A vivência da Democracia Direta no Conselho dos 500 da Cognópolis Foz do Iguaçu

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A VIVÊNCIA DA DEMOCRACIA A VIVÊNCIA DA DEMOCRACIA DIRETA NO CONSELHO DOS 500 DIRETA NO CONSELHO DOS 500 DA COGNÓPOLIS FOZ DO DA COGNÓPOLIS FOZ DO IGUAÇU IGUAÇU Júlio César Garcia

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Apresentação do Prof. Júlio Cesar Garcia no I Simpósio Internacional de Democracia Direta, realizado entre os dias 3, 4 e 5 de junho de 2011 em Foz do Iguaçu – PR. Mais informações: www.simposiodemocraciadireta.com.br

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A VIVÊNCIA DA DEMOCRACIA A VIVÊNCIA DA DEMOCRACIA DIRETA NO CONSELHO DOS 500 DIRETA NO CONSELHO DOS 500

DA COGNÓPOLIS FOZ DO IGUAÇUDA COGNÓPOLIS FOZ DO IGUAÇU

Júlio César Garcia

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Esquema da apresentaçãoEsquema da apresentação

1. Contextualização geral

1. A proposta e criação do Conselho dos 500 na Cognópolis Foz do Iguaçu

1. O funcionamento do Conselho dos 500

1. Os desafios do Conselho dos 500

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1. Contextualização Geral1. Contextualização Geral

1.1 Qual o objetivo desta apresentação?Um exemplo prático de democracia direta: porém, sem defender que este seja o melhor ou único modelo de implementação.

1.2 Qual a minha relação com o tema?Envolvimento direto na coordenação do processo de criação do Conselho dos 500.

1.3 A Cognópolis Foz do IguaçuA Cidade do Conhecimento é a primeira iniciativa de construção de um espaço otimizado para a convivência sadia de pessoas interessadas na evolução consciencial, a partir do paradigma consciencial.

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1. Contextualização Geral1. Contextualização Geral

1.4 A fase atual do Conselho dos 500Ainda introdutório, mas real.O objetivo geral é a instalação de um sistema concreto de Democracia Direta.

1.5 Foco nos fatosMantenha o espírito crítico: você decide se e em qual nível o Conselho dos 500 manifesta a Democracia Direta.

1.6 Análise crítica pessoalAo final: quais os desafios para a continuidade e desenvolvimento deste Conselho dos 500?

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2. A Proposta do C5002. A Proposta do C500

2.1 A necessidadeA instalação da Cognópolis de Foz do Iguaçu reuniu centenas de voluntários, moradores, empresários e apoiadores, constituindo uma Comunidade.Surgem desafios típicos: segurança, infra-estrutura, preservação ambiental, regras de convivência, etc.

2.2 Qual o modelo de gestão a ser adotado?Uma Prefeitura? Uma Diretoria?Um grupo de representantes eleitos?Uma Associação de Moradores convencional?

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2. A Proposta do C5002. A Proposta do C500

2.3 A propostaProf. Waldo Vieira, na Tertúlia Conscienciológica de 08 de dezembro de 2009, que foi sobre o tema Retificação, propõe a criação do Conselho dos 500.Em outras palavras: que cada cognopolita tenha a oportunidade de participar e decidir diretamente, sem intermediários, assuntos gerais, relacionados a Cognópolis.

2.4 A inspiração no modelo gregoEcclesia: assembleia geral aberta a todos os cidadãos.Conselho dos 500: responsável pela pauta das assembleias e a coordenação do processo de decisões.

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2. A Proposta do C5002. A Proposta do C500

2.5 O Conselho dos 500 na Grécia10 Tribos (demos).Cada uma sorteava 50 cidadãos, resultando em 500.Dentre estes, 50 eram sorteados para formar a pritania ou presidência do Conselho: administração da cidade por 35 ou 36 dias.

Haviam mais dois órgãos internos (Proedroi e Comitê).2.6 Ecclesia na Grécia

Duas assembleias por semana, em geral numa grande pedra em uma colina chamada Pnix.

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2. A Proposta do C5002. A Proposta do C500

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2. A Proposta do C5002. A Proposta do C500

2.7 Contextualização histórica e localA Cognópolis ainda em formação não possui cognopolitas em número suficiente para sustentar várias instâncias.A denominação Conselho dos 500 é uma evocação proposital de um modelo, mas não significa a importação ipsis literis do conselho grego que levou este nome.

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2. A Criação do C5002. A Criação do C500

2.8 Comissão Provisória15 componentes auto-habilitados. (Aberta ao ingresso de qualquer interessado).

O que, como, por que, onde, quando...?4 reuniões antes da fundação do C500, que ocorreu em 06 de fevereiro de 2010.

2.9 Opções de Criaçãoa. Formalização: personalidade jurídica, estatuto, regulamentos, etc.b. flexibilidação: sem maiores formalidades, seguir os fatos.

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2. A Criação do C5002. A Criação do C500

2.10 Vantagens Permitir o envolvimento direto dos cognopolitas na própria

criação do Conselho. O direito ao erro; a evitação de respostas prontas; a

aplicação do princípio da descrença.2.11 Assembleia de Fundação contou com 241 participantes não é uma associação de bairro; não é uma

associação civil; nem é um órgão deliberativo dentro de algum instância pré-existente.

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2. A Criação do C5002. A Criação do C500

2.12 O que é? Associação de um grupo de pessoas ligadas entre si por um

vínculo comum, qual seja, morar, trabalhar ou voluntariar na Cognópolis Foz do Iguaçu, e ter o sincero interesse em participar ativamente da construção das bases e diretrizes desta comunidade a partir do sistema da democracia direta.

Conscienciologia: Maxiproéxis; Curso Intermissivo; Tares.

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3. Funcionamento do C5003. Funcionamento do C500

3.1 Deliberações da Assembleia de FundaçãoEscopo, competências, condições para participação na qualidade de conselheiro, quórum mínimo para deliberações, periodicidade das reuniões e sistema interno de gestão.

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3. Funcionamento do C5003. Funcionamento do C500

3.2 Princípios

1. Assertividade;2. Cooperação;3. Cosmoética;4. Democracia Direta;5. Eficiência;

6. Informalidade;

7. Integração.

8. Participação;

9. Transparência;

10. Universalismo.

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3. Funcionamento do C5003. Funcionamento do C500Escopo Todo o Bairro da Cognópolis. Necessidade

de uma fase de transição.

Competências 1. Deliberar sobre estratégias gerais do Bairro Cognópolis em Foz do Iguaçu.

2. Analisar e homologar atividades, programas e projetos prioritários do Bairro Cognópolis em Foz do Iguaçu.

3. Definir e/ou aprovar as diretrizes político-administrativas e financeiras de intercooperação no Bairro Cognópolis em Foz do Iguaçu.

4. Implantar a democracia direta no Bairro Cognópolis.

Condições para participação como conselheiro

1. Ter idade mínima de 16 anos.2. Não necessariamente residir em Foz do Iguaçu.3. Possuir vínculo com o Bairro Cognópolis.

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3. Funcionamento do C5003. Funcionamento do C500

Quórum mínimo A maioria simples dos presentes. Sem quórum mínimo. Não há direito a ser representado por procuração.

Periodicidade A princípio funcionaria sob demanda. A partir de 2011 passou a ter 3 assembleias ordinárias no ano.

Sistema de gestão interna Comissão Permanente de Gestão do Conselho dos 500, com 9 integrantes. Mandato de 6 meses, alterando 4 e 5 membros. Sem direito a reeleição. Auto-habilitação e se necessário sorteio. Voluntários, não recebem qualquer benefício pessoal. Coordenação dupla. Sem atuação de representação da Cognópolis.

Regulamento disponível em: www.c500.org.br

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3. Funcionamento do C5003. Funcionamento do C500

3.3 Aspectos chaves da preparação das assembleiasa. Assertividade nos debates;b. Antecipação dos pontos de votação online;c. Simplicidade e objetividade na reunião;d. Publicidade dos temas, antes e depois da reunião.

3.4 Testes com sistema eletrônico Utilização de sistemas open-source (segurança x acessibilidade) Utilizado na deliberação sobre as Diretrizes do Plano Diretor

da Cognópolis.

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3. Funcionamento do C5003. Funcionamento do C500

3.5 Algumas deliberações tomadasRegulamento do C500Diretrizes do Plano Diretor da Cognópolis

Aprovação e localização da Ágora e do Pórtico da Cognópolis

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3. Funcionamento do C5003. Funcionamento do C500

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3. Funcionamento do C5003. Funcionamento do C500

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3. Funcionamento do C5003. Funcionamento do C500

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4. Desafios do C5004. Desafios do C500

1. Ausência de referências atuais;2. Consolidação do Conselho (sobreviver aos primeiros anos);3. Gerar pautas importantes;4. Legitimar as decisões (interna e externamente);5. Equilíbrio entre tecnicidade e pragmatismo;6. O direito a não participação (atacada pela informação e

esclarecimento, nunca pela coação);7. Transformação da participação política passiva para uma

cidadania pró-ativa, participativa e colaborativa;8. Superação do “choque de responsabilidade”.

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CONCLUSÃOCONCLUSÃO

A DEMOCRACIA DIRETA REPRESENTA UM NOVO E MAIS AVANÇADO PATAMAR POLÍTICO DA HUMANIDADE, EXIGINDO UMA RELAÇÃO MAIS EQUILIBRADA ENTRE OS DIREITOS E DEVERES DE CADA CIDADÃO.