A Transdisciplinaridade na unidade...
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INSTITUTO PIAGET
Campus Académico de Vila Nova de Gaia Escola Superior de Educação Jean Piaget – Arcozelo
(Decreto-Lei n.º 468/88, de 16 de dezembro)
Teoria e Desenvolvimento Curricular
Mestrado em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico
”A Transdisciplinaridade na unidade
didática”
António Tavares; Bruno Alvim; Daniela Azevedo e Hugo Santos
Mestrado em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico
Instituto Piaget
Fevereiro 2012
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INSTITUTO PIAGET
Campus Académico de Vila Nova de Gaia Escola Superior de Educação Jean Piaget – Arcozelo
(Decreto-Lei n.º 468/88, de 16 de dezembro)
Teoria e Desenvolvimento Curricular
Mestrado em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico
”A Transdisciplinaridade na unidade
didática” Docente: Prof. Doutora Estela Lamas
Discentes: António Tavares; Bruno Alvim; Daniela Azevedo e Hugo Santos
Canelas, fevereiro 2012
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Índice Introdução ......................................................................................................................... 4
Mapa concetual do projeto ............................................................................................... 5
Enquadramento ................................................................................................................. 7
Abordagem da unidade didática ............................................................................... 7
Transdisciplinaridade.............................................................................................. 11
A importância da Expressão e Educação Musical como Motivação para o processo
de ensino/aprendizagem ......................................................................................... 13
Antevisão .................................................................................................................... 17
Implementação/Objetivos do projeto.............................................................................. 18
Caracterização do meio envolvente da escola onde esta Unidade Didática será
inserida ....................................................................................................................... 19
Metodologia/Plano da ação ............................................................................................ 21
Planificação da Unidade Didática............................................................................... 21
Reflexão/conclusão ......................................................................................................... 34
Bibliografia ..................................................................................................................... 35
Anexos ............................................................................................................................ 37
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Introdução
Foi-nos proposto na unidade curricular de teoria do desenvolvimento curricular a
elaboração de um projeto a implementar nas escolas do ensino básico.
Após a formação do grupo de trabalho, decidimos abordar a problemática da
transdisciplinaridade na unidade didática, dando ênfase à Expressão/Educação Musical.
Desta forma iniciaremos o projeto por um enquadramento teórico, onde procuramos
definir a unidade didática e a transdisciplinaridade e ainda realçar a importância da
Expressão/Educação Musical como motivação para o processo de ensino aprendizagem.
Seguidamente ao enquadramento teórico faremos uma antevisão do projeto.
Posto isto, apresentaremos a pertinência da implementação do projeto e os objetivos que
pretendemos com o desenvolvimento do mesmo, faremos uma caracterização da
comunidade escolar e do meio envolvente.
Posteriormente delinearemos as metodologias que utilizaremos no plano de ação,
começaremos por definir o tema que vá de encontro à motivação dos alunos, para
encontrar um eixo estruturador (meio ambiente) que permita a articulação entre as
diferentes disciplinas e uma interação entre as diferentes áreas do saber.
Finalizaremos o projeto com uma análise reflexiva do desenvolvimento do mesmo e
assim concluiremos o trabalho.
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Tema
Transdisciplinaridade
Aprendizagem Valorativa
Articulação
Interação
Metodologias
Plano de Ação
Mapa concetual do projeto
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Ambiente
Estudo do Meio
Educação Musical
Lingua Portuguêsa
Matemática Expressão
Plástica
Expressão Motora
Dramática/Teatral
Unidade Didática
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Enquadramento
Abordagem da unidade didática
A palavra didática vem do grego didaktikê – o ensino – que por sua vez deriva de
didasko – eu ensino.
A didática é uma das disciplinas da Pedagogia que estuda o processo de ensino através
dos seus componentes – os conteúdos escolares, - o ensino e a aprendizagem, com o
embasamento numa teoria da educação, formularem diretrizes orientadoras da atividade
profissional dos professores.
O desafio da didática no contexto atual é superar a uma dimensão técnica propondo
mudanças no modo de agir e pensar do professor.
Paulo Freire diz que ensinar é uma forma de intervenção na sociedade que vai além da
transmissão de conteúdos, porque a educação não pode apenas reproduzir a ideologia
dominante ou contestá-la.
O autor refere que:
Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser
neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de decisões.”
(…) Assim não posso ser professor sem me achar capacitado para ensinar certo
e bem os conteúdos de minha disciplina; não o posso por outro lado reduzir
minha prática docente ao puro ensino daqueles conteúdos. (Freire, 1997, p.
115)
Entendemos, portanto, que Didática:
(…) investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e
do ensino. A ela cabe converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos em
objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses
objetivos, estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista
o desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. (Libâneo, 1993, p. 26)
A Didática deverá servir de instrumento para o trabalho do docente, selecionando
assuntos interessantes, variando as técnicas em sala de aula, facilitando a participação,
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aprendizagem e integração dos grupos. Deverá também propiciar a relação entre os
conteúdos e a realidade dos alunos desmistificando o processo de avaliação
A Unidade Didática é um conjunto ordenado de atividades, estruturada e articuladas
para a conquista de um objetivo em relação a um conteúdo proposto.
No Ensino por Unidades Didáticas, a organização da aula está fundamentada na
conceção global e ativa de perceção da realidade pelo aluno e supõe uma atitude do
professor para desenvolver o ensino e a aprendizagem. O professor acolhe os interesses
dos alunos e propicia que se comprometem com o seu desenvolvimento pessoal, que
revisem a aprendizagem, que exercitem a auto avaliação e o aperfeiçoamento
constantes.
Componentes da unidade didática
As aprendizagens dentro da sala de aula articulam-se didaticamente em torno da
unidade didática, tomada como a unidade de trabalho relativa a um processo de ensino-
aprendizagem articulado completo. Nela são apresentados os diferentes objetivos,
conteúdos, atividades de ensino-aprendizagem e atividades de avaliação. Compreende
também as adaptações curriculares, a fim de assegurar a individualização daqueles
alunos que necessitem de ajuda pedagógica em razão de seus interesses, motivações ou
falta de capacidade.
A elaboração da unidade didática é feita em um contexto determinado do qual não se
pode dispensar e que interage com os seus distintos componentes.
Os componentes básicos da unidade didática são:
Eixo estruturador (tema);
Conteúdos;
Estratégias metodológicas;
Avaliação.
A escolha do eixo estruturador não é uma tarefa isenta de dificuldades. A única forma
de prevenir a estas dificuldades baseia-se em adotar certos princípios e determinados
critérios rigorosos de escolha.
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Na seleção de um eixo estruturador, o docente deve ter presente a necessidade de que os
alunos facultem definição, sentido às experiências e condições de aprendizagem que
lhes são propostos.
Destacamos os seguintes critérios para selecionar um eixo estruturador:
Os próprios interesses e motivações dos alunos.
Os conhecimentos prévios e o grau das capacidades alcançadas pelos alunos.
A estrutura lógica da área interdisciplinar.
A promoção do desenvolvimento de habilidades sociais.
As necessidades do contexto escolar.
Os recursos humanos e materiais disponíveis.
A seleção de um eixo estruturador condiz a um conjunto de perguntas e respostas,
resultantes dos contextos sociocultural e institucional onde o professor e os alunos estão
abrangidos.
Os conteúdos são os meios dos quais se pretende alcançar os objetivos ou
intencionalidades educativas. Em cada etapa ou ciclo educativo, os conteúdos devem ter
dupla significatividade.
O conteúdo dos procedimentos, das estratégias, das técnicas ou das habilidades que se
pretenda usar no plano metodológico deverá ser dominado por professores e alunos se
quisermos que estes últimos aproveitem tais procedimentos ou estratégias em sua
metodologia de trabalho.
De acordo com Bento (1998), as unidades didáticas são partes integrantes e
fundamentais do programa de uma disciplina pois constituem-se unidades integrais do
processo pedagógico e apresentam ao professor e aos alunos etapas bem distintas do
processo de ensino- aprendizagem.
O conteúdo e a estruturação das unidades didáticas são determinadas pelos objetivos,
conteúdos e estratégias metodológicas dos programas e do Plano Anual, procurando
garantir a sequência lógica e metodológica dos conteúdos, organizar as atividades do
professor e dos alunos, regulando e orientando a ação pedagógica ao conferir às
diferentes aulas um contributo claro para o desenvolvimento dos discentes. (Bento,
1998)
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A unidade didática contém uma estrutura que se pretende prática e facilitadora da ação
educativa e, principalmente da prática docente.
A palavra Avaliação provém da palavra francesa “Évaluer” que significa “Definir o
valor de” e do latim Exvalere em que Ex significa fora, enquanto Valare significa ser
forte, estar bem, ser de valor. (In http://origemdapalavra.com.br, consultado a 17-11-
2011 às 23h e 30m)
A avaliação deve ser vista como uma valorização de saberes em que depois de uma
aprendizagem significativa através dos processos de assimilação, acomodação e
integração (Piaget) que faça um novo objetivo/meta para uma nova aprendizagem. Ou
seja, uma valorização do que está bem apreendido e partir daí para novos
conhecimentos ou então melhor as competências que não foram superadas.
Da mesma forma, aparece-nos Maria do Céu Roldão no livro “Gestão do Currículo e
Avaliação de Competências” com a Editorial Presença afirmando que “Avaliar é um
conjunto de processos que visam o acompanhamento regulador de qualquer
aprendizagem pretendida, e que incorporam, por isso mesmo a verificação da sua
consecução.” (2004, pág. 41)
No contexto da unidade didática a avaliação assume um papel fulcral como facto de
análise, regulação e valoração da qualidade do processo ensino-aprendizagem. Assim “a
avaliação sistemática e contínua das aprendizagens, efetiva e construtivamente
concretizadas por cada discente, é condição fundamental para valorar um processo de
ensino e, desse modo, ajustá-lo sempre que as condições o aconselhem e justifiquem.”
(P. 58. In textos propedêuticos de Alcino Matos Vilar.)
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Transdisciplinaridade
Conceito de transdisciplinaridade
Este conceito de transdisciplinaridade não é nada de novo. Já há vários anos atrás se
falava neste conceito ou era utilizado sem os cidadãos saberem do que se tratava mas, só
agora, é que este termo ganha uma força renovada. Termo com esta terminologia, sendo
esta denominação, a única coisa que é atual. Segundo Santos “O termo é novo, mas a
atitude transdisciplinar acompanha o homem desde a sua origem (…) o homem traz na
sua estrutura esse modo de se inserir e evoluir no ambiente peculiarmente (…)”.
O conceito de transdisciplinaridade relaciona-se com uma nova forma de ver o mundo
educacional. Ela busca a unidade do conhecimento tentando encontrar pontos em
comum nas diferentes áreas científicas. O prefixo “trans” indica essa mesma união
disciplinar e educacional. O principal objeto deste conceito é a “(…) compreensão do
mundo presente, para o qual um dos imperativos é a unidade do conhecimento”.
(Nicolescu, p. 11)
Este termo por vezes é confundido com o conceito de interdisciplinaridade o que está
incorreto, por isso, será melhor explicado durante esta abordagem da
transdisciplinaridade as diferenças destes dois termos.
A interdisciplinaridade apresenta um caráter diferente do conceito de
transdisciplinaridade. Enquanto a transdisciplinaridade é entendida como a união dos
conhecimentos procurando encontrar pontos em comum, a interdisciplinaridade é a
utilização de estratégias, planificações para abordar as mais variadas áreas do
conhecimento. Segundo o pensamento de Nicolescu acerca da interdisciplinaridade “Ela
diz respeito à transferência de métodos de uma disciplina para outra”. Neste processo de
interdisciplinaridade, este mesmo autor, distingui três graus de interdisciplinaridade.
Grau de aplicação: transferência de métodos de ensino entre diferentes áreas do
conhecimento que poderão dar condições para novos resultados práticos.
Grau epistemológico: transferência de conceitos científicos que poderão dar uma
panorâmica diferente da forma como era vista determinada área do saber.
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Grau de geração de novas disciplinas: a transferência de métodos entre as várias áreas
do conhecimento pode dar origem a novas áreas que, por conseguinte, poderá dar
origem a novas áreas curriculares.
A interdisciplinaridade ultrapassa o conceito de disciplina mas, ainda conserva a
pesquisa disciplinar fazendo ainda uma grande distinção entres as várias unidades
curriculares. Não verificamos ainda uma união do conhecimento como é pretendido na
transdisciplinaridade.
Abordando agora o conceito de transdisciplinaridade pode-se dizer que esta conceção,
pode ser entendida como, a união de um pensamento organizado que engloba todas as
áreas do conhecimento. A separação em disciplinas deixa de existir. “(…) a
transdisciplinaridade refere-se à transferência de um campo disciplinar a outro, de
conceitos, modelos, teóricas, processo (…).” (Maingain & Dufour, 2008, p. 196)
A tentativa de encontrar um ponto em comum nas várias áreas do conhecimento é o
principal objetivo da transdisciplinaridade. Este processo tem como nome pedagogia
transdisciplinar. “Transferência de conhecimento construído ou de uma competência
desenvolvida. O aspeto transferível/transversal que, se confere a certo número de
saberes.” (Maingain & Dufour, 2008, p. 189)
Todas estas terminologias tais como a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade têm
como objetivo, a busca pelo ensino/aprendizagem. A busca do conhecimento que não
seja meramente, ensino na base da memorização, mas sim, um ensino que seja
aprendido e compreendido. O conhecimento não passa pela memorização dos vários
conteúdos das diversas áreas curriculares, passa pois, pela compreensão do
conhecimento, na interligação do conhecimento. Não há vários conhecimentos, há pois,
uma ciência que interliga as várias áreas do saber científico.
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A importância da Expressão e Educação Musical como Motivação
para o processo de ensino/aprendizagem
A finalidade das expressões artísticas nos primeiros anos de escolaridade é contribuir
para o pleno desenvolvimento da criança, possibilitando-lhe experiências integradas e
globalizadoras.
A Expressão e a Educação Musical constituem o ponto de partida de um processo
formativo estruturado que visa contribuir para o desenvolvimento de cada criança,
permitindo-lhe desenvolver o campo de possibilidades de interpretação do mundo, de
exprimir o pensamento e de criar. Neste sentido, a área curricular de Expressão e
Educação Musical procura que, através do próprio corpo ou através de instrumentos
musicais, as crianças tenham acesso a um conjunto de vivências que lhes permita
potencializar as suas capacidades, dominando progressivamente as suas potencialidades
psicomotoras.
A experimentação e o domínio progressivo das possibilidades do corpo e da voz
deverão proporcionar às crianças o enriquecimento das vivências sonoro-musicais,
estimulando a criatividade e o desenvolvimento da sensibilidade e do sentido
estético. (Amaral, 2004).
Hargreaves (2008) é perentório na afirmação de que o desenvolvimento das
competências musicais deve ser estudado numa dinâmica de relação social, cultural e
educacional, sendo a música um excelente meio de desenvolvimento, permitindo que
a criança possa usufruir de satisfações imediatas.
Considera-se que esta pode contribuir ao nível da comunicação verbal e não-verbal,
no que diz respeito a aspetos cognitivos, afetivos/emocionais e motores, ao mesmo
tempo que promove a interação e o autoconhecimento.
(…) é possível considerar que a música – ligada na sua essência ao tempo –
possui determinadas propriedades que remetem para uma possível organização
de emoções, para esse contínuo emotivo. Criam uma ligação entre o tempo e o
movimento fisiológico – o desenrolar da vida – e o tempo e o “movimento”
musical – o “desenrolar” dos acontecimentos musicais. Poderão constituir na
audição musical, o que de mais imediato se pode compreender de uma
determinada obra musical: as reacções emotivas e imediatas do ouvinte à
sucessão de sons ouvidos. (Monteiro, 1997, p. 32)
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A educação bem compreendida, não é apenas uma preparação para a vida; ela é
uma manifestação permanente e harmoniosa da vida. Assim dela deveriam
fazer parte estudos artísticos, particularmente no campo da educação musical,
cujos princípios recorrem ao desenvolvimento das principais faculdades do ser
humano. (Willems, 1970, p. 10)
É uma arte abstrata e os seus estímulos provocam respostas que variam conforme as
perceções que temos, primeiro em relação a pequenos e simples sons para chegar aos
mais difíceis e complexos. Aprender a escutar, dar nome ao que se ouve, relacionar e
organizar sons e experiências realizadas são capacidades essenciais à formação musical
da criança.
Ao mesmo tempo, também é uma atividade social, uma atividade comunitária em que a
execução musical é trocada com os outros, a experiência interativa. Desenvolve os
sentimentos e permite apercebermo-nos de forma mais intensa as outras culturas.
A experiência musical permite, por seu lado, tocar, manipular, ver, examinar, ouvir,
usar o corpo e músculos em interpretação de ritmos, por exemplo, desenvolvendo assim
os sentidos e fornecendo ao mesmo tempo conhecimentos e prazer pelo trabalho
musical, criar improvisar e aqui destacamos Carl Orff que usou como o primeiro
instrumento de exploração os sons do corpo e da voz e mais tarde mandou construir e
explorou os instrumentos Orff, o que proporcionou à criança a aquisição de novas
experiências e a possibilidade de utilizar instrumentos adequados, o mais cedo possível,
incentivando a descoberta e à criatividade (Amaral, 2004).
A Educação Musical é concebida e construída tendo como principal objetivo ensinar
elementos da música através da experimentação, possibilitando às crianças a reflexão e
construção dos seus conhecimentos musicais. (in Programa do 1º ciclo 2006)
Segundo Gordon (2000), através da música as crianças aprendem a conhecer-se a si
próprias e a tudo o que as rodeia e são mais capazes de desenvolver e sustentar a sua
imaginação e criatividade. A música está presente todos os dias e durante todo o dia nas
mais variadas formas na vida da criança, é através deste contacto e depois de orientadas
no sentido correto que elas poderão aprender a apreciar, ouvir e participar na música
que consideram boa.
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Desenvolve a coordenação motora, a expressão corporal e verbal e proporciona a
interação com uma manifestação artística, dotada de historicidade e cultura e aqui
salientamos Jacques Dalcroze; “O ritmo pelo seu carácter universal, acompanha o
indivíduo no seu desenvolvimento total: no corpo, nas emoções, no pensamento, na
música e em todas as artes.” (Sousa M. , 1999, p. 12).
A música será com certeza um meio de intervenção, uma forma de saber que articula
imaginação, razão e emoção. Tem um aspeto inclusive terapêutico, pois auxilia no
desenvolvimento de aspetos psicomotores, socialização, desinibição, atitudes inibitórias,
equilíbrio dinâmico e estático. Através de jogos de exploração motivadora e criativa
Carl Orff, brincadeiras como cantigas de roda Kodály, a estátua, dança da cadeira, entre
outras. As sessões de expressão musical deverão ser concebidas numa perspetiva de
descoberta por parte da criança.
A contribuição através da Educação Musical para uma formação saudável da criança,
verifica-se numa pedagogia enriquecida pela influência das várias metodologias
existentes e pela inovação de técnicas, métodos e instrumentos sempre adaptados à
realidade em que nos encontramos, uma pedagogia dinâmica e não estática, motivadora
e incentivadora ao desenvolvimento global da criança.
Una educacion musical o una terapia através de la música, debería brindar al
individuo la oportunidad de explorar libremente el mundo de los sonidos y de
expressar com espontaneidad sus propias ideas musicales (Gainza, 1988, p.
11).
Numa perspetiva didática, nos objetivos que estabelecemos, procuramos idealizar uma
série de atividades musicais que mais se enquadrassem no momento cognitivo do aluno.
A exploração das várias metodologias permite satisfazer as diferentes necessidades e
responder de uma forma eficaz para uma melhor formação e desenvolvimento das
crianças. Todos os metodólogos defendem que as crianças devem em primeiro lugar
vivenciar e experienciar as atividades musicais e só depois compreender os seus
conceitos teóricos.
A música merece ocupar nela um lugar importante. Ela enriquece o ser humano
pelo poder do som e do ritmo, pelas virtudes próprias da melodia e da
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harmonia. Eleva o nível cultural pela nobre beleza que emana das obras-
primas. Dá consolação e alegria ao ouvinte, ao executante e ao compositor
(Willems, 1970, p. 11).
A música é um importante instrumento de interação, socialização e trabalho em grupo
com as crianças. “Uma educação intercultural através da música como forma de
integração e de vivência intercultural capaz de transformar o ambiente escolar,
aproveitando as riquezas provenientes de uma pluralidade cultural” (Sousa & Neto,
2003, p. 33).
O gosto pela música é natural nas crianças. Elas gostam de cantar e de ouvir música,
como gostam de ouvir o som da água a correr ou o canto de uma ave. Segundo
(Monteiro, 1997), existem múltiplas possibilidades de realização de atividades sonoras
desde sons da natureza passando pelos sons humanizados, os sons do corpo, da voz, o
simples ruído de uma máquina, tudo é possível para a produção sonora. “O fenómeno
da educação musical prende-se com a aprendizagem e o ensino de um grande número de
atividades ligadas aos sons e, em especial, à música. Encontra-se sob múltiplas formas,
com múltiplos objetivos e métodos” (Monteiro, 1997, p. 16).
A música é uma linguagem universal completa, porque é puramente intuitiva e talvez o
modo de expressão por excelência da espontaneidade.
E, porque a música foi considerada, em todos os tempos, como um facto positivo da
educação global, devemos perguntar-nos em que medida a criança em geral, e cada
criança em particular, é ou não capaz de produzir atividade musical criadora.
A criança espontaneamente imagina cantigas de roda, inventa ritmos para o seu próprio
prazer, precisamente porque isso corresponde a uma necessidade. A criança canta e
trauteia constantemente melodias inéditas, que desaparecem rapidamente mas
imediatamente são renovadas, tudo isto para acompanhar os seus pensamentos e os seus
atos. Se a criança encontrar no meio familiar e escolar um ambiente saudável e
favorável, esta atividade pode elevar-se à criação intuitiva e espontânea de uma
verdadeira obra, estruturada, cuja análise pode levar a uma riqueza singular. “Toda a
criatividade é, em parte uma forma de improvisação e toda a improvisação é, em parte,
uma forma de criatividade. Assim, a criatividade e a improvisação encontram-se
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combinadas num só nível de aprendizagem das atividades de aprendizagem sequencial”
(Gordon, 2000, p. 175).
Despertar para a música é suscitar nela a vontade de cantar, tocar, ouvir e de criar
livremente. Podendo haver um certo desinteresse se propusermos conhecimentos
musicais de carácter teórico, desprovidos de significação para as crianças.
A via mais correta talvez seja a de conduzir a criança à criação de algo à sua medida,
porque é pela criação pessoal que se vive intensamente a música. “ (…) a criatividade
possui uma força psicológica que dá expressão às reservas mais intimas da alma, que a
alegria e o impacto de mexer, tocar, cantar, dançar e realizar atividades lúdicas em
comum são vitais na educação geral do indivíduo” (Martins, 1995, p.11, citado por
Sousa e Neto, 2003, pp.36-37).
Antevisão
Partindo da nossa formação académica base, tentamos evidenciar a educação musical
afirmando-a como uma disciplina de enorme importância para o desenvolvimento social
e cognitivo das crianças. Assim, propusemos articular as diversas áreas do saber,
partindo dum projeto teatral/musical para a construção de uma Unidade Didática.
Desta forma, analisaremos o Currículo Nacional do Ensino Básico para a seleção da
competência geral a desenvolver e as competências específicas de cada uma das áreas.
Analisaremos também as metas de aprendizagem e os Programas do 1º Ciclo do Ensino
Básico.
Os destinatários desta unidade didática são uma hipotética turma do 3º ano de
escolaridade.
O desafio antevisto seria a falta de motivação dos discentes, desta forma, procuramos
assim, elaborar visitas de estudo, atividades enriquecedoras e motivadoras com o intuito
de torná-los interessados pela escola.
Consideramos que este projeto poderá ter aplicabilidade nas diversas escolas, uma vez
que, já tivemos a oportunidade de experimentar as ideias base, no qual verificamos,
como sendo recebidas com sucesso e agrado. É importante salientar que este projeto
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partiu sempre de uma realidade criada na base da “imaginação” onde procuramos nos
aproximar ao máximo da verdade.
Implementação/Objetivos do projeto
Através da abordagem do tema (o meio ambiente), temos como objetivo principal, a
aprendizagem valorativa, isto é, um tipo de aprendizagem que envolva os alunos nas
atividades propostas e que promova o ensino por tema e não por área do saber
(transdisciplinar e não disciplinar). Pretendemos mostrar que um tema pode ser
abordado e trabalhado nas diferentes disciplinas de forma a criar uma interação que
desenvolva a articulação dos saberes e consequente construção do conhecimento.
No que concerne ao tema escolhido, (o meio ambiente) ambicionamos para além da
aquisição de conhecimentos, sensibilizar os alunos para a questão ambiental e para a sua
sustentabilidade, que impulsione os alunos a participar ativamente na comunidade
escolar e local. Beneficiar das vivências e dos conhecimentos adquiridos anteriormente
e proporcionar ao aluno momentos agradáveis de aprendizagem. Mostrar de que forma
um tema pode ser adaptado às diferentes disciplinas, utilizando estratégias capazes de
criar um fio condutor para que a unidade didática seja possível de desenvolver. Para
além dos conhecimentos e capacidades, daremos ênfase às atitudes e comportamentos
na sala de aula de forma a criar um grupo de trabalho onde a autonomia, o respeito e o
espírito de grupo se façam sentir.
Na disciplina de expressão musical pretendemos alertar os alunos, dando a conhecer a
diversidade de sons existentes à nossa volta e dar oportunidade aos mesmos de viajar
pelos diferentes ambientes sonoros, recorrendo a experiências práticas que lhes
permitam vivenciar a música, reconhecer a sua importância e mostrar que pode ser
envolvida nas outras áreas do saber de forma a potenciar o conhecimento.
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Caracterização do meio envolvente da escola onde esta Unidade
Didática será inserida
A escola EB1 de XXA encontra-se sediada na Freguesia de XXB no Concelho de XXC.
Este concelho situa-se na zona norte com cerca de 45 mil habitantes. A freguesia em
questão possui cerca de 10 mil habitantes.
A escola referenciada no parágrafo anterior possui um agregado escolar com
aproximadamente 150 alunos desde o 1º ano de escolaridade até ao 4º ano. Esta escola
encontra-se também ela inserida no âmbito das Atividades de Enriquecimento
Curricular (AEC), tendo como corpo decente de oito professores titulares de turma (oito
turmas sendo duas referentes ao 1º ano, duas de 2ºano, duas de 3º ano e duas de 4º ano
de escolaridade) e dez professores AEC. No âmbito das AEC´s dois professores são de
Expressão musical, dois de Atividade Física, três de Inglês, dois de Expressão Plástica e
um de Tecnologias Informática e Comunicação. O estabelecimento de ensino EB 1 de
XXA neste momento pertence ao agrupamento de escola EB 2/3 de XXD no qual cinco
escolas fazem parte deste mesmo agrupamento.
A EB 1 de XXA caracteriza-se por ser uma escola “pacata” a nível comportamental. Os
seus alunos não se demonstram como sendo crianças com mau comportamento ou de
atitudes agressivas perante funcionárias e professores da escola. Também é importante
dizer que, temos alguns casos em que, esta realidade, não é taxativa. Pelo facto desta
instituição se situar no meio envolvente bastante “pobre” a nível financeiro, apela um
pouco, para o facto de ocorrer alguns casos fora da estatística.
Contrariando um pouco o que no parágrafo anterior foi dito, alguns alunos, possuem
vivências familiares pouco aconselháveis. Em algumas famílias ambos os cônjuges são
toxicodependentes ou pelo menos um deles. Esta realidade afeta de forma direta o
comportamento destes alunos no seu comportamento perante o outro. Nesta realidade
esta instituição contabiliza 7 alunos que vivem neste ambiente; sendo dos 7, 3 do sexo
feminino e 4 do sexo masculino. Estes 7 alunos encontram-se a frequentar os vários
níveis académicos presentes na escola. Dois encontram-se no 1º ano, um frequenta o 2º
ano, três encontram-se no 3º ano e finalmente dois estão no 4º ano.
As famílias destes alunos são disfuncionais. Alguns pais destes alunos encontram-se em
instituições de reabilitação de toxicodependentes mas, também existe casos, de pais que
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se encontram retidos em prisões por crimes variados, todos eles relacionados, com
tráfico de drogas ilícitas.
O comportamento destes 7 alunos reflete-se na forma de interação para com a família.
Alunos estes que demonstram constantemente agressividade perante os colegas no
recreio e na sala de aula, o não comprimento de ordens dadas por parte dos professores
e funcionárias da escola e a destabilização de alunos bem comportados incentivando-os
a ter atitudes semelhantes às deles próprios. Retirando estes casos isolados a escola
apresenta um “bom ambiente” em termos comportamentais.
A escola EB1 XXA encontra-se num meio envolvente bastante pobre, em que, grande
parte do agregado familiar dos vários alunos, não tem poder financeiro para acompanhar
a evolução académica dos seus filhos. É real a dificuldade dos pais em comprar o
material escolar requerido para a prática de sala aula. Apesar de algumas destas famílias
receberem apoios fornecidos pelo estado português, também existe casos em que isso
não acontece, sendo assim, a dificuldade é muito maior. Com esta realidade os
professores das AEC apresentam queixas pelo facto dos alunos não possuírem o
material mínimo para o desenvolvimento das suas aulas. Situação que a escola tenta
resolver apesar de não se notar um “empenho” da instituição para melhorar esta
condição. Da mesma forma que para as aulas dadas pelo professor titular é necessário
algum material, para as áreas de enriquecimento curricular, também isso é obrigatório.
É também importante dizer que cerca de 60% das famílias dos alunos desta escola se
encontra em condição de desemprego, recebendo apenas, o subsídio de inserção social.
Torna-se necessário mencionar que o grau académico destes cidadãos é relativamente
baixo, sendo em grande maioria dos casos, o 4º ano de escolaridade. Só em raros casos
os pais destes estudantes possuem um grau académico mais elevado em relação à média
encontrada neste estabelecimento de ensino.
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Metodologia/Plano da ação
Planificação da Unidade Didática
EB1/ JI de XXA
Professores: António Tavares; Bruno Alvim; Daniela Azevedo; Hugo Santos
Ano de Escolaridade: 3º
Data: 3, 4 e 5 de Junho
Eixo Estruturador da Unidade Didática: O Meio Ambiente
Critério para a seleção das atividades de Aprendizagem
Relacionar-se com as expetativas, interesses e motivações dos alunos.
O critério escolhido deve-se à necessidade do professor adequar as suas práticas,
relacionando-as com o que as crianças gostam e com o que pode tornar-se mais atrativo
para elas. O professor deve, deste modo, ter em conta os interesses dos seus alunos e, a
partir daí, definir as atividades mais adequadas para uma abordagem interessante dos
conteúdos.
Tendo como base uma história musical “A floresta da água” Suite Opus 71 de Jorge
Salgueiro para ensemble instrumental, narrador e crianças procuramos definir um fio
condutor que parte da expressão musical. Este atravessa todas as áreas do saber fazendo
com que os alunos relacionem e, acima de tudo, questionem a realidade em que vivem e
as consequências que o tipo de vida do século XXI tem para o ambiente.
Princípio de Organização das Atividades de Aprendizagem
As atividades foram organizadas segundo um princípio de significação didática, isto é,
fazendo uma integração entre os significados que o aluno já possui e as diversas
orientações que lhe chegam através de outros meios, neste caso, as atividades do Dia
Mundial do Ambiente podem ser um excelente facto de consolidação das
aprendizagens.
22 | P á g i n a
Para além disto, o jogo torna-se uma maneira de explorar grande parte dos
conhecimentos dos alunos, quer sejam eles trabalhados na escola ou noutro lugar
qualquer.
Competências
Competência geral:
Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e
para abordar situações e problemas do quotidiano.
Competências específicas:
Língua Portuguesa: Capacidade de se exprimir de forma confiante, clara e audível, com adequação ao
contexto e ao objetivo comunicativo.
Estudo do Meio: Participação na discussão sobre procurar soluções individuais e coletivas visando a
qualidade de vida.
Matemática: A compreensão global dos números e das operações e a sua utilização de maneira
flexível para fazer julgamentos matemáticos e desenvolver estratégias úteis de
manipulação dos números e das operações.
Expressão Musical: Canta sozinho e em grupo, com precisão técnico-artística, peças de diferentes géneros
estilos e tipologias musicais.
Expressão Plástica: Conceber objetos plásticos em funções de mensagens.
Expressão Motora: Participar com empenho no aperfeiçoamento da sua habilidade nos diferentes tipos de
atividades, procurando realizar ações adequadas com correção e pontualidade.
Expressão Dramática/teatro: Realizar improvisações e dramatizações a partir de histórias ou situações simples.
23 | P á g i n a
Metas da Aprendizagem
Língua Portuguesa: Domínio: Exprimir oralmente ideias e Conhecimentos
Subdomínio: Organização do discurso
O aluno narra com pormenores descritivos situações vividas e imaginadas.
Estudo do Meio:
Domínio: Viver melhor na terra
Subdomínio: Sustentabilidade
O aluno relaciona desequilíbrios de consumo, destruição das florestas e poluição com o
esgotamento de recursos, a extinção de espécies e alterações profundadas na qualidade
do ambiente.
Matemática:
Domínio: Capacidades transversais
Subdomínio: Raciocínio Matemático
Justifica resultados matemáticos: explica ideias e processos matemáticos, oralmente e
por escrito; justifica os resultados matemáticos obtidos.
Expressão Musical:
Domínio: Desenvolvimento da criatividade
Subdomínio: Criação e Experimentação
O aluno seleciona materiais sonoros e organiza ideias musicais para criar texturas e
ambientes sonoros associados a movimento, danças e histórias.
Expressão Plástica:
Domínio: Apropriação da Linguagem Fundamental das Artes
Subdomínio: Comunicação Visual e Elementos da Forma
O aluno representa plasticamente objetos, situações, ilustrações de histórias e temas,
através da pintura (tintas, pastel de óleo ou seco, colagem, técnica mista e meios
24 | P á g i n a
digitais), evidenciando que a cor vale por si e que não é necessário representar
“fielmente os elementos observados”.
Expressão Motora:
Domínio: Domínio das atividades físicas
Subdomínio: Ginástica
O aluno cumpre as habilidades apresentadas no Subdomínio Atividades Rítmicas e
Expressivas.
Expressão Dramática:
Domínio: Desenvolvimento da Capacidade de Expressão e Comunicação
Subdomínio: Experimentação e Criação/Fruição e Análise/Pesquisa
O aluno explora as suas potencialidades dramáticas e projetos de teatro.
Avaliação
Objetivo didático: Ortografia e pontuação (revisão de textos)
Operacionalização:
O aluno revela
falhas muito
significativas
O aluno revela
falhas
significativas
O aluno revela
falhas pouco
significativas
O aluno não
revela falhas.
Domínio
cognitivo
Identifica os
erros e corrige
frases com
bastante
dificuldade e
com erros
ortográficos.
Identifica os
erros e corrige
frases com
alguma
dificuldade e
com erros
ortográficos.
Identifica os erros
com facilidade
mas corrige as
frases com
alguma
dificuldade e com
erros
ortográficos.
Identifica os
erros e corrige
as frases sem
dificuldade,
com correção
ortográfica.
Domínio
afetivo
Demonstra
desinteresse na
atividade, sendo
demasiado lento
na sua resolução.
Participa na
atividade sem
revelar grande
interesse,
participando
apenas quando
solicitado.
Demonstra
interesse e
motivação na
atividade,
fazendo apenas o
que lhe é pedido.
Demonstra
interesse e
motivação na
atividade,
procurando ser
criativo e lesto
na sua
resolução.
25 | P á g i n a
Conteúdos
Língua Portuguesa:
Conhecimentos Capacidades Atitudes
Estrutura de
um texto
Identificação
na frase de: sujeito,
predicado, adjetivo e
complemento direto.
Identificação
no texto de: verbos,
artigos e adjetivos.
Identificação
de substantivos,
verbos, artigos e
adjetivos
Funcionamento
da língua – ortografia
e pontuação
Leitura e escrita
Revisão de um
texto
Intervenção oral,
tendo em conta a
adequação progressiva a
situações de comunicação;
Interpretação de
enunciados de natureza
diversificada nas suas
realizações verbal e não-
verbal.
Respeito das regras da sala de
aula;
Questionamento da realidade
observada;
Respeito da opinião dos colegas;
Participação de forma construtiva,
responsável e solidária, valorizando os
contributos de cada um em função de
objetivos comuns;
Regulação da participação nas
diferentes situações comunicativas
(aguardar a vez de falar, ouvir e respeitar
a fala dos outros);
Bom comportamento;
Atenção;
Desenvolvimento da autonomia;
Apelo para a participação cívica;
Iniciativa;
Matemática:
Conhecimentos Capacidades Atitudes
Algoritmo da
multiplicação, divisão,
adição e subtração.
Reconheciment
o de unidades de peso
Resolução de
algoritmos envolvendo a
multiplicação e a divisão
por números decimais (por
exemplo: 0.1 e 0.01)
Uso de estratégias
Respeito das regras da sala de
aula;
Questionamento da realidade
observada;
Respeito da opinião dos colegas;
Participação de forma construtiva,
26 | P á g i n a
de raciocínio lógico na
resolução de problemas
Realização de
atividades intelectuais que
envolvam o raciocínio e a
consolidação do uso de uma
linguagem matemática oral.
Diferenciação entre
números inteiros e números
decimais
Comparação entre
diversos pesos
responsável e solidária, valorizando os
contributos de cada um em função de
objetivos comuns;
Regulação da participação nas
diferentes situações comunicativas
(aguardar a vez de falar, ouvir e
respeitar a fala dos outros);
Bom comportamento;
Atenção;
Desenvolvimento da autonomia;
Apelo para a participação cívica;
Apelo à iniciativa;
Estudo do Meio:
Conhecimentos Capacidades Atitudes
Problemas do
meio ambiente
Observação da
realidade envolvente
Identificação dos
problemas ambientais
Identificação de
possíveis resoluções para
alguns problemas
ambientais.
Respeito das regras da sala de
aula;
Questionamento da realidade
observada;
Respeito da opinião dos colegas;
Participação de forma construtiva,
responsável e solidária, valorizando os
contributos de cada um em função de
objetivos comuns;
Regulação da participação nas
diferentes situações comunicativas
(aguardar a vez de falar, ouvir e respeitar
a fala dos outros);
Bom comportamento;
Atenção;
Desenvolvimento da autonomia;
27 | P á g i n a
Apelo para a participação cívica;
Apelo à iniciativa;
Expressão Musical:
Conhecimentos Capacidades Atitudes
Entoação
musical;
Reprodução de
melodias simples;
Altura;
Intensidade;
Notas musicais;
Pauta musical;
Figuras rítmicas
Identificação e
classificação de sons
segundo a sua altura e
intensidade;
Identificação e
utilização gradual de
símbolos de leitura e
escrita musical;
Reconhecimento
da linguagem musical
como meio de
expressão de
sentimentos.
Produção de
diversos sons usando as
potencialidades do seu
corpo;
Desenvolvimento
de elementos essenciais na
produção vocal, tais como
a boa postura, a respiração
e a colocação de voz;
Associação de
movimentos à pulsação e
andamento da canção;
Participação em
coreografias elementares;
Utilização de
vocabulário adequado a
situações sonoro/musicais
vivenciadas;
Compreensão da
duração temporal das
figuras rítmicas e da sua
relação com a grandeza
matemática dos números;
Compreensão da
relação entre a altura real
das notas e a sua escrita na
pauta musical;
Respeito das regras da sala de
aula;
Questionamento da realidade
observada;
Respeito da opinião dos colegas;
Regulação da participação nas
diferentes situações comunicativas
(aguardar a vez de falar/cantar/tocar,
ouvir e respeitar a fala dos outros);
Bom comportamento;
Atenção;
Desenvolvimento da autonomia;
Iniciativa;
28 | P á g i n a
Expressão Plástica:
Conhecimentos Capacidades Atitudes
Construções;
Desenho;
Pintura;
Recorte;
Colagem;
Dobragem;
Elaboração de
construções a partir de um
tema;
Organização do
espaço/trabalho;
Desenho a partir de
temas/situações;
Domínio da técnica
da pintura com diferentes
materiais;
Domínio da técnica
de recorte, colagem e
dobragem com diferentes
materiais;
Respeito das regras da sala de
aula;
Respeito da opinião dos colegas;
Bom comportamento;
Atenção;
Desenvolvimento da autonomia;
Iniciativa;
Motivação na realização das
atividades;
Organização na execução das
tarefas/atividades;
Expressão Motora:
Conhecimentos Capacidades Atitudes
Combinar
movimentos, lento-
rápido;
Combinar
movimentos, forte-
fraco;
Combinar
movimentos, pausa-
contínuo;
Utilizar
combinações pessoais
Conhecer os
diferentes planos de
movimento;
Adquirir a noção de
ritmo aliado a
deslocamentos;
Executar uma
coreografia ou frase
rítmica;
Conhecer as
diferentes intensidades e
Respeito das regras da aula;
Respeito da opinião dos colegas;
Regulação da participação nas
diferentes situações comunicativas
(aguardar a vez de falar, ouvir e
respeitar a fala dos outros);
Bom comportamento;
Atenção;
Desenvolvimento da autonomia;
Iniciativa;
29 | P á g i n a
de movimentos
locomotores e não
locomotores;
velocidades de
movimentos corporais;
Expressão Dramática:
Conhecimentos: Capacidades Atitudes
Linguagem
não-verbal;
Linguagem
verbal;
Linguagem
gestual;
Gestos;
Dramatização;
Adaptar a
diferentes espaços os
movimentos e a voz;
Explorar diferentes
formas de se deslocar: de
diferentes seres (reais ou
imaginados) em locais
com diferentes
características
Utilizar
espontaneamente atitudes,
gestos e movimentos.
Reagir
espontaneamente por
gestos/movimentos a: sons
palavras, ilustrações,
atitudes, gestos;
Elaborar,
previamente, em grupo, os
vários momentos do
desenvolvimento de uma
situação;
Respeito das regras da sala de
aula;
Questionamento da realidade
observada;
Respeito da opinião dos colegas;
Regulação da participação nas
diferentes situações comunicativas
(aguardar a vez de falar, ouvir e
respeitar a fala dos outros);
Bom comportamento;
Atenção;
Desenvolvimento da autonomia;
Iniciativa;
30 | P á g i n a
Metodologia Didática
1º Momento
Aquando a entrada dos alunos estes escutarão um excerto musical da obra “A floresta da
água” de forma que, haja uma entrada ordeira e silenciosa na sala. Depois de estarem
sossegados, o professor, dá início à aula com a visualização e audição da história no
quadro interativo.
Depois de escutada a história, o professor dialoga com os discentes sobre a temática
desta obra musical com o intuito de mobilizar o “conhecimento prévio e de uma forma
que torna a informação significativa”. (Arends, 1995, p. 276)
Após o resumo oral será entregue aos alunos um texto da história “A floresta da água”.
Este texto estará repleto de erros que os alunos terão que identificar e corrigir. Para a
correção os alunos usarão o lápis e por cima da palavra errada escreverão a palavra
correta. Os erros serão, essencialmente, de concordância e pontuação, mas também
existirão omissão e adição letras em certas palavras. Os alunos trabalharão assim a
revisão de um texto, pois a procura e correção de erros pode ser um excelente modo de
se corrigir os próprios erros. Sendo que este trabalho é um trabalho de auto correção
inconsciente, visto que, os alunos estão a visionar e corrigir erros que eles próprios
cometem sem se aperceber que ao corrigirem o texto estão a trabalhar a sua própria
correção na escrita.
Depois de os alunos, individualmente, corrigirem os erros numa folha preparada para
isso, a folha será corrigida e os alunos visionarão o texto na íntegra. O conto será lido
aos alunos, para que, de seguida, se possa analisar o texto. Esta análise incidirá,
essencialmente sobre o efeito da sociedade na natureza. Após esta identificação, os
alunos terão que identificar quais as mudanças que mais prejudicam o ambiente e o que
a nós é possível, enquanto indivíduos de uma sociedade; fazer para que, a realidade que
nos é apresentada na história, (que não é muito diferente da nossa realidade) possa ser
melhorada. Sendo assim, estamos a trabalhar com os alunos uma consciência ambiental.
Isto porque, segundo Piaget “o desenvolvimento da criança acontece no contacto e na
interação com outras crianças, daí a necessidade da promoção de atividades em grupo.”
Para além disto “pressupõe que o tema pesquisado seja um verdadeiro problema do
31 | P á g i n a
grupo”, neste caso, o problema do ambiente não é só um problema do grupo, mas sim,
da sociedade em geral.
Neste ponto será pedido aos alunos que, em casa e com a ajuda dos pais, (ou um adulto)
elaborem um artigo de jornal sobre um problema ambiental internacional, nacional ou
até mesmo um problema ambiental na rua em que vivem. Assim, mobilizam os saberes
trabalhados na aula em casa com os pais para além de fazerem em conjunto algo que
poderá ser apresentado em público, mais concretamente, no jornal da turma.
Durante esta análise da realidade, será abordada a questão dos lixos, mais propriamente
a quantidade de lixo produzida numa cidade. (caso esta temática não surja naturalmente
cabe ao professor fazer com o tema seja abordado pelos alunos, mas sem forçar a
mudança de tema). Isto deve-se ao facto dos alunos já terem feito uma visita de estudo à
Lipor e, portanto, podem mobilizar saberes já adquiridos ou “conhecimentos prévios”
como refere Arends.
Após isto, e sabendo os alunos a quantidade anual de lixo reciclado pela Lipor, os
alunos irão calcular a quantidade de lixo em cidades 10, 100 e 1000 vezes maiores e 10,
100 e 1000 vezes menores. Assim, estarão a trabalhar a multiplicação por 10, 100 e
1000. Após isto, os alunos terão uma pequena ficha em que consolidarão os conceitos
mobilizados anteriormente com a audição da parte instrumental da obra “A floresta da
água” (em volume baixo).
Acabada a ficha de trabalho os alunos irão ensaiar e produzir os sons do ato nº1
”Prelúdio da Nuvem Branca” (som do vento) utilizando para tal a voz. Concluído este
ensaio os alunos serão distribuídos pelos seguintes instrumentos: xilofones e flautas,
para ensaiarem o ato nº 4 “As crianças tocam a sonatina na árvore”.
De seguida as crianças serão distribuídas pelas vozes 1 e 2 de forma a proceder-se ao
ensaio do ato nº5 “As Gotinhas descem em Cânone” e ao batimento de clavas para
imitar o som da chuva.
Depois dos alunos conseguirem imitar o som da chuva, será ensaiado o ato nº7
“Variação e Mudança” onde estes terão, que efetuar, o som de um incêndio com todos
os discentes a rasgarem e amarrotarem folhas de jornais.
32 | P á g i n a
De forma a concluírem o dia de trabalho serão ensaiadas as canções dos atos nº8
“Canção Gente Estranha” e nº9 “Hino das Crianças à Terra”.
2º Momento
A parte da manhã do segundo momento será constituída por uma visita guiada no
Parque Biológico de Vila Nova de Gaia no âmbito do Dia Mundial do Ambiente.
Depois da chegada dos alunos à escola estes jogarão ao “Quem sabe, sabe”. Este jogo
permite uma aprendizagem e mobilização de conteúdos bastante grande, pois pode
abranger, todas as áreas curriculares e não curriculares. Sendo assim, a turma será
dividida em 3 grupos. Cada grupo escolherá um porta-voz que responderá às questões
colocadas, apesar de as respostas serem elaboradas em grupo. As perguntas estarão
colocadas num recipiente, um dos elementos do grupo irá retirar uma questão e o grupo
deliberará e responderá, sendo que para isso, terá um tempo limite determinado pelo
professor. Os restantes grupos terão que estar em silêncio, pois existirão faltas; isto é,
sempre que um grupo tiver uma atitude desrespeitosa para com um grupo adversário ou
um elemento isolado promover um ato menos aceitável, será retirado 1 ponto à equipa
que demonstrar essas atitudes intoleráveis. Por cada resposta certa será atribuído a cada
equipa 2 pontos.
Nota: nem todas as respostas são de resposta rápida, algumas podem envolver cálculos e
neste caso, os alunos, terão que apresentar a resposta por escrito.
As questões serão relativas às problemáticas ambientais trabalhadas no dia anterior e
revista na visita de estudo.
A pontuação estará a ser atualizada no quadro pelo professor. Ganhará o grupo com
maior número de pontos e em caso de empate ganhará a equipa com menos faltas.
Terminada atividade os alunos terão um espaço para apresentar os artigos de jornal
elaborados em casa no dia anterior, sobre um problema ambiental internacional,
nacional ou até mesmo um problema ambiental na rua em que vivem.
Depois de feita uma reflexão sobre a atividade anterior será efetuado um ensaio da
dramatização da peça “A Floresta da água” onde o professor seleciona os alunos para as
33 | P á g i n a
diferentes personagens e escolhe os elementos que farão parte da interpretação
musical/instrumental.
3º Momento
Chegados os alunos à sala de aula, estes entraram em silêncio escutando a parte
instrumental da obra “A Floresta da água”. De seguida, o professor dá início aos
trabalhos dividindo os alunos por 10 grupos de 2 alunos onde irão construir cenários
(nuvem, sol, tempestade, incêndio, floresta destruída), roupas (Gotinhas da água,
semente, árvores) e acessórios (carro de bombeiros, carros, mangueiras) para a peça.
Alguns dos cenários, roupas e peças o professor trará para a aula previamente montados,
os alunos terão que colar, pintar, cortar, construir, etc.
Finda a atividade os alunos ensaiarão a parte instrumental, dramática e motora com o
intuito de apresentar à comunidade escolar e extraescolar no auditório da junta de
freguesia de forma a incentivar a sociedade para a necessidade de proteger a natureza.
Material
História musical “A floresta da água” Opus 71 de Jorge Salgueiro.
Excerto do texto acima referido (texto com erros).
Ficha de correção de erros.
Excerto do texto acima referido (texto sem erros).
Computador.
Quadro interativo.
Colunas.
Ficha de trabalho de matemática.
Perguntas do jogo “Quem sabe, sabe”.
Instrumentos Orff: Xilofones, flautas, clavas, jornais.
Papel Cenário.
Cartolinas de cores diversas.
Material de pintura: Tintas acrílicas, guache, godés, pincéis, lápis de cor,
canetas de feltro, lápis de carvão, borracha e afia.
Esponja.
Cola e tesouras
34 | P á g i n a
Reflexão/conclusão
Sendo este um projeto de possível aplicabilidade mas não experienciado no terreno,
tentamos criar um ambiente escolar não muito favorável e o mais aproximado à
realidade das escolas portuguesas.
Desta forma, tentamos elaborar este projeto para a norma das escolas portuguesas e criar
uma unidade didática que promova a transdisciplinaridade e tenha um eixo estruturador
motivador/aliciante aos interesses das crianças. Por outro lado, iremos valorizar as áreas
curriculares não disciplinares e sobrevalorizar a expressão/educação musical.
Partindo do princípio anunciado do programa do 1ºciclo do ensino básico, o professor
deverá criar “(…) oportunidade para que os alunos realizem experiências de
aprendizagem ativas, significativas, diversificadas, integradas e socializadoras que
garantem efetivamente o direito escolar de cada aluno.” O relatório da UNESCO, 1996
de Jacques Dellors, onde defende a Educação holística (saber, saber ser, saber estar,
saber fazer), procuramos integrar de uma forma disciplinar todos os conteúdos e
conhecimentos que os alunos no final do 1ºciclo devem ter.
Por outro lado escolhemos um eixo estruturador que consideramos motivador para as
crianças. Para além disso reforçamos as atividades das disciplinas curriculares com a
criação de um projeto teatro/musical, onde se articulam todas as áreas artísticas.
Levantamos aqui a questão da monodocência versus pluridocência, questão a qual se
torna notória a resposta no desenvolvimento do nosso trabalho.
Defendemos a pluridocência apesar de termos a consciência que, a sociedade e a
economia do nosso país, não estar preparada para este tipo de educação nas nossas
escolas.
Para além dos paradigmas anteriormente mencionados, referimos no nosso projeto a
importância da proteção do meio ambiente e a sua sustentabilidade, para que, os nossos
alunos tenham uma consciência social e ecológica.
Em suma, poderemos afirmar que a interligação dos saberes podem ser uma forma de
elaborar aprendizagens significativas e tornar o desenvolvimento da criança integrado e
não fracionado.
35 | P á g i n a
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Anexos