A UTILIZAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DOS SONS NOS PONTOS SHU ANTIGOS

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A UTILIZAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DOS SONS NOS PONTOS SHU ANTIGOS HENRIQUE CIRILO Técnico em Química, Nível Superior em Educação Física Pós-Graduação em Fisiologia, Especialista em Fitoterapia Diretor do Instituto Brasileiro de Chi Kung e Terapias Afins Quase três mil anos antes do nascimento de Cristo, numa época em que a música do homem europeu talvez não fosse mais do que o bater de ossos sobre troncos ocos, o povo da China já estava de posse da mais complexa e fascinante filosofia da música que hoje se conhece. De onde veio esse sistema fechado de misticismo musical, ou de que maneira se desenvolveu, não se sabe. Podemos dizer apenas que a tradição da música clássica chinesa é tão antiga que suas origens pertencem agora ao domínio da lenda, permitidas além das névoas que limitam a extensão do olhar do historiador moderno. A astrologia e os doze tons cósmicos Os doze Tons estavam na raiz da mais antiga concepção da astrologia registrada pelo homem. Isto é, concebia-se, originalmente, a astrologia baseada nesses doze Tons e nas influências que as suas freqüências vibratórias exerciam sobre a terra. Em todas as terras, nos tempos antigos, a astrologia começou como o estudo do Tom Cósmico. Em quase toda parte do mundo civilizado prevaleceu esse conceito. Supunha-se a ordem perfeita dos céus governada pelo doze Tons. Os antigos, por conseguinte, começaram a considerar a mesma ordem celestial no mundo terreno. Fizeram-no de muitas maneiras, algumas das quais chegaram até o nosso tempo, embora a sua significação original esteja agora esquecida. Dois exemplos subsistentes do misticismo ligado ao número doze são, por exemplo,

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A UTILIZAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DOS SONS NOS PONTOS SHU ANTIGOS

HENRIQUE CIRILO Técnico em Química, Nível Superior em Educação Física

Pós-Graduação em Fisiologia, Especialista em Fitoterapia Diretor do Instituto Brasileiro de Chi Kung e Terapias Afins

Quase três mil anos antes do nascimento de Cristo, numa época em que

a música do homem europeu talvez não fosse mais do que o bater de ossos

sobre troncos ocos, o povo da China já estava de posse da mais complexa e

fascinante filosofia da música que hoje se conhece.

De onde veio esse sistema fechado de misticismo musical, ou de que maneira

se desenvolveu, não se sabe. Podemos dizer apenas que a tradição da música

clássica chinesa é tão antiga que suas origens pertencem agora ao domínio da

lenda, permitidas além das névoas que limitam a extensão do olhar do

historiador moderno.

A astrologia e os doze tons cósmicos

Os doze Tons estavam na raiz da mais antiga concepção da astrologia

registrada pelo homem. Isto é, concebia-se, originalmente, a astrologia

baseada nesses doze Tons e nas influências que as suas freqüências

vibratórias exerciam sobre a terra. Em todas as terras, nos tempos antigos, a

astrologia começou como o estudo do Tom Cósmico.

Em quase toda parte do mundo civilizado prevaleceu esse conceito.

Supunha-se a ordem perfeita dos céus governada pelo doze Tons. Os antigos,

por conseguinte, começaram a considerar a mesma ordem celestial no mundo

terreno. Fizeram-no de muitas maneiras, algumas das quais chegaram até o

nosso tempo, embora a sua significação original esteja agora esquecida. Dois

exemplos subsistentes do misticismo ligado ao número doze são, por exemplo,

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a divisão do ano em doze meses, e a do dia em vinte e quatro horas. Nos

tempos antigos, contudo, tais divisões não eram arbitrárias. Tampouco

representavam mera homenagem supersticiosa aos céus. Eram antes, para os

antigos, casos do sábio, reconhecimento, por parte do homem, de fatos

objetivos, científicos. Acreditava-se que os doze Tons se expressavam, de fato,

individualmente, em maior ou menor grau de acordo com o mês do ano, a hora

do dia, e assim por diante. Determinado Tom “soava” com maior destaque em

certo mês e no transcorrer de certa hora do dia.

A filosofia chinesa está impregnada da idéia dos opostos – das duas

forças opostas (posto que não necessariamente contrárias), espalhadas por

toda a natureza, que se chamam yang (a força masculina positiva) e yin (a

força feminina, negativa). A ciência do século XX não pode deixar de concordar

com esse conceito: em tudo se encontram duas forças opostas, desde a carga

magnética e a estrutura das partículas subatômicas até os ciclos das fases da

Lua, da noite e do dia, dos sexos, da vida e da morte. Em vista dessa base

yang-yin da filosofia chinesa, não constitui surpresa para ninguém terem

julgado os chineses que, entre os doze Tons Cósmicos, havia seis de natureza

yang e seis de natureza yin. Os seis Tons yang e os seis Tons yin eram

responsáveis, entre si, pela criação e sustentação de tudo no universo.

A música e o Tai Chi

Toda música se baseia em números e proporções. Por exemplo, existem doze

notas na escala cromática moderna, sete das quais são maiores e cinco

menores. Princípios matemáticos determinam as relação harmônicas entre

elas. Por mais estranho que possa parecer, quando nisso concentramos a

atenção, não podemos deixar de comentar que, para o músico ocidental

comum, os números e relações da música continuam sendo exatamente isso, e

nada mais. Ele não lhes percebe nenhum significado especial. E o que é ainda

mais surpreendente: nem sequer o procura, pois estando a sua consciência

inteiramente presa ao mundo das aparências, realmente não vê o mato por

causa das árvores. Aprende na escola os rudimentos dos números e das

relações inerentes á música e, a partir desse momento, nem por um instante

pensa em perguntar: Por quê?

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O espírito chinês antigo, no entanto, sempre se interessava mais pelas

causas do mundo de efeitos exteriores do que pelo próprio mundo. Supunha-se

na China que a matemática da música englobava as proporções e princípios

sagrados, cósmicos, que governavam toda a Criação. E de todos os números,

o um e o dois eram os mais fundamentais. O número um era o número da

unidade e o número de Deus, o Grande Um. Notas individuais e execuções

individuais constituíam sempre representações de Deus. O número dois

representava a primeira diferenciação do Um nas polaridades opostas do yang

e do yin, ou do T’ai chi. O conceito de duas forças equilibradas, interativas, é a

coluna vertebral de todo o sistema da antiga filosofia chinesa. Tudo no

universo, incluindo a música, consistia em distintas combinações das duas

forças fundamentais. Supunha-se que uma orquestra, por exemplo, matinha

um equilíbrio igual entre o yang e o yin quando a metade dos executantes era

masculina e a outra metade feminina. Além disso, certos meses do ano eram

yang e outros yin; e entre os meses yang, por exemplo, alguns eram mais yang

do que os outros. Por isso mesmo, a música deveria ser executada cada mês

num tom que partilhasse dói equilíbrio entre o yang e o yin daquele mês.

Classificavam-se, às vezes, a peças de música segundo fossem mais ou

menos yang ou yin. Os compassos iniciais da Quinta Sinfonia de Beethoven

teriam sido classificados como muito yang (masculinos, ativos e positivos), ao

passo que a “Ave-Maria” de Bach/Goubod como muito yin.

A Quinta de Beethoven há de ser, seguramente, SUN Ou até CHIEN.

Pois assim se escreviam os diferentes equilíbrios entre yang e yin. O princípio

do yang era simbolizado por uma linha inteira, não-quebrada _______ e yin

por uma linha quebrada - -. De acordo coma a concepção cósmica dos

chineses, essas duas forças opostas, combinando-se, davam origem à

trindade. E o conceito da Trindade estava longe de ser vago e abstrato: ao

invés disso, todos os fenômenos e manifestações triplas do universos eram

consideradas um aspecto do Três-em-Um. Na música, a Trindade se

manifestava onde quer que ocorressem e sempre que ocorressem tercilhos,

um ritmo em três, ou qualquer número de executantes que fosse um múltiplo

de três.

Escrevendo as linhas quebradas e inteiras para o yin e o yang em séries

de três, os chineses conseguiam representar na escrita o equilíbrio interior

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entre yin e yang que predominava na natureza tripla de todos os fenômenos.

Ao todo, há um total de oito sinais possíveis, como KAN e SUN . Supunha-se

que esses oito sinais ( conhecidos como kua) simbolizavam as oito

permutações e combinações básicas da existência. Daí que o número oito

também assumisse um significado místico na música.

Isso conduzia a outro modo com que os chineses buscavam espelhar a

ordem celeste no seu sistema musical. Em harmonia com o fato de haver oito

manifestações básicas das forças yang-yin no universo, agrupavam-se os

instrumentos musicais em oito classes. No Ocidente classificamos nossos

instrumentos de acordo com o método da produção do som (como, por

exemplo, instrumentos de percussão, instrumentos de corda). Isso, porém, não

acontecia na China antiga, onde os instrumentos se agrupavam de acordo

com o material de que eram feitos. O que significava que cada categoria de

instrumentos se tornava automaticamente associada a ampla variedade de

fenômenos extramusicais, visto que tudo o mais no universo, à semelhança

dos instrumentos, se associava também a um dos oito kua básicos. Vemos

que, através do seu kua com,um, toda vez que soava, o instrumento musical

invocava automaticamente, por ocasião, o espírito de determinada estação, de

um elemento, de uma direção da bússola, e assim por diante.

Tabela 1: As Oito Classes Tradicionais dos Instrumentos Musicais Chineses

N.Kua

Nome

Substância

do

Instrumento

Exemplo

do

Instrumento

Ponto

Da

Bússola

Estação

Elemento

ou

Fenômeno

da Natureza

1 Chien Pedra Pedra sonora

(carrilhão)

NO Outono /

Inverno

Céu

2 Tui Metal Sino(carrilhão) O Outono umidade

3 Li Seda Cítara S Verão Fogo

4 Chên Bambu Flautas de Pã L Primavera Trovão

5 Sun Madeira Caixa do tigre SE Primavera /

Verão

Vento

6 Kan Pele Tambor N Inverno água

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7 Kên Cabaça Flauta de Pã NE Inverno /

Primavera

Montanha

8 Kun Terra Flauta

globular

SO Verão /

Outono

terra

Os Cinco Elementos – Wu Xing

A teoria dos cinco elementos forma amplamente usadas na saúde,

economia, política, artes, na guerra entre outras há mais de 2.000 anos.

Segundo o Nei Ching Su Wen: “O yin e yang do movimento dos cinco

elementos é a lei do universo, o princípio e o guia de todas as coisas, a fonte

das inúmeras mudanças, a base do crescimento e do prejuízo, é a sede

suprema das atividades espirituais”.

Não podemos esquecer que tudo o que esta representada no Chi

Cósmico esta representado no planeta terra e no homem. Dentro do Chi

Cósmico encontramos o Chi Celeste e o Chi Terrestre. Em nosso planeta

encontramos dentro de um microcosmo o Chi Celeste e o Chi Terrestre. Há

muita discussão se seriam cinco elementos ou cinco movimentos, na verdade

nos textos clássicos encontramos as cinco forças dos elementos e seus cinco

movimentos; portanto há as duas coisas.

Segundo o Nei Ching Su Wen: “Na variação entre as forças dos

elementos no Cosmos e na Terra, podemos dizer, no universo a força é a

suavidade e na terra é a madeira; no universo a força é a criação e na terra é o

fogo; no universo os aspectos metafísicos e físicos da matéria na terra são o

elemento terra; no universo é a formação das energias do céu, homem e terra

e na terra é o metal, no universo é a energia da vida e na terra é a água. Em

suma no universo há os seis tipos de clima (seis energias) sem forma, e na

terra, eles têm a forma dos cinco elementos. Portanto, o universo e a terra são

os limites de todas as coisas para subir e descer”.

Todo os sistema da Alquimia Oriental é extremamente complexo. Sua

ciência é própria e demanda conhecimento de física, astronomia, astrologia,

filosofia, mitologia, religião, cultura oriental, medicina e história. Acredito que o

conhecimento dos cinco elementos e suas transformações é a maneira mais

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simples para iniciarmos no caminho da Alquimia Oriental. Talvez seja por isso

que podemos encontrar a relação de todos os estudos necessários sintetizados

nos cinco elementos, como veremos a seguir.

Quadro Geral de Classificação dos Cinco Elementos

Elementos Madeira Fogo Terra Metal Água

Manifestações

Estação do Ano Primavera Verão Intermediária Outono Inverno

Propriedade Vento Calor Umidade Secura Frio

Ciclo da Vida Nascimento Infância Adolescência Maturidade Velhice

Meridianos Shao Yang

Jue Yin

Shao Yang

Tai Yang

Shao Yin

Jue Yin

Yang Ming

Tai Yin

Tai Yin

Yang Ming

Tai Yang

Shao Yin

Órgãos / Zang Fígado Coração

Pericárdio

Baço

Pâncreas

Pulmão Rim

Vísceras / Fu Vesícula

Biliar

Intestino

Delgado

Triplo

Aquecedor

Estômago Intestino

Grosso

Bexiga

Sentimento Hun Shen Yi Po Zhi

Órgão do Sentido Olhos Língua Boca Nariz Ouvido

Parte do Corpo Tendões Vasos Músculos Pele e

Pelos

Ossos

Nota em Chinês Jiao Zhi Gong Shang Yu

Nota Ocidental Lá

A

C

Mi

E

F

Sol

G

D

Son Kotokama Wa – A E – We

Hi – Hwi

Wi – I U – Wu Wo - O

Voz Seis Sons Shu Ha Hau Si Thu

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chi

Tom da Voz Gritado Risonho Melodiosa Choroso Resmungo

Instrumento Musical Instrumentos

de madeira

Instrumentos

de Corda

Instrumentos

feitos de terra

Instrumento

s de Metal

Instrumento

s de pele

Cor Verde

Azul Claro

Vermelho

Violeta

Amarelo Branco

Ouro

Preto

Azul

Escuro

Sabor Ácido Amargo Doce Picante Salgado

Cereal Gergelim Trigo Arroz Aveia Feijão de

Soja

As Frutas Ameixa Mamão Jujuba Pêssego Castanha

O Ritmo Diário Amanhecer Meio-Dia Entardecer Meia-Noite

Direção Leste Sul Centro Oeste Norte

Fase da Lua Crescente Cheia Decrescente Minguante Nova

Trigrama

Predominante

Chen Li Tai Chi Tui Kan

Trigramas

Associados

Sun Kun Chien

Tronco Celeste Yang Jia Bing Wu Geng Ren

Tronco Celeste Yin Yi Ding Ji Xin Gui

Animal Sagrado Dragão Fênix Boi e o

Dragão

Amarelo

Tigre Serpente

Tartaruga

Planeta Júpiter Marte Saturno Vênus Mercúrio

Imperador Fu Xi Shen Nung Huang Ti Shao Hao Shuan Hsu

Ramo Terrestre Yang Tigre

Dragão

Cavalo Macaco

Cão

Rato

Ramo Terrestre Yin Coelho Serpente

Cabra

Galo Boi

Porco

Pedra Safira

Ametista

Esmeralda Rubi

Diamante

Topázio

Onix

No. do Fu Xi 6 ou 4 5 0 ou 1 6 ou 7 5

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No. Rei Wen 2 ou 4 3 8 ou 7 1 ou 2 3

No. do Luo Suo 3 9 5 7 1

Como podemos observar acima os Cinco Elemento encontram-se em

tudo. Mas há quatro questões extremamente importantes as serem

consideradas dentro da Teoria dos Cinco Elementos.

1 – Em relação aos Pontos dos Meridianos

Segundo o Nei Ching Su Wen: “O homem tem trezentos e sessenta e

cinco pontos que correspondem aos dias do ano”.

Segundo o Nei Ching Ling Shu: “Ao utilizar dos pontos deve-se conhecer

o princípio e o fim dos doze canais, dos ramos extras dos colaterais, o local

onde terminam os cinco tipos de pontos (Ting, Yong, Iu, King e Ho), as

relações que correspondentes dos cinco órgãos sólidos e dos seis ocos, as

idas e vindas das energias yin e yang nas diversas estações, as circulação das

energias nas cinco vísceras, e a largura e profundidade dos canais e

colaterais”.

É necessário compreender os pontos correspondentes ao cinco

elementos sendo que:

�� Os pontos Ting (Jing) são a nascente (ou poço) é a partir deste ponto

que a energia inicia em seu canal ou é transportada ao processo

meridiano na grande circulação de energia. A energia perversa (xié)

penetra por estes pontos, embora também possamos expulsa-la por

eles. Também captamos e emitimos energia por este pontos. O Nei

Ching Ling Shu recomenda a sua utilização nos tratamentos do

psiquismo.

�� Os pontos Yong (Rong) são o riacho (ou jorro) são pontos por onde a

energia perversa (xíé) tenta penetrar no corpo. São utilizados

principalmente para tratar doenças febris.

�� Os pontos Iu (Shu) são o rio (transporte) são eles que transportam a

energia para dentro dos meridianos. Eles também aumentam ou

diminuem o fluxo do chi no meridiano. Também podem transportar o chi

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xié (perverso). São indicados principalmente para os tratamentos de

dores reumáticas.

�� Os pontos King (passagem) são o lago estes pontos aprofundam a

energia, sendo que, também podem conduzir o chi xié (perverso) para

dentro do corpo. São indicados principalmente para o tratamento da

tosse e da dispnéia.

�� Os pontos Ho (He) são o mar estes pontos conectam diretamente aos

órgãos e vísceras correspondentes.

Pontos dos Cinco Elementos

1 – Segundo o relógio cósmico (horário da circulação de energia nos canais) o

primeiro horário do dia da 1 as 3, pertence ao meridiano jue yin do pé (fígado)

que é yin; portanto a circulação de energia dos meridianos yin começam no

elemento madeira.

Os pontos dos meridianos yin se iniciam no elemento madeira, sendo

dispostos da seguinte maneira:

Pontos Fígado Coração Pericárdio Baço Pulmão Rim

Madeira

(Ting)

F 1 C 9 CS 9 BP 1 P 11 R 1

Fogo

(Yong)

F 2 C 8 CS 8 BP 2 P 10 R 2

Terra

(Iu)

F 3 C 7 CS 7 BP 3 P 9 R 3

Metal

(King)

F 4 C 5 CS 5 BP 5 P 8 R 7

Água

(Ho)

F 8 C 3 CS 4 BP 9 P 5 R 10

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2 – Segundo o relógio cósmico o primeiro horário de circulação de energia

yang é da 5 as 7 que é o horário do meridiano yang ming da mão (intestino

grosso); portanto a circulação de energia dos meridianos yang começam no

elemento metal.

Os pontos dos meridiano yang se inciam no elemento metal, sendo

dispostos da seguinte maneira:

Pontos Vesícula

Biliar

Intestino

Delgado

Triplo

Aquecedor

Estômago Intestino

Grosso

Bexiga

Metal

(Ting)

VB 44 ID 1 TA 1 E 45 IG 1 B 67

Água

(Yong)

VB 43 ID 2 TA 2 E 44 IG 2 B 66

Madeira

(Iu)

VB 41 ID 3 TA 3 E 43 IG 3 B 65

Fogo

(King)

VB 38 ID 5 TA 6 E 41 IG 5 B 60

Terra

(Ho)

VB 34 ID 8 TA 10 E 36 IG 11 B 54

3 – Em relação aos Sons

O som é um aspecto também que deve ser observado e estudado, pois

a sua influência nos coloca em harmonia com o cosmos. Há três mil anos os

Chineses já haviam desenvolvido a musicoterapia. Os 25 tipos de homem

estão em concordância com as 5 notas, no alto ou no baixo, a direita ou a

esquerda do corpo. Cada temperamento é dotado de um elemento, de um som,

de um vaso e de uma localização. Cada parte do corpo é afetada por uma nota

em particular:

Zhi – Dó (C) - corresponde ao 6 - Fogo

Yu – Ré (D) - corresponde ao 7 - Água

Gong – Fá (F) - corresponde ao 8 - Terra

Shang – Sol (G) - corresponde ao 9 - Metal

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Jiao – Lá (A) - corresponde ao 12- Madeira

A criação da escala cromática é atribuída ao Imperador Huang Ti,

considerado o sistematizador da medicina chinesa. Em sua época eram

utilizados tubos de bambus que emitiam sons para o tratamento; eram 12 tubos

sonoros sendo que 6 com as notas yang e 6 com as notas yin.

Segundo os chineses a música tem o poder de fazer o homem

transcender. Podemos utilizar a prática dos sons de diversas maneiras: na

emissão de mantras, como música, ritmos, a emissão de combinação de

sílabas emitidas pela voz ou através de estímulos nos pontos.

4 – Em relação as Cores

Outra maneira promover a harmonia através da Alquimia Oriental é a

utilização das cores, estas podem ser empregadas no Feng Shui ou mesmo na

estimulação dos pontos. As células humanas estão no microcosmo

relacionadas as estrelas no macrocosmo, portanto as nossas células captam e

emitem luz (freqüência luminosa).

Estudos modernos demonstraram que o corpo é capaz de absorver luz

entre 60 a 100 hertz.

Há diversas maneiras de estimularmos os pontos através das cores,

talvez a mais simples é utilizando os pontos Shu (Su) Antigo, onde a madeira é

verde, o fogo é vermelho, a terra é amarela, o metal é branco e a água é o azul

escuro (ou preto). Desta maneira podemos estimular os pontos fogo, madeira,

terra, metal e água com as cores correspondentes.

5 - Os Movimentos dos Elementos

A circulação da energia inicia-se no elemento madeira, cada elemento

determina um ciclo de 12 horas, 12 dias e 12 anos. Cada ciclo acompanha o

ritmo de transformação do yin e do yang, isto é, tem seu nascimento,

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crescimento, ápice e declínio. Dentro de cada elemento encontramos

novamente os outros cinco.

Considerando os processos de transmutabilidade da alquimia oriental,

podemos dizer que há 2 ciclos considerados normais:

a) Ciclo de Geração, Onde um elemento transforma a sua energia no

próximo:

Madeira gera Fogo; Fogo gera a Terra; Terra gera o Metal; Metal gera a Água; Água gera a madeira.

b) Ciclo de controle onde um elemento restringe a expansão do outro:

Fogo

Terra

MetalÁgua

Madeira

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Madeira controla a Terra; Terra controla a Água; Água controla o Fogo; Fogo controla o Metal; Metal controla a Madeira.

Mas quando o Chi flui desarmônicamente ou é agredido por uma energia

perversa, podem surgir os ciclos considerados patológicos:

1 – A estagnação de um elemento fazendo com que não se transforme no

outro, isto eleva a mente;

2 – Desregramento no controle, onde o elemento comprime o outro evitando a

sua expansão e conseqüentemente transformação, é a dominância excessiva

do ciclo do controle.

3 – Inverso do controle, a conta-dominação, isto ocorre quando o elemento

contratado devido a inibição do seu processo de transformação inverte a

circulação de Chi causando um processo de degeneração. Portanto ocorre a

inversão total do Chi, fazendo que o nosso Tai Chi circule anti-horário da

seguinte maneira:

Terra agride a Madeira; Madeira agride o Metal; Metal agride o Fogo; Fogo agride a Água; Água agride a Terra.

Compressão da formação do Chi, suas manifestações, do yin e do yang

do cinco elemento e de seus movimentos, podemos agir de acordo com a

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harmonização com o universo, atingindo nossas potencialidades, saúde e

longevidade.

6- Regras para utilização dos pontos Shu Antigos

A partir destes ciclos, se estrutura o sistema de utilização dos pontos dos cinco

elementos (Shu ou Su Antigo), baseando-se nas seguintes regras.

Há dois sistemas de utilização dos pontos Shu (Su) antigos:

A – Ciclo de Geração

�� Tonificando-se a mãe tonifica-se o filho.

Para tonificar a madeira se tonifica a água

Para tonificar o fogo se tonifica a madeira

Para tonificar a terra se tonifica o fogo

Para tonificar o metal se tonifica a terra

Para tonificar a água se tonifica o metal

�� Sedando-se o filho para sedar a mãe.

Para se sedar a madeira seda-se o fogo

Para se sedar o fogo seda-se a terra

Para sedar a terra seda-se o metal

Para sedar metal seda-se a água

Para sedar a água sedas-se a madeira

�� Tabela de utilização dos pontos

Meridiano ou Zang / Fu Deficiência (tonifica) Excesso (seda)

Pulmão (Fei) P9 Dó BP3 Lá # P5 Si R10 Ré

Rins (Shen) R7 Sol P8 Sol R1 Fa# F1 Fa#

Fígado (Gan) F8 Si R10 Ré F2 Lá# C8 Si

Coração (Xin) C9 Mi F1 Fá# C7 Ré# BP3 Lá#

Baço-Pâncreas (Pi) BP2 Ré# C8 Si BP5 Ré P8 Sol

Intestino Grosso (Da

Chang)

IG11 Dó# E36 Lá IG2 Dó B66 Dó #

Bexiga (Pang Guang) B67 Fá# IG1 Sol# B65 Fá VB41Fá

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Vesícula Biliar (Dan) VB43 Lá# B66 Dó# VB38 Lá TA 6 Mi

Intestino Delgado (Xiao

Chang)

ID3 Fá VB41 Fá ID8 Mi E36 Lá

Estômago (Wei) E 41 Ré ID5 Dó IG1 Sol# E45 Dó#

Pericárdio (Xin Bao) CS9 Sol# F1 Fa# BP3 Lá# CS7 Sol

Triplo Aquecedor (San

Jiao)

TA3 Lá VB41 Fa TA10 Sol# E36 Lá

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The Role of Music In The Twenty-First Century

Tama-Do Press

Edde, Gérard

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Henrique Cirilo

E-mail: [email protected]