A UTILIZAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DOS SONS NOS PONTOS SHU ANTIGOS
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A UTILIZAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DOS SONS NOS PONTOS SHU ANTIGOS
HENRIQUE CIRILO Técnico em Química, Nível Superior em Educação Física
Pós-Graduação em Fisiologia, Especialista em Fitoterapia Diretor do Instituto Brasileiro de Chi Kung e Terapias Afins
Quase três mil anos antes do nascimento de Cristo, numa época em que
a música do homem europeu talvez não fosse mais do que o bater de ossos
sobre troncos ocos, o povo da China já estava de posse da mais complexa e
fascinante filosofia da música que hoje se conhece.
De onde veio esse sistema fechado de misticismo musical, ou de que maneira
se desenvolveu, não se sabe. Podemos dizer apenas que a tradição da música
clássica chinesa é tão antiga que suas origens pertencem agora ao domínio da
lenda, permitidas além das névoas que limitam a extensão do olhar do
historiador moderno.
A astrologia e os doze tons cósmicos
Os doze Tons estavam na raiz da mais antiga concepção da astrologia
registrada pelo homem. Isto é, concebia-se, originalmente, a astrologia
baseada nesses doze Tons e nas influências que as suas freqüências
vibratórias exerciam sobre a terra. Em todas as terras, nos tempos antigos, a
astrologia começou como o estudo do Tom Cósmico.
Em quase toda parte do mundo civilizado prevaleceu esse conceito.
Supunha-se a ordem perfeita dos céus governada pelo doze Tons. Os antigos,
por conseguinte, começaram a considerar a mesma ordem celestial no mundo
terreno. Fizeram-no de muitas maneiras, algumas das quais chegaram até o
nosso tempo, embora a sua significação original esteja agora esquecida. Dois
exemplos subsistentes do misticismo ligado ao número doze são, por exemplo,
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a divisão do ano em doze meses, e a do dia em vinte e quatro horas. Nos
tempos antigos, contudo, tais divisões não eram arbitrárias. Tampouco
representavam mera homenagem supersticiosa aos céus. Eram antes, para os
antigos, casos do sábio, reconhecimento, por parte do homem, de fatos
objetivos, científicos. Acreditava-se que os doze Tons se expressavam, de fato,
individualmente, em maior ou menor grau de acordo com o mês do ano, a hora
do dia, e assim por diante. Determinado Tom “soava” com maior destaque em
certo mês e no transcorrer de certa hora do dia.
A filosofia chinesa está impregnada da idéia dos opostos – das duas
forças opostas (posto que não necessariamente contrárias), espalhadas por
toda a natureza, que se chamam yang (a força masculina positiva) e yin (a
força feminina, negativa). A ciência do século XX não pode deixar de concordar
com esse conceito: em tudo se encontram duas forças opostas, desde a carga
magnética e a estrutura das partículas subatômicas até os ciclos das fases da
Lua, da noite e do dia, dos sexos, da vida e da morte. Em vista dessa base
yang-yin da filosofia chinesa, não constitui surpresa para ninguém terem
julgado os chineses que, entre os doze Tons Cósmicos, havia seis de natureza
yang e seis de natureza yin. Os seis Tons yang e os seis Tons yin eram
responsáveis, entre si, pela criação e sustentação de tudo no universo.
A música e o Tai Chi
Toda música se baseia em números e proporções. Por exemplo, existem doze
notas na escala cromática moderna, sete das quais são maiores e cinco
menores. Princípios matemáticos determinam as relação harmônicas entre
elas. Por mais estranho que possa parecer, quando nisso concentramos a
atenção, não podemos deixar de comentar que, para o músico ocidental
comum, os números e relações da música continuam sendo exatamente isso, e
nada mais. Ele não lhes percebe nenhum significado especial. E o que é ainda
mais surpreendente: nem sequer o procura, pois estando a sua consciência
inteiramente presa ao mundo das aparências, realmente não vê o mato por
causa das árvores. Aprende na escola os rudimentos dos números e das
relações inerentes á música e, a partir desse momento, nem por um instante
pensa em perguntar: Por quê?
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O espírito chinês antigo, no entanto, sempre se interessava mais pelas
causas do mundo de efeitos exteriores do que pelo próprio mundo. Supunha-se
na China que a matemática da música englobava as proporções e princípios
sagrados, cósmicos, que governavam toda a Criação. E de todos os números,
o um e o dois eram os mais fundamentais. O número um era o número da
unidade e o número de Deus, o Grande Um. Notas individuais e execuções
individuais constituíam sempre representações de Deus. O número dois
representava a primeira diferenciação do Um nas polaridades opostas do yang
e do yin, ou do T’ai chi. O conceito de duas forças equilibradas, interativas, é a
coluna vertebral de todo o sistema da antiga filosofia chinesa. Tudo no
universo, incluindo a música, consistia em distintas combinações das duas
forças fundamentais. Supunha-se que uma orquestra, por exemplo, matinha
um equilíbrio igual entre o yang e o yin quando a metade dos executantes era
masculina e a outra metade feminina. Além disso, certos meses do ano eram
yang e outros yin; e entre os meses yang, por exemplo, alguns eram mais yang
do que os outros. Por isso mesmo, a música deveria ser executada cada mês
num tom que partilhasse dói equilíbrio entre o yang e o yin daquele mês.
Classificavam-se, às vezes, a peças de música segundo fossem mais ou
menos yang ou yin. Os compassos iniciais da Quinta Sinfonia de Beethoven
teriam sido classificados como muito yang (masculinos, ativos e positivos), ao
passo que a “Ave-Maria” de Bach/Goubod como muito yin.
A Quinta de Beethoven há de ser, seguramente, SUN Ou até CHIEN.
Pois assim se escreviam os diferentes equilíbrios entre yang e yin. O princípio
do yang era simbolizado por uma linha inteira, não-quebrada _______ e yin
por uma linha quebrada - -. De acordo coma a concepção cósmica dos
chineses, essas duas forças opostas, combinando-se, davam origem à
trindade. E o conceito da Trindade estava longe de ser vago e abstrato: ao
invés disso, todos os fenômenos e manifestações triplas do universos eram
consideradas um aspecto do Três-em-Um. Na música, a Trindade se
manifestava onde quer que ocorressem e sempre que ocorressem tercilhos,
um ritmo em três, ou qualquer número de executantes que fosse um múltiplo
de três.
Escrevendo as linhas quebradas e inteiras para o yin e o yang em séries
de três, os chineses conseguiam representar na escrita o equilíbrio interior
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entre yin e yang que predominava na natureza tripla de todos os fenômenos.
Ao todo, há um total de oito sinais possíveis, como KAN e SUN . Supunha-se
que esses oito sinais ( conhecidos como kua) simbolizavam as oito
permutações e combinações básicas da existência. Daí que o número oito
também assumisse um significado místico na música.
Isso conduzia a outro modo com que os chineses buscavam espelhar a
ordem celeste no seu sistema musical. Em harmonia com o fato de haver oito
manifestações básicas das forças yang-yin no universo, agrupavam-se os
instrumentos musicais em oito classes. No Ocidente classificamos nossos
instrumentos de acordo com o método da produção do som (como, por
exemplo, instrumentos de percussão, instrumentos de corda). Isso, porém, não
acontecia na China antiga, onde os instrumentos se agrupavam de acordo
com o material de que eram feitos. O que significava que cada categoria de
instrumentos se tornava automaticamente associada a ampla variedade de
fenômenos extramusicais, visto que tudo o mais no universo, à semelhança
dos instrumentos, se associava também a um dos oito kua básicos. Vemos
que, através do seu kua com,um, toda vez que soava, o instrumento musical
invocava automaticamente, por ocasião, o espírito de determinada estação, de
um elemento, de uma direção da bússola, e assim por diante.
Tabela 1: As Oito Classes Tradicionais dos Instrumentos Musicais Chineses
N.Kua
Nome
Substância
do
Instrumento
Exemplo
do
Instrumento
Ponto
Da
Bússola
Estação
Elemento
ou
Fenômeno
da Natureza
1 Chien Pedra Pedra sonora
(carrilhão)
NO Outono /
Inverno
Céu
2 Tui Metal Sino(carrilhão) O Outono umidade
3 Li Seda Cítara S Verão Fogo
4 Chên Bambu Flautas de Pã L Primavera Trovão
5 Sun Madeira Caixa do tigre SE Primavera /
Verão
Vento
6 Kan Pele Tambor N Inverno água
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7 Kên Cabaça Flauta de Pã NE Inverno /
Primavera
Montanha
8 Kun Terra Flauta
globular
SO Verão /
Outono
terra
Os Cinco Elementos – Wu Xing
A teoria dos cinco elementos forma amplamente usadas na saúde,
economia, política, artes, na guerra entre outras há mais de 2.000 anos.
Segundo o Nei Ching Su Wen: “O yin e yang do movimento dos cinco
elementos é a lei do universo, o princípio e o guia de todas as coisas, a fonte
das inúmeras mudanças, a base do crescimento e do prejuízo, é a sede
suprema das atividades espirituais”.
Não podemos esquecer que tudo o que esta representada no Chi
Cósmico esta representado no planeta terra e no homem. Dentro do Chi
Cósmico encontramos o Chi Celeste e o Chi Terrestre. Em nosso planeta
encontramos dentro de um microcosmo o Chi Celeste e o Chi Terrestre. Há
muita discussão se seriam cinco elementos ou cinco movimentos, na verdade
nos textos clássicos encontramos as cinco forças dos elementos e seus cinco
movimentos; portanto há as duas coisas.
Segundo o Nei Ching Su Wen: “Na variação entre as forças dos
elementos no Cosmos e na Terra, podemos dizer, no universo a força é a
suavidade e na terra é a madeira; no universo a força é a criação e na terra é o
fogo; no universo os aspectos metafísicos e físicos da matéria na terra são o
elemento terra; no universo é a formação das energias do céu, homem e terra
e na terra é o metal, no universo é a energia da vida e na terra é a água. Em
suma no universo há os seis tipos de clima (seis energias) sem forma, e na
terra, eles têm a forma dos cinco elementos. Portanto, o universo e a terra são
os limites de todas as coisas para subir e descer”.
Todo os sistema da Alquimia Oriental é extremamente complexo. Sua
ciência é própria e demanda conhecimento de física, astronomia, astrologia,
filosofia, mitologia, religião, cultura oriental, medicina e história. Acredito que o
conhecimento dos cinco elementos e suas transformações é a maneira mais
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simples para iniciarmos no caminho da Alquimia Oriental. Talvez seja por isso
que podemos encontrar a relação de todos os estudos necessários sintetizados
nos cinco elementos, como veremos a seguir.
Quadro Geral de Classificação dos Cinco Elementos
Elementos Madeira Fogo Terra Metal Água
Manifestações
Estação do Ano Primavera Verão Intermediária Outono Inverno
Propriedade Vento Calor Umidade Secura Frio
Ciclo da Vida Nascimento Infância Adolescência Maturidade Velhice
Meridianos Shao Yang
Jue Yin
Shao Yang
Tai Yang
Shao Yin
Jue Yin
Yang Ming
Tai Yin
Tai Yin
Yang Ming
Tai Yang
Shao Yin
Órgãos / Zang Fígado Coração
Pericárdio
Baço
Pâncreas
Pulmão Rim
Vísceras / Fu Vesícula
Biliar
Intestino
Delgado
Triplo
Aquecedor
Estômago Intestino
Grosso
Bexiga
Sentimento Hun Shen Yi Po Zhi
Órgão do Sentido Olhos Língua Boca Nariz Ouvido
Parte do Corpo Tendões Vasos Músculos Pele e
Pelos
Ossos
Nota em Chinês Jiao Zhi Gong Shang Yu
Nota Ocidental Lá
A
Dó
C
Mi
E
Fá
F
Sol
G
Ré
D
Son Kotokama Wa – A E – We
Hi – Hwi
Wi – I U – Wu Wo - O
Voz Seis Sons Shu Ha Hau Si Thu
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chi
Tom da Voz Gritado Risonho Melodiosa Choroso Resmungo
Instrumento Musical Instrumentos
de madeira
Instrumentos
de Corda
Instrumentos
feitos de terra
Instrumento
s de Metal
Instrumento
s de pele
Cor Verde
Azul Claro
Vermelho
Violeta
Amarelo Branco
Ouro
Preto
Azul
Escuro
Sabor Ácido Amargo Doce Picante Salgado
Cereal Gergelim Trigo Arroz Aveia Feijão de
Soja
As Frutas Ameixa Mamão Jujuba Pêssego Castanha
O Ritmo Diário Amanhecer Meio-Dia Entardecer Meia-Noite
Direção Leste Sul Centro Oeste Norte
Fase da Lua Crescente Cheia Decrescente Minguante Nova
Trigrama
Predominante
Chen Li Tai Chi Tui Kan
Trigramas
Associados
Sun Kun Chien
Tronco Celeste Yang Jia Bing Wu Geng Ren
Tronco Celeste Yin Yi Ding Ji Xin Gui
Animal Sagrado Dragão Fênix Boi e o
Dragão
Amarelo
Tigre Serpente
Tartaruga
Planeta Júpiter Marte Saturno Vênus Mercúrio
Imperador Fu Xi Shen Nung Huang Ti Shao Hao Shuan Hsu
Ramo Terrestre Yang Tigre
Dragão
Cavalo Macaco
Cão
Rato
Ramo Terrestre Yin Coelho Serpente
Cabra
Galo Boi
Porco
Pedra Safira
Ametista
Esmeralda Rubi
Diamante
Topázio
Onix
No. do Fu Xi 6 ou 4 5 0 ou 1 6 ou 7 5
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No. Rei Wen 2 ou 4 3 8 ou 7 1 ou 2 3
No. do Luo Suo 3 9 5 7 1
Como podemos observar acima os Cinco Elemento encontram-se em
tudo. Mas há quatro questões extremamente importantes as serem
consideradas dentro da Teoria dos Cinco Elementos.
1 – Em relação aos Pontos dos Meridianos
Segundo o Nei Ching Su Wen: “O homem tem trezentos e sessenta e
cinco pontos que correspondem aos dias do ano”.
Segundo o Nei Ching Ling Shu: “Ao utilizar dos pontos deve-se conhecer
o princípio e o fim dos doze canais, dos ramos extras dos colaterais, o local
onde terminam os cinco tipos de pontos (Ting, Yong, Iu, King e Ho), as
relações que correspondentes dos cinco órgãos sólidos e dos seis ocos, as
idas e vindas das energias yin e yang nas diversas estações, as circulação das
energias nas cinco vísceras, e a largura e profundidade dos canais e
colaterais”.
É necessário compreender os pontos correspondentes ao cinco
elementos sendo que:
�� Os pontos Ting (Jing) são a nascente (ou poço) é a partir deste ponto
que a energia inicia em seu canal ou é transportada ao processo
meridiano na grande circulação de energia. A energia perversa (xié)
penetra por estes pontos, embora também possamos expulsa-la por
eles. Também captamos e emitimos energia por este pontos. O Nei
Ching Ling Shu recomenda a sua utilização nos tratamentos do
psiquismo.
�� Os pontos Yong (Rong) são o riacho (ou jorro) são pontos por onde a
energia perversa (xíé) tenta penetrar no corpo. São utilizados
principalmente para tratar doenças febris.
�� Os pontos Iu (Shu) são o rio (transporte) são eles que transportam a
energia para dentro dos meridianos. Eles também aumentam ou
diminuem o fluxo do chi no meridiano. Também podem transportar o chi
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xié (perverso). São indicados principalmente para os tratamentos de
dores reumáticas.
�� Os pontos King (passagem) são o lago estes pontos aprofundam a
energia, sendo que, também podem conduzir o chi xié (perverso) para
dentro do corpo. São indicados principalmente para o tratamento da
tosse e da dispnéia.
�� Os pontos Ho (He) são o mar estes pontos conectam diretamente aos
órgãos e vísceras correspondentes.
Pontos dos Cinco Elementos
1 – Segundo o relógio cósmico (horário da circulação de energia nos canais) o
primeiro horário do dia da 1 as 3, pertence ao meridiano jue yin do pé (fígado)
que é yin; portanto a circulação de energia dos meridianos yin começam no
elemento madeira.
Os pontos dos meridianos yin se iniciam no elemento madeira, sendo
dispostos da seguinte maneira:
Pontos Fígado Coração Pericárdio Baço Pulmão Rim
Madeira
(Ting)
F 1 C 9 CS 9 BP 1 P 11 R 1
Fogo
(Yong)
F 2 C 8 CS 8 BP 2 P 10 R 2
Terra
(Iu)
F 3 C 7 CS 7 BP 3 P 9 R 3
Metal
(King)
F 4 C 5 CS 5 BP 5 P 8 R 7
Água
(Ho)
F 8 C 3 CS 4 BP 9 P 5 R 10
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2 – Segundo o relógio cósmico o primeiro horário de circulação de energia
yang é da 5 as 7 que é o horário do meridiano yang ming da mão (intestino
grosso); portanto a circulação de energia dos meridianos yang começam no
elemento metal.
Os pontos dos meridiano yang se inciam no elemento metal, sendo
dispostos da seguinte maneira:
Pontos Vesícula
Biliar
Intestino
Delgado
Triplo
Aquecedor
Estômago Intestino
Grosso
Bexiga
Metal
(Ting)
VB 44 ID 1 TA 1 E 45 IG 1 B 67
Água
(Yong)
VB 43 ID 2 TA 2 E 44 IG 2 B 66
Madeira
(Iu)
VB 41 ID 3 TA 3 E 43 IG 3 B 65
Fogo
(King)
VB 38 ID 5 TA 6 E 41 IG 5 B 60
Terra
(Ho)
VB 34 ID 8 TA 10 E 36 IG 11 B 54
3 – Em relação aos Sons
O som é um aspecto também que deve ser observado e estudado, pois
a sua influência nos coloca em harmonia com o cosmos. Há três mil anos os
Chineses já haviam desenvolvido a musicoterapia. Os 25 tipos de homem
estão em concordância com as 5 notas, no alto ou no baixo, a direita ou a
esquerda do corpo. Cada temperamento é dotado de um elemento, de um som,
de um vaso e de uma localização. Cada parte do corpo é afetada por uma nota
em particular:
Zhi – Dó (C) - corresponde ao 6 - Fogo
Yu – Ré (D) - corresponde ao 7 - Água
Gong – Fá (F) - corresponde ao 8 - Terra
Shang – Sol (G) - corresponde ao 9 - Metal
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Jiao – Lá (A) - corresponde ao 12- Madeira
A criação da escala cromática é atribuída ao Imperador Huang Ti,
considerado o sistematizador da medicina chinesa. Em sua época eram
utilizados tubos de bambus que emitiam sons para o tratamento; eram 12 tubos
sonoros sendo que 6 com as notas yang e 6 com as notas yin.
Segundo os chineses a música tem o poder de fazer o homem
transcender. Podemos utilizar a prática dos sons de diversas maneiras: na
emissão de mantras, como música, ritmos, a emissão de combinação de
sílabas emitidas pela voz ou através de estímulos nos pontos.
4 – Em relação as Cores
Outra maneira promover a harmonia através da Alquimia Oriental é a
utilização das cores, estas podem ser empregadas no Feng Shui ou mesmo na
estimulação dos pontos. As células humanas estão no microcosmo
relacionadas as estrelas no macrocosmo, portanto as nossas células captam e
emitem luz (freqüência luminosa).
Estudos modernos demonstraram que o corpo é capaz de absorver luz
entre 60 a 100 hertz.
Há diversas maneiras de estimularmos os pontos através das cores,
talvez a mais simples é utilizando os pontos Shu (Su) Antigo, onde a madeira é
verde, o fogo é vermelho, a terra é amarela, o metal é branco e a água é o azul
escuro (ou preto). Desta maneira podemos estimular os pontos fogo, madeira,
terra, metal e água com as cores correspondentes.
5 - Os Movimentos dos Elementos
A circulação da energia inicia-se no elemento madeira, cada elemento
determina um ciclo de 12 horas, 12 dias e 12 anos. Cada ciclo acompanha o
ritmo de transformação do yin e do yang, isto é, tem seu nascimento,
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crescimento, ápice e declínio. Dentro de cada elemento encontramos
novamente os outros cinco.
Considerando os processos de transmutabilidade da alquimia oriental,
podemos dizer que há 2 ciclos considerados normais:
a) Ciclo de Geração, Onde um elemento transforma a sua energia no
próximo:
Madeira gera Fogo; Fogo gera a Terra; Terra gera o Metal; Metal gera a Água; Água gera a madeira.
b) Ciclo de controle onde um elemento restringe a expansão do outro:
Fogo
Terra
MetalÁgua
Madeira
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Madeira controla a Terra; Terra controla a Água; Água controla o Fogo; Fogo controla o Metal; Metal controla a Madeira.
Mas quando o Chi flui desarmônicamente ou é agredido por uma energia
perversa, podem surgir os ciclos considerados patológicos:
1 – A estagnação de um elemento fazendo com que não se transforme no
outro, isto eleva a mente;
2 – Desregramento no controle, onde o elemento comprime o outro evitando a
sua expansão e conseqüentemente transformação, é a dominância excessiva
do ciclo do controle.
3 – Inverso do controle, a conta-dominação, isto ocorre quando o elemento
contratado devido a inibição do seu processo de transformação inverte a
circulação de Chi causando um processo de degeneração. Portanto ocorre a
inversão total do Chi, fazendo que o nosso Tai Chi circule anti-horário da
seguinte maneira:
Terra agride a Madeira; Madeira agride o Metal; Metal agride o Fogo; Fogo agride a Água; Água agride a Terra.
Compressão da formação do Chi, suas manifestações, do yin e do yang
do cinco elemento e de seus movimentos, podemos agir de acordo com a
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harmonização com o universo, atingindo nossas potencialidades, saúde e
longevidade.
6- Regras para utilização dos pontos Shu Antigos
A partir destes ciclos, se estrutura o sistema de utilização dos pontos dos cinco
elementos (Shu ou Su Antigo), baseando-se nas seguintes regras.
Há dois sistemas de utilização dos pontos Shu (Su) antigos:
A – Ciclo de Geração
�� Tonificando-se a mãe tonifica-se o filho.
Para tonificar a madeira se tonifica a água
Para tonificar o fogo se tonifica a madeira
Para tonificar a terra se tonifica o fogo
Para tonificar o metal se tonifica a terra
Para tonificar a água se tonifica o metal
�� Sedando-se o filho para sedar a mãe.
Para se sedar a madeira seda-se o fogo
Para se sedar o fogo seda-se a terra
Para sedar a terra seda-se o metal
Para sedar metal seda-se a água
Para sedar a água sedas-se a madeira
�� Tabela de utilização dos pontos
Meridiano ou Zang / Fu Deficiência (tonifica) Excesso (seda)
Pulmão (Fei) P9 Dó BP3 Lá # P5 Si R10 Ré
Rins (Shen) R7 Sol P8 Sol R1 Fa# F1 Fa#
Fígado (Gan) F8 Si R10 Ré F2 Lá# C8 Si
Coração (Xin) C9 Mi F1 Fá# C7 Ré# BP3 Lá#
Baço-Pâncreas (Pi) BP2 Ré# C8 Si BP5 Ré P8 Sol
Intestino Grosso (Da
Chang)
IG11 Dó# E36 Lá IG2 Dó B66 Dó #
Bexiga (Pang Guang) B67 Fá# IG1 Sol# B65 Fá VB41Fá
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Vesícula Biliar (Dan) VB43 Lá# B66 Dó# VB38 Lá TA 6 Mi
Intestino Delgado (Xiao
Chang)
ID3 Fá VB41 Fá ID8 Mi E36 Lá
Estômago (Wei) E 41 Ré ID5 Dó IG1 Sol# E45 Dó#
Pericárdio (Xin Bao) CS9 Sol# F1 Fa# BP3 Lá# CS7 Sol
Triplo Aquecedor (San
Jiao)
TA3 Lá VB41 Fa TA10 Sol# E36 Lá
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BIBLIOGRAFIA
Chia, Kia
Cosmic Healing I e II
Universal Tao Publications
Ming, Dr. Yang Ming
La Raiz Del Chi Kung Chino
Editorial Mirach, S.L.
Wilhelm, Richard
I Ching – O Livro da Mutações
Editora Pensamento
Lau, Theodora
Manual do Horóscopo Chinês
Editora Pensamento
Crawford, E. A. e Kennedy, Teresa
Astrologia Chinesa e os 5 Elementos
Editora Kuarup
Mitologia Chinesa
Instituto de Línguas Estrangeiras de Pequim
Xiaokuan, Huang
Terapia de Acupresion Qi Gong de China
Ediciones en Lenguas Extranjera Beijing
Hugan Di Nei Jing
Editorial Delfin Beijing
Wong, Ming
Exploração Clínica na Medicina Chinesa – Shang Han Lun
![Page 17: A UTILIZAÇÃO DA FREQÜÊNCIA DOS SONS NOS PONTOS SHU ANTIGOS](https://reader031.fdocuments.net/reader031/viewer/2022013111/5571fb7e4979599169950668/html5/thumbnails/17.jpg)
Editora Andrei
Campblell, Don
O Efeito Mozart
Editora Rocco
Tame, David
O Poder da Oculto da Música
Editora Cultrix
Fregtman, Carlos D.
O Tao de Música
Editora Pensamento
Maman, Fabien
Sound and Acupuncture
Tama-Do Press
Maman, Fabien
The Role of Music In The Twenty-First Century
Tama-Do Press
Edde, Gérard
A Astrologia Chinesa das Nove Constelações
Editora Pensamento
Henrique Cirilo
E-mail: [email protected]