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(Adaptação da capa do livro)
(Adaptação da capa do livro)
O INCENTIVO NA PRÁTICA DE LEITURA DE ROMANCES BRASILEIROS NO ENSINO MÉDIO POR MEIO DA LITERATURA
CONTEMPORÂNEA
Secretaria de Estado da Educação
Superintendência da Educação Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE
Universidade Estadual de Londrina – UEL
Autora: Marta Biasi
PDE – Língua Portuguesa NRE – Apucarana
Orientadora: Ângela Maria Pelizer de Arruda
Londrina PDE 2010
APRESENTAÇÃO Professor(a)
O presente Caderno Pedagógico traduz a produção didático-metodológica do
projeto de intervenção intitulado “O incentivo na prática de leitura de romances brasileiros no Ensino Médio por meio da literatura contemporânea”. Apresenta
duas unidades com atividades sobre dois romances brasileiros contemporâneos: A
voz do poste, de Moacyr Scliar e Reunião de família, de Lya Luft.
Cada unidade com questões orais e escritas, interpretação e compreensão;
produção escrita e análise linguística, além de sugestões com atividades extras,
conforme as DCEs (2008), a prática da leitura da literatura: busca formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está presente na prática de leitura, tudo para que o aluno possa entender melhor as histórias lidas e interagir com elas.
Normalmente o romance brasileiro contemporâneo apresenta linguagem e
enredos mais próximos da realidade do aluno, por isso acreditamos que será mais
apropriado para despertar o interesse dele pela leitura e trazer, com o tempo,
resultados positivos para seu desempenho educacional.
Segundo as DCEs (2008): Mesmo vivendo numa época denominada “era da informação”, a qual possibilita acesso rápido à leitura de uma gama imensurável de informações, convivemos com o índice crescente de analfabetismo funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam baixo desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê.
Normalmente o romance brasileiro contemporâneo apresenta linguagem e
enredos mais próximos da realidade do aluno, por isso acreditamos que será mais
apropriado para despertar o interesse dele pela leitura e trazer, com o tempo,
resultados positivos para seu desempenho educacional.
Segundo Geraldi (2004), os livros oferecidos para leitura, na escola, muitas
vezes, não estão de acordo com o gosto, a vida dos jovens alunos, não se
identificam com os enredos apresentados, então nosso interesse pela leitura dos
romances brasileiros contemporâneos.
Oferecendo esse tipo de leitura para nosso aluno, significa que estaremos
ajudando-o a preparar-se para enfrentar a vida socialmente como um cidadão
crítico, entendendo o multiculturalismo de nosso país, preparar-se para o Enem e
vestibulares que fazem parte da vida deles no Ensino Médio. Além de ajudá-lo a
entender o universo das histórias ficcionais comparando-as com as que acontecem
na vida real aprimorando sua visão de mundo.
Lajolo (2004) afirma que o romance também traz conhecimento das
paisagens brasileiras: campo e cidade, litoral e interior, norte-sul-leste-oeste.
A leitura da literatura, segundo as DCEs, proporciona ao aluno uma análise,
criticando ou concordando, questionando e se auto-avaliando, podendo comparar-se
até com algum personagem da narrativa levando-o a uma reflexão sobre sua vida e
acima de tudo, elevando seu conhecimento literário, desenvolvendo suas
habilidades de escrita e compreensão.
Segundo Montenegro (1953), de todas as formas de arte, a literatura é a mais
significativa universalmente. O romance é a forma de arte de que o leitor participa
mais intimamente, pela liberdade de se rever nos personagens e por poder julgá-los
de forma deliciosamente pura.
Portanto, a escola, através do professor de Língua Portuguesa, oferecendo a
leitura de romances brasileiros contemporâneos a seus alunos, pode estimulá-los
por meio de práticas pedagógicas incentivadoras que este Caderno apresenta, a
tomarem gosto novamente para ler e praticar com prazer essa atividade e também
conscientizá-los da importante transformação que a leitura pode fazer na vida de
cada um, aprofundando a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade
estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita, segundo
as DCEs, além de prepará-los para leituras mais rebuscadas como por exemplo os
clássicos que muitos não conseguem entender a linguagem apresentada.
E ainda a avaliação da leitura que este caderno apresenta está baseada nas
DCEs que a traduz como: A avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja, uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Dessa forma, prioriza-se aqui o discurso, que é o conteúdo estruturante na
Língua Portuguesa e que entendemos como o resultado da interação – oral ou
escrita – entre sujeitos visando o diálogo entre autor/obra/leitor, enfatizando o
gênero romance e que proporciona o desenvolvimento intelectual, cultural, social de
nosso aluno, que é o nosso objetivo, através das práticas didático-pedagógicas.
A Autora.
Caro(a) estudante:
Esta atividade didático-pedagógica foi preparada com muito cuidado para
você. Apresenta duas unidades. A primeira com a leitura do romance A voz do
poste, de Moacyr Scliar e a segunda, Reunião de Família, de Lya Luft. Ambos com
linguagem próxima de vocês, enredos conhecidos; atividades de interpretação,
compreensão, escrita, análise lingüística e atividades extras, para auxiliá-los no
entendimento da obra e de nossa língua portuguesa.
Por meio das leituras e atividades sobre esses romances brasileiros
contemporâneos, acreditamos que vocês começarão a ter mais interesse pela leitura
desse gênero tão fascinante e que proporciona uma identificação com certos
personagens de seus enredos e acima de tudo aprimoram seu intelecto.
Você vai conhecer dois importantes autores de romances brasileiros
contemporâneos, vai se sensibilizar com as histórias que eles contam e poderão
também conhecer as outras que eles apresentam no mundo das leituras.
Então, estudante, participe com vontade, realize as atividades propostas,
interaja com o(a) professor(a), seus colegas e aumente seus conhecimentos para
poder participar, como pessoa crítica e ativa, da sociedade em que vive.
Muita paz !
A autora.
SUMÁRIO Introdução.....................................................................................................................8
Unidade 1..................................................................................................................11
Biografia do autor.......................................................................................................12
Sinopse da obra.........................................................................................................14
Oralidade em prática..................................................................................................15
Leitura em prática.......................................................................................................15
Algumas questões que exemplificam a leitura visual-interpretação...........................16
Algumas questões que exemplificam a leitura não visual-compreensão...................16
Atividade extra............................................................................................................17
A escrita em prática....................................................................................................17
Novamente praticando a oralidade.............................................................................18
Atividades extras........................................................................................................18
Análise lingüística.......................................................................................................18
Avaliação de leitura....................................................................................................20
Unidade 2..................................................................................................................21
Biografia da autora.....................................................................................................22
Sinopse da obra.........................................................................................................28
Oralidade em prática..................................................................................................29
Leitura em prática......................................................................................................29
Algumas questões que exemplificam a leitura visual-interpretação..........................30
Algumas questões que exemplificam a leitura não visual-compreensão...................30
A escrita em prática....................................................................................................31
A oralidade.................................................................................................................32
Análise lingüística......................................................................................................32
Atividades extras........................................................................................................33
Avaliação da leitura....................................................................................................33
Referências................................................................................................................35
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Introdução
Observamos com muita frequência, nas aulas de Língua Portuguesa, o
desinteresse que os alunos do Ensino Médio apresentam em relação à leitura de
romances brasileiros e estrangeiros.
Sabemos que nossos alunos vêm desde o início de seus estudos
estimulados a ler histórias. Muitos tomam gosto por contá-las, outros por representá-
las. E assim a maioria deles vai se tornando um leitor.
Entretanto, verificamos que, quando chegam ao Ensino Médio, já não dão
mais tanto valor pela leitura. Por que isso acontece?
As explicações deles são várias, e a que mais se evidencia em uma
observação pedagógica feita pelo professor é a de que simplesmente não gostam. E
quando da insistência do professor, muitos leem apenas o começo e o final apenas
do romance em estudo ou procuram pelo resumo na Internet, e outros simplesmente
se recusam realmente a ler.
O que teria levado esses jovens estudantes a perderem o interesse e
desvalorizarem tanto esse tipo de leitura se esta prática também é um dos meios
que pode proporcionar-lhes o desenvolvimento intelectual, social e cultural,
tornando-os críticos na sociedade em que vivem?
Sabemos que a era tecnológica surgiu para melhorar a vida do homem em
sociedade e no mundo. A gama de informações rápidas após um clique, muitas
vezes pode desmotivá-los na leitura de um livro que necessita de concentração e
vontade de ler.
Outro fator, segundo Lajolo (2002), vem do desencontro de expectativas da
linguagem usada no ensino da literatura. Ou seja, uma linguagem diferente da que o
jovem está acostumado.
Será que perderam a noção do significado de leitura por estarmos vivendo
em uma época em que tudo se modifica e se transforma rapidamente?
Talvez, o excesso de horas que um professor tenha que trabalhar, contribua
para que ele não seja um bom exemplo de leitor para seu aluno? Ou os pais dos
alunos, por terem que trabalhar, não estão dando todo o apoio necessário à
educação de seus filhos. Segundo Lajolo (2002), sua mãe lia histórias para ela e seu
pai declamava poesias quando ela era ainda pequena.
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Percebemos que quando o aluno recebe o apoio dos pais em casa mais
incentivo escolar, pode tornar-se um grande estudante e consequentemente um
leitor.
Freire (2009) diz que, quando criança, conseguia “ler”, ou seja, compreendia
seu mundo particular em que vivia e que foi ajudado por seus pais. Quando ele
entrou na escola já estava alfabetizado.
Observamos que o incentivo por parte dos professores para que os alunos
leiam é bastante significativo e importante.
Segundo Lajolo, (2002, p. 14),
Mas ouvir professores é tarefa de amor, como dizia Bilac a propósito de estrelas, pois talvez o professor seja peça secundária na escola de hoje e, consequentemente, sua voz se faça ouvir com timidez no que respeita aos destinos do texto literário em classe.
Podemos perceber que muitos jovens não foram estimulados por seus pais.
Pais que também não foram incentivados a valorizar a leitura ou pais que trabalham
o dia todo e deixam apenas para a escola a obrigação que também é deles.
Temos consciência de que não conseguiremos tornar um aluno leitor de um
dia para o outro. Mas é primordial que continuemos de diversas formas a incentivá-
los. Afinal eles estão na escola e nós professores educadores devemos ter
consciência de nosso papel em relação a eles. Mesmo quando não agem com
respeito e educação, devemos procurar resgatar esse aluno, pois a sensibilidade
existe em cada um e é isso também que devemos suscitar nesta época já que a luta
pela sobrevivência fez com que esse sentimento adormecesse .
Acreditamos que, para os alunos do Ensino Médio, é muito importante o ato
de ler romances. A leitura ajuda a desenvolver o raciocínio, a expressão oral, a
interpretação e a produção de textos entre outros, além do mais, é o momento em
que eles também estão se preparando para o vestibular ou para a realização do
ENEM e assim definirem sua vida profissional.
Ademais, a leitura de romances ajuda o aluno a entender o universo das
histórias ficcionais comparando-as com as que acontecem na vida real aprimorando
sua visão de mundo.
Lajolo (2004) afirma que o romance também traz conhecimento das
paisagens brasileiras: campo e cidade, litoral e interior, norte-sul-leste-oeste.
A leitura da literatura, segundo as DCEs, proporciona ao aluno uma análise,
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criticando ou concordando, questionando e se auto-avaliando, podendo comparar-se
até com algum personagem da narrativa levando-o a uma reflexão sobre sua vida e
acima de tudo, elevando seu conhecimento literário, desenvolvendo suas
habilidades de escrita e compreensão.
A escola, através do professor de Língua Portuguesa, pode estimular os
alunos com práticas pedagógicas incentivadoras a tomarem gosto novamente para
ler e praticar com prazer essa atividade e também conscientizá-los da importante
transformação que a leitura pode fazer na vida de cada um.
Segundo as DCEs,
[...] compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem.
Segundo Montenegro (1953), de todas as formas de arte, a literatura é a
mais significativa universalmente. O romance é a forma de arte de que o leitor
participa mais intimamente, pela liberdade de se rever nos personagens e por poder
julgá-los de forma deliciosamente pura.
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Biografia do autor:
Ele nasceu em Porto Alegre, estudou medicina, tornou-se especialista em
saúde pública, mas gostava tanto de escrever que logo tratou também de buscar
seus caminhos literários. Como ainda amava a profissão de médico, literatura e
ciência estrearam juntas na coletânea de contos História de um médico em
formação. E desde então, vinha escrevendo brilhantemente não só contos, mas
também crônicas, romances, ensaios e histórias destinadas ao público juvenil e
infantil. Já teve seus livros traduzidos e publicados em muitos países, recebeu
diversos prêmios literários importantes e era membro da Academia Brasileira de
Letras.
Filho de José e Sara Scliar, Moacyr nasceu no Bom Fim, Porto Alegre, no dia
23 de março de 1937, bairro que concentra a comunidade judaica. Alfabetizado pela
mãe, professora primária, a partir de 1943 cursou a Escola de Educação e Cultura,
daquela cidade, conhecida como Colégio Iídiche. Transferiu-se, em 1948, para o
Colégio Nossa Senhora do Rosário (católico).
Em 1963, após se formar pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
iniciou sua vida como médico, fazendo residência médica. Especializou-se no campo
da saúde pública como médico sanitarista. Iniciou os trabalhos nessa área em 1969.
Em 1970, frequentou curso de pós-graduação em medicina em Israel.
Posteriormente, tornou-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde
Pública. Foi professor da disciplina de medicina e comunidade do curso de medicina
da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
Moacyr Scliar era torcedor do Cruzeiro, de Porto Alegre. Devido a sua morte,
no dia 27 de fevereiro de 2011, os jogadores do Cruzeiro fizeram uma homenagem
para este torcedor-símbolo do clube, entrando de luto na partida contra o Grêmio,
neste mesmo dia, , que contou com um minuto de silêncio em homenagem a Scliar.
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Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios,
romances e literatura infanto-juvenil. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público
bastante amplo de leitores, e em 2003 foi eleito para a Academia Brasileira de
Letras, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários como o
Jabuti (1988, 1993 e 2009), o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) (1989)
e o Casa de las Américas (1989).
Suas obras frequentemente abordam a imigração judaica no Brasil, mas
também tratam de temas como o socialismo, a medicina (área de sua formação), a
vida de classe média e vários outros assuntos. O autor já teve obras suas traduzidas
para doze idiomas. (http://pt.wikipedia.org./wiki/moacyrscliar acesso em
17/06/2011).
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Sinopse da Obra
Na fictícia Santiago do Oeste, Josias, filho mais velho de Samuel e Raquel,
imigrantes judeu-russos, não quer nada com os estudos. Ser médico, como seu pai
desejava, não fazia parte dos seus planos. Queria mesmo era ser locutor de rádio!
Incentivado pelo vizinho, Onofre, que já fora dono da única emissora de rádio
da cidade, Josias dá nova vida a um antigo serviço de alto-falantes, instalados nos
postes da praça – a Voz do Poste, como o povo chamava. Com programação
variada – notícias, entrevistas, críticas, receitas, música -, a rádio agrada em cheio a
população santiaguense.
Por conta de uma epidemia de varíola, porém, a rádio improvisada de Josias
vira joguete de gente contrária à campanha de vacinação. O que põe em xeque a
figura do chefe do posto médico, doutor Bento, e a de Josias, que precisava tomar
partido e lutar pelo que era certo.
Afinal, a Voz do Poste era agora a sua voz e tinha que ser justa, firme e
aguerrida – só assim, quem sabe, ele poderia conquistar o ouvinte mais importante:
seu pai.
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Antes da leitura da obra, o(a) professor(a) vai comentar com os alunos o tema
para despertar a curiosidade pela leitura, observando o interesse, identificação,
gosto dos alunos com a história, praticamente, recém-iniciada.
Migrante, emigrante e imigrante.
Proceder a leitura da obra com os alunos dispostos em círculo. Cada aluno e
professor(a) lendo oralmente um capítulo com ênfase, dinamismo, tentando até
teatralizar a contação da história para envolver realmente os alunos.
Ao final, o(a) professor(a) vai questionar os alunos instigando-os para que
eles comentem suas opiniões. É muito interessante que após ouvi-los, observe se
alguns conseguiram se identificar com a obra ou se conheciam alguém com história
parecida. Essa fase cria envolvimento e motivação para as atividades posteriores.
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a) Os imigrantes consideravam nosso país um paraíso. Quais as justificativas
dadas por eles?
b) Em que diferenciava o sonho de Samuel com o de seu pai Isaac?
c) Os familiares de Samuel ficaram desanimados ao chegarem ao seu novo lar.
Samuel, não. Como podemos explicar isso?
d) Samuel tinha um sonho para seu filho Josias. Que sonho era esse? Como
Samuel explicava o que já tinha traçado e definido para seu filho?
e) Como Josias reagiu ao sonho do pai?
f) Josias era rapaz de boa índole, trabalhador, honesto, respeitava seus pais,
seu irmão, amigos. Comente com poucas palavras como ele conseguiu
conquistar seu sonho ficando em paz com sua família.
Vamos tentar compreender melhor algumas passagens desta história comparando-as com o nosso cotidiano! a) [...] Na noite anterior à chegada ao Brasil, Samuel beijou Raquel pela primeira vez. Um ato simbólico: estavam comprometidos, começariam uma nova vida juntos. Podemos perceber que “o beijo” para Samuel e Raquel teve um significado importante e definitivo. Como você acha que um jovem casal de namorados de sua época compreende um beijo? b) Na época de Josias havia apenas o rádio como meio de transmitir e receber as notícias e acontecimentos. Atualmente qual o meio de comunicação/informação que você considera mais importante, mais rápido para se informar e comunicar? Explique a importância desse meio e por que ele é imprescindível em sua vida? Compare com a importância que Josias dava ao rádio.
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c) Josias lutou para realizar seu sonho. Usou inteligência, dedicação, princípios e valores que aprendeu com sua família. Você, caro leitor desta história, tem um sonho? Deseja realizá-lo? Como? Josias foi um bom exemplo para você? Trace algumas etapas para realizar seu sonho. Que caminho você irá percorrer para mostrar a todos que alcançar um sonho é possível? d) Josias queria de todas as formas realizar seu sonho, mas a péssima relação com seu pai o incomodava muito. Para ele era importante a aprovação de sua família, principalmente a de seu pai. No final da história isso acaba acontecendo. E para você, caro leitor, até que ponto é importante ter a aprovação e um bom relacionamento com seus pais na realização de seu sonho? Você agiria como Josias? Atividade extra:
Vamos produzir um texto narrativo. Contar a sua própria história enfatizando um sonho que você deseja realizar ou que já realizou ou que está realizando. Pode ser também a história de alguém que você conheça. Professor(a) essa atividade só poderá ser feita depois que todas as questões de interpretação e compreensão forem discutidas e comentadas com os alunos. Assim ele vai adquirindo meios para a produção do texto e a atividade se torna natural, ou seja, ele não apresentará dificuldades para escrevê-la.
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Nós temos muitos alunos que gostam de ler o que escrevem. Por isso esse é momento de valorizar a produção dele. É importante encontrar uma posição para todos se sentirem à vontade. Por exemplo, o próprio círculo, sentados em uma almofada na sala de aula ou se a escola tiver um gramado ou um lugar apropriado. Essas iniciativas, partindo do(a) professor(a), geram satisfação, motivação nos alunos.
1- Nosso país é formado de pessoas de raças diferentes. Converse com seus pais, tios, avós sobre a origem deles. Descubra qual é a sua origem.
2- Josias lutou a favor da vacina contra a varíola. Para o bem estar da
população, sabemos que existem várias campanhas de vacinação atualmente. Vamos pesquisar algumas vacinas que a população precisa tomar e quais doenças combatem?
1- “E assim os imigrantes se instalavam na nova terra.”
Assinale a melhor resposta em relação ao significado da expressão em destaque.
a) Os imigrantes já sabiam da existência da terra e que ela não era novidade
para eles. b) Era uma terra recém-descoberta pelos imigrantes que abandonaram seu
lugar de origem para desbravar e conquistar a nova terra.
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c) Era uma terra que já existia e seria ocupada pelos imigrantes que abandonaram sua terra de origem para trabalharem em uma terra desconhecida por eles e assim terem uma vida melhor.
d) Era uma terra nova, pois os imigrantes foram os primeiros a cultivá-las.
2- “[...]Meu pai, que estava com muita fome, achou que aquilo era para comer, porém não sabia como se come banana e não podia perguntar porque não falava português (e o homem, claro, não falava a língua dele).”
Substituindo a palavra porém por entretanto; a palavra porque por pois; o sentido do período não será alterado. Como podemos explicar essa substituição?
3- “História parecida me foi contada por uma vizinha.”
O pronome oblíquo me poderia ser substituído por qual outro pronome oblíquo sem alterar o sentido do período?
4- “Você quer voar muito alto, meu filho. Tome cuidado para não se desiludir.”
A expressão grifada foi empregada no sentido conotativo ou denotativo?
5- “[...] Foi assim que Samuel conheceu uma moça chamada Raquel, meiga,
bonita, inteligente. As palavras meiga, bonita e inteligente estão caracterizando positivamente Raquel. Morfologicamente como podemos classificar essas palavras?
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Professor(a), até agora você deve ter observado as reações de seus alunos.
Fazendo para si mesmo(a) algumas perguntas como: Meus alunos
- participaram com interesse das atividades propostas?
- envolveram-se mais intensamente com uma atividade específica?
- discutiram, apresentando suas opiniões sobre a história lida?
- houve interesse? Se houve é porque eles ficaram motivados. Então, as atividades
foram apropriadas e o meu aluno teve total aproveitamento e estará pronto para ler
outro livro.
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Biografia da autora
Lya Luft
"Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade.
Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma
mulher. Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não sou uma mulher que necessita
de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas
mulheres frageizinhas, que fazem esse gênero, querem mesmo é explorar seus
maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com
escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da
vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa
escrever como homem."
Lya Luft nasceu no dia 15 de setembro de 1938, em Santa Cruz do Sul, Rio
Grande do Sul.
Por se tratar de cidade de colonização alemã, as crianças, em quase sua
totalidade, falavam alemão, e os livros utilizados nas escolas vinham da
Alemanha. Com onze anos, Lya decorava poemas de Goethe e Schiller.
Posteriormente, estudou em Porto Alegre (RS), onde se formou em
pedagogia e letras anglo-germânicas.
Iniciou sua vida literária nos anos 60, como tradutora de literaturas em alemão
e inglês. Lya Luft já traduziu para o português mais de cem livros. Entre outros,
destacam-se traduções de Virginia Wolf, Reiner Maria Rilke, Hermann Hesse, Doris
Lessing, Günter Grass, Botho Strauss e Thomas Mann. Ela diz que traduzir é sua
verdadeira profissão. E que faz tradução para ganhar dinheiro. Mas também porque
gosta. Um trabalho que exige respeito. Seu desejo é aproximar o escritor estrangeiro
do leitor brasileiro. Confessa que não pode ser inteiramente fiel, porque pode-se
correr o risco de ninguém entender nada. Mas não faz um carnaval em cima do texto
alheio, não inventa, não cria frases que não existem.
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Conheceu Celso Pedro Luft, seu primeiro marido, quando tinha 21 anos. Ele
tinha quarenta. Era irmão marista. Foi numa prova de vestibular. Achou-se ridícula
quando pensou: esse é o homem da minha vida! O irmão marista tirou a batina para
casar com ela em 1963.
Nessa paixão, começou a escrever poesia. Os primeiros poemas foram
reunidos no livro "Canções de Limiar" (1964).
Tiveram três filhos: Suzana, em 1965; André, em 1966; e Eduardo, em 1969.
Em 1972 lança mais um livro de poemas, "Flauta Doce".
Em 1976, escreveu alguns contos e mandou para Pedro Paulo Sena
Madureira, que era editor da Nova Fronteira. Pedro Paulo respondeu dizendo que os
contos eram todos “publicáveis”. Pedro Paulo, no entanto, aconselhou Lya a
escrever um romance, dizendo que ela era romancista. Dois anos depois ela
escreveu "As Parceiras".
Em 1978 lança seu primeiro livro de contos, "Matéria do Cotidiano".
A ficção entrou em sua vida dois anos depois de um acidente automobilístico
quase fatal em 1979. Como teve uma visão mais próxima da morte, diz a autora
que começou a fazer tudo que evitava.
Primeiro foram crônicas, com o lançamento de "As Parceiras", em 1980, e "A
Asa Esquerda do Anjo", em 1981. Textos amenos. Uma espécie de fingimento de
que na vida tudo é bom. A morte é encarada como uma coisa normal. Mas gostaria
que todos os seus amigos fossem eternos. Mesmo assim, acha a morte uma coisa
mágica.
Em apenas oito anos Lya Luft sofreu duas perdas grandes demais. Dos 25
aos 47 anos foi casada com Celso Pedro Luft. Separou-se dele em 1985 e foi viver
com o psicanalista e escritor Hélio Pellegrino, que morreu três anos depois. Em 1992
voltou a casar-se com o primeiro marido, de quem ficou viúva em 1995.
A escritora é conhecida por sua luta contra os estereótipos sociais. "Essas
coisas que obrigam as pessoas a ser atletas. Hoje é quase uma imposição: a ordem
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é fazer sexo sem parar, o tempo todo. A ordem é não fumar, não beber. É essa
loucura o dia inteiro na cabeça. Quem não for resistente acaba enlouquecendo. E a
vida fica para trás. Hoje as pessoas estão sofrendo muito. Um sofrimento
absolutamente desnecessário. Especialmente as mulheres que fazem plástica logo
que vêem uma ruga no rosto. Plásticas de inteira inutilidade".
Lya Luft deixa claro que nada tem contra as cirurgias plásticas, mas contra o
rumo disso tudo. "Na ambição de serem sempre jovens, as mulheres acabam
perdendo o próprio rosto. São os falsos mitos da juventude para sempre. E isso
também inclui a febre atual da mídia, particularmente nas revistas femininas. Só se
fala como se pode ter vários orgasmos numa única noite. Só se fala em como a
mulher deve agir para segurar seu homem pelo sexo, especialmente o oral. São
fórmulas de um mundo conturbado, que foge ao afeto, distante de qualquer
felicidade. Essa é outra coisa para o enlouquecimento. Em todo lugar, o que existe é
a supervalorização do sexo. Quem não estiver fazendo sexo sem parar o tempo todo
passa a ser anormal. Muita gente fica complexada porque não consegue vários
orgasmos numa noite. É tudo uma imposição".
A autora diz ser uma constatação precária dizer que ela escreve sobre
mulheres. Mulheres não são seus personagens exclusivos. “Escrevo sobre o que me
assombra”, observa. E nisso está a infância. O importante é o compromisso com a
dignidade. Toda a sua obra poderia ser resumida — como afirma — num livro de
indagações.
Em 1982 publica "Reunião de Família", e em 1984 outros dois livros: "O
Quarto Fechado" e "Mulher no Palco". "O Quarto Fechado" foi lançado nos E.U.A.
sob o título "The Island of the Dead".
Quem é Lya Luft? Uma mulher gaúcha, brasileira, que faz cada vez mais, aos
sessenta e um anos, o que desde os três ou quatro desejava fazer: jogar com as
palavras e com personagens, criar, inventar, cismar, tramar, sondar o insondável.
"Tento entender a vida, o mundo e o mistério e para isso escrevo. Não conseguirei
jamais entender, mas tentar me dá uma enorme alegria. Além disso, sou uma mulher
simples, em busca cada vez mais de mais simplicidade. Amo a vida, os amigos, os
filhos, a arte, minha casa, o amanhecer. Sou uma amadora da vida. O que você
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nunca vai esquecer? Escutar o vento e a chuva nas árvores do imenso jardim que
cercava a casa de meu pai, na minha infância". Puro maravilhamento. O que lhe
causa repugnância? Preconceito, hipocrisia. Vale a pena escrever? "Não escrevo
porque “valha a pena”, mas porque me faz feliz, simplesmente". O que falta à
literatura brasileira? "Nada, não falta nada. Ela é o que é, simplesmente, cheia de
graça, desgraça, florescente, múltipla, lutando com a crise econômica que atinge
também as editoras, mas, como não se escreve para ficar rico, tudo bem". E Deus?
"Deus eu imagino como força de vida: luminosa, positiva, imperscrutável". E o
Brasil? Brasil cujo jeito é parecer não ter jeito. "Não quero jamais ter de morar longe
dele. Aqui tudo é possível. E tanto está ainda por fazer". O que fazer para reverter
esse quadro de miséria? "Que os responsáveis por isso criem vergonha na cara".
Quem não merece respeito algum de ninguém? "Todos merecem algum respeito, no
mínimo compaixão". Você costuma rezar? "Não tenho nenhuma religião instituída,
mas tenho uma profunda visão “religiosa”, sagrada, da natureza, das pessoas, do
outro". Qual é seu momento ideal para escrever? "O momento em que meu livro
quer ser escrito. Mas normalmente produzo mais de manhã bem cedo. Gosto de ver
o dia nascer, aqui na minha mesa de trabalho e do meu computador". Se confessa
uma mulher tímida, embora não pareça.
Em 1987 lança "Exílio"; em 1989 o livro de poemas "O Lado Fatal" e, em
1996, o premiado "O Rio do Meio" (ensaios), considerado a melhor obra de ficção do
ano.
Lya Luft afirma que hoje prefere ficar quieta consigo mesma. Já casou
demais. Já enviuvou demais. Não se imagina mais vivendo ao lado de ninguém. Mas
não quer desprezar os encantamentos que surgem por seu caminho. Lya afirma ter
sido um privilégio ter conhecido e vivido com dois homens que muito lhe ensinaram.
Sua visão do masculino é muito positiva. Foram três homens, na verdade, que a
influenciaram e percorreram sua vida, erguendo seu rosto, seu percurso, abrindo
seus rumos: seu pai, Arthur Germano Fett, que considerava um homem culto, amigo
e também solitário; seu cúmplice, Celso Pedro Luft, de quem herdou o sobrenome; e
Hélio Pellegrino. Três homens inesquecíveis. Que sempre vão permanecer nas
palavras, nos pensamentos, nos acenos possíveis.
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Não faz tarde de autógrafos, sente-se desconfortável com isso. Não gosta de
discutir teorias literárias, especialmente quando se referem à sua obra. Nunca
pensou em tradição literária ou, especialmente, em tradição literária gaúcha. Não
quer fazer literatura regional. Não quer ser representante de descendentes. Não
quer pertencer a grupo nenhum. Quer mesmo é ser livre. Quer ficar quieta no seu
canto. No livro "Secreta Mirada", lançado em 1997, ela se deixou com ela mesma e
discorreu sobre temas que nunca fala em discussões literárias, em entrevistas,
depoimentos.
"Sou dos escritores que não sabem dizer coisas inteligentes sobre seus
personagens, suas técnicas ou seus recursos. Naturalmente, tudo que faço hoje é
fruto de minha experiência de ontem: na vida, na maneira de me vestir e me portar,
no meu trabalho e na minha arte/ Não escrevo muito sobre a morte: na verdade ela
é que escreve sobre nós - desde que nascemos vai elaborando o roteiro de nossa
vida/ O medo de perder o que se ama faz com que avaliemos melhor muitas coisas.
Assim como a doença nos leva a apreciar o que antes achávamos banal e
desimportante, diante de uma dor pessoal compreendemos o valor de afetos e
interesses que até então pareciam apenas naturais: nós os merecíamos, só isso.
Eram parte de nós./ O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo
dos nossos pés, faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas
aparentemente superados, mas também com insuspeitada audácia e generosidade.
E como habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida. Por outro lado, é um
maravilhoso ladrão da nossa arrogância./ Quem nos quiser amar agora terá de vir
com calma, terá de vir com jeito. Somos um território mais difícil de invadir, porque
levantamos muros, inseguros de nossas forças disfarçamos a fragilidade com altas
torres e ares imponentes./ A maturidade me permite olhar com menos ilusões,
aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais
doçura./ Às vezes é preciso recolher-se".
Em 1999 a escritora lança o livro "O Ponto Cego".
“A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida. Eu gostaria que na correria
da época atual a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de
contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as
coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais
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prazer. Mais senso da própria dignidade, não importando idade, dinheiro, cor,
posição, crença. Não importando nada”. (http://www.releituras.com/lyaluftbio.asp
acesso em 17/06/2011)
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Sinopse da obra:
Criados de forma severa por um pai repressor e violento, Alice, Evelyn e
Renato cresceram marcados pela insegurança, submissão, desconfiança, desunião
e, acima de tudo, pela falta de amor. Quando o filho de Evelyn morre em um trágico
acidente e ela passa a se comportar de forma estranha, acreditando que o menino
ainda está vivo, a família decide se reunir para ajudar a irmã caçula. Mas nada
acontece como esperado: o fim de semana que deveria servir para unir transforma-
se numa catarse de culpas e segredos, um terrível jogo da verdade no qual os
papéis de vítima e algoz se invertem.
Catarse: liberação de pensamentos e emoções que estavam reprimidos no
inconsciente, seguindo-se alívio emocional.
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Antes da leitura da obra, o(a) professor(a) vai comentar com os alunos o tema
para despertar a curiosidade pela leitura, observando o interesse, identificação,
gosto dos alunos com a história, praticamente, recém-iniciada.
Proceder a leitura da obra com os alunos dispostos em círculo ou conforme o
clima da sala de aula, o(a) professor(a) pode criar uma outra disposição para
proceder a leitura, sempre observando as atitudes dos alunos, pois é importante que
ele esteja realizando a atividade com boa vontade, caso contrário, o objetivo não
será alcançado. A leitura deve ser oral, cada um lê um capítulo com ênfase,
dinamismo, tentando até teatralizar a contação da história, inclusive o(a)
professor(a) para envolver realmente a todos.
Ao final, o(a) professor(a) vai questionar os alunos instigando-os para que
eles comentem suas opiniões. É muito interessante que após ouvi-los, observe se
alguns conseguiram se identificar com a obra ou se conheciam alguém com história
parecida. Essa fase cria envolvimento e motivação para as atividades posteriores.
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a) Alice, uma mulher casada, dois filhos, precisa viajar num fim de
semana para visitar sua irmã Evelyn que mora com o pai.
Como Alice se sente ao ter que sair de sua rotina para viajar?
b) Qual foi o motivo dessa reunião de família naquele fim de semana?
c) Como era o relacionamento de Alice, Evelyn e Renato com o pai?
Explique.
d) Por que Evelyn sentia-se culpada pela morte de seu filho?
e) Dentre os três filhos do professor, Renato foi o que mais sofreu maus
tratos de seu pai. Descreva o episódio do banheiro, quando Renato
sem querer deixou cair urina no chão. Depois disso qual foi a atitude
de Berta?
a) “Um cacto: ferindo-se nos próprios espinhos, sangrando para dentro
afastando quem o quisesse amar” (p.40)
O professor era um cacto. Vamos discutir e compreender melhor essa
metáfora?
b) O relacionamento entre pais e filhos, geralmente, colabora por definir conduta
positiva ou negativa em relação à vida profissional e psicológica dos filhos.
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Analisando a história lida, por que os três filhos do professor apresentaram
problemas psicológicos, de relacionamento e ou profissionais?
c) “Entendo que ele se meteu por uma fresta escura que o engole cada vez mais
frequentemente. Antes de morrer, já se sente invadido por bichos.” (p.44)
Como podemos compreender e explicar mais claramente a expressão grifada
usada por Alice ao se referir a seu pai?
d) O que Alice imaginou ou deduziu após entrar no quarto de Berta e ver os
recortes de jornal que estavam na gaveta?
e) A reunião de família, planejada por Aretusa, atingiu o objetivo esperado ou
serviu apenas para “lavar a roupa suja”? Vamos discutir um pouco sobre
isso?
Após a discussão das questões de interpretação e compreensão, solicitamos
aos nossos alunos a produção do resumo da obra. Nesse momento, ele já tem
condições para essa atividade porque muito já foi comentado sobre a obra.
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Sabendo que alguns alunos gostam de ler o que escrevem, então vamos
pedir para eles lerem suas produções. O(a) professor(a) deve estar sempre
valorizando o que o aluno escreveu, dando ênfase a certas passagens da escrita, a
clareza de algum parágrafo, a forma como ele esclareceu sobre um determinado
personagem, enfim o aluno só se sente motivado se for elogiado e a correção de
algum equívoco que ele tenha cometido torna-se mais fácil para o(a) professor(a)
realizar.
a) Procure o significado dos homônimos homófonos: sesta, sexta e sexta-feira.
b) Com que sentido foi empregado o verbo “naufraga” na expressão abaixo?
[...] e agora naufraga na loucura abraçada ao filho morto. (p.56)
c) Como podemos relacionar a expressão “As aparências enganam” com a
família de Alice?
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A
a) Uma das doenças evidentes de nossa época é a depressão tanto em
crianças, adolescentes e adultos. Vamos pesquisar um pouco sobre essa
doença?
b) O modelo de família que havia antigamente era pai, mãe e filhos, todos juntos
em uma casa. Atualmente nem todas as famílias são formadas dessa forma.
Essa desestruturação familiar implica no desenvolvimento psicológico dos
filhos? Que tal fazermos outra pesquisa a respeito disso.?
c) Corália apaixonou-se por Aretusa, sua professora. Tentou se matar por causa
dessa paixão. Atualmente vemos que os casais não são apenas
heterossexuais mas também homossexuais. Que tal discutirmos sobre isso
baseados em fatos reais?
Professor(a), até agora você deve ter observado as reações de seus alunos.
Fazendo para si mesmo(a) algumas perguntas como: Meus alunos
- participaram com interesse das atividades propostas deste outro romance?
- envolveram-se mais intensamente com uma atividade específica ou se envolveram
com todas as atividades?
- discutiram, apresentando suas opiniões sobre esta outra história lida?
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- houve interesse, pelo menos por parte de alguns alunos? Se houve é porque eles
ficaram motivados. Então, as atividades foram apropriadas e o meu aluno teve total
aproveitamento e estará pronto para ler um outro livro escolhido por ele na
biblioteca, ou indicado pelo(a) professor(a). Não podemos esquecer de que o(a)
professor(a) é o exemplo motivador para o aluno.
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REFERÊNCIAS
Geraldi, João Wanderley. O texto na sala de aula. 3.ed. São Paulo: Ática, 2004.
LAJOLO, Marisa. Como e por que Ler o Romance Brasileiro. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2004.
LUFT, Lya. Reunião de família. 18. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.
PARANÁ, Governo do Estado. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:
Língua Portuguesa, 2008.
SCLIAR, Moacyr. A voz do poste. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2008.
http://www.releituras.com/lyaluft bio.asp acesso em 17/06/2011.
http://pt.wikipedia.org/wiki/MoacyrScliar acesso em 17/-6/2100.