A Viagem de Beatriz ao Sistema Solar

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Autora: Beatriz Carvalho Ilustradores: alunos do 3ºC Editora: 3ºC EB1/JI Casal dos Apréstimos

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Texto sobre o sistema solar e informações sobre o mesmo

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Autora: Beatriz Carvalho Ilustradores: alunos do 3ºC Editora: 3ºC EB1/JI Casal dos Apréstimos

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              O mercuriano disse-lhe que habitava no planeta mais próximo do Sol , pelo que a vida ali seria impossível para os humanos . Beatriz, que se sentia cada vez mais quente devido à elevadíssima temperatura que se fazia sentir, não deixou de admirar tudo o que via naquele pequeno planeta . Reparou que, Mercúrio não tinha lua nem satélites naturais . A sua superfície também era muito diferente da superfície terrestre: tinha muitas planícies com muitas crateras, formadas pelo impacto de meteoritos . O seu amigo contou-lhe ainda que 70% daquele planeta era composto por metal e que , por ser tão pequeno, o movimento de rotação se fazia apenas em 89 dias e o de translação em 59 . A Beatriz estava a gostar da conversa, mas pensou sair dali rapidamente, pois sentia-se a derreter. Foi para a sua nave espacial e levantou voo. No entanto, reparou que estava com pouca gasolina, viu-se então obrigada a aterrar num outro planeta que avistava ao longe : Vénus.  

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  Beatriz sempre achou piada a este planeta por ter o nome de uma deusa romana, que simboliza amor e beleza. Quando saiu da nave, sentiu-se muito enjoada e com dores de cabeça, porque a atmosfera daquele planeta era muito densa. Haviam muitas nuvens de ácido sulfúrico, embora bonitas, eram muito perigosas. Reparou que, Vénus - o planeta mais brilhante quando visto da Terra – era muito parecido com esta, tanto em tamanho como na composição e forma. Quando foi para a parte mais interna do planeta, viu que este era formado por ferro e coberto por um manto rochoso. Na superfície havia muito basalto - uma rocha que conhecia bastante bem.  

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Depois de ter explorado o planeta, Beatriz ficou deveras preocupada. Não podia prosseguir a sua viagem, porque não encontrou nenhum local para abastecer a sua nave. Após refletir um pouco, decidiu então regressar à Sirius II e rezou para que, o pouco combustível que ainda lhe restava, desse para chegar ao seu planeta . E assim foi... Felizmente, conseguiu! Quando chegou, não parava de pensar na beleza do seu planeta: tinha muita água, muita vegetação e conseguia respirar naturalmente!... Contudo, os terrestres tinham um ar muito nervoso e alguns até pareciam infelizes… Assim, decidiu continuar a sua viagem , tentando perceber se haveriam seres noutros planetas que tivessem um ar mais feliz. Encheu o depósito da sua nave espacial e dirigiu-se até Marte. Neste planeta, foi recebida por muitos marcianos, com um aspeto estranho, mas simpático. A primeira coisa que reparou foi que, os dias em Marte eram muito semelhantes aos da Terra. Contudo, fazia bastante mais frio do que no seu planeta.  

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De repente, um marciano dirigiu-se a ela e levou-a a conhecer o maior vulcão do sistema solar: Olympus. Em Marte - também conhecido como o planeta Vermelho – estavam aterradas várias naves da agência espacial da NASA, cujos astronautas procuravam outras formas de vida no planeta. Beatriz decidiu, então, continuar a explorar o sistema solar, tal como os astronautas da NASA. Ela acreditava que um dia seria um deles. Viajou até Júpiter, o maior planeta do sistema solar. A primeira coisa que a menina notou, mal saiu da sua nave, foi que Júpiter era um planeta gasoso, sendo constituído por hidrogénio e hélio. Contudo, não conseguiu colocar os pés em lado nenhum pois, o planeta não tinha qualquer massa sólida. A sua forma parecia a de um M&M. Esta devia-se à rotação rápida do planeta. Tão rápida, que se viu obrigada a sair dali e procurar outro ponto de aterragem.

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       Descobriu, então, Saturno, o segundo maior planeta. Este era constituído sobretudo por hidrogénio e era muito leve. Começou a dirigir-se para o seu interior e observou que era formado por rochas e gelo. O vento era de tal forma intenso, que a empurrou para dentro da sua nave, levando-a até Úrano. Para seu espanto, Beatriz reparou que este planeta, também gasoso, tinha uma atmosfera ainda mais fria do que a dos anteriores. Reparou também, que estava em gelo e que, tinha uma estrutura de nuvens em camadas, fazendo um efeito muito engraçado. Aquilo de que Beatriz gostou mais neste planeta foi o facto de à sua volta existirem vários satélites naturais e um lindo sistema de anéis. Não aguentando mais o frio, fugiu para dentro da sua nave e ganhou coragem para visitar o último planeta do sistema solar: Neptuno.

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  Este era, o planeta mais afastado do sol e, por isso, o mais frio também. A sua composição era muito parecida com a de Úrano e, tal como este, tinha várias luas, sendo a maior delas Tritão. Com o vento que fazia, Beatriz foi cuspida para o interior da sua nave e esta foi expulsa de Neptuno.

Por sorte, a nave foi aterrar no planeta Terra!... Beatriz ficou muito feliz por ter regressado ao seu planeta, pois ao fazer esta viagem, ela percebeu que o seu planeta era o único que tinha as condições essenciais para a vida humana, o ar era respirável e as temperaturas eram amenas. Pensou que, se os homens tivessem passado por aquelas experiências, dariam muito mais valor à vida na Terra e seriam muito mais felizes!          

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O Sol é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões, asteroides, cometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. A  distância   da   Terra   ao   Sol   é   de   cerca  Responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior que o do nosso planeta. A distância da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de quilómetros. A luz solar demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos para chegar à Terra. Das 50 estrelas mais próximas do Sistema Solar, num raio de até 17 anos-luz da Terra, o Sol é a quarta maior em massa. É composto primariamente de hidrogénio (74% de sua massa) e hélio (24% da massa solar), com traços de outros elementos, incluindo ferro, níquel, oxigénio, silício, enxofre, magnésio, néon, cálcio e crômio.

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Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. É o planeta que orbita com maior velocidade (o ano mercuriano tem apenas 88 dias) e é o segundo mais quente (logo a seguir a Vénus). Apesar de não emitir luz própria visível, reflete a luz do Sol e é um dos objetos mais brilhantes do céu. No entanto, é um planeta difícil de observar. Visto da Terra, nunca se afasta muito do Sol e está a maior parte do tempo ofuscado por este. Sem telescópio, só o conseguimos ver durante o pôr ou o nascer do Sol. Por exemplo, quando Mercúrio se encontra perto da sua maior elongação de oeste, pode ser visto pouco antes do nascer do Sol como uma estrela da manhã que o precede. Além disso, o facto de Mercúrio ter uma órbita mais próxima do Sol do que a da Terra permite-nos observar um fenómeno astronómico interessante, chamado Trânsito Solar, quando Mercúrio visto da Terra passa à frente do Sol.

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Quando em 1973-1975, a nave espacial Mariner 10 fez 3 voos próximos a Mercúrio, as fotografias que tirou mostraram-nos um planeta estéril, sem atmosfera, com um grande número de crateras causadas pelo impacto de meteoritos dos tempos turbulentos dos primeiros 700 milhões de anos do sistema solar. As semelhanças com a Lua foram logo evidentes, e tal como nesta, não foram observadas evidências da existência de placas tectónicas. Alternadas com zonas de muitas crateras, as imagens mostram ainda zonas lisas, aparentemente o resultado de correntes de lava solidificada provenientes de grandes erupções vulcânicas dos primeiros tempos de vida do planeta. Tal como a Terra, Mercúrio tem também um núcleo de ferro, sendo inclusive o planeta mais rico em ferro do sistema solar; os magnetómetros da Mariner 10 mostraram que, também como a Terra, Mercúrio possui um campo magnético, o que é uma indicação da presença de metais líquidos no seu interior.

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Vénus é o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da Terra. A rotação completa sobre si mesmo demora 243.01 dias, o que é um período invulgarmente longo. Enquanto que, a maior parte dos planetas rodam sobre si próprios no mesmo sentido, Vénus é uma das exceções. Tal como Urano, a sua rotação é retrógrada, o que significa que em Vénus o Sol nasce a Este e põe-se a Oeste.

No seu período de maior brilho, para um observador na Terra, Vénus é o objeto mais luminoso no céu, apenas ultrapassado pelo Sol e pela Lua. Apesar de, tal como Mercúrio, ser um planeta que orbita entre a Terra e o Sol, está suficientemente afastado deste para que o possamos observar sem que a luz solar nos ofusque.  

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Nos pontos da sua maior elongação difere do Sol por um ângulo de 47º o que permite óptimas condições para ser observado ao nascer e ao pôr do Sol. Por esta razão, desde a antiguidade que Vénus é também conhecido como a estrela matutina ou estrela vespertina. No ponto do seu maior brilho, Vénus é 16 vezes mais brilhante do que a estrela mais brilhante no céu, Sirius.

Vénus é o planeta mais quente do sistema solar devido a um poderoso efeito de estufa. É por outro lado um planeta muito parecido com a Terra, em tamanho, densidade e força gravítica à superfície, tendo-se chegado a especular sobre se teria condições favoráveis à vida. Hoje sabemos que, apesar de ter tido origens muito semelhantes à Terra, a sua maior proximidade ao Sol levou a que o planeta desenvolvesse um clima extremamente hostil à vida. De facto, Vénus é o planeta mais quente do sistema solar, sendo mesmo mais quente do que Mercúrio, que está mais próximo do Sol. A sua temperatura média à superfície é de 460ºC devido ao forte efeito de estufa que acontece a grande escala em todo o planeta.

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A fotografia da Mariner 10 mostra-nos, que Vénus tem, tal como a Terra, uma atmosfera com nuvens,na qual foi detectada, a presença de grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2), principal gás responsável pelo efeito de estufa. No entanto, até a Mariner 2 fazer o primeiro voo próximo a Vénus e medir a temperatura à sua superfície, não se sabia exatamente qual o rigor dessas condições. Missões posteriores foram confirmando a pouco e pouco as condições agrestes do planeta: uma temperatura à superfície de 460ºC, uma pressão à superfície 90 vezes maior que a pressão na Terra; uma atmosfera composta por 96.5% de CO2 e cerca de 3.5% de azoto (N2), com nuvens de ácido sulfúrico (H2SO4) que se pensa serem provenientes de atividade vulcânica e que, devido às altas temperaturas, nunca condensam em chuva. O   passado de Vénus é muito semelhante ao da Terra, pensando-se inclusive que em tempos terá tido oceanos, antes de ser dominado pelo efeito de estufa. Este facto leva-nos a perguntar qual terá sido o fator decisivo que levou às diferenças que hoje encontramos entre os dois planetas. É certo que Vénus está mais próximo do Sol, e que a intensidade de luz solar a que está sujeito é maior, mas terá isso sido suficiente para fazer a diferença entre um planeta de clima ameno, com pouco CO2 na atmosfera, abundante em água, e um planeta dominado pelo efeito de estufa, principalmente composto de dióxido de carbono e onde a água desapareceu? A resposta a esta pergunta é essencial para entendermos o delicado equilíbrio que temos na Terra e os riscos que corremos ao perdê-lo.

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Terra é o 3º planeta a contar do Sol e o maior dos quatro planetas Telúricos (planetas rochosos: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) e o quinto maior dos oito planetas que constituem o sistema solar. É por vezes designada como Mundo ou Planeta Azul. Lar de milhões de espécies de seres vivos. Atualmente, Terra é o único corpo celeste onde é conhecida a existência de vida, pois não se conhece a existência de água no estado líquido em equilíbrio, necessária à manutenção da vida como a conhecemos, na superfície de qualquer outro planeta. A superfície exterior da Terra está dividida em vários segmentos rígidos, chamados placas tectónicas, que migram sobre a superfície terrestre ao longo de milhões de anos. Cerca de 71% da superfície da Terra está coberta por oceanos de água salgada, com o restante consistindo de continentes e ilhas, os quais contêm muitos lagos e outros corpos de água que contribuem para a hidrosfera. A Terra interage com outros objetos no espaço, em particular com o Sol e a Lua. Presentemente, a Terra orbita o Sol uma vez por cada 366,26 rotações sobre o seu próprio eixo – Movimento de Rotação, o que equivale a 365,26 dias solares (movimento responsável pelas estações do ano) e, leva 23,9345 horas a fazer uma rotação em torno do seu eixo – Movimento de Translação, o qual é responsável pela passagem dos dias e das noites.

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A Lua é o único satélite natural da Terra, situando-se a uma distância de cerca de 384,405 km do nosso planeta. Segundo a última contagem, mais de 150 luas povoam o sistema solar: Neptuno é cercado por 13 delas; Urano por 27; Saturno tem 60;Júpiter é o que tem mais até então e possui 64. A Lua terrestre não é a maior de todo o Sistema Solar – Ganimedes, uma das luas de Júpiter, é a maior - mas a Lua continua a ser a maior em relação ao seu planeta. Tem mais de 1/4 do tamanho da Terra. é o único corpo celeste visitado por seres humanos e onde a NASA (sigla em inglês de National Aeronautics and Space Administration) pretende implantar bases permanentes. Visto da Terra, o satélite apresenta fases e exibe sempre a mesma face, porque o seu período de rotação é igual ao período de translação. A Lua não tem atmosfera e apresenta, embora muito escassa, água no estado sólido (em forma de cristais de gelo). Não tendo atmosfera, não há erosão e a superfície da Lua mantém-se intacta durante milhões de anos. É apenas afetada pelas colisões com meteoritos. A Lua é a principal responsável pelos efeitos de maré que ocorrem na Terra.

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Marte, visto da Terra parece um planeta vermelho, embora na verdade seja mais acastanhado. O seu eixo de rotação tem uma inclinação muito semelhante à do nosso planeta,25.19º, o que significa que tem estações do ano. Ao contrário de Mercúrio, que está demasiado perto do Sol para que seja facilmente observado, e de Vénus, cuja densa atmosfera e cobertura de nuvens bloqueiam a observação da sua superfície, Marte está relativamente próximo da Terra sem estar muito próximo do Sol, e tem uma atmosfera muito rarefeita, o que nos permite observar a sua superfície com relativa facilidade. A melhor altura para observar Marte é quando este se encontra na sua oposição, isto é, quando a Terra está entre Marte e o Sol. Quando assim é, Marte está próximo da Terra e bem alto no céu noturno. Esta configuração acontece aproximadamente cada 780 dias.

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Entre 1964 e 1969, as Mariner 4, Mariner 6 e Mariner 7 fizeram os primeiros voos próximos ao planeta e obtiveram as primeiras imagens da sua superfície. Estas mostraram um planeta nalguns aspectos semelhante à Lua, sem nenhuma evidência de vida, e com várias crateras, antigos vulcões e desfiladeiros, o que significa que pelo menos parte da sua superfície é bastante antiga, datando dos primeiros tempos do sistema solar, quando os planetas estavam sujeitos às colisões frequentes de meteoritos. Esta evidência indica também que as forças de erosão em Marte não são tão fortes como as que observamos na Terra, e que a atividade vulcânica no planeta está extinta.

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Terá havido água líquida em Marte? Canais em Marte é evidência de correntes de água que terão existido no planeta. Atualmente não há qualquer evidência de que exista água líquida à superfície de Marte. No entanto, missões recentes revelam que terá existido água no estado líquido: canais à superfície com padrões muito semelhantes aos rios na Terra, figura em cima, zonas aparentemente talhadas pela erosão provocada por fortes correntes e, até, pedras lisas com a textura típica de pedras encontradas no leito de rios na Terra. Hoje em dia, Marte não exibe condições que permitam água no estado líquido à sua superfície. Por um lado, a pressão da atmosfera atual do planeta à superfície é muito baixa: 0.0063 vezes a pressão da atmosfera à superfície da Terra, e quanto menor é a pressão, mais baixa é a temperatura necessária para a água passar do estado líquido para o gasoso. Por outro, a sua atmosfera muito rarefeita não fornece um mecanismo eficaz de efeito de estufa e a temperatura média em Marte é de -53ºC, oscilando entre máximos de 20ºC e mínimos de -140ºC. Feitas as contas, as combinações possíveis de temperatura e pressão à superfície de Marte não permitem água no estado líquido, apenas no estado sólido ou no gasoso.  

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Marte tem ainda duas luas chamadas Deimos e Phobos, que no entanto têm formas irregulares. Têm um tamanho da ordem dos 10 km e assemelham-se mais a asteroides do que a pequenos planetas. Pensa-se que terão sido capturados da cintura de asteroides. Hoje sabemos que esta captura foi possível devido às órbitas irregulares provocadas pela influência gravitacional de Júpiter nalgumas regiões da cintura de asteroides.

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Júpiter é o maior planeta do sistema solar, e o primeiro dos gigantes gasosos. Tem um diâmetro 11 vezes maior que o diâmetro da Terra e uma massa 318 vezes superior. Tal como Marte, a melhor altura para o observar no céu é quando a Terra fica entre Júpiter e o Sol. Demora quase 12 anos a completar uma órbita mas tem um período de rotação invulgarmente rápido: 9h 50min 28s sendo o planeta com a rotação mais rápida do sistema solar. No entanto, o astrónomo Gian Domenico Cassini descobriu em 1690 que as regiões do equador do planeta rodam ligeiramente mais devagar que as regiões polares. Junto aos polos o período de rotação é aproximadamente 9h 55min 41s. Este facto sugere que Júpiter, ao contrário dos planetas terrestres que rodam como um corpo rígido, é maioritariamente líquido no seu interior. O que confirma também que a sua composição é muito diferente da composição dos planetas terrestres.

Pensa-se que a atmosfera de Júpiter é composta por nuvens de gelo de amónia numa primeira camada, seguidas por nuvens de hidrosulfureto de amónio e finalmente por nuvens de água. As diferentes cores nas nuvens que observamos resultam da temperatura e portanto da profundidade a que se encontram: nuvens castanhas são as mais quentes, e portanto mais fundas, as nuvens brancas são as seguintes, e as vermelhas as mais altas, e mais frias.

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No entanto estas nuvens ocupam apenas os primeiros 100 km do interior do planeta. À medida que penetramos no seu interior a pressão aumenta assim como a temperatura. Júpiter, tal como os planetas terrestres, tem um núcleo sólido, denso, com oito vezes a massa da Terra embora devido à pressão de 70 milhões de atmosferas tenha um diâmetro de apenas 11000 km (mais pequeno que a Terra). A esta profundidade a temperatura é de 22000 K, ou 21726 ºC.

Este plneta tem pelo menos 63 satélites identificados. Os 4 maiores, e mais importantes, são conhecidos como as luas galileanas, assim chamadas por terem sido descobertas por Galileu Galilei (1564-1642) quando observou Júpiter com um telescópio que ele próprio construiu. São elas: Io, Europa, Ganymede e Callisto. Historicamente, a descoberta destas luas constituiu uma das primeiras provas irrefutáveis que a Terra não estava no centro do Universo.

Io é a lua mais próxima de Júpiter. É o local com mais atividade vulcânica do sistema solar. As diferentes cores que vemos na imagem são do enxofre e dióxido de enxofre libertados nas erupções. A atividade vulcânica em Io é tão intensa, que num século liberta material suficiente para cobrir toda a sua superfície com a espessura de 1 metro. Tem também um campo magnético próprio, gerado por correntes de lava no seu interior líquido.

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Europa é o segundo satélite mais próximo de Júpiter e o corpo com menos relevo do sistema solar, a sua superfície está totalmente coberta com água gelada. As imagens não mostram crateras o que significa que a sua superfície é bastante recente.

Callisto é o mais afastado dos satélites galileanos de Júpiter. Ainda há muito para se saber sobre esta lua. Tem uma superfície com marcas de grandes crateras e todos os sinais indicam que não tem actividade geológica. No entanto, tem campo magnético o que deve significar que tem material líquido no seu interior. Tem ainda uma fina atmosfera de dióxido de carbono (CO2).

Ganimedes é a maior lua do sistema solar sendo mesmo maior que Mercúrio. Ao contrário de Europa e Io, são visíveis várias crateras, como na Lua da Terra, indicando que tem uma superfície antiga. Estas crateras são pr inc ipalmente compostas de gelo em vez de rocha. A atmosfera é pouco densa e composta por oxigénio e ozono (O3).

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Saturno é dos planetas mais bonitos e populares do sistema solar. Apesar de todos os planetas jovianos possuírem anéis, nenhum os possuí como Saturno; tem uma órbita quase duas vezes maior que Júpiter embora pelo seu grande tamanho (é o segundo maior planeta do sistema solar) apareça no céu como uma estrela brilhante. De facto, é bem visível no céu, sendo o planeta mais longínquo conhecido na antiguidade. Demora quase 30 anos a completar uma volta ao Sol e, tal como Júpiter, o seu período de rotação interno é ligeiramente superior ao seu período equatorial. Quando olhamos para Saturno as primeiras perguntas que nos vêm à cabeça são: O que são aqueles anéis? De que são feitos? Porque é que Saturno os tem? As respostas a estas perguntas têm sido dadas ao longo dos últimos 3 séculos quer através das observações dos astrónomos, quer, mais recentemente, através das missões que visitaram o sistema saturniano e de simulações computacionais. No entanto, ainda não se sabe bem porque é que Saturno ganhou anéis compostos tão complexos. Para todos os efeitos, são sobretudo evidência da riqueza dinâmica que pode ter origem na interação gravítica, entre Saturno, as suas luas e os pequenos corpos que constituem os anéis.

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Imagem real dos anéis de Saturno obtida pela Voyager 2, na qual um computador exagerou as diferenças de tonalidade da luz visível e ultravioleta captada. Variações de cor indicam composição química ligeiramente diferente.

À exceção dos anéis, Saturno é muito semelhante a Júpiter na sua composição química e na estrutura do seu interior. Contudo, apesar destas suas semelhanças este tem características únicas: os ventos mais fortes do sistema solar e a densidade mais baixa. É também o planeta menos esférico do sistema solar.

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Atualmente   deram-­‐se   nomes   a   35   luas   em  órbita   de   Saturno,  no  entanto  foram  descobertas  muitas  mais  e  este  não  pode  ser  considerado   um   número   defini<vo   uma   vez   que   existe   um  número   arbitrário   de   objetos   de   pequenas   dimensões,   diDceis  de  detectar,  que  podem  ter  desde  o  tamanho  das  parFculas  que  cons<tuem  os  anéis  até  vários  quilómetros  de  diâmetro.  No  entanto,  só  um  tem  um  tamanho  comparável  à  lua  da  Terra,  Titã.    

Tem um diâmetro de 5150 km, maior que a nossa lua (3476 km), e tem a particularidade de ser a única lua do sistema solar com uma atmosfera apreciável.

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Úrano foi o primeiro planeta a ser descoberto na era moderna. Até ao séc. XVIII apenas se conheciam 6 planetas no sistema solar. Em 1781, William Herschel, identificou um objeto não catalogado que se movia relativamente às estrelas. Aquilo que ele inicialmente pensou ser um cometa acabou por ser identificado como o 7º planeta do sistema solar. Com esta descoberta o sistema solar duplicou de tamanho, porque a distância de Úrano ao Sol é sensivelmente o dobro da de Saturno. Parecido com Neptuno, os dois planetas encontram-se nas regiões longínquas do sistema solar mas têm características que os distinguem dos outros gigantes jovianos.

Pela distância a que está do Sol, Úrano demora 84 anos terrestres a completar a sua órbita. Um dos aspectos mais curiosos da sua dinâmica é o seu eixo de rotação ter uma inclinação de 97.86º com o plano da sua órbita, por outras palavras, roda deitado. Curiosamente, apesar de um dos lados de Úrano não receber luz solar durante quase 22 anos, o registo de temperatura é o mesmo ao longo de toda a sua superfície visível, o que sugere mecanismos eficazes de condução do calor apela tmosfera, como as fortes tempestades causadas pelas diferenças de temperatura e detectadas pela Voyager 2.

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Tal como Saturno, Úrano também possui anéis. No entanto, estes têm uma composição química diferente, razão pela qual não é fácil observá-los já que, refletem muito pouco a luz do Sol. De facto, durante muitos anos escaparam à detecção. Ao que se julga, estas regiões do sistema solar são tão frias que pode existir nos anéis gelo de metano. Além dos vários satélites de pequenas dimensões, Úrano tem 5 satélites de tamanho médio (com diâmetros da ordem dos 1000 km): Titania, Oberon, Ariel, Umbriel e Miranda, todos constituídos por materiais rochosos e gelos.

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Neptuno tem aproximadamente o mesmo diâmetro e a mesma composição química (80% de hidrogénio, 19% de hélio e 2% de metano) que Úrano, mas Neptuno tem 18% mais massa. De facto, ao contrário de Úrano, onde se encontram poucos sinais de uma atmosfera dinâmica, a Voyager 2 mostrou-nos que Neptuno tem uma atmosfera ativa, com padrões de nuvens visíveis e até tempestades de longa duração semelhantes às observadas em Júpiter.  É a presença de metano na atmosfera que confere a cor azulada ao planeta. As nuvens brancas que se conseguem ver formam-se quando o metano trazido das regiões mais fundas da atmosfera condensa no topo, mais frio, e forma cristais de gelo.

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Neptuno tem 13 luas conhecidas, das quais 6 foram descobertas pela Voyager 2. Conhece-se pouco sobre estas luas para além do facto de serem pequenas e provavelmente constituídas por gelo. A única exceção é Tritão, fotografada pela Voyager 2, figura seguinte. É constituida por gelo, com vulcões de gelo ativos que expelem azoto.

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h3p://www.youtube.com/watch?v=d6qcwRbrLIE    h3p://cFc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo5/topico3.php    h3p://aprenderbrincando.no.sapo.pt/sistema_solar.htm    

Fontes utilizadas

h3ps://pt.wikipedia.org/wiki/Terra    h3ps://pt.wikipedia.org/wiki/Lua    h3p://pt.wikipedia.org/wiki/Sol