ABORDAGEM HOMEOPÁTICA DAS RINITES ALÉRGICAS

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ABORDAGEM ABORDAGEM HOMEOPÁTICA DAS HOMEOPÁTICA DAS RINITES RINITES ALÉRGICASALÉRGICAS

Dr. Giulio RoppaDr. Giulio Roppa

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ANATOMIAANATOMIA

Em psoraEm psora

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FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA Tipos de rinite e causas mais comuns: Ocasional/sazonal: pólens, mofos, umidade, inver-

sões térmicas – poluentes, clima frio, etc. Perene: ácaro de poeira doméstica, pelos de

animais, causas ocupacionais, irritantes externos como odores fortes, fumaças irritantes, gases industriais,vapores químicos, poeira de rua, penas de travesseiros; uso abusivo de descongestionantes nasais, etc.

Rinite não alérgica ou vasomotora: produz sintomas semelhantes, mas a causa geralmente é obscura. Sensibilidade: frio, correntes de ar, ar seco, umidade, psicossomáticas, fadiga, luz solar.

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Em sicoseEm sicose

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Associação: com outros distúrbios atópicos, como conjuntivite, asma, urticária e eczema.

Geralmente responde a terapia com corticos-teróide tópico ou com cromoglicato de sódio.

Diversamente da asma, no entanto, a maioria dos sintomas da rinite alérgica muitas vezes respondem a anti-histamínicos orais.

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Causas de rinite não alérgica: Infecções: agudas, crônicas Drogas: aspirina, β-bloqueadores, iodo, rebote

de medicações tópicas Hormonais: hipotireoidismo, gravidez Outras causas: hiper-sensibilidade nasal,

atrofia da mucosa, doenças sistêmicas

O teste cutâneo é muitas vezes útil ao diagnós-tico

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SINAIS E SINTOMAS EVOLUTIVOS / RELAÇÕES SINAIS E SINTOMAS EVOLUTIVOS / RELAÇÕES TERAPÊUTICASTERAPÊUTICAS

Coriza: Allium cepa, Allium sat., Ammonium brom., Ammonium carb.,Arum triph., Dulcamara, Euphrasia, Galphimia gl., Hydrastis can., Kali bich., Kali mur., Luffa op., Matricaria suav., Natrum carb., Pulsatilla, Sabadilla, Sambucus nig.,Sanguinarina nit., Senega, Solanum lyc., entre os mais utilizados.

Obstrução nasal, uni ou bilateral: Aconitum napelus, Ammonium carb,, Aralia rac., Arum trip., Aurum met., Calcarea carb., Elaps coral., Formica rufa, Kali bich., Kali muriat., Kali sulfur., Lemna minor, Luffa op., Lycopodium clav., Matricaria suav., Nux vomica, Penthorum sed., Pulsatilla, Sambucus nig., sanguinarina nitr., Sinaps nig, Sticta pulm., Teucrium m. verum, entre os mais utilizados.

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Crises de espirros, acompanhadas de secreção aquosa e obstrução nasal: Aconitum nap., Allium cepa, Cyclamen europ., Euphrasia, Gelsemium semp., Sabadilla, Scorpio, Senega,Solanum lyc.,Sticta pulm., entre os mais utilizados.

Lacrimejamento e prurido ocular e nasal; prurido nos ouvidos, na abóbada palatina e na faringe; cefaléia: Ambrosia, Arundo maur., Wyethia hel., Medorrhinum, Cyclamen eur., Cina anthel., Agaricus musc., entre os mais utilizados.

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Espirros intensos, abundante rinorréia tipo “clara de ovo”, que se torna pegajosa e espessa e pode escorrer pelo cavum, causando tosse seguida de expectoração:

Ambrosia, Ammonium muriat. Allium cepa, Gelseminum, Gephion, Kali iod., Mercurius vivus, Natrum ars.,Natrum mur.,Sabadilla, Sanguinarina nit.,entre os mais utilizados.

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Na cronificação: Secreção amarelada, infecção secundária de nariz ou seios da face; cefaléia; febre; fadiga; irritabilidade: Balsamo per., Bryonia alba, Calcarea carb., Cinnabaris, Comocladia dent., Dulcamara , Hydrastis can.; Kali bich., Kali sulf., Lycopodium clav., Mercurius sol., Mezereum , Natrum sulf., Pulsatilla, Sepia off. Entre os mais utilizados.

Quadros evolutivos: faringo-laringite, sinusite, tra-queíte, asma etc. – A atopia é uma “hidra”. Supressão → novos sintomas

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Rinite alérgica e demais doenças não devem ser vistas de modo setorizado no organismo. Sinais e sintomas não são de um nariz doente mas de uma pessoa enferma em sua totalidade com mente também desarmônica. Cabe ao médico homeopata, observar em detalhes o que o paciente sente e relata, o que ele trás objetiva e subjetivamente, a história do processo, o que o deflagra, o que o agrava ou alivia, os horários dos sintomas, as peculiaridades específicas do caso.

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O homeopata deverá ocupar-se da interatividade do nariz e corpo com o tipo físico e mental específico, deste indivíduo único,com sua história, as circuns-tâncias internas e externas em que vive. Não podemos esquecer os aspectos genéticos e as infecções, que podem vencer as barreiras naturais do organismo independente do nível de saúde. A doença é a forma de expressão que o corpo ou a mente encontram para responder às agressões que sente estar sofrendo.

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Antígeno↓

fagocitose pelas células de Langerhans↓

apresentação de antígeno ao Linfócito T helper (CD4) do tipo Th2↓

produção de IL-4 e IL-5↓

ativação de Linfócitos B para a produção de IgE↓

proliferação e diferenciação dos Basófilos em Mastócitos↓

proliferação e diferenciação dos Eosinófilos↓

ligação da IgE nos Basófilos/Mastócitos

RREAÇÃO TIPO I (HIPERSENSIBILIDADE EAÇÃO TIPO I (HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA)IMEDIATA)

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Basófilo polimorfonuclearBasófilo polimorfonuclear

Fixação do antígenoFixação do antígeno

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novo contato com o antígeno↓

ligação do antígeno IgE(superfície dos Basófilos/Mastócitos)

↓Degranulação dos Basófilos

liberação dos mediadores (histamina, etc)

Liberação de Liberação de histaminahistamina

Receptor H2Receptor H2

Feedback negativoFeedback negativo

Grânulos de Grânulos de histamina e outros histamina e outros

mediadores mediadores inflamatóriosinflamatórios

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Avaliação da atividade de ultra-diluições de histamina sobre a degranulação dos basófilos.

Hipótese: histamina ultra-diluída exerce o mesmo efeito que a histamina em doses ponderais.

Medicamento homeopático: memória da substância ou molécula inicial.

P E S Q U I S A B Á S I C AP E S Q U I S A B Á S I C A

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1) Teste de degranulação dos basófilos

Sainte-Laudy J, Sambucy JL, Belon P. Biological activity of ultra low doses: I / Effects of ultralow doses of histamine on human basophiln degranulation triggered by D. pteronissinus extract. Ultra Low Doses 1991: 127-38.

Belon P, Cumps J,Ennis M, Mannaioni P, Sainte-Laudy J, Roberfroid M, Wiegant F. Inhibition of human basophil degranulation by successive histamine dilutions:Results of a European multi-centre trial. Inflammation Research 1999; 48: S17–

S18.

2) Teste de liberação de histaminaSainte-Laudy J, Sambucy JL, Belon P. Biological activity of ultra low doses: I / Effects of ultralow doses of histamine on human basophil degranulation triggered by D. pteronissinus extract. Ultra Low Doses 1991: 127-38.

3) Teste de ativação dos basófilos (pela expressão de CD63)Sainte-Laudy J, Sabbah A, Vallon C, Guerin JC. Analysis of anti-IgE and allergen induced human basophil activation by flow cytometry, comparison with histamine release. Inflammation Research 1998; 47(10): 401-8.

Principais pesquisasPrincipais pesquisas

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1) 1) Teste de degranulação dos Teste de degranulação dos basófilosbasófilos

Histamina diluída inibe a degranulação de basófilos significativa-mente em diferentes diluições.

Sainte-Laudy J, Sambucy JL, Belon P. Ultra Low Doses 1991: 127-38.

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Estudo multicêntrico com o objetivo de replicar os resultados obtidos anteriormente.

3674 medidas em 4 laboratórios diferentes: efeito global altamente significante da histamina ultra-diluída (p<0,0001).

Comparação da porcentagem de degranulação induzida por anti-IgE na ausência e presença de diluições de histamina (15CH-19CH).

Belon P, Cumps J, Ennis M, et al.

Inflammation Research 1999; 48: S17–S18.

CONCLUSÃO: Altas diluições de histamina exercem um efeito inibitório na sua degranulação induzida por anti-IgE, da mesma forma que a histamina ponderal.

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2) 2) Teste de liberação de histaminaTeste de liberação de histamina

Os resultados representam a média de 14 experimentos. Para todas as diluições testadas houve uma diferença

significante em relação ao controle (*p<0,05, **p<0,001).

Sainte-Laudy J, Sambucy JL, Belon P. Ultra Low Doses 1991: 127-38.

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3) 3) Teste de ativação dos basófilos (pela Teste de ativação dos basófilos (pela expressão de CD63)expressão de CD63) Método: citometria de fluxo – cálculo da % de inibição da

ativação nas diluições de 15 a 19CH 36 experimentos, realizados três vezes. * (p<0,01).

Sainte-Laudy J, Sabbah A, Vallon C, Guerin JC. Inflammation Research 1998; 47(10): 401-8.

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REILLY DT et al. Is homoeopathy a placebo response? Controlled trial of homoeopathic potency, with pollen in hayfever as model. Lancet 1986; 2 (8512): 881-886.

LUDTKE R, WIESENAUER M. A meta-analysis of homeopathic treatment of pollinosis with Galphimia glauca. Forsch Komplementärmed 1996; 3: 230-236.

WEISER M, GEGENHEIMER LH, KLEIN P. A randomized equivalence trial comparing the efficacy and safety of Luffa comp.-Heel nasal spray with cromolyn sodium spray in the treatment of seasonal allergic rhinitis. Forsch Komplementärmed. 1999; 6(3): 142-148.

TAYLOR MA, REILLY D, LLEWELLYN-JONES RH. Randomised controlled trial of homoeopathy versus placebo in perennial allergic rhinitis with overview of four trial series. BMJ 2000; 321(7259): 471-6.

P E S Q U I S A C L Í N I C AP E S Q U I S A C L Í N I C A

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REILLY DT et al. Is homoeopathy a placebo response? Controlled trial of homoeopathic potency, with pollen in hayfever as model. Lancet 1986; 2 (8512): 881-886. Metodologia: comparação do efeito da preparação

homeopática de mistura de pólen de grama com placebo em 144 pacientes com polinose (febre do feno)

Resultados: tratamento homeopático reduziu significati-vamente o escore de sintomas avaliado pelo paciente e pelo médico e reduziu pela metade a necessidade de anti-histamínicos.

Resultados: uma agravação inicial dos sintomas foi notada mais freqüentemente nos pacientes recebendo homeopatia, seguida por uma melhora significativa.

Conclusão: os resultados não sustentam a idéia de que a ação do placebo explica a resposta clínica aos medicamentos homeopáticos.

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LUDTKE R, WIESENAUER M. A meta-analysis of homeopathic treatment of pollinosis with Galphimia glauca. Forsch Komplementärmed 1996; 3: 230-236. Metodologia: meta-análise dos trabalhos sobre Galphimia

glauca versus placebo no tratamento de polinose. Resultados: incluídos sete ECR placebo-controlados e

quatro ensaios não placebo-controlados Um total de 1038 pacientes foram avaliados (752 nos ECR) mostrando uma superioridade significante da Galphimia glauca sobre o placebo, comparável ao uso de anti-histamínicos, com a vantagem de não ter efeitos colaterais.

Conclusão: o medicamento homeopático Galphimia glauca é eficaz no tratamento da polinose.

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WEISER M, GEGENHEIMER LH, KLEIN P. A randomized equivalence trial comparing the efficacy and safety of Luffa comp.-Heel nasal spray with cromolyn sodium spray in the treatment of seasonal allergic rhinitis. Forsch Komplementärmed. 1999; 6(3): 142-148. Metodologia: investigar a eficácia e tolerabilidade do spray

nasal homeopático (Luffa, Galphinia glauca, Histaminum e Sulphur) X spray nasal de Cromoglicato de sódio em 146 pacientes com rinite alérgica sazonal tratados por 12 dias.

Resultados: houve uma melhora mais rápida e persistente no grupo homeopático e o escore global do ‘questionário de qualidade de vida de rinoconjuntivite’ melhorou significativamente em ambos os tratamentos.

Conclusão: o spray homeopático é eficiente e bem tolerado, assim como a terapia com spray de Cromoglicato de sódio.

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TAYLOR MA, REILLY D, LLEWELLYN-JONES RH. Randomised controlled trial of homoeopathy versus placebo in perennial allergic rhinitis with overview of four trial series. BMJ 2000; 321(7259): 471-6. Metodologia: tratamento isoterápico (principal alérgeno

dinamizado em 30CH) em 51 pacientes com rinite perene. Resultados: O grupo homeopático, após três ou quatro

semanas de tratamento teve uma melhora significante no peak-flow nasal, quando comparado com o grupo placebo. Ambos os grupos melhoraram seus sintomas (pela escala visual analógica), com uma tendência a maior melhora no grupo homeopático, mas sem significância estatística.

Resultados: Adição deste resultado com outros três ensaios prévios (total de 253 pacientes) mostrou uma redução média de sintomas na escala visual analógica de 28% para o tratamento homeopático versus 3% para o placebo.

Conclusão: os resultados objetivos reforçam a evidência anterior de que as diluições homeopáticas diferem do placebo.

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Gandhi e a Homeopatia

"A Homeopatia é o mais fino método que existe para tratar as pessoas de maneira econômica e seguindo os princípios da não violência.(...).

O Governo deve encorajar seu emprego e favorecer o seu desenvolvimento em nosso país."  Mohandas Karamchand Gandhi

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“O eterno mistério do mundo é a possibilidade de o compreendermos... O fato de que ele seja compreensível é um milagre.” Albert Einsten

“Existem apenas duas maneiras de ver a vida: Uma é pensar que não existem milagres, a outra é que tudo é um milagre.” Albert Einstein