A Utilização da Hidrovia Tapajós-Teles Pires para ... -...
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Agência Nacional de Transportes Aquaviários
A Utilização da Hidrovia Tapajós-Teles Pires para a Exportação de Grãos do Mato Grosso
Ana Paula FajardoEngenheira Civil – D.Sc.
Especialização em Gerenciamento de Portos – CIAGA/ COPPETECMestre em Engenharia Oceânica – COPPE/UFRJ
Doutora em Engenharia de Transportes – COPPE/UFRJEspecialista em Regulação da ANTAQ
1 – Introdução• Privilégio de desenvolver-se sócio-economicamente;
◊ concreta e viável estrada natural;
• A hidrovia do Tapajós-Teles Pires: ◊ importante opção de implementação do comércio exterior;
◊ geração de empregos e surgimento de novos empreendimentos;
◊ consolidação da infra-estrutura; ◊ Mato Grosso e parte do Centro - Oeste;
• 36 meses (conclusão das obras e implantação da navegação comercial).
1 – Introdução
• Área de influência da bacia do rio Tapajós; ◊ Grande Potencial Agrícola; ◊ Importância estratégica para a exportação de
grãos do norte do Estado do Mato Grosso e leste paraense;
• Grande destaque a alternativa fluvial;◊ Opção possível para o transporte de produtos
agrícolas;◊ Localização geográfica do rio Tapajós;◊ Extensa malha hidroviária da região;
2 – Importância Econômica- Social
• A exportação de grãos (soja)
◊ função primordial da hidrovia; ◊ a curto e médio prazo.
• Área de influência◊ 21 municípios de Mato Grosso e 8 municípios do Pará;◊ 711.000 km2 (área de influência para grãos).
3 – Estudos Existentes (Coordenados Pela AHIMOR)• Estudos de alternativas técnicas para implantação da hidrovia no
rio Tapajós;
• Verificação "in loco" das dificuldades para vencer as corredeiras entre São Luís e Buburé, PA;
• Definição de trabalhos topográficos e geotécnicos;
• Reconhecimento topográfico de uma faixa de terreno entre São Raimundo e Buburé.
• Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da hidrovia do rio Tapajós;
• Levantamento planimétrico do rio Tapajós no trecho Itaituba - Cachoeira Rasteira;
• Estudo de alternativas para vencer o desnível da cachoeira do Chacorão;
• Anteprojeto das obras necessárias para vencer a Cachoeira do Chacorão;
• Projeto de dragagem, derrocamento e balizamento dos rios Tapajós e Teles Pires;
• Anteprojeto e Projeto do Sistema de transposição de desnível da “região das cachoeiras”, na hidrovia do rio Tapajós.
4 – Estudos Existentes
4 – Estudos Existentes
Condições de Navegabilidade (Coordenados Pela AHIMOR)
- Trecho inferior (a jusante de São Luís do Tapajós);- Excelentes condições de navegabilidade.
- Trecho entre as cachoeiras de São Luís do Tapajós e a confluência dos rios Teles Pires e Juruena:
- Deverão ser transpostos: corredeira de São Luís do Tapajós e a corredeira do Chacorão.- Trecho do baixo Teles Pires:
- O leito é predominantemente arenoso e há menores riscos para a navegação.
- Existência de Bancos de areia.
4 – Estudos Existentes
Navegabilidade (Coordenados Pela AHIMOR):
4 – Estudos Existentes
Obras Previstas (Coordenados Pela AHIMOR):
• Trecho: Buburé - Jacareacanga (km 373 ao km 658)- Desobstrução de 02 (dois) passos de areia e 32 pedrais.
• Trecho: Jacareacanga - confluência dos rios Teles Pires-Juruena (km 658 ao km 851)- Melhorar três passos de areia e 10 pedrais.
• Trecho: confluência dos rios Teles Pires e Juruena à ilha Marengo, nas proximidades da cachoeira Rasteira (Km 851 ao 1043)- Corresponde à 150 km do Rio Teles Pires;- Possui leito do rio predominantemente arenoso; - Desobstrução de 7 passos, até ser atingido o pedral que inclui a chamada cachoeira Rasteira.
4 – Estudos Existentes
"Sistema de Transposição de Desnível da Região das Cachoeiras na Hidrovia do Rio Tapajós" - Duas alternativas pela margem esquerda e 12 traçados alternativos pela margem direita (mais atrativas).
• Canal corta a ilha do Apuí, - Geometria excelente, não possuindo nenhuma curva com raio inferior a 2.000m. - Traçado é adequado sob o aspecto de navegabilidade (grandes raios).
4 – Estudos Existentes
Comboio Tipo (Coordenados Pela AHIMOR):
Comprimento total: 200mBoca: 24mCalado Carregado: 2,5mCalado Mínimo: Obs: o possível em 2,0 m de lâmina d'água
mínima.
5 – Estudos Necessários ( a serem Coordenados Pela AHIMOR)
• Projeto Executivo da eclusa de São Luís do Tapajós;
• Projeto executivo de dragagem, derrocamento e balizamento da Hidrovia no estirão Santarém - Cachoeira Rasteira.
7- Situação da Hidrovia• Serviços Contratados pela AHIMOR:
• EIA/RIMA com a Universidade Federal do Pará – UFPA / Fundação de Amparo e Desenvolvimento de Pesquisa – FADESP.
7- Situação da Hidrovia
• Os estudos e obras foram impedidos devido a Ação Civil Pública (06.02.98);- Objetivo: proteger direitos da comunidade indígena MUNDURUKU, com Antecipação de Tutela;
• Novo Julgamento em 18/02/2004;
• Pedido procedente;
7- Situação da Hidrovia
• Próximo passo (AHIMOR):- Obtenção do Licenciamento Ambiental, junto ao IBAMA;
Desenvolvimento da hidrovia;Elaboração do Projeto Executivo do Sistema de
Transposição das Corredeiras de São Luís do Tapajós, PA.
6 – Inventário Hidrelétrico da Hidrovia• Em 24/01/2006 foi acordado a realização de estudos
de inventário e desenvolvimento de viabilidade de empreendimentos hidrelétricos na bacia do Rio Tapajós.
• -12 mil MW;
• -Estudo deve ser concluído em 2 anos;
• - Subsidiar licitação;
6 – Inventário Hidrelétrico da Hidrovia
• Estudos de viabilidade econômica e estudos de impacto ambiental (EIA-Rima) de nove aproveitamentos hidrelétricos até o fim de 2010;
• 25.768 MW de energia;• Licença ambiental; • Levados a leilão; (licitados na próxima administração)• Hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), e das usinas do rio
Teles Pires (MT/PA).
6 – Inventário Hidrelétrico da Hidrovia
102030405060708090
322
342
SÃO LUIZ DO TAPAJÓS(km 323)NA mont.= 40,00NA jus. = 10,00POT. INST.= 4370 MW
CACHOEIRA DO ACARÁ(km 405)NA mont.= 65,00NA jus. = 40,00POT. INST.= 3140 MW
CACHOEIRA DO CHACARÃO(km 685)NA mont.= 95,00NA jus. = 70,00POT. INST.= 2700 MW
280 300 320 340 360 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700 720 740 760 780 800
JAM
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T. I. MUNDURUKU
T. I. SAI CINZA
PQ. NAC. DA AMAZÔNIA(TRECHO AFASTADO
DA TRANSAMAZÔNICA.)
AMAZÔNIA
FL. NAC.ITAITUBA I
FL. NAC.ITAITUBA II
420
390
380 400
RES. ECOL. EST. APIACÁS
6 – Inventário Hidrelétrico da Hidrovia
• Implantação de eclusas;
• Paticipação de Órgãos Públicos;
TESE DE DOUTORADOCONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO TRANSPORTE
INTERMODAL - OTIMIZAÇÃO DA EXPANSÃO DINÂMICA DAS REDES INTERMODAIS DE SOJA PRODUZIDA NO ESTADO DE MATO GROSSO.
1- Introdução• Modelo de Otimização das opções de transporte: caminhos e
investimentos;
• A procura de uma resposta ótima:◊ configuração atual,◊ perspectiva evolutiva: investimentos e configurações de maior eficiência global;
• Código comercial XPRESS;
• Contribuições ao estudo do transporte da soja:◊ formulação das opções expansão /modernização de cada nó ou arco;◊ escolha por implantar caminhos que nunca conduzam a cenários desfavoráveis;
– Influência na alocação de fluxo;– função objetivo: é uma função matemática das variáveis de
decisão que representa os desejos do decisor como, por exemplo, maximizar os benefícios ou minimizar os custos;
Custo; Capacidade
4- Metodologia
Simulação Numérica:Passo 1: Modelagem da rede com todas as restrições necessárias para a situação atual.Passo 2: Definição das expansões: capacidade dos terminais de transbordo, implantação de possíveis arcos e melhoramentos nas vias.Passo 3: Configuração de rede com todos os investimentos fisicamente possíveis.Passo 4: Redução das porcentagens de investimento na rede (1%).
- Verificação de até que ponto vale a pena investir. - Arcos que fazem parte das configurações intermediárias.
Passo 5: Desenvolvimento de um processo algoritmico para tratamento de arcos instáveis.
- Menor risco de investir. - Retorno de capital investido em pouco tempo.
Passo 6: Os investimentos serão considerados incrementos anuais de dinheiro.
O modelo matemático desenvolvido está apto a:◊ Minimizar o custo total de transporte da soja.◊ Garantir que toda a produção seja escoada por um conjunto de caminhos estáveis.
5 – Produção de Soja• Centróides: têm como pólos uma cidade com características peculiares aos
municípios vizinhos (somente citados os municípios produtores de soja), tais como, semelhanças fisiográficas, meteorológicas e de um mesmo ecossistema, tipos de produção semelhantes, funcionando como ponto de apoio à produção regional.
CUIABÁ
SINOP
ROND.
JUÍNA
SAPEZAL
S. FÉLIX
N. XAVANTINA
A. ARAGUAIA
6- Opções Atuais
7- Possibilidade de Expansão
8- Considerações• Para as rodovias existentes:
- Estado precário em que se encontram atualmente. - Custo de transporte cai pela metade.
• Buscou-se formular e resolver o problema de uma forma realista;
• Necessário estimar com maior rigor os custos de transporte em cada modal e para cada gama de distâncias.
9 - Custos• R$/ t x km calculado para o modal rodoviário : 0,085• R$/ t x km calculado para o modal ferroviário : 0,05• R$/ t x km calculado para o modal hidroviário:
0,0250,015São Félix - Vila Conde0,0270,016São Felix - Xambioa0,0160,010Nova Xavantina - Vila do Conde
0,0230,013Nova Xavantina - Xambioa
0,0240,014Cachoeira Rasteira - Santarém0,0300,018Itaituba - Santarém0,0280,016São Simão - Pederneiras
0,0160,009Porto Velho - Santarém
0,0240,014Porto Velho - Itacoatiara
Custo Atualizado (70%)Custo em 1999ORIGEM - DESTINO
10 – Aplicação do Modelo• Configuração 1:
- Maior custo total de escoamento.- Número limitado de vias e opções de custo unitário muito elevados.- Escoa a totalidade da produção.
• Configuração 2: - Menor custo de transporte.- Problema artificial, que serviu como baliza para a interpretação dos resultados da configuração 3.
• Configuração 3: (circulação + investimento anualizado). - Custo Intermediário.
11 – Aplicação do Modelo
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Bilh
ões
Invest (Custo Anualizado) em %
Cus
tos
anua
is
Custo total (bilhões reais)
Custo Transporte
Redução de Custo com a Intensidade de Investimento
Ocorreu redução de custos em: 0.4%, 2.5%, 11.8%, 31.2%, 40.5%, 42.2%, 44.3%, 53.6% e 100%
12 - Resultados Obtidos
• Expansões observadas para todas as porcentagens de investimento:- Implantação e expansão do terminal rodo-hidroviário de Itaituba;- Expansão do porto de Santarém;- Utilização da Hidrovia Tapajós – Teles Pires.
• Arcos do tipo “a”;- Impedir o aparecimento
• Para conclusão da BR-163: R$ 1,5 bilhão; • Para Implantação da Hidrovia Tapajós – Teles Pires: US$ 200
milhões;
12 - Resultados Obtidos Comparação de resultados:
Custo total sem restrições X Custo total somente com arcos do tipo “a”
Soluções que c o n t i n h a m estesarcos
Custo Total Anteriorsem restrição
Custo com R e s t r i ç õ e ssem”d” e “c” e com
“b” = “a”
Acréscimo deC u s t oTotal
0 % = < i n v e s t i m e n t o < 0 . 3 6 % R $ 3 . 6 2 9 . 6 1 5 . 0 5 0 , 5 7 R $ 3 . 6 2 9 . 6 1 5 . 0 5 0 , 5 7 0 , 0 0 %0 . 3 6 % < = I n v e s t i m e n t o < 2 . 5 % R $ 2 . 9 6 8 . 9 8 5 . 6 9 5 , 5 9 R $ 2 . 9 6 8 . 9 8 5 . 6 9 5 , 5 9 0 , 0 0 %2 . 5 % < = I n v e s t i m e n t o < 1 1 . 7 8 % R $ 2 . 7 7 3 . 1 0 1 . 2 5 3 , 4 9 R $ 2 . 9 6 8 . 9 8 5 . 6 9 5 , 5 9 6 , 6 0 %1 1 . 7 8 % < = I n v e s t i m e n t o < 3 1 . 2 1 % R $ 2 . 7 6 0 . 2 4 5 . 2 8 5 , 2 7 R $ 2 . 7 6 0 . 2 4 5 . 2 8 5 , 2 7 0 , 0 0 %3 1 . 2 1 % < = I n v e s t i m e n t o < 4 0 . 4 9 % R $ 2 . 5 9 7 . 1 3 3 . 7 7 9 , 7 4 R $ 2 . 7 6 0 . 2 4 5 . 2 8 5 , 2 7 5 , 9 1 %4 0 . 4 9 % < = I n v e s t i m e n t o < 4 2 . 1 6 % R $ 2 . 5 8 4 . 2 6 2 . 9 5 1 , 9 5 R $ 2 . 5 8 4 . 2 6 2 . 9 5 1 , 9 5 0 , 0 0 %4 2 . 1 6 % < = I n v e s t i m e n t o < 4 4 . 3 1 % R $ 2 . 4 7 5 . 8 9 5 . 8 7 1 , 9 7 R $ 2 . 5 8 4 . 2 6 2 . 9 5 1 , 9 5 4 , 1 9 %4 4 . 8 1 % < = I n v e s t i m e n t o < 5 3 . 5 9 % R $ 2 . 2 8 0 . 0 1 1 . 4 2 9 , 8 7 R $ 2 . 5 8 4 . 2 6 2 . 9 5 1 , 9 5 1 1 , 7 7 %5 3 . 5 9 % < = I n v e s t i m e n t o < 1 0 0 % R $ 2 . 2 6 7 . 1 5 5 . 4 6 1 , 6 5 R $ 2 . 5 8 4 . 2 6 2 . 9 5 1 , 9 5 1 2 , 2 7 %I n v e s t i m e n t o s = 1 0 0 % R $ 2 . 2 5 7 . 5 6 6 . 9 5 2 . 5 3 R $ 2 . 2 5 7 . 5 6 6 . 9 5 2 . 5 3 0 , 0 0 %
12 - Resultados Obtidos Porcentagens de Investimento na Rede
Rede sem restrições - Gastando 53,6% consegue-se um custo total muito próximo do ótimo.- Existem muitos arcos instáveis.- Dificuldade em se escolher onde investir.
Rede somente com arcos tipo “a”- Investir pouco a pouco até 40%.- Investir o montante total correspondente a 100% da rede concluida.- Arcos que entram na solução ótima não saem mais dessa solução.
12 - Resultados Obtidos
Análise dos Períodos de Retorno de Capital
Na análise dos períodos de retorno do investimento verificou-se que todas as fases do investimento se justificam plenamente.
- Mesmo quando analisadas em termos diferenciais.
O projeto de expansão da rede, nos termos aqui formulados, não contém nenhuma componente de interesse apenas temporário.
- Apresenta no seu conjunto um período de retorno do capital de apenas 3,25 anos.
- O projeto global deve ser realizado no prazo mais curto possível.
13 - Conclusões• Configuração 1.
- É possível escoar toda a produção.- Custos muito elevados.
• Configuração 2- Representa um problema artificial.- Serve de base para interpretação dos resultados encontrados na configuração 3.
• Configuração 3- Menor utilização de arcos novos.- Custo de deslocamento do fluxo adicionado ao custo de investimento.- Inviabilidade do empreendimento.
• Resultados da configuração 3- Não justifica a realização de uma única vez (grande dimensão física e econômica)- Verificar passos intermediários para se chegar a solução ótima estável.
13 - Conclusões
• Tapajós – Teles Pires é primordial;
- Dados da AHIMOR;
- Verificar redução de custos;