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Abeta Livro Pas 2011
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PROGRAMAAVENTURA
SEGURACONCEPO, METOdOlOGiA E RESUlTAdOS
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2 Programa Aventura Segura
ExpedienteRepblica Federativado BrasilDilma Rousseff
Presidenta da Repblica
Ministrio do TurismoPedro Novais Lima
Ministro de Estado do Turismo
Colbert Martins da Silva FilhoSecretrio Nacional de Programas deDesenvolvimento do Turismo
Francisca Regina
Magalhes CavalcanteDiretora do Departamento de Qualifcao e
Certifcao e de Produo Associada ao Turismo
Freda Azevedo Dias
Coordenadora-Geral de Qualifcao e Certifcao
SEBRAE Nacional
Conselho Deliberativo Nacional
Roberto Simes
Presidente
Diretoria Executiva
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Diretor-Presidente
Jos Claudio Silva dos Santos
Diretor de Administrao e Finanas
Carlos Alberto dos Santos
Diretor Tcnico
Unidade de Atendimento
Coletivo ServiosVinicius Lages
Gerente
Dival SchmidtAnalista
Germana MagalhesAnalista
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3Programa Aventura Segura
Associao Brasileira dasEmpresas de Ecoturismoe Turismo de AventuraJean-Claude RazelPresidente
Denise SantiagoVice-Presidente
Raphael RaineDiretor de Articulao
Patrick MllerDiretor de Mercado Nacional
P964 Programa Aventura Segura: concepo, metodologia e resultados /ABETA e Ministrio do Turismo. Belo Horizonte: Ed. dos autores, 2011.106 p. (Srie Aventura Segura)
ISBN: 978-85-62714-19-1
1. Ecoturismo. 2. Turismo de Aventura. 3. Aventura Segura. I. AssociaoBrasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura.II.Brasil.Ministrio do Turismo.
CDD: 338.4791CDU: 380.8
Elaborada por: Maria Aparecida Costa Duarte CRB/6-1047
Impresso em papel certifcado proveniente de ontes controladas.
Eduardo CoelhoDiretor de Comunicao
Eduardo CunhaDiretor de Desenvolvimento e Qualifcao
Camila BarpDiretora de Mercado Internacional
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Feche os olhos e imagineum lugar muito especial,cheio de cores, sabores, cheirose sonoridades. Cada passo leva
voc deliciosamente para umcontexto cultural dierente. S osorriso das pessoas e as belezasnaturais so constantes. Imagineque essa natureza exuberante ainda
pouco conhecida, ou menos reveladado que poderia ser, no por ser hostil,mas por permear-se de mistrios e mitos.No passado, aventurar-se por seus caminhos poderiasignifcar perigo. Mas hoje, no. A aventura continuaali, porm agora no risco, descoberta - turismo.
Turismo com gesto, procedimentos, normas equal i icao. Ecotur i smo e Tur i smo de Aventura .
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Abra os olhos. O que voc v? Voc ainda
est nesse lugar especial, no est?
Esse lugar aqui, o Brasil. Essagente sorridente somos ns. E oque deu a esse turismo novos
contornos e possibilidades deinterao chama-se PAS
Programa Aventura Segura.
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8 Programa Aventura Segura
Carta do Ministro de Estado do Turismo - Pedro Novais Lima
Quando pensamos no Brasil imaginamos
logo extenses continentais, paisagens va-
riadas e uma grande diversidade cultural
ruto da nossa miscigenao , que azem
do nosso pas um destino turstico privile-
giado e nico. Nossos cenrios naturais soum convite irresistvel descoberta desse
mosaico riqussimo chamado Brasil.
O Programa Aventura Segura, voltado para
os segmentos de Ecoturismo e Turismo de
Aventura, atende ao comprometimentodo Ministrio do Turismo em diversifcar
a oerta turstica brasileira e atender com
qualidade, competncia e segurana brasi-
leiros e estrangeiros interessados em des-
vendar o que o Pas oerece.
O Programa resultado de parceria entre o
Ministrio do Turismo, a Associao Brasi-
leira das Empresas de Ecoturismo e Turismo
de Aventura (ABETA) e o Sebrae Nacional.
Com o Aventura Segura, levamos para o
universo do Ecoturismo e do Turismo de
Aventura seriedade, qualidade e compro-metimento com a segurana por meio de
metodologias variadas e de conhecimento
de ponta. Hoje, a Normalizao e a Certif-
cao em Sistema de Gesto da Segurana
(SGS) do Programa Aventura Segura reco-
nhecida internacionalmente. A certifcao
em Turismo de Aventura agrega alto valor
ao portlio das empresas, sendo impor-
tante dierencial num mercado altamente
competitivo.
Ao apostar em uma cultura de reoro aoempreendedorismo e ao associativismo,
temos hoje empresrios mais articulados,
com uma cultura associativa aorada e em
sincronia com o poder pblico. Todos em
busca de um s resultado: promover desti-
nos nacionais e atividades com qualidade,segurana e envolvimento da comunidade,
tendo como premissa o respeito ao meio
ambiente e ao uso economicamente susten-
tvel dos recursos naturais.
Essas transormaes esto em conor-
midade com o Plano Nacional de Turismo
(2011-2014). O Brasil , no momento, o Pas
dos grandes eventos esportivos: Copa das
Conederaes, em 2013; Copa do Mundo,
em 2014; e Jogos Olmpicos e Paraolmpicos
em 2016, no Rio de Janeiro. Os desafos esto
postos e so muitos, mas, com solues cria-tivas e competentes, as oportunidades sero
ainda maiores.
Pedro Novais LimaMinistro de Estado do Turismo
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9Programa Aventura Segura
Certeza de bons negcios
O Sebrae tem como uma de suas prioridades desenvolver
projetos de capacitao de micro e pequenas empresas em
todo o Brasil, por ser este o melhor caminho para aumentar
a competitividade dos pequenos negcios. Ao se tornarem
mais competitivas, as micro e pequenas empresas se orta-
lecem no mercado e aumentam as chances de crescerem e
continuarem nos negcios.
Ao participarmos do Programa Aventura Segura, demos um
passo alm, pois contribumos tambm para o desenvol-
vimento turstico de 17 regies do Brasil, em 13 dierentes
estados, que passaram a ter o Ecoturismo e o Turismo deAventura como onte de desenvolvimento econmico local.
No perodo de execuo do Programa oram 480 empresas
mobilizadas, quase 5 mil pessoas qualifcadas nos cursos
presenciais e a distncia, e aes em mais de 100 municpios.
Como resultado dessa parceria e desse conjunto de aes, as
micro e pequenas empresas dos segmentos de Ecoturismo
e Turismo de Aventura esto mais preparadas para receber
os turistas. Isso signifca mais segurana para os usurios e
bons negcios vista para os micro e pequenos empreende-
dores de Ecoturismo e Turismo de Aventura no Brasil.
Luiz Eduardo Pereira Barretto FilhoDiretor-Presidente do Sebrae Nacional
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10 Programa Aventura Segura
com grande orgulho que entregamos o re-latrio fnal do Programa Aventura Segura
(PAS). A ABETA e seus parceiros do Minis-
trio do Turismo e do Sebrae Nacional es-
creveram juntos a pgina mais importante
da histria do Ecoturismo e do Turismo de
Aventura no Brasil. Finalmente, esses seg-mentos saram do anonimato e hoje azem
parte da grande oerta do turismo brasileiro
em toda a sua diversidade e riqueza.
O trabalho realizado oi um divisor de guas
nos 17 destinos onde o Programa oi im-plementado. Pensando em cada um deles,
pode-se dizer que existem o antes e o depois
do Programa Aventura Segura. Nos basti-
dores oram criadas 28 Normas Tcnicas
especfcas para os segmentos no mbito da
ABNT e temos hoje, ao fnal do processo, 92
empresas que aderiram ao Programa e que
operam seus produtos com um Sistema de
Gesto da Segurana (SGS) certifcado. Este
sucesso j despertou interesse internacio-
nal: a experincia brasileira justifca a esco-
lha do Brasil como lder em conjunto com o
Reino Unido do grupo de trabalho no mbitoda ISO para criao de normas internacio-
nais de Turismo de Aventura!
A ABETA agradece a todos que, de longe
ou de perto, nos quatro cantos do Brasil,
participaram deste sucesso. Profssionais,
consultores, fnanciadores, secretarias deturismo e Sebrae estaduais, preeituras,
Unidades de Conservao e associaes
locais. Com certeza a determinao, a cria-
tividade e a viso do interesse coletivo pre-
valeceram para enrentar as difculdades e
os preconceitos.
Mas os maiores louros so dos empres-
rios de Ecoturismo e Turismo de Aventura
do Brasil que participaram do Programa.
Eles deram um salto de qualidade e de pro-
fssionalizao enomenal, deixando suasempresas ortalecidas e preparadas para
os desafos do uturo do turismo brasileiro,
hoje ocados na Copa do Mundo 2014 e nos
Jogos Olmpicos e Paraolmpicos 2016. Foi
principalmente a paixo do empresrio pela
Aventura e pela Natureza que permitiu este
avano espetacular. Em nome da ABETA, da
qual a maioria associada, quero parabeni-
z-los e registrar que fzeram a escolha cer-
ta: viver da sua paixo, promover a Cultura
da Vida ao Ar Livre em todas as suas dimen-
ses e oerecer para os brasileiros e para o
mundo todo atividades divertidas e segurasde Ecoturismo e de Turismo de Aventura.
Empresrios e associados, os sucessos regis-
trados neste livro so de todos vocs!
Jean-Claude RazelPresidente da ABETA
Carta do presidente da ABETA
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11Programa Aventura Segura
Em 2010, oram contabilizadas cerca de 2.000empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura noBrasil. Dessas, 942 esto localizadas nos Destinos(incluindo as regies dos Destinos expandidos)contemplados pelo Programa Aventura Segura, oque evidencia a grande cobertura do Programa.
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12 Programa Aventura Segura
NCE
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13Programa Aventura Segura
Apresentao ...............................................................................14
Cenrio .........................................................................................16
Trilhas virgens .............................................................................18
Os primeiros passos ....................................................................24
Os destinos contemplados .........................................................28
A chegada do SEBRAE .................................................................34
Novo lego: a assinatura de mais um convnio .....................36
As metas do PAS ..........................................................................38
Monitoramento e resultados......................................................72
Lies do PAS ...............................................................................86
Depoimentos fnais .....................................................................92
Ficha tcnica ................................................................................101
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14 Programa Aventura Segura Apresentao
Iniciado em 2006, o Programa Aventura Segura (PAS)
resultado de uma iniciativa do Ministrio do Turismo emparceria com o Sebrae Nacional que, por intermdio da enti-
dade executora ABETA Associao Brasileira das Empresas
de Ecoturismo e Turismo de Aventura , se consagrou como
a maior iniciativa de organizao e desenvolvimento do
Ecoturismo e do Turismo de Aventura, visando ortalecer,
qualifcar, certifcar e estruturar a oerta desses segmentos.
APRESENTAO
15
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15Apresentao Programa Aventura Segura
Turismo de Aventura compreende os
movimentos tursticos decorrentes daprtica de atividades de aventura de
carter recreativo e no competitivo.
Ou seja, so atividades que envol-
vem riscos avaliados, controlados e
assumidos.
Ecoturismo o segmento da atividadeturstica que utiliza, de orma susten-
tvel, o patrimnio natural e cultural,incentiva sua conservao e busca a
ormao de uma conscincia ambien-
talista por meio da interpretao do
ambiente, promovendo o bem-estar
das populaes.
BRASIL. Ministrio do Turismo. Secretaria Nacional de Polticas de Turismo.
Marcos Conceituais. Braslia, 2008. 56 p.
16 P A t S A t 16 A H t P A t
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16 Programa Aventura Segura Apresentao16 A Hstra o Programa
Aventura Segura
Apresentao
Diante do ritmo acelerado da vida contempornea, da rotina
diria e da correria das grandes cidades, homens e mulhe-
res querem cada vez mais ugir, retornar s suas origens eser criana novamente esta uma orma de recuperarem
suas energias e se sentirem mais humanizados. A viagem
proporciona essa uga prazerosa e o contato com a diversi-
dade brasileira oerece a oportunidade ideal para esse reen-
contro. O brasileiro descobriu no turismo um caminho para
ser mais eliz.
CENRO
17Cenrio Programa Aventura Segura
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17Cenrio Programa Aventura Segura
A atividade turstica vem experimentandouma grande evoluo no Brasil. As condies eco-nmicas e polticas proporcionadas pelo Plano Reala partir de 1994 e a criao do Ministrio do Turismo, em
2003, alm de vrias aes de iniciativa pblica e privada
impulsionaram vigorosamente o uxo turstico. Desde en-
to, a estrutura do setor tem se desenvolvido, gerando novasoportunidades de trabalho e renda e contribuindo para a
reduo das desigualdades sociais, sobretudo em pequenas
cidades e lugarejos, destinos to apreciados pelos turistas.
O Ecoturismo e o Turismo de Aventura j eram apontados
pela Organizao Mundial do Turismo (OMT), em 2003,
como segmentos em plena expanso, se comparados s m-
dias de crescimento do turismo em geral. O Brasil, apesar
do notrio potencial, no era reconhecido e comercializado
como um destino de Ecoturismo e de Turismo de Aventura
no mundo. Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Turismo
(Embratur) e o Ministrio do Turismo consideraram o Eco-
turismo e o Turismo de Aventura segmentos estratgicos a
serem priorizados em suas aes e investimentos.
Diante do universo de oertantes de atividades de Ecoturis-
mo e Aventura no Brasil e o seu potencial de gerar emprego
e renda para os destinos do pas, era preciso estimular es-
ses segmentos com iniciativas abrangentes e proundas dequalifcao, uma vez que a oerta de cursos de capacitao
para os profssionais era incipiente e ainda insufciente para
atender s complexas demandas das atividades desenvolvi-
das. Entretanto, embora essencial, a qualifcao no oi a
primeira etapa da organizao desses segmentos.
18 Programa Aventura Segura Cenrio
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18 Programa Aventura Segura Cenrio
Conversas acerca do Turismo de Aventura e sobre como or-
ganiz-lo no Brasil eram comuns entre o ento Ministro doTurismo Walrido Mares Guia e seu amigo Cludio de Moura
Castro, um praticante e deensor de atividades de aventu-
ra. As experincias internacionais de Moura Castro, alm
de inspirao para a publicao de vrios livros, tambm
despertavam nele um incmodo em relao precariedade
das atividades praticadas em ambientes naturais.
TRLHAS VRGENSComo tudo comeou
19Trilhas virgens Programa Aventura Segura
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19Trilhas virgens Programa Aventura Segura
Eu falei ao Walfrido1 sobre a necessidade dedesenvolver e de promover o Turismo de Aventurano Brasil. (...) Em contato com o Gustavo Timo,comeamos a ver o setor de perto, o nmero deacidentes, as prticas inadequadas e o despreparodos prossionais. A eu disse ao Walfrido que, antes
de promover o Turismo de Aventura, era precisodesenvolver padres de segurana melhores.
Cludio de Moura e Castro, eucaor
As conversas evoluram, mais pessoas se envolveram e o
Ministrio do Turismo compreendeu a relevncia de priori-
zar o Turismo de Aventura no desenvolvimento do Sistema
Brasileiro de Avaliao da Conormidade (Certifcao) em
Turismo. Na poca, era grande a necessidade de combater e
prevenir acidentes, que, alm de envolver vidas, maculavam
a imagem do segmento dentro e ora do pas.
Em dezembro de 2003, o Ministrio do Turismo lanou
o Projeto de Normalizao e Certifcao em Turismo de
Aventura que visava identifcar os aspectos crticos da ope-
rao responsvel e segura desse segmento e subsidiar o
desenvolvimento de um conjunto de Normas Tcnicas para
as diversas atividades. A entidade executora oi o Instituto
de Hospitalidade (IH) que teve como parceira a AssociaoBrasileira de Normas Tcnicas, na fgura do seu Comit
Brasileiro do Turismo (ABNT/CB-54). Foi, ento, elaborado
o primeiro diagnstico do segmento e, em 2004, teve incio
o desenvolvimento das Normas para os aspectos crticos
identifcados na primeira ase do Projeto. As Normas oram
1 Walrido Mares Guia, Ministro de Estado do Turismo entre 2003 e 2007.
Certifcao um conjunto deatividades desenvolvidas por
um organismo independente
da relao comercial com o ob-
jetivo de atestar publicamente,
por escrito, que determinado
produto, processo ou servio
est em conormidade com os
requisitos especifcados.
Normalizao a atividade
que estabelece, em relaoa problemas existentes ou
potenciais, prescries desti-
nadas utilizao comum e
repetitiva com vistas obten-
o do grau timo de ordem
em um dado contexto (ABNT).
As normas tcnicas para os
segmentos de Ecoturismo e
Turismo de Aventura no Brasil
tm como objetivos prevenir
acidentes, estimular a prti-
ca com segurana, visando
expanso do segmento e a
gerao de emprego e renda.
A ABNT uma entidadeprivada qual se delegou a
discusso pblica das NormasTcnicas. Por intermdio de
seus comits especializados,
sua uno oi reunir peritos
sobre o assunto e estabelecer
como o contedo das Nor-
mas seria produzido pelos
profssionais, pelos usurios
e demais partes interessadas,
como a academia.
20 Programa Aventura Segura Trilhas virgens
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g g g
elaboradas por Comisses de Estudo do Subcomit Turismode Aventura, que ouviram representantes dos segmentos
interessados, promovendo discusses e anlises. O processo
continua nos dias de hoje, mas j h 28 Normas especfcas
para o segmento, que se encontram disposio do pblico
para consulta2.
Numa reunio ocorrida na Adventure Sports Fair, em 2003,
um grupo de empresrios ligados ao Turismo de Aventura
e o Ministrio do Turismo se reuniram para discutir o que
azer para melhorar as condies de qualidade e segurana
nesse segmento.
Samos da reunio com a determinao de fazerum trabalho em conjunto com o empresariado,de maneira a construir um arcabouo legal enormativo para dar segurana a essa atividade.
Tnia Arantes, ex-coorenaora Gera e Quafcaoe Certfcao o Mnstro o Tursmo
2 Quando da publicao deste livro, estava vigente o Convnio entre MTure ABNT que disponibiliza o acesso gratuito s Normas Tcnicas de Turismo(ABNT NBR) no site www.abnt.org.br/mtur.
21Trilhas virgens Programa Aventura Segura
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As reunies entre empresrios do Turismo de Aventurae do Ecoturismo e integrantes do Ministrio doTurismo, em 2003 oram um marco na regulamentaodas atividades do segmento no Brasil.
22 Programa Aventura Segura O surgimento da ABETA
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O SURGMENUm pas de dimenso continental como o Brasil, com mais
de 8 mil quilmetros de litoral, com relevos e ecossistemasdos mais diversifcados oerecia (e ainda oerece) para ns,
empreendedores do Turismo de Natureza, a oportunidade
ideal de aliar o amor pelas atividades ao ar livre atuao
profssional nesse segmento, compartilhando com outras
pessoas nossa intimidade com o espao natural e seu imen-
so potencial de prazer e contemplao.
Porm, to grande quanto a nossa paixo pelo mato, pelos
sertes, montanhas e praias, era o desafo de estruturar um
segmento de mercado extremamente pulverizado, desarti-
culado, com pfa representatividade poltica e pontuado por
acidentes recorrentes e conceitos equivocados diundidos
por parte do mercado, imprensa e sociedade.
Diante disso, um grupo de empreendedores oriundos de
todas as regies do pas comeou a estabelecer contato e
passou a perceber que as difculdades experimentadas eram
comuns e que somente por meio do esoro conjunto seria
possvel construir um cenrio mais seguro e sustentvel.
Assim, em 2003, a partir de um movimento espontneo e
crescente de empreendedores, condutores, colaboradores do
segmento e autoridades governamentais, surgido durante as
edies da Adventure Sports Fair em So Paulo, oi constatada a
necessidade premente de maior organizao e ormalizao
por Felipe Arago JrEx-Presidente da ABETA
23O surgimento da ABETA Programa Aventura Segura
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TO A ABETAdo setor. Tal iniciativa levou criao de uma lista de dis-cusso via internet, que se tornou o embrio da atual Asso-
ciao Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo deAventura. Orgulho-me de ter eito parte da sua undao e
de t-la presidido em sua primeira gesto ao lado dos bravos
diretores Gustavo Timo, Massimo Desiati, Ion David Zaran-
tonelli, Israel Waligora e Ronaldo Nativo Franzen Jr..
Formalizada a ABETA em agosto de 2004, o objetivo ento
oi atacar os dois maiores gargalos do setor: a qualifcao
profssional e a preveno de acidentes. O desafo oi tam-
bm assumido pelo Ministrio do Turismo e pelo Sebrae
Nacional, parceiros excepcionais que proporcionaram parte
signifcativa dos meios para que o Ecoturismo e o Turismo
de Aventura dessem o gigantesco salto de organizao e
competitividade que vm demonstrando nos ltimos anos,especialmente, a partir do Programa Aventura Segura. Seu
maior truno oi concentrar aes estratgicas de normali-
zao e certifcao de atividades e processos, de qualifca-
o profssional e de ortalecimento institucional.
Fundamos a ABETA porque precisvamos de umaentidade representativa. Ou o setor se envolvia eganhava poder de organizao e governana, ou
seramos alijados do processo. Assim, a ABETA uma resposta ao processo de normalizao.
Gustavo Timo, atua Coorenaor Gerae um os unaores a ABETA.
24 Programa Aventura Segura O surgimento da ABETA
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Uma vez criadas e discutidas as Normas para o segmen-
to, era preciso torn-las conhecidas e, principalmente,
mobilizar as empresas para que a normalizao osseimplementada.
OS PRMEROSPASSOS
25Os primeiros passos Programa Aventura Segura
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Diante desse contexto e atendendo a uma de-manda do Ministrio do Turismo, a ABETA elabo-rou um projeto de qualifcao para o Ecoturismo e oTurismo de Aventura. O documento oi apresentado ao
Ministrio, que props melhorias e apontou a necessidade
de aumentar sua abrangncia.
A proposta ganhou corpo com a previso de cursos de qua-
lifcao profssional, ormao de Grupos Voluntrios de
Busca e Salvamento (GVBS), alm de iniciativas de associa-
tivismo e disseminao do conhecimento. Procurando ob-
ter dierentes opinies tcnicas, Gustavo Timo, da ABETA,
apresentou a proposta de Mobilizao Associativismo e
GVBS a especialistas nos temas, que sugeriram contedos
e metodologias para cursos e para o que viria a ser a Assis-
tncia Tcnica para implantao do Sistema de Gesto da
Segurana nas empresas.
Tendo em vista a grande disperso dos profssionais que se
pretendia contemplar, oi includa a modalidade de ensino adistncia como orma de ampliar a cobertura do projeto. No-
vas contribuies de especialistas defniram o detalhamen-
to metodolgico e tcnico desses cursos, o que deu maior
envergadura ao projeto. Por parte do Ministrio do Turismo,
as contribuies de Carla Maria Naves Ferreira, ento Di-
retora do Departamento de Qualifcao e Certifcao e deProduo Associada ao Turismo da Secretaria Nacional de
Programas de Desenvolvimento do Turismo do Ministrio
do Turismo e Tnia Arantes, ento Coordenadora Geral de
Qualifcao e Certifcao do Ministrio do Turismo, oram
undamentais nas orientaes sobre o escopo do projeto.
A ideia era antstica eas expectativas, enormes.O ato de o investimentoser do Governo Federal oi
uma importante mudanana poltica pblica voltadapara o turismo.Edner Brasil, EquipeAventura Segura/ABETA.
Era especial porque eramuito virgem. A gente teve aoportunidade de construir dozero. Fizemos o PAS com umaviso de longo prazo, com ocompromisso de transormar.No era azer um cursinho,uma coisa qualquer. Era azer omelhor possvel. Conseguimosreunir um grupo de pessoase instituies que toparamo desafo. Apresentamos
propostas de que o setor deato precisava; era um discursobaseado na realidade. Isso
porque, em 2006, fzemosum diagnstico que tirouuma otografa muito bem
eita da realidade do Turismode Aventura no Brasil.Esse diagnstico ormouo nosso modelo mental.
Gustavo Timo, atualCoordenador Geral e um
dos fundadores da ABETA.
26 Programa Aventura Segura Os primeiros passos
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Assim, em outubro de 2005, o Ministrio do Turismo e aABETA estabeleceram uma parceria indita no pas. Nascia
o Projeto de Fortalecimento e Qualifcao do Turismo de Aventura
no Brasil, conhecido como Programa Aventura Segura. Era
mais um marco nas polticas pblicas do turismo no pas.
As primeiras aes do Programa aconteceram em 2006,quando o Convnio entre as entidades envolvidas oi assina-
do. Nesse mesmo ano, um diagnstico nacional do segmen-
to oi elaborado e, na sequncia, delineou-se o planejamento
estratgico do Ecoturismo e do Turismo de Aventura.
O Projeto de Normalizao e Certifcao em Turismo de
Aventura, iniciado em 2003, e o Programa Aventura Segura
se encadearam no tempo: o fnal do Projeto de Normalizao
coincidiu com o primeiro ano do PAS. Os projetos estavam
estreitamente ligados porque o Aventura Segura se utilizou
das Normas para iniciar as suas aes.
Com quatro grandes metas Qualifcao Profssional, Gru-pos Voluntrios de Busca e Salvamento (GVBS), Associativis-
mo e Disseminao do Conhecimento e trabalhando com
cursos presenciais e de educao a distncia (EAD), o PAS
abrangia, inicialmente, dez destinos prioritrios.
Tanto para ns (equipe) comopara os empresrios, tudo eramuito novo. Estvamos aomesmo tempo construindo aABETA, que at ento possuauma equipe voluntria, econstruindo o ProgramaAventura Segura. Mesmo com
um plano de trabalho e umametodologia a ser seguida,todo o detalhamento das aes,o desenho de cada processo,tudo oi sendo construdo pelaequipe, que oi crescendo,crescendo. Quando comecei,a ABETA no tinha nem
50 empresas associadas.As empresas de Ecoturismoe Turismo de Aventuraeram muito pequenas, osempresrios aziam de tudo um
pouco. Alm disso, eram muitodesconfados. Mas com muito
profssionalismo, dedicao
intensa e qualidade omosconquistando a confana deles.s vezes, eu sentia que muitosnem entendiam muito bem oque estavam azendo e o que
azamos. Tudo era muito novo.Marianne Costa, EquipeAventura Segura/ABETA
FlutuaoNo ano de 2010, oram identifcadas um total de
134 empresas envolvidas com a utuao no Brasil.Dentre as encontradas, a maior concentrao deempresas, aproximadamente 28%, est no destinoBonito e Serra da Bodoquena.
27Os primeiros passos Programa Aventura Segura
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O Programa Aventura Segura, em concordncia com o PlanoNacional de Turismo (PNT), tinha como objetivos:
Fortalecimento institucional do segmento;
Qualicao e capacitao de condutores,empresrios e prossionais;
Desenvolvimento de capacidade de resposta aemergncias e acidentes;
Ampla disseminao da cultura da qualidadee da segurana para a operao responsvel esegura das atividades de Ecoturismo e Turismode Aventura;
Subsdio s iniciativas de certicao com basenas Normas Tcnicas de Turismo de Aventurada ABNT.
O Plano Nacional do Turismolanado em abril de 2003 oi
um instrumento de plane-
jamento do Ministrio do
Turismo que explicitava o pen-
samento do governo e do setor
produtivo e orientava as aes
necessrias para consolidar o
desenvolvimento do setor.
QuadricicloNo Brasil, o quadriciclo est entre as ativida-des de Turismo de Aventura que mais cresce-ram entre 2007 e 2010.
28 Programa Aventura Segura Os primeiros passos
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O primeiro Convnio contemplou dez dos quinze destinos
prioritrios que oram selecionados por serem reconheci-
dos pela oerta de Ecoturismo e Turismo de Aventura e que
oram objeto do diagnstico realizado em 2006. Em segui-
da, um novo Convnio incluiu os cinco destinos adicionais,
alm do destino Socorro/SP, que havia sido escolhido comoDestino Reerncia em Acessibilidade em Turismo de Aven-
tura no Brasil, bem como a incluso do Grupo So Paulo.
Com a implantao do Programa, percebeu-se necessidade
de alterar a confgurao inicial de cobertura nos destinos,
reduzindo o nmero de municpios em alguns casos e, em
outros, ampliando a rea geogrfca contemplada.
OS ESTNOSCONTEMPLAOS
29Os destinhos contemplados Programa Aventura Segura
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No destino Manaus, por exemplo, oram inclu-das as capitais dos Estados do Acre e de Roraima,permitindo que maior nmero de empresas osse en-volvido no Programa. O mesmo ocorreu no destino Recie
e Fernando de Noronha, que passou a incluir empresas de
Alagoas, Paraba e Rio Grande do Norte. Em outros, como Bo-
nito e Serra da Bodoquena, incluiu-se o municpio porta de
entrada do destino: Campo Grande. Essa nova confgurao
oi denominada Destino Expandido. Houve ainda a incluso
do chamado Grupo So Paulo, ormado por um conjunto de
empresas de diversos municpios e no de destinos, o que
atendeu a uma demanda do Sebrae Estadual.
Quando eu entrei, quei assustada com otamanho do Programa. Normalmente, um programainovador comea por dois ou trs destinos e depois
ampliado. O Aventura Segura comeou com dez e depois incluiu mais sete destinos no Brasiltodo, com diversas empresas e fornecedores.
Stela Maris, Equipe Aventura Segura/ABETA
Esses destinos oram contemplados pelo Ministrio doTurismo conorme critrios bem especfcos, como apresena de empresas ormalizadas, o uxo tursticonacional e internacional, a no incidncia de turismosexual inantil, a existncia de Unidades de Conserva-o e a mobilizao a partir de um sistema associativo
na regio.
30 Programa Aventura Segura Os destinhos contemplados 31Os destinos contemplados Programa Aventura Segura
Destinos contemplados no PAS e municpios
Fortaleza (antigo Fortaleza Metropolitana)
Aquiraz, Camocim, Caucaia, Fortaleza, Guaramiranga, Jijoca de Jericoacoara e
Maranguape
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Brotas
Analndia, Brotas, Itirapina e So Pedro
Serra Gacha
Bento Gonalves, Cambar do Sul, Candelria, Canela, Caxias do Sul, Garibaldi,
Gramado, Osrio, So Jos dos Ausentes, Torres (RS),
Bom Jardim da Serra e Praia Grande (SC)
Florianpolis
guas Mornas, Apina, Dr. Pedrinho, Florianpolis, Garopaba, Governador Celso Ramos,
Gravatal, Joinville, Palhoa, Santa Rosa de Lima e Santo Amaro da Imperatriz
Paran (antigo Foz do Iguau)
Curitiba, Foz do Iguau, Morretes, Ponta Grossa e Prudentpolis
Manaus
Manaus, Presidente Figueiredo (AM),
Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC)
Chapada dos Veadeiros
Alto Paraso de Gois, Cavalcante, So Joo dAliana
e Pirenpolis
Bonito e Serra da Bodoquena
Bonito, Bodoquena, Jardim e Campo Grande
Lenis Maranhenses
Barreirinhas, Carolina e So Lus
AM
RRAP
RO
MT
TO
MS
BA
GO
DF
AC
MA
PI
CERN
PB
PE
AL
SE
PA
PR
SP RJ
MG
ES
SC
RS
Destinos contemplados no PAS e municpioscom empresas participantes
Vale do Ribeira (antigo Petar)
Apia, Barra do Turvo, Campinas, Capo Bonito, Eldorado, Guapiara, Iporangae Sete Barras
Rio de Janeiro (antigo Rio de Janeiro Metropolitana)
Niteri e Rio de Janeiro
Serra dos rgos (antigo Serra Verde Imperial)
Petrpolis, Terespolis e Nova Friburgo
Serra do Cip
Belo Horizonte, Conceio do Mato Dentro, Jaboticatubas, Morro do Pilar
e Santana do Riacho
Socorro
Socorro e Joanpolis
Grupo So Paulo
Atibaia, Campinas, Campos do Jordo, Iper, Pindamonhangaba, So Jos do
Barreiro, So Jos dos Campos, So Luiz do Paraitinga, Ubatuba (SP)
e Sapuca Mirim (MG)
Chapada Diamantina
Andara, Ibicoara, Iraquara, Lenis, Mucug, Palmeiras e Salvador
Recife e Fernando de Noronha (antigo Recife Metropolitana e Agreste)
Bezerros, Bonito, Caruaru, Fernando de Noronha, Gravat, Ipojuca, Moreno,
Primavera, Recife (PE),Joo Pessoa (PB), Macei (AL) e Tibau do Sul (RN)
Maranguape
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RapelNo ano de 2010, oram identifcadas 392empresas envolvidas com a prtica de rapel no
Brasil. O destino Bonito e Serra da Bodoquenaapresenta um nmero considervel deempresas oertantes da atividade.
Chapada dos VeadeirosO Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros oi
reconhecido como Patrimnio Natural Mundialpela UNESCO em Dezembro de 2001.
34 Programa Aventura Segura A chegada do SEBRAE
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A oerta de Ecoturismo e Turismo de Aventura no Brasil
realizada, tipicamente, por micro e pequenas empresas que
tm rente do negcio os prprios scios. Tais empreen-
dedores esto nessa posio no apenas para garantir asobrevivncia da empresa, mas porque, via de regra, so
apreciadores da vida ao ar livre e amam o que azem. o
que normalmente se denomina empresas de estilo de vida.
Essas caractersticas empresariais so o oco de atuao do
Sebrae e, nesse sentido, o Programa Aventura Segura ajus-
ta-se pereitamente aos seus propsitos.
A CHEGAA OSEBRAE
35A chegada do SEBRAE Programa Aventura Segura
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Assim, pensando-se em ampliar ainda maiso potencial das aes do PAS, em 2006, comea-ram a se articular as negociaes para uma parceriacom o Sebrae. A ideia era adaptar a metodologia da Tecnolo-gia Industrial Bsica (TIB) realidade do PAS, ou seja, tratar,
no Programa, de questes reerentes a normalizao, regula-
mentao tcnica, Avaliao da Conormidade e tecnologias
de gesto.
No Salo de Turismo de 2006, o Programa Aventura Seguraganhou ofcialmente o reoro do Sebrae. Entre os avanos
valiosos proporcionados por essa parceria est a incluso
de mais duas metas: Qualifcao Empresarial e Certifca-
o de Empresas.
Com o apoio do Sebrae, as responsabilidades do PAS oramampliadas e redistribudas entre os parceiros, cabendo ao
Ministrio do Turismo e ao Sebrae Nacional a coordenao
e governana do Programa, aos Sebrae Estaduais a articula-
o e logsticas locais e ABETA a coordenao e execuo
do Programa. O aporte fnanceiro para tais aes oi do Mi-
nistrio do Turismo e do Sebrae Nacional.
Ns criamos uma redemuito orte e, com isso,conseguimos apoios muitoimportantes para a execuo doPrograma. Esse ortalecimentoda governana local oi
undamental para os resultadospositivos que obtivemos.Leonardo Persi, EquipeAventura Segura/ABETA
A aproximao com o Sebrae
se deu, na verdade, desdeo primeiro momento tantopela prpria caracterstica daABETA, que composta por
pequenas e mdias empresas,quanto pelo ato de o PAS
pretender a qualifcao depessoas e empresas. Alm
disso, o Sebrae sempre estevepresente em aes ligadas aoturismo, entendendo-o comouma importante erramentana gerao de renda esuperao de pobreza.Israel Waligora,Ex-Presidente da ABETA
36 Programa Aventura Segura Umnovoflego:aassinaturademaisumconvnio
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No dia 23 de novembro de 2007, oi frmado um novo con-
vnio para o PAS. Com a ampliao dos recursos, oram
includas mais duas metas: Disseminao de Prticas Socio-
ambientais e Campanha do Consumo Consciente.
NOVO FLEGO:A ASSNATURA E
MAS UM CONVNO
37Umnovoflego:aassinaturademaisumconvnio Programa Aventura Segura
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38 Programa Aventura Segura As metas do PAS
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AS METAS O PAS
39As metas do PAS Programa Aventura Segura
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DISSEMINAO DOCONHECIMENTO
Disseminao de conhecimento tcnico relacionado a gesto
empresarial e operao responsvel e segura do segmento.
ASSOCIATIVISMOE GOVERNANA
Fortalecimento e articulao de organizaes representativas do
segmento do Turismo de Aventura.Elaborao de planejamento estratgico para o desenvolvimento
do segmento com qualidade, sustentabilidade e segurana.
GRUPOS VOLUNTRIOSDE BUSCA ESALVAMENTO GVBS
Organizao, qualifcao e estruturao de Grupos Voluntrios
de Busca e Salvamento.
SOCIOAMBIENTALDisseminao de prticas socioambientais responsveis entre os
empresrios de Turismo de Aventura.
CONSUMO CONSCIENTEConscientizao de consumidores como mecanismo de induo
adoo de normas e padres de qualidade e segurana.
QUALIFICAOEMPRESARIAL
Assistncia tcnica s micro e pequenas empresas, para ado-
o de boas prticas de gesto da segurana no Turismo de
Aventura e implementao dos requisitos da Norma Tcnica
ABNT 15331 - Sistema de Gesto da Segurana Requisitos, vi-sando certifcao.
Qualifcao e educao de empreendedores e gestores do seg-
mento para o aprimoramento da gesto empresarial no Turismo
de Aventura.
QUALIFICAOPROFISSIONAL
Qualifcao e educao de empreendedores, gestores e profs-
sionais do Turismo de Aventura para prticas seguras, ambien-
talmente responsveis e socialmente justas.
CERTIFICAO DEEMPRESAS E PESSOAS
Avaliao da Conormidade para certifcao de profssionais
e de empresas tendo como reerncias a Norma Tcnica ABNT
15285 (Turismo de Aventura Condutores Competncia de
Pessoal) e a ABNT NBR 15331 (Turismo de Aventura Sistema de
Gesto da Segurana Requisitos).
40 Programa Aventura Segura As metas do PAS
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O PAS nos destinos: SeminriosTcnicos de MobilizaoConcebidos em um primeiro momento como reunies para
diagnstico e mobilizao inicial, os seminrios tcnicos de
mobilizao serviram para adaptar a metodologia propos-
ta s realidades locais, identifcar atores representativos e
apresentar o Programa em cada destino. Posteriormente,
passaram a apresentar os principais avanos e resultados
alcanados pelo segmento nos destinos contemplados, alm
de promover a articulao das lideranas locais, planejar
as aes e estratgias para o uturo, disseminar conheci-
mento e gerar oportunidades de relacionamento e negcios.
Foram realizados em uma programao de um dia e meio
que inclua palestras, reunies, debates, apresentaes edepoimentos.
O primeiro Seminrio Tcnico aconteceu em 2006, na Chapada dos Veadeiros
41As metas do PAS Programa Aventura Segura
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isseminao de conhecimento:contedo disponvel na internetPara garantir a participantes e interessados o acesso
ao PAS, oram criados, inicialmente, quatro sites na in-
ternet, posteriormente unifcados no grande Portal PAS
(www.aventurasegura.org.br):
Portal Aventura Segura
Observatrio do Turismo de Aventura
Consumo Consciente de Turismo de Aventura
Socioambiental
Esses sites disponibilizaram vrias publicaes sobre o seg-
mento: cartilhas, apostilas de cursos, manuais de boas pr-ticas, relatrio de diagnstico, vdeo do PAS e Relatrio de
Impactos do Programa Aventura Segura. Atualmente, esse
material permanece disponvel no Portal Aventura Segura.
42 Programa Aventura Segura As metas do PAS
11 Manuais de Boas Prticas de Ecoturismo e Turismo de
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11 Manuais de Boas Prticas de Ecoturismo e Turismo de
Aventura Contedo tcnico e direcionado aos empresrios
e profssionais dos segmentos, sobre os temas: Gesto Em-presarial, Sistema de Gesto da Segurana, Competncias
Mnimas do Condutor de Turismo de Aventura, Arvorismo,
Caminhada e Caminhada de Longo Curso, Canionismo e
Cachoeirismo, Escalada, Espeleoturismo, Turismo Fora-de-
Estrada, Rating e Acessibilidade em Ecoturismo e Turismo
de Aventura. O objetivo dos Manuais de Boas Prticas tra-
duzir as Normas Tcnicas, para uma linguagem mais ami-
gvel e prxima da realidade dos operadores.
O sentido de se organizaruma Associao a existncia
de desafos e problemasconcretos para os quais aunio das pessoas a soluomais efcaz. Somar esoros,dinheiro, equipamentos,vontade e desejo de vrias
pessoas torna tudo mais cil,mais barato e possvel de serrealizado. Esse o undamentodo processo associativo: a somade esoros proporcionandosolues mais efcazes paradesafos e problemas coletivos.Antes de eetivar a organizao
ormal da Associao, necessrio ter o grupoorganizado e mobilizado paradar a eetiva sustentaoao projeto.Rogrio Cabral, ConsultorAventura Segura
43As metas do PAS Programa Aventura Segura
Cartilha Socioambiental Documento que destaca a impor
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Cartilha Socioambiental Documento que destaca a impor-
tncia da sustentabilidade, abordando aes de preservao
e conservao ambiental e as sete diretrizes de Responsabi-
lidade Social Empresarial estabelecidas pelo Instituto Ethos
de Empresas e Responsabilidade Social: Valores, Trans-
parncia e Governana; Pblico Interno; Meio Ambiente;
Fornecedores; Consumidores e Clientes; Comunidade; e Go-
verno e Sociedade.
Relatrio Diagnstico do Turismo de Aventura no Brasil
Estudo indito sobre o segmento no pas. Teve como re-
erncia pesquisa eita com empresas de quinze destinosbrasileiros, localizadas em treze estados. Apresenta uma
descrio das 25 atividades de Ecoturismo e Turismo de
Aventura oerecidas poca no Brasil, alm de oerecer
inormaes sobre os principais destinos de aventura, a or-
ganizao desses segmentos e a ormao de empresas.
Relatrio de Impactos do Programa Aventura Segura Do-
cumento que atualiza os dados do Relatrio Diagnstico,
tais como dimensionamento do mercado e caractersticasdas empresas e das atividades, agora 26. Tambm apresenta
os resultados das pesquisas realizadas com participantes do
PAS, em todo o Brasil.
44 Programa Aventura Segura As metas do PAS
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Associativismo e GovernanaA governana um requisito essencial para o desenvolvi-
mento sustentado de um destino, envolvendo no apenas as
implicaes estritamente econmicas da gesto pblica, mas
tambm suas dimenses sociais e polticas. O propsito da
meta de Governana no Programa Aventura Segura oi con-
tribuir para a melhoria do exerccio do poder nos destinos en-
volvidos. O oco era promover, por meio de reexes e aes,
a capacidade dos atores locais de planejar, ormular e imple-
mentar polticas relacionadas ao turismo, de modo a cumprir
suas unes. Assim, o ormato institucional do processo
decisrio e a articulao pblico-privada na ormulao de
polticas relacionadas ao turismo local e entre os setores inte-
ressados oram temas discutidos nas ofcinas que abordavamo Associativismo e, consequentemente, Governana, na me-
dida em que os dois esto intimamente relacionados.
O processo de mobilizao para o Associativismo e para a
Governana desenvolvido no PAS envolveu a realizao de
ofcinas participativas, que buscaram estimular os atoreslocais para a mudana, manter as inormaes atuais e dis-
ponveis para todos os envolvidos e acompanhar de perto o
andamento do movimento.
s vezes eles me perguntamqual a dierena entre a gentee os canoeiros l ora. A eu
alo: a gente uma empresalegalizada, a gente est h xanos no mercado, participa doPrograma Aventura Segura,os barcos so regularizados
conorme a capitania.Mayara Carvalho Trindade,Gerente daAmazon Explorers,Manaus/AM
O Aventura Segura uma
obra coletiva. E essa obracoletiva a gerao deconhecimentos, organizaoe apresentao desseconhecimento. Esse coletivo que acaba azendo a dierena.Luiz del Vigna (Luizo),Consultor Aventura Segura
O arvorismo uma atividade bastante apreciada no destino Manaus
45As metas do PAS Programa Aventura Segura
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OFICINA DEDIAGNSTICO
Enquanto o Programa Aventura Segura era apresentado ao
Destino, nos Seminrios Tcnicos, iniciava-se a interao com
os atores, para mapear seu campo de atuao e compreender os
desafos das uturas proposies.
Um instrumento de coleta de dados oi utilizado para levantar
impresses dos participantes sobre o Ecoturismo e o Turismode Aventura em cada destino. Os dados subsidiaram a condu-
o das ofcinas subsequentes, de modo a adequ-las realida-
de local.
Nesse momento, os participantes oram incentivados e orien-
tados quanto necessidade e viabilidade da ormao de asso-
ciaes regionais de empresrios de Ecoturismo e Turismo de
Aventura, que mais tarde constituir iam as Comisses Regionais
da ABETA.
OFICINA DEESTRUTURAO
As Ofcinas de Estruturao tiveram como tema o associativis-
mo e a importncia desta unio para o ortalecimento do seg-
mento. A ormatao das ofcinas considerou as especifcidades
de cada destino, sem perder de vista os resultados previstos no
PAS.
OFICINA DEASSESSORIA JURDICA
As Ofcinas de Assessoria Jurdica oereceram orientao jurdi-
ca para a ormalizao de empresas e de uma entidade com re-
presentatividade institucional (comisso ou associao).
OFICINA DEPLANEJAMENTO
As Ofcinas de Planejamento oereceram assessoramento no pro-
cesso de planejamento das comisses e associaes, acilitando
o desenvolvimento de relaes interpessoais necessrias a um
ambiente cooperativo e orientado para resultados coletivos.A proposta era construir um planejamento participativo coeren-
te com os desafos e oportunidades de cada destino. Em alguns
casos, oram necessrias aes complementares como o plane-
jamento estratgico e curso de Elaborao de Projetos, para as-
sociaes j existentes.
A metodologia
46 Programa Aventura Segura As metas do PAS
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A comunicao de apoio ao cumprimento da meta de Asso-
ciativismo utilizou o site do PAS, newsletters, contatos tele-
nicos com as lideranas e os prprios Seminrios Tcnicos
para iniciar, omentar e manter o movimento associativo
nos destinos. Em alguns casos, mecanismos de comunica-
o j existentes no destino oram utilizados, como orma
de tornar as aes ainda mais regionalizadas.
Quando eu fui para a primeira ocina tcnica,eu me identiquei totalmente: a partir de agoranasce a Estao Aventura de fato e de direito.
A Estao existia desde 1999, mas foi a partir
da ocina que nos formalizamos, no inciode 2008, para entrar no Programa AventuraSegura, porque um dos pr-requisitos eraque [a empresa] fosse pessoa jurdica.
Rodrigo Porto, da Estao Aventura, Macei/AL
Eles [os empresrios] se sentem parte doprocesso. Eu acho que foi isso. Voc precisaver a satisfao deles porque conseguirama aprovao para se denominarem ABETAChapada Diamantina. Voc v que eles esto se
apropriando desse processo, se tornando partedele e isso est fazendo a diferena para eles.
Michele Andrade Nonato dos Anjos, Ex-Secretriade Turismo de Lenis, Chapada Diamantina/BA
47As metas do PAS Programa Aventura Segura
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Observao da vida silvestreAlgumas regies so mundialmente reconhecidaspor manter projetos ambientais que promovem aprtica de observao da vida silvestre, a saber: MataAtlntica, Tartarugas Sociais Projeto Tamar, estadodo Amazonas, estado de Santa Catarina, Pantanal Ma-togrossense e Sul-matogrossense, Abrolhos, na Bahiae Arraial do Cabo no estado do Rio de Janeiro.
WindsurfeO Cear um dos lugares de destaque com condi-es climticas avorveis prtica do windsure,pois conta com ventos de boa qualidade (cons-tantes e em ora adequada) e gua quente. Talestado brasileiro acabou atraindo turistas regio,tornando-a um polo da atividade no Pas.
48 Programa Aventura Segura As metas do PAS
Para mim oi um sucesso oPAS E d b
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Grupos Voluntrios de Busca e
Salvamento GVBSO Grupo Voluntrio de Busca e Salvamento (GVBS) uma
instituio, ormada por voluntrios, que visa preveno
de acidentes e adoo de prticas de segurana e de bus-
ca e salvamento em atividades de Ecoturismo e Turismo
de Aventura. A proposta do GVBS no mbito do Programa
Aventura Segura era criar e ortalecer estruturas de apoio
s questes de segurana nos destinos. Esperava-se, assim,
contribuir para a sensibilizao da populao e dos turistas
quanto adoo da segurana como premissa nas ativida-
des praticadas, passando-se a atuar preventivamente, mini-
mizando os r iscos envolvidos.
Como a maioria das atividades de Ecoturismo e de Turis-
mo de Aventura praticada em reas de risco, muitas vezes
de acesso restrito, a implantao dos GVBS undamental,
pois busca organizar e preparar a comunidade local para
dar a primeira resposta em casos de emergncias. Ademais,
importante para a oerta turstica contar com um sistemade resgate preparado para tais situaes.
Para ser legtimo, o GVBS dever ser juridicamente organi-
zado. Sabendo da existncia de grupos inormais mobiliza-
dos em muitos destinos, inclusive atuando como apoio ao
Corpo de Bombeiros, o Aventura Segura apresentou todosos passos para que esses voluntrios passassem a atuar com
respaldo dos devidos aparatos legais e tcnicos.
PAS. Eu pude observar umaintegrao entre todos os
condutores e das agncias.Uma coisa que no aconteciae aconteceu oi o PAS azeras partes operacionais dasagncias se comunicarem ecom essa integrao surgiu atum plano de atendimento deemergncia geral no rating.
O PAS ez a gente enxergar anecessidade de associativismo.
Arilson Olindo da Silva(Robinho), Ex-Supervisor deOperaes da Alaya, Brotas/SP
O GVBS undamental para
o destino, pois sustenta umciclo satisatrio de seguranano Turismo de Aventuragarantindo o bem-estardos envolvidos (clientes,operadoras, condutores, parquenacional e rgos ofciais).
Adroaldo Vasconcelos Jnior
(Jubileu), Coordenadorda Brigada Voluntriade Combate a IncndiosFlorestais e Busca eSalvamento do Vale do Capo,Chapada Diamantina/BA
Treinamento de GVBS naChapada Diamantina/BA
49As metas do PAS Programa Aventura Segura
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OFICINA DE
DIAGNSTICO
Nos Seminrios Tcnicos que deram incio ao Programa
Aventura Segura nos destinos, a interao com os atores visava
tambm criao dos GVBS.
Um instrumento de coleta de dados oi utilizado para levantar
impresses dos participantes sobre as estruturas de apoio se-
gurana existente para o Ecoturismo e o Turismo de Aventura
em cada destino. Os dados subsidiaram a conduo das ofcinas
subsequentes, de modo a adequ-las realidade local.
Nesse momento, os participantes oram incentivados e orien-
tados quanto necessidade e viabilidade da ormao de um
GVBS local.
OFICINA DEESTRUTURAO
As Ofcinas de Estruturao tiveram como tema o GVBS e sua
importncia para cada destino. Na ormatao das ofcinas o-
ram consideradas as peculiaridades de cada localidade, mas
sempre com o oco nos resultados do PAS.
Durante as ofcinas, oi possvel identifcar as aes necess-
rias para a organizao, a ormalizao e o ortalecimento dos
Grupos, o que levou a um Plano de Trabalho pragmtico e obje-
tivo, undamental na prxima etapa, de Estruturao Jurdica.
OFICINA DEASSESSORIA JURDICA
As Ofcinas de Assessoria Jurdica oereceram orientao jurdi-
ca para ormalizao dos GVBS.
OFICINA DEPLANEJAMENTO
As Ofcinas de Planejamento oereceram assessoramento no
processo de planejamento dos GVBS, acilitando o desenvolvi-
mento de relaes interpessoais necessrias a um ambiente co-
operativo e orientado para resultados coletivos.
A proposta era construir um planejamento participativo coeren-te com os desafos e oportunidades de cada Destino.
A metodologia
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isseminao de Prticas
SocioambientaisPara empreender a disseminao de prticas socioam-
bientais oram desenvolvidas trs aes: a realizao de 16
ofcinas de Disseminao de Prticas Socioambientais, a
elaborao de uma cartilha sobre o tema disponvel para
download, evitando-se, assim, o gasto de papel com a impres-
so de exemplares e a criao do portal socioambiental nainternet (www.aventurasegura.org.br).
As aes buscavam, em conjunto, conscientizar o empresa-
riado sobre a inuncia crescente que assuntos como ecolo-
gia e responsabilidade social vm exercendo no mundo dos
negcios. O conceito de Responsabilidade Socioambiental oiexplorado como um importante instrumento gerencial para
capacitao e tambm para a criao de condies de com-
petitividade em benecio dos participantes do Programa. O
propsito era conscientizar os empresrios de que gerir com
critrios de Responsabilidade Socioambiental um compro-
misso de empresas que atuam na vanguarda, em sintoniacom o propsito de conscientizao da sociedade. Signifca
revisar os modos de produo e padres de consumo vigen-
tes para que o sucesso no seja alcanado a qualquer preo,
mas levando-se em considerao os impactos sociais e am-
bientais decorrentes da atuao da empresa.
Assim, seguindo os preceitos estipulados pelo Instituto
Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, entidade ree-
rncia na rea, oram abordadas as sete diretrizes que sin-
tetizam os principais aspectos de uma gesto socialmente
responsvel. Estes indicadores permitem que as empresas
Ilustrao do PortalSocioambientalenatizando as setediretrizes
51As metas do PAS Programa Aventura Segura
direcionem se s esoros de gesto e aam ma a toa a
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Ao socioambiental naSerra do Cip/MG
direcionem seus esoros de gesto e aam uma autoava-
liao de desempenho em relao a:
Valores, Transparncia e GovernanaPblico InternoMeio AmbienteFornecedoresConsumidores e ClientesComunidadesGoverno e sociedade
As ocinas de Responsabilidade
Social EmpresarialForam realizadas 16 ofcinas de Responsabilidade SocialEmpresarial entre outubro de 2008 e maio de 2009 nos des-
tinos contemplados pelo Programa Aventura Segura.
A cartilha divulgada nos destinos explicava de maneira cil
e instrutiva os passos necessrios para incluir prticas so-cioambientais no cotidiano das empresas.
As ofcinas contaram com uma etapa terica, de conceitos e
exemplos, e uma etapa de ao prtica. O objetivo era sen-
sibilizar os atores locais para o tema e tambm mobiliz-
los para a realizao de uma iniciativa concreta em cada
destino.
52 Programa Aventura Segura As metas do PAS
A abordagem terica apresentou os diversos aspectos re
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A abordagem terica apresentou os diversos aspectos re-
lacionados sustentabilidade, buscando estimular a ree-
xo e mostrar alternativas de mnimo impacto. O contedo
contemplou:
Responsabilidade Social EmpresarialTecnologias
Coleta SeletivaBioconstruoEcincia energticagua e euentesEmisso/ neutralizao de carbonoComrcio Justo
Turismo e Unidades de Conservao
J a abordagem prtica visava estimular as empresas de cada
destino para que se articulassem e, em parceria com outras
instituies, capitaneassem aes em prol da sustentabi-
lidade local, com o propsito de estimular e avaliar a inte-ligncia coletiva e as lideranas atuantes em cada destino.
A participao e a articulao das lideranas locais oram
imprescindveis para a organizao desta ao, que objetiva-
va o estabelecimento e a ampliao de condutas ticas nas
empresas do segmento, contribuindo para que isso osse um
dierencial competitivo dos empresrios e colaboradores que
adotassem tais prticas. Ao todo, oram 340 participantes.
Pop-cards ConsumoConsciente e premiaes vinculados s aespromocionais nosEspaos Educativos emeventos como Salo doTurismo e Adventure
Sports Fair; os visitantesparticipavam de um quizpelo celular respondendoa perguntas sobre acampanha e o ProgramaAventura Segura econcorriam a brindescomo equipamentos,viagens e atividades de
aventura.
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Considero que as ocinas foram o incio de umprocesso de ampliao da maturidade empresarialdas empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura,
para alm da tecnicidade que a implantao doSistema de Gesto da Segurana implica. O PAStrouxe, inicialmente, grande aperfeioamento gesto das empresas e aos aspectos mais
especcos das atividades. Com a adio dasocinas socioambientais, o espectro de aodos empresrios foi ampliado, reforando-se anecessidade de trabalho coletivo e articulado.
As ocinas complementaram o Programa,
com uma abertura no olhar, uma ampliao dopapel de cada um para alm de suas empresase instituies, evidenciando que o esforo decada um fundamental para que cada destino seconsolide. Alm de contriburem com orientaestcnicas sobre sustentabilidade, constituram
momentos de esforo concreto conjunto, dealinhamento de pontos de vista sobre um temaque hoje em dia sensibiliza e afeta a todos.
Foi apenas uma primeira semente lanada, mas,com certeza, o processo de amadurecimentoempresarial deagrado pelo PAS vai seguir e aadoo de prticas socioambientais inevitavelmente
passar a ser mais e mais incorporada na gestode cada empresa e de cada destino.
Lucila Egydio, Equipe Aventura Segura/ABETA
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55As metas do PAS Programa Aventura Segura
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Adventure Sports Fair 2009
Uma pequena placa (tag) amarela em PVCcontendo 10 dicas para os turistas em busca deaventura. A princpio, a ideia era fazer as pessoas seinteressarem pelo acessrio chamativo e passarema carreg-lo na mochila, junto a um mosquetominiatura. A proposta deu to certo que em poucotempo empresrios, guias e condutores de vrios
destinos de Ecoturismo e Turismo de Aventuratambm passaram a usar a pea grca diferenciadana operao de suas atividades para mostrar aosclientes a ideia de consumo consciente. Todosabraaram a ideia. A campanha ainda props vriosmateriais interessantes como uma cartilha com
dicas de segurana por atividade e um gibi, comuma histria em quadrinhos de uma famlia quedescobre a essncia do Turismo de Aventura.
Janaina Zonzin, Equipe Aventura Segura/ABETA
Flyer dos 10mandamentos impressos(70 mil unidades)
56 Programa Aventura Segura As metas do PAS
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Logomarca e manual de identidade visual em
ormato de um tag, a logo era tambm umbrinde que levava impresso no verso os 10mandamentos e que poderia acompanharo turista, o empresrio, o condutor ou o guia,pendurado na mochila por um mosqueto.
E-mail MKT / Mala direta oram produzidospara divulgao da campanha durante riase perodo de alta temporada para a prtica de
atividades de aventura (meses de janeiro, julhoe dezembro, alm de eriados prolongados comoSemana Santa e carnaval).
57As metas do PAS Programa Aventura Segura
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Cartilha com dicas de seguranapor atividades (10 mil unidades).
Anncios Campanha Os anncios oram veiculados nas revistas O2 e VO2, Trip, Aventura & Ao,Go Outside, Trilha Verde e Adventure Camp.
PARCERIAE N TI D A DE E X EC U T OR A A P OI O I N ST I T UC I ON A L
Fique atentoaos Mandamentos doturista de aventura consciente.
Mandamento6 - Ajadeacordocomasregrasambientaisemsuaaventura:nofaafogo,nocontamineorio eandesempreportrilhasdemarcadas.Produzapoucolixoe traga-odevolta.
Confiraos10mandamentoseos destinosdoProgramaAventuraSeguranosite
www.aventurasegura.org.br/campanha
Divirta-se. Saia de casa. Explore. Aventure-se.Conhea o nosso Pas de um jeito novo.Descubra roteiros de turismo de aventura.
PARCERIAE NT I DA DE E X EC U TO RA A PO IO I NS TI T UC IO NA L
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Fique atentoaos Mandamentos doturista de aventura consciente.
Mandamento5 - Lembre-se:semprequetirarospsdo choestejadecapacete esemprequeentrarna guaestejade colete.
Confiraos10 mandamentoseosdestinosdoProgramaAventuraSeguranosite
www.aventurasegura.org.br/campanha
Divirta-se. Saia de casa. Explore. Aventure-se.Conhea o nosso Pas de um jeito novo.Descubra roteiros de turismo de aventura.
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58 Programa Aventura Segura As metas do PAS
Qualicao Empresarial
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Cartilhas de Acesso aMercado, Aprimoramentode Produto e de GestoEmpresarial
Qualicao EmpresarialA qualifcao empresarial oi oerecida por meio de diver-
sas erramentas e mtodos de qualifcao:
Cursos Presenciais e a Distncia;
Ofcinas Tcnicas Coletivas (em grupo);
Consultorias Individuais;
Acompanhamento e Assessoria Tcnica a Distncia.
Cursos Presenciais e de Educao a Distncia (EAD)Desenvolvidos com base nas Normas Tcnicas da ABNT e
na experincia de profssionais gabaritados em suas reas,
os cursos presenciais oram oerecidos nos 16 destinos do
Programa, ao passo que os cursos de educao a distncia(EAD) podiam ser realizados pela internet em todo o terri-
trio nacional:
Curso de Gesto EmpresarialApresentou as principais caractersticas da gesto empre-
sarial direcionadas para a realidade do mercado de Ecotu-rismo e Turismo de Aventura.
Curso de Sistema de Gesto da SeguranaQualicou os empresrios e gestores das empresas paraa realizao de auditorias internas ferramenta essencialpara implementao e manuteno do Sistema de Gesto
da Segurana (SGS).
1 Curso de SGS - Sistemade Gesto da Segurana- Na Chapada dosVeadeiros em 2007
O Sistema de Gesto da Segurana (SGS) consiste emuma ferramenta para organizar e gerenciar as aesdas empresas, concentrando-se na segurana daspessoas e das demais organizaes envolvidas e pro-porcionando uma viso sistmica da segurana nosdiversos nveis da organizao: funcionrios, diretores,turistas, equipamentos, procedimentos e fornecedores.
59As metas do PAS Programa Aventura Segura
Curso de Aprimoramento de Produto
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Curso de Acesso aMercado, realizado emRecie, em 2010
p
Qualicou o mercado visando melhoria dos produtos deEcoturismo e Turismo de Aventura ofertados no pas.
Curso de Acesso a MercadoPromoveu e divulgou ferramentas inovadoras, principal-mente da internet, com o intuito de aprimorar e ampliar oacesso ao mercado nacional e internacional, incrementan-do o uxo turstico, a delizao dos clientes e, consequen-
temente, o faturamento das empresas.
Para Raquel Mller, da Equipe Aventura Segura/ABETA,
a maior difculdade dessa etapa oi articular e mobilizar
as pessoas: colocar gente dentro das salas, az-los
entender que importante se qualifcar, que qualifcao
um processo constante e um investimento, quequem no se qualifca est fcando para trs....
Assistncia Tcnica na implementao doSistema de Gesto da SeguranaA Assistncia Tcnica teve como objetivo auxiliar as em-
presas participantes a colocarem em prtica o Sistema deGesto da Segurana para o Turismo de Aventura (SGS
TA), de acordo com a Norma Tcnica ABNT NBR 15331
Turismo de Aventura Sistema de Gesto da Segurana
Requisitos.
Foi bastante atual, ocado em
aes dirigidas promoo e comercializao e produtose servios em meio virtual. Ocurso de Acesso a Mercado oium acerto, no apenas pelaqualidade em si atendendoindiscutivelmente s minhasexpectativas , mas
principalmente por propiciara troca de experincias entreempresrios participantes.Rodrigo HisgailNogueira, Sebrae/SP
Este curso nos ensinou comointeragir nas redes sociais eutilizar essas erramentasde uma orma profssional.Foi importante esse caminho,um caminho que novo.Dioclides Arajo (Kikiu),Empresrio da Brasil Explorer,Chapada Diamantina/BA
A ofcina tcnica do DestinoFlorianpolis aconteceuem agosto de 2007, comespecialistas do ProgramaAventura Segura.
60 Programa Aventura Segura As metas do PAS
Caminhada de longo cursoPara vrios empresrios que operamessa atividade, as pessoas que via-jam para realizar uma caminhadade longo curso esto em busca deum encontro consigo mesmas, que-rem azer uma viagem para reetir.
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TirolesaEstima-se que a tirolesa exista h mais de 30 anos no Brasil.
Com o amparo de equipamentos de segurana, a atividadeteria sido introduzida no Pas pelos turistas de canionismo
na segunda metade da dcada de 90. Entre 1997 e 1999,registraram-se as primeiras exploraes comerciais da ati-
vidade, numa pedreira do municpio de Mairipor (SP).
Turismo EquestreComo atividade de turismo, a cavalgada relati-vamente recente no Brasil, ou seja, a exploraocomercial da atividade, oertando-se produtosormatados para indivduos e grupos tem poucotempo de existncia. Hoje, hotis-azenda, harasrurais e urbanos e agncias de aventura promo-vem passeios em todas as regies do Pas.
CicloturismoO mountain bike, como era chamado na poca, sur-
giu no fnal dos anos 60, na Calirnia. Uma turma
de amigos hippies gostava de descer as montanhasem alta velocidade e, para isso, comearam a de-senvolver acessrios e articios que lhes garantis-
sem mais segurana montanha abaixo.
61As metas do PAS Programa Aventura Segura
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Serra do CipO Parque Nacional da Serra do Cip est em uma re-gio bastante rica em cursos dgua, destacando-seo rio Cip, auente do rio das Velhas pertencente bacia do rio So Francisco. Tambm rene um con-junto de condies geolgicas, climticas e biticaspeculiares que possibilitam a ocorrncia de camposrupestres com maior diversidade do Pas.
CanionismoO precursor do canionismo oi o rancs
Alred Martel que criou e recriou tcnicasverticais a fm de conhecer a hidrologia egeologia dos Pirineus, regio na ronteira
da Frana com a Espanha.
62 Programa Aventura Segura As metas do PAS
A metodologiaUm dos empresrios disse
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Ocinas Tcnicas Coletivas de Sistema de Ges-to da SeguranaEventos de carter tcnico com oco na qualifcao dos
empreendedores e profssionais dos empreendimentos, que
trataram de questes comuns s empresas envolvidas com
o objetivo de promover sinergia e troca de experincias. Fo-ram conduzidas por consultores especialistas no enoque da
implementao do Sistema de Gesto da Segurana, segun-
do os requisitos da Norma ABNT NBR 15331.
Ofcina 1 1 parte do contedo da Norma
Ofcina 2 2 parte do contedo da Norma Ofcina 3 Avaliao do nvel de
implementao da Norma.
Visitas Tcnicas Consultores individuaisBuscando ornecer orientao para a implantao dos re-
quisitos da Norma, as visitas tcnicas individuais zelarampela manuteno do processo de aprendizado atendendo s
caractersticas especfcas de cada empreendimento. A pri-
meira visita tinha como fnalidade prestar consultoria espe-
cfca, orientando a implementao dos requisitos exigidos,
adequando erramentas, propondo solues e esclarecendo
dvidas conceituais sobre o Sistema de Gesto da Seguran-
a. A segunda e ltima visita tinha carter de auditoria in-
terna, pois avaliava o sistema das empresas depois de sua
completa implementao. Ao fnal do processo, a empresa
recebia um relatrio um dos requisitos para demonstrar
que possua um Sistema de Gesto da Segurana.
Um dos empresrios disse
uma vez que depois da ABETAo Turismo de Aventura
fcou mais perigoso... Naverdade voc abre os olhosdo empresrio. Na percepode risco dele, a atividade queele desenvolvia no era toarriscada, mas na verdade
ele no enxergava os perigoscomo a gente enxerga.Edner Brasil, EquipeAventura Segura/ABETA
A importncia do Sistema
de Gesto da Segurana edesse acompanhamento togrande! A gente se d contade como existiam riscos quenem a gente via. Os riscosesto a, na nossa rente.Marinilda Mota Godde,Empresria do Malocas
Jungle Lodge, Manaus/AM
Hoje temos um produtocompetitivo no mercadonacional e internacional. Isso muito bom porque na verdademodifca a economia dentro da
prpria cidade. Hoje temos um
produto consolidado, pronto ecompetitivo. A gente percebeque pode vender e promover odestino com responsabilidade.Divaldo Borges Gonalves,Analista da Bahiatursa,Salvador/BA
63As metas do PAS Programa Aventura Segura
Assessoria a distncia e estruturao do
Superar a difculdadede organizao no setorempresarial. Nisso osseminrios da ABETAajudaram bastante O Sebrae
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Assessoria a distncia e estruturao do
centro de referncia em Sistema de Gestoda Segurana no Turismo de Aventura oObservatrio do Turismo de AventuraAcompanhamento a distncia e suporte tcnico s empresas,
para harmonizar a implementao da Norma no grupo de
empresas, prestar apoio por meio da anlise de documentos
gerados e tornar as ases seguintes da implementao maisprodutivas e efcazes. Com o Observatrio do Turismo de
Aventura, a empresa tinha acesso 24 horas por dia s inor-
maes pertinentes sobre Sistema de Gesto da Segurana.
O Observatrio permitiu ao empresrio, entre outras uncio-
nalidades, o preenchimento da autoavaliao, o envio de do-cumentos para serem analisados pela equipe de Assistncia
Tcnica e a troca de inormaes com os tcnicos da ABETA.
Qualicao Prossional
A qualifcao de pessoas oi desenvolvida por meio de
dois cursos utilizando a metodologia:
Curso de Competncias Mnimas doCondutor (presencial e a distncia)Direcionado aos conhecimentos e s habilidades mnimas
necessrias conduo de qualquer atividade de Turismode Aventura. Utilizou-se da metodologia experiencial paratransmitir informao e conhecimento.
Curso de Primeiros Socorros (presencial)Voltado para a realidade dos ambientes naturais e reasremotas, auxiliou o aprendizado dos procedimentos ne-
cessrios para prestar os primeiros atendimentos em casode acidente.
ajudaram bastante. O Sebraetrouxe cursos de anlise e
planejamento fnanceiro,consultoria. O pessoalest pensando mais comoempresa, est encarandoo mercado tambm de
orma mais profssional.
Rosemary Borges,Empresria da Vertical Trip,Chapada Diamantina/BA
Fez-me enxergar que cadavez mais eu tenho que mecapacitar, no posso pararno tempo. E me ez enxergar
o tamanho do mercadode Turismo de Aventurae a proporo a que ele
pode chegar. Ele est emcrescimento e eu tenho umgrande uturo nesse mercado.Arilson Olindo da Silva(Robinho), Ex-Supervisor de
Operaes da Alaya, Brotas/SP
Apostila CompetnciasMnimas do Condutor
Alinhar a gesto daempresa ao modeloda Norma
Orientar a implementaode Boas Prticas deSegurana
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Aprimorar a gestoda empresa
Prover soluces comfoco na agregao devalor ao negcio
Tornar as empresasmais competitivas
Incentivar a troca deexperincias entre osparticipantes dos destinos
OBJETIVOS
DA ASSISTNCIA
TCNICA
Criar uma massa crtica de empresas que sejam referncia para todo o segmento
CURSOS PRESENCIAISDE SGS E GE
AUTOAVALIAODAS EMPRESAS
EMPRESA
DE ECO
E TA
Visitas Tcnicas (VT)
VT 1
VT 2
Oficinas Tcnicas (OT)
GRUPO DE
EMPRESAS
DE ECO E TA
OT 1
OT2OT 3
Acompanhamento distncia
O processo de Assistncia Tcnica
65As metas do PAS Programa Aventura Segura
Quando eu vi o Programa Aventura Segura,
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pensei: aqui uma oportunidade para salvar minhaempresa. Eu vou reinventar minha empresa, vouanalisar tudo, vou criar uma nova empresa muitomais forte, mais focada; vou realmente cuidardesse lado ambiental, e tambm do empresarial.Vou virar a pgina. Entrar em uma nova poca..
Mark Aitchison, Empresrio da Swallowsand Amazons, Manaus/AM
Voc pode acessar vrios documentos de outrasempresas, como os que foram disponibilizados
por empresas j certicadas. Assim, se mesmocom todos os CDs, com todos os livros, enm,com todo o material disponvel, voc ainda no
sabe como elaborar os documentos, voc tema opo de consultar os documentos de outrasempresas. E ainda tem o apoio de um consultor..
Vanessa Almeida, Empresria da NasAlturas, Chapada Diamantina/BA
Isso um diferencial, porque o pblico jtem conhecimento dessa certicao. Entoquando o viajante chega sabendo que j existe
um Programa voltado segurana, ele se sentemais confortvel em relao a isso..
Divaldo Borges Gonalves, Analista da Bahiatursa, Salvador/BA
66 Programa Aventura Segura As metas do PAS
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67As metas do PAS Programa Aventura Segura
Certicao de Empresas e dePessoas
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A deciso de receber a Avaliao da Conormidade,com o objetivo de concluir o processo e ter seu sistema
certifcado, da direo da empresa, que, para isso,
deve implementar o Sistema de Gesto da Segurana.
At o momento, dois organismos certifcadores oram
acreditados pelo Inmetro para a realizao da Avaliao
da Conormidade de acordo com os requisitos da NormaTcnica ABNT NBR 15331 Turismo de Aventura Sistema
de Gesto da Segurana Requisitos: a ABNT Certifcadora
e o Instituto Falco Bauer da Qualidade.
Durante o processo, analisou-se se as empresas potenciais
candidatas Avaliao da Conormidade haviam alcana-do o padro requerido pela Norma da ABNT (SGS) de modo
satisatrio, estando aptas a receber a certifcao e o reco-
nhecimento pblico da sua competncia empresarial.
Por ocasio da abertura do Encontro Brasileiro de Ecoturis-
mo e Turismo de Aventura ABETA Summit 2010, realizado
entre 20 e 23 de setembro de 2010, trinta e cinco empresas
brasileiras tiveram seus Sistemas de Gesto da Segurana
certifcados. A cerimnia contou com a presena do presi-
dente da ABETA, Jean-Claude Razel, e do ento Ministro do
Turismo, Luiz Barretto Filho, que entregou os certifcados
com o aval tcnico das certifcadoras autorizadas pelo Ins-
tituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade
Industrial (Inmetro), segundo os requisitos das Normas da
Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).
poca da publicao deste livro 3, eram essas as 92 empre-
sas com certifcao de seus Sistemas de Gesto da Segu-
rana, apresentadas no inogrfco a seguir.
O Inmetro uma autarquiaederal, vinculada ao Minis-
trio do Desenvolvimento,
Indstria e Comrcio Exterior,
que atua como Secretaria Exe-
cutiva do Conselho Nacional
de Metrologia, Normalizao e
Qualidade Industrial (Conme-
tro), colegiado interministerial,
que o rgo normativo do
Sistema Nacional de Metrolo-
gia, Normalizao e Qualidade
Industrial (Sinmetro).
3 Em 03/08/2011.
68 Programa Aventura SeguraAs metas do PAS
69As metas do PAS
Programa Aventura Segura
Lenis MaranhensesFreeway Turismo; Sacada Eventos e Turismo;
So Paulo Ecoturismo; Tropical Adventure (MA)
ManausAmazon Tree Climbing;Malocas Jungle Lodge;Swallows and Amazons Tour (AM); Maanaim
Amaznia (AC)
RRAP
FortalezaBella Jeri & Jer i Off Road; Club Ventos;
Parque das Trilhas; Trilhas do Brasil (CE)
Recife e Fernando de NoronhaAic Diving;Aquticos;Atlantis Divers;Your Way Receptivo Internacional (PE);Mandacaru Expedies (RN)
Chapada DiamantinaChapada Adventure;Daventura Turismo;Fora da Trilha Escalada;
92 empresas com SGS certicado (at ago/2011)
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( )
Chapada dos VeadeirosAlternativas Ecoturismo; Cerrado Aventuras;
SuuaranaTravessia Ecoturismo;Walker Viagens e Turismo (GO)
Bonito e Serra da BodoquenaAbismo Anhumas; Barra do Sucuri;
Boca da Ona Ecoturismo; Buraco das Araras;
Estncia Mimosa; Fazenda San Francisco;
Hotel Cabanas;Recanto Ecolgico Rio da Prata (MS)
ParanCalango Expedies; Macuco Safari;
Marumby Montanhismo; Ninho do Corvo;Praia Secreta Expedies (PR)
Serra GachaAtitude Ecologia e Turismo; Cnion Turismo;
Criva Agncia de Viagens; High Aventura;
Oguat Kaaguy; On Trip; Refgio Ecolgico
Pedra Aada; Rio do Rastro (RS)
FlorianpolisAdrenailha; Ativa Rafting - Rema R ios;AtivaRafting Florianpolis;Ativa Rafting e Aventuras;Ekoet Eventos;Open Winds; SMS Turismo deAventura Tartarugas; TDA Rating (SC)
AM
RO
MT
TO
MS
BA
GO
DF
AC
MA
PI
CERN
PB
PE
AL
SE
PA
PR
SP RJ
MGES
SC
RS
H2O Travel Adventure;Nas Alturas;Tatu na Trilha; Terra ChapadaExpedies; Venturas & Aventuras; Vertical Trip Adventures; Voltaao Parque Agncia de Viagens; Zentur Viagens e Turismo (BA)
Serra do CipAndarilhos da Luz (MG)
Serra dos rgos
Hotel Fazenda Gamela;Lumiar Aventura (RJ)
Rio de JaneiroRio Hiking;Trilhas do Rio; DNAventura (RJ)
Grupo So PauloAltus Turismo Ecolgico; Aroeira Outdoor;
Aventura no Rancho; Cia de Rafting; Omn imare;Portal do Equilibrium; Simbiose Aventura e Turismo (SP)
Brotasguas Radicais;Alaya;Ecoao;H2Omen Terra de Aventura;Quadri Company;Territrio Selvagem;Vaca Nutica (SP)
SocorroBase 55;Campo dos Sonhos;Kango Jango;Parque dos Sonhos;ParqueMonjolinho;Pedra Bela Vista;Prxima Aventura;Rios de Aventura (SP)
Vale do Ribeira
Ecocave;Parque Aventuras (SP)
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70 Programa Aventura Segura As metas do PAS
A certifcao apresenta uma tendncia de adeso progres-Quando voc v o elo
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siva, afnal a empresa com Sistema de Gesto de Seguranacertifcado se torna mais competitiva e passa a azer parte
da elite do segmento, alm de alcanar um novo patamar
de segurana que a imprensa e a sociedade certamente vo
reconhecer. Com a certifcao do Sistema de Gesto da Se-
gurana, a empresa ter, inclusive, maior respaldo jurdico.
Alm disso, os rgos pblicos, nos processos de compraspblicas ou convnios pblico-privados, tendem a dar pre-
erncia a produtos ou sistemas certifcados. Diante dessas
vantagens, a certifcao hoje reconhecida e divulgada
pelo Ministrio do Turismo, pelo Sebrae, pela ABETA e por
todos os parceiros do Programa Aventura Segura.
A certifcao em Turismo de Aventura uma ao volun-
tria, mas com a regulamentao da Lei Geral do Turismo 4
em dezembro de 2010 tornou-se obrigatria a implemen-
tao do Sistema de Gesto da Segurana em Turismo de
Aventura.
echando hoje ns temosa 92 empresas com seuscertifcados, de 130 que
oram avaliadas , voccomea a perceber que omtodo deu certo. Isso muito bacana porque um esoro muito grande,
uma mudana culturalque o pessoal est, de
ato, incorporando.Edner Brasil, EquipeAventura Segura/ABETA
Estamos azendo detudo, ajudando uns aosoutros porque queremosque todo mundo tenhacertifcao. Hoje pensamoscomo destino e nomais como empresa.Rosemary Borges,
Empresria daVertical Trip, ChapadaDiamantina/BA
4 Em dezembro de 2010, o Decreto n 7.381 regulamentou a Lei Geral doTurismo (Lei n 11.771/2008, que dispe sobre a Poltica Nacional de Turismo),tornando obrigatrias as Noras Tcnicas que versam sobre Condutores, Sistemasde Gesto da Segurana e Inormaes Preliminares a Clientes.
71As metas do PAS Programa Aventura Segura
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ArvorismoNo Brasil, o arvorismo j existia em
cidades do interior de So Paulo, comoCampos do Jordo, mas teve seu incio
comercial em 2001, em Brotas (SP).
EscaladaNo ano de 2010, oram encontra-das 259 empresas envolvidas coma oerta da escalada turstica.
Fernando de NoronhaO Arquiplago de Fernando de Noronha,
conorme a Constituio Estadual, uma regiogeoeconmica, social e cultural do estado de
Pernambuco, instituda sob a orma de DistritoEstadual, ormada por 21 ilhas e ilhotas.
72 Programa Aventura Segura Monitoramento
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Comear um projeto, principalmente uma iniciativa indi-
ta, signifca lidar com obstculos e muitos desafos. Com o
Programa Aventura Segura no oi dierente. No incio, umadas principais difculdades era a imaturidade dos atores dos
segmentos de Ecoturismo e de Turismo de Aventura. Faltava
uma base de conceitos, quando no havia conito de defni-
es. A maioria conundia turismo com esportes e mais
ainda com os esportes radicais.
MONTORAMENTOE RESULTAOS
73Monitoramento e Resultados Programa Aventura Segura
Alm de construir uma metodologia e um
contedo indito era preciso criar ma no a
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contedo indito, era preciso criar uma novaconscincia para sensibilizar e mudar os hbitos deumpblico que ainda no tinha sido tocado por uma inicia-tiva dessa grandeza.
O Aventura Segura contou com um sistema de monitora-
mento e avaliao, baseado em registros ormais:
Registro de nmero de inscritos em cada evento;
Registro do nmero de participantes, pessoafsica e/ou jurdica, em cada evento;
Registro das autoavaliaes realizadas;Avaliao da aprendizagem dos participantesbaseada na metodologia didtico-pedaggicaproposta em cada etapa do Programa;
Registro e acompanhamento dos processos deAvaliaes da Conformidade;
Registros fotogrcos da realizao dos eventos;Organizao de um sistema de controlenanceiro;
Relatrios Tcnicos sobre o desenvolvimento decada etapa do Programa;
Relatrios Financeiros sobre o desenvolvimentode cada etapa do Programa;
Relatrio Final consubstanciado e memorial dosregistros de avaliaes.
Primeiro oi preciso colocarna cabea dos empresriosque isso era deles, que elestinham que se apoderar dessas
iniciativas para que elasdessem rutos l na rente.Rodrigo Ramos, EquipeAventura Segura/ABETA
Antes do Aventura Segurapoucas empresas eram
reerncia e trabalhavam deorma responsvel. A maioriaestava um pouco perdida,querendo entrar num mercado
promissor. Tnhamos umagrande possibilidade paravender para o mercado, masno havia uma organizao
do setor, tanto do empresriocomo de quem est na
ponta na operao, que ocondutor de Ecoturismo ede Turismo de Aventura.Leonardo Persi, EquipeAventura Segura/ABETA
74 Programa Aventura Segura Monitoramento e Resultados
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O Programa Aventura Segura um exemploda fora do associativismo, do uso dasferramentas da sociedade civil no Brasil.
Pudemos ver que a parceria com o governo
algo extremamente importante e pode ser feitade maneira saudvel e produtiva, para ambasas partes. Nesse sentido, o apoio do Ministriodo Turismo s aconteceu porque houve visoacerca dos caminhos para proporcionar odesenvolvimento de uma organizao do setor.
A competncia da ABETA teve papel capital nesseprocesso. Houve envolvimento de lideranasempresariais e a participao do Sebrae foidecisiva, com seu aporte de mecanismos focadosnas pequenas empresas. Sem isso, nada teriaacontecido. Tivemos parceria, cooperao e viso,tambm de futuro, ao tratar com a ABNT e oInmetro. A disponibilizao das Normas Tcnicas deforma gratuita um marco no turismo internacional,e foi muito importante para o sucesso do projeto.
Foram todos extremamente importantes no
progresso, na legitimao e no amadurecimento doque hoje est disponvel populao brasileira.
Jos Augusto Pinto de Abreu, Consultor Aventura Segura
75Monitoramento e Resultados Programa Aventura Segura
METAS E RESULTAOS
Com o Programa existem hoje no Brasil empresas mais Os empresrios antes
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7/28/2019 Abeta Livro Pas 2011
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Com o Programa, existem hoje no Brasil empresas maisconscientes e preparadas para os de