ABCiber
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Ciberespaço como rede de narratividade: A narrativa
como experiência Redes sociais, identidade e sociabilidade
Contribuições da semiótica para a discussão e análise do
digital
Ana Claudia Mei de [email protected]
Semiótica Narrativa
É centrada na problemática do sujeito
nos seus percursos narrativos de busca de sentido que engloba o conjuto de
relações do Sujeito com o Outro (outros sujeitos, consigo mesmo, objetos, coisas, o mundo)
Sujeito e Objeto
Definem-se por sua ação/fazer no mundo
Sujeito e Objeto são actantes e o fazer os faz ser.
Sujeito e Objeto têm suas relações marcadas por dois regimes narrativos
A relação entre Sujeito e Objeto é caracterizada pelo enunciado por duas grandezas modalizantes: a do FAZER e a do SER Pode-se conceber: 1) o fazer modalizando o ser; 2) o ser modalizando o fazer; 3) o ser modalizando o ser. Valores modais:- cognitivos : saber e poder- perscritivo : dever- volitivo: querer que destaca a Intencionalidade com que um Sujeito passa a orientar um dado FAZER na sua interação com o Objeto, que passa a ser um fim, um meio do sujeito ser ou do sujeito fazer.
Objeto – qualquer grandeza inanimada que pode ser definida como um Outro, como Sujeito dotado de competências modais iguais.
Sujeito além de ser caracterizado pela Volição também o é por sua competência cognitiva para sentir: um saber e poder sentir: Sensibilidade
Qualidades estésicas afetam, tocam os sujeitos ativando a sua competência cognitiva pelo poder sensorial de sentir estesias e discriminar o sentir.
Regime narrativo de junção Regime narrativo de união
Sujeito e Objeto têm suas relações marcadas por dois regimes narrativos
Objeto é investido de valores axiológicos, os que o social categoriza como havendo valia na circulação entre os sujeitos. Objeto de valor = Ov é uma moeda de valor de troca nas relações que mantém entre si no tipo de interação eonomica.Dois são os estados de junção que definem os estados do Sujeito:Conjunção S Ç Ov - estado de ânimo/estado d’alma - eufórico Disjunção S È Ov – estado de ânimo /estado d’alma - disfórico Programa Narrativo ( PN) constitui-se de um enunciado de fazer que rege um enunciado de estado PN = F Estado de PRIVAÇÃO: PN = F [S1 ® (S2 È Ov)]Estado de aquisição PN = F [S1 ® S2 Ç Ov)]
As materialidades dos corpos, nas suas plasticidades e estesias, conferem aos corpos dos sujeitos em interação uma consistência material que faz sentir as qualidades emadas dos corpos
interação sujeito a sujeito: contato
co-presença resultando em uma relação vivida de construção do sentido.
Regime narrativo de junção Regime narrativo de união
Designa uma classe de discurso: o narrativo inscrito em coordenadas espácio-temporais. Há narrativas de acontecimentos, de ações heróicas ou vilanias
Destinador assume fazer sobre Dtário
S1 em relação S 2
Destinador Modalizador: doador de competênciasDestinador Manipulador: encarregado de transformarDestinador sancionador: avaliador do fazer e do Ser
Princípio de organização de todo e qualquer discurso e não só do narrativo
Atividade discursiva pressupõe competência narrativa, uma espécie de inteligência
sintagmática
Narrativa Narratividade
Semiótica
Esforça-se para construir uma teoria unificada da produção do sentido que não é dado, mas advém dos tipos de construção do sujeito por seus vários tipos de interação que formam Regimes Nem “Objetal”, nem “Subjetal” é pressuposto da teoria semiótica: Regimes de sentido se baseiam nos regimes de interação
A dinâmica dos Regimes de Sentido e Regimes de interação de Eric Landowski
Regime Interativo: Programação Princípio: Regulação Programas préfixados previamente à interação
Regime de sentido :A “insignificância”
FAZER ADVIR
Regime Interativo: AcidentePrincípio: ImprevisibilidadeSem programas, fundado sobre RiscosIncertezas, Aleatório
Regime de sentido:O “sem sentido”
FAZER ACONTECER
Regime Interativo: Ajustamento Princípio: Sensibilidade Noção de transitividade coordenação de aprendizagem um com outro pela ação dos corpos que se sentem no contato em reciprocidade, em co-presença sensível
Regime de sentido:“fazer sentido”FAZER SENTIR
Regime Interativo: Manipulação Princípio: IntencionalidadeNoção de transitividade e de contratoentre os sujeitos : fiduciário S1 faz fazer S2
Regime de sentido:“ter sentido”
FAZER QUERER
FAZER SER
FAZER FAZER
Na era das medias digitais, como a teoria semiótica pode ser uma
epistemologia e um método de
descrição e análise dos tipos de interação e dos tipos de construção do sentido?
Corpus de cinco exemplos de objetos mediáticos com a análise da manifestação do sujeito
1. site Flickr
2. vídeo Des(encontro) a partir de imagens capturadas aparelhos celulares
3. relações entre sujeitos consumidores e marcas de produtos e serviços proporcionadas pela interatividade do ciberespaço
4. comparação entre o discurso de programa de TV (BigBrother) e manifestações do Orkut
Narrativas coletivas por meio do site Flickr
Marina [email protected]
Comunidade no ciberespaço conectada pelo assunto fotografia
Flickeristas utilizam o site para
postar obras fotográficas
Flickr: sujeito competente que disponibiliza ao seu usuário uma base
ferramental de possível
construção baseada em saber e
poder
Destinador manipuladorDestinador modalizadorDestinador julgador
Destinador manipuladorDestinador modalizadorDestinador julgador
Dá tarefas aos Flickeristas a fim desses alimentarem o próprio site com produção fotográfica
Destinador manipuladorDestinador modalizadorDestinador julgador
Dá as competências ferramentais para o sujeito que se faz parecer
Destinador manipuladorDestinador modalizadorDestinador julgador
Dá destaque a certas produções que expõem seus usuários: conferidor de status social
Textos verbais conjugados em sua maioria no imperativo ou no infinitivo:
“entrar”, “criar sua conta”, “compartilhe suas fotos”, “explore o mundo” e “buscar” “compartilhe”, “organize”, “cortar, corrigir, editar” e “explore”.
Reiteração de textos verbo-visuais que induzem o saber e o poder
Possibilidade de narrativas coletivas propiciadas pelo universo digital
Video:
http://www.youtube.com/watch?v=P0q9JDA9I6U
Os deslocamentos dos sujeitos narrativos na nova
comunicação mercadológica
Valdenise Leziér [email protected]
Manifestações da comunicação mercadológica
Mediações impressas e áudio-visuais
Mediações espaciais
Mediações humanas
Mediações digitais
+ sensibilidade
+ interatividade
+ eficácia + complexidade
MARCAS
PÚBLICOS
Enunciador
Território Marca Consumidor Terceiros
MarcaAuto-valorização (id
da marca)
Feed backReação a ações de
relacionamento
Conteúdo sancionadoPela marca
ConsumidorPromoção de ações de relacionamento
Auto-valorização (id do consumidor)
Conteúdo sancionado
pelo consumidor
TerceirosAções de
comunicação integrada
Conteúdo livreParametrizado
Auto-valorização
(Id do terceiro)
Territórios de enunciação no ambiente digital
Zona de conforto E controle Zona de risco
E monitoramentoDo consumidor
Risco
Controlado
Zona de risco E monitoramento
Secundário
Enunciador
TerritórioMarca Consumidor Terceiros
Marca
Consumidor
Terceiros
WWW.BOTECOBOHEMIA.COM.BR
http://www.youtube.com/watch?v=ywwf2b0eyig
http://www.youtube.com/watch?v=zga-4riegiu&nr=1
Territórios de enunciação no ambiente digital
Regime de manipulação
F [S1 → (S2 ∩U OV)]
sujeito motivadocom relativa autonomiaelemento cognitivocompetência modal
ação sobre a “vida interior” do outrofazer querer fazer
coordenação dos sujeitosintencionalidade
NARRATIVA 1
F [S1 → (S2 ∩ Ov)]
Consumidor
Bohemia
Papel dominante: Destinador manipulador
Prazer compartilhado(beber junto proporcionado peloproduto e pelo evento)
Video youtube 1: show da Beth Carvalhohttp://www.youtube.com/watch?v=YWWf2B0EYIg
NARRATIVA 2
F [S1 → (S2 ∩ Ov)]
Internauta
Consumidor internauta
Papel dominante: Destinador sancionador
Prazer compartilhado(viver junto)
REGIME DE AJUSTAMENTOF (S1 ∩U S2)
Sujeitos em relação de reflexividadeElemento estésicoCompetência estésica Fazer sentir
SENTIR-SE RECIPROCAMENTESENSIBILIDADE
Video 2: Curtindo Sao Paulohttp://www.youtube.com/watch?v=ZGA-4RIeGiU&NR=1
Cortes: 00:00 – 00:353:26 – 3:504:39 – 4:49
NARRATIVA 3
F [S1 → (S2 ∩ Ov)]
Audiência
Programa Curtindo São Paulo
Papel dominante: Destinador modalizador
Prazer compartilhado(viver a noite paulistana)
NARRATIVA 4
F [S1 → (S2 ∩ Ov)]
Membro da comunidade
YouTube
Papel dominante: Destinador modalizador
Visibilidade(protagonismo do eu)
RELAÇÃO MARCA X CONSUMIDOR
F [S1 → (S2 ∩ Ov)]
CONSUMIDOR
MARCA
PRODUTO
F [S1 → (S2 ∩ Ov)]
CONSUMIDOR
MARCA
ADESÃO AO PRODUTO
Destinador sancionador
“O valor do valor”
PN = F [ (S1 -> (S 2 Ov) ]
ingressar Sujeito Sujeito Visibilidade na visibilidade destinador em busca da visibilidade (identidade no parecer)
F = fazer transformador S1 = sujeito do fazer S2 = sujeito do estado = conjunção Ov = objeto de valor
Bolha de vidro
BBB 9: Programas narrativos
PN¹- S2----------lugar na casting do programa S1----------Público passante
PN²- S2-----------Projetar-se na visibilidade S1-----------BBB/Rede Globo
PN³- S2-----------Voto/Audiência S1-----------Público telespectador
Orkut: Programas narrativos
PN¹- S2-------------Ser na visibilidadeS1-------------Orkut/Google
PN²- S2-------------Construir imagem de si S1-------------S1( Próprio sujeito)
PN³- S2-------------Popularidade/Reconhecimento S1-------------”amigos”/visitantes da página
Protagonismo do “eu”
Publicização do privado
Obrigada ;)