Abrah – Associação Brasileira de Reciclagem e Assistência...
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ROSÁRIA MARIA GIANNELLA ESTANISLAU
Abrah – Associação Brasileira de Reciclagem e Assistência em Homeopatia
Orientador – Drª Maria Aparecida de Melo
Introdução
Até que ponto a substituição do aleitamentomaterno nos primeiros meses de vida poderiaprejudicar a criança?
Revolução Industrial no Século XVIII
Objetivo
Esse estudo tem como objetivo analisar aRelação entre o desmame precoce e afreqüência de enfermidades de carátertuberculínico nos primeiros seis meses devida, comparando com os dados da leitura.
Hipótese
Desmame precoce favorece oaparecimento de enfermidades ditastuberculínicas:
Asma, otites de repetição, infecção dotrato urinário.
Referencial Teórico
Desmame Precoce
Apesar de todo o avanço cientifico, no incentivo do aleitamentomaterno, a média de amamentação no Brasil é de 10 meses e deamamentação exclusiva de apenas 23 dias, contrastando com arecomendação internacional de amamentação exclusiva por 6meses e complementada por 2 anos ou mais, observando-seportanto que existe uma tendência ao desmame, o que,dependendo da realidade social, pode representar o limite entresaúde e doença.
O Leite Humano é muito mais do que uma fonte de
nutrientes.
É uma substância VIVA DE GRANDE COMPLEXIDADE
BIOLÓGICA.
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO
“O LEITE MATERNO É ESPÉCIE-ESPECÍFICO”
GORDURA
PROTEÍNA
AÇÚCAR
FERROÁGUA
VITAMINAS
ANTICORPOSSAIS
ENZIMAS
• A Organização Mundial da Saúde estima que acada ano um milhão e meio de mortes poderiamser evitadas por meio da prática do aleitamentomaterno.
• Crianças em aleitamento materno exclusivosofrem pelo menos 2 vezes e meia menosepisódios de doenças do que crianças que tomamleite artificial.
OMS, 1994, Chadan, 1979, Feachem 1984 e Victora, 1987
Estudos científicos comprovam a importância do aleitamento
materno exclusivo para a saúde dos bebês.
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO
Tuberculinismo
O termo Diátese é definido como sendo umconjunto de afecções diferentes quanto á sedee sintomas, de mesma natureza que acometeo indivíduo, simultânea ou sucessivamente.Assim, diante de determinada situaçãopatológica, cada organismo responde de ummodo reacional, dependente de fatoreshereditários e adquiridos.
De 1815 a 1826, Hahnemann chegou a “Teoria das Doenças Crônicas” para explicar os insucessos do tratamento homeopático em determinadas situações clínicas. Definiu três doenças Crônicas:
- Psora- Sifilinismo- Sicose
Na primeira metade do século XX, Nebel e Vannier, acrescentaram a teoria miasmática de Hehnemann, os miasmas:
- Tuberculinismo- Cancerinismo
Tuberculinismo – Teoria mais recente (Carillo Jr, R)
1- Imunologicamente falando, o Tuberculinismo representa uma falha do sistema mononuclear fagocitário hepático, que resulta numa deficiência na remoção de macromoléculas proteicas e certos microorganismos.
2- No recém nascido, a natural falta de desenvolvimento deste sistema frente a um grande aporte de macromoléculas proteicas derivadas do déficit de digestão de caseína, é o responsável por um grande número de quadros Respiratórios.
3- O tratamento homeopático do Tuberculinismo aumenta a capacidade de filtragem hepática, resultando em melhoria dos quadros citados.
Fases do Tuberculinismo
Estênica - Fase Hepático Humoral Aumento da respectiva freqüência cardíaca e respiratória.
- Fase Linfoganglionar – Linfatismo EstênicaAstênica
Astênica propriamente dita ou fase de desmineralização
Transpirações parciais friasDéficit PonderalComprometimento geral.
Sinais de Tuberculinismo Hipersensibilidade nervosaVariabilidade de sintomasTendência febrilEliminações serosas ou mucosasDesmineralização celular
Manifestações Clínicas de Origem Tuberculínica:
Distúrbio respiratórios ocasionados pela mudança para o frio, ou pela ingestão de proteínas heterólogas (leite de vaca, embutidos, carnes).Febres de origem inespecíficaTranspirações parciaisDéficit PonderalAgitação psíquica.
Déficit Ponderal Desidratação Descalcificação Obstipação
Material e Métodos
A amostra foi constituída de pacientes atendidos na Unidadede Saúde Jardim Paraguaçu da Prefeitura do Município de SãoPaulo, no período de janeiro á julho de 2005, obtendo-se ototal de 100 crianças, sendo 50 em aleitamento maternoexclusivo durante os primeiros seis meses de vida e 50 comintrodução de leite artificial aos 2 meses de idade. Coletou-seos dados através de entrevista com as mães das 100 crianças,anotando-se em uma ficha clínica todas as ocorrências noperíodo pesquisado, ganho pondero-estatural e regimealimentar.
Os resultados foram analisados estatisticamente pelo testequi-quadrado (x2), com número de graus de liberdade de 1 enível de significância de 0,01, cujo valor crítico é de 6,635.
Tabela 1 - Ocorrências clínicas em crianças em aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade.
*OMA: otite média aguda** ITU: infecção do trato urinário*** Outras: infecção de vias aéreas superiores, refluxo gastroesofágico, sinusite e eczema.
Grupo Sem Intercorrência
Asma OMA * ITU ** Outras *** Total
Aleitamento materno
até 6 meses
29 (58%) 7 (14%) 3 (6%) 2 (4%) 9 (18%) 50 (100%)
Resultados
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Sem intercorrênciasAsmaOMAITUOutras
Figura 1 – Ocorrências clínicas em crianças em aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade.
Tabela 2 - Ocorrências clínicas em crianças em desmame precoce à partir dos 2 meses de idade.
*OMA: otite média aguda** ITU: infecção do trato urinário*** Outras: infecção de vias aéreas superiores, refluxo gastroesofágico, sinusite e eczema.
Grupo Sem Intercorrênci
as
Asma OMA* ITU* Outras***
Total
Desmame
Precoce
3 (6%) 31 (62%)
4 (8%)
3 (6%)
9 (18%) 50 (100%)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Sem intercorrênciasAsmaOMAITUOutras
Figura 2 – Ocorrências clínicas em crianças em desmame precoce á partir dos 2 meses de idade.
Tabela 3 - Presença e ausência de intercorrências clínicas entre os grupos de aleitamento materno até 6 meses e desmame precoce à partir de 2 meses.
Intercorrências ClínicasGrupo Ausentes Presentes Total
AleitamentoDesmame Precoce
29 (58%)3 (6%)
21 (42%)47 (94%)
50 (100%)50 (100%)
• X2 obtido: 31,06
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Sem IntercorrênciasClínicas
Com IntercorrênciasClínicas
AleitamentoDesmame Precoce
Figura 3 – Presença e ausência de intercorrências clínicas entre os grupos de aleitamento materno até 6 meses e desmame precoce á partir de 2 meses.
Discussão
Em trabalho apresentado no III Conabrah, pelo Dr.Hristos Stratis, discutiu-se as causalidades doTuberculinismo, dentre as intrínsecas observou-se que: oantecedente familiar Tuberculínico não teria importâncianos quadros de Tuberculinismo, por tratar-se deimaturidade imunológica, própria do temperamentolinfático.
As outras diateses, sicose e sifilismo, atuam às vezes como causa, outras como efeito, e fator agravante.
Em relação ao biotipo, os indivíduos fosfóricos e sulfúricos magros são mais susceptíveis.
Em relação às causalidades extrínsecas ressaltamos, as climáticas (agravamento com o frio), o desmame precoce, doenças anergizantes, prematuridade e outras.
Conclusão
O desmame precoce contribui para o aumento dafreqüência de doenças de caráter tuberculínico nosprimeiros seis meses de vida.