.

Associação de culturas: em cultivos que deixam boa parte do solo

exposto à erosão (algodão, café, etc.), é comum plantar, entre uma fileira

e outra, espécies leguminosas (feijão, por exemplo), que recobrem bem o

terreno.

Page 21: Agricultura e Sustentabilidade

21

Conclusão:

Os conflitos entre a agricultura e a biodiversidade não são de forma

alguma inevitáveis. Porém, podem ser solucionados através da prática de uma

agricultura sustentável e de transformações nas instituições e nas políticas

agrícolas que, efectivamente, são necessárias implantar.

Desta forma, a manutenção da biodiversidade necessita de ser

incorporada nas práticas agrícolas – uma estratégia que pode ter múltiplos

benefícios ecológicos e socioeconómicos, particularmente na garantia da

segurança dos alimentos.

Os tópicos que tratamos no corpo do trabalho incitam, por norma, a uma

mudança de mentalidade ambiental. É fundamental perceber que se saturarmos

os solos pomos em causa a produção de alimentos e isto pode estender-se a

uma crise a nível mundial. Também o uso de agrotóxicos persistentes induz a

perturbações na cadeia alimentar, nomeadamente, nos organismos que

compõem esses níveis tróficos.

Portanto, com a realização deste trabalho viemos a concluir que: “O que

importa não é chegar, é partir”, é imperativo que a sustentabilidade tome uma

posição de destaque.

Page 22: Agricultura e Sustentabilidade

22

Bibliografia:

http://ecoblogconsciencia.blogspot.pt

http://www.cpap.embrapa.br

http://www.fao.org

http://artigos.netsaber.com.br

http://bioknowledge.wordpress.com

http://danielafafe.blogspot.pt

http://cfmt.wordpress.com

http://www.atitudessustentaveis.com.br

http://pt.wikipedia.org

http://es.wikipedia.org

http://www.webartigos.com

http://www.ecologiaurbana.com.br

http://www.cultivando.com.br

(acedidos em 01.06.12)