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ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO DO PROCESSO JUDICIAL COMO INSTRUMENTO GERENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO E O APRIMORAMENTO DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE UNIDADES DOCUMENTÁRIAS JURÍDICAS: O CASO DO SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO DO TRIBUNAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO. FLORIANÓPOLIS 2006

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ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO

MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO DO PROCESSO

JUDICIAL COMO INSTRUMENTO GERENCIAL PARA O

DESENVOLVIMENTO E O APRIMORAMENTO DE PRODUTOS E

SERVIÇOS DE UNIDADES DOCUMENTÁRIAS JURÍDICAS:

O CASO DO SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO DO TRIBUNAL DO

TRABALHO DA 4ª REGIÃO.

FLORIANÓPOLIS

2006

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO DE BIBLIOTECAS – 200 4

ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO

MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO DO PROCESSO

JUDICIAL COMO INSTRUMENTO GERENCIAL PARA O

DESENVOLVIMENTO E O APRIMORAMENTO DE PRODUTOS E

SERVIÇOS DE UNIDADES DOCUMENTÁRIAS JURÍDICAS:

O CASO DO SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO DO TRIBUNAL DO

TRABALHO DA 4ª REGIÃO.

Monografia apresentada ao Programa de Pós-graduação em Biblioteconomia como pré-requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Gestão de Bibliotecas. Orientadora: Marília Damiani Costa, Drª Eng.

FLORIANÓPOLIS

2006

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ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO

MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO DO PROCESSO

JUDICIAL COMO INSTRUMENTO GERENCIAL PARA O

DESENVOLVIMENTO E O APRIMORAMENTO DE PRODUTOS E

SERVIÇOS DE UNIDADES DOCUMENTÁRIAS JURÍDICAS:

O CASO DO SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO DO TRIBUNAL DO

TRABALHO DA 4ª REGIÃO.

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de

Especialista em Gestão de Bibliotecas, no curso de pós-graduação em Especilização

em Gestão de Bibliotecas – 2004 da Universidade do Estado de Santa Catarina.

Banca Examinadora:

Orientador: __________________________________________________________

Doutora Marília Damiani Costa

Universidade Federal de Santa Catarina

Membro: __________________________________________________________

Florianópolis,__/__/____

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a professora Marília Damiani Costa, a bibliotecária Regina de

Marco Ferreira, a meus familiares e aos colegas de trabalho pelo incentivo e apoio

para o desenvolvimento desta pesquisa.

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RESUMO

O propósito desta pesquisa foi mapear informações e conhecimentos necessários

aos juízes do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região para tomada de decisões

nos processos judiciais, com vistas à criação de instrumentos gerenciais estratégicos

para o Serviço de Documentação do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região

desenvolver e aprimorar produtos e serviços que atendam a demanda

organizacional de maneira melhor qualificada. Trata-se de uma pesquisa

exploratória, descritiva de cunho qualitativo, fazendo-se uso do procedimento

“estudo de caso”, desenvolvida no Serviço de Documentação. Para tanto, identificou-

se o ciclo do processo judicial no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região;

identificaram-se as necessidades de informação e de conhecimento para subsidiar a

tomada de decisões dos juízes, os dados coletados por meio de questionários

aplicados, através do correio eletrôncio serviram de base para mapearam-se as

informações e conhecimentos relacionados ao processo judicial. A partir dos

resultados, conclui-se que o uso de mapas do conhecimento é adequado para dar

suporte ao processo de criação de produtos e serviços e como instrumento gerencial

estratégico para o Serviço de Documentação.

Palavras-Chave: Gestão do Conhecimento. Gestão da Informação. Mapa do

Conhecimento. Biblioteca Especializada. Direito. Biblioteca Jurídica. Justiça do

Trabalho. Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. Unidade Documentária

Jurídica. Serviço de Documentação

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ABSTRACT

The purpose of the present research is to mapping informations and knowledge to

help TRT4 judges to making decisions in the judicial´s process, to creation

management strategics instruments to Serviço de Documentação do Tribunal

Regional do Trabalho da 4ª Região develop and aprimory produscts and services to

atend better public. This is an exploratory, descriptive research of qualitative nature

that makes use of a ‘case study’ developed to Serviço de Documentação. Then

identified judicial´s process ciclo in Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região

identified information and knowledge needs to judges making decisions, the data,

collected by means questionnaires, through e-mail baseaded mapping informations

and knowledge judicial´s process. The results revealed that the use of knowledge

mapping adequate to support the process of making products and services and how

strategic management instrument to Serviço de Documentação.

Keywords: Knowledge Management. Information Management. Knowledge Maps.

Special Library. Law. Law Library. Labor Courts. Tribunal Regional do Trabalho da

4ª Região. Law Document Unit. Document Service.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Disponibilidade e Importância do conceito ............................................................................34

Figura 2 - Transformação de dados em conhecimento .........................................................................35

Figura 3 - Espiral do conhecimento e os quatro modos de conversão do conhecimento. ....................40

Figura 4 - Cultura organizacional ...........................................................................................................42

Figura 5 - Composição de um Mapa de Conhecimento.........................................................................50

Figura 6 - Fluxo do Ciclo do Processo Judicial no TRT4. ......................................................................95

Figura 7 - Mapa de Fontes Vivas de informação de conhecimento complementar.............................122

Figura 8 - Mapa de fontes de informação e conhecimento do TR4.....................................................126

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Tríade da Gestão do Conhecimento....................................................................................31

Quadro 2 - Caracterização de dado, informação e conhecimento ........................................................32

Quadro 3 - Caracterização de gestão do conhecimento a partir de três dimensões: filosofia,, processo

e objeto ...............................................................................................................................41

Quadro 4 - Os três poderes do Estado ..................................................................................................62

Quadro 5 – Hardwares disponíveis no SDOC .......................................................................................85

Quadro 6 – Softwares disponíveis no SDOC.........................................................................................85

Quadro 7 – Bases de Dados desenvolvidas pelo SDOC.......................................................................87

Quadro 8 - Tipos de Serviço do SDOC..................................................................................................88

Quadro 9 - Etapas do Serviço de Empréstimo, Serviço de Atendimento e Pesquisa e o Serviço de

Notificação Corrente ...........................................................................................................89

Quadro 10 - Processos e Etapas do Serviço de Gerenciamento de Informação e Acervo Documental

............................................................................................................................................90

Quadro 11 - Processos e Etapas dos Serviços Administrativos............................................................91

Quadro 12 - Produtos e Serviços de acordo como o público a que se destina.....................................92

Quadro 13 - Fases do Recurso Ordinário ..............................................................................................96

Quadro 14 - Serviços e Produtos do Sdoc X Processo Judicial do TRT4...........................................117

Quadro 15 - Fontes Vivas de informação de conhecimento complementar ........................................124

Quadro 16 - Fontes de informação e de conhecimento.......................................................................127

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Distribuição dos usuários ...................................................................................................101

Gráfico 2 - Distribuição das pesquisas.................................................................................................102

Gráfico 3 - Setores que utilizaram o SDOC .........................................................................................103

Gráfico 4 - Tempo de serviço ...............................................................................................................106

Gráfico 5 - Cursos de formação acadêmica.........................................................................................107

Gráfico 6 - Cursos de formação complementar ...................................................................................108

Gráfico 7 - Áreas do Direito de interesse dos usuários .......................................................................110

Gráfico 8 - Tipo de material..................................................................................................................113

Gráfico 9 - Tipos de pesquisa ..............................................................................................................115

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo das atividades por categoria de usuários de 2004...............................................101

Tabela 2 - Setores que utilizaram o SDOC..........................................................................................102

Tabela 3 - Tempo de serviço dos usuários ..........................................................................................105

Tabela 4 - Cursos de formação acadêmica .........................................................................................107

Tabela 5 - Cursos de formação complementar dos usuários ..............................................................108

Tabela 6 - Áreas do Direito de interesse dos usuários ........................................................................109

Tabela 7 – Fontes de Informação e de conhecimento.........................................................................112

Tabela 8 - Tipos de pesquisa ...............................................................................................................114

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CF/88 – Constituição do Brasil de 1988

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

DGCA – Diretor-geral de Coordenação Administrativa

DGCJ – Diretor-geral de Coordenação Judiciária

GC – Gestão do Conhecimento

GI – Gestão da Informação

L – Lei

RA – Resolução Administrativa

RC – Revolução do Conhecimento

RH – Recursos Humanos

Rin - Regimento Interno

RI – Revolução da Informação

SDC – Seção de Dissídios Coletivos

SDI – Seção de Dissídios Individuais

SDOC – Serviço de Documentação

STF – Supremo Tribunal Federal

STF – Superior Tribunal de Justiça

TI – Tecnologia da Informação

TRT4 – Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região

TRT´s – Tribunais Regionais do Trabalho

UDJ – Unidade Documentária Jurídica

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SUMÁRIO:

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................14

1.1 O PROBLEMA DE PESQUISA.......................................................................18

1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................20

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ..........................................................................20 1.3.1 Objetivo Geral.................................................................................................20 1.3.2 Objetivos Específicos .....................................................................................21

1.4 RELEVÂNCIA DA PESQUISA........................................................................21

1.5 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO.......................................................................22

2 REVISÃO DE LITERATURA .............................. ...............................................23

2.1 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E GESTÃO DO CONHECIMENTO .................23 2.1.1 Bases conceituais...........................................................................................32 2.1.2 Os tipos de conhecimento ..............................................................................36 2.1.3 A conversão do conhecimento .......................................................................39

2.2 REPRESENTAÇÃO VISUAL DO CONHECIMENTO .....................................45 2.2.1 Mapas do conhecimento: potencial e benefícios ............................................47 2.2.2 Tipos de mapas de conhecimento..................................................................49 2.2.3 Limitações dos mapas de conhecimento........................................................50

2.3 GESTÃO DO CONHECIMENTO EM BIBLIOTECAS .....................................51 2.3.1 Bibliotecas especializadas..............................................................................53 2.3.2 Bibliotecas jurídicas e unidades documentárias jurídicas dos Tribunais do Trabalho61

2.4 A JUSTIÇA DO TRABALHO...........................................................................66 2.4.1 Varas do Trabalho ..........................................................................................69 2.4.2 Tribunais Regionais do Trabalho (TRT´s).......................................................69 2.4.3 Tribunal Superior do Trabalho (TST)..............................................................71 2.4.4 O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4R) ...............................71

3 METODOLOGIA ........................................ ........................................................76

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .............................................................76

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ...........................................................................77

3.3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS ........78

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3.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA.........................................................................80

4 RESULTADOS DA PESQUISA............................. ............................................81

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO DO TRT4 .........81 4.1.1 Estrutura organizacional .................................................................................83 4.1.2 Recursos bibliográficos...................................................................................84 4.1.3 Recursos tecnológicos....................................................................................84 4.1.4 Produtos e serviços de Informação ................................................................86

4.2 O PROCESSO JUDICIAL NO TRT4 ..............................................................93

4.3 NECESSIDADES DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO DOS USUÁRIOS DO SDOC QUE ATUAM NO PROCESSO JUDICIAL NO TRT4..................100

4.3.1 Perfil dos usuários ........................................................................................104 4.3.2 Áreas de Interesse dos usuários ..................................................................109 4.3.3 Fontes de Informação e Conhecimento utilizadas pelos usuários................110 4.3.4 Tipos de pesquisa na Intranet e Biblioteca Virtual feitas pelos usuários ......113

4.4 PRODUTOS E SERVIÇOS DO SDOC X PROCESSO JUDICIAL DO TRT4

116

4.5 MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO RELACIONADOS AO PROCESSO JUDICIAL ................................................................................119

4.5.1 Mapa de fontes vivas de informação e conhecimento complementar ..........119 4.5.2 Mapa de fontes de informação e de conhecimento ......................................125

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................... ..............................................129

REFERÊNCIAS.......................................................................................................137

GLOSSÁRIO ...........................................................................................................144

APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS....................................145

APÊNDICE B – ESTRUTURA DA PESQUISA........................................................150

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1 INTRODUÇÃO

No decorrer dos séculos XX e XXI surgiu a sociedade da informação e do

conhecimento. Esta sociedade busca maneiras de gerenciar a Revolução da

Informação (RI) e a Revolução do Conhecimento (RC). A RI trouxe a

disponibilização das informações através da Tecnologia da Informação (TI) e a RC

trouxe o compartilhamento do conhecimento presente em pessoas, produtos e

serviços.

Tanto a RI quanto a RC atingiram às organizações, sendo que gerenciar os

processos de Gestão da Informação (GI) e de Gestão do Conhecimento (GC) é parte

fundamental do gerenciamento estratégico de cada organização.

Segundo Davenport (1998) GI é um conjunto estruturado de atividades que

incluem o modo como organizações: obtém, distribuem e usam a informação. Esse

processo deve ser mensurável e permite aperfeiçoamentos constantes, o que exige

o acompanhamento de um gestor do processo.

Segundo Carvalho e Castro (2004, p. 3) GC é “um processo sistemático de

identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são

estratégicos na vida de uma organização”. Para Davenport (2004) e Lapa (2004) a

GC baseia-se no tripé: pessoas, processos (onde está presente a GI) e TI.

A GI e a GC são processos contínuos e interligados e encontram-se

presentes em diversas organizações públicas, privadas e etc. as quais buscam

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conhecer e estudar suas contribuições para o desenvolvimento de toda a

organização.

Para Costa e Castro (2004, p. 1):

A crença de que uma economia baseada no conhecimento e na informação possui recursos ilimitados tem sido um dos fatores responsáveis pela recente atratividade pela gestão do conhecimento, tanto no ambiente acadêmico quanto no das organizações privadas e públicas.

As organizações: bibliotecas, centros de informação e documentação,

unidades documentárias e etc. são organizações nas quais os dois processos GI e

GC encontram-se continuamente presentes. Diariamente através de seus produtos

e serviços estas organizações ampliam os acessos de seus usuários a fontes

ilimitadas de informação e de conhecimento da sua área de atuação.

Existem diversos tipos de bibliotecas: públicas, escolares, universitárias e

especializadas. As bibliotecas especializadas são bibiotecas que têm seu acervo

especializado numa área do conhecimento. As bibliotecas jurídicas são bibliotecas

que têm seu acervo especializado na área do direito e como seus usuários

preferenciais as pessoas da Instituição a qual estão subordinadas.

Neste ambiente pode-se destacar o conceito de Nogueira (1978, p.25) de

Unidade Documentária Jurídica (UDJ):

um sistema que se ocupa de proporcionar a informação e documentação necessária para que o interessado leve a cabo sua própria investigação, ainda que em muitos casos as respostas proporcionadas pelo centro em forma direta ou através de um documento respondam eficazmente a pergunta feita.

Portanto, o conceito de UDJ´s engloba o conceito de biblioteca especializada

e o amplia. Para Atienza (1979) a documentação jurídica é composta por doutrina

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(livros, artigos de periódicos, etc.), legislação (leis, decretos, etc.) e jurisprudência

(decisão dos juízes).

Dentre as UDJ´s, destacam-se às ligadas à Justiça do Trabalho. A Justiça do

Trabalho surgiu na década de 30 tendo como órgãos de 2º Grau de jurisidição os

Tribunais do Trabalho (TRT´s), os quais têm como instância máxima do judiciário

trabalhista o Tribunal Superior do Trabalho.

Desta forma, as UDJ´s da Justiça do Trabalho brasileira, ou seja dos TRT´s,

estão inseridas em diferentes realidades, que podem ser assim classificadas:

a) Bibliotecas na acepção da palavra: existem TRT´s que têm

um setor de biblioteca encarregado apenas do tipo de

documentação: doutrina;

b) Bibliotecas mistas quase uma UDJ: existem TRT´s que têm

setores que englobam um ou outro tipo de documentação:

doutrina, legislação, jurisprudência, etc.;

c) UDJ na acepção da palavra: existem TRT`s que têm um

setor encarregado de processar, arquivar e divulgar a

doutrina, além de dedicar-se também a manter atualizados

sistemas de informações legislativas com leitura diária dos

Diários Oficiais, seleção e indexação de legislações

pertinentes ao seu TRT, armazenamento, divulgação e

atendimentos a pesquisas desta área; arquivar os acórdãos

provenientes dos julgamentos e disponibilizar também

pesquisa a jurisprudência. As UDJ´s que assim procedem

podem ser comparadas a serviços de documentação

(SDOC).

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Segundo Noguera (1978, p. 55) os serviços de documentação:

não possuem uma existência autônoma e dependem sempre de um organismo que indica o caminho a seguir. Seu campo de ação é sempre o mesmo que o do organismo de que dependem. (...) Os Serviços de Documentação são essenciais para a difusão da informação porque: • Possuem um conhecimento bem definido de seus usuários, e conhecem

perfeitamente suas necessidades; • Facilitam o acesso a toda a massa documental; • Ajudam o usuário em suas buscas pessoais; • Oferecem todos os meios informativos que precise o usuário para realizar

seu trabalho preparando-lhe o caminho a seguir para conseguir seu fim; • Proporcionam, muitas vezes, soluções a problemas concretos; • Facilitam os próprios documentos ou sua reprodução; • Selecionam a informação pertinente e qualificada.

No Rio Grande do Sul, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4)

surgiu na década de 40, tendo sua Unidade Documentária surgido na década de 50.

Assim sendo, na estrutura hierárquica do TRT4 tem-se um Serviço de

Documentação. Atualmente, o Serviço de Documentação do TRT4 tem o maior

acervo do Estado do Rio Grande do Sul especializado em Direito do Trabalho,

aproximadamente 7.500 volumes e mais de 100 títulos de periódico. Na estrutura

hieráquica do TRT4 o Serviço de Documentação (SDOC) faz parte da Secretaria

Judiciária do Tribunal.

Os juízes trabalhistas são os clientes preferenciais, entretanto, o SDOC

atende desde o aluno de direito que faz trabalhos acadêmicos, até o advogado que

pesquisa para elaborar sua petição inicial até o juiz que elabora o voto em nível

recursal em todo país. Pelos produtos e serviços do SDOC os usuários que atuam

no processo judicial ampliam seus acessos às fontes de informação e conhecimento

jurídicos.

Visto que os juízes da Justiça do Trabalho da 4ª Região são os produtores de

informação e de conhecimento registrado (votos, acórdãos, súmulas, jurisprudência)

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da organização, torna-se importante registrar, mapear suas decisões para conhecê-

los melhor e assim desenvolver-se e aprimorar produtos e serviços do SDOC.

Costa e Krücken (2004, p. 3) salientam que: “observa-se, cada vez mais, a

utilização da comunicação visual na sociedade atual. Ícones visuais são

padronizados e difundidos com a intenção de estabelecer um vocabulário comum,

de rápida e fácil compeensão.”

Desta forma, os mapas de conhecimentos apresentam-se como instrumento

gerencial de UDJ´s.

Segundo Costa e Castro (2004, p. 1):

Essa busca das organizações pelo conhecimento, como fonte de recurso inesgotável, traz a tona à necessidade de gerenciar informações para subsidiar a criação de conhecimentos organizacional, bem como de gerenciar os ambientes para criação e compartilhamento deste bem intangível, chave para a inovação e para a obtenção de um diferencial competitivo.

Portanto, as bibliotecas, como partes das organizações do conhecimento,

devem estar preparadas para atuar no processo de gestão do conhecimento (GC).

As bibliotecas especializadas, ou seja, UDJ´s no caso específico dos (TRT´s),

compõem a base para desenvolvimento das atividades de pesquisa e prestação

juridicional.

1.1 O PROBLEMA DE PESQUISA

Com a difusão dos meios de acesso a informação verifica-se a necessidade

das UDJ´s gerenciarem informações para subsidiar a geração do conhecimento

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organizacional. Neste sentido, CHOO (2003, p. 345) salienta que “as organizações

usam a informação de três maneiras estratégicas: para dar significado ao ambiente,

para criar novos conhecimentos e para tomar decisões.” Desta forma, o presente

trabalho se preocupará com as informações necessárias à tomada de decisões nos

processos judiciais, por parte dos juízes do TRT4, para cumprirem com a prestação

jurisidicional.

O processo judicial segue um ciclo desde sua entrada no Tribunal até seu

julgamento e posterior publicação, compreender como ocorre este ciclo auxiliará a

entender como ocorre a geração do conhecimento no TRT4 e a prestação

jurisdicional.

O SDOC do TRT4 busca desenvolver serviços de informação que subsidiem

a prestação jurisidicional dos juízes do TRT4, fornecendo apoio informacional e

apoio documental para tomada de decisões. Conhecer os usuários do SDOC é

fundamental para a melhoria dos serviços de informação. Portanto, é com base

neste contexto que se formula a seguinte questão:

QUAIS INFORMAÇÕES E CONHECIMENTOS SÃO NECESSÁRIOS A OS

JUÍZES DO TRT4 PARA TOMADA DE DECISÕES NOS PROCESSO S JUDICIAIS,

COM VISTAS A CRIAÇÃO DE INSTRUMENTOS GERENCIAIS EST RATÉGICOS

PARA O SDOC DO TRT4 DESENVOLVER E APRIMORAR PRODUTO S E

SERVIÇOS QUE ATENDAM A DEMANDA ORGANIZACIONAL DE MA NEIRA

MAIS QUALIFICADA?

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1.2 JUSTIFICATIVA

Considerando a necessidade das UDJ´s estarem constantemente

atualizando-se para assim acompanharem a demanda, torna-se necessário mapear

as necessidades de informação e de conhecimento dos juízes do TRT4 para a

tomada de decisões nos processos judiciais, com vistas a criação de instrumentos

gerenciais estratégicos para o SDOC do TRT4 desenvolver e aprimorar produtos e

serviços que atendam a demanda organizacional de maneira mais qualificada.

O conceito de Gestão do conhecimento em bibliotecas ainda é pouco

explorado no Brasil. Sendo, o presente trabalho, pioneiro na área de estudo de GC

em bibliotecas jurídicas, ou seja, na área de UDJ´s o que, considera-se, irá contribuir

para futuras pesquisas.

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

Os objetivos da pesquisa foram divididos em objetivo geral e objetivos

específicos.

1.3.1 Objetivo Geral

Mapear informações e conhecimentos necessários aos juízes do TRT4 para

tomada de decisões nos processos judiciais, com vistas à criação de instrumentos

gerenciais estratégicos para o SDOC do TRT4 desenvolver e aprimorar produtos e

serviços que atendam a demanda organizacional de maneira mais qualificada.

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21

1.3.2 Objetivos Específicos

São objetivos específicos desta pesquisa:

a) identificar o ciclo do processo judicial no Tribunal Regional

do Trabalho da 4ª Região (TRT4);

b) identificar as necessidades de informação e de

conhecimento dos usuários do SDOC que atuam no

processo judicial;

c) identificar as fases do processo judicial e quais serviços e

produtos do SDOC são utilizadas nestas fases;

d) elaborar mapas de informações e conhecimentos

relacionados ao processo judicial.

1.4 RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Nesta era do conhecimento, “as bibliotecas têm uma importante papel no

processo de inovação e consolidação de novos conhecimentos e gradativamente

auxiliarão à gestão do conhecimento nas organizações em que estão inseridas.”

Costa; Castro (2004, p.12).

Considerando que a Gestão do Conhecimento em bibliotecas, principalmente

no Brasil, ainda é pouco explorada e por tratar-se de um estudo exploratório em

bibliotecas jurídicas, principalmente em UDJ´s, esta pesquisa irá contribuir para o

desenvolvimento de novas pesquisas na área de Gestão de Conhecimento em

Bibliotecas.

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1.5 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

Este documento está estruturado em cinco capítulos:

No primeiro, é apresentado, de forma geral, o tema e o problema de pesquisa,

relacionados à contribuição da gestão do conhecimento em bibliotecas. Enfatiza-se,

no problema de pesquisa, a importância das Unidades Documentárias Jurídicas

contarem com instrumentos gerenciais estratégicos na era da Gestão do

Conhecimento.

No segundo capítulo, apresenta-se uma revisão de literatura, sobre as bases

conceituais da gestão da informação e do conhecimento, destacando-se os mapas

do conhecimento como estratégia para registro, ativação e criação do conhecimento

nas organizações, e a contextualização da Justiça do Trabalho e das Unidades

Documentárias Jurídicas dos Tribunais do Trabalho.

No terceiro capítulo, apresenta-se a metodologia adotada para esta pesquisa,

a caracterização da pesquisa, técnicas e instrumentos de coleta e análise de dados,

bem como as limitações da pesquisa.

No quarto capítulo, apresentam-se os resultados da pesquisa compreendendo

as etapas que foram seguidas e a contextualização do SDOC do TRT4, objeto do

estudo de caso.

Finalmente, no quinto capítulo são apresentadas as conclusões na forma de

considerações finais.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Neste capítulo serão apresentadas as bases teóricas que fundamentam a

presente pesquisa, destacando-se: a) gestão da informação e gestão do

conhecimento: bases conceituais, tipos de conhecimentos, conversão do

conhecimento; b) representação visual do conhecimento: mapas de conhecimento;

c) gestão do conhecimento em bibliotecas: bibliotecas especializadas, bibliotecas

jurídicas dos Tribunais do Trabalho; d) Justiça do Trabalho: as Varas do Trabalho, os

TRT´s, o TST e o TRT4R.

2.1 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E GESTÃO DO CONHECIMENTO

Historicamente o uso do conhecimento tem evoluido. Segundo Costa (2004)

pode-se destacar a seguinte evolução:

a) séculos XVIII e XIX: houve a Revolução Industrial na qual o

conhecimento era utilizado para criar rotinas padronizadas;

b) até meados do século XX: houve a Revolução do Produto e

o conhecimento era utilizado para aperfeiçoar os produtos;

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c) século XX: surgiu a Revolução da Informação na qual

houve a disponibilização das informações através da

Tecnologia da Informação TI;

d) século XX e XXI: no surgiu a Revolução do Conhecimento

na qual o conhecimento está embutido em produtos e

serviços.

Atualmente, verifica-se que a Revolução da Informação e a Revolução do

Conhecimento encontram-se presentes nas organizações através dos processos de

Gestão da Informação (GI) e Gestão do Conhecimento (GC).

Segundo Davenport (2004) organização é um agrupamento humano,

planejado e organizado, que utiliza a tecnologia disponível no seu ambiente, com o

propósito de atingir um ou mais objetivos.

Para Angeloni (2002, p. XVI):

uma organização do conhecimento é aquela em que o repertório de saberes individuais e dos socialmente compartilhados pelo grupo é tratado como um ativo valioso (...) se observa uma forte ênfase na criação de condições ambientais, sociais e tecnológicas que viabilizem a geração, a disponibilização e a internalização de conhecimentos por parte dos indivíduos, com o propósito de subsidiar a tomada de decisões.

As organizações do conhecimento, como são denominadas as organizações

que atuam com base no conhecimento, baseiam suas ações na compreensão do

ambiente, de suas necessidades e são alavancadas pelas fontes de informação

disponíveis e pela competência de seus membros. (CHOO, 2003, p. 31 )

Segundo Barbalho & Beraquet (1995) apud Rocha (2003, p. 1):

Para alcançar a qualidade e a eficiência desejadas, as organizações devem calcar o processo decisório em um sistema de informações confiável e capaz de dimensionar o futuro, procurando compreender as mudanças e estabelecer novos rumos necessários à redução de incertezas quanto ao

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futuro.

Segundo NOTÍCIAS (1998) GI é:

o nome que se atribui ao processo pelo qual se produz, analisa, avalia, trata, acessa e/ou divulga a informação, adequando-a as características de consumo do cliente/usuário, ou seja, o processo pelo qual se trabalha a informação para oferecer sob medida para o cliente/usuário, e não simplesmente indicando onde ela esta ou pode ser encontrada.

Ponjuan Duarte (1998) apud Moraes e Belluzzo (2005, p. 79) coloca

que a GI:

deve incluir, em dimensões estratégicas e operacionais, os mecanismos de obtenção e atualização de recursos humanos e tecnológicos, financiamentos materiais e físicos a fim de poder ser disponibilizada como insumo útil e estratégico para indivíduos, grupos e organizações.

Davenport (1998) se refere à GI como um conjunto estruturado de atividades

que incluem o modo como às empresas obtém, distribuem e usam a informação e o

conhecimento. Esse processo deve ser mensurável e permite aperfeiçoamentos

constantes, o que exige o acompanhamento de um gestor do processo. Desta

forma, os quatro passos podem ser definidos como:

a) Passo 1 – Determinação das exigências: a atividade do

gestor nessa fase deve ser a de identificação das

informações estruturadas, aquelas quantitativas e de ação

limitada. As informações não estruturadas são as de

contexto organizacional, obtidas através de notícias, idéias,

fofocas e rumores. Devem, também, ser identificadas as

informações formais e informais, bem como as

computadorizadas. Em razão da variedade de requisitos do

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ambiente, as informações deverão ser obtidas de fontes

variadas;

b) Passo 2 – Obtenção da Informação: definidas as exigências

informacionais, os gestores devem colocar-se novamente

em campo e explorar o ambiente inicialmente em três fontes

básicas: a) Especialistas externos, tais como publicações

especializadas e outras fontes formais como conferências,

seminários e workshops; b) Fontes confiáveis, como

indivíduos ou instituições que trabalhem com o estado da

arte nos assuntos necessários à organização; c) Boatos

internos, tendo como fonte a própria organização. Nesse

passo a intervenção humana é imprescindível para a

classificação das informações, as quais podem ser feitas

em categorias que irão agrupá-las, facilitando, assim, sua

busca;

c) Passo 3 – Distribuição: os fatores culturais da empresa e o

investimento tecnológico afetam a escolha do processo de

distribuição das informações. A dúvida dos Gestores de

Informação recai em divulgá-las aos usuários ou facilitar a

procura delas pelos usuários? Se optam pela divulgação

das informações, os gestores correm o risco de passar

informações que não interessam ou que não possuem

relevância para o usuário. Por outro lado, ao optar pela

facilidade de acesso, o gestor deve observar a correta

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categorização e a relevância das informações, além de sua

utilização pelo usuário.

d) Passo 4 – Uso da Informação: como todo processo de

gestão, as atividades de controle devem ser efetivas para

que o sistema possa ser aperfeiçoado e contribua com os

objetivos organizacionais. Na gestão da informação, uma

forma de exercer esse controle é através do uso da

informação, ou seja, quantos usuários se utilizam das

informações disponíveis.

Rodrigues (2001) conceitua GI e GC como:

Information management, ou Gestão da Informação: É o termo genérico para todas as formas de se processar, arquivar, recuperar, classificar, organizar e usar dados, transformando-os, por tudo dito antes, em informação. O conceito surgiu nos anos 70 e muitos também o chamam de tecnologia da informação, nossa boa e velha conhecida. É o feijão com arroz, a base de tudo. Knowledge management, ou Gestão do Conhecimento: É um desdobramento da Gestão da Informação, e sua missão é transformar informação em conhecimento. Qual a diferença? Informação é um peça de Lego, solitária e limitada, esperando ser usada. Conhecimento é um aeroplano construído com várias e várias destas peças de Lego, agora com um objetivo, sentido e função. Informação envelhece, porque se basta. Conhecimento leva à ação.

De acordo com Marchiori (2002) existem três enfoques para compreender

a GI no cenário da sociedade contemporânea:

a) Da área de administração de empresas em que a GI

está direcionada a aumentar a competitividade e o

domínio de processos organizacionais;

a) Da área de tecnologia em que a GI é vista como recurso

para a construção de redes e sistemas;

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b) Da área da ciência da informação em que a GI é o

estudo da informação na sua totalidade, ou seja, sua

criação, sistematização, recuperação e disseminação.

Neste estudo, procura-se verificar o enfoque da área da ciência da

informação para o conceito de GI.

A GI está presente na sistematização das informações que se encontram

através das publicações, Internet, etc. Segundo VALENTE (2004, p. 13):

O conhecimento é o que cada indivíduo constrói como produto do processamento, da interpretação, da compreensão da informação. É algo construído, intimamente relacionado com a experiência de vida de cada indivíduo e impossível de ser passado - o que é passado é a informação que advém desse conhecimento, porém nunca o conhecimento em si.

Moraes e Belluzzo (2005, p. 79):

A informação se transforma em conhecimento quando o seu conteúdo é assimilado pelo indivíduo, sendo incorporado ao rol de experiências que fazem parte de sua memória e é utilizado para a busca de resolução de problemas, criação de idéias e tomada de decisões.

Para Chaves (2005, p.7) a GI:

tem como objetivo apoiar a política global da organização, na medida em que torna o conhecimento mais eficiente e a integração entre os vários sistemas. Fornecendo subsídios para a tomada de decisões, apóia as evoluções organizacionais, adequando às exigências do mercado no qual a organização está inserida, além de auxiliar na formação da imagem, do projeto e do produto da organização através da implementação de estratégia de comunicação interna e externa.

Nonaka e Takeuchi (1998) consideram que a gestão da informação e do

conhecimento baseia-se em recursos existentes, com os quais as organizações já

podiam estar contando: gestão de informação, gestão de mudança organizacional e

prática de gestão de recursos humanos. Deste modo, o inovador é reconhecer o

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conhecimento como ativo corporativo e entender a necessidade de geri-lo e cercá-lo

com o mesmo cuidado dispensado aos ativos tangíveis.

Rocha (2000, p. 2) define GC como “o sistema utilizado para capturar,

analisar, interpretar, organizar, mapear e difundir a informação, para que ela seja útil

e esteja disponível como conhecimento”.

Para Teixeira (2000, p. 9):

Gerenciar conhecimento é dispor de ações sistemáticas para localizar, entender e usar conhecimentos para criar valor. Ajudar informações e conhecimentos a fluir para as pessoas certas, nos momentos certos, de forma a que se possa agir da maneira mais eficiente e eficaz.

Para Angeloni (2002, p. XVI) “A GC organizacional é um conjunto de

processos que governa a criação, a disseminação e a utilização de conhecimento no

âmbito das organizações.”

Bukowitz e Williams (2002, p. 17), definem gestão do conhecimento como “o

processo pelo qual a organização gera riqueza, a partir de seu conhecimento ou

capital intelectual”.

Para Davenport e Prusak (2003) GC é o conjunto de atividades relacionadas

à geração, codificação e transferência do conhecimento, baseia-se em melhorar os

recursos existentes na organização de forma orientada para o conhecimento.

Segundo Shinyashiki, Trevizan e Mendes (2003, p. 501-502):

... não há consenso sobre a definição de Gestão do Conhecimento como também não existe um padrão de alinhamento dos diferentes profissionais. Trata-se de um conceito que não é novo, mas que está sendo redimensionado e revigorado, e que, portanto, irá requerer tempo para que suas funções, oportunidades e efeitos sejam compreendidos e dominados, e isto se dará na medida em que as organizações conquistarem experiência nesse tipo de gestão.

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O conceito de Gestão do Conhecimento (GC) é:

um conceito que surgiu no final da década de 80, com a finalidade de gerenciar o conhecimento como um recurso organizacional para obtenção de vantagem competitiva.(...) GC é um conceito em evolução, está relacionada com outras áreas do conhecimento, englobando conceitos e envolvendo diversas atividades. (...) Portanto, há dificuldade de definir gestão do conhecimento de uma forma única. (COSTA; CASTRO, 2004, p. 1)

Carvalho e Castro (2004, p. 3) considerando GC “um processo sistemático de

identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são

estratégicos na vida de uma organização”.

Davenport (2004, p.193) salienta que a GC compõem-se de Tecnologia da

Informação (TI), processos e pessoas. “Se o conhecimento reside primordialmente

nas pessoas, e se são elas que decidem criar, utilizar e compartilhar suas idéias

para o alcance de resultados comerciais, então a GC trata tanto de gestão de

pessoas quanto de gestão de informação e TI.”

Neste mesmo sentido Carvalho (2004, p.35) observa que “GC é uma

combinação complexa de pessoas, processos e tecnologia.”

Segundo Lapa (2004, p. 51) GC está apoiada “numa tríade formada por

pessoas, tecnologia e processos de negócios.”

Chaves (2005, p.8) também destaca a dificuldade para se obter um conceito

de GC, e demonstra que “a pergunta ‘é possível gerenciar o conhecimento?’ é feita

com freqüência e, analisando os diversos autores e estudiosos no assunto, podemos

comparar os diversos enfoques que eles dão ao tema.”

Desta forma, pode-se construir a seguinte figura:

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GESTÃO DO CONHECIMENTO

PESSOAS TECNOLOGIA PROCESSOS (GI)

Para Davenport (2004, p.190-191): o conhecimento mais importante está na cabeça das pessoas, facilitar o acesso a ele através de uma melhor GI é parte importante da GC. A principal razão para essa ligação estreita entre a informação e a GC é que as pessoas nas organizações estão constatemente convertendo conhecimento em várias formas de informação (por exemplo, memorandos relatórios, mensagens de correio eletrônico e boletins) e adquirindo informações de outras para melhorar o seu conhecimento. A conversão contínua de conhecimento em informação e de informação em conhecimento é necessária, porque as pessoas não podem compartilhar seu conhecimento diretamente com as outras sempre.

Carvalho: (2004, p.35): “Embora a tecnologia não seja o componente principal da GC, não seria uma atitude prudente tentar implantar GC sem se beneficiar de nenhum suporte tecnológico.” Carvalho (2004, p. 33): “O papel principal da Tecnologia da Informação (TI) na GC consiste em ampliar e acelerar a velocidade de transferência do conhecimento.” Lapa (2004, p. 56) faz o seguinte questionamento: “Existe projeto de GC sem tecnologia?” E responde dizendo que: “dependendo do porte de sua empresa e da abrangência do projeto de GC, talvez a tecnologia possa ser dispensada, mas, na maioria dos casos, a TI ajuda e bastante.”O autor ainda coloca que a TI ajuda no mapeamento de competências, no processo de disseminação de informações através de website na Internet e Intranet. Para Davenport e Prusak (2003, p. 96) a TI pode ajudar na construção de mapas, mas a TI “Por si só não pode garantir que o mapa do conhecimento seja efetivamente utilizado numa organização”

Lapa (2004, p. 51): “Coleção de processos pode ser vista como uma incorporação de processos de GC – explicitação, socialização, entre outros – aos processos de negócio das organizações – processo de vendas, processo de produção, processo de desenvolvimento de sistemas,” processo judicial... Segundo este autor todo processo organizacional oferece um produto ou serviço como saída e que um exemplo de incorporação de GC aos processos seria a organização incluir, no seu processo de atendimento a clientes, tempo para o atendente documentar o problema exposto pelo cliente e a solução dada ao mesmo, criando, assim, um repositório de conhecimentos sobre os serviços. Neste sentido, também se utilizaria da GI para dar suporte ao atendimento.

Quadro 1 - Tríade da Gestão do Conhecimento

Castro Filho e Vergueiro (2005 p. 4) salientam que mesmo se considerando

as diferentes definições para GC:

é possível identificar pontos comuns entre elas, principalmente no que se refere à importância que se dá às pessoas nas organizações, consideradas como o seu capital intelectual. Isto representou um grande avanço na forma como as organizações viam seus funcionários, passando a considerá-los, e ao conhecimento que estes dispõem, como um dos ativos mais importantes para o sucesso em qualquer negócio.

Desta forma, conclui-se que a GC utiliza-se das pessoas, da GI (processos) e

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da TI para atingir os objetivos organizacionais.

2.1.1 Bases conceituais

Para estudar-se GC se faz necessário distingüir três conceitos: dado,

informação e conhecimento que “na linguagem coloquial, são geralmente tratados

como sinônimos porém um exame das definições mostra a seqüência da evolução

dos conceitos.” (PEREIRA, 2000, p.12)

Davenport (1998) apresenta algumas distinções entre dados, informação e

conhecimento.

DADO INFORMAÇÃO CONHECIMENTO Simples observações sobre o estado do mundo

Dados dotados de relevância e propósito

Informação valiosa da mente humana, inclui reflexão, síntese, contexto

Características: - Facilmente estruturado - Facilmente obtido por máquinas - Freqüentemente quantificado -Facilmente transferível

Características: - requer unidade de análise - exige consenso em relação ao significado - exige necessariamente a medição humana

Características: - difícil estruturação - difícil captura em máquinas - freqüentemente tácito - difícil transferência

Quadro 2 - Caracterização de dado, informação e conhecimento

Fonte: Davenport (1998) apud Costa, 2003

A partir das origens da palavra INFORMAÇÃO Rocha (2000, p. 2) demonstra

a diferença entre estes termos:

Dentro da empresa, os dados são geralmente descritos como registros estruturados de transações. A informação agrega valor aos dados. O significado original da palavra “informar” é “dar forma a”, sendo que a informação visa modelar a pessoa que a recebe no sentido de fazer alguma diferença em sua perspectiva. (...) O conhecimento é mais amplo, pois mistura experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e

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incorporação de novas experiências e informações.

Para Pereira (2000, p. 12):

dados são a representação de eventos ou registros estruturados arranjados de forma a serem tratados pelos seres humanos (...) O tratamento dos dados fazendo com que eles passem a ter significado para uso humano e para permitir a transmissão de uma mensagem de forma visível entre emissor e receptor, podemos chamar de informação. (...) Parte dessa diferença é explicada por valores intangíveis da organização representados por patentes, marcas, tecnologia e clientes e, o restante é atualmente aceito como sendo capital intelectual.

Costa (2003, p. 29) exemplifica esta situação ao dizer que o:

termo ‘INFORMAÇÃO’ pode ser, freqüentemente utilizado como: a própria mensagem trocada entre duas ou mais pessoas; sinônimo de dado ou conhecimento; sinônimo de documento; produto obtido pelo cruzamento de dados; conhecimento codificado, isto é explicitado, portanto formalizado em algum tipo de documento, independente do suporte informacional escolhido para registrá-lo.

Nonaka e Tacheuchi (1997) afirmam que o conhecimento está relacionado a

ação e, Sveiby (1998) também afirma que o conhecimento é a capacidade de agir.

Segundo Triska (2001, p. 4): “O conhecimento é individual e deriva do

entendimento que cada indivíduo desenvolveu sobre determinado evento. Quando

associado à informação, promove uma inquietação sobre a questão de dependência

e faz-se uma diferenciação hierárquica”

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Figura 1 - Disponibilidade e Importância do conceito

Fonte: Adaptado de Triska (2001)

Esta demonstra que numa escala ascendente conforma cresce a

disponibilidade diminui a importância do conceito.

Probst, Raub e Romhardt (2002, p. 29) definem conhecimento como:

o conjunto total incluindo cognição e habilidades que os indivíduos utilizam para resolver problemas. Ele inclui tanto a teoria quanto a prática, as regras do dia-a-dia e as instruções sobre como agir. O conhecimento baseia-se em dados e informações, mas, ao contrário deles, está sempre ligado a pessoas. Ele é construído por indivíduos e representa suas crenças sobre relacionamentos causais.

importância

conhecimento estruturado, coerente e geralmente

universal é tratado como sendo o máximo possível

dentro desta mesma escala;

informação depende de uma interpretação cognitiva acerca de um

signo, não é tão fácil de ser obtida através de um processo trivial de

consulta;

dado não depende de nenhum tratamento para ser identificado é facilmente

obtido;

disponibilidade

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Figura 2 - Transformação de dados em conhecimento

Fonte: Santana (2002) apud Santana (2004, p. 58)

Santana (2002) apud Santana (2004, p. 58) demonstra visualmente a

transformação dos dados em conhecimento, e que cada pessoa, usuário “possui

uma visão do conhecimento, interferindo e interagindo em seu contexto, valor e

aplicabilidade.”

Nesta transformação os dados disponíveis num suporte passam pela

intervenção das pessoas e da TI, transformando-se em informação. E a informação

passa pela intervenção das pessoas e da TI, transformando-se em conhecimento

tácito na mente das pessoas e após transformando-se em conhecimento explícito

em livros, manuais, etc.

Outro fator importante é que à medida que os dados são transformados em

informação e conhecimento cresce a semântica e reduz a estrutura.

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Segundo Davenport e Prusak (2003, p. 6), “conhecimento é uma mistura

fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insights

experimentados,” que proporcionam uma estrutura para a avaliação e incorporação

de novas experiências e informações. Os autores afirmam que o conhecimento tem

origem e é aplicado na mente dos conhecedores e, nas organizações, costuma estar

embutido não só nos documentos ou repositórios, mas, também, em rotinas,

processos, práticas e normas organizacionais, além, de estar na cabeça de cada um

dos indivíduos da organização. Estes autores consideram que “o conhecimento

deriva da informação da mesma forma que a informação deriva de dados. Para que

a informação se transforme em conhecimento,” as pessoas precisam fazer todo o

trabalho.

Para Choo (2003), o conhecimento é constituído através de experiências

acumuladas, o autor define o conhecimento como a informação transformada

através do uso da razão e reflexão, em crenças, explicações e modelos mentais que

precedem à ação.

Davenport e Prusak (2003, p. 129): enfatizam que “os seres humanos

agregam o valor que transformam dados e informações em conhecimento.”

Desta forma, a GC surge como forma de valorizar e dar maior significado aos

dados e informações disponíveis nas organizações e ao conhecimento gerado pelas

pessoas.

2.1.2 Os tipos de conhecimento

Existem diferentes tipos de conhecimento os quais, neste trabalho, serão

divididos em conhecimento tácito, conhecimento explícito e conhecimento cultural.

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O conhecimento organizacional, de acordo com Nonaka e Takeuchi (1997) e

Sveiby (1998), podem ser considerados como tácito e explícito. Choo (2003) além

de reconhecer estes conhecimentos também analisa o conhecimento cultural.

O conhecimento tácito, de acordo com Nonaka e Takeuchi (1997) é

considerado mais importante que o explícito, uma vez que é o conhecimento

pessoal, que incorpora às experiências pessoais, envolvendo fatores intangíveis

como crenças pessoais e valores. É mais difícil de ser articulado e transmitido em

linguagem formal e não é um conhecimento visível, pois é carregado de

experiências, valores ou idéias.

Desta forma, analisaremos primeiro o conhecimento tácito. Nonaka (2000,

p.33) considera que:

O conhecimento tácito é altamente pessoal (...) se encontra profundamente arraigado na ação e no comprometimento do indivíduo com determinado contexto – ou seja, o ofício ou a profissão, o mercado de certa tecnologia ou produto e as atividades de um grupo ou equipe de trabalho (...) consiste em parte de habilidades técnicas (...) incorporadas ao Know –how (...) importante dimensão cognitiva: modelos mentais, crenças e perspectivas tão arraigadas que são tidas como algo certo, não sujeitas a fácil manifestação (...) exercem profunda influência sobre a maneira como percebemos o mundo ao nosso redor.

Dudziak, Villela e Gabriel (2002, p. 3) completa dizendo que: “Por não estar

associado aos aspectos emotivos e inconscientes do indivíduo, o conhecimento

tácito no mais das vezes é assistemático (...) tornando difícil sua externalização e

codificação em uma linguagem formal.”

Portanto, verifica-se que por sua raridade e internalização, pois está dentro

das pessoas, o conhecimento tácito é o bem intangível mais valioso para a

organização.

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Choo (2003, p. 188) salienta que o conhecimento tácito “é o conhecimento

implícito usado pelos membros da organização para realizar seu trabalho e dar

sentido a seu mundo.”

Segundo os autores Nonaka e Takeuchi (1997) o conhecimento explícito é o

que pode ser comunicado através da linguagem formal, mais fácil de ser transmitido

entre os indivíduos da organização seja através de manuais, registros, experiências,

especificações, informatizadas ou não.

O conhecimento explícito segundo Nonaka (2000, p.33): “é formal e

sistemático. Assim, é facilmente comunicado e compartilhado por meio de

especificações de produtos, fórmulas científicas ou programas de computador.”

Para Dudziak, Villela e Gabriel (2002, p. 3): “O conhecimento explícito (...)

refere-se àquele conhecimento articulado em uma linguagem formal, sistemático,

externalizado, objetivo, tangível, documentado, que se refere a textos, livros,

relatórios, documentos escritos em geral, sendo de fácil coleta, codificação e

recuperação.”

Choo (2003, p. 189) observa que “o conhecimento explícito pode se basear

em objetos ou regras. “(...) Quando baseado em objetos pode ser encontrado em

“produtos, patentes, códigos de software, banco de dados de computador, desenhos

técnicos, protótipos, fotografias e outros.” Quando baseado em regras “é codificado

em normas, rotinas ou procedimentos operacionais-padrão.” Aqui destacamos o

papel dos normativos institucionais, legislações, etc.

O conhecimento explícito e o conhecimento tácito se complementam e a

interação entre essas duas formas de conhecimento é a principal dinâmica de

criação do conhecimento nas organizações, é um processo em espiral que ocorre

repetidamente. (TEIXEIRA, 2000)

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O conhecimento cultural é definido por CHOO (p.190) como o conhecimento

que consiste:

em estruturas cognitivas e emocionais que habitualmente são usadas pelos membros da organização para perceber, explicar, avaliar e construir a realidade. O conhecimento cultural inclui as suposições e crenças usadas para descrever e explicar a realidade, assim como as convenções e expectativas usadas para agregar valor e significado a uma informação nova. Essas crenças, regras e valores compartilhados formam a estrutura na qual os membros da organização constroem a realidade, reconhecem a importância de novas informações e avaliam ações e interpretações alternativas. (...) O conhecimento cultural não é codificado, mas amplamente divulgado ao longo de vínculos e relacionamentos que ligam um grupo.

2.1.3 A conversão do conhecimento

Para que o conhecimento seja compartilhado na organização, deve haver

uma conversão, isto é, o conhecimento explícito ser convertido em conhecimento

tácito. Dessa forma dinâmica o conhecimento organizacional vai sendo criado e

compartilhado.

De acordo com o espiral do conhecimento proposto por Nonaka e Takeuchi

(1997), existem quatro modos de conversão do conhecimento: socialização,

internalização, externalização e combinação.

A Figura 3 - Espiral do conhecimento e os quatro modos de conversão do

conhecimento mostra estes quatro modos de conversão do conhecimento.

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EXTERNALIZAÇÃOEXTERNALIZAÇÃO

SOCIALIZAÇÃOSOCIALIZAÇÃO INTERNALIZAÇÃOINTERNALIZAÇÃO

COMBINAÇÃOCOMBINAÇÃO

TACITO EM EXPLÍCITO

TÁCITODO

EXPLÍCITO

EXTERNALIZAÇÃOEXTERNALIZAÇÃO

SOCIALIZAÇÃOSOCIALIZAÇÃO INTERNALIZAÇÃOINTERNALIZAÇÃO

COMBINAÇÃOCOMBINAÇÃO

TACITO EM EXPLÍCITO

TÁCITODO

EXPLÍCITO

Figura 3 - Espiral do conhecimento e os quatro modos de conversão do conhecimento.

Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeuchi (1998)

A socialização é a conversão, o compartilhamento do conhecimento tácito em

conhecimento tácito e ocorre quando há a interação entre os indivíduos que,

estimulados, compartilham suas experiências, habilidades, emoções, sentimentos,

idéias e percepções.

A externalização é a conversão do conhecimento tácito em conhecimento

explícito, na busca de transformar um conhecimento pessoal e subjetivo em

conhecimento transmissível e articulado. O conhecimento tácito, sendo de difícil

formulação, é expresso em linguagem escrita, representações variadas, gráficos,

símbolos ou outros recursos que permitam ao transmissor conseguir passar o

conhecimento ao receptor.

A combinação é a conversão do conhecimento explícito em conhecimento

explícito e envolve a combinação de conjuntos diferentes. Os indivíduos trocam e

combinam conhecimentos através de documentos, reuniões, conversas, e-mail’s,

fóruns de discussões, intranet, etc.

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A internalização é uma conversão do conhecimento explícito em

conhecimento tácito, que resulta da interpretação de conhecimentos explícitos em

livros, manuais, normas, mensagens e documentos diversos, que estão presentes

em produtos, serviços, modelos e padrões em uso na organização.

Costa (2000) sintetiza a gestão do conhecimento ressaltando que se deve

considerar:

a) O ser humano como fonte geradora do conhecimento;

b) A informação como matéria prima para gerar conhecimento;

c) A tecnologia da informação (TI) como suporte para a

informação e para o conhecimento.

Adaptando-se os conceitos de Dudziak, Villela e Gabriel (2002) e de Costa

(2000) a Figura 6 mostra que a GC se dá a partir de três dimensões: como filosofia,

como processo e como objeto:

FILOSOFIA

PROCESSO

OBJETO

1) O ser humano como fonte geradora do conhecimento; 2) a gestão do conhecimento está inerentemente ligada ao clima organizacional, sua cultura, seus valores, a ética e a moral, a visão de um projeto que enfatiza o conhecimento, seu uso, troca, criação de valor e inovação, a partir da comunicação ampla e irrestrita e da conseqüente flexibilização da organização.

1) A TI como suporte para a informação e para o conhecimento; 2) a gestão do conhecimento liga-se estruturalmente às atividades e tarefas necessárias à sua coleta, acumulação, organização, controle, disponibilização e uso por parte de todos os membros da organização.

1) A informação como matéria prima para gerar conhecimento; 2) a gestão do conhecimento se refere aos eventos, aos dados que, por atribuição de significados, se transformam em informações, por sua vez se transformando em conhecimento a partir de processos interpretativos e reflexivos.

Quadro 3 - Caracterização de gestão do conhecimento a partir de três dimensões: filosofia,, processo

e objeto

Fonte: Adaptado de Dudziak, Villela e Gabriel (2002, p. 3) e de Costa (2000)

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Para Dudziak, Villela e Gabriel (2002, p. 7) “A integração da filosofia, dos

processos e objetos ligados à gestão do conhecimento é um todo interdependente

que torna possível a implementação e a perpetuação dos sistemas de gestão do

conhecimento no âmbito das Bibliotecas”

Outro fator importante é a cultura organizacional, para Choo (2003, p. 29) a

informação organizacional é composta por “três arenas de uso da informação – criar

significado, construir conhecimento e tomar decisões” os quais são processos

interligados.

Figura 4 - Cultura organizacional

Fonte: Choo (2003, p. 373)

Conforme visualizado na Figura 7, Choo (2003, p. 372) define que “as crenças

e modelos mentais usados na criação de significado, as normas e os critérios

(conhecimento cultural) aplicados na construção do conhecimento, e as preferências

e premissas que orientam a tomada de decisões são todos parte da cultura da

organização.”

Algumas características presentes na cultura que possibilitariam a

gestão de conhecimento são apontadas por Schein apud Richter (2002, p. 32-

33):

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a) à crença nas possibilidades da organização de

gerenciar o ambiente no qual está inserida. Tal

pressuposto serve como diretriz a atitudes que visem

criar e implementar soluções para os imperativos do

ambiente externo, as quais exigem novos

conhecimentos;

b) ter como pressuposto o fato de as pessoas serem

capazes de entender o seu ambiente pela sua atuação.

A atitude esperada dos membros da organização seria

a de fazer frente às questões que se apresentarem, de

agirem procurando eliminar a resignação;

c) a postura de que as questões que se apresentam na

organização não podem ser abordadas unicamente de

acordo com padrões já previamente estabelecidos.

Tais questões necessitam ser trabalhadas de acordo

com suas peculiaridades. Embora isso pareça óbvio,

freqüentemente as organizações se lançam de forma

crítica na solução de seus problemas, utilizando

fórmulas já "consagradas", mas equivocadas. A

abordagem para essas situações deve ser construída e

contextualizada pelo uso intensivo do conhecimento;

d) a crença de que as pessoas podem ser inseridas em

um processo de crescimento tanto pessoal como

grupal;

e) a idéia de que as atividades grupais podem gerar e

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implementar soluções para os imperativos que forem

apresentados à organização;

f) a preocupação com os desdobramentos futuros da

organização;

g) o pressuposto de que as trocas de informações devem

ser completas e confiáveis;

h) a percepção de que a criação, a tolerância e o respeito

de variadas subculturas organizacionais possibilitariam

gerar soluções aos mais diversos problemas;

i) ter como necessária a permanente análise dos

múltiplos fatores que compõem as questões que se

apresentam às organizações, assumindo a

necessidade se pensar o inter-relacionamento desses

fatores. Tal postura acarretaria a superação da idéia de

que somente a atuação sobre uma variável em uma

questão possibilitaria o seu domínio. Existe a

necessidade de se considerar um universo maior e

suas inter-relações.

Para Davenport e Prusak (2003) existem Princípios que regem a GC:

a) O conhecimento tem origem e reside na cabeça das

pessoas;

b) O compartilhamento do conhecimento exige confiança;

c) A tecnologia possibilita novos comportamentos ligados ao

conhecimento;

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45

d) O compartilhamento do conhecimento deve ser estimulado

e recompensado;

e) Suporte da direção e recursos são fatores essenciais;

f) Inciativas ligadas ao conhecimento devem começar com

um programa-piloto;

g) Aferições quantitativas e qualitativas são necessárias para

se avaliar a inciativa.

Os objetivos da GC em organizações devem ser:

a) criar repositórios de conhecimento;

b) melhorar o acesso ao conhecimento (mapeamento e

difusão).

Desta forma, o presente trabalho irá estudar ferramentas que servem para

melhorar o acesso ao conhecimento, representando-o visualmente.

2.2 REPRESENTAÇÃO VISUAL DO CONHECIMENTO

Segundo Costa e Krüchen (2004) a construção de representações visuais de

sistemas em evolução, de natureza orgânica e flexível, é complexa. Apesar da

maior densidade de significados embutidos, o produto - figuras, esquemas, gráficos,

mapas, deve ser simples, de fácil compreensão e motivar e dirigir para a ação.

As representações podem atuar eficazmente como subsídio para a melhoria

processos relacionados com tomada de decisões estratégicas sobretudo no

desenvolvimento de uma visão compartilhada de suas competências e estratégias.

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46

Trata-se de uma interpretação da realidade, parametrizada com o objetivo de

destacar os itens relacionados com o alvo da investigação. E, como qualquer

interpretação caracteriza-se pela subjetividade. Portanto, o envolvimento de uma

equipe multidisciplinar e participativa é fundamental para assegurar a assertividade

das informações e validar a forma em que podem ser organizadas, de forma que o

resultado final reflita o conhecimento gerado coletivamente.

Costa e Krüchen (2004, p.1)

A construção de um mapa está relacionada à etapa de explicitação do conhecimento, de sua conversão por meio da externalização e da socialização. Já o resultado – o mapa – é um conhecimento codificado. Está relacionado a internalização e a combinação de conhecimentos. Sob este aspecto, é importante destacar que o mapa estimula a reutilização do conhecimento.

Para as duas autoras a aplicação de mapas tem sido muito difundida em

pesquisa social, devido a capacidade de se analisar um problema de forma

sistêmica, evidenciando os fatores que estão relacionados direta e indiretamente e a

forma com que se relacionam ao foco de análise.

Assim, a construção dos mapas permite discutir a fundo a problemática,

elaborar categorias e estratégicas lógicas para compreendê-lo e elaborar ações para

solucioná-lo.

Na representação visual do conhecimento identificam-se dois momentos:

a) o processo de desenvolvimento da representação;

b) o produto - a representação gráfica - que atua como guia

para análise crítica e suporte a tomada de decisões.

Costa e Krüchen (2004) selecionaram alguns tipos de ferramentas utilizadas

para representar o conhecimento:

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a) Mapas Cognitivos: representam de forma gráfica a

percepção de um indivíduo acerca de uma situação

problemática, ele assume caráter bastante particular ou

ainda, extremamente subjetivo, tendo em vista que só faz

sentido para aqueles envolvidos em sua construção;

b) Mapas Conceituais: são ferramentas usadas para organizar

e apresentar um corpo de conhecimentos e visualizar

relações hierárquicas e tem a capacidade para estabelecer

ligações cruzadas;

c) Mapas Semânticos: como reforça Costa (2003), têm como

objetivo a ativação do conhecimento prévio dos sujeitos

sobre o tema e sua aplicação permite visualizar

graficamente os conhecimentos existentes bem como, em

sua elaboração, impulsionar a criação de novos

conhecimentos, por meio do compartilhamento de ternos e

conceitos entre os participantes;

d) Mapas de Conhecimento: segundo Eppler apud Probst,

Raub, Romhardt (2002, p.67): “mapas de conhecimento são

representações gráficas de especialistas, ativos de

conhecimento, fontes de conhecimento, estruturas de

conhecimento ou aplicações do conhecimento.”

2.2.1 Mapas do conhecimento: potencial e benefícios

DAVENPORT (1998, p. 209) considera que:

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48

O mapeamento de informações é um guia para o ambiente informacional presente. Descreve não apenas a localização do informe, mas também quem é o responsável por ele, para que foi utilizado, a quem se destina e se está acessível. O benefício mais óbvio do mapeamento é que ele pode melhorar o acesso à informação.

Entretanto Strauhs (2001, p.7) aprofunda, afirmando que os mapas de

conhecimento

permitem navegar no conhecimento explícito e tácito disponível na organização, através da identificação da informação de alto valor agregado disponível, normalmente codificada e armazenável e das competências das pessoas, dinâmicas e de difícil explicitação. Devem incentivar o reuso do conhecimento disponível, incentivando a economia de tempo e de custos provocados pela reinvenção .(STRAUHS, 2001,p.7)

Costa e Krucken (2004) apontam alguns benefícios da aplicação de mapas no

contexto das organizações:

a) a contrução de um mapa, em geral, ajuda o(s)

participante(s) a adquirir uma maior compreensão e

identificação do problema;

b) a construção de uma mapa envolve, rapidamente, os

participantes em um nível intelectual mais profundo;

c) uma vez representados os conhecimentos e estabelecidas

as relações necessárias, pode-se criar novos domínios de

conhecimento, também relevantes ao problema;

d) o mapa permite otimizar a compreensão do problema e

ocorrências, reduzindo o tempo e oferecendo referencial

para melhorar o entendimento;

e) o conhecimento compartilhado no mapa permite o

desenvolvimento de modelos cognitivos que geram

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49

compreensão imediata, os quais poderão ser recuperados

sempre que fizerem falta.

2.2.2 Tipos de mapas de conhecimento

Os mapas do conhecimento podem ser de vários tipos. Probst, Raub,

Romhardt (2002) classificam em:

a) Topografias de conhecimento: identificam as pessoas que

possuem habilidades e conhecimento específicos e indicam

o nível de seu conhecimento;

b) Mapas de ativos de conhecimento: mostram onde e como

são armazenados ativos de conhecimento específicos;

c) Sistemas geográficos de informações: mostram a

organização geográfica dos ativos de conhecimento;

d) Mapas de fontes de conhecimento: mostram quais pessoas

em uma equipe, uma organização ou no ambiente externo

podem contribuir com conhecimento importante para

tarefas específicas;

e) Matrizes de conhecimento: uso de características diferentes

(por exemplo, interno/externo, novo/existente,

implícito/explícito) abre perspectivas diferentes nos ativos

de conhecimento da organização e revela tendências.

Os mapas de conhecimento devem ser produzidos nos estágios exibidos na

figura abaixo:

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Identificar processos intensivos em conhecimento

Localizar ativos de conhecimento e detentores de conhecimento que são

relevantes

Indexar os ativos e os detentores

Integrar os ativos indexados em um sistema de navegação que esteja ligado

ao processo

Possibilitar mecanismos descentralizados de atualização

Figura 5 - Composição de um Mapa de Conhecimento

Fonte: Probst, Raub, Romhardt (2002, p.69)

2.2.3 Limitações dos mapas de conhecimento

Probst, Raub, Romhardt (2002) identificam alguns problemas, limitações

existentes com os mapas de conhecimento:

a) distorcem relações internas de poder ao popularizar o

conhecimento, deslocando-o à níveis inferiores da

hierarquia;

b) devem ser constantemente atualizados;

c) devem ser vistos como ocumentos vivos, que nunca estão

completos e que passam por um processo de

desenvolvimento constante;

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51

d) é difícil criá-los em épocas em que o quadro de pessoal

está sendo reduzido visto que, as pessoas relutam em

tornar explícito seu conhecimento por medo de perderem o

emprego;

e) devem ser elaborados em vocabulário controlado que cubra

diferentes campos do conhecimento, para garantirem o uso

consistente de termos e classificação de informações;

f) só se tornam eficientes quando a empresa valoriza o

conhecimento como um recurso.

2.3 GESTÃO DO CONHECIMENTO EM BIBLIOTECAS

Gestão do conhecimento não é um assunto habitualmente abordado dentro

da biblioteca.

Shanhong (2000) apud Costa e Castro (2004, p.12) complementa dizendo

que:

gestão do conhecimento em bibliotecas deveria ser focalizada em pesquisa efetiva e desenvolvimento de conhecimento, criação de bases de conhecimento, troca, e compartilhamento entre pessoal da biblioteca (incluindo seus usuários), treinamento do pessoal das bibliotecas, acelerando o processo explícito de conhecimento implícito e percebendo o seu compartilhamento. (SHANHONG, 2000, p. 2)

Costa e Castro (2004) destacam que GC em bibliotecas poderiam ser vista

sob três projetos:

a) criação pelas bibliotecas de repositórios de conhecimento,

para a inserção de informações úteis sobre a operação de

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uma biblioteca, as atividades dos usuários, e para alcançar

objetivos organizacionais;

b) procura melhorar o acesso de conhecimento, isto é,

melhorar o acesso e transferência de conhecimento

organizacional, através de uma rede especializada em um

determinado assunto, páginas amarelas, biblioteca virtual,

correio eletrônico e listservs;

c) criar um ambiente de criação e transferência de

conhecimento, onde se pudesse compartilhar o

conhecimento tácito sobre os usuários amparados por um

bibliotecário de referência; administrar o conhecimento

como um recurso, ou seja, administrar o capital intelectual

da biblioteca.

Shanhong (2000, p.1) apud Costa e Castro (2004, p.12) destaca a

participação da biblioteca para a inovação do conhecimento:

As funções convencionais de uma Biblioteca são de coletar, processar, disseminar, armazenar e utilizar informação documental para proporcionar serviços para a sociedade. Na era da economia do conhecimento, a biblioteca se tornará a casa-do-tesouro do conhecimento humano, participando na inovação do conhecimento, e tornando-se um importante elo na corrente da inovação.

Desta forma, o autor coloca que no século 21 a biblioteca irá inevitavelmente

encarar os novos temas da gestão do conhecimento.

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53

2.3.1 Bibliotecas especializadas

Biblioteca especializada: “é a biblioteca cujo acervo é centralizado num

determinado assunto: literatura, física, engenharia, ecologia, etc. Geralmente, ela

está vinculada a entidades especializadas, isto é, a entidades que se dedicam a

estudos específicos.” (A BIBLIOTECA, 1995 apud ARRUDA, 2002, p. 41)

Embora em bibliotecas os conceitos Gestão da Informação (GI) e Gestão do

Conhecimento (GC), às vezes, sejam utilizados como sinônimos; os autores Castro

Filho e Vergueiro (2005, p. 1) salientam que nas Bibliotecas Especializadas:

um aspecto importante a destacar é que não se deve confundir a gestão do conhecimento com a gestão da informação: enquanto esta última é o core business do bibliotecário, ou seja, seu principal espaço de atuação profissional, a primeira representa ainda um espaço em construção, vinculado ao gerenciamento do capital intelectual das organizações, aqui entendido como o próprio conhecimento nas organizações.

Castro Filho e Vergueiro (2005, p. 8) dizem que para se “obter sucesso em

projetos de gestão do conhecimento vai depender em grande parte da disposição

dos envolvidos e da cultura da organização.”

Para Castro Filho e Vergueiro (2005, p. 5-10) existem fatores culturais

favoráveis e desfavoráveis a GC em bibliotecas especializadas. Dentre os fatores

culturais favoráveis podemos destacar:

a) BUSCA DE CONHECIMENTO: as bibliotecas têm uma

grande vantagem sobre as outras organizações sociais:

constituem, intrinsecamente, ambientes nos quais predominam

a busca de conhecimento. Isto faz com que elas sejam um

espaço privilegiado para partilhar idéias, propostas, projetos,

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etc. Como se sabe, os objetivos da organização influem na

constituição da cultura organizacional; no caso das unidades

de informação, estas influências estão ligadas à livre circulação

de idéias, ao incentivo à criação, ao empreendedorismo ou

proposição de novos serviços, bem como ao comprometimento

com as necessidades dos clientes.

b) TI: aspectos tecnológicos também podem influir

favoravelmente na implantação da GC em unidades de

informação, os serviços de informação fazem uma utilização

destacada das TI´s. A própria evolução da biblioteconomia fez

com que bibliotecas de todos os tipos passassem de

organizações armazenadoras e preservadoras de documentos

a organismos formalmente instituídos para a disseminação da

informação, preocupados com a eficiência e efetividade de

seus mecanismos de busca e acesso. A TI em bibliotecas

evoluiu da automação de catálogos para o desenvolvimento de

serviços de disseminação da informação (SDI), intranets e

bancos de dados personalizados; desta forma, pode-se dizer

que a ligação intrínseca entre GC e avanço tecnológico cria

condições bastante promissoras para incorporação dessa

filosofia de gestão ao ambiente das bibliotecas especializadas;

c) INTERDISCIPLINARIEDADE: o bibliotecário deixou de

ser o único fornecedor da informação para usuários que não

tinham conhecimento de quaisquer formas para acesso a ela.

Hoje, pelo contrário, a constituição de equipes

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multidisciplinares é característica essencial de qualquer

unidade de informação. Cada vez mais, profissionais das áreas

de comunicação, análise de dados, educação, relações

públicas, etc., interagem com os bibliotecários no acesso e

fornecimento de informações para atender a demandas

específicas, que consideram devidamente as características

singulares dos diversos clientes;

d) COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES: em equipe,

o compartilhamento de informações é condição sine qua non

para a eficiência, sinalizando um trajeto aprazível para a

incorporação da GC a esses ambientes.

E dentre os fatores culturais desfavoráveis podemos:

a) COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS: do profissional de

informação espera-se versatilidade, flexibilidade, dinamismo,

perfil de empreendedor e que se preocupe com o seu

desenvolvimento profissional (além, obviamente, da correta

execução de suas tarefas, atenção aos acontecimentos,

comprometimento com a organização a que se dedica e

habilidades para trabalhar em equipe). Sabe-se que estas não

são necessariamente características de muitos profissionais de

informação;

b) ÊNFASE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: A realidade

das bibliotecas especializadas brasileiras pode afetar

decisivamente na gestão das pessoas, do ponto de vista de

sua ênfase na prestação de serviços. Certamente, isto vai

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56

variar de instituição para instituição. Muitas bibliotecas, por

exemplo, parecem ter atingido um maior grau de organização

formal, estando integradas à estrutura de suas instituições,

apresentando uma distribuição de tarefas ou

departamentalização mais visível; isto, embora tenha um

aspecto positivo em termos de organização dos serviços, pode

colocar as pessoas em compartimentos estanques, verdadeiros

guetos que não se comunicam uns com os outros, fazendo com

que a informação não circule livremente;

c) CENTRALIZAÇÃO DE ATIVIDADES: nem sempre existe,

no ambiente bibliotecário, a preocupação com a

descentralização de atividades. Muitas vezes, os gerentes dos

serviços concentram em si todas as responsabilidades, não

partilhando com seus subordinados a tomada de decisão sobre

as mínimas coisas. Isto tende a gerar uma postura passiva por

parte da equipe, que tem receio de assumir uma posição mais

assertiva no desempenho de suas atividades. Isto ocorre

porque, ao chamar apenas para si as decisões, os gerentes

impedem que os funcionários tenham acesso às informações

que as subsidiam, deixando-os na incerteza sobre as

conseqüências que aquelas podem ter;

d) RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS: qualquer mudança em

ambiente de trabalho gera naturalmente resistência por parte

dos profissionais nele envolvidos. Em ambiente informacional

isto não é diferente. Nesse sentido, é óbvio que a alteração de

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atividades visando à GC requer atenção redobrada e

disponibilidade para aceitar as alterações na atuação

profissional. No entanto, as pessoas nem sempre querem

alterar a sua rotina de trabalho, principalmente funcionários que

se dedicam há muito tempo às mesmas atividades;

e) ROTATIVIDADE DE FUNCIONÁRIOS: da mesma forma,

a excessiva rotatividade de funcionários nas bibliotecas é uma

ameaça constante para a implantação da GC nesses

ambientes. Na medida em que inexiste a preocupação em

preservar as pessoas no ambiente de trabalho, a predisposição

dos funcionários em partilhar seus conhecimentos com a

organização torna-se uma possibilidade bastante remota;

f) FALTA DE VISÃO DE COMPETITIVIDADE: é importante

salientar que, além de se constituir em uma proposta de

administração, a gestão do conhecimento é também uma

estratégia para a competitividade. No entanto, as bibliotecas

em geral não se colocam como competitivas, contentando-se

com o desempenho rotineiro de suas atividades. Isto pode

funcionar como uma barreira para se trabalhar a gestão do

capital intelectual dos profissionais da informação, devendo-se

atuar na implantação de um ambiente que enfatize o papel da

unidade de informação no sucesso organizacional, adotando-

se metodologias e ferramentas específicas que levem à

familiaridade dos profissionais com os conceitos da GC. Nesse

objetivo, é essencial o estabelecimento de projetos voltados

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58

tanto para o cliente (gestão do conhecimento externo) como

para os colaboradores ou staff da biblioteca (gestão do

conhecimento interno).

Cabe enfatizar, ainda, que o uso de ferramentas não tem nenhum valor em organizações onde a cultura de compartilhamento do conhecimento é inexistente, ou onde funcionários busquem apenas a valorização do seu capital intelectual e não o da equipe ou da organização(STRAUHS, 2001, p.14)

Dudziak, Villela e Gabriel (2002, p. 9-10) popõem uma metodologia de

implementação de projetos de GC em bibliotecas especializadas, destacando os

seguintes procedimentos:

a) Colocação do foco da organização no ser humano, em seus

aspectos subjetivo e objetivo;

b) criação de um clima organizacional afeito à comunicação e

à inovação, de articulação de idéias e linguagem comuns a

todos:

c) implementação de um planejamento estratégico;

d) mapeamento do conhecimento individual e coletivo, com a

identificação de conhecimentos tácitos e explícitos;

e) identificação de dados (sua objetividade, exatidão,

confiabilidade), informações (confiabilidade) e o próprio

conhecimento (selecionado de acordo com sua

aplicabilidade e relevância a partir das metas e objetivos da

organização);

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f) escolha de matérias e idéias as mais apropriadas aos

objetivos (memória da organização, rotinas e

procedimentos);

g) resgate das idéias e conhecimentos (a partir das pessoas,

documentos escritos, manuais técnicos, e-mails,

memorandos, relatórios, artigos, etc);

h) construção de uma relação preliminar entre dados

informações e conhecimentos; sua interpretação e

organização;

i) articulação entre as variáveis e indicadores que

caracterizam todos os atores do negócio, com a

disponibilização do capital intelectual da organização;

j) avaliação das relações elaboradas e realização de

agrupamentos e cruzamentos de dados, informações e

conhecimentos;

k) avaliação de sua acessibilidade (a partir de

terminologias/linguagens comuns aos membros da equipe);

l) avaliação da usabilidade e da qualidade de dados,

informações e conhecimentos, de modo que possam apoiar

apropriadamente os processos decisórios, e mesmo

antecipar demandas, contribuindo para a melhorïa da

qualidade dos servïços e produtos;

m) aprendizado através do processo e experiências adquiridas

de modo a criar um círculo virtuoso de melhoria contínua e

inovação.(DUDZIAK; VILLELA E GABRIEL, 2002, p. 7-8)

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Para cumprir com seu objetivo principal a biblioteca especializada pode

utilizar-se da gestão do conhecimento para:

a) criar repositórios de conhecimento que reúnam tanto

conhecimento quanto informação, principalmente

documentos escritos;

b) proporcionar ou aumentar o acesso à informação e ao

conhecimento, facilitando sua difusão dentro da

organização;

c) enfatizar a conectividade, o acesso e a transferência de

informação e conhecimento. A base para tais processos

são as tecnologias digitais que garantem a alimentação, o

acesso e a transferência em tempo real;

d) estabelecer normas e padrões são essenciais para

organizar a memória digital;

e) criar um ambiente positivo onde a criação, transferência e

uso do conhecimento sejam valorizados. Isso envolve

visão, valores e comprometimento das lideranças dispostas

a encorajar a criatividade individual e o trabalho em equipes

multifuncionais;

f) reconhecer o conhecimento como um bem, seu valor para a

organização;

g) coletar, tratar e disponibilizar, informação para gerar input

para o conhecimento estratégico (itens de a até g

adaptados de DAVENPORT e PRUSAK (1998) apud

DUDZIAK, VILLELA E GABRIEL (2002 , p. 6))

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h) capturar e compartilhar experiências práticas, através de

contatos pessoais e relatos de experiências de forma que

possa ser interpretado e adaptado em um novo contexto;

i) mapear necessidades de conhecimento para melhorar a

performance da organização, com vistas ao

desenvolvimento de novos produtos e processos. (itens de

h até i adaptados de por DE LONG, DAVENPORT e

BEERS (1997) apud COSTA (2003, p. 48))

2.3.2 Bibliotecas jurídicas e unidades documentárias jurídicas dos Tribunais do

Trabalho

As bibliotecas especializadas em Direito, ou bibliotecas jurídicas, têm seu

acervo centralizado na área do Direito e, geralmente, estão ligadas a um órgão

público: do poder executivo, legislativo ou judiciário, ou a empresas particulares:

escritórios de advocacia, bancos, universidades, etc.

Os poderes do Estado podem ser assim identificados:

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Poder legislativo

Poder executivo

Poder judiciário

Segundo Atienza (1979, p. 66) o:”na área federal, exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe de Senado Federal e Câmara dos Deputados. Na área estadual, exercido pela Assembléia Legislativa e, na área municipal, exercido pela Câmara Municipal. São atos do Congresso Nacional: emendas constitucionais, decretos legislativos, resoluções do Congresso Nacional, leis federais. leis complementares, leis delegadas e demais atos internos na Câmara dos Deputados e do Senado Federal. São atos das Assembléias Legislativa: leis estaduais, decretos legislativos, resoluções legislativas; e das Câmaras Municipais; as leis municipais, decretos legislativos e resoluções legislativas. e demais atos internos das Assembléias e Câmaras. Já Meneses (1996, p. 250) explica que: “O poder legislativo é o que tem a função precípua de elaborar as leis, para a vida do Estado e conduta de seus jurisidicionados.”

Atienza (1979, p. 66) explica que o: - na área federal, exercido pela Presidência da República e órgãos auxiliares (ministérios e seus departamentos, conselhos, superintências, autarquias, sociedades de economia mista, fundações etc.). Na área estadual, exercido pelo Governador do Estado e órgãos auxiliares (secretarias e seus departamentos, autarquias, sociedades de economia mista. superintendências etc.). Na área municipal, exercido pelo Prefeito do Município e órgãos auxiliares (secretarias e seus departamentos). Os atos assinados pelo Presidente da República e/ou Conselho de Ministros. enquanto existiu, pelo Governador do Estado e pelo Prefeito de Município são os decretos. Atualmente, o Presidente da República dispõe de prerrogativa constitucional de assinar decretos-leis, hierarquicamente situados no mesmo nível das leis, mas em cuja elaboração o Congresso não colabora. Os atos assinados pelos responsáveis dos órgãos auxiliares têm denominações diversas: portarias, resoluções, instruções, ordens de serviço etc. Meneses (1996, p. 251): define o “poder executivo como: é o que tem a função primordial de administrar a coisa pública, aplicando a lei e adotando outras providências subseqüentes.”

Atienza (1979, p. 66) salienta que o: “- exercido pelos diversos tribunais federais, estaduais e regionais e pelos juízes federais e estaduais. Os atos dos tribunais têm o nome de acórdãos, decisões, sentenças, pareceres etc.“ Meneses (1996, p. 251) cita que o “poder judiciário é o que tem a função peculiar de julgar as contendas derredor de direitos e interesses, fazendo a interpretação da lei e a distribuição da justiça.”

Quadro 4 - Os três poderes do Estado

Fonte: Adaptações dos autores Atienza (1979) e Meneses (1996)

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63

Os três poderes são interdependentes e ficam limitados as legislações

elaboradas pelo Poder Legislativo. Portanto, ao se gerar conhecimentos todos os

Poderes devem estar atentos às legislações existentes, o que tolhe um pouco da

autonomia deste poder. Segundo Antunes apud Meneses (1996, p. 251):

O Poder Legislativo é limitado e limitador dos demais poderes. Limitado, pela Constituição, porque só pode elaborar leis constitucionais; limitador, porque no Estado de direito não há um poder que possa decidir, a não ser de conformidade com o dispositivo de uma lei anterior

Bradford apud Atienza (1979, p.19) "Documentação é o processo pelo qual o

documentarista está para colocar na mão do especialista, a literatura de sua

especialidade.”

Desta forma, na área do Direito três tipos de informação merecem destaque:

DOUTRINA: monografias e estudos sobre a ciência do Direito; LEGISLAÇÃO: atos

normativos, leis, decretos, portarias, etc., e JURISPRUDÊNCIA: decisões de juizes e

tribunais. Para Atienza (1979, p.19):

Entende-se por "Documentação Jurídica" a reunião, análise e indexação da doutrina, da legislação (leis, decretos, decretos-leis, atos, resoluções, portarias, projetos de leis ou de decretos legislativos ou de resoluções legislativas, ordens internas, circulares, exposições de motivos etc.), da jurisprudência (acórdãos, pareceres, recursos, decisões etc.) e de todos os documentos oficiais relativos a atos normativos ou administrativos.

Desde a faculdade até a vida profissional os usuários da área do Direito

precisam de informações ágeis, atuais e confiáveis.

Neste momento, entra em cena o papel das unidades de documentação e dos

“corretores do conhecimento” ou gestores de informação e conhecimento para

orientarem os usuários no presente emaranhado de tecnologias de informação.

Segundo Davenport (2003) um corretor do conhecimento coloca em contato

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aqueles que precisam do conhecimento e aqueles que o possuem.

“Bibliotecários freqüentemente agem como corretores do conhecimento disfarçados, apropriados, por seu temperamento e seu papel de guia de informações, para a tarefa de criar contatos pessoa-pessoa e pessoa-texto. (...) No curso de seu trabalho, eles passam a entender bastante sobre os variados recursos e necessidades de conhecimento da organização.” (DAVENPORT, 2003, p. 34)

Da mesma forma, um gestor de informação e conhecimento pode ser um

bibliotecário. “Esses profissionais com suas competências nas áreas de

classificação, pesquisa e recuperação de dados, assim como sua compreensão das

necessidades de informação, representam um grande potencial” para uma

organização que se lança na GI e GC. (DAVENPORT, 2004, p.18)

Ao “gerenciar conhecimento” (Teixeira, 2000) a biblioteca jurídica precisa

dispor de ações sistemáticas para localizar, entender e usar conhecimentos para

criar valor, criando mapas de conhecimento que permitam localizar tanto os

conhecimentos explícitos quanto os detentores de conhecimentos tácitos, capazes

de mais eficiente e eficazmente auxiliar seu usuário.

Na Justiça do Trabalho, Tribunais do Trabalho, existem unidades de

documentação jurídicas, especializadas na área do direito do trabalho, seu principal

público alvo são os juízes e servidores da Justiça do Trabalho, embora também

possam atender advogados, estudantes e público em geral.

Neste ambiente pode-se destacar o conceito de Nogueira (1978, p.25) de

Unidade Documentária Jurídica (UDJ):

um sistema que se ocupa de proporcionar a informação e documentação necessária para que o interessado leve a cabo sua própria investigação, ainda que em muitos casos as respostas proporcionadas pelo centro em forma direta ou através de um documento respondam efizcamente a pergunta feita.

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65

Portanto, o conceito de UDJ´s engloba o conceito de biblioteca especializada

e o amplia.

Desta forma, as UDJ´s dos TRT´s, estão inseridas em diferentes realidades,

que podem ser assim classificadas:

d) Bibliotecas na acepção da palavra: existem TRT´s que têm

um setor de biblioteca encarregado apenas do tipo de

documentação: doutrina;

e) Bibliotecas mistas quase uma UDJ: existem TRT´s que têm

setores que englobam um ou outro tipo de documentação:

doutrina, legislação, jurisprudência, etc.;

f) UDJ na acepção da palavra: existem TRT`s que têm um

setor encarregado de processar, arquivar e divulgar a

doutrina, além de dedicar-se também a manter atualizados

sistemas de informações legislativas com leitura diária dos

Diários Oficiais, seleção e indexação de legislações

pertinentes ao seu TRT, armazenamento, divulgação e

atendimentos a pesquisas desta área; arquivar os acórdãos

provenientes dos julgamentos e disponibilizar também

pesquisa a jurisprudência. As UDJ´s que assim procedem

podem ser comparadas a serviços de documentação

(SDOC).

Para Choo (2003, p. 30) "a organização que for capaz de integrar

eficientemente os processos de criação de significado, construção do conhecimento

e tomada de decisões pode ser considerada uma organização do conhecimento".

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Neste sentido, os TRT´s, são organizações do conhecimento que tem por

missão desenvolver as atividades de tomada de decisão para prestação

jurisidicional. Para se estudar as UDJ´s dos TRT´s torna-se necessário entender um

pouco sobre a Justiça do Trabalho.

2.4 A JUSTIÇA DO TRABALHO

Neste subcapítulo apresenta-se a a história da Justiça do Trabalho segundo

Brasil (2005d).

A legislação trabalhista e a Justiça do Trabalho surgiram no Brasil como

resultado do processo de luta e de reivindicações operárias que se desenrolava no

exterior e no País, a partir do século XIX.

No Brasil, em 30 de abril de 1923 foi criado o Conselho Nacional do Trabalho,

vinculado ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Constituído de 12

membros, era órgão consultivo para assuntos trabalhistas e previdenciários. Não

decidia sobre divergências surgidas nas relações de trabalho.

A Justiça do Trabalho foi prevista pela Constituição de 1934. (...) Ela foi

instituída em 1º de maio de 1939, pelo Decreto-lei nº 1.237, e foi declarada instalada

por Getúlio Vargas em ato público realizado no dia 1º de maio de 1941.

A Justiça Trabalhista estruturou-se em três instâncias. Na base, as Juntas de

Conciliação e Julgamento, que mantiveram o nome e a composição, com a diferença

que seu presidente passava a ser um Juiz de Direito ou bacharel nomeado pelo

Presidente da República para mandato de dois anos. Os vogais eram indicados

pelos sindicatos, para mandato também de dois anos.

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67

A Justiça do Trabalho foi instalada pelo Decreto-Lei no 9.797, de 9 de

setembro de 1946.

A Constituição de 1946 transformou a Justiça do Trabalho em órgão do Poder

Judiciário, mantendo, porém, a estrutura que tinha como órgão administrativo,

inclusive com a representação classista. Ela permaneceu assim nas Constituições

de 1967 (alterada pela Emenda de 1969) e de 1988. Hoje existem 24 TRTs.

Em 9 de dezembro de 1999 foi promulgada a Emenda Constitucional nº 24,

que alterou dispositivos da Constituição Federal pertinentes à representação

classista na Justiça do Trabalho, extinguindo-a.(...) A emenda mudou também a

denominação das Juntas de Conciliação e Julgamento, que passaram a se chamar

Varas do Trabalho. Nas comarcas onde não forem instituídas, a emenda

estabeleceu que a jurisdição das Varas será atribuída aos juízes de Direito. A Justiça

do Trabalho teve sua competência alterada no Artigo 114 da Constituição Federal de

1988, com a promulgação da Emenda Constitucional 45 (EC 45/04), no Congresso

Nacional, em 8 de dezembro de 2004.

Conforme a Constituição Federal de 1988 art. 114, o objetivo da Justiça do

Trabalho é:

Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II as ações que envolvam exercício do direito de greve; III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

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IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. § 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do T rabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (BRASIL, 2005, p.94)

Com a mudança, a Justiça Trabalhista teve sua competência ampliada para

julgar as ações de relação de trabalho, e não somente as de relação de emprego

regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho, como era antes da promulgação da

EC 45/04. O artigo 114 manteve o poder normativo da Justiça do Trabalho e

estabeleceu novas atribuições, tais como o julgamento de ações sobre

representação sindical, atos decorrentes da greve, indenização por dano moral ou

patrimonial resultantes da relação de trabalho e os processos relativos às

penalidades administrativas impostas aos empregadores por fiscais do trabalho. A

Justiça Trabalhista passou a julgar ainda mandados de segurança, habeas corpus e

habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

As partes poderão ajuizar dissídios coletivos na Justiça do Trabalho, quando

uma delas se recusar à negociação coletiva ou à arbitragem.

Diante do acima exposto, existem 24 Bibliotecas nos TRT´s e uma biblioteca

no TST, totalizando 25 bibliotecas na Justiça do Trabalho do Brasil. Cada uma das

bibliotecas foi criada em uma determinada época, estando inserida numa estrutura

hierárquica própria, portanto, guardando peculiaridades. Entretanto, todas têm como

usuários prioritários os magistrados da Justiça do Trabalho de sua região e, como

objetivo principal dar suporte a tomada de decisão e a prestação jurisidicional.

De acordo com o artigo 111 da Constituição da República, a Justiça do

Trabalho está estruturada em três graus de jurisdição:

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a) 1º Grau ou 1ª instância - Varas do Trabalho;

b) 2º Grau ou 2 ª instância – 24 Tribunais Regionais do

Trabalho (TRT´s);

c) 3º Grau ou Instância extraordinária - Tribunal Superior do

Trabalho (TST).

2.4.1 Varas do Trabalho

Distribuidas pelo Brasil, subordinadas ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT)

de sua região. Julgam apenas dissídios individuais, que são controvérsias surgidas

nas relações de trabalho entre o empregador (pessoa física ou jurídica) e o

empregado (este sempre como indivíduo, pessoa física). Esse conflito chega à Vara

na forma de reclamação trabalhista.

A jurisdição da Vara é local, abrangendo geralmente um ou alguns

municípios. Sua competência é determinada pela localidade onde o empregado,

reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido

contratado em outro local ou no estrangeiro.

A Vara compõe-se de um juiz do trabalho titular e um juiz do trabalho

substituto. Em comarcas onde não exista Vara do Trabalho, a lei pode atribuir a

jurisdição trabalhista ao juiz de direito.

2.4.2 Tribunais Regionais do Trabalho (TRT´s)

No Brasil existem 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRT´s), dividos em

regiões, com exceção dos estados de Roraima, Acre e Tocantins, todos os demais

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70

estados do Brasil possuem um TRT.

A composição de cada TRT, segundo o art. 670 da CLT, é:

a) 1ª Região (Rio de Janeiro);

b) 2ª Região (São Paulo);

c) 3ª Região (Minas Gerais);

d) 4ª Região (Rio Grande do Sul);

e) 5ª Região (Bahia);

f) 6ª Região (Pernambuco);

g) 7ª Região (Ceará);

h) 8ª Região (Pará e Amapá);

i) 9ª Região (Paraná);

j) 10ª Região (Distrito Federal e Tocantins);

k) 11ª Região (Amazonas e Roraima);

l) 12ª Região (Santa Catarina);

m) 13ª Região (Paraíba);

n) 14ª Região (Rondônia e Acre);

o) 15ª Região (Campinas/SP);

p) 16ª Região (Maranhão);

q) 17ª Região (Espírito Santo);

r) 18ª Região (Goiás);

s) 19ª Região (Alagoas);

t) 20ª Região (Sergipe);

u) 21ª Região (Rio Grande do Norte);

v) 22ª Região (Piauí);

w) 23ª Região (Mato Grosso);

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71

x) 24ª Região (Mato Grosso do Sul).

Estes Tribunais julgam recursos ordinários contra decisões de Varas do

Trabalho, ações originárias (dissídios coletivos de categorias de sua área de

jurisdição - sindicatos patronais ou de trabalhadores organizados em nível regional),

ações rescisórias de decisões suas ou das Varas e os mandados de segurança

contra atos de seus juízes.

2.4.3 Tribunal Superior do Trabalho (TST)

O TST, com sede em Brasília-DF e jurisdição em todo o território nacional,

tem por principal função uniformizar a jurisprudência trabalhista. Compõe-se de 17

ministros, togados e vitalícios, nomeados pelo Presidente da República.

O TST julga recursos de revista, recursos ordinários e agravos de instrumento

contra decisões de TRT´s e dissídios coletivos de categorias organizadas em nível

nacional, além de mandados de segurança, embargos opostos a suas decisões e

ações rescisórias.

2.4.4 O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4R)

Segundo Brasil (2003b) e Reich (20005) algumas características do TRT4R

podem ser classificadas:

a) Quanto à organização: o TRT - da 4ª Região tem sede na

cidade de Porto Alegre e jurisdição no território do Estado

do Rio Grande do Sul. O Tribunal é composto por 36 juízes,

nomeados pelo Presidente da República. Constituem

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72

cargos de direção do Tribunal os de Presidente, Vice-

Presidente, Corregedor Regional e Vice-Corregedor

Regional;

b) Quanto a Competência: O TRT analisa, em segundo grau,

os recursos interpostos contra decisões das Varas do

Trabalho (recursos ordinários, agravos de petição, agravos

de instrumento, etc.). Porém, existem ações originárias do

TRT, em que ele funcionará como "primeiro grau", são elas:

os dissídios coletivos e suas revisões; a ação rescisória; o

mandado de segurança e o habeas corpus;

c) Quanto ao Protocolo Geral: No Protocolo Geral são

entregues as petições iniciais das ações originárias do TRT,

como também qualquer petição a ser juntada em um

processo que esteja no segundo grau de jurisdição e os

recursos interpostos de decisões do TRT (embargos de

declaração, recurso de revista, recurso ordinário, agravo de

instrumento e agravo regimental);

d) Quanto às Turmas: O TRT da 4R é formado por oito

Turmas, compostas por quatro juízes cada uma. A

competência das Turmas está prevista no art.37 do

Regimento Interno do TRT da 4ª Região, destacando-se: o

julgamento de recursos ordinários, agravos de petição,

agravos de instrumento, embargos de declaração,

remessas de ofício e recursos adesivos. Procedimento

recursal. Em grau de recurso, o processo sobe ao Tribunal

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73

após passar pelo juízo de admissibilidade do primeiro grau

(verificação dos pressupostos recursais: tempestividade,

preparo, cabimento);

e) Quanto à 1ª Seção de Dissídios Individuais (1ª SDI): A 1ª

SDI será constituída pelo Juiz-Corregedor Regional e por

onze Juízes Togados efetivos. Compete a 1ª SDI julgar os

habeas corpus, os mandados de segurança e os agravos

regimentais, dentre outros feitos enumerados no art.32 do

Regimento Interno do TRT da 4ª Região;

f) Quanto à 2ª Seção de Dissídios Individuais (2ª SDI): A 2ª

SDI será constituída pelo Juiz Vice-Corregedor Regional e

por onze Juízes Togados efetivos. Compete a 2ª SDI julgar

as ações rescisórias (AR), as ações cautelares (PMC -

Pedido de Medida Cautelar) relativas aos feitos de sua

competência e os agravos regimentais, dentre outros feitos

enumerados no art.34 do Regimento Interno do TRT da 4ª

Região;

g) Quanto à Seção de Dissídios Coletivos (SDC): A SDC é

constituída pelo Presidente do Tribunal, pelo Vice-

Presidente e por dez Juízes Togados efetivos. Compete à

SDC conciliar e julgar os dissídios coletivos, homologar as

conciliações celebradas nos dissídios coletivos, dentre

outras atribuições enumeradas no art.30 do Regimento

Interno do TRT da 4ª Região. A conciliação e a instrução

dos dissídios coletivos competem ao Presidente do Tribunal

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ou, por sua delegação, ao Vice-Presidente, ou a Juiz

Togado integrante da Seção. O recurso cabível contra a

decisão que julga a ação de dissídio coletivo é o recurso

ordinário, que será julgado pela SDC do TST (Instrução

Normativa 4/93 do TST).

h) Quanto a Corregedoria Regional: Cabe à Corregedoria

Regional velar pela correção e celeridade do exercício da

prestação jurisdicional de primeiro grau em todo o território

da Justiça do Trabalho da 4ª Região. Compete ao

Corregedor Regional e, na sua ausência, ao Vice-

Corregedor Regional julgar as correições parciais ajuizadas

contra atos atentatórios à boa ordem processual praticados

pelos Juízes de primeiro grau.

i) Órgão Especial: O Órgão Especial é constituído pelo

Presidente do Tribunal, pelo Vice-Presidente, pelo

Corregedor Regional, pelo Vice-Corregedor Regional e

pelos dez Juízes mais antigos do Tribunal. Compete ao

Órgão Especial elaborar o Regimento Interno, organizar os

serviços auxiliares do Tribunal, apreciar os processos e os

recursos de natureza administrativa, julgar os processos

disciplinares, dentre outras funções enumeradas no art.21

do Regimento Interno do TRT da 4ª Região.

j) Tribunal Pleno: O Tribunal Pleno é constituído pela

totalidade dos Juízes efetivos do Tribunal. Compete ao

Tribunal Pleno eleger o Presidente do Tribunal e os demais

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75

titulares de sua Direção, apreciar proposta de edição,

revisão ou cancelamento de verbete de Súmula da

jurisprudência, dentre outras funções enumeradas no art. 24

do Regimento Interno do TRT da 4ª Região.

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3 METODOLOGIA

Para a consecução dos objetivos propostos nesta pesquisa e com base na

fundamentação teórico-empírica, foram estabelecidas como etapas deste trabalho:

caracterização da pesquisa a ser desenvolvida, população e amostra e as técnicas

de coleta e análise dos dados.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A presente pesquisa é uma pesquisa exploratória, descritiva de cunho

qualitativo, fazendo-se uso do procedimento estudo de caso, a ser desenvolvido no

SDOC do TRT4.

A pesquisa exploratória é um tipo de pesquisa que “inclui um questionário

pouco estruturado e uma amostra não necessariamente representiva. Os resultados

do trabalho permitirão rever o plano de pesquisa para a realização de um estudo

mais aprofundado sobre o tema”. (RICHARDSON, 1999, p.146)

Segundo Strauhs (2001, p. 9): “uma das formas de personalização é através

do estudo de caso, com levantamento de características peculiares e o

desenvolvimento da ferramenta”.

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77

Segundo Yin (2001, p. 19):

O estudo de caso é apenas uma das muitas maneiras de se fazer pesquisa em ciências sociais. (...) Em geral, os estudos de caso representam a estratégia preferida quando se colocam questões do tipo "como" e "por que", quando o pesquisador tem pouco controle sobre os eventos e quando o foco se encontra em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. Pode-se complementar esses estudos de casos "explanatórios" com dois outros tipos - estudos "exploratórios" e "descritivos". Independentemente do tipo de estudo de caso, os pesquisadores devem ter muito cuidado ao projetar e realizar estudos de casos a fim de superar as tradicionais críticas que se faz ao método. Como estratégia de pesquisa, utiliza-se o estudo de caso em muitas situações, nas quais se incluem:

• política, ciência política e pesquisa em administração pública; • sociologia e psicologia comunitária; • estudos organizacionais e gerenciais; • pesquisa de planejamento regional e municipal, como estudos de

plantas, bairros ou instituições públicas; • supervisão de dissertações e teses nas ciências sociais –

disciplinas acadêmicas e áreas profissionais como administração e trabalho social.

Desta forma, para o presente trabalho foi escolhida a técnica do estudo de

caso por enquadra-se em três das situações descritas por Yin: ser um estudo

organizacional e gerencial; por tratar-se de uma instituição pública e Por ser uma

supervisão de uma monografia nas ciências.

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

O TRT4 é, atualmente, composto de 36 juízes de 2º Grau. Cada juiz tem um

assessor e seis (6) assistentes os quais o auxiliam a fazer os votos. Os juízes estão

divididos em oito (8) turmas para julgamento de seus processos. Desta forma, cada

turma é composta por quatro (4) juízes.

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Nesta população iremos aplicar a amostra intencional de Richardson (1999,

p.161) o qual diz que “os elementos que formam a amostra relacionam-se

intencionalmente de acordo com certas características estabelecidas no plano.”

Escolheu-se, como critério para a amostra, a antigüidade que é o tempo de

serviço no cargo de juiz do Tribunal. Para tanto, escolheu-se duas turmas dividindo-

as em:

a) Turma A : por ser a que está composta por juízes de maior

antigüidade no TRT4 ;

b) Turma B : por ser a que está composta por juízes de menor

antigüidade no TRT4.

Portanto, tem-se como amostra 8 juízes, 8 assessores e 20 assistentes.

3.3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Para Yin (2001, p. 105):

As evidências para um estudo de caso podem vir de seis fontes distintas: documentos, registros em arquivo, entrevistas, observação direta, observação participante e artefatos físicos. O uso dessas seis fontes requer habilidades e procedimentos metodológicos sutilmente diferentes.

Além da atenção que se dá a essas fontes em particular, alguns princípios predominantes são importantes para o trabalho de coleta de dados na realização dos estudos de caso. Inclui-se aqui o uso de:

a) várias fontes de evidências, ou seja, evidências provenientes de duas ou mais fontes, mas que convergem em relação ao mesmo conjunto de fatos ou descobertas;

b) um banco de dados para o estudo de caso, isto é, uma reunião formal de evidências distintas a partir do relatório final do estudo de caso;

c) um encadeamento de evidências, isto é, ligações explícitas entre as questões feitas, os dados coletados e as conclusões a que se chegou.

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Desta forma, conforme Yin (2002) orienta a usar-se várias fontes de

evidências, buscou-se nas metodologias qualitativas, as técnicas de investigação,

através de entrevistas semi-estruturadas e da técnica de observação, analisando-se

os organogramas da Instituição e um diário para anotações como instrumentos

privilegiados de coleta dos dados.

Inicialmente, procurou-se identificar os processos internos da organização e o

conhecimento explícito de sua clientela, os Juízes de 2º Grau da Justiça do Trabalho

do Rio Grande do Sul, os quais utilizam o conhecimento enquanto subsídio à

tomada de decisão na prestação de seus afazeres sociais, ou seja, a prestação

jurisdicional.

O processo judicial possui um ciclo que foi identificado neste trabalho, a partir

deste ciclo e dos dados coletados detectaram-se quais as necessidades de

informação e conhecimento dos juízes do TRT4 e que fontes suprem estas

necessidades em cada etapa do processo.

Portanto, a profundidade com que vai se tratar o conhecimento dependerá

das necessidades de informação e conhecimento dos juízes do TRT4 mapeadas.

Para coleta de dados foram enviados, por e-mail, questionários a:

a) oito (8) juízes, obtendo-se retorno de dois (2) questionários;

b) oito (8) assessores, obtendo-se retorno de quatro (4)

questionários;

c) quarenta e oito (48) assistentes, obtendo-se retorno de vinte

(20) questionários.

Os dados obtidos através dos questionários foram tabulados no software

Excell 2000 e seus resultados: tabelas e gráficos encontram-se no Capítulo 4 item

4.3 Necessidades de Informação e de Conhecimento.

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3.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

Esta pesquisa apresenta algumas limitações, em função do método de

investigação utilizado, bem como as técnicas de obtenção dos dados.

O estudo de caso limita a generalização das conclusões, uma vez que a

unidade escolhida para descrição e análise pode ser diferente das demais de sua

mesma espécie. No entanto, ressalta Campomar (1991) apud Costa (2003, p. 107),

o estudo de caso se constitui em um instrumento apropriado para lidar com a

complexidade do fenômeno organizacional, pois permite uma investigação que

retém as características holísticas e mais expressivas dos fatos da vida real,

incluindo processos organizacionais e gerenciais.

Uma limitação da amostra intencional apontada por Richardson (1999, p. 161)

“na prática, é muito difícil que uma amostra intencional seja representativa do

universo.”

Desta forma, as técnicas para obtenção de dados têm suas restrições, uma

vez que ao se abordar os diversos aspectos do assunto podem-se privilegiar uns em

detrimento de outros.

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4 RESULTADOS DA PESQUISA

Neste capítulo se tratará sobre o estudo de caso do Serviço de

Documentação (SDOC) do Tribunal Regional do Trabalho da 4a Região (TRT4) sua

missão, visão e objetivos, a identificação do ciclo do processo judicial no TRT4, as

necessidades de informação e conhecimento e a criação dos mapas.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO DO TRT4

A Unidade Documentária Jurídica (UDJ) do TRT4, na estrutura hierárquica

deste é denominada de Serviço de Documentação (SDOC).

Segundo Brasil (1997, p. 55) a inauguração o SDOC do TRT4 ocorreu: “Em

1948, sob a gestão do juiz Jorge Surreaux (...) A importância do fato está em seu

caráter inovador, sendo a segunda biblioteca criada na Justiça do Trabalho.”

Atuava desde a década de 50, com modelo gerencial hierárquico tradicional,

processamento da informação em linha cada servidor responsável por uma

determinada atividade, trabalhava mediante estímulo não havia Disseminação

Seletiva da Informação, DSI, e as pesquisas limitavam-se a disponibilidade do

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acervo local. Durante quatro décadas os serviços mantiveram-se quase os mesmos,

apenas, com pesquisas locais.

Na década de 90 houve a Informatização do SDOC, para tanto foi feita uma

reavaliação de serviços e dinâmica dos mesmos, com planejamento orientado ao

cliente, caracterização dos usuários, caracterização das necessidades de

informação, caracterização de fontes.

As informações coletadas pelo SDOC provem: da Legislação (Atos maiores e

menores do Poder Legislativo, Ministérios, etc.), da Doutrina (interpretação dos

autores que se encontra sob a forma de livros e periódicos, meios magnéticos, etc.)

e da Jurisprudência (decisões dos juízes), relacionadas ao Direito e Processo do

Trabalho, bem como Processo Civil e Direito Constitucional.

Atualmente, o SDOC localiza-se na Avenida Praia de Belas, 1100, 10º andar,

sala 1004 – Bairro Praia de Belas, Porto Alegre – RS.

Os juízes trabalhistas são os clientes preferenciais, entretanto, o SDOC

atende desde o aluno em seus trabalhos acadêmicos, o advogado que pesquisa

para elaborar sua inicial até o juiz que elabora o voto à nível recursal em todo país.

Os objetivos do SDOC podem ser divididos em missão, visão e objetivos:

a) Missão : a principal missão da UDJ é servir a instituição a

qual está ligada. Portanto, definiu-se como missão do

SDOC disponibilizar, de maneira ética, eficiente e eficaz,

informação especializada, nos mais diversos suportes, para

a comunidade interna e comunidade externa;

b) Visão : Considerando as inúmeras alterações legislativas

que influem nas informações que serão prestadas ao

público alvo e conseqüentemente no conhecimento que

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será gerado por este, o SDOC precisa ter uma visão de

necessidade de atualização constante. Desta forma, visa

ser um Serviço de excelência em informação especializada

em direito do trabalho;

c) Objetivo : o principal objetivo deve ser dar suporte a tomada

de decisão e a prestação jurisidicional por parte de seus

usuários prioritários, os juízes do TRT4.

4.1.1 Estrutura organizacional

Quanto à estrutura organizacional o SDOC faz parte da Secretaria Judiciária

do TRT4. Internamente não possui setores formais, embora algumas atividades

sejam mais específicas de um ou outro servidor.

A organização do SDOC é estabelecida pelo fluxo da informação, com os

funcionários se integrando em todo ou parte do processo, e se alternando nas

atividades quando necessário.

Os serviços são coordenados por uma Diretora e bibliotecária, a qual planeja

as atividades de acordo com a política estabelecida. Atualmente, o quadro funcional

é composto por quatro servidoras: duas bibliotecárias, uma bacharel em direito e

uma auxiliar de nível secundário. Considerando-se este número de servidores

insuficiente para o desenvolvimento de todos os serviços do SDOC, já existe projeto

de lei contemplando a criação de mais dois cargos de biliotecário, a fim de completar

o quadro funcional.

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4.1.2 Recursos bibliográficos

Quantos aos recursos bibliográficos, o SDOC, tem o maior acervo do Estado

do Rio Grande do Sul especializado em Direito do Trabalho:

a) LIVROS: 7.500 volumes de livros, preferencialmente da

área do Direito do Trabalho, encontra-se, também, obras de

Processo do Trabalho, Processo Civil, Direito Civil, Direito

Constitucional, Direito Administrativo, etc. Em torno de 200

destas obras podem ser consideradas obras raras.

b) PERIÓDICOS: 100 títulos de periódico, dos quais 50 títulos

são correntes;

c) MEIOS ELETRÔNICOS: CD-Rom´s de jurisprudência,

doutrina, legislação; DVD´s, Bases de dados locais e

acessíveis na Intranet.

4.1.3 Recursos tecnológicos

Os recursos tecnológicos existentes no SDOC podem ser divididos em

Hardware e Software:

Hardware é o conjunto de aparelhos utilizados pelo SDOC para desenvolver

suas atividades, apresentados no Quadro 5 – Hardwares disponíveis no SDOC:

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HARDWARES DISPONÍVEIS NO SDOC TIPO QUANTIDADE OBSERVAÇÕES

microcomputadores

nove (9)

quatro (4) na sala de pesquisa: três (3) para atendimentode pesquisas utilizados pelos próprios usuários, com acesso as Bases de dados desenvolvidas pelo próprio SDOC, a Base de dados de jurisprudência desenvolvida pelo Setor de Informática do TRT4, CD-rom´s de doutrina, legislação e jurisprudência; um (1) para utilização do bibliotecário de Referência em suas pesquisas, o qual contém, além dos softwares descritos para utilização nos outros computadores, o sistema de circulação de materiais; e cinco (5) na sala de administração e processamento técnico: os quais, além de possuírem todos os sistemas antes descritos, também têm acesso a Internet e correio eletrônico

aparelho de scanner um (1) aparelho de fax um (1) impressoras duas (2) laser uma (1) em rede interna e uma

(1) local para atender so Sistema de Empréstimo

Quadro 5 – Hardwares disponíveis no SDOC

Softwares é o conjunto de sistemas utilizados pelo SDOC para desenvolver

suas atividades, apresentados no Quadro 6 – Softwares disponíveis no SDOC:

SOFTWARES DISPONÍVEIS NO SDOC TIPO DESCRIÇÃO

Sistema de gerenciamento do acervo

O Sistema atual foi desenvolvido em Winisis, software livre desenvolvido pela UNESCO e distribuido no Brasil pela Bireme. Neste sistema foram desenvolvidas Bases de Dados para cadastramento das obras

Sistema de empréstimo o sistema de empréstimo é o EMP feito pela BIREME, em CISIS. È gerenciado pelo sistema operacional DOS, versão monousuário e manipula as bases de dados WINISIS. Existem 3.000 usuários cadastrados no sistema EMP e 20.000 obras, entre livros e fascículos de periódicos, cadastrados no Winisis, a média de empréstimos mensais está em torno de 800 obras.

Quadro 6 – Softwares disponíveis no SDOC

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4.1.4 Produtos e serviços de Informação

Todos os usuários precisam de informações rápidas, atualizadas e confiáveis,

que permitam uma tomada de decisão ágil e bem fundamentada nos processos que

estão julgando. Como a função jurisdicional está cada vez mais complexa, para o

público do SDOC é indispensável à confiabilidade, capacidade de oferecer o

prometido de maneira confiável e precisa, certamente este é o fator que mais

contribui para o uso de seus serviços. Desta forma, os produtos e serviços

oferecidos pelo SDOC têm por objetivo supir de maneira mais especializada as

necessidades de informação e conhecimento de seus usuários.

Para consecução de seus produtos e serviços os SDOC conta como o

Sistema Winisis, software gratuito desenvolvido pela UNESCO e distribuido no Brasil

pela Bireme. Neste sistema foram desenvolvidas Bases de Dados: administrativas,

bibliográficas e legislativas, conforme mostradas no Quadro 7 – Bases de Dados

desenvolvidas pelo SDOC:

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TIPO DE BASE DE DADOS

ESPECIFICAÇÃO

Acervo – é uma base de dados de registro físico das obras, contém os campos de descrição dos livros e fascículos que são necessários para se fazer o empréstimo das obras;

Para o controle do empréstimo

Leitor - é uma base de dados de registro dos dados do usuário Autor – é uma base de controle de nomes certos para autores pessoais e entidades coletivas;

Para o controle do autoridade

Thes – é uma base de controle de termos autorizados, descritores para serem usados nas bases de dados de doutrina, legislação e jurisprudência

Bases de Dados Administrativas

Para o controle de fornecedores Fone – é uma base de controle de fornecedores de livros, materiais e contatos com outras bibliotecas

Bases de Dados Bibliográficas

Douta - é uma base de dados de registro físico e de assunto das obras, contém os campos de descrição dos livros, capítulos de livros, artigos, cd-rom´s, é usada na pesquisa bibliográfica de doutrina Para recuperação de legislação federal, estadual e municipal

Legis - é uma base de dados de registro físico e de assunto das legislações, contém os campos de descrição das legislações e um link para legislação na íntegra é usada na pesquisa legislativa

Bases de Dados Legislativas

Para recuperação da legislação Institucional (Resoluções Administrativas)

Read - é uma base de dados da íntegra e de assunto das Resoluções administrativas do Tribunal é usada na pesquisa legislativa.

Quadro 7 – Bases de Dados desenvolvidas pelo SDOC

Todas estas bases de dados estão acessíveis na Rede Interna da Biblioteca,

ainda não há acesso via Intranet e/ou Internet. Estas Bases de Dados são produtos

do SDOC e embasam os serviços prestados por este.

Quanto aos serviços, de acordo com Brasil (2005c) destacam-se os seguintes

serviços desenvolvidos pelo SDOC: Serviço de Empréstimo, Serviço de Atendimento

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e Pesquisa, Serviço de Notificação Corrente, Serviço de Gerenciamento de

Informação e Acervo Documental, Serviços Administrativos.

Estes serviços formam um conjunto de serviços ao usuário cujo objetivo é a

formação, informação e atualização dos mesmos atendendo suas necessidades

informacionais, documentais e de conhecimento.

TIPO DE SERVIÇO

DESCRIÇÃO DO SERVIÇO

SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO

é o serviço de controle da circulação dos documentos (livros, revistas, diários oficiais, legislação esparsa, etc.), por usuários internos e externos, dentro e fora da sede, via documento, malote ou digital.

SERVIÇO DE ATENDIMENTO E

PESQUISA

é o serviço de que cuida das atividades que tem por objetivo atender as necessidades de informação dos usuários, detectando-as e fornecendo-lhes, conforme o caso, as fontes e/ou os documentos.

SERVIÇO DE NOTIFICAÇÃO

CORRENTE

É o serviço de que cuida da comunicação sobre novos livros, periódicos, legislação e jurisprudência de interesse dos usuários, na íntegra ou referencial, via papel, e-mail ou malote.

SERVIÇO DE

GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÃO E ACERVO

DOCUMENTAL

É o serviço de que cuida do elenco de atividades necessárias a formação, gerenciamento, desenvolvimento e manutenção do acervo documental e do sistema de recuperação de informação. Compreende os processos de: Seleção, aquisição e registro, Análise e indexação, Sistema de recuperação de informação e Biblioteca Virtual

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

É o serviço de que cuida do elenco de atividades necessárias a secretaria e apoio de todas os demais serviços. Compreende os processos de: Secretaria e Manutenção da coleção

Quadro 8 - Tipos de Serviço do SDOC

O Serviço de Empréstimo, Serviço de Atendimento e Pesquisa e o Serviço de

Notificação Corrente cada um destes serviços é desenvolvido a partir de etapas

sendo o Serviço de Gerenciamento de Informação e Acervo Documental e os

Serviços Administrativos desenvolvidos a partir de processos e de etapas, os quais

podem ser exemplificados no: Quadro 9 - Etapas Serviço de Empréstimo, Serviço de

Atendimento e Pesquisa e o Serviço de Notificação Corrente, Quadro 10 - Processos

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e Etapas do Serviço de Gerenciamento de Informação e Acervo Documental e

Quadro 11 - Processos e Etapas dos Serviços Administrativos.

SERVIÇO

ETAPAS

SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO

Empréstimos: de documentos a prazo para usuários internos; provisório para usuários externos; inter-bibliotecário; para cópia reprográfica; empréstimo para sessões; emissão de boletos de empréstimo; reserva de documentos emprestados; cobrança de documentos em atraso; conferência de documentos emprestados.

SERVIÇO DE ATENDIMENTO

E PESQUISA

questões específicas solicitadas por e-mail ou telefone; localização de livros, periódicos e outros documentos; demanda de livros e periódicos no SDOC; levantamentos bibliográficos correntes e retrospectivos; pesquisas: de Doutrina, Legislação e de Jurisprudência, na Internet; orientação aos alunos de Direito nos trabalhos de conclusão; atendimento a visitas de estudantes de Direito e Biblioteconomia; referência legislativa e localização de legislação no acervo; demanda de legislação no SDOC; referência jurisprudencial; orientação à pesquisa de jurisprudência; orientação ao uso de Windows e Bases de Dados; formatação de disquetes.

SERVIÇO DE NOTIFICAÇÃO

CORRENTE

envio de legislação, na íntegra, por e-mail, fax e malote; disponibilização de artigos de doutrina na Biblioteca Virtual.

Quadro 9 - Etapas do Serviço de Empréstimo, Serviço de Atendimento e Pesquisa e o Serviço de

Notificação Corrente

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SERVIÇO

PROCESSO

ETAPA

Seleção, aquisição e registro : Atividade que tem a responsabilidade de planejar e gerenciar o desenvolvimento do acervo documental.

recebimento de sugestões; seleção de material documental a ser incorporado ao acervo; solicitação do material a ser adquirido; conferência do material recebido; elaboração e colocação de etiquetas para registro e localização; registro do material adquirido; preparo para circulação; alimentação das bases de dados ACERVO.

Análise e indexação : Atividade que tem a responsabilidade de aplicar as técnicas que viabilizem a recuperação da informação contida nos documentos, através de leitura técnica, catalogação, classificação e indexação de documentos e do desenvolvimento e aplicação de linguagem documentária específica em Direito do Trabalho.

leitura técnica de livros e periódicos; leitura técnica de Diários Oficiais do Estado e União; seleção de documentos bibliográficos para análise, classificação e indexação; seleção de legislação pertinente para análise e indexação; seleção de acórdãos para análise e indexação; análise de documentos; análise comparativa de medidas provisórias; catalogação de documentos; classificação de livros por assunto e autor; indexação de material bibliográfico; indexação de legislação; indexação de acórdãos; indexação de atos administrativos.

Sistema de recuperação de informação : Atividade que tem a responsabilidade de implantar, desenvolver e gerenciar sistemas automatizados de recuperação de informação, utilizando o sistema Microisis.

identificação de necessidade de alteração em bases existentes e de novas bases; planejamento e elaboração de programas em linguagem de programação para exibição em monitor; planejamento e elaboração de formatos de impressão; desenvolvimento de programas e planilhas; alimentação das bases de dados DOUTA, LEGIS, JURIS, READ, ACERVO E LEITOR; alimentação de outras bases de dados; manutenção de bases de dados; manutenção do Sistema de Empréstimo; manutenção e desenvolvimento de linguagem documentária; backups do sistema de empréstimo; backups do Isis.

SERVIÇO DE GERENCIAMENTO DE

INFORMAÇÃO E ACERVO DOCUMENTAL

Biblioteca Virtual : Atividade que tem a responsabilidade de disponibilizar a legislação e a doutrina em pastas públicas no correio eletrônico denominadas de Biblioteca Virtual, viabilizando o acesso à mesma nas dependências da JT e remotamente através da Internet.

identificação de legislação/doutrina a ser incluída; busca por arquivo disponível na Internet; elaboração de arquivo quando não encontrado na Internet ou digitalização do mesmo; atualização de legislação alterada; envio de notificação de nova inclusão aos usuários; inclusão e atualização de Legislação e Doutrina na Biblioteca Virtual; preparação de legislação para inclusão na Intranet.

Quadro 10 - Processos e Etapas do Serviço de Gerenciamento de Informação e Acervo Documental

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SERVIÇO

PROCESSO

ETAPA

Serviços de Secretaria: Atividade que tem a responsabilidade de auxiliara nas tarefas diárias e correntes realizadas como rotina administrativa.

elaboração de memorandos; controle e arquivamento de memorandos, ofícios e correspondências; atendimento de ligações telefônicas; elaboração de e-mails; elaboração de formulários; elaboração de cartazes; elaboração de manuais; controle de material de consumo; reuniões de equipe.

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

Manutenção da coleção: Atividade que tem a responsabilidade de controlar da integridade física do acervo documental.

identificação de documentos a serem reparados/encadernados; realização de reparos em livros e periódicos; confecção de listagem para encadernador; conferência de material recebido do encadernador; identificação de etiquetas a serem repostas; confecção de etiquetas; organização e guarda de material.

Quadro 11 - Processos e Etapas dos Serviços Administrativos

Todos os produtos e serviços de informação do SDOC podem ser dividos de

acordo com o público a que se destinam: público interno ou público externo.

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PÚBLICO

SERVIÇOS

PRODUTOS

Público interno: juízes e servidores da Justiça do Trabalho da 4ª Região capital e interior do RS

são os serviços desenvolvidos pelo SDOC para atender as pesquisas Doutrinárias, Jurisprudenciais e Legislativas: a) atendimento, consulta local; b) acesso a bases de dados em rede -

gerenciadas pelos softwares Winisis; c) acesso a bases de dados em Cd-rom; d) acesso a bases de dados locais e

em Cd-rom´s; e) acesso a bases de dados via Correio

eletrônico, Intranet e Internet; f) acesso as legislações mais utilizadas

na Biblioteca Virtual, g) a qual encontra-se nas pastas

públicas do Outlook – correio eletrônico - e Intranet;

h) empréstimo domiciliar; i) empréstimo inter-bibliotecas; j) orientação para uso das fontes de

referência jurídico-trabalhistas; k) instruções para uso das bases de

dados; DSI, disseminação de informação jurídica - atualização legislativa, conforme área de interesse para o julgamento dos processos, feita, diariamente, por correio eletrônico; solicitações de pesquisas via telefone, fax, correio eletrônico ou malote;

são os produtos resultantes dos serviços do SDOC: a) levantamento bibliográfico

– impresso e por correio eletrônico;

b) boletins de legislação; c) alerta legislativo –

diariamente são enviadas por correio eletrônico as novas legislações, comutação bibliográfica;

d) envio de resultado de pesquisas por correio eletrônico, fax, malote.

Público externo: estudantes de direito, advogados, juízes da Justiça do Trabalho da 4ª Região aposentados, servidores da Justiça do Trabalho da 4ª Região aposentados, outras Bibliotecas e Unidades de Documentação, advogados, partes (empregadores e empregados), peritos, estudantes de direito e de ciências contábeis e econômicas e comunidade em geral.

a) atendimento, consulta local; b) acesso a bases de dados em rede -

gerenciadas pelos softwares Winisis – as bases de dados podem ser;

c) acesso a bases de dados em Cd-rom; acesso a bases de dados locais e em Cd-rom´s;

d) acesso a bases de dados via Intranet; e) empréstimo para xerox; f) orientação para uso das fontes de

referência jurídico-trabalhistas; g) instruções para uso das bases de

dados.

a) levantamento bibliográfico – impresso;

b) impressão de acórdão; c) impressão de pesquisa

Quadro 12 - Produtos e Serviços de acordo como o público a que se destina

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4.2 O PROCESSO JUDICIAL NO TRT4

O processo judicial segundo Sidou (1997, p. 631) é a “formalização da

pretensão (ação) por meio da qual o interessado provoca a prestação jurisdicional,

alegando violação de direito subjetivo protegido por norma de direito objetivo.”

Já para Neves (1990):

Processo: Diz-se do conjunto dos atos pelos quais se realiza alguma coisa. Diz-se, por extensão, da forma; da maneira de tratar no foro uma questão ou demanda. Diz-se, assim, do modo objetivo de dar corpo, vida e movimento sucessivo à ação; do conjunto coordenado de preceitos legais normativos, que imprimem forma e movimento à ação.

Desta forma, um estudo na bibliografia, em sites e em setores do TRT4

possibilitou constatar-se que, na Justiça do Trabalho, o processo judicial é composto

por três fases: I - Fase de Conhecimento, II - Fase Recursal e III - Fase de

Execução.

A I - Fase de Conhecimento tem início nas Varas do Trabalho e segundo

Neves (1990) é o “ato de acolher a causa ou recurso para informar-se de seu

conteúdo e pronunciar-se sobre seu mérito.”

A II - Fase Recursal tem início em um tribunal e segundo Neves (1990) “em

sentido amplo, diz-se de todo remédio que se emprega na proteção de um direito.

Em sentido restrito, diz-se da provocação de um novo exame da decisão proferida,

pela mesma autoridade ou por autoridade superior.” De modo geral, poderia ser

exemplificado da seguinte forma: quando o recurso é da Vara do Trabalho para o

TRT chama-se Recurso Ordinário (RO); quando o recurso é das Turmas do TRT

para o TST chama-se Recurso de Revista (RR); quando o recurso é das Turmas do

TST para as Turmas do TST chama-se Embargos; quando o recurso é das Seção de

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Dissídos Individuais (SDI) do TST para o Supremo Tribunal Federal chama-se

Recurso Extraordinário (REXP).

A III - Fase de Execução segundo Neves (1990) é o “ato de levar a efeito

aquilo que estava resolvido; ato de executar, de por em vigor.”

Cada fase do processo é composta por etapas definidas nas legislações que

regem o processo judicial trabalhista: Constituição do Brasil de 1988 (CF/88),

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Código de Processo Civil (CPC) e

Regimento Interno do Tribunal (Rin).

O fluxo do processo judicial no TRT4 está exemplificado na Figura 6 – Fluxo

do Processo Judicial no TRT4 e as etapas da II Fase Recursal, que para o presente

Estudo de Caso é a fase mais importante, ou seja, o ciclo do Recurso Ordinário

(RO) visualmente representado em amarelo.

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I Fase de Conhecimento

ET

AP

AS

Figura 6 : Fluxo do Ciclo do Processo Judicial

no TRT4

II Fase Recursal: RO

ET

AP

AS

III Fase de Execução

ET

AP

AS

FLUXO DO CICLO DO PROCESSO JUDICIALNO TRT4

Razões Finais - art. 850/CLT

2a. Tentativa de Conciliação - art. 850/CLT

Sentença - art. 850, parágrafo único

Petição Inicial; 1a

Tentativa de Conciliação - art. 846/CLT

Defesa - art. 847/CLT

Depoimento Pessoal - art. 847/CLT

Testemunhas - art. 848, § 2o./CLT Sessão de Julgamento

Gab. Juiz Lavrador

Em secretaria

Autuação e revisão

Distribuição

Remessa ao Ministério Público do Trabalho

Gab. Juiz Relator

Gab. Juiz Revisor

Penhora

Embargos à execução

Sentença de embargos

Trânsito em julgado

Liquidação de sentença

Sentença de Liquidação

Execução

Citação

Publicação da decisão

Disponível para consulta

Agravo de petição

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ETAPA DA FASE RECURSAL DO PROCESSO JUDICIAL NO

TRT4

DESCRIÇÃO DA ETAPA

AUTUAÇÃO E REVISÃO NO

TRT

Ao chegar ao TRT4 o processo recebe um novo número

DISTRIBUIÇÃO

o processo é enviado ao Tribunal Pleno para distribuição a um Juiz-Relator, o qual faz parte de uma Turma de Julgamento

REMESSA

ao Ministério Público do Trabalho (Procuradoria Regional do Trabalho): ao ser protocolado no TRT o processo primeiro será enviado para Procuradoria Regional do Trabalho para receber o Parecer, então, após retornará ao TRT para distribuição

GABINETE DO JUIZ-RELATOR

diariamente são distribuidos para os gabinetes os processos judiciais recebidos no TRT4. Na resolução dos processos cada juiz é auxiliado por um assessor o qual administra os recursos humanos do gabinete e, em muitos casos, revisa a propostas de voto analisadas e emitidas por cada assistente

REVISÃO enquanto aguarda o julgamento o processo passa para um Juiz-Revisor

SESSÃO DE JULGAMENTO

os quatro juízes integrantes da turma em questão se reúnem, semanalmente, para julgar os processos recebidos

LAVRATURA DO ACÓRDÃO Juiz-Relator ou o Juiz designado terão que elaborar o acórdão (decisão final) no prazo de 15 dias

EM SECRETARIA Em secretaria para publicação da decisão

PUBLICAÇÃO DA DECISÃO (ACÓRDÃO):

O acórdão será entregue à Secretaria que providenciará a sua publicação no Diário Oficial, a fim de dar ciência aos interessados

DISPONÍVEL PARA CONSULTA NA INTRANET E

INTERNET

Após publicado o acórdão torna-se disponível para consulta na Intranet e Internet, é nesta fase que o SDOC auxilia as pesquisas dos acórdãos

Quadro 13 - Fases do Recurso Ordinário

É importante salientar que cada etapa deste ciclo ocorre em cada Turma do

TRT4 para cada processo judicial.

Além do Recurso Ordinário existem outros recursos que podem ocorrer em

cada processo judicial. Algumas informações sobre os tipos de recursos podem ser

encontradas em Reich (2005):

a) Recurso ordinário (RO): Tem semelhanças com a

apelação no processo civil. Tem cabimento contra as

decisões definitivas das Varas do Trabalho (ex. sentença

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97

em reclamatória trabalhista), como também contra as

decisões definitivas nos Tribunais Regionais do Trabalho,

em processos de sua competência originária (ex. acórdão

de ação rescisória). Juízo a quo: Vara do Trabalho ou TRT,

conforme a hipótese. Juízo ad quem: TRT ou TST,

conforme a hipótese. Fundamento legal: art.895 da CLT;

b) Recurso de revista (RR) : Tem cabimento contra decisões

dos Tribunais Regionais do Trabalho proferidas em grau de

recurso ordinário, em dissídio individual, quando verificada

violação de norma constitucional ou lei federal, bem como

divergência entre entendimentos jurisprudenciais;

c) Agravo de Petição (AP) : Destina-se a atacar decisões do

Juiz, nas execuções, não sendo cabível no processo de

conhecimento. É o único recurso cabível na fase de

execução do processo trabalhista. Juízo a quo: Vara do

Trabalho. Juízo ad quem: TRT;

d) Agravo de Instrumento (AI): Caberá agravo de

instrumento contra despacho que denegar seguimento ao

recurso ordinário, recurso de revista, agravo de petição e

recurso extraordinário. A finalidade do agravo de

instrumento é destrancar os recursos mencionados. Não

caberá agravo de instrumento de despacho que não admitir

os embargos no TST, pois, nesse caso, o remédio é o

agravo regimental (Lei nº 7.701/88, art.3º,III, "c"). O agravo

de instrumento deve, necessariamente, ser recebido pelo

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98

Juízo a quo. Juízo a quo: Vara do Trabalho ou TRT ou

TST. Juízo ad quem: TRT ou TST ou STF. Fundamento

legal: art.897, "b", da CLT;

e) Embargos no TST (ERR) : A finalidade dos embargos no

TST é, principalmente, a unificação da interpretação

jurisprudencial de suas turmas, ou de decisões não

unânimes em processos de competência originária do TST.

Equivale ao recurso especial, no processo civil, uma vez

que tem cabimento contra as decisões contrárias à lei

federal ou as que divergirem entre si. Juízo a quo: TST.

Juízo ad quem: TST. Fundamento legal: art.894 da CLT;

f) Embargos declaratórios (ED) : Apesar de muito

questionada a natureza recursal dos embargos

declaratórios, uma vez que inexiste o duplo grau de

jurisdição, tal medida processual é comumente considerada

espécie recursal, face a aplicação subsidiária do art.535 do

CPC. Recentemente, a CLT prevê expressamente o

cabimento de embargos declaratórios, nos casos de

omissão, contradição ou obscuridade, com fundamento no

art.897-A. Juízo a quo e Juízo ad quem: o Juízo prolator da

decisão embargada;

g) Recurso extraordinário (RExt) : No processo trabalhista, o

recurso extraordinário é interposto contra a última decisão

proferida no TST, que viola dispositivo constitucional. O

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99

prazo de interposição é de 15 dias (art.26 da Lei nº

8.038/90). Juízo a quo: TST. Juízo ad quem: STF;

h) Recurso adesivo (RA) : O recurso adesivo é aceito no

processo trabalhista, em decorrência da aplicação

subsidiária do art.500 do CPC. Destaca-se o entendimento

jurisprudencial constante do Enunciado 283 do TST. O

recurso adesivo é também denominado recurso

subordinado, uma vez que segue o destino do recurso

principal. É cabível a sua interposição nas hipóteses de

recurso ordinário, agravo de petição, recurso de revista e

embargos no TST. É desnecessário, contudo, que a

matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso

principal interposto pela parte contrária;

i) Agravo Regimental (AGR): É um recurso previsto no

Regimento Interno dos Tribunais. O agravo regimental tem

por objetivo obter o reexame de certa decisão, por exemplo,

despacho do relator que indeferiu petição inicial de ação

rescisória, despacho do relator que conceder ou negar

pedido de medida liminar etc. Juízo a quo: TRT ou TST.

Juízo ad quem: TRT ou TST. Fundamento legal: Regimento

Interno dos Tribunais;

j) Pedido de Revisão : Em audiência, ao aduzir as razões

finais, poderá qualquer das partes impugnar o valor fixado à

causa e, se o Juiz mantiver, pedir revisão da decisão, no

prazo de 48 horas, ao Presidente do TRT. Juízo a quo:

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100

Vara do Trabalho. Juízo ad quem: TRT. Fundamento legal:

art.2º,§2º, da Lei nº5.584/70.

4.3 NECESSIDADES DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO DOS USUÁRIOS DO SDOC QUE ATUAM NO PROCESSO JUDICIAL NO TRT4

Neste subcapítulo buscaram-se dados, informações e conhecimentos a partir

do Relatório anual do SDOC, do instrumento de coleta de dados, da observação dos

pedidos de pesquisa, dos organogramas da instituição e de um diário de anotações

para coleta de dados.

Segundo Brasil (2005b) o SDOC em 2004 teve um número significativos de

usuários que, pessoalmente, por telefone ou por e-mail, solicitaram atendimento à

suas necessidades de informação.

Embora boa parte do atendimento, hoje, se faça de forma remota a usuários

virtuais e antecipando-se as necessidades dos usuários, disponibilizando doutrina,

legislação e jurisprudência, via Biblioteca Virtual e Intranet, é significativo o número

de atendimentos, pesquisas e usuários atendidos de forma individualizada. 4.518

usuários dirigiram-se ao SDOC para ter suas lacunas de informação supridas.

Enquanto 6.813 utilizaram o telefone ou o e-mail como forma de solicitarem suas

pesquisas.

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101

RESUMO DAS ATIVIDADES POR CATEGORIA DE USUÁRIOS DE 2004

Usuários que Solicitaram Pesquisa Pessoalmente

Pesquisa por Telefone e E-Mail

Pesquisa por E-Mail

Totais

Juízes

Servidores

Externo

Doutrina

Legislação

Jurisprudência

Virtual

Total por categoria

s

181 2399 1938 4273 929 892 719

Total geral de

pesquisas

4518

6813

Tabela 1 - Resumo das atividades por categoria de usuários de 2004

Fonte: Brasil (2005b), p. 4, com adaptações da autora

Usuários que solicitaram pesquisas pessoalmente

4%

53%

43% JuízesServidoresExterno

Gráfico 1 - Distribuição dos usuários

Fonte: Brasil (2005b), p. 4, com adaptações da autora

Das pesquisas realizadas: 62% foram de doutrina, 14% de legislação e 13%

de jurisprudência. A disparidade destes números se explica facilmente, pois a

legislação é quase totalmente suprida de forma virtual e a jurisprudência encontra-se

disponível nos sites dos tribunais, facilitando o acesso à mesma via rede ou Internet.

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102

Distribuição das pesquisas

62%

14%

13%

doutrina

legislação

jurisprudência

Gráfico 2 - Distribuição das pesquisas

Fonte: Brasil (2005b), p. 4, com adaptações da autora

SETORES QUE MAIS UTILIZARAM O SERVIÇO DE DOCUMENTAÇ ÃO

Gabinetes 179 Varas do Trabalho do interior 110 Varas do Trabalho de Porto Alegre 59 Presidência 32 DG Coordenação Administrativa 28 Secretarias 16

Tabela 2 - Setores que utilizaram o SDOC

Fonte: Brasil (2005b), p. 4, com adaptações da autora

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103

Setores que utilizaram o SDOC

41%

26%

14%

8%7% 4%

Gabinetes

Varas do Trabalho dointerior

Varas do Trabalho dePorto Alegre

Presidência

DG CoordenaçãoAdministrativa

Secretarias

Gráfico 3 - Setores que utilizaram o SDOC

Fonte: Brasil (2005b), p. 4, com adaptações da autora

Dos setores que utilizaram o SDOC merecem destaque os gabinetes dos

juízes do TRT4: 41% foram de pesquisas para estes, 26% de pesquisas para varas

do trabalho do interior do RS e 33% de pesquisas para outros setores.

A análise dos dados do Relatório anual de 2004 demonstrou que os usuários

prioritários, os gabinetes, foram os que mais utilizaram os serviços do SDOC. Cada

um dos gabinetes dos juízes do TRT4 é composto por: um (1) juiz, um (1) assessor e

seis (6) assistentes.

Diariamente são distribuidos para os gabinetes os processos judiciais

recebidos no TRT4. Na resolução dos processos cada juiz é auxiliado por um

assessor o qual administra os recursos humanos do gabinete e, em muitos casos,

revisa a propostas de voto analisadas e emitidas por cada assistente.

Como definido na metodologia da pesquisa para coleta de dados foram

enviados, por e-mail, questionários a:

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104

a) oito (8) juízes, obtendo-se retorno de dois (2) questionários;

b) oito (8) assessores, obtendo-se retorno de quatro (4)

questionários;

c) quarenta e oito (48) assistentes, obtendo-se retorno de vinte

(20) questionários.

A partir destes questionários foi possível verificar: a) o perfil dos usuários, b)

as áreas de interesse dos usuários, c) as fontes de Informação e de conhecimento

utilizadas pelos usuários, d) os tipos de pesquisa na Intranet e Internet feitas pelos

usuários e assim mapear as necessidades de informação e conhecimento dos

usuários prioritários. Torna-se necessário salientar que, neste questionário não se

buscou medir a relevância da informação recuperada, nem a pertinência ou

revocação.

4.3.1 Perfil dos usuários

Para definir-se o perfil dos usuários dos gabinetes fizeram 4 (quatro)

perguntas relacionadas: a) tempo de serviço, b) formação acadêmica, c) formação

complementar e d) se foram palestrante em eventos.

Com relação ao tempo de serviço no TRT4 foi registrado:

a) Juízes: 100% (2) dos juízes, que responderam ao

questionário, têm entre 1 a 5 anos de tempo de serviço no

TRT4, note-se que um juiz faz concurso para a Justiça do

Trabalho e fica em torno de 20 anos trabalhando nas varas

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105

do trabalho, para então, havendo disponiblidade de vaga,

ser promovido ao Tribunal;

b) Assessores: 50% (2) dos assessores têm entre 10 a 15

anos, 25% (1) dos assessores têm entre 15 a 20 anos, 25%

(1) dos assessores têm entre 20 anos ou mais de tempo de

serviço;

c) Assistente: 6% (1) dos assistentes têm entre 1 a 5 anos,

18% (3) dos assistentes têm entre 5 a 10 anos, 12% (2) dos

assistentes têm entre 10 a 15 anos, 47% (8) dos assistentes

têm entre 15 a 20 anos, 18% (3) dos assistentes têm entre

20 anos ou mais mais de tempo de serviço.

A análise destes dados permite constatar que a maioria dos assessores (50%

- 2) têm entre 10 a 15 anos e que a maioria dos assistentes (47% - 8) têm entre 15 a

20 anos, desta forma, detêm um grande conhecimento tácito, baseado na

experiência profissional.

TEMPO DE SERVIÇO DOS USUÁRIOS

Tempo de Serviço Juízes Assessores Assistente

1 a 5 anos 100% 6%5 a 10 anos 18%10 a 15 anos 50% 12%15 a 20 anos 25% 47%20 anos ou mais 25% 18%

Tabela 3 - Tempo de serviço dos usuários

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106

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1 a

5 an

os

5 a

10 a

nos

10 a

15

anos

15 a

20

anos

20 a

nos

oum

ais

TEMPO DE SERVIÇO

Juízes

Assessores

Assistentes

Gráfico 4 - Tempo de serviço

Quanto à formação acadêmica foi registrado:

a) Juízes: 50% (1) dos juízes, que responderam ao

questionário, têm apenas cursos de graduação e 50% (1)

têm cursos de especialização;

b) Assessores: 50% (2) dos assessores, que responderam ao

questionário, têm apenas cursos de graduação e 50% (2)

têm cursos de especialização;

c) Assistente: 88% (15) dos assistentes têm apenas cursos de

graduação e 12% (2) têm cursos de especialização.

A análise destes dados permite constatar que a metade dos juízes (50% - 1) e

a metade dos assessores (50% - 2) têm cursos de especialização ao passo que a

minoria dos assistentes (12% - 2) têm cursos de especialização. Desta forma, o

conhecimento formal adquirido por juízes e assessores é maior do que a dos

assistentes.

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107

CURSOS DE FORMAÇÃO ACADÊMICA

Formação Juízes Assessores Assistente

superior completo 50% 50% 88%pós-graduação - especialização 50% 50% 12%

Tabela 4 - Cursos de formação acadêmica

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

supe

rior

com

plet

o

pós-

grad

uaçã

o-

espe

cial

izaç

ão

FORMAÇÃO ACADÊMICA

Juízes

Assessores

Assistentes

Gráfico 5 - Cursos de formação acadêmica

Quanto à formação complementar foi registrado:

a) Juízes: 100% (2) dos juízes, que responderam ao

questionário, freqüentam cursos de formação complementar

para atualização profissional;

b) Assessores: 25% (1) dos assessores, que responderam ao

questionário, freqüentam cursos de formação complementar

para atualização profissional;

c) Assistente: 24% (4) dos assistentes freqüentam cursos de

formação complementar para atualização profissional.

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108

A análise destes dados permite constatar que todos os juízes freqüentam

cursos de formação complementar para atualização profissional, o que cai para 25%

(1) entre os assessores e 24% (4) entre os assistentes. Desta forma, o

conhecimento formal e a atualização profissional adquiridos por juízes é maior do

que , o conhecimento formal e a atualização profissional adquiridos por assessores e

por assistentes.

CURSOS DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR DOS USUÁRIOS

Formação complementar Juízes Assessores Assistente

Cursos de atualização 100% 25% 24% Tabela 5 - Cursos de formação complementar dos usuários

0%

50%

100%

1

CURSOS Juízes

Assessores

Assistentes

Gráfico 6 - Cursos de formação complementar

Quanto ao fato de ser palestrante em eventos foi registrado que: 100% (2)

dos juízes costumam ser palestrante em eventos ao passo que nenhum dos

assessores (0) e nenhum dos assistentes (0) costumam ser palestrante em eventos.

Desta forma, a análise destes dados permite constatar que este item pode ser até

um reflexo ou uma conseqüência dos itens anteriores.

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109

4.3.2 Áreas de Interesse dos usuários

As áreas de maior interesse dos usuários são Direito do Trabalho, 100% (2)

dos juízes, assessores e assistentes responderam que esta é a principal área de

interesse, seguida pela área de Processo do Trabalho, 100% (2) dos juízes e 100%

(4) dos assessores e 88% (15) dos assistentes.

Estes dados confirmam o conhecimento que se tem de que os maiores

investimentos em aquisição de materiais devem ser nestas áreas: Direito e Processo

do Trabalho.

ÁREAS DO DIREITO DE INTERESSE DOS USUÁRIOS

Áreas do direito Juízes Assessores Assistente

Direito Constitucional 100% 75% 65%Direito Civil 100% 25% 82%Direito do Trabalho 100% 100% 100%Direito Processo Civil 100% 75% 94%Direito Processo do Trabalho 100% 100% 88%Direito Administrativo 50% 50% 76%Direito Público 25% 29%

Tabela 6 - Áreas do Direito de interesse dos usuários

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110

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Constitucional Civil Trabalho P Civil P Trabalho Administrativo Público

ÁREAS DO DIREITO

Juízes Assessores Assistentes

Gráfico 7 - Áreas do Direito de interesse dos usuários

4.3.3 Fontes de Informação e Conhecimento utilizadas pelos usuários

Para analisar os tipos de fontes de informação e conhecimento mais utilizadas

pelos usuários diviram-se os tipos de fontes em formatos: a) impressos, b)

eletrônicos, c) mídia e d) presenciais.

a) Impressos: dentre as fontes impressas a mais utilizada pelos

usuários são os livros especializados. 100% (2) dos juízes, 75%

(3) dos assessores e 59% (10) dos assistentes utilizam esta

fonte;

b) Eletrônicos: dentre as fontes eletrônicas a mais utilizada pelos

usuários são os recursos internos do TRT4. 50% (2) dos juízes,

75% (3) dos assessores e 82% (14) dos assistentes utilizam

esta fonte;

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111

c) Mídia: dentre as fontes oferecidas pela mídia a mais utilizada

pelos usuários são os noticiários – TV. 50% (2) dos juízes, 75%

(3) dos assessores e 88% (15) dos assistentes utilizam esta

fonte;

d) Presenciais: dentre as fontes presenciais as mais utilizada pelos

usuários são as conversas com colegas de gabinete. 100% (2)

dos juízes, 75% (3) dos assessores e 88% (15) dos assistentes

utilizam esta fonte.

A análise destes dados permite constatar que livros especializados, recursos

internos do TRT4 (Intranet, pastas públicas do correio eletrônico, etc), noticiários –

TV e conversas com colegas de gabinete são as fontes de informação e de

conhecimento mais utilizadas pelos usuários: juízes, assessores e assistentes.

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112

FONTES DE INFORMAÇÃO E DE CONHECIMENTO

FO

RM

AT

O

Fontes de informação Juízes Assessores

Assistentes

Revistas e jornais de conhecimento geral 50% 50% 65% Revistas e jornais especializados 50% 25% 35% Artigos especializados 100% 50% 24%

IMP

RE

SS

OS

Livros especializados 100% 75% 59% Bases de dados 50% 25% 41% Consulta a Órgãos Gov. 0% 75% 53% Sites de noticias 50% 50% 59% E-mail 50% 50% 35%

ELE

TR

ÔN

ICO

S

Recursos internos ao TRT 50% 75% 82% Noticiários – rádio 50% 50% 35% Noticiários – TV 50% 75% 88% Programas (documentários e entrevistas) – TV 100% 25% 47% M

ÍDIA

Material publicitário 0% 0% 24% Consulta a serviços de informação 100% 25% 24% Congressos, seminários, encontros científicos 100% 0% 18% Cursos e palestras 100% 50% 59% Conversas com outros colegas 100% 100% 59% Conversas com colegas de gabinete 100% 75% 88% Conversas com pesquisadores/ professores (especialistas) 50% 25% 24%

PR

ES

EN

CIA

IS

Reuniões internas 50% 0% 24%

Tabela 7 – Fontes de Informação e de conhecimento

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113

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Rev

ista

s e

jorn

ais

de c

onhe

cim

ento

Rev

ista

s e

jorn

ais

espe

cial

izad

osA

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TIPO DE MATERIALJuízes

Assessores

Assistentes

Gráfico 8 - Tipo de material

4.3.4 Tipos de pesquisa na Intranet e Biblioteca Virtual feitas pelos usuários

A Biblioteca Virtual é um produto e/ou serviço que tem a responsabilidade de

disponibilizar a legislação e a doutrina. Inicialmente, era disponibilizada apenas em

pastas públicas no correio eletrônico viabilizando o acesso à mesma nas

dependências da Justiça do Trabalho da 4ª Região e remotamente através da

Internet. Atualmente, também está disponível através da Intranet.

Através do questionário buscou-se identificar quais assuntos que os usuários

gostariam que fossem abordados pela Biblioteca Virtual na Intranet.

Verificou-se que na parte da LEGISLAÇÃO: 100% (2) dos juízes, 100% (4)

dos assessores e 82% (14) dos assistentes consideram importante a

disponibilização da Legislação Federal. Na parte da JURISPRUDÊNCIA: 100% (2)

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114

dos juízes, 100% (4) dos assessores e 53% (9) dos assistentes consideram

importante a disponibilização da Jurisprudência do TST. Assim sendo, o SDOC em

legislação deverá continuar a disponibilizar a Legislação Federal, embora está

encontre-se disponível em diversos sites do governo. E na parte da Jurisprudência

deverá ampliar as buscas, disponibilizando informações sobre a jurisprudência do

TST.

TIPOS DE PESQUISA

Nível Juízes Assessores Assistentes

Municipal 25% 47% Estadual 50% 71% Federal 100% 100% 82% Artigos 100% 75% 65% Livros 50% 100% 76%

LEG

ISLA

ÇÃ

O

Monografias 50% 50% 29% TRT4 50% 75% 59% TRT´s 50% 25% 24% Tribunais Superiores 100% 50% 35% STF 100% 100% 47% STJ 100% 75% 35%

JUR

ISP

RU

NC

IA

TST 100% 100% 53% Tabela 8 - Tipos de pesquisa

Page 115: ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE …siabi.trt4.jus.br/biblioteca/acervo/Produção Intelectual/98578.pdf · ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

115

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ST

J

TS

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TIPO DE PESQUISASJuízes

Assessores

Assistentes

Gráfico 9 - Tipos de pesquisa

Fontes de informação e serviços e produtos utilizados pelos usuários do

SDOC que atuam no processo judicial.

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116

4.4 PRODUTOS E SERVIÇOS DO SDOC X PROCESSO JUDICIAL DO TRT4

Conforme descrito nos capítulos anteriores os serviços e os produtos do

SDOC destinam-se a ampliar as fontes de informação e de conhecimento utilizados

pelos usuários do SDOC que atuam no processo judicial do TRT4.

Desta forma, o Quadro 14 - Serviços e Produtos do Sdoc X Processo Judicial

do TRT4 exemplifica em que etapas da Fase Recursal do Processo Judicial no TRT4

são utilizadas determinadas etapas dos Serviços do SDOC e quais os Produtos dos

Serviços do SDOC utilizados pelos usuários que atuam no processo judicial do

TRT4.

Page 117: ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE …siabi.trt4.jus.br/biblioteca/acervo/Produção Intelectual/98578.pdf · ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

117

ETAPA DA FASE RECURSAL DO

PROCESSO JUDICIAL NO TRT4

TIPOS DE SERVIÇOS

DO SDOC

ETAPAS DOS

SERVIÇOS DO SDOC

PRODUTOS DOS

SERVIÇOS DO SDOC

SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO

empréstimo domiciliar; empréstimo inter-bibliotecas;

empréstimmo da obra

SERVIÇO DE ATENDIMENTO E

PESQUISA

atendimento, consulta local; acesso a bases de dados em rede - gerenciadas pelos softwares Winisis; acesso a bases de dados em Cd-rom; acesso a bases de dados locais e em Cd-rom´s; acesso a bases de dados via Correio eletrônico, Intranet e Internet; instruções para uso das bases de dados orientação para uso das fontes de referência jurídico-trabalhistas;

levantamento bibliográfico – impresso e por correio eletrônico; envio de resultado de pesquisas por correio eletrônico, fax, malote.

GABINETE DO JUIZ-RELATOR

REVISÃO

SESSÃO DE JULGAMENTO

LAVRATURA DO ACÓRDÃO

PUBLICAÇÃO DA DECISÃO

(ACÓRDÃO)

DISPONÍVEL PARA CONSULTA NA

INTRANET E INTERNET

SERVIÇO DE NOTIFICAÇÃO

CORRENTE

acesso as legislações mais utilizadas na Biblioteca Virtual, a qual encontra-se nas pastas públicas do Outlook – correio eletrônico - e Intranet DSI, disseminação de informação jurídica - atualização legislativa, conforme área de interesse para o julgamento dos processos, feita, diariamente, por correio eletrônico; solicitações de pesquisas via telefone, fax, correio eletrônico ou malote;

boletins de legislação; alerta legislativo – diariamente são enviadas por correio eletrônico as novas legislações, comutação bibliográfica;

Quadro 14 - Serviços e Produtos do Sdoc X Processo Judicial do TRT4

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118

Nas etapas da Fase Recursal do processo judicial no TRT4: gabinete do juiz-

relator, revisão, sessão de julgamento, lavratura do acórdão, publicação da decisão

(acórdão), disponível para consulta na Intranet e Internet, são utilizados os Tipos de

Serviços do SDOC Serviço de Empréstimo Serviço de Atendimento e Pesquisa

Serviço de Notificação Corrente e, obtidos como Produtos destes Serviços:

levantamento bibliográfico – impresso e por correio eletrônico; envio de resultado de

pesquisas por correio eletrônico, fax, malote; boletins de legislação; alerta legislativo

– diariamente são enviadas por correio eletrônico as novas legislações, comutação

bibliográfica, etc.

Os Serviços de: Gerenciamento de Informação e Acervo Documental e os

Serviços Administrativos servem de base para que os demais serviços possam ser

realizados.

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119

4.5 MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO RELACIONADOS AO

PROCESSO JUDICIAL

Os mapas do conhecimento e informação foram compostos seguindo-se as

seguintes etapas de Probst, Raub, Romhardt (2002, p.69)

a) Identificação dos processos intensivos em conhecimento:

no TRT4 o processo judicial foi identificado na figura 10;

b) Localização dos ativos de conhecimento e detentores de

conhecimento que são relevantes: foram mapeadas as

fontes de informação e de conhecimento vivas na figura 30.

E para Costa e Krücken (2004) na representação visual do conhecimento

identificam-se dois momentos:

a) o processo de desenvolvimento da representação:

representado pelos itens 4.1 até 4.4;

b) o produto - a representação gráfica - que atua como guia

para análise crítica e suporte a tomada de decisões: os

mapas foram feitos a partir da comparação, adaptação da

literatura e da observação, análise dos questionários e

conversas. Representados pelos itens 4.5.1 e 4.5.2.

4.5.1 Mapa de fontes vivas de informação e conhecimento complementar

Durante o processo judicial pode-se verificar que o conhecimento é gerado

em etapas semelhantes às da Espiral do conhecimento proposto por Nonaka e

Takeuchi (1997):

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120

a) Internalização: (conversão do conhecimento explícito em

conhecimento tácito) o Gabinete recebe o processo, lê,

interpreta que direitos estão sendo solicitados, verifica se

existem outros processos do juiz sobre este assunto,

pesquisa jurisprudência e legislação para a interpretação de

conhecimentos explícitos em livros, manuais, normas,

mensagens e documentos diversos, que estão presentes

em produtos, serviços, modelos e padrões em uso na

instituição;

b) Socialização (conversão, o compartilhamento do

conhecimento tácito em conhecimento tácito) o juiz e os

servidores utilizam-se de conversas entre colegas para

compartilhar conhecimentos e experiências sobre o assunto

do processo que deverá ser decidido;

c) Externalização (conversão do conhecimento tácito em

conhecimento explícito) o juiz e os servidores elaborm um

projeto de voto;

d) Combinação (conversão do conhecimento explícito em

conhecimento explícito) o juiz e os servidores compartilham

o projeto de voto com os demais colegas e o transformam

em voto.

Assim sendo, após a identificação das necessidades de informação e

conhecimento dos usuários é possível uma adaptação do Mapa de fontes de

conhecimento de Probst (2002, p.68). No lugar de nomes de pessoas, devido à

impessoalidade da pesquisa, optou-se por colocar o nome dos cargos. Neste mapa

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121

parte-se do Centro para fora. Desta forma, este mapa é útil para se verificar a

prioridade (vetor/direção) de busca de conhecimentos para cada Gabinete.

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122

Figura 7 - Mapa de Fontes Vivas de informação de conhecimento complementar

Fonte: Adaptado de Probst (2002, p.68)

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123

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124

NIVEIS DE BUSCA DA INFORMAÇÃO

COMPOSIÇÃO

PROCEDIMENTO DE BUSCA

DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

O QUE BUSCA

I

(Gabinete do Juiz)

Cada Gabinete é formado por oito (8) assistentes, um (1) assessor e um (1) juiz

Neste nível, ao receber um processo o assistente verifica se já existem decisões do Juiz (do seu gabinete) sobre este assunto, não localizando ele parte para o II Nível - a Turma; Aqui é importante ressaltar que as decisões podem ser tanto decisões explícitas, que estão no JUS4 – sistema de informática que contém acórdãos dos juízes, quanto posicionamentos que ainda não foram explícitos, mas que são conhecidos através de conversas com o Juiz e o Assessor

decisões de seu juiz;

II

(Gabinetes de Juízes da mesma

Turma)

Cada Turma é formada por quatro (4) gabinetes

Neste nível, ao receber um processo, o usuário pode conversar com colegas de outros Gabinetes, etc., procurando assim decisões de outros juízes de sua Turma

decisões dos juízes da sua Turma

III

TRT4R

O TRT4R é formado por oito (8) turmas

Neste nível, ao receber um processo, e verificar que é um assunto novo ou é um assunto polêmico, etc. o usuário pode procurar pesquisar qual a posição dos demais juízes do TRT, dirigindo-se ao Diretor do SDOC, aos assessores de outros juízes, etc.

decisões dos demais juízes do TRT4

IV

Outros Tribunais e outros Órgãos

Públicos

Alguns Tribunais consultados são: TRT´s, TST, STF, TJ´s, TRF´s

Neste nível, o usuário busca informações junto aos Diretores de SDOC´s, Jurisprudência, Assessores de Gabinetes de juízes e Ministros

Decisões, jurisprudência, legislação e doutrina em outros Tribunais e/ou outros órgãos

Quadro 15 - Fontes Vivas de informação de conhecimento complementar

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125

4.5.2 Mapa de fontes de informação e de conhecimento

O Mapa da Figura 9 - Fontes de informação e de conhecimento une a GI e

GC para orientar as buscas de Conhecimento e Informação por parte do SDOC.

Page 126: ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE …siabi.trt4.jus.br/biblioteca/acervo/Produção Intelectual/98578.pdf · ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

126

Figura 8 - Mapa de fontes de informação e conhecimento do TR4

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127

O Quadro 16 - Fontes de informação e de conhecimento demonstra como a

Conhecimento e Informação estão presentes nas buscas de de Conhecimento e

Informação feitas pelo SDOC para orientar seus usuários.

NÍVEIS

TIPO DE FONTE

ESPECIFICAÇÃO DA FONTE

Formas de obtenção do conhecimento

Contatos Informais, Conversas com colegas de gabinete, Conversas com colegas de TRT4, Conversas com pesquisadores, Noticiários, Cursos e Palestras, Congressos, Seminários, Encontros Científicos

2º Pesssoas detentoras de conhecimento

Presidente, Corregedor, Tribunal Pleno, DGCA, RH, Gabinetes, Turmas, SDC, SDI, Órgão Especial, SDOC

3

FO

NT

E D

E C

ON

HE

CIM

EN

TO

Assuntos dos documentos primários definidos pela competência de cada cargo/setor – embasamento legal

RIn art. 39 – 40, Rin art. 47, Rin art. 24, L 8112/91, CF/88 art. 37-41, CF/88 art. 114, CLT, Rin art. 37, Rin art. 30, Rin art. 32, Rin art. 25, Portaria 1192/94

4º) Registro do Conhecimento/ Informação registrada (Documentos primários)

Portarias, Provimentos portaria ou despacho, RA´s, Processos Administra-tivos, Voto, Acórdãos, Dissídios, Súmulas, Precedentes

5º) Registro do Conhecimento/ Informação registrada (Documentos secundários)

Legislação: Coletâneas de Legislação, Federal, Estadual, Municipal; Doutrina: Artigos, Livros, Monografias; Jurisprudência: Coletâneas de Jurisprudência, TRT4, TRT´s, Tribunais Superiores, STF, STJ, TST, Bases de Dados Institucionais;

6º)

FO

NT

E D

E IN

FO

RM

ÃO

Registro do Conhecimento/ Informação registrada (Documentos terciários)

CD´rom´s, E-mail´s, Intranet, Internet.

Quadro 16 - Fontes de informação e de conhecimento

Assim sendo, ao receber uma solicitação de pesquisa o servidor do SDOC

deve ter conhecimento de quais fontes de informação tratam sobre quais

conhecimentos. Exemplo: ao receber uma solicitação de um Gabinete sobre

competência da Justiça do Trabalho para julgar deteminado assunto, o servidor

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128

deverá saber que este assunto tem como embasamento legal a CF/88 art. 114 e a

CLT, e que os documentos que registram tais informações são os votos, acórdãos,

dissídios e estão presentes na jurisprudência, a qual está acessível em coletâneas

de jurisprudência, etc. através das Bases de Dados institucional, cd-rom´s, Intranet e

Internet.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desta pesquisa foi mapear informações e conhecimentos

necessários aos juízes do TRT4 para tomada de decisões nos processos judiciais,

com vistas a criação de instrumentos gerenciais estratégicos para o SDOC do TRT4

desenvolver e aprimorar produtos e serviços que atendam a demanda

organizacional de maneira mais qualificada foi atendido a medida que houve a

criação dos mapas. A aplicação destes mapas no desenvolvimento e

aprimoramento de produtos e serviços será uma etapa a ser desenvolvida e

analisada posteriormente.

Esta pesquisa exploratória, descritiva de cunho qualitativo, teve como

procedimento a técnica do “estudo de caso”, desenvolvida no SDOC do TRT4.

Para responder a questão principal de pesquisa: QUAIS INFORMAÇÕES E

CONHECIMENTOS SÃO NECESSÁRIOS AOS JUÍZES DO TRT4 PA RA TOMADA

DE DECISÕES NOS PROCESSOS JUDICIAIS, COM VISTAS A C RIAÇÃO DE

INSTRUMENTOS GERENCIAIS ESTRATÉGICOS PARA O SDOC DO TRT4

DESENVOLVER E APRIMORAR PRODUTOS E SERVIÇOS QUE ATE NDAM A

DEMANDA ORGANIZACIONAL DE MANEIRA MAIS QUALIFICADA? foram

estabelecidos os seguintes objetivos específicos: a) foi identificado o ciclo do

processo judicial no TRT4; b) foram identificadas as necessidades de informação e

de conhecimento para subsidiar a tomada de decisões dos juízes, c) foram

identificadas as fases do processo judicial e quais serviços e produtos do SDOC são

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130

utilizadas nestas fases e d) foram elaborados os mapas de informação e de

conhecimento relacionados ao processo judicial.

Considerando a pesquisa feita se pode chegar as seguintes conclusões:

a) Com relação ao ciclo do processo judicial no TRT 4?

A análise dos dados do Relatório anual de 2004 demonstrou que os usuários

prioritários, os gabinetes dos juízes do TRT4, foram os que mais utilizaram os

serviços do SDOC: 41% dos gabinetes. Cada um dos gabinetes dos juízes do TRT4

é composto por: um (1) juiz, um (1) assessor e seis (6) assistentes.

Diariamente são distribuidos para os gabinetes os processos judiciais

recebidos no TRT4. Na resolução dos processos cada juiz é auxiliado por um

assessor o qual administra os recursos humanos do gabinete e, em muitos casos,

revisa a propostas de voto analisadas e emitidas por cada assistente.

Considerando estes usuários a principal Fase do Processo Judicial é a Fase

Recursal no TRT4. Esta Fase tem como principais etapas: Autuação e Revisão no

TRT, Distribuição, Remessa, Gabinete do Juiz-Relator, Revisão, Sessão de

Julgamento, Lavratura do Acórdão, Em Secretaria, Publicação da Decisão

(Acórdão), Disponível para Consulta na Intranet e Internet.

b) Com relação às necessidades de informação e de c onhecimento dos

usuários do SDOC que atuam no processo judicial?

A partir destes questionários foi possível verificar: a) o perfil dos usuários, b)

as áreas de interesse dos usuários, c) as fontes de Informação e de conhecimento

utilizadas pelos usuários, d) os tipos de pesquisa na Intranet e Internet feitas pelos

Page 131: ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE …siabi.trt4.jus.br/biblioteca/acervo/Produção Intelectual/98578.pdf · ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

131

usuários e assim mapear as necessidades de informação e conhecimento dos

usuários prioritários.

Para definir-se o perfil dos usuários dos gabinetes fizeram 4 (quatro)

perguntas relacionadas: a) tempo de serviço, b) formação acadêmica, c) formação

complementar e d) se foram palestrantes em eventos.

Com relação ao tempo de serviço no TRT4 foi registrado que: 100% (2) dos

juízes, que responderam ao questionário, têm entre 1 a 5 anos de tempo de serviço

no TRT4; a maioria dos assessores (50% - 2) têm entre 10 a 15 anos e que a

maioria dos assistentes (47% - 8) têm entre 15 a 20 anos, desta forma, detêm um

grande conhecimento tácito, baseado na experiência profissional.

Quanto à formação acadêmica foi registrado que: a metade dos juízes (50% -

1) e a metade dos assessores (50% - 2) têm cursos de especialização ao passo que

a minoria dos assistentes (12% - 2) têm cursos de especialização. Desta forma, o

conhecimento formal adquirido por juízes e assessores é maior do que a dos

assistentes.

Quanto à formação complementar foi registrado que: todos os juízes

freqüentam cursos de formação complementar para atualização profissional, o que

cai para 25% (1) entre os assessores e 24% (4) entre os assistentes. Desta forma, o

conhecimento formal e a atualização profissional adquiridos por juízes é maior do

que , o conhecimento formal e a atualização profissional adquiridos por assessores e

por assistentes.

Quanto ao fato de ser palestrante em eventos foi registrado que: 100% (2)

dos juízes costumam ser palestrante em eventos ao passo que nenhum dos

assessores (0) e nenhum dos assistentes (0) costumam ser palestrante em eventos.

Page 132: ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE …siabi.trt4.jus.br/biblioteca/acervo/Produção Intelectual/98578.pdf · ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

132

Desta forma, a análise destes dados permite constatar que este item pode ser até

um reflexo ou uma conseqüência dos itens anteriores.

As áreas de maior interesse dos usuários são Direito do Trabalho, 100% (2)

dos juízes, assessores e assistentes responderam que esta é a principal área de

interesse, seguida pela área de Processo do Trabalho, 100% (2) dos juízes e 100%

(4) dos assessores e 88% (15) dos assistentes.

Estes dados confirmam o conhecimento que se tem de que os maiores

investimentos em aquisição de materiais devem ser nestas áreas: Direito e Processo

do Trabalho.

Para analisar os tipos de fontes de informação e conhecimento mais utilizadas

pelos usuários diviram-se os tipos de fontes em formatos: a) impressos, b)

eletrônicos, c) mídia e d) presenciais.

a) Impressos: dentre as fontes impressas a mais utilizada pelos

usuários são os livros especializados. 100% (2) dos juízes, 75%

(3) dos assessores e 59% (10) dos assistentes utilizam esta

fonte;

b) Eletrônicos: dentre as fontes eletrônicas a mais utilizada pelos

usuários são os recursos internos do TRT4. 50% (2) dos juízes,

75% (3) dos assessores e 82% (14) dos assistentes utilizam

esta fonte;

c) Mídia: dentre as fontes oferecidas pela mídia a mais utilizada

pelos usuários são os noticiários – TV. 50% (2) dos juízes, 75%

(3) dos assessores e 88% (15) dos assistentes utilizam esta

fonte;

Page 133: ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE …siabi.trt4.jus.br/biblioteca/acervo/Produção Intelectual/98578.pdf · ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

133

d) Presenciais: dentre as fontes presenciais as mais utilizada pelos

usuários são as conversas com colegas de gabinete. 100% (2)

dos juízes, 75% (3) dos assessores e 88% (15) dos assistentes

utilizam esta fonte.

A análise destes dados permite constatar que livros especializados, recursos

internos do TRT4 (Intranet, pastas públicas do correio eletrônico, etc), noticiários –

TV e conversas com colegas de gabinete são as fontes de informação e de

conhecimento mais utilizadas pelos usuários: juízes, assessores e assistentes.

Através do questionário buscou-se identificar quais assuntos que os usuários

gostariam que fossem abordados pela Biblioteca Virtual na Intranet.

Verificou-se que na parte da LEGISLAÇÃO: 100% (2) dos juízes, 100% (4)

dos assessores e 82% (14) dos assistentes consideram importante a

disponibilização da Legislação Federal. Na parte da JURISPRUDÊNCIA: 100% (2)

dos juízes, 100% (4) dos assessores e 53% (9) dos assistentes consideram

importante a disponibilização da Jurisprudência do TST. Assim sendo, o SDOC em

legislação deverá continuar a disponibilizar a Legislação Federal, embora está

encontre-se disponível em diversos sites do governo. E na parte da Jurisprudência

deverá ampliar as buscas, disponibilizando informações sobre a jurisprudência do

TST.

c) Com relação aos Produtos e Serviços do SDOC que são utilizados nas

fases do Processo Judicial do TRT4?

Os serviços e os produtos do SDOC destinam-se a ampliar as fontes de

informação e de conhecimento utilizados pelos usuários do SDOC que atuam no

processo judicial do TRT4.

Page 134: ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE …siabi.trt4.jus.br/biblioteca/acervo/Produção Intelectual/98578.pdf · ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

134

Nas etapas da Fase Recursal do processo judicial no TRT4: gabinete do juiz-

relator, revisão, sessão de julgamento, lavratura do acórdão, publicação da decisão

(acórdão), disponível para consulta na Intranet e Internet, são utilizados os Tipos de

Serviços do SDOC Serviço de Empréstimo Serviço de Atendimento e Pesquisa

Serviço de Notificação Corrente e, obtidos como Produtos destes Serviços:

levantamento bibliográfico – impresso e por correio eletrônico; envio de resultado de

pesquisas por correio eletrônico, fax, malote; boletins de legislação; alerta legislativo

– diariamente são enviadas por correio eletrônico as novas legislações, comutação

bibliográfica, etc.

Os Serviços de: Gerenciamento de Informação e Acervo Documental e os

Serviços Administrativos servem de base para que os demais serviços possam ser

realizados.

d) Com relação a elaboração dos mapas de informaçõe s e

conhecimentos relacionados ao processo judicial?

As representações podem atuar eficazmente como subsídio para a melhoria

processos relacionados com tomada de decisões estratégicas sobretudo no

desenvolvimento de uma visão compartilhada de suas competências e estratégias.

Mapas de Conhecimento segundo Eppler apud Probst, Raub, Romhardt

(2002, p.67): “são representações gráficas de especialistas, ativos de conhecimento,

fontes de conhecimento, estruturas de conhecimento ou aplicações do

conhecimento.”

Mapas de fontes de conhecimento: são mapas de conhecimento que mostram

quais pessoas em uma equipe, uma organização ou no ambiente externo podem

contribuir com conhecimento importante para tarefas específicas;

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135

Neste estudo elaboraram-se dois mapas de fontes:

a) Mapa de Fontes Vivas de informação de conhecimento

complementar da Figura 8: mostra os níveis de busca da

informação: I (Gabinete do Juiz), II (Gabinetes de Juízes da

mesma Turma), III TRT4R, IV Outros Tribunais e outros

Órgãos Públicos, serve para orientar os servidores do

SDOC em sua busca de informações e conhecimentos para

os usuários que atuam no processo judicial;

b) Mapa de fontes de informação e de conhecimento da

Figura 9 une a GI e GC para orientar as buscas de

Conhecimento e Informação por parte do SDOC. Desta

forma, ao receber uma solicitação de pesquisa o servidor do

SDOC deve ter conhecimento de quais fontes de

informação tratam sobre quais conhecimentos.

Ao final da análise destes quatro itens, pode-se inferir que:

a) Desenvolver competências para trabalhar informações e

conhecimentos é um requisito básico para os servidores do

SDOC;

b) Elaborar mapas para registrar o conhecimento traz

benefícios como: compartilhamento de informações e

conhecimentos que antes eram de domínio pessoal e

ampliação dos conhecimentos dos conhecimentos devido

as discussões para elaboração dos mapas.

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136

A partir dos resultados, conclui-se que o uso de mapas do conhecimento é

adequado para dar suporte ao processo de criação de produtos e serviços e como

instrumento gerencial estratégico para o SDOC.

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GLOSSÁRIO

Prestação Jurisdicional – diz-se do ato através do qual o Estado, pelo Poder

Judiciário, soluciona os conflitos de interesses entre as partes, aplicando a lei ao

caso objeto do litígio. (NEVES, 1990, p. s.n.)

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APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Roteiro de entrevista A - CARACTERIZAÇÃO DO USUÁRIO 1. Lotação: [ ] Gabinete 201 [ ] Gabinete 202 [ ] Gabinete 203 [ ] Gabinete 204 [ ] Gabinete 205 [ ] Gabinete 206 [ ] Gabinete 207 [ ] Gabinete 208 [ ] Gabinete 209 [ ] Gabinete 210 [ ] Gabinete 301 [ ] Gabinete 302 [ ] Gabinete 701 [ ] Gabinete 702 [ ] Gabinete 703 [ ] Gabinete 704

[ ] Gabinete 705 [ ] Gabinete 706 [ ] Gabinete 707 [ ] Gabinete 708 [ ] Gabinete 709 [ ] Gabinete 710 [ ] Gabinete 801 [ ] Gabinete 802 [ ] Gabinete 803 [ ] Gabinete 804 [ ] Gabinete 805 [ ] Gabinete 806 [ ] Gabinete 807 [ ] Gabinete 808 [ ] Gabinete 809 [ ] Gabinete 810

2. Tempo de serviço no Tribunal [ ] menos de 1 ano [ ] 1 a 5 anos [ ] 5 a 10 anos [ ] 10 a 15 anos [ ] 15 a 20 anos [ ] 20 anos ou mais 3. Categoria [ ] magistrado [ ] servidor 4. Caso seja servidor, favor indicar a função: [ ] Assessor [ ] Assistente [ ] Outro _________________________________

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5. Formação [ ] superior incompleto [ ] superior completo [ ] pós-graduação indicar o nível e o curso [ ] especialização_________________________________ [ ] mestrado_________________________________ [ ] doutorado_________________________________ 6. Formação complementar: [ ] outros cursos _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 7. Foi palestrante em algum evento? Indicar o nome e data do evento. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ B - ÁREAS DE INTERESSE 8. Que áreas do Direito são de seu interesse para m anter-se atualizado? [ ] Direito Constitucional [ ] Direito Civil [ ] Direito do Trabalho [ ] Direito Processo Civil [ ] Direito Processo do Trabalho [ ] Direito Administrativo [ ] Direito Público [ ] Outro(s)___________________________________________________________ C - FONTES DE INFORMAÇÃO / CONHECIMENTO 9. Como você se atualiza sobre a sua área de atuaçã o?

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147

F

OR

MA

TO

ITEM A

ASSINALAR

FONTE DE

INFORMAÇÃO/CONHECIMENTO

ESPECIFICAR OS TÍTULOS / AUTORES

DE PREFERÊNCIA

[ ] Revistas e jornais de conhecimento geral

[ ] Revistas e jornais especializados

[ ] Artigos especializados

IMP

RE

SS

OS

[ ] Livros especializados

[ ] Bases de dados

[ ] Consulta a Órgãos Gov.

[ ] Sites de noticias

[ ] E-mail

ELE

TR

ÔN

ICO

S

[ ] Recursos internos ao TRT

[ ] Noticiários – rádio

[ ] Noticiários – TV

[ ] Programas (documentários e entrevistas) – TV

MÍD

IA

[ ] Material publicitário

[ ] Consulta a serviços de informação

[ ] Congressos, seminários, encontros científicos

[ ] Cursos e palestras

[ ] Conversas com outros colegas

[ ] Conversas com colegas de gabinete

[ ] Conversas com pesquisadores/ professores (especialistas)

PR

ES

EN

CIA

IS

[ ] Reuniões internas

[ ] Outra opção. Qual?

10. Enumere como 1º, 2º, 3º,....o lugar onde você c ostuma buscar a informação

que precisa? [ ] Internet. Que sites você costuma visitar? Por quê?__________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ [ ] Intranets. Quais? Por quê?_____________________________________________ _____________________________________________________________________ [ ] Bibliotecas. Quais? Por quê?___________________________________________ _____________________________________________________________________ [ ] Outlook (Biblioteca Virtual). Por quê?____________________________________ _____________________________________________________________________

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148

[ ] Gabinete? Que obras ou fontes? Por quê?________________________________ _____________________________________________________________________ [ ] Acervo pessoal? Por quê?_____________________________________________ _____________________________________________________________________ [ ] Outros. Quais? Por quê?______________________________________________ 11. Com que freqüência você consulta/busca essas in formações? [ ] Diariamente [ ] Semanalmente [ ] 1 vez por semana [ ] 2 vezes por semana [ ] 3 vezes por semana [ ] quinzenal [ ] Mensalmente [ ] Outro(s)___________________________________________________________ 12. Você costuma discutir com outras pessoas sobre progressos e dificuldades

relativas a busca de informação? [ ] Não [ ] Sim. Em caso positivo, quais algumas das dificuldades encontradas e como você

gostaria que fossem disponibilizadas estas informações?

_____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ D–PESQUISA NA INTRANET E INTERNET 13. Quais os assuntos que você gostaria que fossem abordados pela Biblioteca

Virtual na Intranet? [ ] Legislação. Quais? [ ] Municipal. De que municípios?___________________________________

[ ] Estadual. [ ] RS [ ] Outro(s) Estados?__________________________ [ ] Federal [ ] Outra(s)?___________________________________________________

[ ] Doutrina. Quais? [ ] Nacional [ ] Estrangeira

[ ] Artigos [ ] Livros [ ] Monografias [ ] Outra(s)?_______________________________________________

[ ] Jurisprudência.

De que tribunais? [ ] TRT4 [ ] TRT´s. Quais?_________________________________________________

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149

[ ] Tribunais Superiores [ ] STF [ ] STJ [ ] TST [ ] Outro(s)?_____________________________________________________

[ ] Outro(s) assuntos? __________________________________________________

_________________________________________________________ 14. Quando você consulta sites na Internet, quais o s escolhidos? [ ] qualquer site [ ] de autores conhecidos [ ] governamentais [ ] Outro(s). Indique ____________________________________________________ 15. Ao consultar fontes de informação na Internet, qual formato de estruturação

lhe é mais agradável/confortável? [ ] Em grandes áreas (Exemplo: Legislação, Doutrina, Jurisprudência.) [ ] Em grandes áreas com subdivisões hierárquicas (Exemplo: Legislação – Leis, Decretos, Legislação Internacional; Doutrina – Artigos, livros; Jurisprudência – TST, STF) 16. Sugestões: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________

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150

APÊNDICE B – ESTRUTURA DA PESQUISA

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151

TÍTULO: MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO DO PROCESSO JUDI CIAL COMO

INSTRUMENTO GERENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO E O AP RIMORAMENTO DE

PRODUTOS E SERVIÇOS DE UNIDADES DOCUMENTÁRIAS JURÍD ICAS: O CASO DO SERVIÇO

DE DOCUMENTAÇÃO DO TRIBUNAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃ O.

OBJETIVO GERAL

QUESTÃO PRINCIPAL DE PESQUISA

Mapear informações e conhecimentos

necessários aos juízes do TRT4 para tomada de

decisões nos processos judiciais, com vistas à

criação de instrumentos gerenciais estratégicos

para o SDOC do TRT4 desenvolver e aprimorar

produtos e serviços que atendam a demanda

organizacional de maneira mais qualificada.

Quais informações e conhecimentos são

necessários aos juízes do TRT4 para tomada

de decisões nos processos judiciais, com vistas

a criação de instrumentos gerenciais

estratégicos para o SDOC do TRT4

desenvolver e aprimorar produtos e serviços

que atendam a demanda organizacional de

maneira mais qualificada?

⇓ ⇓

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

QUESTÕES ESPECÍFICAS

ANÁLISE (CAP.4)

4.1 A caracterização do SDOC do TRT4

1 identificar o ciclo do processo

judicial no Tribunal Regional do

Trabalho da 4ª Região (TRT4)

Qual o ciclo do processo judicial no TRT4?

4.2 Ciclo do processo judiciário TRT4

2 identificar as necessidades de

informação e de conhecimento

dos usuários do SDOC que

atuam no processo judicial

Quais as necessidades de informação e de conhecimento dos usuários do SDOC que atuam no processo judicial?

4.3 Necessidades de Informação e Conhecimento

3 identificar as fases do

processo judicial e quais

serviços e produtos do SDOC

são utilizadas nestas fases

Quais Serviços e Produtos do SDOC são utilizados nas fases do Processo Judicial do TRT4?

4.4 Serviços e Produtos do SDOC X Processo Judicial do TRT4

4 elaborar mapas de

informações e conhecimentos

relacionados ao processo

judicial

Como elaborar mapas de informações e conhecimentos relacionados ao processo judicial?

4.5 Mapas de informação e de conhecimento do processo judicial

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1º Formas de obtenção do conhecimento

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------2º Pessoas detentoras de conhecimento

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------3º Assuntos dos documentos Primários definidos pela competência de cada cargo/ setor – embasamento legal

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------4º Registro do conhecimento/ Informação registrada (documentos primários)

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------5º Registro do conhecimento/ Informação registrada (documentos secundários)

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------4º Registro do conhecimento/ Informação registrada

MAPA DE FONTES DE INFORMAÇÃO E DE CONHECIMENTOTRT4

Presidente CorregedorTribunalPleno

DGCA,RH

Gabinetes TurmasSDC,SDI

ÓrgãoEspecial SDOC

Rin art.39-40

Rin art.47

Rin art.24

L 8112/91,CF/88 art.

37-41

CF/88 art.114CLT

Rin art.37

Rin art.30, 32

Rin art.25

Portaria1192/94

PortariasProvimentosPortaria oudespacho

RA´s ProcessosAdministrativos Voto Acórdão Dissídios Súmulas Precedentes

LegislaçãoColetâneas

FederalEstadualMunicipal

DoutrinaArtigosLivros

Monografias

JurisprudênciaTRT4TRT´sSTFSTJTST

Bases de Dados

InstitucionaisCD´roms´s E-mail´s Intranet Internet

ContatosInformais

Conversascom

colegas deGabinete

ConversasCom

Colegas doTRT4

ConversasCom

pesquisadoresNoticiários

Cursose

Palestras

Congressos,SemináriosEncontrosCientíficos

Figura 8 - Mapa de fontes de informação e conhecimento do TRT4

Page 153: ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE …siabi.trt4.jus.br/biblioteca/acervo/Produção Intelectual/98578.pdf · ADRIANA GODOY DA SILVEIRA SARMENTO MAPAS DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

Nível I - Gabinete 1

Nível II – Turma A

Nível III – TRT4

Nível IV – Outros Tribunais

Gabinete 1 Gabinete 4

Presidente

DiretorSDOCTRT1

Gabinete 2 Gabinete 3

Turma A

Turma B

Turma C

Turma D

Turma E

Turma F

Turma G

Turma H

InformáticaSDOC

Corregedor

Diretor Tribunal Pleno

Assistente 1

Assistente 2

Assistente 3

Assessor

JUIZ Assistente 4

Assistente 5

Assistente 6

Diretor Recursos Humanos

DGCA

DGCJ

SDI

SDCÓrgão

Especial

DiretorSDOCTRT2

DiretorSDOCTRT3

DiretorSDOCTRT5

DiretorSDOCTRT6

DiretorSDOCTRT7

DiretorSDOCTRT8DiretorSDOCTRT9

DiretorSDOCTRT10

DiretorSDOCTRT11

DiretorSDOCTRT12

DiretorSDOCTRT13

DiretorSDOCTRT14

DiretoresSDOC´s demais

TRT´s

DiretorSDOCTST Diretor

JurisprudênciaTST

PresidenteTST

CorregedorTST

AssessorGabinete A

TSTAssessor

Gabinete bTST

DiretorSDOCSTF

Diretor Jurisprudência

STF

PresidenteSTF

CorregedorSTF

AssessorGabinete A

STFAssessor

Gabinete BSTF

DiretorSDOCTJ-RS

DiretorSDOCTRF4

Nível INível IINível IIINível IV

Figura 7 - Mapa de Fontes Vivasde informação e de conhecimentoFonte: Adaptado de Probst (2002, p.68)