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2 ARARA

ANNO II ARARA Num. 74 - SABBADO, 21 DE JULHO DE 1906

EXPEDIENTE PUBLIGA-SE NOS SABBADOS

SSIGNATURAS: Capital, anno, 10$000 Interior, I5$000 NUMERO AVULSO, ÍÍOO REIS. - NUMERO ATRASADO, 500 REIS

♦ RUA DA BOA VISTA, 41—(sobrado)

S. PAULO ♦♦ ♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦♦ ♦»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦

Brevemente, S. Paulo terá a suprema honra de hospedar o sr. Elihu Root, o secretario do governo todo poderoso dos Estados Unidos da America do Norte.

O sr. Jorge Tibiriçá tem-se visto, numa roda viva, em ultimar os preparativos da faustosa recepção do egrégio diplo- mata. Alugou-se um palácio por oito dias, alugaram-se ricas tapeçarias e magníficos moveis para completar o mobilario da residência princi-pesca, adquiriuse a peso de oiro o mais mo- derno e elegante automóvel que passeia triumphante as ruas da Paulicéa, nomeou-se casa civil e militar, contratou-se nu- merosa criadagem para servir Sua Excellencia. Nada faltará pa- ra tornar conforta-vel, deliciosa e encantadora a estadia do illustre diplomata.

EUe ha de extranhar um pouco todo esse esplendor de aluguel e pensar ^ de si para si, que o governo de S. Paulo para receber um hospede tem de alugar tudo, desde a casa até os objectos mais indispensáveis e íntimos de toilette. Mas, se a sua vaidade soffrerá um pouco por esse lado, não deixa- rá, comtudo, de encontrar compensações no açodamento quasi servil com que o governo se prostra a seus pés, para mostrar todo o reconhecimento e gratidão pela honra da visita.

A lavoura agonisa de fome, por falta de braços baratos e vias de communicações que ponham em contracto directo os diversos pontos do Estado com as grandes artérias ferro-viarias; fecham-se escolas por falta da dinheiro para pagar aos profes- sores; não se pode debellar a epidemia do trachoma, que ameaça cegar uma população inteira, porque o governo não pode gastar meia dúzia de centenas de contos de reis, no serviço deprophylaxia dessa terrível enfermidade; todo o Estado é mal policiado, ficando as populações dos municípios afastados do centro á mercê dos bandoleiros e dos capangas da politicagem, porque o orçamento não comporta o augmento da força poli- cial. E como estes tantos e tantos serviços de primeira neces- sidade ficam por fazer, porque as rendas do Estado não sof- frem outras despesas, alem das estrictamente indispensáveis.

Para a recepção do sr. Elihu Root todo o dinheiro é pou- co. E no fim de contas, o illustre visitante ir-se-á embora, fa-

zendo da nossa grandeza, da nossa prosperidade, dos requin- tes da nossa civilisação a mais triste e deplorav 1 das ideas.

Não ha de faltar quem lhe diga que palácio e alfaias, carruagens e automóveis, criados e porcellanas, tudo é alugado.

E mal o sr. Elihu Root virar costas, uma chusma de car- regadores, acompanhando uma fila de camiões, penetrarão no palácio e, num abrir e fechar de olhos, o despojarão de toda esta riqueza, para distribuil-a pelos diversos belchiores seus legítimos donos.

Poderia parecer que se o illustre hospede se fosse alojado no palácio do governo, ficaria mal accommodado.e teria uma im- pressão menos agradável sobre o conforto e o luxo dos nossos go- vernantes. Mas c certo é que o governo procedendo assim te- ria dado o exemplo daquella simplicidade de costumes e severi- dade da moral democrática, com que, ha muitos annos, um compatriota do sr. Elihu Root escandalisou a corte faustosa e brilhante de Versailles.

Verdade seja, que no tempo de Benjamim Franklín, os casamentos das filhas do presidente da Grande Republica nada tinham de principesco, nem se sonhava com a existência fu- tura dosr. Jorge Tibiriçá, o Magnanimes !

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Asteriscos A' hora em que entrava o ultimo numero do Arara no

prelo, em França, na gloriosa França de Hugo e de Voltaire, a Justiça corrigia um dos mais horrorosos e infames erros da espada e da sotaina: A corte de cassação reconhecia a inno- cencia de Dreyfus, o semita accusado de traição contra a Pátria...

A sentença que rehabilitou o judeu provocou também a rehabilitação do grande e extraordinário autor do estudo dessa familia do segundo império, desses Rougon-Macquart, o qual, por uma crueldade da Sorte, não teve a felicidade de assistir á victoria triumphante da sua campanha.

E a França, que um dia havia deixado injuriar e enlamar a memória do seu mais illustre filho depois de Napoleão, essa França que é grande desde 1789, essa França que se tornou gigantesca depois da derrota de 1870—hoje transporta para o Pantheon, onde repousamos seus mais brilhantes heróes e os seus mais notáveis escriptores, os restos desse Prometheu...

E se o erro commettido foi grande, o arrependimento foi maior: a França, rendendo esta homenagem ao seu filho, dá um exemplo ao mundo, mais um exemplo, da sua grande- za e da sua força.

Ao tempo que a Terra da Luz cumpre esse preito de jus- tiça e de verdade, neste paiz trabalha-se para a remoção dos restos dos últimos imperadores, que descançam actualmente, no somno eterno, sob as vetustas arcadas de S. Vicente de Fora...

E' uma demonstração de reconhecimento que os platônicos e os adherentes querem render aos vultos do príncipe sábio e á bondosa e exemplar mulher, que foi sua companheira e que os patriotas, mesmo no dia em que a expulsavam, cognomina- ram—mãe dos brasileiros.

Talvez seja ainda cedo demais para essa corrigenda da obra de 15 de Novembro, talvez ainda se possa acreditar que ella seja uma manifestação política de caracter sebastianísta, apesar dos inicíadores da campanha apregoarem a sinceridade das suas convicções e o seu arraigado amor pela forma repu- blicana.

Mas, que seja cedo: Deixem que se preste essa home- nagem, mesmo que nella appareça a política, que é a mais perigosa e mais perversa das intrujices, e que tragam os res- tos dos dois velhos para repousar na terra em que elles vive- ram no fausto e na grandeza... Que os deixem descançar sob o brilho das estrellas do Cruzeiro, que os façam repousar sob o solo deste paiz, que, no seu reinado, não se ensopou do

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sangue do seus filhos, victimados pela crueldade dos fratri- cidas...

E que, então, quando esses corpos forem depositados, do lado dos de outros homens a quem o paiz deve serviços e a sua gratidão, os brasileiros criem brio, criem o civismo que lhes falta, e procurem viver honradamente, como bons cidadãos e como irmãos !

E que a câmara e o senado federal se compenetrem da sua alta missão, que se esqueçam de fazer política no interesse dos corrilhos a que pertencem e procurem levantar o nome des- ta Republica, hoje infamada pelas vergonhas de Matto Grosso e pelo regimen dos desfalques.

lí.ví/íUc

♦»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦-♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦ Pergunta um padre a um noivo que está a confessar-se para

casar: Quantos são os mandamentos da lei de Deus ?

- Isso e conforme...

—Conforme os sexos. Não diga disparates...

—Não, senhor. Para as mulheres são sô nove mandamentos' Para alias não tem logar o 9.° : «Não desejarás a mulher do pró- ximo».

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abandono. Mas emquanto não chegar essa hora terrível o sr. Washington Luiz passeará de carro novo pela cidade inteira, as mulas na frente com uma guizalhada, a ordenança ao lado do co- cheiro e a sua vaidade nobremente illudida, julgando-se dono de tudo isto.

E' o diabOj quando quer tocar sete instrnentos a um tempo...

PASCHOAL.

♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦«♦♦♦♦♦♦♦

O sr. Washington Luiz, em meu nobre parecer, não vae até o fim du governo. Falta-lhe tudo quanto caracterisa um verdadeiro político e sobra-lhe em prendas aquillo que o dia- bo ofertou a Machiavel.

Mal o joven estadista aproou á secretária da justiça a desordem começou no estylo dos officios, alargou-se pelas determinações dos regulamentos e acabou no coupé a duas mulas, novinho em folha, que s. exa. adquiriu talvez por uns

-cinco contos de reis. No primeiro momento dt gravidade da sua carreira de

secretario ainda se julgou tyranette de Batataes, com a faculda- de de emendar asneiras e tapar as taliscas da incomprehensão com as desculpas de todo o homem culpado. E veio ao mundo aquelle pedacinho de ouro em que se avisam as gentes que o sargento Mello já não pertence mais á força publica, mas á justiça civil.

Depois vieram vários casos do Interior, o ultimo dos quaes deu com a cabeça do sr. Washington mais em Caçapava que na sua secretaria.

Mais tarde, votada a suppressão do cargo de chefe é que nós queremos ver o nossso homem a vibrar a espada da justiça e o chanfalho da policia.

Deve ser uma coisa muito curiosa. Dizemos deve ser, mas não acreditamos que nos esteja reservado esse duplo regalo.

Daqui até lá hade vir asneira. S. exa. gosta da asneira como Mimi Pinson gostava de ostras.

Um dia, a indigestão fal-o-á baquear. Na sua secretaria o expediente parecer-lhe-á, ao digeril-o, não a ostra, mas a casca. Nos negócios da policia em vez de actos de reflexão e pru- dência depararse-lhe-á uma legião de casos e coisas que o fa- rão mais pálido que uma folha de pergaminho.

S. exa, acabará por abandonar tudo até que o atirem ao

N'um bailo, uma senhora muito gentil e extremamente deno- tada, ostenta sobre a nivea brancura do collo uma soberba cruz de brilhantes.

Um rapaz alegre e espirituoso, pára a contemplala. - Está examinando a minha cruz ? - Não minha senhora. Estou vendo o Calvário!

}(eiirique de Jftesqtiita Falleceu no Rio o maestro Henrique de Mesquitn, um dos

mais bellos ornamentos da arte nacional, pertencera elle á gran- de e gloriosu. geração dos mestres Carlos Gomes, Pedro Américo e outro=, que enalteceran o nome do Brasil, pelo talento.

Fértil de imaginação, de primoroso cultivo musical, Henrique de Mesquita trabalhou e produziu como poucos, deixando ■eu nome marcado na época artística, como revelação de um ta- lento de escól alliado a uma vontade activa e sem pelas.

Ultimamente, encanecido e enfermo, afastara-se do bulicio ■ocial e vivia para a intimidade do seu lar, onde carinhosamente rosava as reminiscencias fugazes da gloria ephemera que a terra, aterna madrasta, concede a seus filhos, no fulgor da mocidade e Ia vida, para esquecel-os mais tarde, na penumbra criminosa do olvido injusto.

Seu nome era conhecido em todos os cantos do Brasil, onde a musica se revelava. O velho maestro exercera em tempos idos os cargos de professor do Instituto Profissional e do Instituto de Musica, onde deixou lembrado seu nome e perpetuada a sua com- petência a muitas levas de moços, e onde deixou também consa- gradas a veneração e a amizade de todos os seus collegas de magistério, de todos os que com elle privaram.

São innumera.s as composições musicaes de Henrique de Mes- quista executadas nos theatros do Rio. A E'poca de ouro da em- presa Jaointho Heller, na antiga Phcenix Dramática, deve-lhe todo o suecesso musical, pelas partituras e pelos arreglos que compuzera, como se nota na «Princeza Flor de Maio», na «Co- roa de Carlos Magno», n'«0 Vampiro» e «Roberto do Diabo».

Originaes e celebradas foram os composições nor elle feitas para as peças theatraes «O Vagabundo», «O Trumpho ás avessas», o «Ali Babá», o «Fausto Júnior», sendo sempre o collaborador as- síduo das producções dos finados Augusto de Castro e França Júnior, que lhe devem grande parte do êxito de suas peças.

Não havia, talvez, entre nossos músicos quem como elle tivesse mais inspiração para o gênero leve e gracioso, puramente nosso, como no celebre tango do «Ali Babá», até hoje popular e apreciadissimo.

Como regente de orchestra, Henrique de Mesquita tinha a disciplina rythmada na ponta da sua batuta, e foi a elle, como ao mais competenie, confiada a excução do «Guarany» por todas as bandas militares, cerca de quatrocentas figuras no Rio de Janeiro, por ocasião dos funeraes de Carlos Gomes seu velho amigo o companheiro dedicado.

Todos os que ouviram a execução primorosa da protophonia da grande opera, clangorosa e festiva, ao ar livre, sob a paz im- mensa do perdão do céo, nesse dia, em que a multidão rgndia homenagens justas ao gênio nacional, sentiram por certo o calafrio sagrado que deixa n'alma a impressão perenne de uma do- çura infinita, de uma funda saudade que a alma de Henrique de Mesquita soube imprimir áquellas centenas de vozes sob seu mando, para o entôo solenne do grande canto nacional...

Ha uma composição musical do pranteado maestro musicis- ta que conta mais de cincoenta annos e ainda hoje é ouvida nas orchestras, como uma prova soberba da sua fecunda inspiração e da gua originalidade: o «Soirêe Brasileiro».

Laureado pelo nosso antigo Conservatório, Mesquita viveu longos annos em Pariz, onde deixou nome feito e grande acervo de producções, que nos honram. O governo portugez agraciou-o com o habito de Christo.

Devia contar 7G annos sendo ainda cotado o seu nome nas rodas artísticas como uma validade completa e perfeita.

Pêsames á arte brasileira, que, contando em seu seio tan- tos cultores de primor, ainda vegeta balbuciante e ignorada quasi, porque os governos preferem, em todos os tempos, a politicagem, a demagogia, a parlamentarice e o fogo fatuo dos alamirés, á con- sagração Ja arte nacional pelo valor próprio de seus filhos.

*m Ad 1906^0^

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Revista da

A'.frita de jogadm», » polici» prende aa jogadora» A chegada de Joaquim Nabuco ao Rio

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ARARA

■CONTO PARA CREANÇAS

fi ignorância iTum rei Quando Luiz XI de França morreu, em 1483, seu filho, o

delphim Carlos, então apenas de treze aiinos, não sabia lêr. Diziam que era um espirito fraco, preguiçoso, mas a principal causa da sua ignorância, era o orgulho. Na sua opinião, receber lições era descer abaixo do inferior encarregado de o instruir.

Quando foi proclamado rei, sob o nome de Carlos VIII, o seu primeiro acto de vontade foi exigir que o deixassem todos os dias passear sosinho durante uma hora.

Ora, um dia, n'um d'esse3 passeios, encontrou, próximo do palácio, um homem tão absorvido pela comtemplação de dois li- vros que tinha nos joelhos, que nem sequer viu o rei. Depois de parar próximo d'elle e esperar um pouco, perguntou-lhe por que não o saudava. O homem, sem tirar os olhos das paginas dos livros, respondeu-lhe não ter que o saudar, pois não o conhecia. O rei concordou, mas perguntou-lhe o que estava alli a fazer. Muito embaraçado, o homem disse-lhe que desgraçadamente, não sabia lêr, e íôra enviado alli por um abbade para entregar dois volumes, um ao rei e outro ao antigo presidente do parlamento de Pariz, João Vacquerie.

A.0 rei devia entregar um d'elles, que começava pelas pala- vras: «Por graça de Deus, nós, abbade de...» E o outro começa- va por outras palavras que não conhecia. Mas ambos elles são eguaes para mim, disse, por fim, o homem, porque eu não sei lêr e as letras são todas umas como as outras. Demais a mais o sr. João Vacquerie devia dar-me por esse livro uma importante quan- tia, e se me engano nada me dará.

E abrindo os dois volumes, pôl-os deante dos olhos do rei Este fitou-os durante largo tempo; mas, como também não sabia lêr, não pôde escolher o que lhe era destinado. Teve, porém, uma idéia salvadora, pois comprehendeu só então como era excellente o saber lêr.

Depois de olhür o livro, respondeu-lhe: —Não devo dizer-te que vi n'estas paginas; deves ser tu

quem deve escolher os livros. —Não queria outra coisa, respondeu o homem. Mas não

sei lêr, e para aprender levar-me-hia muito tempo, visto que estou velho. Demais, tenho pouco dinheiro, que acabaria antes que eu aprendesse a lêr.

—Lá quanto a isso, não te afflijas, respondeu o rei. E, chamando um creado particular, ordenou-lhe que levasse

o homem para o palácio e que chamasse um bom mestre para o ensinar, que elle tudo pagaria. E, depois, disse ao homem:

—Vou mandar dar-te um mostre; mas, para eu saber e po- der avaliar o cuidado com que tu aprendes a lêr, ficas obrigado a vir todos os dias repetir-me a lição que deres.

Assim se fez. Todos os dias, o pobre homem dava a sua liçào e ia repetil-a ao rei. Este, que também queria aprender, sem o parecer, insistia com elle e perguntava lhe a cada momento: 'Tens a certeza de que é isso? Tens a certeza!'» Pouco a pouco passaram alguns mezes e, por fim, quer um quer outro aprende- ram a lêr correntemente.

Assim conseguiu o joVen rei aprender a lêr, sem ter pro fessor.

de estouvamento, adorável de leviandade, scintillante de espirito,, graciosíssima de puerilidade.

Do terceiro acto em deante, quando a acção passa brusca- mente da comedia do gênero ao drama violento, Tina di Lorenzo accommodou-se á nova phase e traduziu com profunda sincerida- de a luta que trava na consciência dessa «Frou-Frou» leviana e amimada, ao querer assumir os seus direitos de esposa e mãe, o sentimento da maternidade, o receio pungente de perder o aman- te; a vergonha, que lhe vergasta o rosto, de se encontrar com o marido; o doloroso remorso do sangue derramado, e, por fim, aquella morte duma realidade impressionante e commovente, em que a infeliz volta a ser a «Frou-Frou» de outro tempo, do tempo fe- liz da alegria capitosa dos bailes, dos flirts, das rendas, das flo- res, a «Frou-Frou» que Tina di Lorenzo nos apresentou, hontem,. é mais uma creação-typo a juntar ás outras com que até agora nos tem maravilhado.

Garini, Grassi, Bonafini, Nipoti e demais artistas susten- taram bem os seus papeis.»

Na quarta-feira desta semana, a companhia dou-nos o es- pectaculoso drama de Sardou Theodora, sobre cujo desempenho escreveu ainda o nosso collega do Esiado de S. Paulo :

«Hontem, no Sant'Anna, o publico que enchia o theatro saiu contente com a peça, com o desempenho que lhe deu a com- panhia Tina di Lorenzo, e com a ?;u'se-è»-6r'.è«e, realmente magni- fica de luxo, de côr local e verdade histórica.

Todas as attenções estavam voltadas para Tina di Loren- zo. Nesse typo de mulher, formado mais de exterioridades do que de estudo e analyse da alma, predominam as attitudes majesto- sas, os gestos largos, as contorsões violentas da physionomia tra- duzindo o ódio e a crueldade, as modalidades bruscas da voz que exprimem a meiguice amorosa, os arroubos da paixão e os trans- portes da colern.

Pondo de parte o artificialismo de creação de Sardou, para compor uma figura destas, o temperamento da grande actriz é, felizmente, por demais humano e sincero para nos dar uma illu- são perfeita dessa Theodora, tão complicada e complexa na appa- rencia, tão falta de vida, tão convencional e vasia de sentimen- to, na essência.

Por isso, na peça de hontem, Tina di Lorenzo não nos deu uma extraordinária creação como, por exemplo, na Dama das Camelias; foi, sim, uma Theodora inimitável de ternura e de pai- xão, de encanto e de meiguice nas scenas em que o seu amor se expande, em que a sua alma, como que purificada por esse sen- timento profundo e sincero, lhe transfigura a physionomia, nos seus êxtases de felicidade, como no seu encontro com Andréa, no terceiro quadro, ou nos lances torturantes e amargos em que o amante está em perigo, como na soberba scena da morte de Mar- cello.

E de todo o trabalho da grande artista foram justamente estas scenas as que se gravaram mais na memória dos espectado- res que tiveram a felicidade de assistir ao espectaculo de hon- tem, Não é pequeno triumpho, porque, se exceptuarmos Sarah Bernhardt, creadora do pape), nenhuma outra artista conseguiu que, descido o panno sobre o ultimo acto, ficasse no espirito do espectador outra impressão que nào fosse a duma embrulhada mais ou menos estapafúrdia.

Carini deu grande relevo ao papel de Andréa, emocionando a platéa no quarto quadro, primoramente representado.

Falcone, no papel de Justiniano; Nipoli, no de Marcello, bem como os demais artistas, conduziram-se de modo a não des- toar da harmonia geral.

A mise-eiirscèm luxuosíssima, duma verdade histórica sur- prehendente de detalhes e minúcias, é a melhor que temos visto, em S. Paulo.»

THEATROS SAXT'A\.\A

A companhia Tina di Lorenzo continua a sua série de triumphos.

Durante a semana deu-nos o hrou-Frou e a Theodora, sobre cujo desempenho assim se exprimiu o nosso collega do Estado de S, Paulo, que por uma coincidência é o nosso melhor amigo:

«O drama «Frou-Frou», de Meillac e Halevy, offerece en- sejo a uma artista da envergadura de Tina di Lorenzo para mos- trar toda a malleabilidade do seu talento e a perfeição da sua arte.

E' que na velha peça ha de tudo, desde a fina e espirituo- samente satyrica comedia de costumes, até o melodrama de ve- lhos moldes, com a inevitável vingança do marido ultrajado pela morte, em duello, do amante, e perdão da mulher adultera que, ralada de remorsos e sentindo fugir-lhe á vida, volta á casa, que abandonou, para rever pela ultima vez o filho e morrer arrepen- dida e em meio de choro geral.

A grande artista encarnou-se nesse papel e, imprimindo-lhe uma certa continuidade lógica, deu-lhe um brilho notável.

Nos dois primeiros actos foi uma «Frou-Frou» encantadora

* * *

A grande companhia dramática franceza de que fazem parte as actrizes Suzanne Desprès e Cora Laparcerie, e cujos es- pectaculos no theatro Lyrico do Pvio tanto enlhusiasmo estão des- pertando, estréar-se-á em S. Paulo no dia 1 de agosto próximo..

Na Brasserie Paulisto já se acha aberta uma assignatura para cinco únicos espectaculos, com peças tiradas do seguinte re- pertório :

Magda, Le Massiére, Le Détour, Rafale, Les Remplaçan- tes, La Femme de Claude, La Gioconda, Le retour de Jerusa- salem, Demi-raonde, L'autre danger, Frou-Frou, On ne badine pas avec Tamour, Les Amants, Maison de Poupée, Denise.

O elenco astistico é constituído pelos seguintes artistas: Suzanne Desprès, Cora Laparcerie, Magdalena Tailade, do

Odéon (primeiro prêmio do Conservatório); Marie Laure, do Odéon; Stella Viarny, do Gyranasio; Verenes, Dermoz e Jame- son, do Palais Royal; Edwirges e Thomas, do Odéon.

Henry Burguet, do Gymnasio; Dorival, do Odéon (primei- ro prêmio do Conservatório); Tunc, . Saillard, Corieux e Michel, do Odéon; Garnier, do theatro Sarah Bernhard; Rolland Le- comte e Sigaud, do Gymnasio.

M 1906 ?Otf

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ARARA

A revolução de Matto Grosso, hoje tão falada, tão com- mentada, tão discutida, é motivo de alegria para todos os bons cidadãos, amantes da liberdade, da pátria e do gênero humano. O progresso requer que se eliminem todos os obstáculos que •o estorvem. Ora, tyranno é um desses obstáculos.

No longínquo Estado, o seu presidente, segundo ouvi- mos dizer, falsificava eleições, mettia no xadrez os adversários mais exaltados, dava bordoadas, em summa, na opposição. E' verdade que essas fraudes, essas prisões, essas cacetadas não estão bem provadas. Pouco importa. Os victoriosos affirmam que a coisa era certa. E é o que basta. Se os vencidos fos- sem victoriosos, a verdade seria outra. A razão estaria com •elles. Quem fica de pé é que está bem.

Somos também desta opinião. Um pobre cidadão, que quizer acertar, não se esqueça de

contemporisar, para ajuizar dos acontecimentos depois do triumpho.

Nós somos deste numero. Por isso, estamos francamen- te ao lado do actual governo de Matto Grosso. Elle é um benemérito da pátria, da liberdade e do gênero humano.

Temos concluído.

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SPQRT TURP

JOOHEV <M It FLIXMINENSE

Com muito brilhantismo realisou-se domingo passado a oitava festa sportiva desta bemquista sociodado.

Nada faltou á esplendida reunião. Muita gente, muita auima-

çã.o e pareôs bem disputados. Os jockeys vencedores toram : H. Barbosa, Lourenço Júnior

(2 victorias), L. Rodrigues, A Fernandes e Marcellino que monta- ram os vencedores Rio Grande, Faisca, Cambuscan, Espadilha, Tejo

■e Buenos-Aires. No «paddock» foram vistos e apteciados os novos parolheiros

Ricota o Root, recém-chegados do Rio da Prata. Foi muito admirado o cavallo Brasil, ex-Arpon, um bello ca-

vallo argentino também recemchegado, em magníficas condições. hiis os principaes incidentes de cada pareô: No Io pareô os 3 animaes collooados empenharam-se em re-

nhida luta á chegada, vencendo Rio Grande por differença minima. No 2o Faisca mostrou uma grande superioridade sobre os seus

contendores, vencendo facilmente de ponta a ponta. Crystal não fez questão de melhor collocação á chegada.

O clássico «Proprietário», corrido em 3o logar, deu ensejo á brilhante victoria do cavallo argentino Cambuscan, filho de Neapolis e Capuchina, propriedade do sr. Albino de Andrade e magistralmen-

te dirigido pelo jockey A. Fernandes. Serviram de «leader» o cavallo Descrente, Hercules por algum

tempo e Vai d'Or. Cambuscan aproveitou-se da boa occasião para tomar a ponta, emquanto Mikado passava pelos adversários para to-

mar o 2o logar, No pareô 16 de Maio ganhou com sobras a égua Espadilha

que na corrida passada não disputou, chegando em máo 3o. Como foi generosa a punição em que incorreu o jockey Lou-

renço Júnior?! Vésper, que fazia a sua «reentrada», não fez muito «mpenho: reserva-se talvez para a corrida próxima.

O Grande 16 de Julho, a prova correspondente ao Gran Prix de Pariz (animaes de 3 annos), coube ao cavallo inglez Tejo, Free- man e Harlequina, de propriedade do sr. Albano de Oliveira, monta- do pelo jockey Luiz Rodrigues.

O valente Scarpia, o favorito, achou a distancia muito longa »ob semelhante poso, mas figurou em quasi todo o percurso, puxando a corrida era companhia do vencedor, que o acompanhou de perto »té o areai, onde Tejo tomou a posição d« «leader».

No 6" pareô, o cavallo Caprichoso titubeou á saida. Buenos Aires puxou a corrida, ganhando de ponta a pon a.

A' chegada, Root, um estreante, veiu como uma flecha, proinet- tondo ser um recruta de 1" ordem,

Ficou assi i organisado o programma para a corrida do dia 22 do corrente, no Derby-Club, do Rio :

Pareô Dezeseto de Setembro 1.000 metros. Prêmios: 1:000S e 200S.—Derby, San Toy, Rio Grande, Saturno, Arig, Herval, Chrys- tale e Hercilia.

Pareô Extra-1.000 metros. Prêmios : 1:000$ e 200§. Dia- mante, Scylla, Simonside, Capitan o Lavandière.

Pareô - Velocidade 1.500 metros. Prêmios : l:00OS e 200$.- Mascotte, Pátria, Tetuan, Coelho, Tenionte e Orgulhosa.

Pareô Derby Nacional—1,609 metros. Prêmios: 1:000$ e 200$. Chileno, Leão, Faisca, Caporal e Marion.

Pareô Dr. Frontin—1.750 metros. Prêmios: 1:000$ e 200$. Root, Scarpia, Descrente, Velasquez, Buenos Aires, Prince, Capital e Mikado.

Pareô— upplementar 1.609 metros. Parendonga, Ricota, Ma- nila, Brasil, Vésper e Portugal.

O distincto e conhecido sportmann dr. Lineu de aula Ma- chado, que se acha actualmente na Europa, acaba de comprar um lote do quatorze animaes de oxcellente filiação e destinados ás cor- ridas do nosso prado da Moóca e á reproducção. Sabemos que o dr. Lineu de Paula Machado, a quem já muito deve o nosso turf, pretende comprar outros animaes.

Não será, pois, de admirar que, em breve, este sport volto aos seus antigos tempos gloriosos e se torne o mais importante do Brasii.

Damos em seguida alguns esclarecimentos sobre os animaes comprados pelo distincto sportman.

Animaes comprados nas coudelarias Rotschild : «Ayamara», por Séuateur e Abhal Rose; «Djerid», por Miguel

Djeddah; «Na», por Rueeil e Petiote; «Anedocte», por Roi Soloil e Anicroche,

Comprou as seguintes éguas, que foram cobertas por Blue- Green, cuja filiação damos mais adiante :

«Navette», por Aquilin e Nébuleuse; «Miche», por Son-0'hime e Madness; «Villa», por Révérend e Vanille; «France , por Xain- trailles e Fair-Trade; «Forcollaine», por Le-Glorieux e Pepa; «He- dóra», por Melton e Arabie.

Mas entre os animaes comprados figuram dois roproductores de magnífica filiação : «Flaneur i » e «Zimpanet».

Pedigree de Flaneur II

Lutin

• Patriarche < gol!frt ( Portlet

T , . . ( Don Carlos , Legitune ( Ec)iptique

Flaxen y | _, , ( Spéculum V Blonde ( Dentec|e

Flaneur tem actualmente õ annos, e já ganhou 75.875 francos de prêmios.

Pedigree de Zimpanet / Le-Sancy

Champignol y chópiu

Tiny-Agnés Stratheonan

\ Fair-Agnés Zimpanet é um esplendido alazão de 4 annos, tendo já ganha-

do 57.577 francos em prêmios. Pedigree de Blue-Green

( Beadsman < ^eatlierbit I ( Mendicant

Coeruleus ; f _, „. ( Stockwell V Blas-Bleu ( Vexation

Angélica /Galopin <Iet?ette^ , I ( Flying - Duches»

(„ . . . , (King-Tom V Saint-Angela ( AdeTin,

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A, O conhecimeoto da sua composição

aave inúicar os caaoa em que este vinhoI ser empregado. Sio primeiro todas MI

aflecçeMS»dodcbditaífio,taJscomoa*»eiiil«, • TUIca, as CoanlMcença* {uiretuiU ti *• wmlktr na* ifoem criticas M >M viif); m, Fraoma rsaiertat ou neraoM caussiia par Isdlow. rigülM, trabalho» de |abinatè; o Etfallawaato prematuro; a Etparmatonkaa; as donoças da Medtilla: o D.atwte; as aifsc- ções do estômago e do intastloe; depois. aa alterações consthucionaes devida» a viciadura do saagw, ia< Rlteumallsma, üaoklHtaM talaso* nas crianças '"A.

Tunií n'H pombos, regulariia Ob latidos 1 do coraçSo, activa o trabalho da dig^láy. r

O homem debilitado saca delle força. 1 vigore eaôde, O homem que gasia muita I aotividade, a mantém pelo uso regi lardeaMl cordial, a ficaz «m todos os cssus, «piii>eo-| temente tfi|stf.«t> e tcrtiileante, e agradava!* ao paladar como um liqujr de «of

: OÊSIL£8,l8.Ruc de» Art»,iLa«atlel((SilM)JlU|<aiMtSM>,AaadBUMiire^>ari».

DFFOSITOS KM TODAS AS PBINCIPABS ra/iutACiAy.

Hi^iciEibbüübbbbbbbbbbbfc

FRONTÃO BOA VISTA

l8-EiiaBoa?ista-l8 • XUXX 8. PAULO Itítt*

Funcçôes todos os dias. ás 2 horas da tarde e ás 7 horas da noite.

Emocionantes quinielas duplas e simples disputa- das com a mais escrupu- losa seriedade.

; fio frontão! ^o Jvonlào!

i»!y y y3|cyy^f7fry!3|C3|cyTyy^^^

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brjcazjone, munjtj delia marca quj rjprodotta è Ia

Chapelaria Alberto 69-Praça Dr. Anlonio Prado-69

Djchjara püre che Ia dctta marca dj sua esclusjva proprjetà

vemie debjtamente deposjtada come da brevetto ». 5348.

cX.ie^ct^Jtta; \b GÍettetwOto 1905

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